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Bom dia!

Iniciaremos em breve
POTENCIAL DE AÇÃO
O neurônio conduz a informação a
longa distância usando sinais elétricos
que percorrem o axônio em alta
velocidade.
O impulso nervoso é conhecido por
potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO

O potencial de ação é um
fenômeno de natureza eletroquímica
e ocorre devido a modificações na
permeabilidade da membrana do
neurônio.
POTENCIAL DE AÇÃO
Essas modificações de permeabilidade
permitem a passagem de íons de um lado
para o outro da membrana.
Como os íons são partículas carregadas
eletricamente, ocorrem também
modificações no campo elétrico gerado por
essas cargas.
POTENCIAL DE AÇÃO
A membrana do neurônio apresenta a
propriedade de excitabilidade – permite ao
neurônio produzir, conduzir e transmitir potenciais
de ação.

Ao atravessar a membrana, um íon gera


corrente elétrica. Os canais iônicos possuem um
papel importante na geração do potencial de ação.
CANAIS IÔNICOS

Canal controlado por voltagem


AMBIENTES INTERNO E EXTERNO
As células possuem concentrações diferentes de íons e outros elementos no meio
intracelular em relação ao meio extracelular.
Com relação aos íons sódio e potássio e algumas proteínas podemos ilustrar da
seguinte forma.

Onde: A- representa a quantidade de proteínas com


cargas negativas.
ESTADOS DOS NEURÔNIOS
1. Repouso: os canais responsáveis pelo potencial
de ação estão fechados, mas podem
ser abertos a qualquer momento.

2. Ação: estado ativo onde os canais estão


abertos.

3. Refratário: os canais não podem ser ativados ou


abertos.
POTENCIAL DE REPOUSO
Diz que é o estado em que o neurônio está
em “silêncio” – O neurônio se apresenta polarizado,
isto é, há formação de polos ao longo da superfície
de sua membrana.

Isso ocorre por causa da distribuição


irregular dos íons Na+ e K+ e das proteínas
negativas e do trabalho da bomba de Na+/K+.
POTENCIAL DE REPOUSO
POTENCIAL DE REPOUSO
O potencial de repouso é gerado e mantido:

• Fluxo passivo de íons Na+ (influxo) e K+ (efluxo)


através de canais de vazamento ou de repouso
(nunca se fecham).

• Atividade da bomba de Na+/K+.


POTENCIAL DE REPOUSO
POTENCIAL DE AÇÃO

O potencial de ação é uma rápida


variação do valor do potencial de
repouso.
O valor do potencial de repouso
varia de neurônio para neurônio – 70mV.
POTENCIAL DE AÇÃO
Após um estímulo qualquer alcança
valores positivos – a voltagem de negativa passa
para positiva.

Um estímulo para produzir um potencial


de ação deve ser do tipo limiar, isto é, tem que
ser suficiente para abrir os canais de Na+ que são
controlados por voltagem.
POTENCIAL DE AÇÃO

Quando isso ocorre, o sódio entra


através dos canais e provoca um
mudança de voltagem.
Os estímulos sublimiares estão
abaixo e por isso não consegue
desencadear um potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO
O potencial de ação é desencadeado por
canais diferentes dos canais de repouso.

São canais controlados por voltagem.


Quando a voltagem da membrana se altera, pode
abrir ou fechar o canal que pode ser de Na+ ou
de K+, conforme a fase.
POTENCIAL DE AÇÃO

Os estímulos limiares abrem


poucos canais de Na+ o que faz com que
a voltagem da membrana se altere
localmente e mais canais de Na+,
naquela região irão se abrir.
POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAL DE AÇÃO
1. O potencial de ação é unidirecional.

2. Sua resposta não decai (autorregenerativo) –


propagação.

3. Lei do “tudo ou nada”.

4. Sensível ao TTX – tetrodo toxina – Bloqueio


dos canais de sódio controlados por
voltagem.
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO
1. Repouso – potencial de repouso. A célula está polarizada – voltagem
negativa em relação ao meio extracelular.

2. Despolarização (fase ascendente) – alteração da voltagem para um


valor positivo pelo influxo de Na+ através dos canais de Na+ controlados
por voltagem.

3. Repolarização (fase descendente) – os canais de Na+ se fecham e os


canais de K+ controlados por voltagem se abrem. Há um efluxo de K+.

4. Hiperpolarização – nem todos os neurônios apresentam essa fase, que


é muito rápida. Ocorre para o fechamento dos canais de K+ que ainda
estão abertos. A voltagem fica mais negativa que o valor de repouso.
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO

Overshoot – quando a voltagem


passa de negativa para positiva.
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO

Lei do “tudo ou nada” – estímulos


sublimiares não provocam potencial
de ação.
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO

Bloqueio da despolarização – não


há potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO

(PERÍODO REFRATÁRIO)
1. Absoluto – a célula não consegue produzir outro
potencial de ação – não consegue despolarizar.
Os canais de Na+ controlados por voltagem estão
inativados.

2. Relativo – a célula pode produzir outro potencial


de ação ou despolarizar se o estímulo for maior
que o limiar – estímulo supralimiar.
FASES DO POTENCIAL – PERÍODO REFRATÁRIO
POTENCIAL DE AÇÃO

(VELOCIDADE)
A velocidade da propagação do potencial de
ação ao longo do axônio depende:

• Diâmetro da fibra – quanto maior o diâmetro,


maior a velocidade.

• Presença de bainha de mielina – efeito isolante.


POTENCIAL DE AÇÃO

(TIPOS DE PROPAGAÇÃO)
• Ponto a ponto – fibras sem bainha de mielina.
Velocidade “lenta”.

• Saltatória – fibras com bainha de mielina.


Velocidade alta.
PROPAGAÇÃO PONTO A PONTO
PROPAGAÇÃO SALTATÓRIA
ANESTÉSICOS LOCAIS
Os anestésicos locais interagem com os canais
de sódio impedindo que se abram durante a
despolarização.
SINAPSES

São comunicações entre células


excitáveis eletricamente – neurônios,
músculos e glândulas.
No sistema nervoso, é a principal forma
de processamento de informações.

Tipos: Elétricas e químicas.


SINAPSE ELÉTRICA

Características:
O sinal é bidirecional
Comunicação através das junções GAP ou
comunicantes – permite a passagem do sinal
elétrico de uma célula para outra.
Junções GAP – conexons – poros entre as
membranas permitindo a comunicação direta entre
os citoplasmas dessas células.
SINAPSE ELÉTRICA

• Sincronização de uma população de células


– miocárdio.
• Recrutamento de neuroblastos durante o
desenvolvimento do sistema nervoso.
• Comunicação glial
• Comunicação celular entre organismos
simples – invertebrados.
SINAPSE QUÍMICA

Contato por contiguidade porém, não por


continuidade.
Espaço entre as membranas denominado
de fenda sináptica.
Produção de um mensageiro químico –
neurotransmissor.
Receptor de membrana para o
neurotransmissor.
Transmissão unidirecional.
SINAPSE QUÍMICA

Contato por contiguidade porém, não por


continuidade.
Espaço entre as membranas denominado
de fenda sináptica.
Produção de um mensageiro químico –
neurotransmissor.
Receptor de membrana para o
neurotransmissor.
Transmissão unidirecional.
SINAPSE QUÍMICA

• Elemento pré-sináptico – Possui o


neurotransmissor armazenado em vesículas
sinápticas.
1
• Fenda sináptica – local entre as células onde o
neurotransmissor será liberado.
2
• Elemento pós-sináptico – possui o receptor
específico para o neurotransmissor. 3
TIPOS MORFOLÓGICOS DE
SINAPSES
• Axodendrítica – axônio com dendrito.

• Axosomática – axônio com soma.

• Axoaxônica – axônio com axônio.

• Dendrodendrítica – entre dendritos.


TAPAS DA TRASNSMISSÃO
SINÁPTICA
1. Síntese, transporte a armazenamento do
neurotransmissor;
2. Deflagração e controle da liberação do
neurotransmissor;
3. Difusão e reconhecimento do receptor do
neurotransmissor;
4. Deflagração do potencial de ação na célula pós-
sináptica;
5. Desativação do neurotransmissor.
NEUROTRANSMISSORES
Substância que exerce sua ação na
membrana pós-sináptica produzindo nela
um potencial pós-sináptico excitatório ou
inibitório.

Os neurotransmissores são de três tipos:


aminoácidos, aminas e purinas.
NEUROTRANSMISSORES
Tabela 4.1
Alguns neurotransmissores e neuromoduladores mais comuns
Neurotransmissores Neuromoduladores

Aminoácidos Aminas Purinas Peptídeos Gases

Ácido -amino- Acetilcolina Adenosina Gastrinas: gastrina, colecistocinina Óxido nítrico (NO)
butírico (GABA) (ACh) (CCK)
Glutamato (Glu) Adrenalina ou Trifosfato de Hormônios da neuro-hipófise: Monóxido de carbono (CO)
Epinefrina adenosina vasopressina, ocitocina
(ATP)
Glicina (Gly) Dopamina Insulinas
(DA)
Aspartato (Asp) Histamina Opióides: encefalinas (Enk), -
endorfina
Noradrenalina Secretinas: secretina, glucagon,
ou peptídeo intestinal vasoativo (VIP)
Norepinefrina
(NA ou NE)
Serotonina (5- Somatostatinas
HT)
Taquicininas: substância P (SP),
substância K (SK)
LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES

O potencial de ação, após se propagar pelo axônio,


alcança o terminal pré-sináptico.
A despolarização da membrana do terminal pré-
sináptico abre o canal de
cálcio (Ca2+) controlado por voltagem.
Há influxo de Ca2+ que ativa as proteínas
responsáveis pela exocitose do
neurotransmissor.
O neurotransmissor é liberado na fenda sináptica.
TOXINA BOTULÍNICA

Inibe as proteínas de exocitose do


neurotransmissor que são ativadas pelo cálcio.
O neurotransmissor não é liberado na
fenda sináptica.
Não há ligação do neurotransmissor com o
receptor.
NEUROTRANSMISSORES

(REMOÇÃO DA FENDA)
De duas formas:

• Degradação enzimática – exemplo


Acetilcolina (ACh) na fenda sináptica pela
acetilcolinesterase.

• Recaptação ou captura – bomba de


recaptação das aminas.
REMOÇÃO DA FENDA

Degradação enzimática – exemplo


Acetilcolina (ACh) na fenda sináptica pela
acetilcolinesterase.
Quebra a ACh em colina e
acetato, interrompendo a ação da ACh.
RECAPTAÇÃO

Recaptação ou captura –
bomba de recaptação das aminas.
POTENCIAL PÓS-SINAPTICO
É o resultado da ação do neurotransmissor sobre os
receptores na membrana pós-sináptica.

Ao ser liberado na fenda o neurotransmissor se difunde


e se liga aos receptores pós-sinápticos desencadeando
uma resposta elétrica que pode ser de 2 tipos:

• Excitatória.

• Inibitória.
Obrigado!

@Vasconcelos_wv

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