Você está na página 1de 28

Profª Amanda Serpa Martins

Assistência de
Enfermagem
em Cirurgias
Ortopédicas
Cirurgias Ortopédicas

• Tratam uma série de condições  Enxerto ósseo


que afetam os ossos,  Artroplastia (substituição
articulações, músculos, articular)
ligamentos, tendões e nervos;
 Transferência tendinosa
• Os principais tipos de cirurgias
são:  Fasciotomia

 Redução aberta  Amputação

 Fixação interna
Cirurgias Ortopédicas

• Redução aberta: Manipulação dos fragmentos da fratura com


finalidade de alinhá-los. (cirurgia aberta. É feita identificação do osso e
reduz a fratura sob visualização direta);
• Fixação interna: Reaproximação dos ossos com placas de parafuso;
• Enxerto ósseo: Reposição do tecido ósseo (em bloco ou pó) como uma
reconstrução ou reparação. É feito no osso alveolar (o qual a raiz
dentária se mantém fixa);
• Artroplastia: Substituir uma articulação danificada por uma nova, no
caso próteses metálicas;
Cirurgias Ortopédicas

• Meniscectomia: Cirurgia do joelho, em que é feita a retirada de menisco


danificado (cartilagem);
• Transferência tendinosa: Transferência de um tendão para suprir a
função de outro;
• Fasciotomia: Abertura cirúrgica dos compartimentos para aliviar pressão
interna e restabelecer circulação sanguínea para os tecidos (músculos);
• Amputação: Cirurgia que remove parte ou totalidade de um membro.
Cirurgias de Coluna

• A coluna vertebral forma uma sustentação forte, mas flexível para tronco,
possuindo importante papel na postura, na sustentação do peso do corpo, na
locomoção e na proteção da medula espinhal e das raízes nervosas. Estende-
se a partir da base do crânio através do pescoço e do tronco.
• As vértebras são estabilizadas por ligamentos que limitam os movimentos
produzidos pelos músculos do tronco. A medula espinhal, raízes dos nervos
espinhais e seus revestimentos, denominados meninges, estão situados
dentro do canal vertebral, que é formado pelos forames vertebrais em
vértebras sucessivas
Principais patologias da Coluna
• Escoliose: É quando a coluna apresenta uma curva no plano das
costas. A escoliose pode apresentar uma curva em “C” ou uma dupla
curva em “S”;
• Espondilolistese: É caracterizado por um deslizamento ou
deslocamento anterior ou posterior de uma vértebra em relação a
outra;
• Hérnia de disco: Na hérnia de disco, ocorre o deslocamento do
núcleo, a parte interna do disco intervertebral através de uma
ruptura do anel fibroso, à parte externa do disco, comprimindo a raiz
nervosa.
Cirurgia da Coluna

• Artrodese: Fixa vértebras vizinhas com uma ponte de osso, mantendo-as


alinhadas, estáveis e fortes. São utilizados materiais de fixação como
parafusos ou espaçadores.
Pré-operatório
• Verificar SSVV;
• Oferecer suporte emocional;
• Oferecer explicação sobre o procedimento, afim de diminuir dúvidas e receios;
• Orientar sobre o jejum;
• Orientar em relação ao banho;
Pré-operatório Artrodese

• Verificar exames pré-operatórios, se foram realizados;


• Cuidados pré-operatórios padrões (sinais vitais, jejum, tricotomia);
• Assistir psicologicamente o paciente devido locomoção prejudicada;
• Em caso de medicações para pressão ou coração, tomar com o mínimo de
água possível. (Informar ao cirurgião sobre para receber orientações).
• Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas (observar suas limitações);
• Evitar lesão por pressão.
Pós-operatório Artrodese
• Verificar SSVV;
• Posicionar o paciente em Fowler, segundo orientações médicas;
• Evitar flexão, inclinação lateral e rotação do tronco;
• Auxiliar na mudança de decúbito em bloco, a partir do 1º dia de pós-operatório,
seguindo orientações;
• Auxiliar na realização de ortostase e marcha a partir do 2º dia de pós-operatório;
• Orientar paciente quanto a restrição de movimentos;
• Auxiliar na troca de curativo e observação de aspectos do mesmo;
• Auxiliar na diminuição de dor seguindo prescrição médica;
• Atentar para sinais de complicações, principalmente infecções.
Cirurgia do Quadril

• As lesões no quadril podem ter diferentes origens como idiopática (sem causa
definida), traumas regionais, luxações e procedimentos cirúrgicos, assim como
condições patológicas tais quais: artrite reumatóide, doença de Gaucher, lúpus
eritematoso sistêmico e entre outros.
• A doença de Gaucher é uma doença genética rara que se caracteriza por uma
deficiência enzimática que faz com que a substância gordurosa das células se
deposite em vários órgãos do corpo assim como nos ossos ou na medula óssea.
• Algumas causas como a osteonecrose da cabeça femoral e o desgaste articular,
são definidas como lesões graves que se caracterizam pelo comprometimento
da motricidade (marcha claudicante) e quadro de dor.
Cirurgias do Quadril

Artroplastia: Cirurgia que busca a reconstituição da articulação a partir


da substituição por uma prótese, podendo ser total ou parcial.
Artroplastia total: Remoção de toda cabeça do fêmur e a remodelagem do
acetábulo;
Artroplastia parcial: Apenas uma das superfícies articulares é substituída, a
femoral ou a acetabular.
Em ambos os casos o objetivo é restaurar e melhorar a articulação e o alívio
da dor. E os principais exames radiológicos.
Fixação interna: Fixação de fratura com placa/pinos/parafuso
(osteossíntese). Indicado no tratamento cirúrgico de fraturas
Pré-operatório

• Cuidados com gessos ou trações, se houver;


• Orientar o cliente sobre a rotina pré-operatória (verificar SSVV, banho,
jejum, realizar tricotomia);
• Verificação da realização dos exames laboratoriais e de radiodiagnóstico;
• Ofertar orientações sobre o procedimento afim de minimizar a ansiedade;
• Auxiliar na higienização, se necessário;
• Lavagem intestinal (seguindo prescrição médica para cirurgia de médio e
grande porte).
Pós-operatório

• Verificar SSVV;
• Avaliar grau de dor e minimizar seguindo prescrição médica;
• Auxiliar na mudança de decúbito evitando o risco de lesão por pressão;
• Auxiliar na troca de curativo e observação de aspectos do mesmo e da
ferida operatória;
• Registrar débito do dreno assim e o aspecto da drenagem;
• Observar a presença de edema, dor e rubor no membro operado,
avaliando o risco de trombose venosa periférica;
Pós-operatório Artroplastia

• Orientar sobre o uso do triângulo abdutor, para evitar luxações da prótese


(artroplastia);
• Orientar quanto a restrição de movimentos, para evitar luxações;
• Atentar para sinais de complicações gerais.
• Auxiliar na promoção de mobilidade e
movimento ideal;
Artroplastia total
Tratamento Cirúrgico do Joelho

O tratamento varia de acordo com a necessidade de cada paciente. Os


tratamentos realizados são:
Artroplastia total do joelho: Mais realizado em adultos de idade média entre
50 a 80 anos, acometidos por lesões articulares inflamatórias e degenerativas.
É feita a substituição da articulação afetada por uma prótese metálica afim de
recuperar a função articular.
Tratamento Cirúrgico do Joelho

Ligamentoplastia: Mais realizada


em jovens adultos (20 a 40 anos),
geralmente praticantes de
atividades esportivas. É feita a
reconstrução do ligamento cruzado
anterior (LCA);
Tratamento Cirúrgico do Joelho

Artrodese: Fusão proposital


das extremidades distal do
fêmur e proximal da tíbia,
ocasionando uma rigidez
permanente através de uma
fixação.
Osteotomia: Consiste na secção
Tratamento cirúrgica de um osso geralmente
para correção de joelho valgo ou
Cirúrgico do varo.

Joelho
Pré-operatório

• Realizar procedimentos pré-operatórios padrões (verificar SSVV,


orientar sobre banho, jejum, tricotomia);
• Verificar realização dos exames pré-operatórios;
• Ofertar esclarecimento sobre o procedimento a ser realizado.
Pós-operatório

• Verificar SSVV;
• Verificar dor e minimizar de acordo com prescrição;
• Auxiliar na imobilização do membro com curativo compressivo;
• Atentar para possíveis complicações;
• Auxiliar na verificação da perfusão periférica, pulso pedioso e
sensibilidade do membro;
• Auxiliar na troca de curativo e observar presença de sangue no
mesmo;
Pós-operatório

• Observar e registrar volume e características do exsudato no


dreno;
• Observar as condições das extremidades do membro operado
visando observar complicação (cianose, edema, calor, rubor, dor
intensa)
• Após a retirada da imobilização (curativo compressivo), auxiliar no
curativo e observação diária da ferida operatória;
• Orientar o paciente quanto a mobilização no leito e auxiliá-lo se
necessário;
Amputação

• Retirada parcial ou total de uma extremidade do corpo, usada para controlar a


doença;
• O objetivo é remover o tecido infeccioso, gangrenoso e isquêmico;
Pré-operatório
• Orientações gerais do pré-operatório;
• Verificação de SSVV e exames;
• Preparo psicológico;
• A tricotomia deve ser realizada o mais próximo possível da cirurgia;
• Orientar quanto higiene corporal, intensificando a higiene do sítio cirúrgico.
Pós-operatório de amputação
• Verificar SSVV;
• Observar sinais de complicações, como hemorragia e infecção;
• O cliente pode experimentar dor intensa, então buscar meios de amenizar;
• Em relação a amputação de extremidade inferior, manter membro operado
elevado a nível do coração, reduzindo edema e dor;
• Auxiliar no curativo e observação do aspecto;
• Observar condições do membro operado afim de detectar alguma complicação
(sinais de rubor, edema, calor, cianose, alterações de sensibilidade ou dor);
• Atentar-se para administração rigorosa de antibioticoterapia;
• Auxiliar na higiene corporal.
Cuidados com o Gesso
Indicação: Fraturas, luxações ou complemento cirúrgico.
I. Manter membro elevado para reduzir edema, melhorar retorno venoso e aliviar dor;
II. Queixas de formigamento, dor e cianose significam compressão de vasos sanguíneos;
III. Manter vigilância, observar sempre as extremidades do membro gessado;
IV. Orientar quanto a introdução de objetos no interior do gesso (coçar-se) para evitar
lesões;
V. Estimular movimento dos dedos e do lado afetado;
VI. Orientar quanto a não poder molhar o gesso;
TENORRAFIA

Você também pode gostar