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Neurotransmissores, Gliotransmissores

e sinapses

#neuroévida

Profa. Dra. Adriana Ximenes


ICBS/UFAL
Sinapses

https://youtu.be/hb7tjqhfDus
Neurônio pré-sináptico

Fenda sináptica

Sinapse

Neurônio pós-sináptico
Sinapse
syn = juntos
hapis = unir

•Sinapse é a região de
interação funcional entre
a extremidade de um
neurônio e a superfície de
outra célula, que tanto
pode ser outro neurônio
como uma célula efetora
(muscular, sensorial ou
glandular) ou …
células da glia!
Tipos de Sinapse
Em vez de conceber a Química Elétrica
transmissão sináptica como
química ou elétrica,
atualmente é enfatizada a
noção de que a transmissão
sináptica é química e
elétrica e que as interações
entre essas duas formas de
comunicação interneuronal
são necessárias para o
desenvolvimento e função
do cérebro normal.

Nature Journal, 2014

https://www.nature.com/articles/nrn3708
Sinapse elétrica:
transmissão efática
(“ephaptic transmission”)
•Duas estratégias diferentes
são responsáveis pela
comunicação elétrica entre
neurônios:
1) Uma é a consequência da
baixa resistência das vias
intercelulares, chamadas de
"junções comunicantes", para a
propagação de correntes
elétricas entre o interior de
duas células; Neste exemplo, o campo elétrico de um potencial de ação que
2) A segunda é uma propaga e invade passivamente o
consequência dos campos terminal pré-sináptico e gera um campo elétrico que causa
elétricos extracelulares gerados hiperpolarização na célula pós-sináptica.
pela atividade elétrica dos
neurônios.

Frontiers in Molecular
Neuroscience, 2018
doi: 10.3389/fnmol.2018.00427
De acordo com o modelo efático, há um fluxo extracelular de
corrente associado a um potencial de ação pré-sináptico. Esse fluxo
de corrente é ''forçado‘’ para a membrana pós-sináptica porque há
Modelo efático uma alta impedância extracelular na neuropila circundante. Se um
efeito de campo é excitatório ou inibitório, depende da direção e
magnitude do fluxo de corrente na região da membrana pós-
sináptica. doi: 10.3389/fnmol.2018.00427
https://mstrust.org.uk/sites/default/files/files/trigeminal%20nerve.jpg

•A transmissão de potenciais de ação de fibras sensitivas periféricas


Exemplo de aferentes lesadas e hiperexcitáveis para fibras sensitivas adjacentes
não estimuladas ou lesadas, com expansão da área em que a dor é
mecanismo percebida. O campo eletromagnético gerado em uma fibra induz a
efático: Neuralgia despolarização de fibras vizinhas, provocando excitação cruzada, e
trigeminal contribui para alodínia e hiperalgesia
 https://doi.org/10.5935/1806-0013.20150061
Neurônio-neurônio Sinapse Tripartite
Neurônio-neurônio-astrócito
Sinapse tripartite

 Adaptado de: doi: 10.1038/nrn1870


Sinapse Tripartite
 a) o ATP é liberado em
ATP
resposta a lesões agudas e os
receptores P2X4
desempenham um papel
fundamental na quimiotaxia e
motilidade da microglia.
A ativação da microglia induz a
produção e secreção do fator
neurotrófico derivado do
cérebro (BDNF), que modula a
eficácia sináptica e acelera a
diferenciação da célula
progenitora de
oligodendrócitos (OPC) em
oligodendóocitos maduros,
favorecendo a remielinização.
b) As células OPCs
expressam P2X4.

c) O ATP, liberado pelos neurônios como cotransmissor ou liberado pelos astrócitos, ativa o
receptor P2X4 pré e pós-sinápticos e modula a liberação de neurotransmissores ou eficácia
pós-sináptica.
d) Os receptores P2X4 são expressos por células endoteliais no lado luminal do vaso. É
importante ressaltar que o P2X4 modula a resposta endotelial a alterações na pressão
arterial.

https://doi.org/10.3390/ijms21155562
Neurotransmissores

Atualmente, mais de 60 diferentes


moléculas são conhecidas por
atender a esses critérios
Glutamato – principal NT excitatório

GABA – principal NT inibitório

Acetilcolina
Principais
neurotransmissores Dopamina

Noradrenalina

Serotonina
Vias
glutamatérgicas
no cérebro

•No cérebro, as vias


glutamatérgicas principais
são:
•1. vias córtico-corticais
•2. vias tálamo-corticais
•3. vias córtico-estriadas

Terminais glutamatérgicos
estão onipresentes no sistema Todas as conexões córtico-corticais
nervoso central e sua são glutamatérgicas.
importância na atividade As principais vias sensoriais são
mental e neurotransmissão é glutamatérgicas.
considerável.
Receptores Glutamatérgicos
Ionotrópicos
Glutamato e a potenciação de longa
duração (long-term potentiation – LTP)

A retenção da memória
de longo prazo utiliza
esse mecanismo.

Na via de sinalização
da dor, esse é também
o principal mecanismo.

http://3.bp.blogspot.com/-eiqu7E0xp1A/VkTF31_S7tI/AAAAAAAAGAQ/
J6bEDSKmsi4/s1600/Potencia%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2Blonga
%2Bdura%25C3%25A7%25C3%25A3o.png
Receptores
Glutamatérgicos
Metabotrópicos
Excitotoxicidade Glutamatérgica

https://www.nanocell.org.br/excitotoxicidade-e-doencas-neurologicas/
Glutamato em excesso pode ser
prejudicial e pode causar a degeneração
das células. O glutamato pode causar
morte neuronal através de um
mecanismo conhecido como
excitotoxicidade, um processo de morte
celular dos neurônios e células gliais,
resultantes da ativação excessiva ou
prolongada dos receptores de
aminoácidos excitatórios. A
excitotoxicidade é um ponto de
convergência de muitas doenças
neurodegenerativas agudas e crônicas.
Na verdade, um papel para a
excitotoxicidade tem sido implicado na
etiologia de muitas doenças
neurodegenerativas, incluindo acidente
vascular cerebral isquêmico, a doença
de Alzheimer, doença de Parkinson,
esclerose lateral amiotrófica e epilepsia

A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa onde a


degeneração dos neurônios motores domina a apresentação clínica e o curso da doença, que
é fatal em poucos anos desde início. Supõe-se que a excitotoxicidade do glutamato
desempenha um papel na morte do neurônio motor na ELA, pois estas células expressam altos
níveis de receptores AMPA e baixos níveis de proteínas de ligação de cálcio.
Vias
GABAérgicas
no SNC
•O GABA é o principal
neurotransmissor inibitório do
sistema nervoso central (SNC).
•A inibição GABAérgica é vista em
todos os níveis do SNC, incluindo:
•hipotálamo,
•hipocampo,
• córtex cerebral
• e córtex cerebelar.
•Assim como as grandes vias
GABAérgicas, interneurônios que
liberam GABA são abundantes no
cérebro. Cerca de 50% das
sinapses inibitórias no cérebro
são GABAérgicas.
Tipos de receptores GABAérgicos
GABA
Acetilcolina
Acetilcolina
Acetilcolina
Aminas Biogênicas
Vias
dopaminérgicas
A dopamina é liberada através de três
vias principais.

1. A primeira se estende da substância


negra para o núcleo caudado-
putâmen (neoestriado) e está
relacionada com o movimento e
estímulos sensoriais.
2. A segunda via se projeta desde o
tegmento ventral até o prosencéfalo
mesolímbico e é está associada com
a cognição, recompensa e
comportamento emocional.
3. A terceira via, conhecida como o
sistema tubero-infundibular, está
relacionada com o controle
neuronal do sistema endócrino
hipotálamo-hipófise.

Modificado de Stahl, 2002.


•(1) via nigroestriatal,
•(2) via mesolímbica,
•(3) via túbero-infundibular
Dopamina
Noradrenalina
córtex cerebral

Os principais centros de neurônios


noradrenérgicos são o locus coeruleus
e os núcleos da Rafe caudal. As vias
ascendentes do locus coeruleus se
para o
projetam para o córtex frontal, tálamo,
tálamo
hipotálamo e sistema límbico. A
amígdala noradrenalina é também transmitida
do locus coeruleus para o cerebelo.
cerebelo bulbo olfatório Vias que se projetam do núcleo da
Rafe caudal ascendem para a amígdala
locus e descem até o mesencéfalo
ceruleus
núcleos da rafe
DORSAL
Noradrenalina
Serotonina
para o hipocampo

Os principais centros de
neurônios serotoninérgicos são
os núcleos da Rafe rostral e
caudal. Da Rafe rostral, axônios
se projetam para o córtex
cerebral, sistema límbico e
para os especificamente para os
núcleos da
base núcleos da base. Núcleos
para o serotoninérgicos no tronco
tálamo cerebral dão origem a axônios
para o
córtex límbico
descendentes, alguns dos quais
fazem sinapse no bulbo,
lobo temporal
enquanto outros descem até a
para o núcleos da Rafe rostral
medula espinhal
cerebelo
núcleos da Rafe caudal

para a
medula espinal

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