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ARTIGO ORIGINAL

Neurobiomecânica do nervo radial em diferentes posições

do membro superior: um estudo em cadáveres.

Neurobiomechanics of the radial nerve in different upper limb positions: a study on cadavers

Palavras-Chave: neuropatia radial, mobilidade de posição, anatomia

Key Words: Radial neuropathy, position mobility, anatomy

Marcelo Rodrigues da Cunha1

Jamile Caroline Garbuglio Araujo2
Bruna Portes2
Amilton Iatecola3
Lilia C F Iatecola3
Erivelto Luís Chacon4
Príscila Goulart Lauria Chacon1
Ricardo Noboro Isayama1

1
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ),
Jundiaí, São Paulo, Brasil.
2
Centro Universitário Nossa Senhora do
Patrocínio (CEUNSP), Itu, São Paulo, Brasil.
3
Laboratório de Anatomia, Centro
Universitário Nossa Senhora do Patrocínio
(CEUNSP/UNICSUL), Itu, São Paulo, Brasil.
4
Escolas Padre Anchieta (UniAnchieta),
Jundiaí, São Paulo, Brasil.
Autor Principal e Endereço.: Marcelo
Rodrigues da Cunha, Faculdade de Medicina
de Jundiaí, Rua Francisco Telles, 250, Cep:
13202-550, Vila Arens, Jundiaí/SP. (11-
45871095). Email: cunhamr@hotmail.com
Não existe conflito de interesses.
RESUMO
Os nervos periféricos do membro superior
apresentam mobilidade em relação aos seus
tecidos conectivos ao longo do seu trajeto
anatômico pelo canal neural e suas interfaces
que são os locais de relação com os tecidos
moles e ósseos. As alterações fisiopatológicas
como a formação de fibrose no tecido conectivo
podem ser responsáveis pela mudança do fluxo
sanguíneo além de provocar a diminuição da
capacidade de deslizamento do nervo dentro
dessas interfaces durante os movimentos dos
membros superiores, aumentando assim a
tensão neural, comuns em pacientes com
síndromes de superuso. Para avaliação clínica
desta situação, há os testes de provocação de
tensão neural para avaliar a presença de
restrição biomecânica do nervo quando
submetido às posições do membro superior que
provoca estresse neural periférico. Esta
pesquisa avaliou a morfologia e a topografia do
nervo radial em diferentes posições do membro
superior. Para isso foram utilizados 10
cadáveres com os membros superiores direitos
já dissecados. Os resultados mostraram que não
houve variação anatômica expressiva do canal
neural e morfologia do nervo radial nos
membros superiores dos cadáveres utilizados. O
alongamento máximo do nervo radial ocorreu
com o ombro em abdução (45º) e rotação medial
(45º), extensão de cotovelo (0º) e mão em

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Neurobiomecânica do nervo radial em diferentes posições do membro superior: um estudo em cadáveres - Marcelo Rodrigues da Cunha e cols.
adução (20º). Assim, conclui-se que pode haver
significativas alterações quanto à topografia do
nervo radial e tem posições do membro
superior que provocam estresse neural
periférico.
ABSTRACT
He peripheral nerves of the upper limb
show mobility in relation to their connective
tissues along their anatomical path through the
neural canal and their interfaces which are the
sites of relation with the soft and bony tissues.
Pathophysiological changes such as the
formation of fibrosis in the connective tissue
may be responsible for the change in blood flow
in addition to decreasing the nerve slip capacity
within these interfaces during movements of the
upper limbs, thus increasing neural tension,
common in patients with Overuse syndromes.
For the clinical evaluation of this situation,
there are the tests of neural tension provocation
to evaluate the presence of biomechanical
restriction of the nerve when submitted to the
positions of the upper limb that causes
peripheral neural stress. This study evaluated
the morphology and topography of the radial
nerve in different positions of the upper limbs
used in its clinical evaluation. For this, 10
cadavers were used with the right upper limbs
already dissected. The results showed that there
was no significant anatomical variation of the
neural canal and morphology of the radial
nerve in the upper limbs of the cadavers used.
The maximum radial nerve elongation occurred
with the abduction shoulder (45º) and medial
rotation (45º), elbow extension (0º) and hand in
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adduction (20º). Thus, it can be concluded that
there may be significant changes in the
topography of the radial nerve and have
positions of the upper limb that provoke
peripheral neural stress.
INTRODUÇÃO
A s s í n d ro m e s n e u ro c o m p re s s i v a s
periféricas do membro superior envolvendo o
nervo radial não são muito comuns na clínica
médica quando comparado as doenças que
afetam o nervo mediano. Porém, quando
presentes, podem trazer graves consequências
motoras e sensoriais ao membro superior
devido à perda de sua mobilidade ao longo do
1
trajeto anatômico .
O nervo radial origina-se do fasciculo
posterior do plexo braquial e a sua proximidade
com o sulco do terço médio do úmero torna-o
suscetível à lesão nas fraturas do braço, visto
que se encontra relativamente fixo nesta região
óssea2. Além disso, pode também ser lesionado
por esforços intensos do músculo tríceps
braquial uma vez que está relacionado com a
cabeça lateral do músculo tríceps braquial3. Na
região lateral do cotovelo, o nervo radial
localiza-se entre os músculos braquial e
braquiorradial dividindo-se em ramos profundo
e superficial. O ramo profundo está envolvido
na síndrome do músculo supinador enquanto
que o ramo superficial pode sofrer lesões por
traumatismos, tenossinovite de Quervain,
fraturas e cirurgias ortopédicas no trajeto deste
4
nervo .
Estudos com peças cadavéricas
observaram a lesão ou o deslocamento do ramo

Neurobiomecânica do nervo radial em diferentes posições do membro superior: um estudo em cadáveres - Marcelo Rodrigues da Cunha e cols.
superficial do nervo radial em 32% dos casos,
quando introduziram fios de Kirschner no
processo estilóide do rádio, ressaltando assim
os cuidados anatômicos das cirurgias de
5
fraturas de punho com fixação por fios de aço .
O s n e r v o s p e r i f é r i c o s a p re s e n t a m
mobilidade em relação aos seus tecidos
conectivos ao longo do seu trajeto anatômico
pelo canal neural e suas interfaces que são os
locais de relação dos nervos com os tecidos
6
moles e ósseos adjacentes . A importância da
mobilização neural periférica tem sido
enfatizada no tratamento clínico de pacientes
com síndromes compressivas nervosas. Teste de
provocação de tensão neural tem sido aplicado
para avaliar a presença de restrição
biomecânica do nervo quando submetido a
posições de estresse do membro superior
específicas para o teste7. Apelby-albrechtve et
al8 ao examinarem a localização dos nervos em
relação aos eixos articulares de movimento,
sugeriram que deveria ser possível desenvolver
técnicas que seletivamente estressassem os
nervos individualmente. Posteriormente, essas
técnicas foram aprimoradas por Guilk et al.9
que após estudar a neurobiomecânica do plexo
braquial elaborou manobras de tensionamento
para cada nervo. Assim para o nervo radial
sugeriu a depressão da cintura escapular com o
ombro em rotação medial e extensão, cotovelo
estendido e adução da mão. Respostas
anormais ao teste incluem a redução da
amplitude de movimento do membro superior
mediante a reprodução dos sintomas clínicos
como dor nas áreas inervadas pelo nervo
periférico testado9. Entretanto, nota-se nessas
pesquisas anteriores, uma escassez de
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informações referentes à morfometria e
topografia anatômica do nervo radial nas
diferentes posições no membro superior
adotadas na clínica. Essas informações são
necessárias para avaliar a neurobiomecânica
normal e patológica das síndromes nervosas
neurocompressivas durante o diagnostico bem
como nos cuidados cirúrgicos aos traumas do
membro superior. A maioria dos artigos estuda
10,11
o nervo mediano por ser o mais acometido .
O objetivo deste trabalho foi avaliar a
neurobiomecânica do nervo radial ao longo do
trajeto pelo seu canal neural em diferentes
posições do membro superior de cadáveres
humanos.
MÉTODOS
Foram utilizados dez cadáveres adultos
formolizados pertencentes ao laboratório de
Anatomia do Centro Universitário Nossa
Senhora do Patrocínio (CEUNSP/Itu/SP) e
da Faculdade de Medicina de Jundiaí
(FMJ/Jundiaí/SP). Neste estudo foi avaliado a
topografia e a morfometria do nervo radial
através da utilização do paquímetro Mitutoyo
de precisão 0,05 mm e um goniômetro Carci
para a padronização da amplitude de
movimento das articulações do membro
superior direito nas 3 posições estudadas que
foram: Posição anatômica (P1); Abdução de
ombro (45º) / rotação medial (45º) / extensão de
cotovelo (0º) / punho neutro (P2); Abdução de
ombro (45º) / rotação medial (45º) / extensão de
cotovelo (0º) / flexão de punho (60º) / adução da
mão (20º) (P3).
Para cada posição acima foram realizadas
30
Neurobiomecânica do nervo radial em diferentes posições do membro superior: um estudo em cadáveres - Marcelo Rodrigues da Cunha e cols.
as seguintes medidas:
1. Distância entre o ponto médio da
clavícula e o ponto de origem do nervo radial no
fascículo posterior do plexo braquial;
2. Distância entre o processo coracóide e o
ponto de origem do nervo radial no fascículo
posterior do plexo braquial;
3. Distância entre o nervo radial e o
epicôndilo lateral do úmero na fossa cubital;
4. Distância entre o ramo superficial do
nervo radial e o processo estilóide do rádio na
região do punho.
5. Distância do nervo radial desde a sua
origem no fascículo posterior até a sua
passagem pelo epicôndilo lateral do úmero;
6. Distância do ramo superficial do nervo
radial desde o epicôndilo lateral do úmero até o
processo estiloide do rádio.
Os graus de amplitude articular acima
padronizado foram baseados por uma prévia
análise da rigidez dos cadáveres utilizados
nesse trabalho.
RESULTADOS
Análise Anatômica. Não houve variação
anatômica expressiva do canal neural e
morfologia do nervo radial nos membros
superiores dos cadáveres utilizados nesta
pesquisa. Assim, o nervo radial, comumente,
originou-se tanto na região infraclavicular
quanto a axilar, a partir do fascículo posterior
do plexo braquial juntamente com o nervo
axilar. Na região medial do braço, o nervo
radial localizava-se inicialmente entre as
porções medial e longa do músculo tríceps
braquial, acompanhado da artéria braquial
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profunda e em seguida, perfurava a porção
lateral do músculo tríceps braquial. Notou-se
também a passagem do nervo radial pelo
intervalo triangular delimitado pela borda
inferior do m. redondo maior e as cabeças
lateral e longa do músculo tricipital. Na região
distal e póstero-lateral do braço, o nervo radial
situava entre os músculos braquial e
braquiorradial e logo em seguida dividia-se em
ramos superficial e profundo, lateralmente a
aponeurose bicipital e mantendo relação
topográfica com os músculos braquiorradial e
supinador, respectivamente (figura 1). O ramo
profundo direcionava-se para a região
posterior do antebraço, adjacente a margem
inferior do músculo supinador e as artérias
interóssea posterior e recorrente interóssea,
distribuindo-se por ramificações para a
musculatura extensora da mão e dedos. O ramo
superficial percorreu inferiormente o músculo
braquiorradial tornando-se superficial na tela
subcutânea no terço distal e lateral do
antebraço e entre os tendões de inserção dos
músculos braquiorradial e extensor radial
longo do carpo. Em seguida, este ramo
superficial projetou-se, juntamente com o ramo
dorsal da artéria radial, para a tabaqueira
anatômica delimitada pelos tendões de inserção
dos músculos abdutor longo do polegar e
extensor longo do polegar (figura 1). Na
posição P1 do membro superior, o nervo radial
apresentou-se relaxado ao longo do seu canal
neural no braço e antebraço (Posição
anatômica). Na posição P2, ocorreu o
estiramento do nervo radial no braço devido ao
movimento de abdução de ombro (45º), rotação
interna de ombro (45º), extensão de cotovelo
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Neurobiomecânica do nervo radial em diferentes posições do membro superior: um estudo em cadáveres - Marcelo Rodrigues da Cunha e cols.

(0º) e punho neutro. Na posição P3, notou-se o

nervo radial em alongamento máximo no braço,
cotovelo e antebraço devido aos movimentos de
abdução de ombro (45º), rotação interna de
ombro (45º), extensão de cotovelo (0º) e desvio
ulnar (20º). Entre as posições, a maior tensão
do nervo radial ocorreu durante a sua
passagem pela fossa axilar (figura 2).
Figura 3: Morfometria das medidas encontradas
para o comprimento do nervo radial nas posições
P1, P2 e P3. Mesmo não havendo diferença
significativa, nota-se maior estiramento do nervo
radial na P3.

Figura 1. Trajeto do nervo radial (setas) nas regiões:
axilar (A- B), Intervalo triangular da região posterior
do braço (C), lateral do cotovelo (D), lateral e distal
do antebraço (E), posterior do antebraço (F) e
tabaqueira anatômica do dorso da mão (G). Em A,
nota-se o nervo radial (seta) originando do fascículo
posterior do plexo braquial (FP) juntamente com o
nervo axilar (NA). Em C, o nervo radial (seta)
acompanhado pela artéria braquial profunda. Em D,
o nervo radial entre os músculos braquial (B) e
braquiorradial (BR) e dividindo-se em ramos
superficial (RS) e profundo (RP). Indicados: Cabeça
lateral (TBCl) e longa (TBCLo), ERLC (m. extensor
radial longo do carpo), S (m. supinador), ARI (a.
recorrente interóssea), TA (tabaqueira anatômica),
AR (a. radial), ELP (m. extensor longo do polegar).
A n á l i s e M o r f o m é t r i c a . O s v a l o re s
encontrados para o comprimento do nervo
radial nas posições P1, P2 e P3 foram
respectivamente 51.35±2.3; 53.05±1.95;
54.55±2.63, não havendo diferença estatística
dessas medidas entre as posições adotadas
(figura 3). Ao comparar as posições P2 e P3
com a P1, notou-se aumento de 3 a 4% da tensão
do nervo radial. Apesar do percentual ser
pequeno e estatisticamente não significativo,
qualquer grau mínimo de estiramento no nervo
pode comprometer a sua fisiologia neural como
o transporte axoplasmático.

DISCUSSÃO

Lesões no membro superior ou lesões que

Figura 3. Imagens macroscópicas do nervo radial
(setas) na região axilar do cadáver nas posições do
membro superior adotadas (P1, P2, P3) nesta
pesquisa. Nota-se relaxamento do nervo radial
(setas) em P1 e o seu tensionamento progressivo
em P2 e P3.
acometem o plexo braquial podem ocorrer
como resultados de traumas, inflamações e/ou
bloqueio do plexo braquial, assim como
também em alguns procedimentos cirúrgicos no
membro superior e fraturas ósseas. Lesões no
membro superior que acometem os nervos

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periféricos são comuns e podem ocasionar cistos podem comprometer o nervo radial,
graves déficits com consequências ocasionando quadro de diminuição total ou
12
socioeconômicas . parcial da sensibilidade na área correspondente
Alguns dos nervos são mais facilmente ao seu trajeto22-24. Alguns autores sugerem que a
lesionados devido a sua localização anatômica pré-disposição do nervo radial em desenvolver
que os tornam vulneráveis a traumas e doenças neuromas com um quadro doloroso mais
ocupacionais. Entre os nervos mais comumente importante do que os demais nervos dessa
comprometidos, estão o mediano, ulnar e região se dá pelo fato deste nervo estar fixado
13
radial . Por isso, é necessária uma sob a fáscia muscular, o que pode levar a um
compreensão precisa das estruturas anatômicas estiramento e consequente
do membro superior e do plexo braquial, bem irritação durante os movimentos de flexão e
22-25
como as variações anatômicas que podem adução da mão . Dados semelhantes foram
14,15
ocorrer . A variação da formação dos ramos encontrados em nossa pesquisa visto que na
do plexo braquial, assim como o seu curso e posição P3 notou-se o nervo radial em
distribuição são achados comuns e relatados alongamento máximo no membro superior.
16,17
por muitos autores . Além dos fatores externos como as lesões
Em estudo realizado em 50 membros superiores cirúrgicas, outros fatores como a capacidade
de cadáveres indianos, foram encontrados elástica dos músculos, a amplitude articular e a
ramos do nervo radial para o músculo braquial extensibilidade do sistema nervoso, podem
18
em 88% dos casos . Outras pesquisas interferir na função do nervo radial, limitando a
encontraram entre 65 a 100% de ramos do amplitude de movimento26. Dentre esses fatores
nervo radial para o compartimento posterior a lesão nervosa é a que mais pode comprometer
19,20
dos músculos do braço , o que mostra que a negativamente, agindo diretamente nas
topografia do nervo radial pode ter importantes estruturas que recebem a inervação, alterando a
variações anatômicas durante o seu trajeto e função27.
desta maneira pode estar relacionados com Para se determinar o envolvimento do
algumas síndromes neurais. Apesar disso, o sistema nervoso nessas lesões, são utilizados
nervo radial é comumente lesionado nos testes de tensão neural com o objetivo de
traumatismos, devido sua proximidade com o proporcionar um aumento do estresse mecânico
20,21
úmero . Além dos traumatismos na região do nesses tecidos durante sua amplitude de
27
braço, a região distal dorsal do antebraço e o movimento . Esses testes são considerados
punho são locais comuns para procedimentos positivos quando além da limitação de
cirúrgicos. movimento apresentar também quadro álgico.
Situações como fraturas, luxações, Examinando a localização dos nervos em
tenossinovectomias, tenorrafias e retirada de relação aos eixos articulares de movimento,

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Kenneally e colaboradores 28 sugeriram a movimentos de abdução e rotação medial de

possibilidade de desenvolver técnicas que ombro, extensão de cotovelo, flexão e adução da
estressassem os nervos individualmente. A mão de punho, sendo a mais indicada para o uso
partir disso, Buttler aprimorou as técnicas das técnicas manuais de avaliação
anteriormente aplicadas e estudando a neurobiomecânica deste nervo estudado.
neurobiomecânica do plexo braquial e
desenvolveu manobras de tensionamento para AGRADECIMENTOS E SUPORTE
cada nervo periférico. Para o nervo radial, FINANCEIRO
sugeriu o movimento de depressão da cintura Centro Universitário Nossa Senhora do
escapular com ombro em rotação medial e Patrocínio (CEUNSP/UNICSUL) e Faculdade
extensão, cotovelo estendido e adução da mão2. de Medicina de Jundiaí.
Shacklock26 sugeriu a aplicação de uma tração
ao longo do braço estendido associando REFERÊNCIAS
abdução. Em um teste semelhante Frykolm28
indicou acrescentar a flexão lateral da cabeça 1. Mclellan DL, Swash M. Longitudinal

do lado oposto do nervo do plexo braquial sliding of the median nerve during movements of

avaliado. the upper limb. Journal of Neurology,

Entender esses mecanismos restritivos da Neurosurgery & Psychiatry. 1976; 39(6): 566-
mobilidade neural se tornou um desafio na área 70.
clínica29. O movimento e o deslizamento do 2. Butler DS, Gifford L. The concept of

nervo periférico dentro de seu canal neural são advance mechanical tension in the nervous

importantes no tratamento clínico de pacientes system. Physiother. 1989; 75: 629-36.

com síndromes compressivas nervosas. Assim, 3. Kim JW, Kyun KT, Hyun KS, Je KH, Hyun

testes de provocação de tensão neural devem ser PJ, Chan LY, et al. Radial Nerve Palsy after

aplicados para avaliar a presença de restrição Arthroscopic Rotator Cuff Repair Caused by

biomecânica do nervo quando submetido às Functional Abduction Brace. International

posições específicas do membro superior30. Com Journal of Orthopaedics. 2015; 2(3): 328-32.

o objetivo de um diagnóstico mais preciso 4. Magalhães MJS, Correia AAC, Cruz

quanto as neuropatias periféricas, os testes de EAS, Veloso Santos FCV, Filho JAA, Lourdes

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importante na avaliação clinica pois o mediano: uma revisão de literatura. Brazilian

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os sintomas clínicos de uma neuropraxia31.
A posição do membro superior que provoca lesões neurovasculares do rádio distal após a

maior tensão no nervo radial associou os fixação com fios de Kirschner: Uma meta-

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