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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM

LESÕES ORTOPÉDICAS
(FRATURAS, LUXAÇÕES, ENTORSES E TRAÇÃO)
Prof.ª Jamila Fabiana
ANATOMIA ÓSSEA
Responsável pela matriz orgânica
, produção de duas proteínas não
colágenas (osteonectina e
osteocalcina). São eles que dão
origem aos osteócitos

São fundamentais para


a manutenção da matriz, uma vez
que após sua morte ocorre a
reabsorção da matriz.

São células responsáveis pela


reabsorção óssea, por meio da
desmineralização e degradação
da matriz óssea.
ANATOMIA MUSCULAR

O tecido muscular estriado


esquelético é responsável pela
contração voluntária do organismo.
Ligado aos ossos, esse tecido é o
responsável pela locomoção.

Sendo responsáveis pelos


movimentos involuntários do
corpo. Esse tecido é encontrado
em diversas estruturas do corpo
O músculo estriado cardíaco ou,
simplesmente, músculo cardíaco
está presente no coração. Ele atua
na contração desse órgão,
permitindo, assim, o bombeamento
de sangue para todo o organismo
Lesões do Sistema Músculo Esquelético

• Ocorrem em 85% dos


doentes que sofrem
trauma fechado.
• Devem ser avaliadas e
tratadas corretamente de
tal maneira que a vida e o
membro não corram
perigo.
Tipos de lesões músculo esqueléticos

• Fraturas
• Luxação
• Entorse
• Lesões musculares
• Esmagamento
• Amputações
Fratura

Lesão óssea de origem traumática,


produzida por trauma direto ou
indireto, de alta ou baixa energia.
Pode ser fechadas ou expostas.
Desconfiar de fratura: aparência ou
função anormal, dor local,
incapacidade de movimento, posição
anormal.
Consolidação óssea
Classificação das Fraturas

• Incompleta – fratura parcial do


segmento ósseo.
• Completa – fratura total do
segmento ósseo.
• Fechada- não há comunicação do foco
de fratura com o meio externo.
• Aberta ou exposta – quando há lesão da
pele e partes moles e com isto o foco de
fratura fica em contato com o meio
ambiente possibilitando a contaminação
e infecção.
• Desvio – pode ser com desvio do
alinhamento ósseo e sem desvio.
Assistência de Enfermagem

• Monitorização dos SSVV;


• Controle de hemorragia – compressão direta no
local e úmida;
• Imobilização de uma articulação acima e outra
abaixo da fratura diminui o sangramento;
• Não tentar alinhar o osso;
• RX.
• Avaliação visual das extremidades quanto a: cor e
perfusão, presença de ferimentos, existência de
deformações (angulação e encurtamento),
presença de edema e de manchas, hematomas ou
abrasões;
• Observar a capacidade do doente de mover todas
as principais articulações e mantê-lo na posição
mais confortável.
Fraturas expostas

• Esta lesão juntamente com a


contaminação bacteriana, torna as
fraturas expostas propensas a
desenvolver infecções e problemas
de cicatrização e de função.
• Fratura exposta – aplicação de
um curativo estéril compressivo
embebido em solução isotônica
(Ringer lactato e SF 0,9%).
• Avaliação urgente de um cirurgião.
Luxação

• Separação de dois ossos no


ponto de articulação.
• Produz uma área de
instabilidade
• Lesão muito dolorosa
• Difícil distingui-la de fratura
fechada
Entorse
Entorse
• Lesão nos ligamentos que estão em volta
das articulações, fazendo com que a
estabilização seja perdida.
• Vasos sanguíneos se rompem causando o
edema, a articulação fica sensível e a
pessoa sente dor ao movimentar-se.
• Classificação:
• Grau I – dor, com dano mínimo ao ligamento
• Grau II – gera um leve frouxidão da
articulação
• Grau III – articulação instável, ruptura total
ligamento.
Entorse
Assistência de Enfermagem

• Repouso, evitando utilizar o membro


afetado
• Primeiras 24-18h: aplicar frio, por 20-
30min, produz vasoconstrição diminui
sangramento, edema e desconforto
• Elevar membro para controle do
edema
• Após 48h: aplicar 15 a 30 min,
compressa quente 4x/dia= alivia
espasmo musculares, vasodilatação
ajuda absorção e reparação.
Distensão e Contusão

• Distensão – estiramento,
ruptura parcial ou total
destes músculos.
• Contusão - trauma das
partes moles do aparelho
locomotor,decorrente de
uma agressão, batida ou
queda.
Lesões de extremidades que podem por a vida em
risco

• Fraturas pélvicas graves com


hemorragia
• Observar hipotensão sem
explicação, edema progressivo,
escoriações e hematomas de
flancos, escroto ou região
perianal.
• IMOBILIZAR!!!!!
Hemorragia arterial grave

• Observar se a extremidade
fica fria, pálida, sem pulso
– reflete a interrupção de
suprimento de sanguíneo
arterial.
• Compressão direta do
ferimento e torniquete
• Uso criterioso de
torniquete pneumático
pode ser útil e salvar a
vida do paciente.
Esmagamento = síndrome do esmagamento

• Resulta dos efeitos clínicos causados


pela liberação de produtos nocivos
de músculos lesados, mioglobina
alterações eletrolíticas: aumento K e
diminuição de Na- IRA – necrose
tubular - urina escura.
• Geralmente ocorre nos músculos da
coxa e panturrilha.
• Sinais e sintomas: cianose,
sonolência, agitação, petéquias na
pele e mucosa, aumento FC, FR e Tº.
Amputação traumática

• Representa risco de vida


por hemorragia, perda
definitiva do membro.
• O músculo não tolera a
interrupção do fluxo
sanguíneo arterial por
um período maior que 6
horas (necrose).
• Os nervos são muito
sensíveis a anóxia.
• Conduta – CC o mais
rápido possível.
Amputação
• Fazer torniquete o mais próximo
possível do coto (pode deixar o
torniquete mais ou menos 1h 30 min);
lavar a parte amputada com solução
isotônica (Ringer lactato) e envolta em
gaze estéril embebida com essa
solução. O torniquete deve ser aplicado
no membro afetado cerca de 5 a 7 cm
em posição proximal à lesão.
• Envolve a parte amputada em
compressa estéril, umedecida com
solução isotônica, coloca em saco
plástico e transportada com o doente
em um isopor com gelo picado.
• Obs. importante – não se eleva e nem
pressiona a artéria logo acima do
membro amputado.
Complicações

• Choque hipovolêmico
• Síndrome compartimental
• Embolia gordurosa – aparece após
24-48h
• Infecção
• Lesões de vasos e nervos
Síndrome Compartimental

• Ocorre quando a pressão no


compartimento ósteo-fascial do
músculo é suficiente para produzir
isquemia e necrose.
• Pode ocorrer em qualquer lugar
onde o músculo esteja contido
dentro de um espaço fechado
delimitado pela fáscia. Ex: perna,
antebraço, pé, mão, região glútea
e a coxa.
Sinais e sintomas

• 4 Ps: Pain - dor, Parestesia -


dormência, paralysis, pallor –
palidez.
• Inspecionar: pele tensa,
edemaciada e fina.
• Mensurar pressão comparando
com membro sadio – transdutores
de pressão.
• Centro Cirúrgico- fasciotomia.
• Oxigênio hiperbárico útil para
esmagamento, SCA, outras lesões
isquêmicas.
• Modalidade terapêutica na
qual um paciente é
submetido à inalação de
oxigênio puro em uma
pressão maior que a pressão
atmosférica, dentro de uma
câmara hiperbárica.
• Sessões com duração de 90 a
120 minutos, dependendo do
tamanho do paciente, da
idade, do tipo de lesão e da
fase do tratamento.
Procedimentos gerais

• 1º tratar condições de risco de


morte
• 2º tratar condições de risco de
perda de membro
• 3º tratar as demais condições de
trauma de extremidade
• Estancar hemorragia, proteger
área lesada, imobilizar: uma
articulação acima e uma abaixo
(manual e com talas)
• Reavaliar: perfusão, pulso, Tª.

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