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Imobilizações e cirurgias

do sistema
musculoesquelético
Revisão anatômica e fisiológica
 O sistema musculoesquelético é composto de ossos,
cartilagens, articulações e músculos, tendões e
ligamentos.
 O esqueleto tem a função de sustentar o peso do corpo e
dar forma a eles, proteger os órgão vitais como o cérebro,
coração e pulmões.
 As articulações e os ligamentos mantêm os ossos presos
uns aos outros enquanto os músculos, ao se contraírem,
movimentam os ossos e produzem calor.
Osteoporose

 Aumento da porosidade e redução da massa dos


ossos à medida que envelhecemos. Em virtude da
osteoporose, os ossos ficam mais frágeis e sofrem
fraturas por ação de impactos
Osteoartrite

 Também chamada de artrose é uma doença crônica que se


caracteriza por uma degeneração progressiva da
cartilagem e do osso mais próximo.
 Sinais e sintomas: rigidez das articulações, aumento de
tamanho da articulação, aparecimento de pequenos
nódulos, principalmente nas pontas dos dedos, dor e
fraqueza do membro do local atingido.
Tratamento

 Realizar exercícios físicos e fisioterapia


 Dar banhos quentes na articulação afetada
 Proteger as articulações com talas e
suportes durante as atividades que geram
dor
 Utilizar medicações prescritas pelo médico
Imobilização com o gesso

O aparelho gessado consiste em um dispositivo


rígido que tem como objetivo imobilizar uma
região do corpo para manter alinhados os
fragmentos de osso que tenha sofrido alguma
lesão, corrigir deformidades, aplicar pressão
uniforme sobre os tecidos moles próximos a
região. Permitir o repouso das estruturas lesadas
e deambulação precoce.
Cuidados de enfermagem
 Avaliar as condições circulatórias da região a ser imobilizada e a
existência de lesões cutâneas e escoriações, a pele lesionada deve ser
coberta com curativo esterilizado de acordo com a prescrição
médica.
 Lavar a região a ser imobilizada com água e sabão, cuidando para que
fique bem seca.
 Controlar frequentemente as extremidades expostas de um membro
imobilizado a fim de detectar eventual sintoma de deficiência
circulatória, como cianose e impossibilidade de mexer os dedos
 Comunicar imediatamente ao médico a dor de um paciente que não é
aliviada com as doses usuais de analgésico, pode indicar paralisia e
necrose
 Monitorar sinais de hemorragia, se o paciente tiver sido operado
 Orientar quanto ao uso adequado de tipoias, evitando edema de
membros inferiores
Fixador Externo

É um tipo de imobilização empregado no


tratamento de fraturas complicadas e ainda houve
lesão dos tecidos moles. Esse tipo de fixador
propicia um suporte adequado às fraturas ao
mesmo tempo que permite um tratamento
constante dos tecidos moles que foram lesados.
Nesse tipo de tratamento, a fratura e reduzida,
alinhada e imobilizada por um séries de pinos
inseridos no osso.
Cuidados de enfermagem

 Apoio psicológico ao paciente


 Manter o membro elevado após a aplicação do aparelho
para reduzir o edema.
 Limpar cada pino em separado, evitando a formação de
crostas e de infecção local no osso.
 Monitorar a região quanto a dor, rubor, drenagem serosa.
 Ajudar o paciente a se movimentar dentro dos limites de
sustenção do peso, quando o edema diminuir.
Tração

 É aplicação de uma força tensora em uma região do corpo.


È feita com o objetivo de alinhar os ossos fraturados,
minimizar os espasmos musculares, reduzir a deformidade
e aumentar o espaço entre as superfícies ósseas.
Tração

 Há dois tipos de tração:


 Cutânea => o peso é aplicado à extremidade do
aparelho que puxa a pele e, com ela, as
estruturas musculoesqueléticas. Não pode
exceder a tolerância de 2 a 3 quilos em um
membro.
Tração

 Tração esquelética => é aplicada diretamente no osso. O


cirurgião ortopédico coloca um pino na região do osso
distal a fratura. Neste tipo de tração são necessários 7 a
12 quilos para se conseguir um efeito terapêutico.
Cuidados de enfermagem

 Manter o alinhamento do corpo do paciente de forma a se


obter uma linha de tração efetiva
 Proteger as áreas de apoio dos membros sob tração
 Cobrir inicialmente a ferida, no local de inserção do pino,
nos casos de tração esquelética, com curativo.
 Orientar o paciente em comunicar perda de sensibilidade
ou movimento – risco de trombose.
 Propiciar cuidados especiais em relação as costas e às
proeminências ósseas do paciente
Complicações consequentes ao uso de
imobilizações
 Úlceras de pressão
 Pneumonia
 Trombose venosa profunda
 Infecção no local dos pinos, nos casos de tração
esquelética, e escoriações na pele, nos casos de tração
cutânea
 Deformidades
 Constipação intestinal
 Infecção urinária
Redução aberta com fixação interna e
artroplastia
É um tipo de operação em que primeiramente o
cirurgião expõe a fratura, em seguida reposiciona
os fragmentos ósseos e fixa-os por meio de placas,
parafusos e grampos metálicos.
A artroplastia é um procedimento cuja a
finalidade é corrigir problemas das articulações
através da substituição de uma parte ou de toda a
articulação por próteses.
Cuidados de enfermagem
 Prevenir a formação de edema, elevando o membro
 Administrar medicamentos prescritos para dor
 Atenção ao sangramento das feridas operatórias
 Mudança de decúbito – atenção a formação de úlceras de
pressão
 Monitorar débito urinário
 Atentar para sinais de trombose venosa profunda e
tromboembolismo pulmonar
 Aplicar os anticoagulantes prescritos
 Estimular movimentação no leito
Complicações
 Choque hipovolêmico
 Atelectasia, pneumonia
 Retenção urinária
 Infecção
 Estase venosa e trombose profunda
 Luxação da prótese de quadril
 Formação de úlceras de pressão
 Sangramento excessivo da ferida cirúrgica

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