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Traumatologia

Fratura: em caso de trauma, tem indicativo de radiografia.

Quando o local fica roxo, a tendência é que seja uma fratura de osso longo ou uma fratura
apenas superficial.

Consolidação viciosa é quando o osso fraturado consolida na posição errada da natural.

O osteócito é renovado a cada 120 dias.

Mecanismo da fratura: trauma direto e trauma indireto.

Quanto maior o grau de angulação da fratura, pior é a calcificação e mais demorada.

A fratura em achatamento tem uma difícil identificação na radiografia.

Fraturas em crianças são difíceis de identificar por causa da epífise de crescimento.

1ª falha de uma fratura é o hematoma.

Presença de edema no osso é sinal de fratura.

O exame de cintilografia é utilizado para detectar fratura por estresse ou patológica.

Apresentação clínica da fratura:

Inspeção: hematoma e deformidade;

Palpação: edema...

Avaliação do paciente:

Hemograma;

Gasometria;

Leucograma;

Exame físico: PA, pulso, FR, temperatura, ausculta, coloração, movimentação, cognição,
sensibilidade e força muscular.

Tratamento pode ser conservador (incruento): fratura fechada ou estável.

Tratamento cirúrgico (cruento): fraturas instáveis (desalinhadas), expostas e de ossos longos


com alto tempo de imobilização (para evitar que fique muito tempo).

A consolidação de fraturas pode ser primária ou secundária:

A primária é a que pode ser obtida cirurgicamente com a estabilização rígida da fratura, nela
ocorre invasão vascular diretamente no foco da fratura com formação óssea direta, sem
proliferação fibrosa ou cartilaginosa.

Já a secundária acontece naturalmente e passa pelas 3 fases (inflamatória, de reparação e de


remodelação):

Inflamatória: dura 7 dias;

De reparação: ocorre a formação do calo mole em 3 semanas e do calo duro entre 3-4 meses;
Remodelação: ocorre no 6° mês da consolidação secundária.

Osso que não precisa de muita carga, com fratura simples, a imobilização deve ser de 3-6
semanas, já osso que precisa de carga ou maior tempo de consolidação radiológica, deve ficar
de 3-4 meses.

Doença fraturaria: quando ocorre lesão do osso, partes moles, inflamação e alterações
vasculares. Perda das solicitações fisiológicas do osso, imobilização muscular e de partes
moles.

Osteossínteses: dispositivo com função de unir os ossos.

Princípios da AO – Associação de Osteossíntese (1979): redução anatômica dos fragmentos,


osteossíntese estável, preservação do suprimento sanguíneo e mobilização ativa precoce e
livre de dor (principal para os fisioterapeutas).

A estabilização pode ser feita por tutores ou por compressão:

Tutores:

 Gesso (não é osteossíntese);


 Haste;
 Fixadores externos;
 Placa-ponte;
 Fio de Kisner.

Compressão estática:

 Parafuso;
 Interfragmentário;
 Placa-parafuso.

Compressão dinâmica:

 Bandas de tensão.

Com a estabilização por compressão, 2 superfícies são comprimidas, permitindo pré-


carregamento e atrito, além da consolidação ser a primária (sem calo).

Fixador transarticular bloqueia a função da articulação.

Características das osteossínteses:

Fios de Kisner:

 Usada em ossos pequenos e em crianças.


 Alguns não consideram uma osteossíntese, por precisar de imobilização quando está
sozinho.
 Imobilização dura de 4-6 semanas.
 Movimento só após essas semanas.
 Descarga de peso após 3 meses.
 Quando aplicada de forma isolada, é uma osteossíntese provisória.

Parafuso:
 Usado em ossos pequenos e em fraturas com fragmentos grandes
(interfragmentários).
 Mobilização precoce (mas ter cuidado com o tornozelo).
 Descarga de peso tardia.
 Placa/parafuso:
 Fraturas na diáfise.
 Movimentação precoce.
 Descarga de peso progressiva (10-20% inicial, 50% de 4-6 semanas, 100% a partir das
12 semanas). Entre 10-20 semanas, utilizar muletas ou andador.

Banda de tensão:

 Utilizada em fratura de olecrano e de patela.


 Com a perda da patela, perderíamos 30-40% da força.
 É formada por 2 fios de Kisner e 1 de cerclagem.
 Mobilização precoce.
 Descarga progressiva (10-20% inicial, 50% de 4-6 semanas, 100% a partir das 12
semanas).

Haste intramedular:

 Fratura de diáfise.
 Mobilização precoce.
 Descarga de peso precoce.
 Cirurgia tem mais risco pois retira o tutano do osso.

Fixador externo:

 Provisório, utilizado em fratura externa.


 Promove o alongamento ósseo.
 Mobilização precoce (exceto em caso de transarticular fixa).
 Descarga de peso progressiva (no caso do Ilizarov, é precoce).
 Transarticular é indicado em fraturas próximas da articulação.

Após a cirurgia, algumas complicações podem ocorrer de maneira imediata ou tardia:

Complicações imediatas (aparição de um problema em até 72h): lesar outra estrutura,


exposição óssea, choque hipovolêmico, lesão articular, isquemia óssea, embolia, insuficiência
renal, lesão nervosa, óbito, síndrome compartimental.

Complicações tardias: distrofia simpático reflexa, retardo de consolidação, pseudoartrose


(quando não consolida), consolidação viciosa, ossificação heterotrópica, rigidez e fadiga do
material de síntese, embolia gordurosa (paciente com falta de ar, devemos solicitar
cintilografia), trombose venosa profunda.

Entorse: só lesa o ligamento e está dividida em 3 graus;

 Grau 1: estiramento;
 Grau 2: ruptura parcial;
 Grau 3: ruptura total.

Luxação: lesa o ligamento, a cápsula e ocorre uma perda da congruência articular.


Pode ser fechada, exposta, completa ou incompleta (subluxação).

Apresentação clínica: dor, impotência funcional, perda do contorno e perda das relações
normais dos ossos.

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