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Anti-maláricos:
A malá ria é uma doença parasitá ria transmitida por vetores causada por
Plasmodium spp., através da injeçã o de esporozoítos ou formas imaturas do
parasita na circulaçã o sanguínea humana. Os esporozoítos infectam os hepató citos
e diferenciam-se em esquizontes, que posteriormente sofrem ruptura e invadem os
eritró citos na forma de merozoítos. A farmacoterapia para a malá ria tem como
alvo as formas exoeritrocíticas e eritrocíticas dos esquizontes, através de agentes
classificados como esquizonticidas.
De acordo com suas características químicas, os medicamentos antimalá ricos
podem ser classificados:
4-aminoquinolinas: cloroquina e amodiaquina;
8 aminoquinolinas: primaquina;
Quinolinometanó is naturais: quinina;
Quinolinometanó is sintéticos: mefloquina;
Fenantrenometanó is: halofantrina;
Lactonas sesquiterpênicas: derivados da artemisinina;
Naftacenos: tetraciclinas (doxiciclina);
Lincosaminas: clindamicina
A cloroquina, mesmo em doses maciças, nã o possui atividade significativa contra
as fases exoeritrocitá rias dos plasmó dios nos tecidos. A substâ ncia nã o é, portanto,
agente profilá tico causal e nã o impede o estabelecimento da infecçã o. Entretanto, é
altamente eficaz contra as formas eritrocitá rias assexuadas de P. vivax e P.
falciparum e gametó citos de P. vivax. É superior a quinina na supressã o da malá ria
causada por P. vivax. No ataque agudo da malá ria, a cloroquina controla
rapidamente os sintomas clínicos e a parasitemia; a maioria dos pacientes torna-se
completamente apirética em 24 a 48 horas apó s a administraçã o de doses
terapêuticas e esfregaços espessos de sangue periférico em geral sã o negativos em
relaçã o aos parasitas apó s 48 a 72 horas.
Mecanismo de ação da Cloroquina:
A cloroquina se liga moderadamente à s proteínas plasmá ticas e sofre
biotransformaçã o através do sistema hepá tico do citocromo P450 em metabó litos
ativos, a desetilcloroquina e a bidesetilcloroquina. Esses metabó litos podem
alcançar concentraçõ es plasmá ticas de (40 a 10) % da concentraçã o de cloroquina,
respectivamente. O enantiô mero S (+) da cloroquina apresenta tanto maior ligaçã o
à s proteínas plasmá ticas como maior depuraçã o metabó lica do que o enantiô mero
R(+). Os derivados 4-aminoquinolinas ligam-se à s nucleoproteínas e interferem na
síntese de proteínas; inibem a polimerase do DNA e RNA. Concentram-se nos
vacú olos digestivos do parasita, aumentando o pH, interferindo na capacidade do
parasita de metabolizar e utilizar a hemoglobina da hemá cia. As formas
exoeritrocitá rias do plasmó dio nã o têm vacú olos digestivos, nã o utilizam a
hemoglobina e nã o sã o afetadas pela cloroquina.
Efeitos adversos:
Sã o raros os efeitos adversos graves da cloroquina em doses antimalá ricas
normais. Porém é comum haver prurido, que pode ser intolerá vel. Como o prurido
pode comprometer a aderência ao tratamento. Apó s a administraçã o de cloroquina
podem ocorrer, temporariamente, cefaleia, ná usea, sintomas gastrointestinais e
“visã o turva”. Estes sintomas podem ser evitados administrando-se a dose apó s a
refeiçã o. Em pacientes susceptíveis, pode haver ataque agudo de porfiria e
psoríase. Muito raramente foi observado leucopenia, descoramento do cabelo e,
em casos extremamente raros, anemia aplá stica e perturbaçõ es neuroló gicas,
incluindo polineurite, otoxicidade, convulsõ es e neuromiopatia.
Anti-helmínticos
Os anti-helminticos sã o medicamentos que tratam dos helmintos, vermes
multicelulares com sistemas digestó rio, excretor, nervoso e reprodutor. Sã o
divididos de vista filogenético, em três classes: Nemató deos (vermes cilíndricos),
tremató deos (fasciolas) e cestadeos (tênias). Eles podem infectar vá rios sítios,
sendo eles: fígado, sangue, intestino e outros tecidos do hospedeiro humano.
Seus mecanismos de açã o sã o:
Açã o em canais iô nicos dos parasitas. (ex: levamisol)
Açõ es nã o direcionadas para canais iô nicos, como os antagonistas do canal
nicotinico benzamizois, que se liga à b-tubulina e bloqueiam a formaçã o de
microtú bulos no parasita.
Os principais anti-helmínticos têm como mecanismo de açã o principal ativa ou
bloquear os canais iô nicos, sã o os: ivermectina, levamisol e Pirantel, piperazina,
praziquantel.
Sã o receptores nicotinico (em nematodos): levamisol, butamisol, pirantel, mirante,
debefenium.
Receptor gaba: piperazina
Receptor de glutamato e cloreto: ivermectina, abamectina, doramectina e
moxidectina.
Permeadores da membrana de cá lcio: praziquantel
Os anti-helmínticos que nã o atuam em canais iô nicos sã o: benzamizois, como:
albendazol, mebendazol e tiabendazol.
Os tiabendazó is provocam ná useas, vô mitos e anorexia em doses terapêuticas e
raramente é utilizado.
Mebendazol e albendazol sã o mais bem tolerados, o albendazol normalmente é o
de escolha por ter uma maior biodisponibilidade oral entre os 3. Salicilanilídeos e
fenó is substituídos: sã o ionó foros de pró tons, ou seja, possuem um grupo de
pró tons removíveis.
Diamfenetida: eles agem alterando o metabolismo do malato, que é intermediá rio
da glicose no parasita. Clorsulon: inibem a enzima fosfoglicerato quinase de
glicose, impedindo a produçã o de energia e causando morte por esgotamento.
Dietilcarbamazina (DEC):é o fá rmaco de escolha no tratamento de certos filariases
(filaríase linfá tica) mata filarias adultas.
B-Tubulina (em nematodos): tiabendazol, combendazol, oxibendazol e albendazol.
B-Tubulina (em nematodos, cestoda e tremató dios): fenbendazol, oxfendazol,
mebendazol, flubendazol, febantel, metobimim, tiofenat o e triclabendazol.
Desacoplamento da fosforilaçã o oxidativa: closantel, rafexanida, oxiclosamida,
brotianida e niclosamida Metabolismo do malato: diamfenetida Fosfoglicerato
quinase e mutase: clorsulon
Anti-protozoários
Os protozoá rios sã o organismos unicelulares, eucarió tico e que apresentam
nutriçã o heterotró fica. É uma classe de medicamentos usados para tratar
protozooses. É utilizado para tratar doenças como malá ria, tricomoníase,
amebíase, giardose, tripanossomose e leishmaniose.
Mecanismo de açã o do metronidazol: o metronidazol é da classe de amebíase, o
princípio ativo tem prioridade citotó xica (de vida curta), que interage com o DNA,
assim inibindo a síntese do á cido nucléico, causando por fim a morte da célula, e
agindo contra bactérias anaeró bicas.
Efeitos adversos: dor de cabeça, dores articulares, ná useas, gastrointestinais,
alteraçã o no paladar, dormência das mã os e pés, secura nos olhos escurecimento
na urina.
Ectoparasiticidas
Sã o medicamentos que atuam contra ectoparasitas e endoparasitas sendo
considerados endectocidas. O mecanismo de açã o acontece quando há
hiperpolarizaçã o e inibiçã o da transmissã o nervosa, por meio da potencializaçã o
da açã o do GABA e do aumento da permeabilidade da membrana ao cloro.
Provocando por fim ataxia e morte do parasita. Seus principais princípios ativos
sã o: Avermerctinas “ivermectina, abamectina e doramectina” e Milbemicinas
“milbemicina, moxidectina e selamectina”
Amantadina e Rimantadina:
Bloqueiam o desnudamento do genoma viral, impossibilitando o deslocamento
para o nú cleo celular. Impedimento estérico do canal iô nico formado pela proteína
viral M2
Mecanismo de açã o:
O mecanismo pelo qual a amantadina exerce efeito farmacoló gico previni a
liberaçã o da infecçã o do á cido nucléico viral nas células dos hospedeiros através da
interferência com a funçã o transmembrana da proteína viral M2.
Efeitos adversos:
Os efeitos adversos mais comuns estã o relacionados com o sistema nervoso central
e incluem: ansiedade, insô nia, pensamento prejudicado, confusã o, tontura, delírios,
alucinaçõ es, ilusã o, paranó ia. Também pode ocorrer hipotensã o ortostá tica, pré-
síncope, síncope. A amantadina tem efeitos anticolinérgicos que podem causar
boca seca, constipaçã o e midríase. Também pode causar livedo reticular e edema
do tornozelo.
Medicamentos Anti-Herpesvírus
Os vírus herpes humanos sã o vírus de DNA da família Herpesviridae tendo como
seu hospedeiro, o homem. Uma vez ocorrida a infeçã o, permanecem no
organismo do indíviduo afetado durante toda a sua vida. Sã o divididos em oito
subgrupos: vírus da herpes simples, vírus da varicela zoster, vírus Epstein-Barr,
Citomegalovírus e, por fim, mais três vírus descobertos recentemente, porém sem
muitas especificaçõ es cientificamente comprovadas. Por serem acelulares, o
herpesvírus humano necessita das células para reproduzir-se, sendo a
transmissã o por contato direto ou indireto com fluidos contaminados. Os
antivirais atuam atravé s da inibiçã o da DNA polimerase.
Aciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Raramente, lesã o renal, em pessoas com o sistema imunoló gico
debilitado, pú rpura trombocitopênica trombó tica (PTT) e síndrome hemolítico
urê mica (SHU).
Cidofovir: Infecçõ es por citomegalovírus, incluindo retinite (infecçã o da retina do
olho)
Efeito colateral: Lesã o renal.
Fanciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais graves.
Foscarnete: Infecçõ es por citomegalovírus
Efeitos colaterais: Lesã o renal; Distú rbios de eletró litos.
Ganciclovir: Infecçõ es por citomegalovírus, incluindo retinite
Efeitos colaterais: baixa contagem de gló bulos brancos
Penciclovir (creme): Herpes labial
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais; Vermelhidã o no local da aplicaçã o
Trifluridina (colírio): Ceratite (infecçã o da có rnea) por herpes simples
Efeitos colaterais: Sensaçã o de ferroada nos olhos; Inchaço das pá lpebras.
Valaciclovir: Herpes genital; Herpes zoster; Catapora
Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais sérios (similar ao aciclovir).
Valganciclovir: Infecçõ es por citomegalovírus
Efeitos colaterais: Semelhante ao ganciclovir (baixa contagem de gló bulos brancos)
Vidarabina (na forma de pomada aplicada nos olhos): Ceratite por herpes simples
Efeitos colaterais: Irritaçã o dos olhos; Sensibilidade à luz.
Efeitos adversos: Com base nas pesquisas nã o foram relatados efeitos adversos
muitos graves que afetassem a saú de, e alguns dos mais comuns sã o, tontura,
vô mito, diarreia e perda de apetite.
Mecanismo de açã o da ivermectina: induz paralisia tô nica da musculatura e
imobilizaçã o dos vermes. A paralisia é potencializada aos canais de cloro sensíveis
à s avermerctinas, que sã o controlados pelo glutamato. Os canais de cloro estã o
presentes nos nervos e células musculares dos invertebrados e uma vez
potencializados geram um aumento da permeabilidade da membrana celular aos
íons cloro, com hiperpolarizaçã o dos nervos ou células, que resulta em paralisia e a
morte do parasita. A concentraçã o plasmá tica chega em seu pico por volta de 4
horas, a metabolizaçã o é hepá tica e sua maior concentraçã o é encontrada no fígado
e no tecido adiposo.
Efeitos adversos da ivermectina: diarreia, ná usea, astenia, dor abdominal,
anorexia, constipaçã o e vô mitos, urticá ria e relacionado ao SNC tontura,
sonolência, vertigem e tremor.
BIBLIOGRÁ FIA:
https://saude.abril.com.br/medicina/metronidazol/
https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_08.pdf
https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/principais-
antiparasitarios
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Influenza-Gripe
https://www.lecturio.com/pt/concepts/farmacos-antimalaricos/
https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/conteudo/2776/
antimalaricos.htm