A comunicação entre os neurônios ocorre na fenda sináptica (espaço entre os
neurônios) que, no momento da transmissão da informação, é preenchida por
neurotransmissores. Moléculas de neurotransmissores atravessam a sinapse e ligam-se a receptores na membrana da célula pós-sináptica, transmitindo um sinal excitatório ou inibitório. Sinapse: ponto de comunicação entre dois neurônios. Existem sinapses químicas (usam neurotransmissores) ou elétricas (fluxo de íons). Na sinapse química, a célula pré- sináptica libera neurotransmissores, que se ligam aos receptores na célula pós-sináptica. O disparo de um potencial de ação em um neurônio—o pré-sináptico—gera a transmissão de um sinal para outro neurônio—o pós-sináptico, —tornando mais ou menos provável que o neurônio pós-sináptico dispare seu próprio potencial de ação. Geralmente são formadas entre terminais dos axônios do neurônio transmissor e o corpo celular ou dendritos do neurônio receptor. Um único axônio pode ter várias ramificações, permitindo-lhe fazer sinapses em várias células pós-sinápticas. Da mesma forma, um único neurônio pode receber milhares de entradas sinápticas. Há um pequeno espaço entre o terminal do axônio do neurônio pré-sináptico e a membrana da célula pós-sináptica, e este espaço é chamado de fenda sináptica. Quando um potencial de ação, ou impulso nervoso, chega ao terminal do axônio, ele ativa canais de cálcio na membrana da célula. O cálcio que está presente em uma concentração muito maior fora do neurônio do que dentro dele, invade a célula. Ele permite a liberação do neurotransmissor dentro da fenda sináptica. As moléculas de neurotransmissor se difundem através da fenda sináptica e se ligam às proteínas receptoras na célula pós-sináptica. A ativação de receptores pós-sinápticos leva à abertura ou fechamento de canais iônicos na membrana celular. Isto pode ser despolarização (interior da célula mais positivo) ou hiperpolarização (interior da célula mais negativo). Em alguns casos, a alteração torna a célula alvo mais propensa a disparar seu próprio potencial de ação. Neste caso, a mudança no potencial de membrana é chamada de potencial excitatório pós-sináptico, ou PEPS. Em outros casos, a mudança torna a célula alvo menos propensa a disparar um potencial de ação e é chamada de potencial inibitório pós-sináptico, ou PIPS. Uma sinapse apenas pode funcionar efetivamente se há alguma maneira de "desligar" o sinal uma vez que ele foi enviado. A terminação do sinal deixa que a célula pós-sináptica retorne ao seu potencial de repouso normal, pronta para a chegada de novos potenciais de ação. Do sinal ao final, a fenda sináptica deve ser liberada de neurotransmissores. Qualquer coisa que interfira no processo que encerram o sinal sináptico pode ter efeitos fisiológicos significantes. Temos como exemplo drogas que interferem com a recaptação do neurotransmissor serotonina no cérebro, que são usados como antidepressivos (Prozac).