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PROBLEMA 1
Objetivos
1)Conhecer os aspectos gerais das bactérias e Arqueias:
2)Compreender e conhecer a imunidade inata:
Células, barreiras, sistemas do complemento.
3)Conhecer os órgãos linfóides:
4) Entender os mecanismos de ação dos antibióticos, seus locais de ação
na bactéria e as consequências de uma terapia inadequada:
Respostas
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7) Glicocálix: pode ser constituído por uma cápsula, que fica ligada à
parede celular com estrutura definida, possui uma natureza polissaca-
rídica, podendo ser constituída por uma camada mucosa desorganizada,
desligada da célula, tem como função repelir, funcionar como receptor,
adesão, reservatório de água e nutrientes, aumenta a capacidade inva-
siva do hospedeiro (prejudica a fagocitose) e adere a superfície.
8) Filamentos axiais (endoflagelados): os filamentos axiais são
similares aos flagelos, exceto que eles se envolvem em torno da célu-
la, os movimentos são giratórios e ocorrem em bactérias espiraladas.
9) Parede celular: circunda a membrana plasmática e proteje a célula
das alterações na pressão da água, é responsável pela manutenção da
forma bacteriana e pela rigidez estrutural, sendo importante na divi-
são celular devido a presença de mesossomos. A estrutura química é
composta por peptideoglicano, macromolécula formada por moléculas al-
ternadas de N-acetilglicosamina (NAG) e ácido N-acetilmurâmico (NAM),
cadeias laterais de tetrapeptídeos (L-alanina, D-glutamato, mesodiami-
nopimelato, D-alanina) ligam-se a molécula de NAM.
10)Ribossomos: são o sítio da síntese proteica.
11)Grânulos: o citoplasma contém vários tipos diferentes de grânulos
que atuam como áreas de armazenamento de nutrientes e coram-se de modo
característico com determinados corantes.
12)Nucleoide: corresponde à região do citoplasma onde o DNA está loca-
lizado. Uma vez que o nucleoide não apresenta membrana nuclear, nu-
cléolo, fuso mitótico, nem histonas, há pouca semelhança com o núcleo
eucariótico. O DNA bacteriano não apresenta íntrons. A camada de pep-
tideoglicano é muito mais espessa em bactérias gram-positivas quem
gram-negativas.
13)Flagelos: Os flagelos são apêndices longos, que deslocam as bacté-
rias em direção aos nutrientes e outros fatores atrativos , processo
denominado quimiotaxia. A energia para a movimentação , a forca próton
motiva, é fornecida pela ATP, derivada da passagem de íons através da
membrana.
14)Pili: filamentos semelhantes a pelo, compostos por subunidades de
uma proteína (pilina), encontradas principalmente em gram-negativos,
desempenham o papel de mediar a ligação das bactérias a receptores es-
pecíficos de células humanas, etapa necessária à iniciação da infec-
ção, o pilus sexual estabelece ligação entre as bactérias doadoras e
receptoras durante a conjugação.
15)Esporos: a formação de esporos ocorre quando os nutrientes, como
fontes de carbono e nitrogênio são depletados. A resistência pode ser
mediada pelo ácido dipicolínico, um quelante de íons cálcio. A impor-
tância médica dos esporos reside em sua extraordinária resistência ao
calor e a compostos quilos, como o resultado da resistência ao calor,
a esterilização deve ser feita por aquecimento sob pressão (autoclave)
a 121ºC. São formados por bactérias Gram positivas dos gêneros Bacil-
lus e Clostridium, formam-se quando quando o meio torna-se desfavorá-
vel (carente em água e nutrientes essenciais), são resistentes a agen-
tes físicos como temperatura, radiações, dessecação, pressões exter-
nas, osmolaridade e pH.
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Imunidade
A imunidade inata é a resistência que existe antes da exposição ao mi-
cróbio (antígeno). É inespecífica e inclui defesas do hospedeiro, como
as barreiras contra agentes infecciosos (p. ex., pele e membranas muco-
sas), determinadas células (p. ex., células natural killer), certas pro-
teínas (p. ex., a cascata do complemento e interferons), além de envol-
ver processos como a fagocitose e inflamação. A imunidade inata não é
aumentada após a exposição ao organismo, contrariamente à imunidade ad-
quirida. Além disso, os processos imunes inatos não possuem memória, en-
quanto a imunidade adquirida é caracterizada por memória de longa dura-
ção.Observe que o ramo inato de nossas defesas desempenha duas funções
principais: a morte de micróbios invasores e a ativação de processos
imunes adquiridos (adaptativos). Alguns componentes do ramo inato, como
neutrófilos, somente matam micróbios, enquanto outros, como macrófagos e
células dendríticas, realizam ambas as funções, isto é, matam micróbios
e apresentam antígenos às células T auxiliares, ativando os processos
imunes adquiridos.
Embora a imunidade inata seja frequentemente bem-sucedida na eliminação
de micróbios e prevenção de doenças infecciosas, no cômputo geral, a
imunidade inata não é suficiente para a sobrevivência humana. Essa con-
clusão baseia-se na observação de que crianças com a doença da imunode-
ficiência combinada severa (SCID, do inglês, severe combined immunodefi-
ciency disease), que apresentam imunidade inata intacta, mas desprovidas
de imunidade adquirida, sofrem de repetidas infecções de risco à vida.
Diversos componentes do ramo inato reconhecem o que é exógeno pela de-
tecção de certos carboidratos ou lipídeos da superfície de micro-orga-
nismos, os quais são diferentes daqueles de células humanas. Componentes
do ramo inato possuem receptores denominados receptores de reconhecimen-
to de padrão que reconhecem um padrão molecular presente na superfície
de diversos micróbios e – muito importante – ausentes em células huma-
nas. Ao empregar tal estratégia, esses componentes do ramo inato não ne-
cessitam possuir um receptor altamente específico para cada micróbio
distinto, entretanto ainda são capazes de distinguir entre o exógeno e o
próprio. Observe que o tipo de defesa montada pelo corpo difere depen-
dendo do tipo de organismo. Por exemplo, uma resposta humoral (mediada
por anticorpos) é produzida contra um tipo dentre várias bactérias, en-
quanto uma resposta mediada por células ocorre em resposta a um tipo di-
ferente, dentre as bactérias. O processo que determina o tipo de respos-
ta depende das citocinas produzidas pelos macrófagos, e isto, por sua
vez, depende de qual “receptor de reconhecimento de padrão” é ativado
pelo organismo, conforme descrito no próximo parágrafo.
Dois exemplos importantes desse reconhecimento de padrão são:
(1) A endotoxina é um lipopolissacarídeo (LPS) encontrado na superfície
da maioria das bactérias gram-negativas (mas não em células humanas). A
porção contendo o lipídeo A do LPS é a causa mais importante de choque
séptico e morte em pacientes hospitalizados. Quando liberado da superfí-
cie bacteriana, o LPS combina-se com a proteína de ligação ao LPS, um
componente normal do plasma. Essa proteína de ligação transfere o LPS a
um receptor na superfície de macrófagos, denominado CD14. O LPS estimula
um receptor de reconhecimento de padrão, denominado receptor 4 semelhan-
te ao Toll (TLR4, do inglês, toll-like receptor 4), que transmite um si-
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A. Natureza exógena
Em geral, moléculas reconhecidas como “próprias” não são imunogênicas,
isto é, somos tolerantes a estas moléculas próprias. Para serem imunogê-
nicas, as moléculas devem ser reconhecidas como “não próprias”, isto é,
exógenas.
B. Tamanho molecular
Os imunógenos mais potentes são as proteínas de alta massa molecular, ou
seja, acima de 100.000. Moléculas com massa molecular abaixo de 10.000
geralmente são pouco imunogênicas, enquanto aquelas muito diminutas, por
exemplo, um aminoácido, são não imunogênicas. Certas moléculas pequenas,
por exemplo, haptenos, tornam-se imunogênicas apenas quando ligadas a
uma proteína carreadora.
C. Complexidade química-estrutural
Determinado grau de complexidade química é necessário; por exemplo, ho-
mopolímeros de aminoácidos são menos imunogênicos que heteropolímeros
contendo dois ou três aminoácidos diferentes.
D. Determinantes antigênicos (epitopos)
Epitopos são pequenos grupos químicos presentes nas moléculas de antíge-
no, capazes de elicitar e reagir com anticorpos.Um antígeno pode apre-
sentar um ou mais determinantes (epitopos). A maioria dos antígenos exi-
be diversos determinantes, isto é, são multivalentes. Em geral, um de-
terminante consiste em cerca de cinco aminoácidos ou açúcares. A estru-
tura tridimensional global corresponde ao principal critério da especi-
ficidade antigênica.
E. Dosagem, via e momento da administração de antigênos
Esses fatores também afetam a imunogenicidade. Além disso, a constitui-
ção genética do hospedeiro (genes HLA) determina se uma molécula será
imunogênica. Diferentes linhagens da mesma espécie animal podem respon-
der de modo distinto ao mesmo antígeno.
F. Adjuvantes
Adjuvantes intensificam a resposta imune a um imunógeno. Não são quimi-
camente relacionados ao imunógeno e diferem de uma proteína carreadora,
uma vez que o adjuvante não se encontra covalentemente ligado ao imunó-
geno, ao contrário da proteína carreadora. Os adjuvantes podem atuar de
várias maneiras: promovem a liberação lenta do imunógeno, prolongando,
assim, o estímulo, intensificam a captação do imunógeno por células
apresentadoras de antígeno e induzem moléculas coestimulatórias (“sinais
secundários”). Outro importante mecanismo de ação de alguns adjuvantes
consiste na estimulação de receptores do tipo Toll na superfície de ma-
crófagos, resultando na produção de citocinas que intensificam a respos-
ta das células T e células B ao imunógeno (antígeno). Algumas vacinas
humanas contêm adjuvantes, como hidróxido de alumínio ou lipídeos.
Órgãos linfáticos
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são mais ativas durante a fase log do crescimento do que durante a fase
estacionária.
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Arqueas
✴ Possuem formas variadas;U
✴ Unicelulares;
✴ Podem ser aeróbios ou anaeróbios;
✴ Utilizam compostos químicos orgânicos ou inorgânicos para obtenção de
energia;
✴ Conseguem converter CO2 em moléculas orgânicas;
✴ Composição única de membrana plasmática: apresenta camada S em quase
todas as espécies.
✴ A camada S representa a parede celular, apresenta uma espessura mais
desenvolvida e é a única estrutura que se encontra acima da membrana
plasmática, a camada é composta por proteínas ou glicoproteínas que
apresentam composição rica em ami-
noácidos acidófilos, possuem como
função ser a barreira de passagem Extremos de sobrevivência conheci-
para moléculas maiores, determinam
a forma celular, funcionam como dos nas arqueas:
forma de resistência à pressão os- ★ Geogemma barossi: crescimento a 121
mótica e aderem a superfícies. ºC, sobrevive por algumas horas a 130ºC
✴ Os flagelos não possuem corpo basal ★ Picrophilus oshimae: crescimento em pH
com anéis, não utilizam gradiente 10
de prótons e sim hidrólise de ATP e ★ Halobacterium salinarum: crescimento
são mais finos. em NaCl 32%
✴ São divididas em grupos:
1. Halófilas: vivem em água com alta
concentração salina, podem ser al-
calofílicos (gostam de pH entre 9- 10 para se dividirem), acumulam em
seu meio citoplasmático uma grande quantidade de K+ pra manter a osmo-
laridade.
2. Termoacidófilas: habitam em condições extremas de temperatura e aci-
dez, crescimento a 55-60ºC, pH2, crescimento aeróbio ou anaeróbio,
membrana impermeável para o transporte de ácidos para a manutenção do
pH neutro do citoplasma, possuem proteínas com estrutura terciária e
quaternária ricas em aminoácidos hidrofóbicos no seu interior, impe-
dindo a desnaturação, apresentam proteínas chaperonina que “redobram"
as proteínas parcialmente desnaturadas.
3. Metanogênicas: são anaeróbios e liberam gás metano, como resíduo meta-
bólico. Encontradas em ambientes com ausência de O2 e abundância de
matéria orgânica, são importantes para a degradação de matéria orgâni-
ca, apresentam uma grande variedade de tipos
de parede celular, como a camada S, pseudo-
Detecção das arqueas na microbiota peptidoglicana ou pseudomureína, metanocon-
humana: droitina e capa proteinácia.
★ Predomínio de metanogênicos; ✴Biologia molecular: genoma maior que o das
★ Podem ser encontradas na peri- bactérias, superenovelamento com histonas,
odontite e em doenças gastroin- enzimas de replicação do DNA, RNA polimerase,
testinais/ carcinomas. RNA mensageiro policistrônico (codifica vári-
as proteínas comuns a bactérias e arqueas).
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