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Quimioterapia: uso de fármacos com toxicidade seletiva contra esses parasitas invasores
(vírus, bactérias, protozoários, fungos e helmintos), e ao mesmo tempo tem alguns efeitos
para o hospedeiro (assim como na quimioterapia contra câncer). Essa toxicidade seletiva
depende da existência de diferenças bioquímicas entre o organismo infectante e o hospedeiro.
Para serem eficazes, os agentes quimioterápicos devem ser tóxicos para MO invasores e
inócuos para o hospedeiro;
Atibiotico: substancia (e não é produzida de forma sintética) produzida por alguns MO capazes
de matar ou inibir o crescimento de outros MO. OBS: a forma sintética é um antimicrobiano.
Atenção!
❖ Alguns medicamentos que tem bacteriostático junto com bactericidas, para impedir o
crescimento de novas células bacterianas, e destruir aquelas já existentes
Penicilina - Primeiro antibiótico. Até 1960 desenvolveu-se a maioria das classes de antibióticos
existentes hoje. Nos últimos anos poucos antibióticos foram desenvolvidos.
Estrutura bacteriana
- reações classe I – necessárias para obtenção de energia na bactéria. Glicose e outras fontes
de carbono são utilizadas para produzir moléculas percussoras e ATP. Não existem
antibióticos que agem nessa primeira fase pois a bactéria tem mecanismos acessórios de
produção de energia.
- reações classe III – as pequenas moléculas são reunidas em moléculas maiores: produção de
proteínas, ácidos nucleicos, peptideoglicanos..
Portanto, classe I (síntese de ATP e precursores), classe II (usa energia armazenada para
produzir AA), classe III (montagem da célula para ela se replicar)
Reações de classe II
- síntese de peptideoglicanos - tem uma associação de cadeias laterais, que se agrupam para
formar uma espécie de citoesqueleto no membrana plasmática da bactéria, que confere um
certa estabilidade, ajuda a célula não se romper. Portanto, os peptideoglicanos fornecem
sustentação mecânica para a bactéria (é um dos mecanismos de defesa da célula). Alguns atb
interferem em algumas fases de produção dos peptideoglicanos, a parede da bactéria fica
fraca e se rompe.
- síntese de proteínas – acontece nos ribossomos. Existem antibióticos que agem em duas
subunidades específicas dos ribossomos: 50S e 30S. Nos humanos isso não acontece pois as
subunidades que produzem a sequencia da síntese proteína são diferentes – por isso não tem
interfere na síntese proteica humana.
- síntese de ácidos nucleicos – isos depende de diversas enzimas (DNA girasse, DNA
polimerase..). Existem classes de atb que bloqueiam a atividade dessas enzimas e impede a
síntese de ácidos nucleicos.
SULFONAMIDAS
Farmacocinética
TRIMETOPRIMA
Bacteriostático.
Não é usado sozinho, geralmente usado com um bactericida junto (+sulfametoxazol).
Mecanismo de ação: bloqueia a enzima diidrofolato redutase na cascata de síntese do
folato
Farmacocinética:
2. Antibióticos Beta-lactamicos
▪ Classe mais importante de antibióticos
▪ Compreende uma quantidade muito grande drogas
▪ Tem a presença do anel betlactâmico → responsável pela fixação da droga nas
bactérias, e inibe as enzimas transpeptidases (responsáveis pela ligação das moléculas
de proteoglicanos – se são inibidas elas perdem força).
PENICILINAS
Farmacocinética:
CEFALOSPORINAS
Atenção! Mesmo mecanismo de ação das penicilinas – inibe uma parte da cascata de
síntese dos proteoglicanos
São drogas semi-sintéticas de amplo espectro (espectro de ação maior que das
penicilinas →todas asdrogas agem sobre gram + e gram -)
Muda o medicamento de acordo com o radical ligado ao anel beta-lactâmico (adição
de diferentes cadeias laterais R1 e R2) (grande número de drogas diferentes)
Variam quanto à susceptibilidade às beta-lactamases – dependendo da droga ela tem
maior ou menor resistência às beta-lactamases produzidas pelas bactérias
Farmacocinética:
Efeitos adversos
(esquema: cefalosporinas)
❖ Cefalosporinas de 2ª geração:
* Cefaroxima – única que penetra na barreira hematoencefálica (pcte com infecção no
SNC)
❖ Cefalosporinas de 3ª geração:
*Ceftazidima e ceftriaxona – utilização em infecção do trato respiratório (pneumonias) e
trato urinário superior (pielonefrite e infecções renais)
❖ Cefalosporinas de 4ª geração:
* Cefepima – utilizada no tto de pneumonias associada à ventilação mecânica - PAV (pctes
intubados por muito tempo)
❖ Cefalosporinas de 5ª geração
Ainda não são utilizadas no Brasil
- Atenção! Cefalosporinas de mais nova geração apresenta maior espectro de ação. Drogas de
3ª e 4ªgeração tem maior espectro de ação (pegam um grupo maior de bactérias)
Isadora Barbosa - MED XXVIII - UNOESC
- Por que não usar apenas drogas de amplo espectro de ação? Pq aumenta chances de a
bactéria desenvolver mecanismos de resistência àquela droga. Por isso o tratamento é feito
por escalonamento de espectro. Portanto, sempre que puder, usar um atb especifico para a
bactéria.
- Quando utilizar uma droga de muito amplo espectro? Paciente com infecção generalizada,
não se sabe o foco de infecção, e o pcte está morrendo. Nesse caso não pode esperar e ficar
testando os atb
OBS: A única exceção são as drogas de 5ª geração, que pode ser utilizada pra tratar o
S.aureus resistente a tudo
CARBAPENÊMICOS:
Farmacocinética:
CEFAMICINAS:
(esquema: beta-lactâmicos)
LIPOPETÍDEOS
Febre (comum, em virtude do uso da vancomicina, e não por conta da infecção). OBS:
deve esperar 48h pra dizer se a febre é da vancomicina ou da infecção. As primeiras
48h é o período necessário para estabilização da [ ] plasmática para exercer efeito
químico
Erupções cutâneas e flebite
Ototoxicidade e Nefrotoxicidade (a vancomicina também precisa ser ajustada para
pctes com disfunções renais – exame vacocinemia →dosagem da vancomicina sérica,
usado em pctes com disfunção renal para determinar se vai fazer uma nova dose)
Hipersensibilidade
b) Daptomicina (nova)
Inibem a síntese dos lipopeptídeos (estruturas que ficam junto com os
peptideoglicanos). OBS: Não são considerados beta-lactamicos (não temo anel), nem
inibidores dos proteoglicanos
Atenção! É uma droga de resgate (opção à falha terapêutica da vancomicina) →
Indicada quando existe falha no tto de gram +, aeróbio, resistentes à vancomicina
(usado em infecções complicadas de pele e subcutâneo, ou septicemia pós S.aureus)
Mecanismo de ação: (diferente d todos outros atb) Ligação na membrana bilipidica
promovendo despolarização do potencial de ação da membrana da bactéria (célula
bacteriana fica inativa). Inibição da síntese de DNA e RNA
Ampla ação para Gram + e aeróbios
Excreção renal – excreção de metabolitos inativos na urina
Atenção! Inativada pelo surfactante pulmonar (não deve utilizar em infecções
pulmonares)
Efeito adverso: diminui a hematopoiese e pode fazer anemia
TETRACICLINAS
Farmacocinética:
Administração via oral (melhor utilizada em jejum, pois é quelada com íon metálico –
se ingerir algo que contenha íons metálicos, vai quelar as tetraciclinas).
Não usar com leite – a lactose inativa a absorção deste atb
Excreção renal alta – inalterada (excreção de moléculas inativas)
Efeitos adversos:
CLORANFENICOL
Também inibe síntese das proteínas ao ligar-se à subunidades 50S nos ribossomos
Atividade contra Gram + e gram – . Atenção! Porém, a principal atividade, é contra
algumas Rickettsia e contra o Haemophilus influenzae (associado à pneumonias
atípicas – pneumonias que não estejam sendo resolvidas com uso de atb normal).
OBS: Não é muito utilizada na prática clínica, só nesses casos mais específicos para
associação para tto de pneumonia atípica.
Farmacocinética:
Adm oral
Amplamente distribuída pelos tecidos
Metabolismo hepático e excreção renal (também não afeta a função renal)
Efeitos adversos:
AMINOGLICOSÍDEOS (atenção!)
Farmacocinética:
Efeitos adversos: são frequentes e graves. Os efeitos colaterais estão relacionados com a
dosagem (↑tempo ↑dose ↑efeitos adversos)
Nefrotoxicidade renal definitiva grave por lesão direta nos túbulos renais. Pode levar a
insuficienca renal dialítica
Ototoxicidade – destrói as células sensoriais da audição e vestíbulo. Pode causar
surdez
OBS: em pctes que precisam usar gentamicina e tem disfunção renal, uma das
alternativas é fazer a dose toda durante o dia, de uma vez só (substitui a dose
fracionada por uma tomada só – pq uma dose me bolos provoca um pico plasmático
elevado que decresce ao longo das próximas horas. Isso limita a lesão renal
MACROLÍDEOS
Farmacocinética:
Efeitos adversos:
Farmacocinética:
6. Outros agentes
METRONIDAZOL:
CLINDAMICINA
OXAZOLIDINONAS
Distúrbios TGI
Trombocitopenia (↓produção plaquetária), diarreia, náuseas
NITROFURANTOINA
POLIMIXINAS
Droga antiga, gerou resistência, parou de ser utilizada, e agora voltou a ser utilizada
(bactérias sensíveis às polimixinas novamente)
Polimixina B (droga antiga com uso novo)
Mecanismo de ação: Propriedade detergente catiônica (retira cálcio e magnésio da
membrana externa da membrana da bactéria) →bactéria não consegue formar
membrana externa
Uso: restrito a gram negativos multirresistentes (resistentes aos carbapenêmicos –
drogas de primeira escolha - meropenem).
Limitado à infecções graves (associado a outra droga antimicrobiana)
Problema! Ototoxidade e nefrotoxicidade (OBS: assim como os aminoglicosideos)
ISONIAZIDA
Efeitos adversos:
RIFAMPICINA
Farmacocinetica:
Rapidamente absorvida
Metabolismo hepático e excreção renal
Deixa a saliva, o suor e a lagrima de coloração laranja
ETAMBUTOL
Efeitos adversos:
Efeitos adversos:
Atua através da inibição da síntese do folato de até 5 antimicrobianos, por conta da elevada
resistência
Preocupação! Resistencia vem aumentando progressivamente
TESTE DE SUSCEPTIBILIDADE:
Porem na maioria das vezes o uso é terapêutico- tratar uma infecção que já se
desenvolveu.
Nesse caso existem duas opções de tto: 1)tratamento empírico ou 2)tratamento
direcionado
1. Tratamento empírico: não sei qual a bactéria especifica que está causando a
doença, e qual a susceptibilidade dessa bactéria (o quanto ela é resistente); Só
sei o grupo de bactéria (ex: gram + ou gram -).
2. Tratamento direcionado: sabe exatamente qual a bactéria causadora (faz
cultura). Tto direcionado.
Isadora Barbosa - MED XXVIII - UNOESC
Avaliação qualitativa
❖ Cultura - método de difusão em ágar. Pega um a secreção purulenta (urina, fezes) e
coloca em cultura. Cada disco é um atb especifico.
O laboratório vai passar os perfis de senbilidade (atb sensível, atb intermediário, atb
resistente)
OBS: Pró-drogas não entram nesse teste. Não
são todos atb que entram nessa avaliação
Avaliação quantitativa
Concentração inibitória mínima (CIM): menor concentração da droga que inibe o
crescimento microbiano. Ele diz também se a [ ] necessária da droga for muito alta, e
for tóxica para o hospedeiro.
Atenção!
Drogas tempo-dependentes:
Portanto, ela precisa de Cmax no soro durante um tempo maior para fazer efeito
Atenção! O primeiro critério, na escolha de um atb, é que a infecção seja causada por bactéria.
NUNCA tratar infecções virais com atb
Patógenos problema: São bactérias com alto poder de resistência antibacterina. São bactérias
gram +, gram - , e alguns anaeróbios
1. E - Enterococcus
2. S - Staphylococcus Aureus
3. K - Klebsiella pneumoniae
4. S - Acinetobacter baumannii
5. P - Pseudômonas aeruginosa
6. E - Enterobacter
Isadora Barbosa - MED XXVIII - UNOESC
Hoje já existem um grande aumento das drogas multirresistentes por conta do uso
indiscriminado das drogas antimicrobianas. Isso condiz com a mortalidade, que vinha
caindo ao longo dos anos, até 1980; depois de 1980 foram produzidos poucos atb novos, e
utilizar muitos atb desenvolvidos até então, e ocorreu um aumento da resistência
bacteriana. (alto índice de mortalidade por doenças infecciosas)
O paciente pode ser tratado no ambiente hospitalar durante um grande período grande de
tempo, gera indução de resistência bacteriana no ambiente hospital, e esse paciente vai para a
comunidade levar uma bactéria resistente que ele está portando. Mas o pior cenário de
resistência bacteriana é da UTI para a enfermaria (UTI tem infecções mais graves, são
utilizados atb de amplo espectro, e portanto existe uma indução de resistência bacteriana mais
alta)
Toda instituição precisa saber qual seu perfil de resistência, para saber quais atb são eficazes
na instituição e quais são resistentes
Existe uma taxa de transmissão cruzada de micro-organismos resistentes – isso acontece por
via da “mão” de quem está manipulando o pcte (o médico, enfermeiro..) – lavagem
inadequada das mãos
Consequências:
o Custos imediatos: prolongamento do tempo de internação, assistência maior, e
utilização de maior número de atb de amplo espectro (+ caros)
o Custos em potencial: perda da produtividade de pacientes afetados, e pode não existir
atb para tratar a bactéria em questão
- Antimicrobianos de uso restrito – tem largo espectro (utilizado para tratar vários tipos de
bactérias, e tratar doenças graves). Geralmente são utilizados apenas dentro do hospital
- Sensibilidade X Resistencia
Atenção! A droga que mais causa resistência bacteriana é a CEFALOSPORINA. É mais utilizada
na pratica clínica. Isoladamente é a quinolona (cipro, levof.); é menos utilizada que as
cefalosporinas
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Indução de beta-lactamases:
Essa enzima é induzível nos estafilococos (não é expressa na ausência do fármaco)
*Concentrações mínimas ou subinibidoras liberam o gene e resultam no aumento de
50/80x a sua expressão →o uso da sub-dose faz com que haja um expressão muito alta
dessa enzima
❖ A resistência bacteriana pode ser cruzada → uma bactéria gram + pode passar
mecanismo de resistência para uma gram – e vice versa
Isadora Barbosa - MED XXVIII - UNOESC
❖ Consideradas super bactérias – tem resistência a pelo menos 3 classes de atb de largo
espectro
Curiosidades!