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Antiparasitários e Antivirais

Nome: Beatriz Stefany Silva Barreto Ra° 00311646


Nome: Daiane Cambriai de Almeida Ra° 120002
Nome: Débora Aline Matos Santos Ra° 00335550
Nome: Juliane dos Santos Ra° 00339290

Anti-maláricos:
A malá ria é uma doença parasitá ria transmitida por vetores causada por
Plasmodium spp., através da injeçã o de esporozoítos ou formas imaturas do
parasita na circulaçã o sanguínea humana. Os esporozoítos infectam os hepató citos
e diferenciam-se em esquizontes, que posteriormente sofrem ruptura e invadem os
eritró citos na forma de merozoítos. A farmacoterapia para a malá ria tem como
alvo as formas exoeritrocíticas e eritrocíticas dos esquizontes, através de agentes
classificados como esquizonticidas.
De acordo com suas características químicas, os medicamentos antimalá ricos
podem ser classificados:
4-aminoquinolinas: cloroquina e amodiaquina;
8 aminoquinolinas: primaquina;
Quinolinometanó is naturais: quinina;
Quinolinometanó is sintéticos: mefloquina;
Fenantrenometanó is: halofantrina;
Lactonas sesquiterpênicas: derivados da artemisinina;
Naftacenos: tetraciclinas (doxiciclina);
Lincosaminas: clindamicina
A cloroquina, mesmo em doses maciças, nã o possui atividade significativa contra
as fases exoeritrocitá rias dos plasmó dios nos tecidos. A substâ ncia nã o é, portanto,
agente profilá tico causal e nã o impede o estabelecimento da infecçã o. Entretanto, é
altamente eficaz contra as formas eritrocitá rias assexuadas de P. vivax e P.
falciparum e gametó citos de P. vivax. É superior a quinina na supressã o da malá ria
causada por P. vivax. No ataque agudo da malá ria, a cloroquina controla
rapidamente os sintomas clínicos e a parasitemia; a maioria dos pacientes torna-se
completamente apirética em 24 a 48 horas apó s a administraçã o de doses
terapêuticas e esfregaços espessos de sangue periférico em geral sã o negativos em
relaçã o aos parasitas apó s 48 a 72 horas.
Mecanismo de ação da Cloroquina:
A cloroquina se liga moderadamente à s proteínas plasmá ticas e sofre
biotransformaçã o através do sistema hepá tico do citocromo P450 em metabó litos
ativos, a desetilcloroquina e a bidesetilcloroquina. Esses metabó litos podem
alcançar concentraçõ es plasmá ticas de (40 a 10) % da concentraçã o de cloroquina,
respectivamente. O enantiô mero S (+) da cloroquina apresenta tanto maior ligaçã o
à s proteínas plasmá ticas como maior depuraçã o metabó lica do que o enantiô mero
R(+). Os derivados 4-aminoquinolinas ligam-se à s nucleoproteínas e interferem na
síntese de proteínas; inibem a polimerase do DNA e RNA. Concentram-se nos
vacú olos digestivos do parasita, aumentando o pH, interferindo na capacidade do
parasita de metabolizar e utilizar a hemoglobina da hemá cia. As formas
exoeritrocitá rias do plasmó dio nã o têm vacú olos digestivos, nã o utilizam a
hemoglobina e nã o sã o afetadas pela cloroquina.
Efeitos adversos:
Sã o raros os efeitos adversos graves da cloroquina em doses antimalá ricas
normais. Porém é comum haver prurido, que pode ser intolerá vel. Como o prurido
pode comprometer a aderência ao tratamento. Apó s a administraçã o de cloroquina
podem ocorrer, temporariamente, cefaleia, ná usea, sintomas gastrointestinais e
“visã o turva”. Estes sintomas podem ser evitados administrando-se a dose apó s a
refeiçã o. Em pacientes susceptíveis, pode haver ataque agudo de porfiria e
psoríase. Muito raramente foi observado leucopenia, descoramento do cabelo e,
em casos extremamente raros, anemia aplá stica e perturbaçõ es neuroló gicas,
incluindo polineurite, otoxicidade, convulsõ es e neuromiopatia.
Anti-helmínticos
Os anti-helminticos sã o medicamentos que tratam dos helmintos, vermes
multicelulares com sistemas digestó rio, excretor, nervoso e reprodutor. Sã o
divididos de vista filogenético, em três classes: Nemató deos (vermes cilíndricos),
tremató deos (fasciolas) e cestadeos (tênias). Eles podem infectar vá rios sítios,
sendo eles: fígado, sangue, intestino e outros tecidos do hospedeiro humano.
Seus mecanismos de açã o sã o:
 Açã o em canais iô nicos dos parasitas. (ex: levamisol)
 Açõ es nã o direcionadas para canais iô nicos, como os antagonistas do canal
nicotinico benzamizois, que se liga à b-tubulina e bloqueiam a formaçã o de
microtú bulos no parasita.
Os principais anti-helmínticos têm como mecanismo de açã o principal ativa ou
bloquear os canais iô nicos, sã o os: ivermectina, levamisol e Pirantel, piperazina,
praziquantel.
Sã o receptores nicotinico (em nematodos): levamisol, butamisol, pirantel, mirante,
debefenium.
Receptor gaba: piperazina
Receptor de glutamato e cloreto: ivermectina, abamectina, doramectina e
moxidectina.
Permeadores da membrana de cá lcio: praziquantel
Os anti-helmínticos que nã o atuam em canais iô nicos sã o: benzamizois, como:
albendazol, mebendazol e tiabendazol.
Os tiabendazó is provocam ná useas, vô mitos e anorexia em doses terapêuticas e
raramente é utilizado.
Mebendazol e albendazol sã o mais bem tolerados, o albendazol normalmente é o
de escolha por ter uma maior biodisponibilidade oral entre os 3. Salicilanilídeos e
fenó is substituídos: sã o ionó foros de pró tons, ou seja, possuem um grupo de
pró tons removíveis.
Diamfenetida: eles agem alterando o metabolismo do malato, que é intermediá rio
da glicose no parasita. Clorsulon: inibem a enzima fosfoglicerato quinase de
glicose, impedindo a produçã o de energia e causando morte por esgotamento.
Dietilcarbamazina (DEC):é o fá rmaco de escolha no tratamento de certos filariases
(filaríase linfá tica) mata filarias adultas.
B-Tubulina (em nematodos): tiabendazol, combendazol, oxibendazol e albendazol.
B-Tubulina (em nematodos, cestoda e tremató dios): fenbendazol, oxfendazol,
mebendazol, flubendazol, febantel, metobimim, tiofenat o e triclabendazol.
Desacoplamento da fosforilaçã o oxidativa: closantel, rafexanida, oxiclosamida,
brotianida e niclosamida Metabolismo do malato: diamfenetida Fosfoglicerato
quinase e mutase: clorsulon
Anti-protozoários
Os protozoá rios sã o organismos unicelulares, eucarió tico e que apresentam
nutriçã o heterotró fica. É uma classe de medicamentos usados para tratar
protozooses. É utilizado para tratar doenças como malá ria, tricomoníase,
amebíase, giardose, tripanossomose e leishmaniose.
Mecanismo de açã o do metronidazol: o metronidazol é da classe de amebíase, o
princípio ativo tem prioridade citotó xica (de vida curta), que interage com o DNA,
assim inibindo a síntese do á cido nucléico, causando por fim a morte da célula, e
agindo contra bactérias anaeró bicas.
Efeitos adversos: dor de cabeça, dores articulares, ná useas, gastrointestinais,
alteraçã o no paladar, dormência das mã os e pés, secura nos olhos escurecimento
na urina.
Ectoparasiticidas
Sã o medicamentos que atuam contra ectoparasitas e endoparasitas sendo
considerados endectocidas. O mecanismo de açã o acontece quando há
hiperpolarizaçã o e inibiçã o da transmissã o nervosa, por meio da potencializaçã o
da açã o do GABA e do aumento da permeabilidade da membrana ao cloro.
Provocando por fim ataxia e morte do parasita. Seus principais princípios ativos
sã o: Avermerctinas “ivermectina, abamectina e doramectina” e Milbemicinas
“milbemicina, moxidectina e selamectina”

Medicamentos Inibidores de Transcriptase Reversa


Antes de abordarmos os mecanismos de açã o e demais informaçõ es
farmacoló gicas sobre os ITRN`s, é importante relembrar alguns conceitos de
genética/biologia.
A Transcriptase Reversa é uma enzima que realiza a transcriçã o inversa, de modo
contrá rio ao padrã o celular, permitindo a transcriçã o da informaçã o no sentido
RNA para DNA. Presente em alguns tipos de vírus, como o vírus da hepatite B e,
principalmente HIV, chamados RETROVIRUS justamente pela açã o “reversa” desta
enzima que, ao ser injetado material genético na célula hospedeira utiliza os
nucleotídeos presentes no citoplasma para montar uma fita de DNA usando de
base a fita de RNA. Deste modo, a célula hospedeira irá reconhecer a fita de DNA,
que acabara de ser produzida, como nã o sendo estranha e, consequentemente, nã o
a destruirá , liberando-as para infectar outras células. Os medicamentos para
combater estes vírus, os INIBIDORES DE TRANSCRIPTASE REVERSA, indicados no
tratamento da Imunodeficiência Humana (HIV), atuam como inibidores das
enzimas transcriptase reversa. Ao inibir a açã o desta enzima, os fá rmacos
impedem a multiplicaçã o do vírus. Fazem parte da classe de medicamentos
antirretrovirais, podendo ser utilizados em combinaçã o com outros fá rmacos com
base na forma como agem contra o vírus. Podem ser classificados em:
 Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa
Essa classe de medicamentos atua sobre a enzima transcriptase reversa,
tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus HIV cria dentro das células de
defesa do organismo. Essa açã o impede que o vírus se reproduza.
Abacavir (ABC); Didanosina (ddI); Lamivudina (3TC); Tenofovir (TDF);
Zidovudina (AZT)
 Inibidores Nã o Nucleosídeos da Transcriptase Reversa
Essa classe de medicamentos também atua sobre a enzima transcriptase reversa,
bloqueando diretamente sua açã o e a multiplicaçã o do vírus.
Efavirenz (EFZ); Nevirapina (NVP); Etravirina (ETR)
 Inibidores de transcriptase reversa aná logos de nucleotídeo
É convertido em difosfato de tenofovir, que tem efeito antirretroviral e também
inibe replicaçã o do vírus.
Fumarato de tenofovir desoproxila
EFEITOS ADVERSOS:
Os efeitos colaterais incluem toxicidade para a medula ó ssea, anemia limitadora
da dose e neutropenia (reduçã o da contagem de neutró filos no sangue). O
paciente em uso de ITRN relata ná useas, desconforto gastrintestinal, febre,
calafrios, dores e cefaleia. Com menos frequência relatam confusã o, sonolência e
convulsõ es.

Inibidores do desnudamento viral:


Inibem replicaçã o principalmente do Vírus Influenza A
A gripe é uma infecçã o aguda do sistema respirató rio, provocado pelo vírus da
influenza, com grande potencial de transmissã o. Existem quatro tipos de vírus
influenza/gripe: A, B, C e D. A do tipo A sã o encontrados em vá rias espécies de
animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e
aves. Eles sã o ainda classificados em subtipos de acordo com as combinaçõ es de 2
proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N).

Amantadina e Rimantadina:
Bloqueiam o desnudamento do genoma viral, impossibilitando o deslocamento
para o nú cleo celular. Impedimento estérico do canal iô nico formado pela proteína
viral M2

Mecanismo de açã o:
O mecanismo pelo qual a amantadina exerce efeito farmacoló gico previni a
liberaçã o da infecçã o do á cido nucléico viral nas células dos hospedeiros através da
interferência com a funçã o transmembrana da proteína viral M2.
Efeitos adversos:
Os efeitos adversos mais comuns estã o relacionados com o sistema nervoso central
e incluem: ansiedade, insô nia, pensamento prejudicado, confusã o, tontura, delírios,
alucinaçõ es, ilusã o, paranó ia. Também pode ocorrer hipotensã o ortostá tica, pré-
síncope, síncope. A amantadina tem efeitos anticolinérgicos que podem causar
boca seca, constipaçã o e midríase. Também pode causar livedo reticular e edema
do tornozelo.

Medicamentos Anti-Herpesvírus
Os vírus herpes humanos sã o vírus de DNA da família Herpesviridae tendo como
seu hospedeiro, o homem. Uma vez ocorrida a infeçã o, permanecem no
organismo do indíviduo afetado durante toda a sua vida. Sã o divididos em oito
subgrupos: vírus da herpes simples, vírus da varicela zoster, vírus Epstein-Barr,
Citomegalovírus e, por fim, mais três vírus descobertos recentemente, porém sem
muitas especificaçõ es cientificamente comprovadas. Por serem acelulares, o
herpesvírus humano necessita das células para reproduzir-se, sendo a
transmissã o por contato direto ou indireto com fluidos contaminados. Os
antivirais atuam atravé s da inibiçã o da DNA polimerase.
Aciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Raramente, lesã o renal, em pessoas com o sistema imunoló gico
debilitado, pú rpura trombocitopênica trombó tica (PTT) e síndrome hemolítico
urê mica (SHU).
Cidofovir: Infecçõ es por citomegalovírus, incluindo retinite (infecçã o da retina do
olho)
Efeito colateral: Lesã o renal.
Fanciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais graves.
Foscarnete: Infecçõ es por citomegalovírus
Efeitos colaterais: Lesã o renal; Distú rbios de eletró litos.
Ganciclovir: Infecçõ es por citomegalovírus, incluindo retinite
Efeitos colaterais: baixa contagem de gló bulos brancos
Penciclovir (creme): Herpes labial
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais; Vermelhidã o no local da aplicaçã o
Trifluridina (colírio): Ceratite (infecçã o da có rnea) por herpes simples
Efeitos colaterais: Sensaçã o de ferroada nos olhos; Inchaço das pá lpebras.
Valaciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais sérios (similar ao aciclovir).
Valganciclovir: Infecçõ es por citomegalovírus
Efeitos colaterais: Semelhante ao ganciclovir (baixa contagem de gló bulos brancos)
Vidarabina (na forma de pomada aplicada nos olhos): Ceratite por herpes simples
Efeitos colaterais: Irritaçã o dos olhos; Sensibilidade à luz.
Efeitos adversos: Com base nas pesquisas nã o foram relatados efeitos adversos
muitos graves que afetassem a saú de, e alguns dos mais comuns sã o, tontura,
vô mito, diarreia e perda de apetite.
Mecanismo de açã o da ivermectina: induz paralisia tô nica da musculatura e
imobilizaçã o dos vermes. A paralisia é potencializada aos canais de cloro sensíveis
à s avermerctinas, que sã o controlados pelo glutamato. Os canais de cloro estã o
presentes nos nervos e células musculares dos invertebrados e uma vez
potencializados geram um aumento da permeabilidade da membrana celular aos
íons cloro, com hiperpolarizaçã o dos nervos ou células, que resulta em paralisia e a
morte do parasita. A concentraçã o plasmá tica chega em seu pico por volta de 4
horas, a metabolizaçã o é hepá tica e sua maior concentraçã o é encontrada no fígado
e no tecido adiposo.
Efeitos adversos da ivermectina: diarreia, ná usea, astenia, dor abdominal,
anorexia, constipaçã o e vô mitos, urticá ria e relacionado ao SNC tontura,
sonolência, vertigem e tremor.
BIBLIOGRÁ FIA:
https://saude.abril.com.br/medicina/metronidazol/
https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_08.pdf
https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/principais-
antiparasitarios
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Influenza-Gripe
https://www.lecturio.com/pt/concepts/farmacos-antimalaricos/
https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/conteudo/2776/
antimalaricos.htm

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