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Roteiro da aula

1. Classificação dos fungos


2. Patogenia dos fungos
3. Tipos de infecções fúngicas
4. Classificação dos antifúngicos
5. Mecanismos de ação dos antifúngicos
a. Antifúngicos inibidores da síntese de ácidos nucléicos
b. Antifúngicos Inibidores da mitose
c. Antifúngicos inibidores da síntese do ergosterol
d. Antifúngicos inibidores da estabilidade da membrana
e. Antifúngicos inibidores da síntese da parede celular
 Células eucarióticas sem mobilidade

 Não realizam fotossíntese

 Milhares de espécies

 50 são patogênicos ao ser humano


1. Leveduras (ex. Cryptococcus neoformans)
2. Fungos semelhante a leveduras: Produzem
estrutura similar ao micélio (ex. Candida
albicans)
3. Fungos filamentosos com micélio
verdadeiro (ex. Aspergilus fumigatus)
4. Fungos dimórficos: Podem crescer como
leveduras ou fungos filamentosos (ex.
Histoplasma capsulatum)
Superfície Tecidos Circulação
Adesão
colonizada profundos sistêmica
 Superficiais: atingem a camada superficial da pele

 Cutâneas: atingem a pele, pêlos e unhas

 Subcutâneas: Atingem camadas profundas da


derme, tecido subcutâneo e osso

 Sistêmicas: Quando ocorre disseminação do fungo


pela corrente sanguínea

 Oportunistas: Quando ocorre em virtude de


imunossupressão
Superficiais

Dermatocomicoses(Tinhas) Candidíase superficial


causadas pelo Trichophyton,
Microsporum ou Epidermophyton.
Sistêmicas

No Reino Unido, a doença fúngica sistêmica (ou “disseminada”)


mais comum é a candidíase.

Em outras partes do mundo:


-Blastomicose
- Histoplasmose
- Coccidiomicose
- Paracoccidiomicose
➢ Pacientes em UTI
➢ Pacientes imunossuprimidos(quimioterapia,
transplantes)
➢ Uso disseminado de antibióticos de amplo
espectro
➢ Próteses
➢ Amplo espectro de ação contra uma variedade de
fungos patogênicos;

➢ Excelentepenetração no líquido cefalorraquidiano


(LCR), na urina e no osso;

➢ Baixa toxicidade farmacológica;

➢ Múltiplas vias de administração;


1950 1960 1970 1980 1990 2000
Posaconazol
Ravuconazol

Amorolfina Terbinafina
Griseofulvina
Econazol Itraconazol
Anfotericina B
Miconazol IV
Caspofungina
Cetoconazol
Naftifina Voriconazol

Flucitosina Fluconazol

Miconazol
Clotrimazol
 Anfotericina
 Griseofuvina
 Equinocandinas

 Azóis (cetoconazol, fluconazol,miconazol...)


Específica de fungos
Citosina
desaminase
5-
Ácido 5-
Flucitosina fluoruracila
fluorodesoxiu
(5-FLU)
ridílico

Inibição da
síntese do DNA Timidilato
e da divisão sintetase
celular
Micoses
sistêmicas

Flucitosina como único


medicamento: rápido
desenvolvimento de
resistência.

Anfotericina B promove o
aumento da captação de flucitosina
pelas células fúngicas
CONTRA-
FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS
INDICAÇÕES
Administrada por via Gravidez e lactação Supressão da medula óssea
intravenosa ou oral (leucopenia e
trombocitopenia)
Excelente penetração no insuficiência renal severa Náuseas, vômitos, Diarréia
SNC,olhos e trato urinário

Grande volume de Hipersensibilidade ao Disfunção hepática


distribuição princípio ativo

Liga-se pouco as proteínas Crianças falta de apetite


plasmáticas

Meia vida de 3-5 h Transtornos gastrintestinais


Tubulina

Griseofulvina Organização do
fuso mitótico

Proteína
associada aos
microtúbulos
Acumula-se nas
células precursoras
de queratina e liga-
se à queratinas das Crescimento da
células pele, dos cabelos
O uso terapêutico diferenciadas ou das unhas livres
da griseofulvina de infecção por
oral é limitado dermatófitos.

Na maioria das
situações, a
Não é efetivo
griseofulvina
contra leveduras e
parece ser
contra fungos
fungistática.
dimórficos
Farmacocinética Contra-indicações Efeitos adversos
Muito insolúvel Gravidez e lactação SN(letargia, visão embaçada,
vertigem,)

Absorção do fármaco é Crianças com menos de 2 Cefaléia, Erupção na pele e


melhor administrado com anos de idade urticária
alimentos gordurosos

Tratamento precisa ser muito hipersensibilidade Hematológicos(leucopenia,


prolongado neutropenia,monocitose)
Os efeitos adversos Indivíduos com problemas Insônia, Síndrome alérgica
aumentam com consumo de hepáticos Distúrbios GI,
álcool hepatotoxicidade

Doses devem ser adm com Indivíduos com histórico de Interações farmacológicas
intervalo de 6 h lúpus com varfarina,barbitúricos,
contraceptivos orais

Doença do
soro,angiodema,dermatite
esfoliativa e necrólise
epidérmica tóxica
➢Inibidores da esqualeno-epoxidase (Alilaminas e Benzilaminas)
➢Inibidores da 14α – desmetilase (azois)
Terbinafina e naftifina → ALILAMINAS

Butenafina → BENZILAMINA
Farmacocinética Contra-indicações Efeitos adversos
Altamente lipofílico Gravidez e lactação Alterações GI
fungicida ou fungistática Insuficiência renal ou Erupções cutâneas, Prurido
hepática

Adm Oral e tópica Crianças menores de 2 Dores articulares e


anos musculares

Liga-se fortemente às Hipersensibilidade ao Diarréia


proteínas plasmáticas 99% princípio ativo Cefaléia, tontura
Meia vida de eliminação é Perda de apetite e paladar
de 300 h

Biodisponibilidade de 40% Hepatoxidade, síndrome de


Stevens-Johnson,
neutropenia
Os níveis plasmáticos
aumentam com Cimetidina
e diminuem com
rifampicina
➢ Só disponível na forma tópica

➢ Mecanismo de ação similar ao da Terbinafina

➢ Amplo espectro de atividade antifúngica

➢ Tratamento de tinha do corpo


Uso tópico
Uso tópico

Uso tópico
e sistêmico
Uso tópico
Inibem a enzima fúngicas 14 α -desmetilase

Inibem então a síntese de ergosterol

Desestabilizam a membrana fúngica


epóxido de esqualeno lanosterol
esqualeno 1

CYP 450
AZÓIS 14-desmetilase

3
zimosterol
ergosterol
Maior inibição do P450

Inibe síntese de hormônios


esterois e gonodais
Estreita faixa
terapêutica Não atinge o
SNC

Absorção:TGI

Farmacocinética
*Rifampicina,antiácidos,antagonistas dos receptores H2 diminuem a absorção do cetoconazol
Afeta metabolismo
de outros fármacos

Distúrbios Gastrintestinais

Hepatotoxicidade(raro)

Efeitos endócrinos
significativos

Efeitos adversos
voriconazol
 potência e amplo espectro

ravuconazol
(ensaios clínicos)
terconazol
Efeitos adversos

Hepatotoxicidade Distúrbio GI

Cefaléia Tontura

Dor abdominal
• Via oral ou intravenosa
• Excelente biodisponibilidade por via oral
• Atinge concentrações elevadas no LCR
• Meia vida de 25H
• 90% são excretados inalterados na urina
• É o azol que menos possui efeitos sobre as enzimas
microssomais hepáticas

Fármaco de escolha para tratar a meningite criptocócica


Origem: biossintetizados por fungos

Anfotericina B Nistatina (uso tópico)


(uso parenteral) (de Streptomyces noursei)

Natamicina Candicidina
Fármacos poliênicos

Ergosterol

Poros na membrana
Anfotericina B Nistatina

Insolúvel em água Não sofre absorção sistêmica

Via IV principalmente Forma tópica

Fungicida ou fungistática Candida


 Toxicidade relacionada a infusão:
-Febre, calafrios, cefaléia, hipotensão

 Toxicidade mais lenta


-Insuficiência renal
-Anemia(por falta de produção de eritropoetinas)
Inibe a síntese 1,3 β- glicano –
necessário para manter a
estrutura das paredes

morte do
lise da fungo
célula
estresse
osmótico
• Liga-se altamente as proteínas do plasma
• É metabolizada no fígado
• Penetra pouco no LCR
• Meia vida de 9-10H

• Foi aprovada para o tratamento de candidíase esofágica e para


profilaxia antifúngica em receptores de transplantes de células
tronco hematopoiéticas

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