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sses parasitas podem infectar vários sítios do ser humano, como: fígado, sangue,
intestino e outros tecidos do hospedeiro humano. A presença de sistema nervoso
rudimentar proporciona diversos alvos possíveis para agentes anti-helmíntico.
ação em canais iônicos dos parasitas, como por exemplo o levamisol, que são
agonistas do canal nicotínico;
ações não direcionadas para os canais iônicos, como os benzamidazois, que se
ligam à β-tubulina e bloqueiam a formação de microtúbulos no parasita.
Essas drogas possuem basicamente dois mecanismos de ação: (i) anti-helmínticos que
atuam em canais iônicos dos parasitas, como por exemplo o levamisol, que
são agonistas do canal nicotínico de nematodos e (ii) os que não são direcionados para
os canais iônicos, como os benzamidazois, que se ligam à β-tubulina e bloqueiam a
formação do microtúbulo no parasita.
Ivermectina: É uma lactona macrocíclica semissintética que atua contra ampla gama de
helmintos e artrópodes. O exato mecanismo de ação de ivermectina não está
esclarecido, porém alguns estudos realizados sugerem que mecanismo de ação envolva
potencialização e/ou ativação direta de canais de cloreto regulados por glutamato em
membranas plasmáticas de nematódeos. Essa ação resulta em hiperpolarização de
células neuromusculares e paralisia da faringe desses parasitas.
motivo tem uma ação seletiva com poucos efeitos adversos no hospedeiro.
Piperazina: Assim como a Ivermectina, tem como alvo de ação os receptores GABA
que são metabotrópicos, ou seja, acoplados à proteína G. Esse fármaco é na verdade
um agonista do receptor de GABA do parasita presente nos músculos somáticos,
fazendo com que aumente a entrada de cálcio na célula gerando uma hiperpolarização
com paralisia muscular do helminto.
Seu mecanismo de ação ainda é desconhecido, mas acredita-se que há uma associação
entre estimulação de mecanismos imunes inatos, inibição de polimerização de
microtúbulos e inibição do metabolismo de ácido araquidônico.
DEC é excretada pelos rins e, por esse motivo, pode ser necessário efetuar ajuste de
dose em indivíduos com diminuição da função renal.
Além destes fármacos, vale lembrar que os agentes antibacterianos também podem ser
usados no tratamento de certas infestações helmínticas.
Resistência a anti-helmínticos
Uma outra forma de resistência a anti-helmínticos, agora por uma via não relacionada a
canais iônicos e mais especificamente aos benzamidazois, é a mimetização da β-
tubuína do hospedeiro pelo parasita: em parasitas sem resistência, a droga β-tubuína é
diferente da β-tubuína humana, por isso a droga pode selecionar a β-tubuína do
parasita; porém, quando ocorre a troca de uma fenilalanina por um tirosina na posição
200, as duas β-tubuínas (humana e do parasita) ficam muito semelhantes, fazendo com
que a droga não tenha mais especificidade.
Principais Helmintíases
Ascaridíase
A maioria dos pacientes é assintomática, mas podem surgir sintomas durante a fase
inicial da infecção quando a larva migra pelos pulmões, ou na fase tardia intestinal.
As manifestações respiratórias são conhecidas como síndrome de Loeffler, que cursa
com tosse seca, dispneia, febre, chiado no peito, desconforto subesternal e escarro com
sangue.
A ascaridíase pode complicar com obstrução intestinal por uma quantidade muito
elevada de vermes, ou envolvimento hepatobiliar e pancreático, com a migração do
verme para a árvore biliar ou ducto pancreático, respectivamente. Todos os pacientes
precisam de tratamento, mesmo os assintomáticos, e os principais fármacos usados são
os benzimidazolicos.
Enterobíase
As fêmeas grávidas migram pelo reto para a pele perianal para depositar ovos a noite,
causando o sintoma mais comum da enterobíase, o prurido perianal. Os pacientes
podem apresentar também dor abdominal, náusea e vômito.
Tricuríase