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A vinda da família real criou a necessidade da construção de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar
suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro. Com a colonização portuguesa, doenças
comuns na Europa que não existiam no Brasil acabaram sendo trazidas, acarretando na morte de milhares
de indígenas.
Nesse período a atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e àqueles que,
por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar.
Em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar da cidade
de Salvador; no mesmo ano foi criada a escola de cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao hospital militar.
Até o período de 1850 as atividades de saúde pública eram muito limitadas, resumindo-se à delegação das
atribuições sanitárias, às juntas municipais e ao controle de navios e saúde dos portos. Ao final do século
19 e no início do século 20 a cidade do Rio de janeiro apresentava um quadro sanitário turbulento, com
inúmeros agraves que, por sua vez, acometiam os cidadãos como: varíola, malária, febre amarela e
posteriormente a peste.
Rodrigues Alves, presidente do Brasil daquele período nomeou Oswaldo Cruz como diretor do
Departamento Federal de Saúde Pública, propondo-se a disseminar febre amarela.
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Oswaldo Cruz criou um exército de 1.500 soldados
que atuaram no ramo de desinfecção no combate ao
mosquito de forma áspera e sem precedente,
causando na população revolta.
A insatisfação durou e se agravou com Oswaldo
Cruz fazendo outra medida, Lei Federal n° 1261 de
31 de Outubro de 1904, que instituiu a vacinação
obrigatória da vacinação contra varíola no território
nacional. Em decorrência a esses acontecimentos
surgiu o grande movimento chamado: Revolta da
vacina.
Neste período Oswaldo Cruz procurou medidas para organizar a diretoria geral de saúde e acalmar a
população insatisfeita com as ações anteriores. Criou uma seção demográfica, um laboratório bacteriológico,
um serviço de engenharia sanitária e de profilaxia da febre amarela, a inspetoria de isolamento e desinfecção,
e o instituto soroterápico federal, que logo depois se tornaria o Instituto Oswaldo Cruz.
Ainda no século XX nasceu a Previdência Social no Brasil que foi marcada pela Lei Elói Chaves (Lei
que é instituídas as Caixas de Aposentadoria e Pensão - CAP). No entanto, haviam algumas
considerações a serem seguidas para o cumprimento da Lei recente:
• A lei deveria ser aplicada somente ao operário urbano.
• As caixas deveriam ser organizadas por empresas.
• A criação de uma CAP não era automática e imediata, os trabalhadores deveriam se juntar e se
mobilizar para sua criação em suas respectivas empresas (Somente aos ferroviários eram
direcionados essas CAP).
Já em 1920, Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz, reestruturou o DNS (Departamento Nacional
de Saúde), ligado ao ministério da Justiça e Com isso vieram órgãos especializados na luta da
tuberculose, lepra e outras doenças venéreas
Em março de 1931, o sanitarista João de Barros Barreto assumiu a diretoria do Serviço Sanitário
Estadual de São Paulo. Em sua gestão, foi formada a Secretaria Estadual de Educação e Saúde Pública
e no ano anterior (1930) O Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública foi criado pelo
Governo Federal.
Já em 1942 houve a l° conferência Nacional de Saúde.
No ano seguinte houve a implantação dos Postos experimentais de combate a esquistossomose, e
tracoma.
Em 1948 criou-se o primeiro conselho de Saúde, considerado por William Wech o marco inicial da
saúde pública moderna no Brasil. A saúde do povo era integralmente reconhecida como importante
função administrativa de governo. Quanto melhores as condições de saúde da população, tanto
maiores seriam as possibilidades econômicas de um país.
Reorganizou administrativamente o Ministério da Saúde,
criando a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública
(Sucam), subordinada à Secretaria de Saúde Pública.
§2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos. §3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. §4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento,
bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo o tipo de
comercialização.
Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da
produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III. ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para o consumo humano;
VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.