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Poços de Caldas/MG
2015
LUIS OTÁVIO SILVA PEREIRA LEMOS
Poços de Caldas/MG
2015
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 622.5
RESUMO
1. Introdução ............................................................................................................... 7
2. Objetivos ................................................................................................................. 8
2.1 Objetivos gerais ................................................................................................. 8
2.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 9
3. Revisão Bibliográfica ............................................................................................... 9
3.1 Drenagem Ácida de Minas .............................................................................. 9
3.2 Tipos Convencionais de Tratamento de DAM .............................................. 11
3.3 Tratamento Biológico de DAM ...................................................................... 12
3.4 Reator UASB ................................................................................................ 13
3.5 Precipitação de Metais.................................................................................. 14
4. Materiais e Métodos ........................................................................................... 15
4.1 Materiais ....................................................................................................... 15
4.2 Métodos ........................................................................................................ 17
5. Resultados e Discussões ...................................................................................... 19
5.1 Avaliação da remoção de sulfato e de DQO .................................................... 19
5.2 Avaliação do sulfeto ......................................................................................... 22
5.3 Variação do pH ................................................................................................ 23
5.4 Alcalinidade e Ácidos Voláteis Totais............................................................... 24
5.5 Avaliação da precipitação de metais ................................................................ 26
6. Conclusão ............................................................................................................. 28
7. Sugestões para trabalhos futuros.......................................................................... 29
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 28
Anexo .........................................................................................................................32
Apêndice ....................................................................................................................33
7
1. Introdução
2. Objetivos
3. Revisão Bibliográfica
libera prótons no meio. O efluente, por apresentar características ácidas, age como
agente lixiviante sendo capaz de dissolver metais provenientes do solo ou rocha, e
assim acaba se tornando um grave problema ambiental (JOHNSON; HALLBERG,
2005).
Durante o processo de geração da drenagem ácida algumas reações
químicas ocorrem; cada drenagem depende de fatores que variam entre as minas,
porém para melhor entendimento do trabalho foram utilizadas as reações que
ocorrem com a pirita (AKCIL; KOLDAS, 2006). A primeira etapa do processo é a
oxidação do mineral.
FeS2 (s) + O2 (g) + H2O (l) → Fe2+ (aq) + 2SO42- (aq) + 2H+ (aq) (Reação I)
Fe2+ (aq) + H+ (aq) + O2 (g) → Fe3+ (aq) + H2O (l) (Reação II)
Fe3+ (aq) + 3H2O (l) → Fe(OH)3 (s) + 3H+ (aq) (Reação III)
FeS2 (s) + 14Fe3+ (aq) + 8H2O (l) → 15Fe2+ (aq) + 2SO42- (aq) + 16H+ (aq) (Reação IV)
4. Materiais e Métodos
4.1 Materiais
4.1.1 Reator
4.2 Métodos
5. Resultados e Discussões
Como já foi dito, o reator foi operado durante 1 mês e as análises realizadas
de 2 em 2 dias, portanto, no período determinado, onze análises foram realizadas.
Para sulfato e DQO os dados estão apresentados a seguir. Na Figura 5.1 pode-se
observar as concentrações de sulfato do afluente e do efluente do reator.
20
2500
1500
sulfato afluente
1000
sulfato efluente
500
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
3000
Concentração de DQO (mg/l)
2500
2000
1500
dqo afluente
1000 dqo efluente
500
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
90
80
120
100
Remoção de DQO (%)
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
1500 mg/l a eficiência diminui tendo removido 68% de DQO e 63% de sulfato. Na
quarta e última condição, metais foram adicionados ao afluente e as taxas de
remoção sofreram mudanças positivas sendo 79% para DQO e 71% para sulfato e
tendo 99% de remoção dos metais inseridos.
Através dos dados e das Figuras 5.3 e 5.4 viu-se que a média do percentual
de remoção de sulfato foi 62,7% e de DQO foi 85,5%. Comparando dados obtidos
na condição 4 de SAMPAIO (2015) pode-se concluir que a utilização de um TDH
menor influenciou positivamente na remoção de DQO e negativamente na remoção
de sulfato. Sabe-se que o TDH influencia na competição entre BRS e
metanogênicas e de uma maneira geral para uma melhor atividade das produtoras
de sulfeto de hidrogênio o TDH deve variar entre 20 e 30 horas. (SIPMA et al., 2007;
POLO; BEWTRA; BISWAS, 2006). A partir dessas análises é possível perceber que
um TDH de 16 horas diminui a atividade das BRS, ou seja, diminuiu a remoção de
sulfato e a produção de sulfeto e consequentemente a precipitação de metais, porém
por outro lado um TDH menor possibilitou uma maior remoção de carga orgânica do
sistema. SAMPAIO (2015) mostrou através das diferentes condições do seu projeto
que a remoção de DQO não variou de maneira significativa indicando a boa
assimilação do soro pelos microrganismos e justificando a possibilidade de uma
maior remoção utilizando um menor TDH.
160
5.3 Variação do pH
8.00
7.00
6.00
5.00
pH
4.00
pH afluente
3.00
pH efluente
2.00
1.00
0.00
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
400
Alcalinidade (mg/l como CaCO3)
350
300
250
200
150
100
50
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
140
100
80
60 AVT afluente
AVT efluente
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
140
120
Concentração de ferro (mg/l)
100
80
60 ferro alfuente
ferro efluente
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
-20
Tempo acumulado (dias)
120
100
Remoção de ferro (%)
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo acumulado (dias)
6. Conclusão
Referências Bibliográficas
AKCIL, A.; KOLDAS S. Acid Mine Drainage (AMD): causes, treatment and case
studies. Journal of Cleaner Production, v.14, p. 1139-1145, 2006.
BLOWES, D.W.; PTACEK, J.; LAMBOR, J.L.; WEISENER, C.G. The geochemistry
of acid mine drainage. In: HOLLAND, H.D.; TUREKIAN, K.K. Treatise on
geochemistry. Amsterdan, Elsevier B.V., v.9, p.149-204, 2003.
HAO, T.; XIANG, P.; MACKEY, H. R.; CHI, K.; LU, H.; CHUI, H.; LOOSDRECHT, M.
C. M.; CHEN, G. A review of biological sulfate conversions in wastewater
treatment. Water research, v. 65, p. 1 -21, 2014.
MENEZES, C. T. B.; SANTO, E. L.; RUBIO, J.; DA ROSA, J. J.; LEAL F. L. S.;
GALATO, S. L.; IZIDORO, G. Tratamento de drenagem ácida de mina:
Experiência da Carbonífera Metropolitana. In: XX Encontro Nacional de
Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa, Florianópolis, p. 599-608, 2004.
MIZUNO, O.; LI, Y. Y.; NOIKE, T. Effects of sulfate concentration and sludge
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reduction of butyrate. Water Science and Technology, v. 30(8), p. 45-54, 1994.
POLO, B.C.; BEWTRA, J.K.; BISWAS, N. Effect of hydraulic retention time and
attachment media on sulfide production by sulfate reducing bacteria. J.
Environ. Eng. Sci., v. 5, p. 47-57, 2006.
SIPMA, J.; OSUNA, M.B.; LETTINGA, G.; STAMS, A.J.M.; LENS, P.N.L. Effect of
hydraulic retention time on sulfate reduction in a carbon monoxide fed
thermophilic gas lift reactor. Water Res., v. 41, p. 1995-2003, 2007.
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Precipitation of Heavy Metals as Controlled by a Sulfide-Selective Electrode.
Separation Science & Technology. Taylor & Francis Ltd., p. 1, 2003.
V x N ácido x 50.000
A total =
V amostra
Em que:
V x N base x 60.000
A ácidos voláteis =
V amostra
Em que:
Tabela 5 – Dados de saída para alcalinidade e de entrada e saída para ácidos voláteis
totais.
Concentrações (mg/l)
Análises Alcalinidade Ácidos Voláteis Totais
Efluente Afluente Efluente
1 246,0 78,0 57,6
2 251,0 84,0 61,2
3 204,0 70,2 24,0
4 207,0 66,6 23,4
5 327,0 68,4 110,4
6 166,0 71,4 45,6
7 160,0 69,0 37,2
8 296,0 69,6 112,8
9 230,0 72,6 61,2
10 235,0 74,4 74,4
11 221,0 80,4 55,8
Fonte: Do autor.