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Hospital Central da Beira

Rotação de Ortopedia e
Traumatologia
Estagio Integrado

Tema: Lesões dos Ligamentos do Joelho

Estudante: Tutor:
Sandra David De Agostinho Dr. Dario Fernandes
Dr. Olimpio Durão
04.07.2022
Beira, Julho de 2022 1
Conteudo
1. Introdução
2. Etiologia
3. Epidemiologia
4. Mecanismo de Lesão
5. Classificação
6. Quadro clinico e diagnostico
7. Tratamento
8. Complicacao
9. Bibliográfica

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Introdução
O joelho (articulação femoropatelar) é uma articulação em gínglimo ou
dobradiça. Por contar com pouca congruência entre seus componentes
ósseos, sua estabilidade é conferida por estabilizadores estáticos
(ligamentos) e dinâmicos (músculos).
A patela é o maior osso sesamoide do corpo humano. Todos os músculos do
quadríceps se inserem nessa estrutura.

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Estabilizadores estáticos
Tendão do quadríceps
 Ligamento patelar
 Ligamentos Cruzados
(Anterior e Posterior)
Ligamentos Colaterais
(Medial Colateral)

Estabilizadores dinâmicos
Reto femoral
Vasto medial
Vasto lateral
Vasto intermédio.
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Etiologia
Atividade física intensa (atletas)
Ausência de alongamento ou
aquecimento prévio a exercícios
Envelhecimento
Queda(Saltos)
Entorses
Obesidade
Uso de medicamentos ou antibiótico por
longo tempo ( desgaste dos ligamentos)
Infeções ( tendinites)
Sedentarismo
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Epidemiologia

E comum nas atividades físicas,


diárias, industriais, ergonômicos
e principalmente em colisões.
Corresponde a 50-60 ٪ de lesões
esportivas, na Europa, e que 3.5
a 10 ٪de traumas físicas tratados
nos hospitais causados por
futebol, frequente em adulto.A
lesão do LCA e Meniscal Medial
caracteriza 83,3 ٪.

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Ligamentos Colaterais
Responsáveis pela estabilidade medial e colateral do joelho.
Ligamento Colateral Medial
Anatomia Mecanismo
 9 cm de comprimento  Trauma Direto
 Estende-se do epicôndilo medial do fêmur ate  Rotacional
condilo medial e superior da tíbia
 Ligamento achatado
Divisão Clinica
 Superficial – resistência ao estresse em valgo  Dor de inicio imediato, precedida de ruido da
 Profundo – estabilidade ao estresse em valgo lesão ligamentar
Função  Instabilidade no joelho
 Estabilidade face medial  Edema ( comum lesão da capsula).
 Contribui com estabilidade na extensão completa
 Apoio estático ao estresse em valgo
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Ligamento Colateral Medial

Exame Fisico
 Palpação – pontos dolorosos com ou sem
derrame articulares.

Manobras Especificas
 Estresse em Valgo
• Em extensao – pesquisa lesão do colateral
medial cruzado
• Em Flexao de 30 ̊ - lesão do ligamento
colateral medial.

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Ligamentos Colaterais
Ligamento Colateral Lateral Mecanismo
 Trauma Direto Lateral
Anatomia
 Rotacional
 Tem 5 cm de comprimento
• LCM Forca Lateral lateralmente
 Estende-se para baixo a partir do • LCL forca dirigida medialmente
epicôndilo lateral do fêmur ate a face lateral Menor incidência de ruptura por ser mais
da cabeça da fíbula. resistência
Função
 Estabilidade a face lateral Clinica
 Apoio estático no estresse em VARO.  Dor de inicio imediato, seguida de ruido
 Instabilidade no joelho
Manobras Especificas
 Estresse em Valgo
• Em extensão – pesquisa lesão do colateral
lateral cruzado
• Em Flexão de 30 ̊ - lesão do ligamento
colateral
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Ligamento Colateral Medial e Lateral GRAU II
 De 1/3 a 2/3 das fibras
 Perda maior da função
 Dor a palpação localização
Classificação das leões (entorses):
 Derrame articular
Numero das fibras rompidas e instabilidade da
 Sem instabilidade ou frouxidão
articulação
 Incomum lesão de LCA associada
GRAU I
 Menos de 1/3 GRAU III
 Mínima Hemorragia e tumefação  Mais de 2/3 das fibras
 Dor a palpação localização  Perda maior da função
 Sem instabilidade ou frouxidão  Maior Dor a palpação
 Incomum lesão de LCA associada  Frouxidão demonstravel
 Comum lesão de LCA associada
GRAU I e II Isoladas – podem retornar imediatamente a atividade esportiva; GAU III -
raramente,
Derrame articular: tumefação (capsula integra), sem tumefação (capsula rompida) 15
Exames Complemantares

Ressonancia Magnetica
 Exame de escolha ligamentos colaterais

RX Simples
 Visualiza lesão crônica do LCM;

Artrometro
 Exame de escolha ligamentos colaterais

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Tratamento
 Diminuir a dor;
 Proteger contra novas lesões ( órtese em
manga, muletas, bengalas);
 Fortalecimento

 Tto Conservador : Grau I e II;


 Cirurgico III.
Sempre averiguar lesão associado do LCA antes
do Tto Cirurgico.

 Tto Conservador : Grau I e II:


 Fase I: AINES (ibuprofeno ou diclofenac) e
Imobilização por 5 dias.
 Fase II: Fortalecimento intensificado.
 Fase III: Sem desconforto a palpação e retorno da
função normal.
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Ligamentos Cruzados
Responsáveis pela estabilidade anterior e posterior do joelho.
Ligamento Cruzado Anterior
Mecanismo
Anatomia  Manobra de torção e desaceleração
 38mm de comprimento e 10mm de largura súbita(principal):
 Dividido em duas bandas  Manobra de torção e abdução em rotação externa;
 Se dirige para frente ate a inserção tibial  Manobra de rotação e hiperextensão;
partido da porção póstero-lateral  Manobra de torção e movimentos em varo com
intercondilea do fêmur rotação interna
 Suprido pela artéria genicular media
 Inervado pelo plexo poplíteo Clinica
 Estalo
Divisão  Dor súbita
 Duas Bandas  Incapacidade de continuar a atividade ou
Função apoiar no chao
 Impede a anteriorização da tíbia e estabiliza
as 04.07.2022
rotações. 18
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Ligamento Cruzado Posterior

Exame Fisico
 Derrame ( tumefacao em poucas
horas - hemartrose)

Manobras Especificas
 Teste de Lachman
 Teste da Gaveta Anterior
 Teste de Gaveta Ativo

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Ligamentos Cruzados
Responsáveis pela estabilidade anterior e posterior do joelho.
Ligamento Cruzado Posterior
Anatomia Mecanismo
 Origina-se na porcao anterior na face lateral  Forca dirigida posteriormente sobre a
do condilo femoral medial e insere-se no tíbia
dorso da tíbia  Hipertensão da perna
 38mm de comprimento e 13 mm de largura  Abdução e rotação externa
 Mais resistente que Anterior

Divisão Clinica
 Duas Bandas  Pode passar despercebida
Função  Cronicos- quadro similar a
 Impede o desvio posterior da tíbia sobre o Osteoartrite
fêmur;
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Ligamento Cruzado Posterior

Exame Fisico
 Dor Intensa a Palpação
 Derrame ( tumefação em poucas horas - hemartrose)

Manobras Especificas
 Teste da gaveta posterior
 Tete de Recurvatum (Instabilidade rotatória
postero lateral)

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Ligamento Cruzado Posterior

Classificação das leões (entorses): Diagnostico


Pelo teste de lachman  Rx Simples – Ap, Perfil, Ortostática e Túnel;
GRAU I: instabilidade de 3 a 6 mm  Artroscopia - melhor método para averiguar a
GRAU II: instabilidade de 6 a 9mm integridade do LCA;
GRAU III: instabilidade de 10 a 16 mm  RM – Método de escolha
GRAU IV: instabilidade de 16 a 20 mm  Artrômetro – quantifica o grau de deslizamento
da tíbia e fêmur
Quanto ao sentido da instabilidade
 Retas e Rotatórias

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Ligamento Cruzados

Fase Aguda:
 Fratura com impactacao do condilo lateral do
fêmur;

Fase Cromica:
 Aspecto mais fino das trabéculas horizontais
do osso sub condral medial;
 Na incidência de túnel pode ser mensurado o
índice condileano
 Lachman Rx e mais fidedigno
 RM melhor quando existe 3 lesões
concomitantes e suspeita de lesão condral.
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Tratamento
 Tto Conservador :
 Tto Conservador :  Lesões Leves: AINES (ibuprofeno ou
 Somente quando ha lesão ligamentar diclofenac) , PRICE e Imobilização por 5 dias.
isolada sem comprometimento de  Lesões Moderadas: LCA Reconstrução com
meniscos; tendão patelar apos 3 semanas da
 Reabilitação e Condicionamento; lesão( voltar a atividade 6 a 9 meses depois);
 Flexibilidade, Forca e Propriocepção  LCP Reconstrução baseada na evolução da
 Cirúrgico III. tendencia a posteriorizacao passiva da tíbia;
Movimento Funcional e Estabilidade  Lesões Graves: LCA Reconstrução ;
Comprometidos  LCP Reconstrução reforçada pelo tendão dos
músculos semitendineos
 Lesão Irreparável : reconstrução com enxerto
do terço médio do tendão patelar após 3
semanas da lesão

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Complicacoes

 Infeção
 Hematoma
 Necrose da Pele
 Artrose
 Rigidez do Joelho
 Derrame Prolongado
 Tendinite
 Fratura Patelar
 Hernia Muscular

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Obrigada
pela atenção dispensada!

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