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Farmacologia dos

Antimicrobianos
Inibidores da Síntese de proteínas

Prof. Jorge Santana


Farmacêutico Clínico
Mestre em Química Biológica
Doutorando em Biotecnologia
Antimicrobianos inibidores da síntese proteica
Aminoglicosídeos Macrolídeos
Bloqueia a iniciação da translação e Evita a continuação da síntese
causa uma leitura errada no mRNA proteica

Clorafenicol
Evita a formação das ligações
peptídicas
Tetraciclinas
Bloqueia o acoplamento do tRNA no
ribossomo
Lincosamidas
Evita a continuação da síntese proteica

Estreptograminas
Oxazolidinas
Cada um interfere com uma etapa
Interfere na iniciação da síntese
distinta da síntese proteica da bactéria
proteica
Anfenicois
Anfenicois
• São fármacos sintéticos derivados do prapanodiol;
• Descobertos a partir do funcgo Streptomyces venezuelae  1947
• Abrangem cloranfenicol e tianfenicol
• Antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro de atividade,
atuando contra bactérias gram-positivas, gram-negativas, riquétsias,
clamídias e micoplasmas

Cloranfenicol Tianfenicol
Anfenicois – Mecanismo de Ação
• Atua inibindo a síntese de proteínas a partir da ligação reversível à
porção 50S do ribossomo, impedindo a formação das ligações
peptídicas entre os aminoácidos.

O cloranfenicol liga-se a subunidade


ribossômica 50S no local da
peptidiltransferase e inibe a reação de
transpeptidação.
Cloranfenicol
• Principal Anfenicol, que foi bastante utilizado após sua descoberta;
• O fármaco penetra rapidamente nas células bacterianas,
provavelmente por difusão facilitada.
• Espectro de ação
• Vários tipos de microrganismos, entre os quais clamídeas, riquétsias,
espiroquetas e anaeróbios.
• Primariamente bacteriostático, mas dependendo da concentração pode ser
bactericida.
• Mecanismo de resistência
• Presença de enzimas que inativam o cloranfenicol.
• Redução da capacidade de penetrar no microrganismo e alterações do local
de ligação ribossomal.
Cloranfenicol – Efeitos Adversos
• Anemias
• Anemia dose-dependente  Discrasia
• Anemia hemolítica (vista em pacientes com deficiência de
glicose-6-fosfato desidrogenase);
• Anemia aplástica  independente da dose e pode ocorrer
depois que o tratamento termina.
• Obs: As discrasias sanguíneas muitas vezes são fatais.

• Síndrome do Bebê Cinzento  Mortalidade de 40%


• Baixa capacidade para glicuronizar o cloranfenicol e função
renal subdesenvolvida
• O fármaco, o qual acumula em níveis que interferem na função dos
ribossomas mitocondriais.
• Má alimentação, depressão respiratória, colapso cardiovascular,
cianose (daí o nome de “bebê cinzento”) e à morte.
Cloranfenicol
• Interações
• O cloranfenicol inibe algumas das
oxidases hepáticas de função mista;

• Bloqueia a biotransformação de
fármacos como varfarina e
fenitoína, aumentando suas
concentrações e potencializando
seus efeitos.
Lincosamidas
Lincosamidas
• As lincosamidas fármacos antimicrobianos bacteriostáticas ou
bactericidas, dependendo da concentração;
• Atividade contra muitos gram-positivos e Bacteroides spp.
• São representadas pela lincomicina e clindamicina (que apresenta
maior atividade in vitro e maior absorção oral).

Lincomicina Clindamicina
Clindamicina – Mecanismo de Ação
• Mesmo mecanismo de ação da eritromicina 
inibem a síntese de proteínas através de sua
ligação às subunidades ribossômicas 50S de
microrganismos sensíveis.
Clindamicina
• Espectro de ação
• Principal Lincosamida, bacteriostática e com atividade contra Streptococcus e
Staphylococcus aureus resistentes à penicilina;
• Utilizado na profilaxia de endocardite quando as penicilinas não são
apropriadas;

• Mecanismo de resistência
• Mesmo mecanismo de resistência da eritromicina;
• C. difficile sempre é resistente à clindamicina, e a utili dade desse fármaco
contra anaeróbicos Gram-negativos (p. ex., Bacteroides sp.) está diminuindo
devido ao aumento da resistência
Clindamicina - Farmacocinética
• A clindamicina está disponível em formulações IV e oral (limitado
pela intolerância gastrintestinal).

• Penetra pouco no LCS.

• Extensa biotransformação oxidativa a produtos inativos e é


primeiramente excretada na bile.

• Baixa eliminação urinária  Limita sua utilidade clínica contra


infecções do trato urinário;
Clindamicina – Efeitos adversos
• Relatado acúmulo em pacientes com
comprometimento grave da função renal
ou insuficiência hepática

• Além de urticária, o efeito adverso mais


comum é diarreia, que pode representar
uma colite pseudomembranosa grave por
supercrescimento de C. difficile.
• A administração oral de metronidazol ou
vancomicina em geral é eficaz para
controlar esse grave problema.
Oxazolidinas
Linezolida
• Linezolida é uma oxazolidinona sintética
desenvolvida para combater microrganismos
gram-positivos resistentes, como MRSA, VRE e
estreptococos resistentes a benzilpenicilina.

• Mecanismo de ação
• A linezolida se liga ao RNA ribossomal bacteriano
23S da subunidade 50S, inibindo a formação do
complexo de iniciação 70S.
Linezolida
• Espectro bacteriano
• Microrganismos gram-positivos, como
estafilococos, estreptoco cos e enterococos, bem
como espécies de Corynebacterium e Listeria
monocytogenes;
• Moderadamente ativa contra Mycobacterium
tuberculosis;

• Usada contra cepas resistentes.

• Resistência
• Redução de ligação no local alvo.
• Diminuição de suscetibilidade e resistência foram
relatadas em S. aureus e Enterococcus sp.
Linezolida
• Farmacocinética
• O fármaco se distribui amplamente pelo organismo.
• Embora a via metabólica da linezolida não esteja totalmente
determinada, sabe-se que é biotransformada por oxidação a dois
metabólitos inativos.
• Excreção renal e não-renal

• Efeitos Adversos
• Mais comuns: distúrbio gastrintestinal, náuseas, diarreia, cefaleia e
urticária.
• a Trombocitopenia, principalmente em pacientes que foram tratados por
mais de 10 dias.
• Atividade monoaminoxidase não seletiva e pode causar síndrome
serotonínica

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