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Organização do sistema nervoso

central, funções básicas das


sinapses e neurotransmissores

Profa. Dra. Luciana Oliveira dos Santos


Sistema Nervoso Central

Alta complexidade dos informação provenientes


processos cognitivos e de diferentes órgãos e
das ações de controle nervos sensoriais
que pode executar

Os integra para determinar


as respostas a serem
executadas pelo corpo
Sistema Nervosos Central:

➢ Encéfalo
a) Cérebro
- Telencéfalo
- Diencéfalo

b) Tronco Encefálico

c) Cerebelo

➢ Medula espinhal
Sistema Nervosos Central:

➢ Encéfalo
a) Cérebro
- Telencéfalo
- Diencéfalo

b) Tronco Encefálico

c) Cerebelo

➢ Medula espinhal
Neurônio do sistema nervoso
central: a unidade funcional
básica
Parte sensorial do sistema nervoso
Os receptores sensoriais
• Medula espinal

• Bulbo, da ponte e do
mesencéfalo

• Cerebelo

• Tálamo

• Áreas do córtex cerebral


Parte motora do sistema nervoso
Os efetores
• Contração dos músculos
esqueléticos

• Contração da musculatura
lisa dos órgãos internos

• Secreção de substâncias
químicas pelas glândulas
exócrinas e endócrinas
Parte motora do sistema nervoso
Os efetores
• Medula espinal

• Formação da substância
reticular bulbar, pontina e
mesencefálica

• Gânglios da base

• Cerebelo

• Córtex motor
Processamento de informações
Função “integrativa” do sistema nervoso
• Processar a informação aferente → Sejam efetuadas respostas
mentais e motoras apropriadas

• Mais de 99% de toda a informação sensorial é descartada pelo


cérebro como irrelevante

• funções integrativas do sistema nervoso → Canalização e


Processamento de informações
Armazenamento da informação
Memória
• Informações sensoriais → Provocam normalmente resposta motora
imediata

• A maior parte dessas informações é armazenada para o controle


futuro das atividades motoras e para uso nos processos cognitivos.

• Armazenamento: córtex cerebral, regiões subcorticais do encéfalo e


medula espinal
Armazenamento da informação
Memória
• Armazenamento da informação → Memória

• Determinados tipos de sinais sensoriais → sequência de sinapses

• Sinapses capazes de transmitir o mesmo tipo de sinal em outras


oportunidades → facilitação
Grandes níveis funcionais do sistema
nervoso
• Nível da medula espinal

• Nível cerebral inferior ou nível subcortical

• Nível cerebral superior ou nível cortical


Nível medular

• Os circuitos neurais intrínsecos da medula podem ser responsáveis


por:
• Movimentos de marcha
• Reflexos que afastam partes do corpo de objetos que causam dor
• Reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o corpo contra a gravidade
• Reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, movimentos
gastrointestinais ou excreção urinária.
Nível cerebral inferior ou subcortical
• Atividades subconscientes do corpo são controladas por regiões
encefálicas subcorticais (bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo,
tálamo, cerebelo e gânglios da base)

• Controle subconsciente da pressão arterial e da respiração


• Controle do equilíbrio
• Reflexos alimentares
• Padrões emocionais, como raiva, excitação, resposta sexual, reação à dor e
reação ao prazer
Nível cerebral superior ou cortical
• Córtex cerebral é a região extremamente grande de armazenamento
de memórias

• Associação às estruturas subcorticais do sistema nervoso central


Sinapse
• Sinapse é basicamente um ponto de contato entre dois neurônios ou
um neurônio e outra célula.

• Os Sinais elétricos são mudanças no potencial de membrana da célula

• Os sinais químicos são moléculas secretadas pelas células no líquido


extracelular
Sinapse
• O neurônio que transmite um sinal para a sinapse é denominado célula
pré-sináptica
• O neurônio que recebe o sinal é chamado de célula pós-sináptica
• O espaço estreito entre duas células é a fenda sináptica.
Funções sinápticas dos neurônios
• A informação é transmitida para o sistema nervoso central → na
forma de potenciais de ação → impulsos

• Ser bloqueado, na sua transmissão de um neurônio para o outro

• Ser transformado de impulso único em impulsos repetitivos

• Ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios, para gerar


padrões de impulsos muito complexos em neurônios sucessivos.
Tipos de sinapses
• Há dois tipos principais:

• Sinapse química (por ligando - unidirecional)

• Sinapse elétrica (várias direções)


Sinapse
• As sinapses elétricas transmitem um sinal elétrico, ou corrente,
diretamente do citoplasma de uma célula para outra através de poros
presentes nas proteínas das junções comunicantes.

• A informação pode fluir em ambas as direções em quase todas as


junções comunicantes, porém, em alguns casos, a corrente pode fluir
em apenas uma direção (uma sinapse retificadora).
Sinapse
• Sinapses químicas, as quais utilizam moléculas neurócrinas para
transportar a informação de uma célula à outra.

• Nas sinapses químicas, o sinal elétrico da célula pré-sináptica é


convertido em um sinal neurócrino que atravessa a fenda sináptica e
se liga a um receptor na sua célula-alvo.
Os neurônios secretam sinais químicos
• A composição química neurócrina → neurotransmissores,
neuromoduladores ou neuro-hormônios.

• Os neurotransmissores e os neuromoduladores atuam como sinais


parácrinos, com as suas células-alvo localizadas perto do neurônio
que as secreta.

• Os neuro-hormônios são secretados no sangue e distribuídos pelo


organismo.
Terminais pré-sinápticos
• Se assemelha a pequenos botões
redondos ou ovalados e, assim, são por
vezes chamados botões terminais, pés
terminais ou bot

• Estruturas internas importantes para a


função excitatória ou inibitória da
sinapse: as vesículas transmissoras e as
mitocôndrias
Mecanismo pelo Qual o Potencial de Ação Provoca a
Liberação do Neurotransmissor pelos Terminais Pré-
sinápticos— o Papel dos Íons Cálcio

• A membrana do terminal pré-sináptico é chamada membrana pré-


sináptica. Essa membrana tem grande número de canais de cálcio
dependente

• Quando o potencial de ação despolariza a membrana pré-sináptica,


esses canais de cálcio se abrem e permitem a passagem de inúmeros
íons cálcio para o terminal pré-sináptico.es de voltagem.
Mecanismo pelo Qual o Potencial de Ação Provoca a
Liberação do Neurotransmissor pelos Terminais Pré-
sinápticos— o Papel dos Íons Cálcio
• Quando os íons cálcio entram no terminal pré-sináptico, se ligam a
moléculas de proteínas especiais, presentes na superfície interna da
membrana pré-sináptica, chamadas sítios de liberação.

• Essa ligação, por sua vez, provoca a abertura dos sítios de liberação através
da membrana, permitindo que algumas vesículas, contendo os
neurotransmissores, liberem seu conteúdo na fenda sináptica, após cada
potencial de ação.

• No caso das vesículas que armazenam acetilcolina, de 2.000 a 10.000


moléculas do neurotransmissor estão em cada vesícula, havendo vesículas
suficientes no terminal pré-sináptico para manter a neurotransmissão,
promovida por poucas centenas a 10.000 potenciais de ação.
Ação da Substância Transmissora sobre o Neurônio
Pós-sináptico — Função das “Proteínas Receptoras”
• As moléculas desses receptores tem dois
componentes importantes:
• Componente de ligação
• Componente ionóforo

• O componente ionóforo pode ser de dois tipos:


• Canal iónico
• Ativador de segundo mensageiro (promove
aumento ou diminuição das funções celulares
específicas)
Sistema de “Segundos Mensageiros”
no Neurônio Pós-sináptico
• Em muitos casos, a excitação ou inibição neuronal pós-sináptica prolongada
é realizada pela ativação do sistema químico de “segundos mensageiros” no
neurônio pós-sináptico
Sistema de “Segundos Mensageiros”
no Neurônio Pós-sináptico
• Abertura de canais iônicos específicos na membrana da célula póssináptica.

• Ativação do monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) ou monofosfato de


guanosina cíclico (GMPc) na célula neuronal

• Ativação de uma ou mais enzimas intracelulares.

• Ativação da transcrição gênica.


Receptores Excitatórios ou Inibitórios na
Membrana Pós-sináptica
• Excitação
• Abertura dos canais de sódio, permitindo o fluxo de grande número de cargas
elétricas positivas para a célula pós-sináptica.

• Condução reduzida pelos canais de cloreto ou potássio ou de ambos

• Diversas alterações no metabolismo do neurônio pós-sináptico, para excitar a


atividade celular ou em alguns casos, aumentar o número de receptores de
membrana excitatórios, ou diminuir o número de receptores inibitórios da
membrana.
Receptores Excitatórios ou Inibitórios na
Membrana Pós-sináptica
• Inibição
• Abertura dos canais para íon cloreto na membrana neuronal póssináptica.

• Aumento na condutância dos íons potássio para o exterior dos neurônios

• Ativação de enzimas receptoras que inibem as funções metabólicas celulares,


promovendo aumento do número de receptores sinápticos inibitórios, ou
diminuindo o número de receptores excitatórios.
Substâncias Químicas que Atuam como
Transmissores Sinápticos

• Neurotransmissores com moléculas pequenas e de ação rápida

• Neuropeptídeos, de tamanho molecular muito maior e que são em


geral de ação muito mais lenta
Neurotransmissores
Acetilcolina
• Em muitos casos, a acetilcolina tem efeito excitatório; entretanto,
sabe-se que tem efeitos inibitórios em algumas terminações nervosas
parassimpáticas periféricas, tal como a inibição do coração pelo nervo
vago.
Norepinefrina
• Auxilia no controle da atividade geral e na disposição da mente, tal
como o aumento do nível de vigília.
• Em muitas dessas áreas se liga a receptores excitatórios, mas, ao
contrário, em poucas áreas liga-se a receptores inibitórios.
Dopamina
• É secretada por neurônios que se originam na substância negra. Esses
neurônios se projetam principalmente para a região estriatal dos gânglios
da base.

• O efeito da dopamina é em geral inibitório.


Glicina

• É secretada principalmente nas sinapses da medula espinal.

• Acredita-se que sempre atue como neurotransmissor inibitório.


GABA

• É secretado por terminais nervosos situados na medula espinal, no


cerebelo, nos gânglios da base e em diversas áreas do córtex.

• Acredita-se que tenha sempre efeito inibitório.


Glutamato

• É secretado por terminais pré-sinápticos, em muitas vias sensoriais


aferentes, assim como em diversas áreas do córtex cerebral.

• Seu efeito, provavelmente é sempre excitatório.


Serotonina
• É secretada por núcleos que se originam na rafe mediana do tronco cerebral e se
projetam para diversas áreas encefálicas e da medula espinal - cornos dorsais da ME e
para o hipotálamo.

• Age como inibidor das vias da dor na medula espinal, e acredita-se que sua ação
inibitória nas regiões superiores do sistema nervoso auxilie no controle do humor do
indivíduo, possivelmente até mesmo provocando o sono.
Óxido nítrico
• É especialmente secretado por terminais nervosos em áreas
encefálicas responsáveis pelos comportamentos a longo prazo e pela
memória.

• O óxido nítrico não é formado e armazenado em vesículas no


terminal pré-sináptico, como os outros neurotransmissores.
Neuropeptídeos
• São sintetizados como partes integrais de grandes moléculas
proteicas pelos ribossomos situados do corpo celular do neurônio.

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