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Efeitos deletérios da

imobilidade

PROF. GILVANEY GOMES


Mobilidade Normal

 Movimentação osteocinemática

 Movimentação artrocinemática

 Coordenação Neuromuscular
Causas da Hipomobilidade

 Traumatismo em tecidos moles, ossos e articulares.

 Cirurgias: artroplastias, reconstruções,


debridamentos, osteotomias e transferências.

 Cirurgias para afecções não ortopédicas.

 Doenças Neuromusculares.
Efeitos da hipomobilidade sobre músculo

 Atrofia.

 Diminuição da atividade elétrica.

 Redução da força muscular.

 Aumento de deposição de tecido conjuntivo e


gordura subcutânea.
Efeito da hipomobilidade sobre o tendão

 Redução do tamanho e do número de fibras


colágenas.

 Desorganização da orientação das fibras colágenas.

 Menor conteúdo de água e glicoaminoglicanos.


Efeito da hipomobilidade sobre ligamentos

 Redução da massa total de colágeno.

 Deposição aleatória de colágeno (aderências).

 Redução das propriedades mecânicas (força tensiva e


rigidez).
Efeito da hipomobilidade sobre a cartilagem

 Menor quantidade de proteoglicanos,


glicosaminoglicanos e ácido hialurônico.

 Perda progressiva de condrócitos.

 Esclerose do osso subcondral.

 Formação de osteófitos.
Efeito da hipomobilidade sobre o osso

 Perda de mineral ósseo.

 Redução da absorção (30%) e da formação (70%).

 Pode haver osteporose.


IMOBILISMO
Imobilismo
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Fraqueza muscular acomete em média 46% dos


pacientes internados em UTI. Nos casos de sepse
essa incidência pode variar entre 70 e 100%.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Definição: é uma axonopatia sensitivo-motora, que


leva à flacidez e fraqueza muscular dos membros e à
fraqueza nos músculos da parede torácica, podendo
ter ou não alteração dos reflexos profundos, da
sensibilidade superficial e profunda, e da dor nas
extremidades.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Fatores de risco
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)
 Fisiopatologia
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Alterações Neuromusculares na Polineuropatia

 Inativação do sarcolema com inativação dos canais


de Na, alterando a geração do potencial de ação.

 Perda de miosina com atrofia de fibras I e II.

 Função da mitocôndria prejudicada, menor


produção de ATP.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Morbidades relacionadas a CIPNM:

 dependência da ventilação mecânica invasiva (VMI),

 aumento do tempo de internação hospitalar,

 redução da qualidade de vida após a alta,

 necessidade de reabilitação por períodos


prolongados.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM

 O curso da doença é monofásica e autolimitada,


e a recuperação é geralmente boa em pacientes que
apresentem a forma leve à moderada da doença.

 A recuperação é boa, desde que a doença de base seja


controlada!!
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM

 Fraqueza muscular generalizada e o desmame difícil da


VMI.

 O exame neurológico deve incluir o nível de


consciência e a função cognitiva, a avaliação
dos nervos cranianos, da motricidade e
sensibilidade, dos reflexos tendinosos, da
coordenação motora, do tônus e do trofismo
muscular.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM


Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM

 Exames complementares: eletroneuromiografia e a


biópsia muscular.
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM


Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM

Critérios diagnósticos para CIPNM:


 1. fraqueza generalizada após a instalação de
doença crítica;
 2. fraqueza difusa, que envolve tantos músculos
proximais quanto distais, simétrica, flácida e que
geralmente poupa nervos cranianos;
 3. escore MRC menor que 48 pontos, visualizados
em duas ocasiões distintas, separadas por 24 horas;
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Aspectos da avaliação clínica e física da CIPNM

Critérios diagnósticos para CIPNM:


 4. dependência da VMI;
 5. outras causas de fraqueza muscular excluídas.
 Para ser estabelecida a presença de CIPNM, o
paciente deve apresentar, no mínimo, os critérios 1,
2 e 3, ou 4 e 5
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

Prevenção da CIPNM:

 Exercícios ativos;

 Suspensão diária da sedação e redução da infusão de


corticoesteróides e BNMs;

 Manutenção da homeostase dos eletrólitos;

 Adequado aporte nutricional;

 Evolução no desmame da VM.


Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Tratamento:

1) Teste diário do reflexos;

2) Mobilização Passiva (Neural Substrate for the effects


of passive training on sensoriomotor cortical
representation: a study with functional magnetic
resonance imaging in healthy subjects);

3) Cinesioterapia Motora Ativo assistida;

4) Eletroestimulação;
Polineuromiopatia do Paciente Crítico (CIPNM)

 Tratamento:

4) Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF);

5) Exercício resistido, controle de tronco e ortostatismo;

6) Deambulação.
Fraturas
• Conceito: Solução de continuidade em
ossos que fragmenta o mesmo em partes.

 Forças Físicas: Atuam no osso


para produzir uma Fratura
 Força Compressão
 Força de Cisalhamento
 Força de Tensão:
Angulação/Torção/Tração
Fraturas
Estrutura Óssea: Resistência do Osso

 Osso Cortical:
 Maior Resistência:
• Força de Compressão
• Força de Cisalhamento
 Menor Resistência
• Força de Tensão: Angulação, Torção ou
Tração

 Osso Esponjoso:
 Menor Resistência: Força de Compressão
(Esmagamento)
Fraturas
• Tipos de consolidação óssea

a) Primária
Fraturas
b) Secundária
Fraturas
• Sinais clínicos: dor, edema,
deformidades, crepitação, mobilidade
anormal e perda de função.
Fixação das Fraturas
Fraturas
• Sistemas de fixação:
- Talas/Gesso: sistema de repartição de cargas que
permite a transmissão de cargas através do foco
de fratura.
Fraturas
• Hastes intramedulares: sistemas de repartição
de cargas com formação de calo ósseo
(consolidação secundária)

• Permitem carga precoce

• Indicada para fraturas da diáfise do fêmur e tíbia

• Fixação rígida (evitar rotação no foco da fratura


em fraturas cominutivas)

• Fixação dinâmica
Fraturas
Fraturas
• Placas de compressão: placas metálicas retangulares
com superfícies curvas seguras por parafusos

• Sistema de proteção de cargas

• Processo de consolidação lento

• Indicado para extremidades superiores (ulna e


rádio)
Fraturas
Fraturas
• Fixador Externo: sistema de repartição de cargas,
onde os pinos são colocados distal e proximal da
fratura e se unem para conseguir a estabilização do
foco

• Permite certa mobilização

• Usado em ossos longos e Fraturas complexas


associadas a extensas lesões de partes moles.

• Alguns tipos de fraturas articulares


Fraturas
Fraturas
• Fio de Kirschner, pinos e agulhas metálicas:
dispositivos metálicos que permitem pequenos
movimentos do foco da fratura (consolidação
secundária)

• Utilizados em fraturas de tornozelo, patela,


metacarpos e olécrano
Fraturas
Referências

 Chiang LL, Wang LY, Wu CP, Wu HD, Wu YT. Effects of physical training on functional status in with
prolonged mechanical ventilation. Phys Ther, 2006; 86 (9): 1271-81.
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propriedades mecânicas do músculo esquelético. Rev Bras Eng Biomédica, 2002; 18 (2): 65-73.
 Lima SC, Caierão QM; Durigan JLQ, Schwarzenbeck A, Silva CA, Minamoto VB et al . Curto período de
imobilização provoca alterações morfométricas e mecânicas no músculo de rato. Rev Bras Fisioter,
2007; 11 (4): 297-302.
 Cancelliero KM, Dias CKN, Silva CA, Guirro RRJ. Imobilização altera o conteúdo de glicogênio e peso
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 Silva MR, Anzolin RM, Claro TC, Medeiros TC. EFEITOS DELETÉRIOS: ausência da cinesioterapia na
mobilidade articular em politraumatizado. Rev Fisioter Mov, 2008; 21 (2): 39-45.
 Hall CM, Brody LT. Exercícios Terapêuticos na Busca da Função. Rio de Janeiro: Guanabara; 2007.
 Magee DJ. Avaliação musculoesquelética. 4ª ed. Barueri: Manole; 2005.
 Wiles L, Stiller K. Passive limb movements for patients in an intensive care unit: A survey of
physiotherapy practice in Australia. J Criti Care, 2009; 25(3):501-8.
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prolonged mechanical ventilation. Phys Ther, 2006; 86 (9): 1271-81.

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