Você está na página 1de 14

RESUMO – SEGUNDA UNIDADE

DE FISIOLOGIA HUMANA
SISTEMA NERVOSO
 É uma rede de bilhões de células nervosas conectadas de modo altamente organizado.
 Sistema Nervoso Central (SNC): composto por Encéfalo e Medula Espinhal.
 Sistema Nervoso Periférico (SNP): composto por neurônios aferentes e eferentes.
 Neurônios Aferentes: são os que chegam ao SNC. São os neurônios sensitivos (captam estímulos
externos ou internos, convertendo esse estímulo em potencial de ação para que seja gerada uma
resposta).
 Neurônios Eferentes: são os que saem do SNC. Levam a resposta a célula efetora para que ocorra a
resposta ao estímulo inicial. Aqui temos o SN somático e o SN autônomo.
 Como o corpo reage a um estímulo? O estímulo chega aos receptores sensitivos, que envia este
estimulo aos neurônios sensitivos/aferentes, este estímulo é enviado até o SNC que responderá e
enviará a resposta através dos neurônios eferentes, que enviará para as células efetoras a resposta.
 Fibras Nervosas que possuem a bainha de mielina passam a informação de maneira bem mais rápida,
porque essa informação vai passando de maneira saltatória, vai “pulando” de um nodo de Ranvier a
outro. Já uma fibra que não possui a bainha de mielina, é como se a informação tivesse que passar por
toda a fibra, e isso leva mais tempo.

A comunicação neural se da através das sinapses:


 Sinapse Elétrica:
- Sinal elétrico: ÍONS
- Contato direto: JUNÇÕES COMUNICANTES
- Informação: AMBAS AS DIREÇÕES
- Vantagem: CONDUÇÃO RÁPIDO DE SINAIS (SNC)
- Sem mediadores químicos
- Nenhuma modulação
- Rápida
 Sinapse Química:
- Sinal químico: NEUROTRANSMISSORES
- Não há contato direto: FENDA SINÁPTICA
- Informação: UNIDIRECIONAL
- Vantagem: PERMITE O DIRECIONAMENTO DE SINAIS PARA ALVOS ESPECÍFICOS
- Presença de mediadores químicos
- Controle e modulação da transmissão
- Lenta
Neurotransmissor:
- Substâncias químicas sintetizadas pelo neurônio, na qual são armazenadas em vesículas e liberadas na
fenda sináptica.
 O neurotransmissor é uma substância química sintetizada e liberada pelo neurônio, na qual fica
armazenado em vesículas até que receba um estímulo para ser liberado. Quando ocorre o potencial de
ação no neurônio pré-sináptico, vai ocorrer a abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem,
então o Ca2+ entra na célula e se liga uma proteína que vai fazer com que a vesícula vá para a membrana
da célula e ocorra a exocitose dos neurotransmissores.
 Existem mecanismos de remoção desses neurotransmissores da fenda sináptica. Ele pode voltar para a
célula pré-sináptica; pode ser degradado por enzimas que estão na membrana da célula pós-sináptica;
pode ser captado pelas células Glia; e pode também cair na corrente sanguínea.

Liberação dos neurotransmissores:


1. Chegada do impulso nervoso ao terminal axônico;
2. Abertura de Canais de Ca2+ dependentes de voltagem;
3. Influxo de Ca2+ (+Proteínas);
4. Ligação do Ca2+ com proteínas regulatórias;
5. Exocitose dos neurotransmissores;
6. Interação do neurotransmissor com o receptor pós-sináptico;
7. Os neurotransmissores são degradados por enzimas.

O que dispara a liberação de um neurotransmissor? Algum mecanismo deve existir através do qual o potencial
de ação causa a liberação do transmissor armazenado nas vesículas sinápticas para a fenda sináptica. O potencial
de ação estimula a entrada de Ca2+, que causa a adesão das vesículas sinápticas aos locais de liberação, sua fusão
com a membrana plasmática e a descarga de seu suprimento de transmissor. O transmissor se difunde para a célula
alvo, onde se liga a uma proteína receptora na superfície externa da membrana celular. Após um breve período o
transmissor se dissocia do receptor e a resposta é terminada. Para impedir que o transmissor associe-se novamente
a um receptor e recomece o ciclo, o transmissor, ou é destruído pela ação catabólica de uma enzima, ou é absorvido,
normalmente na terminação pré-sináptica. Cada neurônio pode produzir somente um tipo de transmissor.

Tipos de receptores:

Receptores específicos Mecanismos de inativação


Ionotrópicos Enzimas
Metrabotrópicos Reutilização
Difusão

 As respostas pós-sinápticas podem ser:


 PEPS: potencial excitatório; Sinapses excitatórias causam uma mudança elétrica excitatória no
potencial pós-sináptico (PEPS). Isso acontece quando o efeito líquido da liberação do transmissor é para
despolarizar a membrana, levando-o a um valor mais próximo do limiar elétrico para disparar um
potencial de ação. Esse efeito é tipicamente mediado pela abertura dos canais da membrana (tipos de
poros que atravessam as membranas celulares para os íons cálcio e potássio).
Canais iônicos abertos:
- Mais Na+ entra na célula: PEPS = despolarização excitatória
Canais iônicos fechados:
- Menos K+ sai: PEPS = despolarização excitatória
 PIPS: potencial inibitório. As sinapses inibitórias causam um potencial pós-sináptico inibitório (PIPS),
porque o efeito líquido da liberação do transmissor é para hiperpolarizar a membrana, tornando mais
difícil alcançar o potencial de limiar elétrico. Esse tipo de sinapse inibitória funciona graças à abertura
de diferentes canais de ions na membrana: tipicamente os canais cloreto (Cl-) ou potássio (K+).
Canais iônicos abertos:
- Mais K+ sai ou mais Cl- entra: PIPS = hiperpolarização inibitória
Canais iônicos fechados:
- Menos Na+ entra: PIPS = hiperpolarização inibitória.
 O PEPS será um estímulo para que ocorra o potencial de ação, mas às vezes esse PEPS não é suficiente,
às vezes um único PEPS não consegue excitar a célula de maneira eficiente para que ocorra o potencial
de ação, por isso tem-se a somação para que seja alcançado o limiar de disparo da célula.

INFORMAÇÃO NEURAL: a comunicação entre os neurônios não é sempre um evento um a uma, existem
também:
- Divergência: em uma via divergente, um neurônio pré-sináptico se ramifica para afetar um maior
número de neurônios pós-sinápticos.
- Convergência: em uma via convergente, muitos neurônios pré-sinápticos fornecem sinais de entrada
para influenciar um número menor de neurônios pós-sinápticos.

FLUXO DA INFORMAÇÃO ATRAVÉS DO SISTEMA NERVOSO


1. Estímulo (ex. vibração, movimento, luz, dor);
2. Recepção: detecção por órgãos do sentido externos;
3. Transmissão: neurônios sensoriais (aferentes) transmitem a informação;
4. Integração: Sistema Nervoso Central. Cérebro e Medula Espinhal. Interpretação da informação e
início da resposta;
5. Transmissão: neurônios motores eferentes transmitem impulsos;
6. Resposta: efetores realizam ações apropriadas.

A direção normal do fluxo de informação é do axônio terminal para o neurônio alvo, assim o axônio terminal é
chamado de pré-sináptico (conduz a informação para a sinapse) e o neurônio alvo é chamado de pós-sináptico
(conduz a informação a partir da sinapse).

SOMAÇÃO:
 Somação espacial: vai ser a soma de vários potenciais pré-sinápticos na célula pós-sináptica. São vários
estímulos que chegam à célula pós-sináptica, e então é somado esses vários estímulos para que possa
ocorrer um potencial de ação.
 Somação temporal: é a favor do tempo. Quanto mais rápido e intenso for um estímulo, maior será a
possibilidade de acontecer um potencial de ação.

EFEITO DAS DROGAS NA SINPASE


Onde as drogas podem agir?
- Etapas da biossíntese e degradação enzimática do Neurotransmissor;
- Liberação do Neurotransmissor;
- Sítios receptores pré e pós-sinápticos.
As drogas psicotrópicas, por seres também moléculas químicas, chegando ao cérebro, atuam interferindo
na engrenagem da química cerebral, aumentando, diminuindo ou alterando a forma de atuação dos
neurotransmissores.

CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO


- Neurônios: são as unidades funcionais do Sistema Nervoso. (Sensitivos, Associativos, Motores).
- Células da Glia: sustentam, protegem, isolam e nutrem os neurônios. (Astrócitos, Oligodentrócitos,
Micrógria).

Neurônios:
- Dendritos:
- Bainha de Mielina:
- Axônios:
- Corpo celular:
- Neurônio Sensorial:
- Interneurônio (SNC):
- Neurônio Motor:

Células da Glia:
- Glia = “cola”
- Estão em maior número que os neurônios (10:1)
- Comunicam-se com os neurônios e umas com as outras
- FUNÇÃO: suporte físico para os neurônios.

CÉLULAS DA GLIA
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
1. Oligodendrócitos: formam a bainha de mielina
2. Astrócitos: transferem nutrientes dos vasos sanguíneos
3. Microglias: células do sistema imunológico
4. Células ependimais:

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP):

1. Células de Schwann: formam a bainha de mielina


2. Células satélites: suporte do corpo celular
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 É o centro de controle de todas as funções do corpo.
 Todas as ações que executamos são ordenadas pelo SNC.
 As ações voluntárias são as ações planejadas e executadas pelo Encéfalo.
 As ações involuntárias são as ações instintivas executadas pela Medula Espinhal.

Proteção do Sistema Nervoso Central:

1. Estruturas ósseas: proteção contra traumas. Exemplos: crânio e vértebras.


2. Meninges: estabilizam o tecido neural e protege do atrito com os ossos do esqueleto. Exemplos: Pia-
máter, Aracnóide e Dura-máter.
3. Fluido Cerebroespinhal: é uma solução salina continuamente secretada dentro das cavidades do
SNC, fazendo uma proteção química e física. Diminui o peso do Encéfalo e protege o SNC contra
traumas.
4. Barreira Hematoencefálica:
Função: proteção química e física:
- Diminui o peso do encéfalo (diminui a pressão nos vasos sanguíneos e nervos);
- Protege o SNC contra traumas (amortece o encéfalo no impacto); (possui um ambiente extracelular
regulado); (seletividade na passagem de substâncias).
- Formada por capilares relativamente impermeáveis;
Função: proteger o encéfalo contra substâncias presentes no sangue.
Junções de oclusão: formadas por substâncias parácrinas liberadas por astrócitos.
Os pés dos astrócitos: secretam substâncias parácrinas que promovem a formação das junções de
oclusão.
Junções de oclusão: evitam o movimento de solutos entre as células endoteliais.

MEDULA ESPINHAL
 É uma extensão do encéfalo;

FUNÇÕES:
1. Caminho da informação que flui entre o encéfalo e a periferia do corpo;
2. Controla os movimentos do tronco e membros;
3. Fornece inervação do SNA para as vísceras.

Raiz ventral: informações motoras. SNC – músculos e glândulas.

Raiz dorsal: informações sensoriais. Músculos e glândulas – SNC.

Substância Branca: axônios.

Substância cinzenta: corpos celulares de interneurônios e neurônios eferentes.

ENCÉFALO

 É compartimentalizado em diferentes regiões.


 Uma única função pode ser feita por mais de uma região.
 Plasticidade neural: a função de uma região lesada pode ser realizada por outras seções do encéfalo.
 Cérebro + Diencéfalo + Tronco Encefálico + Cerebelo.

TRONCO ENCEFÁLICO

 Bulbo:
- Pirâmide: região do bulbo onde ocorre a passagem das informações para o lado oposto do cérebro.
- Controle de funções involuntárias (Pressão arterial, respiração), deglutição, vômito.
 Ponte:
- Centro de retransmissão entre encéfalo e cerebelo.
- Coordenação da respiração.
 Mesencéfalo:
- Movimento dos olhos.
- Transmite sinais para os reflexos auditivos e visuais.
 Formação Reticular:
- Formação difusa de neurônios ao longo do TE;
- Tônus muscular;
- Modulação da dor;
- Sono/Vigília.

CEREBELO:
- “pequeno cérebro”
- a maioria das células nervosas do encéfalo está no cerebelo.
Funções:
- Coordenar o movimento;
- Processar informações sensoriais (equilíbrio).

DIENCÉFALO
- é dividido em Tálamo; Hipotálamo; Hipófise e Glândula Pineal.

Tálamo:
- Estação de retransmissão: envia as informações sensoriais para o cérebro.
- Centro de integração: pode modificar as informações que passam por ele.

Hipotálamo
- Centro da homeostase (ex.: temperatura);
- Controle de comportamentos direcionados (fome e sede);
- Controle das funções endócrinas.

Hipófise
- Secreção de hormônios.

Glândula pineal
- Secreção de melatonina.
CÉREBRO
- Formado por dois hemisférios – conectados pelo corpo caloso.
- Cada hemisfério é dividido em quatro lobos: frontal, parietal, occipital e temporal.

Gânglios (núcleos basais)


- Movimento

Hipocampo
- Aprendizagem e memória.
Formam o Sistema Límbico
Amígdala
- Emoção e memória

Córtex Cerebral
- Áreas Sensoriais: recebem os estímulos sensoriais;
- Áreas Motoras: comandam o movimento muscular esquelético;
- Áreas de Associação: integram as informações motoras e sensoriais.
SENTIDOS ESPECIAIS
OLFÁTO
Como ocorre a transmissão de “cheiro” para o Sistema Nervoso Central?
- O cílio olfatório é quem responde ao estímulo químico.
- A molécula odorante primeiramente se difunde no muco que recobre o cílio. Depois essa molécula se liga
a proteínas receptoras nos cílios. Esses receptores estão acoplados a proteínas G, onde a subunidade ALFA
vai se desprender e ativar Adenililciclase que por sua vez vai convertar ATP em AMPc que vai abrir um
canal de sódio, permitindo que ele entre em grandes quantidades, aumentando assim o potencial elétrico
da célula.

PALADAR
- Botão Gustatório: onde se encontra as células gustatórias. E no ápice de cada célula tem muitas
microvilosidades, onde se encontram as proteínas receptoras.
- Amargo – Transducina.
- Doce – Gustaducina.
- Papilas gustativas – Trato solitário (Bulbo) – Tálamo – Córtex gustativo.

AUDIÇÃO
- A captação do som até a sua percepção e interpretação é uma sequência de transformações. Então da
orelha externa para a interna, a energia precisa ser transformada para que o nosso Sistema Nervoso
consiga interpreta-la.
- Orelha externa – é a entrada da energia sonora. São as ondas de ar chegando à orelha.
- Orelha média – ocorre a transformação para energia mecânica. Aqui vai ocorrer a vibração dos
ossículos, na qual tem a função de conduzir o som.
- Orelha interna – é composta pelos canais semicirculares e a cóclea (caracol), que vai ser o local onde
as energias são convertidas em: ondas de fluidos (energia hidráulica) para sinais químicos (energia
química) e por fim em potencial de ação (energia elétrica).
Surdez:
- Condutiva – orelha externa ou média.
- Sensitivoneural – orelha interna.
- Central – danos nas vias neurais entre a orelha e o córtex cerebral ou de dano no próprio córtex.

VISÃO
Reflexo Pupilar:
- Miose: constrição pupilar.
- Midríase: dilatação pupilar.
Focalização dos olhos:
- Visão distante: cristalino achatado.
- Visão arredondada: cristalino arredondado.
Problemas na visão:
- Hipermetropia: falta de visão de perto;
- Miopia: falta de visão de longe;
- Astigmatismo: imagem com vários focos;
- Catarata: cristalino opaco.
- A fóvea é a região mais açucarada.
Fotorreceptores:
- Bastonetes: visão monocromática.
- Cones: visão colorida.
- Rodopsina é uma substância que está inativa no escuro. A célula fica despolarizada e vai ocorrer a
liberação contínua de neurotransmissores. Já no claro, a retina se ativa. A célula vai hiperpolarizar e a
liberação de neurotransmissor vai diminuir em decorrência da proporção da quantidade de luz.
- Daltonismo: é uma perturbação da percepção visual. Ocorre a incapacidade de diferenciar ou
identificar todas ou algumas cores, principalmente verde e vermelho.
FISIOLOGIA SENSORIAL

O corpo terá um estímulo que será interno ou externo. Esse estímulo será recebido pelos
receptores sensoriais, que enviará o sinal para os neurônios sensoriais, enviando para o Sistema Nervoso
Central que irá interpretar e responder e mandará a resposta para os neurônios eferentes, onde os
efetuadores que são os órgãos, tecidos ou células efetuará a resposta ao estímulo inicial.
Os receptores sensoriais vão converter o estímulo em potenciais graduados.

Receptores Sensoriais:
- Somatossensiticos: estão localizados na pele e o neurônio é o próprio receptor.
- Especiais: estão localizados na cabeça e são células não-neurais especializadas.
- Mecanorreceptores: receptores do tato e pressão, audição – respondem a força mecânica.
- Termorreceptores: terminações nervosas livres por toda a pele – respondem ao frio e calor.
- Quimiorreceptores: receptores do olfato e paladar – respondem à substâncias químicas.
- Nociceptores: receptores da dor – respondem a estímulos nocivos.
- Fotorreceptores: cones e bastonetes da retina – respondem à luz.

Adaptação dos receptores:


- Adaptação: parcial ou completamente a qualquer estímulo constante (depois de um certo período de
tempo).
- Receptores tônicos: adaptação lenta. Transmitem sinais para o Sistema Nervoso Central enquanto o
estímulo persiste.
- Receptores fásicos: adaptação rápida. Adaptam-se quando o estímulo chega a uma intensidade
constante e cessam sua resposta.

Como os receptores convertem estímulos físicos em sinais elétricos?


A energia que pode ser mecânica, física, térmica ou luminosa, vai causar uma mudança no
potencial de membrana da célula que vai gerar um potencial graduado.
Esse potencial graduado pode ocorrer: por causa de uma deformação mecânica no receptor, substâncias
químicas aplicadas à membrana, alterações da temperatura da membrana, radiações eletromagnéticas.
A alteração da permeabilidade da membrana do receptor vai causar a difusão de íons através
da membrana do receptor, causando uma mudança no potencial da membrana e assim tendo um
potencial graduado. Se esse potencial graduado alcançar o limiar de disparo vai ocorrer o potencial de
ação.
SISTEMA NERVOSO EFERENTE

Os neurônios eferentes serão de dois tipos:


- SN Motor Somático: voluntário
- SN Autônomo: involuntário

Sistema Nervoso Motor Somático


Função: controla a contração do músculo esquelético; controlar o movimento.
- Apresentam seu corpo celular no Sistema Nervoso Central e se projetam até a periferia.

Sistema Nervoso Autônomo


Função: auxilia o corpo a manter a Homeostasia.
- Reflexo barorreceptor (controle da pressão arterial).

Os neurônios autônomos são subdivididos em dois tipos de neurônios:


- Neurônio Autônomo Simpático;
- Neurônio Autônomo Parassimpático.
- Possuem funções antagônicas (opostas).
- Todos acima são neurônios eferentes (pegam a mensagem do SNC e levam para a periferia).

Diferenças:
Tipos de células que irão inervar:
- Neurônio Motor Somático: inerva músculo esquelético.
- Neurônio Autônomo (Simpático e Parassimpático): inerva o músculo liso, cardíaco e glândula.
Ambos os neurônios partem com a mensagem do SNC. Portanto, os corpos celulares se localizam no
sistema nervoso central.
- Neurônio Motor Somático: normalmente é o único neurônio que sai do SNC e vai até o músculo
esquelético (direto).
- Neurônio Autônomo: normalmente se apresentam como dois neurônios em série. Esses dois
neurônios em série se comunicam em uma região chamada de gânglio autônomo.
De acordo com o gânglio podemos classificar os neurônios em:
- Neurônio pré-ganglionar: está localizado antes do gânglio. Apresenta seu corpo celular dentro do SNC.
- Neurônio pós-ganglionar: está localizado depois do gânglio. Apresenta seu corpo celular dentro do
gânglio autônomo.

Tipo de neurotransmissor que está sendo liberado pelos neurônios:


- Neurônio Motor Somático: é um neurônio colinérgico, pois libera a Acetilcolina.
- Neurônios pré-ganglionares: tanto do simpático como do parassimpático também são colinérgicos,
pois liberam Acetilcolina.
- Neurônio pós-ganglionar do parassimpático: é colinérgico.
- O ÚNICO QUE NÃO É COLINÉRGICO É O PÓS-GANGLIONAR DO SIMPÁTICO. ELE É ADRENÉRGICO, OU
SEJA, ELE VAI LIBERAR NORADRENALINA.
Gânglio Autônomo: o tamanho do axônio varia.
- Neurônio pré-ganglionar do simpático: é curto.
- Neurônio pós-ganglionar do simpático: é longo.
- Neurônio pré-ganglionar do parassimpático: é longo.
- Neurônio pós-ganglionar do parassimpático: é curto.
Isso acontece devido à localização do gânglio autônomo.

Neurotransmissão
Junção neuromuscular esquelética: sinapse com o neurônio motor somático com a sua célula que é o
músculo esquelético. Aqui não ocorre a sinapse propriamente dita.
Junção neuroefetora (SNA): é a junção do neurônio autônomo com a sua célula efetora (pode ser um
músculo liso, cardíaco ou glândula). Dois neurônios (pré e pós-ganglionar) é o neurônio pós-ganglionar
que leva a mensagem para a célula efetora, então sua terminação axônica é diferente, apresenta regiões
intumescidas, se formam na porção final (apresenta variculosidades), nessa região iremos encontrar as
vesículas sinápticas, local onde vai ocorrer a sinapse. O neurônio pós-ganglionar é aquele que vai estar
em contato direto com a célula efetora.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


Atividade Parassimpática: regula as atividades de repouso e digestão.
Atividade Simpática: atividades de luta ou fuga (acelerar batimentos cardíacos, estimular respiração,
sudorese).
Apresentam funções ANTAGÔNICAS.
Controle da frequência cardíaca (FC):
- Inervação simpática: AUMENTO da Frequência Cardíaca (Excita).
- Inervação parassimpática: DIMINUI a Frequência Cardíaca (Inibe).
Exceções:
AÇÃO SINÉRGICA:
Ato sexual:
- Ereção do pênis – parassimpático.
- Ejaculação do esperma – simpático.
INERVAÇÃO EXCLUSIVA:
Sistema simpático:
- Glândulas sudoríparas.
- Músculo liso – vasos sanguíneos.

Características que diferem o simpático e parassimpático:


- Quanto à origem dessas vias a partir do SNC:
Os neurônios simpáticos: saem da região torácica-lombar.
Os neurônios parassimpáticos: saem da região do tronco encefálico e parte da porção final da medula
espinhal. (crânio-sacral)
- Localização dos gânglios autônomos (o que ocorre pelo tamanho das fibras):
Gânglios autônomos do Simpático: formam uma cadeia de gânglios localizada ao lado da medula
espinhal. Portanto, o neurônio pré-ganglionar é curto. Enquanto os neurônios pós-ganglionares serão
longos, porque eles vão até os seus órgãos.
Gânglios autônomos do Parassimpático: os gânglios estão localizados muito próximos ou até mesmo
dentro do próprio órgão. Portanto, o neurônio pré-ganglionar é longo. Enquanto o neurônio pós-
ganglionar é curto.
Parassimpáticos: um conjunto de neurônios que sai, e o mesmo é que vai se projetar para os principais
órgãos. Esse grupo de neurônios (nervo), ele é o mais importante do parassimpático, na qual é chamado
de NERVO VAGO. Vai inervar os principais órgãos, indo pro coração, pulmões, sistema digestório.
Simpático: inervação acima dos rins, as glândulas supra-renais ou adrenais. É aqui, somente aqui, de
todo o sistema simpático, que os neurônios irão produzir Adrenalina. Em todos os outros o neurônio
simpático (o pós-ganglionar) é a Noradrenalina que está sendo liberada. Porém, na Medula Adrenal,
especificadamente, é que estamos tendo a produção de Adrenalina.
A Adrenalina neste caso é produzida pela conversão, por uma enzima, da Noradrenalina. Neste caso,
existe uma enzima que converte Noradrenalina em Adrenalina. Esta enzima só está presente a nível de
Medula Adrenal.
Dessa forma, só teremos a produção de Adrenalina apenas na Medula Adrenal. Em todos os outros locais,
só temos a liberação de Noradrenalina (neurotransmissor).
A Noradrenalina, Serotonina são produzidas pelo mesmo precursor, mas sempre são enzimas diferentes.
- A Adrenalina não atua somente LOCALMENTE.

Medula Adrenal
Córtex Adrenal:
- Glândula endócrina;
- Origem: epidérmica;
- Hormônios esteroides.
Medula Adrenal:
- Glândula neuroendócrina;
- Origem: tecido neural;
- Catecolaminas: produção de Adrenalina e Noradrenalina.
- Local em que os neurônios pós-ganglionares eles possuem a enzima que vai converter.
- O neurônio pós-ganglionar é modificado. Ele vai liberar no nosso corpo.
- Existem neurotransmissores que são liberados no sangue. Esse é um exemplo claro.
- Nesse caso a Noradrenalina e Adrenalina são consideradas como neurohormônios, porque são
neurotransmissores, mas serão liberados na corrente sanguínea.
- A Adrenalina atua no corpo inteiro, pois é liberada no sangue, sendo considerada como um
neurohormônio.
- Neurônios pré-ganglionares: gânglio.
- Neurônios pós-ganglionares: não apresentam axônios para a célula-alvo – neurohormônios dentro do
sangue.
OBS: Noradrenalina e Adrenalina se aclopam no mesmo receptor, pois são muito parecidas.

Receptores dos órgãos efetores


Os neurônios eferentes, basicamente vão ser ou neurônios adrenérgicos ou colinérgicos.
- Os neurônios pré-ganglionares tanto, simpático como parassimpático, serão neurônios colinérgicos.
- Os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos também serão colinérgicos.
- Os neurônios pós-ganglionares simpáticos serão adrenérgicos.
- Uma vez que eles são ativados eles irão atuar nos seus respectivos receptores.
- Estes receptores estarão presentes nos órgãos efetores. Nesse caso, serão específicos para os
respectivos neurotransmissores.

Receptores Adrenérgicos
- Acoplados a proteína G
- Receptores para a ação da Adrenalina e Noradrenalina.
- Subdivide-se em Alfa e Beta Adrenérgicos.

Receptores Colinérgicos
- Para a ação da Acetilcolina.
- Nicotínicos: sinapses entre os neurônios pré e pós-sinápticos (simpático e parassimpático).
- Muscarínicos: todas as células efetoras estimuladas pelos neurônios pós-ganglionares do Sistema
Parassimpático. São acoplados a proteína G.
- Receptores Adrenérgicos (receptores da adrenalina e noradrenalina), todos eles, independentemente
de ser alfa ou beta, todos eles são METABOTRÓPICOS. Não é sempre excitatória, pois varia com o tipo
de receptor. TODOS SÃO METABOTRÓPICOS.
- Receptores Colinérgicos: são de dois tipos.
OS NICOTÍNICOS SÃO IONOTRÓPICOS. São canais de Na (Sódio). Resposta Excitatória.
OS MUSCARÍNICOS SÃO METABOTRÓPICOS. Vai depender do tipo de proteína G.

Sistema Nervoso Entérico


- Próprio do trato gastrointestinal.
- Ele pode trabalhar isoladamente, independentemente da inervação/ramificação dos neurônios
autônomos.

Regulação do Sistema Nervoso Motor Somático (SNMS)


As vias que influenciam a atividade motora são:
- Medula espinhal: é uma resposta involuntária (reflexo).
- Tronco encefálico;
- Cerebelo;
- Gânglios basais; Estão envolvidas no controle voluntário.
- Córtex cerebral.

Regulação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA)


As vias que influenciam a atividade autonômica são:
- Medula espinhal;
- Tronco encefálico (região do comando);
- Hipotálamo.

Hipotálamo
Emoção X Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
- O Hipotálamo faz parte do Sistema Límbico.

Você também pode gostar