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Fosforilação oxidativa

Bioquímica
Profa. Rafaela Ferreira
Departamento de Bioquímica e Imunologia
Instituto de Ciências Biológicas - UFMG
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Perguntas norteadoras desta aula:

O que é fosforilação oxidativa e qual a sua importância


na geração de ATP pela célula?

Como espécies reduzidas geradas em outras etapas da


respiração celular viabilizam a síntese de ATP durante a
fosforilação oxidativa?
- O que é a força próton-motriz?
- Quais as etapas da fosforilação oxidativa?

Qual o mecanismo de síntese de ATP durante


a fosforilação oxidativa?

Como a fosforilação oxidativa é regulada?


O que é fosforilação oxidativa e qual a sua importância na
geração de ATP pela célula?
A fosforilação oxidativa é a etapa final da respiração

5 ATP

Fosforilação
5 ATP
oxidativa

e m a n da de
n d e r a uma d o s de
15 ATP r a a te sa r í a m
Pa
a l / d i a , preci
3 ATP 2000 kc 3kg de ATP.
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Te l a é rec i
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cada m e s / dia!
v e z
de 300
A fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias

Lehninger, 7ª edição
A membrana interna da mitocôndria é impermeável
a pequenas moléculas e íons

Membrana externa
(permeável se MM < 5000 g/mol)

Membrana interna
(impermeável a íons; contém
componentes da cadeia respiratória)

Voet, 3ª edição
A cadeia respiratória gera a força próton-motriz no espaço
intermembrana, possibilitando síntese posterior de ATP

Espaço
intermembrana

Stryer, 7ª edição
Como espécies reduzidas geradas em outras etapas da
respiração celular viabilizam a síntese de ATP durante a
fosforilação oxidativa?
- O que é a força próton-motriz?
- Quais as etapas da fosforilação oxidativa?
Na fosforilação oxidativa o O2 é reduzido a H2O e
o NADH e o FADH2 são oxidados

e-
NADH e-
OXIDAÇÃO NAD+
(ou FADH2) NADH ou FADH2 (ou FAD)
perdem e-

e-
O2 REDUÇÃO H2O e-

O2 ganha e-
Durante a fosforilação oxidativa, os e- são transferidos
para grupos com maior potencial de redução

Stryer, 7ª edição Lehninger, 7ª edição


A força próton-motriz resulta de
potenciais químico e elétrico

ΔG = RT ln(C2/C1) + ZFΔψ
= 2,3 RT ΔpH + FΔψ

• Componente químico: ΔpH = 1.4


• Potencial elétrico: Δψ = 0.15 a 0.2 V

Lehninger, 7ª edição
Diversos carreadores de eletróns estão envolvidos
na transferência de e- até o O2

ubiquinona

Proteínas
ferro-enxofre

citocromos
Voet, 3ª edição
Ubiquinona (ou coenzima Q)

— Pode receber um ou dois elétrons, junto a prótons

— Tem grande mobilidade

Lehninger, 7ª edição
Citocromos

— Contém grupos prostéticos contendo Fe3+

Voet, 3ª edição
Proteínas ferro-enxofre

— O Fe pode estar associado a Cys ou S

inorgânico

— Pelo menos 8 tipos na mitocôndria

Cluster 2F-2S Cluster 4F-4S Voet, 3ª edição


Os carreadores de e- estão presentes
em complexos multienzimáticos

Lehninger, 7ª edição
Lehninger, 7ª edição
Complexos I e II – tranferência para ubiquinona

• Complexo I - bombeia 4 prótons


• Complexo II - não bombeia prótons
Lehninger, 7ª edição
Complexos III e IV

— Complexo III - do ubiquinol ao citrocromo c


— Também chamado de citocromo c redutase
— Bombeia 4 prótons
— Complexo IV - do citocromo c ao O2
— Também chamado de citocromo c oxidase
— Bombeia 2 prótons

Lehninger, 7ª edição
No total, para cada NADH 10 H+ são bombeados
para o espaço intermembrana

O processo de redução do O2 é muito favorável, com ∆G’o = -231,8 kJ mol-1

Lehninger, 7ª edição
Qual o mecanismo de síntese de ATP
durante a fosforilação oxidativa?
O Complexo V (ATP sintase) permite a síntese de
ATP a partir da força próton-motriz

FO bomba de prótons F1 é formada por a3b3gde


F1: ATP sintase As 3 unidades b da subunidade
F1 se ligam se a ATP, ADP e Pi
Conformações distintas da ATP sintase tem
afinidade distinta por ATP

Forma L: liga substratos fracamente (sem atividade catalítica)


Forma T: Atividade catalítica
Forma O: Aberta. Pouca afinidade por substratos

Voet, 3ª edição
A rotação da ATP sintase altera a conformação
das subunidades b

— O fluxo de prótons por Fo


provoca a rotação de F1
(~3 H+ por rotação)

Lehninger, 7ª edição
Processos de transporte também são impulsionados
pela força próton-motriz

— A ATP-ADP translocase equivale a 15% da proteína da membrana

mitocondrial interna

Lehninger, 7ª edição
Cada NADH gerado durante o ciclo de Krebs
gera ~2,5 ATP na fosforilação oxidativa

Transferência de elétrons do NADH


para O2 = bombeamento de 10 H+
para espaço intermembrana

2,5 ATP/NADH

1 rotação da ATP sintase = 3ATP


H+ necessários:
Transporte de 3 Pi --- 3 H+
1 rotação da ATP sintase ~ 9 H+
Total --- 12 H+
4 H+ /ATP
Discussão em dupla

Que quantidade de ATP é produzida a partir de cada molécula de FADH2,


no processo de fosforilação oxidativa?
o rendimento pode ser de 2,5 ou 1,5 ATP/NADH,
dependendo da lançadeira utilizada para transferir
equivalente redutores para a mitocôndria.
Lehninger, 7ª edição
Lançadeira de glicerol 3-fosfato desidrogenase
— Presente no cérebro e no músculo esquelético

— Gera apenas 1,5 ATP para cada NADH, mas permite elevada taxa de

respiração celular durante o exercício.

Lehninger, 7ª edição
Lançadeira malato-aspartato

— Presente no coração e no fígado

— Permite gerar 2,5 ATP por NADH

Stryer, 7ª edição
Como a fosforilação oxidativa é regulada?
Regulação da fosforilação oxidativa

Lehninger, 7ª edição
Bibliografia

— Stryer. Bioquímica. 7a edição, 2014


— Capítulo 18

— Lehninger. Princípios de bioquímica. 7a edição, 2019


— Capítulo 19

— Vídeos:
— cadeia transportadora de elétrons :

https://www.youtube.com/watch?v=LQmTKxI4Wn4
— ATP sintase: https://www.youtube.com/watch?v=kXpzp4RDGJI

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