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FISIOPATOLOGIAS

CONCEITO
Conceito de saúde
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
o conceito de "saúde", mais do que ausência de
doença, representa uma situação de completo
bem-estar físico, psíquico e social. Inclui também
a adequação do sujeito individual ao meio em que
está inserido.

Mais do que uma situação estática, resulta duma


contínua intenção individual no sentido de gerir a
afetividade, evitar atitudes e hábitos nocivos, e
fazer vigiar regularmente certos parâmetros
clínicos e analíticos.
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ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA
A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição
da intensidade da dor no paciente, é um instrumento importante
para verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento e
mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna.
Também é útil para podermos analisar se o tratamento está
sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores
resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento,
de acordo com o grau de melhora ou piora da dor. A EVA pode
ser utilizada no início e no final de cada atendimento,
registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a EVA o
atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor
sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor
máxima suportável pelo paciente

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ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA
Entorse
Pode ser consequência de um “mau jeito” resultante de um movimento
brusco em que há torção de uma articulação, por exemplo, o tornozelo, o
joelho ou o pé. Pode haver lesão dos ligamentos: com inchaço rápido e dor.
• Luxação e Subluxação
A Luxação e a Subluxação são o deslocamento repentino das
extremidades dos ossos que formam uma articulação, como por
exemplo, as articulações do tornozelo ou do ombro. Quando esse
deslocamento ocorre completamente e os ossos perdem contato entre
eles, chama-se Luxação, quando a separação é parcial, ou seja,
incompleta e ainda existe algum ponto de contato entre os ossos,
chama-se Subluxação. Essas lesões, muitas vezes podem causar danos
também às estruturas próximas a região afetada, como: músculos,
ligamentos, vasos sanguíneos.

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA
• Fibrocartilagem (meniscos):
O menisco é uma estrutura anatômica muito importante
para a saúde do joelho. Formado por fibrocartilagem, ele
promove congruência, estabilidade, absorção de impacto e
ajuda na distribuição do líquido sinovial. Lesões do menisco
são a causa mais frequente de cirurgia do joelho. Existem
basicamente dois grandes grupos de lesões meniscais: as
traumáticas e as degenerativas.

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA

• Fraturas
Fraturas são lesões que causam rompimento ou
trincamento de um osso. Elas podem ser fechadas,
quando o osso não é exposto, ou abertas, quando há
rompimento da pele.

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TIPOS DE FRATURAS

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA
Lesões de ligamento
Ligamentos são cordões fibrosos resistentes compostos por
tecido conjuntivo que contém fibras elásticas e de
colágeno. As fibras elásticas permitem que os ligamentos se
alonguem até certo ponto. Normalmente, as lesões
ligamentares ocorrem em decorrência de atividades de
contato ou não. Existem 3 graus que as classificam:
• 1º Grau: Entorse do ligamento sem instabilidade;
• 2º Grau: Entorse com instabilidade detectável, porém com
continuidade das fibras;
• 3º Grau: Ruptura completa do ligamento.
Mas as lesões ligamentares não surgem somente em
virtude de práticas esportivas, também podem ser causadas
por ocasião de acidentes de trânsito ou mesmo quedas.

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA
LESÕES MUSCULARES
A distensão muscular acontece quando um músculo é esticado demais, gerando a
ruptura de algumas fibras musculares ou de todo o músculo envolvido. Em alguns
casos, essa ruptura pode até afetar os tendões próximos do músculo, ocorrendo mais
especificamente na junção músculo-tendínea, que é o local da união entre o músculo
e o tendão.
• Grau I
• Ocorre um estiramento leve com apenas irritação das fibras musculares. Não
existe formação de hematoma. O retorno ao esporte, após avaliação e tratamento
ocorre de duas a três semanas, em média.
• Grau II
• Aqui já ocorre lesão parcial de algumas fibras com formação de hematoma em
capacitação para atividades do dia a dia. Após avaliação e tratamento, o retorno ao
esporte costuma ocorrer de seis a oito semanas.
• Grau III
• É a chamada lesão completa do músculo podendo haver formação de um gap,
com retração dos cotos. Em alguns casos envolve tratamento cirúrgico. Após
avaliação médica e tratamento possibilita retorno ao esporte de seis a nove meses,
em média.

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FISIOPATOLOGIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA

Nervos são as estruturas que levam informações


do sistema nervoso central (encéfalo e medula)
para os órgãos efetores (músculos e glândulas) e
levam informações da periferia (pele) para o
sistema nervoso central. As informações levadas
da periferia para o sistema nervoso central são
diversas: dor, tato, calor e frio, vibração e
sensação de localização do membro no espaço.

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Classificação das Lesões Nervosas

Neuropraxia: bloqueio fisiológico do nervo

Axonotmesis: destruição anatômica do axônio, com pouca destruição do tecido


conetivo

Neurotmesis: destruição anatômica do axônio e também do tecido conetivo

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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)
• O acidente vascular cerebral AVC resulta da lesão
das células cerebrais, que morrem ou deixam de
funcionar normalmente, pela ausência de
oxigénio e de nutrientes na sequência de um
bloqueio do fluxo de sangue (AVC isquémico) ou
porque são inundadas pelo sangue a partir de
uma artéria que se rompe (AVC hemorrágico). Os
isquémicos correspondem a cerca de 4/5 do
total. As células do cérebro morrem pouco tempo
depois da ocorrência desta lesão. Contudo, pode
durar algumas horas se o fluxo de sangue não
estiver completamente interrompido.

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ESCLEROSE MÚLTIPLA
• A esclerose múltipla é uma doença autoimune
em que o sistema imunológico ataca a bainha
de mielina, que é uma estrutura protetora que
reveste os neurônios, causando destruição ou
danos permanentes nos nervos, o que leva
a um problema de comunicação entre o
cérebro e o resto do corpo.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Artroplastia da anca
• A artroplastia da anca é uma operação realizada com uma
incisão de 10-12 cms, e através da qual se faz a resseção da
cabeça femoral e da cartilagem do acetábulo para permitir
a sua substituição por um implante (prótese) em metal. As
razões para esta intervenção são patologias da anca,
causadoras de desgaste articular (artrose da anca) e,
consequentemente, dor, rigidez, deformidade,
encurtamento do membro inferior e claudicação. O
principal motivo que leva um paciente a decidir pela
cirurgia é o nível de dor. O momento para a cirurgia é
decidido pelo doente, de acordo com o seu sofrimento e
com a perda de qualidade de vida, podendo ser efetuada
em qualquer idade.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
• Osteoporose
Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa
óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa
doença provoca a diminuição da absorção de minerais e
de cálcio. Afeta principalmente as mulheres que estão na
fase pós-menopausa.
A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela
ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os
tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de
fraturas e quedas em idosos. Os locais mais afetados por
essa doença são a coluna, o punho e o colo do fêmur
sendo este último o mais perigoso.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Alzheimer
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca
uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas
funções cognitivas (memória, atenção, concentração,
linguagem, pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências alterações no
comportamento, na personalidade e na capacidade funcional
da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de
vida diária. Em termos neuropatológicos, a Doença de
Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em
determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda
por determinar.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Tipos de Doença de Alzheimer
• A Doença de Alzheimer esporádica pode afetar adultos de qualquer
idade, mas ocorre habitualmente após os 65 anos. Esta é a forma
mais comum de Doença de Alzheimer e afeta pessoas que podem
ter ou não, antecedentes familiares da doença. Parece não existir
hereditariedade da Doença de Alzheimer esporádica, de início
tardio. Contudo, é possível que algumas pessoas possam herdar
uma maior ou menor probabilidade para desenvolverem a doença
numa idade avançada.
• A Doença de Alzheimer Familiar é uma forma menos comum, na
qual a doença é transmitida de uma geração para outra. Se um dos
progenitores tem um gene mutado, cada filho terá 50% de
probabilidade de herdá-lo. A presença do gene significa a
possibilidade da pessoa desenvolver a Doença de Alzheimer,
normalmente entre os 40 e 60 anos. Este tipo de Doença de
Alzheimer afeta um número muito reduzido de pessoas

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Parkinson
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico
do movimento, progressivo e degenerativo que
afeta aproximadamente milhares de pessoas.
Embora seja muito mais comum em pessoas acima
de 60 anos. Conforme a doença de Parkinson
avança, ela se torna cada vez mais incapacitante,
tornando difícil ou impossível a realização de
atividades diárias simples, como tomar banho ou se
vestir. Muitos dos sintomas da doença de Parkinson
envolvem o controle motor, a capacidade de
controlar seus músculos e movimento.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Úlcera de pressão
A úlcera de pressão, também conhecida
popularmente como escara, é uma ferida que
aparece devido a pressão prolongada e
consequente diminuição da circulação sanguínea
em uma determinada parte da pele.
Este tipo de ferida é mais comum em locais onde os
ossos estão em maior contato com a pele, como
acontece no fundo das costas, na nuca, no quadril
ou nos calcanhares, pois aí a pressão sobre a pele é
maior, piorando a circulação.

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FISIOPATOLOGIA NO IDOSO
Dependendo da extensão dos danos aos tecidos, as úlceras de pressão
são classificadas em quatro fases:
• Fase 1
Não há abertura da pele, mas a vermelhidão não fica branca
quando pressionada.
• Fase 2
Os danos atingem a epiderme, a derme ou ambas. Em termos
clínicos, os danos observados são escoriações ou bolhas. A pele em
redor poderá estar vermelha.
• Fase 3
Os danos estendem-se através de todas as camadas superficiais da
pele, tecido adiposo, diretamente e incluindo o músculo. A úlcera
tem o aspeto de uma cratera profunda.
• Fase 4
Os danos incluem a destruição de estruturas de tecidos moles e
osso ou de estruturas de articulações.

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FISIOPATOLOGIA REUMÁTICA
Osteoartrose
A osteoartrose as articulações importantes para a
funcionalidade, como as das mãos, joelho, anca,
coluna vertebral e pé, e é uma das principais causas
de incapacidade. A osteoartrose (mais conhecida
como artrose) é um dos principais problemas
reumatológicos, por ser uma das doenças mais
comuns e incapacitantes do homem moderno. É a
doença reumática mais frequente, representando a
primeira causa de dor crónica, absentismo ao
trabalho e invalidez.

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Artrite reumatoide (AR)
• A artrite reumatoide é uma doença
inflamatória crônica, uma artrite inflamatória
em que as articulações, geralmente incluindo
as das mãos e pés, ficam inflamadas,
resultando em inchaço, dor e, geralmente,
destruição das articulações.

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LOMBALGIA
A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior.
A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma
ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na distribuição
do nervo ciático. Pode ser aguda (duração menor que 3
semanas), subaguda ou crônica (duração maior que 3
meses).
Como existe um grande número de estruturas na coluna
(ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações, disco
intervertebral) há inúmeras causas diferentes para a dor.
Somando-se a isso há inúmeras doenças sistêmicas não
reumatológicas que podem manifestar-se com dor
lombar. A maioria das dores lombares é causada pelo
“mau uso” ou “uso excessivo” das estruturas da coluna.

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ESCOLIOSE
A escoliose é uma curvatura anormal da coluna para um dos
lados do tronco, um desvio lateral em que a coluna passa a ter
a forma de C ou S. Essa alteração na maioria das vezes não
tem causa conhecida, no entanto em outros casos pode estar
relacionada com a falta de atividade física, má postura ou com
o fato de ficar muito tempo sentado ou deitado com a coluna
torta, por exemplo. Devido ao desvio, é possível que a pessoa
desenvolva alguns sinais e sintomas como uma perna mais
curta que a outra, dor muscular e sensação de fadiga nas
costas.
Apesar da escoliose ser mais comum em jovens e
adolescentes, as crianças também podem ser afetadas,
especialmente quando estão presentes outras alterações
neurológicas, como a paralisia cerebral, e os idosos podem
desenvolver escoliose devido a osteoporose, por exemplo.

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