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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

AGE GATE TERAPY "AGER"


Age Gate Emotional Release, riflessologie
regressive antitraumatiche Fiore Iride

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

Lições da Universidade de Urbino - Itália

BASES NEUROLÓGICAS DA
CRONOTOPIA VERTEBRAL
Por Cristiano Massaro

INTRODUÇÃO
Uma das mais revolucionárias concepções da relação que liga o homem à
sua doença é a evolução do modelo anatômico somatotopico, puramente
espacial, ao modelo cronotópico, observado e analisado pela teoria da
relatividade. Com este termo designa-se, na medicina, a integração da
dimensão tempo nos processos fisiopatológicos, dimensão que
primariamente introduz e contribui na explicação da variabilidade do
surgimento de grande parte dos complexos sintomatológicos ou doenças
em sujeitos caracterizados por uma determinada OPI (Orla Pupilar Interna)
correspondente ao seu DNA. Em segundo lugar, o processo de integração
desta dimensão permite a coerência entre os eventos traumáticos primários
(psíquico, além do físico), previstos pelas circunstâncias em que se
verificou o mesmo (starter shock, do qual o organismo conserva a memória
em analogia com os fenômenos na base da imunidade, por exemplo), e o
repetir-se da mesma sintomatologia (ou de sucessivas complicações) ao
reapresentarem-se as mesmas circunstâncias (promoter shock).
Retomando conceitos formulados na primeira metade do século passado
por G. Calligaris. Vincenzo Di Spazio, Clodoaldo Pacheco, Silvano
Sguario, Daniele Lo Rito e Lucio Berillo sustentam em trabalho a
existência de chaves de acesso à dimensão tempo em correspondência com
particulares pontos de repere, distribuídos em várias estruturas anatômicas,
e introduz o conceito de “noz-receptor modificado”, isto é, o receptor
descoberto na espessura da cútis que consente a recuperação da dimensão
tempo como parte do elemento psíquico (e psicológico) do trauma ou da
patologia em gênero. Agindo sobre estes pontos é possível reformular a
abordagem terapêutica à doença, agindo também sobre o fator psíquico
removendo as valências negativas que o condicionam à cíclica
reapresentação.
O propósito do presente trabalho é fornecer elementos de discussão e
interpretação de um modelo multidimensional (ao menos quatro
dimensões) do reflexo crono-espacial, responsável pela ativação dos
fenômenos físicos a partir de um estímulo de caráter psíquico, que justifica
a máxima parte de afecções interpretadas como psicossomáticas.

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NEUROANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL


De cada um dos lados da medula espinhal nascem os nervos espinhais (ou
raquidianos), que fornecem inervações ao tronco e aos membros.

Secção da coluna vertebral

Aorta Corpo vertebral


Gânglio simpático Gordura no espaço epidural
Raiz anterior Dura madre
Ramos comunicantes Aracnóide
Nervo espinhal Espaço subaracnóideo
Ramo anterior do nervo torácico Pia madre
Ramo posterior do nervo torácico Medula espinhal
Gânglio espinhal Pulmão
Raiz posterior Pleura
Garra medial do ramo posterior
Garra lateral do ramo posterior

Estes são 33 pares, dispostos em série regular e correspondente à origem


metamérica: são dotados seja com fibras aferentes, seja com fibras
eferentes (nervos mistos). Do ponto de vista topográfico reconhecemos 8
pares de nervos cervicais (o primeiro dos quais passa entre o occipite e o
atlas, o oitavo entre a sétima vértebra cervical e a primeira torácica), e a
seguir 12 pares de nervos torácicos (ou dorsais), 5 pares de nervos
lombares, 5 pares de nervos sacrais (o último dos quais passa entre o sacro
e cóccix) e 3 pares de nervos coccígenos, dos quais somente um deles se
desloca a periferia. Portanto o número ordinal do par de nervos espinhais
(com exceção dos nervos cervicais nos quais ocorre o inverso e, para o
oitavo par, não existe correspondência numeral), corresponde àquele da
vértebra precedente (isto é, o primeiro nervo torácico passa entre a primeira
e a segunda vértebra torácica).
Os nervos espinhais são compostos por duas raízes, anterior e posterior. A
primeira se origina através do sulco lateral anterior da medula espinhal, e se
forma por uma sucessiva condensação de filamentos radiculares (dispostos
em duas ou três filas verticais) em radículas, convergentes lateralmente
entre eles até formar a raiz anterior. A raiz posterior, ao invés, se insere no
sulco lateral posterior da medula, subdividindo-se em uma dezena de
filamentos radiculares (dispostos também estes verticalmente); este, além

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do mais, apresenta um gânglio intercalado no seu percurso, e contido no


furo intervertebral.
As fibras que formam a raiz anterior são prevalentemente de tipo somático
eferente (vão aos músculos voluntários), e se acompanham das fibras
viscerais eferentes (pré-glangliares, vão às glândulas e aos músculos lisos).
Na raiz posterior, ao invés, encontramos prevalentemente fibras somáticas
aferentes, sensitivas, provenientes do gânglio espinhal e diretas à medula
espinhal e a medula alongada (oblonga); a estas se acrescentam fibras
simpáticas aferentes. A raiz posterior é mais volumosa que a raiz anterior
cerca de 3 vezes, com a exclusão do primeiro nervo cervical, no qual a raiz
posterior é rudimentar. Podem existir anastomoses entre as raízes
homólogas de dois nervos próximos e arcadas anastomóticas horizontais
entre a raiz anterior e raiz posterior.
A união das duas raízes ocorre distalmente ao gânglio espinhal, sempre a
nível do furo intervertebral. No adulto, para as raízes dos primeiríssimos
nervos cervicais a direção é horizontal, para os outros nervos espinhais, em
relação a disposição deles no sentido crânio-caudal; a obliqüidade das
raízes para baixo e o exterior aumenta progressivamente, tanto que a nível
dos últimos nervos cervicais a distância entre a emergência da medula e o
furo intervertebral corresponde a uma vértebra aproximadamente, para os
nervos torácicos esta distância é de duas vértebras; para os nervos
lombares esta aumenta regularmente entre duas e cinco vértebras, para as
sacrais e o primeiro cóccix entre seis a dez vértebras. Da união das duas
raízes nasce o tronco do nervo espinhal, que na saída do furo intervertebral
se divide em um ramo anterior e um ramo posterior, menor em todos os
nervos espinhais com a exclusão dos primeiros dois cervicais: ambos os
ramos são nervos mistos enquanto o tipo de inervação. No nosso caso o
interesse é pelo ramo posterior, pela sua distribuição seja aos músculos
espinho-dorsais que à cútis do dorso, ainda que as vértebras sejam
inervadas internamente também pelo ramo meníngeo (ou recorrente) e pelo
ramo anterior.
Normalmente os ramos posteriores dos nervos espinhais são independentes,
isto é, não formam anastomoses como os ramos anteriores; isto significa
que a inervação sensitiva das regiões dorsais é referencial singular do nervo
espinhal. Além do mais, possuem disposição regular e caracteres
totalmente sobrepostos: tipicamente o ramo posterior, depois da sua
origem, se dirige para trás, passando entre dois processos transversais,
externamente à base do processo articular superior e no interior do
ligamento cérvico-transversário superior. Alcançados os músculos da
ducha vertebral, se divide em uma banca medial e em uma lateral: ambas as
bancas inervam os músculos do dorso, enquanto a cútis chega somente até
à banca medial na metade superior do tronco, a banca lateral na metade
inferior.

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Em relação à topografia muscular e cutânea, o metâmero inervado é


geralmente disposto caudamente em relação ao furo intervertebral de
emergência: na proximidade das apófises espinhosas passam ramificações
pertencentes prevalentemente à banca medial.

OS RECEPTORES SOMATOSENSORIAIS

Os receptores somático-sensoriais são divididos em diversos tipos:

a) Mecanoreceptores: corpúsculos lamelosos de Pacini, discos de


Merkel, corpos de Meissner, corpúsculos de Ruffini e terminações
nervosas livres.
b) Termoreceptores: receptores para o calor e para o frio.
c) Nozceptrores: mecanoreceptores de marco/limiar elevado e
nozceptores polimodais.
d) Proprioceptores: eixo neuro-musculares e órgãos músculo-tendineos
de Golgi.

São próxicetores (receptores próximos) altamente sensíveis, com dimensão


média de aproximadamente 2 x 0,5 mm, situados sobretudo na
profundidade do derma, ao longo dos nervos da mão e do pé, nas cápsulas
articulares, no mesentério. Esses recobrem as terminações nervosas com
grandes células semelhante-fibroblasticas, que formam um conjunto de
lamelas de conectivo fibrilar denso, que cerram a linfa nos interstícios;
quando se exercita uma pressão, a linfa se redistribui e transmite a energia
rapidamente (ou completamente), e respondem melhor às vibrações
nervosas de tipo A, mielínicas de grande calibre.

Discos de Merkel (corpúsculos ederiformos de Merkel)


Os discos de Merkel são receptores do tato, também estes localizados
profundamente no derma, especialmente nas palmas das mãos e nas plantas
dos pés. Os discos de Merkel e uma terminação nervosa especializada, que
perde o revestimento mielínico quando penetra no estrato basal da
epiderme. Esta terminação nervosa livre forma um disco (menisco tátil),
que se mete em contato com a célula de Merkel através uma junção
semelhante a uma sinapse. Os discos de Merkel adaptam-se lentamente (ou
incompletamente) e estão associados às fibras de tipo A. Os corpos de
Meissner são receptores do tato e da pressão superficial, localizados
preferencialmente nas papilas do derma das falanges, da palma, das plantas
dos pés e nos mamilos. São de forma elipsoidal e estão contidos em uma
série de espiras entre elas anastomizadas, derivantes da fibra nervosa (de
tipo A) que perde a guaina(bainha) mielínica no ato da penetração do

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corpúsculo. Os corpos de Meissner adaptam-se rapidamente (ou


completamente).

Corpúsculos de Ruffini
Os corpúsculos de Ruffini, que se encontram no derma, respondem à
pressão e ao estiramento da pele. São constituídos por uma cápsula sutil,
que é a continuação da guaina/bainha de Henle de fibra nervosa aferente, e
por um retículo interno de filamentos nervosos, derivados pelo cilindrasse
nu da mesma fibra, em uma matriz fibrilar. Os corpúsculos de Ruffini
adaptam-se lentamente (ou incompletamente) e são associados às fibras de
tipo A.

Terminações nervosas livres


Essas são distribuídas em todo o corpo. Encontram-se abaixo do epitélio
como plexos de fibras amielínicas ou escassamente meilinizadas; perdem a
mielina quando penetram no epitélio e ramificam-se entre as células
epiteliais. Podem cobrir vastas áreas de cútis, que se sobrepõem em parte
com as áreas servidas por outros nervos. As terminações nervosas livres
são receptores da dor, táteis, de pressão e de temperatura, e estão
associados às fibras C.

Termoreceptores
Os termoreceptores revelam a temperatura da pele: encontram-se no derma
e estão associados às fibras Aō. Os termoreceptores revelam a temperatura
da pele: encontram-se no derma1 e C, amielínicas e a baixa velocidade de
condução (0,5-2 m/seg-1). Existem duas categorias de receptores, aqueles
para o calor e aqueles para o frio. Ambos se adaptam lentamente (ou
incompletamente), possuem atividade tônica e territórios bem definidos que
não se sobrepõem.

Os dois tipos de receptores são diferentes:

a) os receptores para o frio estão distanciados entre eles 5-10 mm, e o


optimum de funcionamento se tem a 27o C;
b) os receptores para o calor estão distanciados entre eles 10-15 mm, e
o optimum de funcionamento se tem a 45 o C (fig. 3).

Os receptores para o frio respondem de modo não adaptativo mesmo em


temperaturas muito altas. Este estímulo transitório pode levar a uma
sensação paradoxal de tocar, se tocar algo de muito frio.

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Nozcetores
Os nozcetores respondem a estímulos que ameacem ou danifiquem o
organismo. Existe uma grande diferença entre nozcepção e dor: a primeira
é a recepção de sinais evocados pelos receptores especializados que
fornecem informações sobre danos nos tecidos; o segundo é a percepção
subjetiva de uma sensação que se origina em uma região específica do
corpo. Existem dois tipos principais de nozceptores, os mecanoreceptores
de marca/limiar elevado (HTM) e os nozceptores polimodais (PM). Para
compreender como funcionam os nozceptores, basta dizer que os HTM
entram em ação, por exemplo, quando se pisa sobre um prego, como
resultado o pé se retrai e diminui o risco de dano físico, enquanto os PM
dão um sinal mais longo, tendente a limitar o uso da parte danificada. A
modulação da transmissão de respostas nozceptivas ocorrem no corno
posterior da medula espinhal é um fator importantíssimo. Essa pode
acontecer através da estimulação das fibras A dos mecanoreceptores
cutâneos (o que explica porque massagear uma zona dolorosa acarreta
alívio) ou então pela liberação de opioideos endógenos (encefalinas,
endorfinas e dimorfinas) por parte do tronco encefálico.

Proprioceptores
O mecanismo proprioceptivo está ligado a sensação de movimento das
articulações; esta função é mediada pelos corpúsculos de Ruffini, mas
sobretudo pelos fusos/eixos neuro-musculares e pelos órgãos músculo-
tendinosos de Golgi.

Eixo neuro-muscular
Os eixos neuromusculares são proprioceptores fusiformes, longos cerca 1-4
mm dotados de cápsula formada por fibroblastos. Encontram-se nos
músculos estriados, mais numerosos próximo no topo tendinoso do
músculo, e estão associados às fibras 1a.

Órgãos músculo-tendinósos de Golgi


Encontram-se também esses prevalentemente nas junções tendino-musculo,
e também essas são estruturas encapsuladas. A diferença dos fusos neuro-
musculares, que reagem ao estiramento dos músculos, os órgãos de Golgi
reagem a pressão exercitada sobre o tendão. Estão associados às fibras 1b.

Adaptação
A adaptação (ou acomodação) é uma propriedade característica dos
receptores somatosensoriais, e coexiste em uma progressiva diminuição da
freqüência dos potenciais de ação, não obstante a manutenção da
despolarização, em resposta a um estímulo constante. Isto ocorre quando
um certo número de canais de Na+ são rapidamente desativados pela

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polarização, que ao mesmo tempo abre os canais de K+: isto é, torna as


células maiormente refratárias ao estímulo. A adaptação pode ser devido
também a uma hiper-polarização induzida por uma progressiva ativação
dos canais de K+ Ca2+ -dependentes.
Os receptores somatosensoriais podem adaptarem-se lentamente (ou
incompletamente) ou então, rapidamente (ou completamente). No primeiro
caso, um estímulo persistente produz uma descarga prolongada e repetitiva
no neurônio aferente primário. O mesmo estímulo, ao invés, produz
somente poucas descargas nos receptores da rápida adaptação. A adaptação
pode acontecer em fases diversas da transdução do sinal: ao nível da
membrana, de transdução primária (isto é, quando a energia vem
transformada em quantidade variável em sinal eletrônico), de sinapse (isto
é, quando são liberados os neurotransmissores).

O ESQUEMA TEMPORAL DA COLUNA VERTEBRAL


Analogamente a outras estruturas corpóreas (íris, cabeça, joelho), estudadas
por diversos autores (De Spazio, Lo Rito, Clodoaldo Pacheco) como
conjunto de referências cronológicas, também a coluna vertebral (ou
melhor, a parte móvel desta) é um mapa sobre o qual se fixam, usando as
palavras de Di Spazio: “... os sinais que chegam da esfera do subconsciente
(cérebro límbico e neo córtex) e que podem ser atentamente pesquisados
mediante a leitura precisa do tegumento”.
Essa, além do mais, está situada sobre a diretriz da banda longitudinal
mediana do corpo, estudada por Calligaris, que poderia constituir o
conjunto/complexo integrado, entre outros, de representação da consciência
e do subconsciente, e não somente das referências cutâneas do espaço e do
tempo.
Estes estudos consentem a representação do mapa cronológico construído
através da íris e sobre a coluna vertebral, que encontra a correspondência
entre a vértebra e a idade da vida em um ciclo concluído e repetitivo. No
sentido crânio-caudal, a primeira vértebra cervical corresponde ao primeiro
ano de vida, a cada uma das vértebras cervicais sucessivas um par
consecutivo de anos compreendido até o 13o ; às vértebras torácicas e
àquelas lombares corresponde um ano, até o 30 o . Daqui se percorre em
sentido inverso usando o mesmo procedimento, de modo tal que a L5
corresponde ao 31o ano de idade e a primeira cervical ao 60 o ano; para os
anos sucessivos recomeça-se o ciclo.
Topograficamente falando, a área (cronoponto) que hospeda a estrutura
receptora está localizada sobre a apófise espinhosa de cada uma das
vértebras e possui uma forma grosseiramente circular com diâmetro de 5-
10 mm. Esta área pode ser utilmente subdividida em seis setores,
sobrepostos dois a dois, correspondentes ao emisoma esquerdo e direito na
leitura horizontal dos mesmos, como também para as zonas cranial,

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torácica e caudal na leitura vertical. A apófise espinhosa, por isto, vem a


ser uma coordenada temporal e uma coordenada somática: como veremos,
a digitopressão evoca uma sensação não neutra, em respeito a lei de
lateralidade (que nos impõe falando sempre e de um lado direito e de um
lado esquerdo, também em órgãos ou membros semelhantes), é possível
um envolvimento reflexo de estruturas pertencentes ao emissoma direito ou
ao emissoma esquerdo, e ligadas a um particular distrito.

A HIPÓTESE DOS NOZCETORES MODIFICADOS E O FENÔMENO


DO CRONOREFLEXO
Normalmente o cronoponto, se estimulado com a digitopressão e gel
especifico de média intensidade operada na direção perpendicular ao plano
cutâneo por 3-5 segundos, não evoca nenhuma particular sensação: se na
vida do paciente existe um evento de tipo procotraumático, a digitopressão
operada sobre o cronoponto correspondente a idade de surgimento do
evento dará, ao invés, origem a uma sensação não neutra, hiperestésica
(cronoreflexo, de tipo crono-espacial), que pode ser semelhante a dor
provocada por uma pontada ou a uma termoestesia, acompanhada por um
avermelhamento cutâneo mais persistente. A esta sensação pode
acompanhar-se o fenômeno da reverberação hiperestésica, isto é, a
irradiação periférica da hiperestesia (por exemplo: estímulo a D7 e a
sensação se transmite ao pé esquerdo), que pode chegar a uma espécie de
mímica de uma patologia recorrente da qual o paciente não sabe explicar a
gênese e que pode ser, portanto interpretada como conseqüência de um
evento psicotraumático. Somente a remoção deste ultimo conduzirá a cura
do paciente. Entre outros, estes pontos de reverberação periféricos podem
também doer espontaneamente, sem referência a um preciso momento
desencadeador. Evidencia-se, como em um certo número de casos, que a
digitopressão dê êxito positivo em correspondência não com a idade de
surgimento do distúrbio referido como atual, mas sim em correspondência
com a idade na qual o distúrbio apareceu pela primeira vez relacionado a
um evento psicotraumático do qual o paciente pode não guardar nenhuma
recordação, e dessa forma encontramos através do tecido cerebral (irideo)
as marcas do primeiro evento. Pode-se portanto supor a existência, em
correspondência com os cronopontos, de nozceptores que, além do
estímulo traumático (para o qual pode corresponder também a um trauma
psíquico), estão prontos para fornecer indicações acerca a época na qual
este estímulo apareceu.
As funções destes receptores, que Di Spazio e Clodoaldo Pacheco chamam
de cronopsicoceptores primários, são, portanto aquelas de:

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a) fixar a nível cutâneo a memória do estímulo psicalgico;

b) fixar a correspondência crono-espacial entre estímulo psicalgico e a


idade de surgimento;

c) ativar um arco reflexo particular (crono-reflexo);

d) catalizar a tradução do cronoreflexo em fenômenos psicossomático.

A TEORIA DA FIXAÇÃO DO CRONOREFLEXO

O reflexo espaço-espacial é o reflexo neurológico classicamente


compreendido. No esquema basilar associa sempre dois pontos e sempre os
mesmos em todos os seres humanos e em condições fisiológicas. O
percurso da associação pode ser interrompido por causas patológicas
(traumas, acidentes vasculares, fenômenos degenerativos) ou vice-versa,
pode ser reconstruído ou modificar-se em fase de
represtino/renovação/reconstituição: isto indica uma certa plasticidade do
sistema, comprovada pela experiência e utilizada na recuperação da
habilidade perdida, por exemplo, no caso de ictus. Neste caso a plasticidade
é intrínseca ao sistema e se ativa no momento do trauma. Os reflexos
crono-espaciais fazem parte de um sistema diferente, muito mais complexo
e próprio de cada singular paciente. Neste sistema a plasticidade é uma
característica sim intrínseca ao sistema, mas que vem perdida em parte no
momento do trauma. Os reflexos crono-espaciais fazem parte de um
sistema diverso, muito mais complexo e próprio de cada um dos pacientes.
Neste sistema a plasticidade é uma característica intrínseca mesmo ao
sistema, mas que é perdida em parte no momento do trauma.
Trata-se portanto de um sistema plástico até o momento em que um
singular reflexo não é fixado (reaparece o conceito de memória!) em
relação ao trauma, também e sobretudo na sua componente emocional, na
idade de surgimento e nas referências somáticas. Naquele ponto se
concretiza o reflexo, que portanto corresponde e aparece somente em
situação patológica. Isto explica porque todo paciente tem a sua própria
história de cronoreflexos, dado que a experiência de cada um é privada e
não repetível da mesma forma para outras pessoas, mesmo que seja
apresentado os mesmos sinais irideos.
Já introduzimos o conceito de starter shock como evento crítico que dá
início a sintomatologia, enquanto para promonter shock, se compreende o
evento que desencadeia a recrudescência da doença, e que constitui o
testemunho da existência de uma memória emocional, análoga à memória
imunológica, e que, como nesta, apresenta fenômenos de amplificação da

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memória (maior duração do sintoma em correspondência do promonter


shok). Podemos, portanto dizer que o reflexo fixa-se na ocasião do starter
shock e é reativado por um correspondente promoter shock.
Também neste caso, teremos, portanto receptores cutâneos, as vias e os
centros nervosos e um território somático de aferência, com as suas
estruturas anatômicas inter-relacionadas do ponto de vista fisiopatológico,
que porém será diferente em cada caso.
O sistema de cronoreflexos “na busca de um padrão” pode ser
compreendido como um sistema cíclico, que retorna sobre si mesmo e está
sempre a disposição para esta sorta de imprinting emocional. É bem
conhecido o esquema espaço tridimensional dos reflexos que chamamos
espaços-espaciais (os receptores, os centros nervosos, os territórios de
distribuição da inervação sensitiva e motora, aferente e eferente, e assim
por diante), definidos nas suas variáveis direcionais no interior do corpo
humano.
É possível supor um esquema dimensional para os cronorelexos? A
resposta é afirmativa, ainda que de difícil tradução em imagem. A estrutura
geométrica mais simples que pode se aproximar a um sistema
polidimensional (as três dimensões do nosso espaço sensível, mais a
dimensão temporal) correspondente a uma função cíclica é aquela do
toro/rodapé quadrimensional. A figura geométrica do toro/rodapé
tridimensional (semelhante a uma espécie de rosca/bóia/coroa), além do
mais, é bem presente na natureza e no interior do corpo humano: assumem
esta forma, ou formas complexas destas derivadas, as vesículas liposomiais
e muitas das componentes biológicas submetidas à mecânica das
membranas fluídas. Em um universo do qual aquilo suposto pelas mais
modernas teorias é compreensível em uma estrutura quadridimensional, na
qual cada ponto é determinado por três coordenadas que respondem aos
nossos reveladores de posição mais una coordenada temporal (que, entre
outro, assume neste sistema uma nova função de coordenada espacial),
assim como em um sistema tridimensional estão presentes elementos
mono- e bidimensionais. No sistema dos cronoreflexos, estes são definidos
por valores das quatro coordenadas e resolvem para estes valores uma
função que gera a figura quadridimensional na qual o interior se encontram
também postas todas as estruturas físicas comprometidas. Isto não significa
que no espaço sensível não se possa encontrar mais de uma destas figuras,
coincidentemente em um ou mais pontos (mas não em todos os quatro),
nem que o modelo não possa ser mais complexo: em efeito, aumentando o
nível de complexidade (e portanto o número de dimensões), se poderia
tentar traçar a orientação destrorso ou sinistrorso das reverberações
hiperestésicas.

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SEMEIÓTICA DO PROCESSO ESPINHOSO

A coluna vertebral (ou raque) se subdivide em 33-34 elementos, que


compõem o esqueleto axial do tronco. Na direção crânio caudal se
distinguem as vértebras cervicais (em número de 7), aquelas dorsais (12),
as lombares (são 5) e o trecho sacrococcígeo (9-10). Os primeiros 24
elementos são móveis e denominados “vértebras verdadeiras”, os restantes
9-10 são denominados “vértebras falsas” ou “espúrias”. O trecho móvel da
coluna é caracterizado pela flexibilidade e pela rotatividade (esta ultima
limitadamente nas primeiras 2 vértebras cervicais, o atlas ou C1 e o
epistrofeo ou C2).
Uma modesta quota de indivíduos (cerca de 4% da população mundial)
possui 6 vértebras lombares, ao invés de 5. Trata-se de um traço residual do
desenvolvimento ontogenético do homem. Das pesquisas
paleoantropológicas resulta, de fato, que os antigos hominídeos, que
povoaram a África desde o alvorecer da evolução, tivessem 13 vértebras
dorsais (ao invés de 12 como no homem moderno) e 5 lombares. A
progressiva adaptação à estação ereta condicionou um geral incremento
estrutural da ráquide lombar para melhor sustentar a posição bi pedal e
balancear a carga. A acentuação lordótica do segmento lombar como sinal
de reforço dinâmico, determinou a modificação da 13 o vértebra dorsal em
uma nova vértebra com características morfológicas semelhantes àquelas
lombares (a assim denominada “vértebra da assimilação” ou “de
transição”). Neste ponto do processo evolutivo, as dorsais reduziram-se ao
número atual de 12 e as lombares aumentaram em um elemento, passando
de 6 a 5. A inutilidade funcional da 6 o lombar condicionou sucessivamente
a sua eliminação segundo as leis biológicas de adaptação. Pode-se afirmar
sem sombra de dúvida que a permanência da 6 o lombar na população atual
representa o traço de uma antiqüíssima memória evolutiva que remonta há
mais ou menos 1,5 milhões de anos atrás. Passamos agora a descrição
anatômica da simples vértebra.
Cada vértebra é formada por um elemento central, denominado corpo
vertebral, que se desenvolve posteriormente com um arco ósseo soldado
mediante um esporão na sede mediana, o processo espinhoso (ou apófise).
Nos lados de todo processo espinhoso se estendem dois cornos ósseos, os
processos transversais.
Em base a posição ao longo da coluna, a palpação superficial do processo
espinhoso evidência um relevo ósseo.

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Corpo vertebral Furo vertebral


Faceta articular superior esquerda Processo transverso direito
Lamina esquerda Processo espinhoso
Incisura vertebral superior Processo articular superior
Corpo Processo transverso
Fosseta costal Processo espinhoso
Incisura vertebral inferior Faceta articular inferior

Da forma grosseiramente poligonal (trecho cervico-dorsal) ou então uma


crista (ráquide lombar). Impalpável resulta somente o atlas (C1), porque
alojado sob a base occipital e porque não possui um processo espinhoso,
mas o assim denominado tubérculo posterior. Na direção craniocaudal a
primeira saliência óssea encontrada corresponde à 2 a cervical (epistrofeo).
Sobre o plano topográfico as primeiras 3 vértebras cervicais se projetam
anteriormente ainda na área do maciço facial. Aos incisivos superiores
correspondentes a projeção de C1, para aqueles inferiores aquela da C2, a
zona mentoneira (protuberância mentalis) a terceira cervical. O grosseiro
relevo ósseo na base do pescoço corresponde normalmente a sétima
cervical, denominada por este motivo “vértebra prominens”. Ocorre em
diversos casos de se observar duas eminências contíguas, o par C6-C7, ou
aquela C7-D1. Como distinguir claramente a sétima cervical?
As duas alternativas consistem no repetir a operação de contar as vértebras
do alto para baixo, ou então no bascular a cabeça do paciente, agarrando
pela fronte e pinçando contemporaneamente com a outra mão a vértebra
comprometida. As cervicais auxiliam o movimento, aquelas dorsais se
opõem. A D3 (ou T3) encontra-se no centro da linha que une os terços
médios das espinhas escapulares, o corpo vertebral de D8 (não o processo
espinhoso!) corresponde a linha horizontal que toca os ápices escapulares.
É importante recordar que os processos espinhosos do trecho D4-D11 estão
fortemente inclinados para baixo (e às vezes sobrepostos) como as telhas de
um telhado. É necessário considerar uma distância de 2-3 dedos entre o
processo espinhoso e o corpo vertebral de competência. A 9 a dorsal projeta-
se anteriormente em correspondência com o processo xifóideo
(denominado também apêndice ensiforme). A linha horizontal que une ao
centro as 2 cristas ilíacas (linha bisilíaca) interseca a 4 a lombar. Esta zona é
facilmente reconhecida nos homens devido a presença de um adensamento
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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

hipertricótico a forma de um triângulo com o ápice girado para baixo. A


palpação da coluna é facilitada nos indivíduos magros, fortemente
obstaculizada naqueles obesos ou com massa muscular hipertrófica.
Durante a exploração do ráquide o paciente permanece sentado sobre um
banquinho e encurvado, acentuando a fisiológica cifose dorsal. Neste
momento emergem mais claramente também as saliências do trato lombar,
uma seqüência de 5 gibos, correspondentes aos processos espinhosos. A
anteflexão da cabeça consente a correta palpação do trecho cervical baixo
(C5-C7).
Segura-se a fronte do paciente, convidando-o a relaxar a musculatura do
pescoço, para localizar ao invés o segmento C2 – C4.

A SOMATOTOPIA DO PROCESSO ESPINHOSO

Os processos (apófises) foram explorados mediante 3 diferentes provas: a


digitopressão, a percussão e o toque sutil. A digitopressão executa-se com
o dedo médio e gel especifico, exercitando sobre a cútis uma pressão
médio- profunda e escorrendo ao longo das cristas ósseas dos processos
espinhosos primeiramente sobre o versante direito, depois sobre aquele
esquerdo, ou seja sentido anti-horário. A ponta do dedo médio
correspondente ao ponto terminal do meridiano do Ministro do Coração
(PC9) e por este motivo é oportuno que o operador (microseometista
oftálmico) se submeta com regularidade a metódicas de “tela protetora
energética”. O quotidiano contato com pontos espinhais altamente críticos
poderia de fato determinar um progressivo enfraquecimento energético da
loja cardíaca.
O desenvolvimento da digitopressão ocorre no sentido crânio caudal nos
casos em que seja necessário evidenciar patologias de tipo cefálico ou
tronco-abdominal, e aquele oposto quando seja importante revelar
distúrbios da área pélvica ou dos membros inferiores. A digitopressão
corresponde a um screening geral para distinguir os assim denominados
pontos ativos daqueles indiferentes. Na palpação profunda os pontos ativos
evocam hiperestesia ou franca dor que pode se exprimir de 3 modos
diversos: dor puntória, em forma de pontadas, contusiva ou urente de
acordo com a tipologia das fibras nervosas excitadas. O sinal de alarme da
dor é ativado por uma particular classe de receptores, os nozceptores,
situados no derma e no estrato basal da epiderme. Sobre o plano anatômico
os nozceptores consistem em terminações nervosas livres para a sensação
dolorosa puntiforme (fibras de tipo A delta) e para aquela dolorosa urente
(fibras C). As fibras de tipo A delta são fibras nervosas de grosso calibre
(diâmetro compreendido entre 3 e 20 mm) e revestidas de mielina. O tipo
delta contra-distingue fibras A com velocidade de condução aproximativa
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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

de cerca 20 m/sec, denominadas também fibras algoforas rápidas. As fibras


C possuem um diâmetro de 1 mm e são denominadas fibras algoforas
lentas devido a baixa velocidade de condução (cerca 1m/sec.). Além do
mais, não podemos nos esquecer que os processos espinhosos são
inervados pelas partes posteromediais (direita e esquerda) do nervo
espinhal posterior, que consentem um acesso praticamente imediato a
secção medular correspondente e, portanto a todo o eixo cérebro-espinhal.
Os pontos indiferentes são pontos da ráquede, que não produzem respostas
hiperestésicas ou algicas à digitopressão. Uma classe intermediária de
pontos se acrescenta àqueles ativos e aos indiferentes. Em um número
negligenciável de casos a digitopressão não produz a descarga álgica típica
dos pontos ativos, mas determina a excitação dos reflexos a distância, que
correspondem às áreas somáticas comprometidas pela noxae patogene de
acordo com a projeção dos meridianos de acupuntura.

Estes pontos são denominados criptoativos.


A correta palpação das apófises espinhosas revela preciosas informações
sobre o indivíduo examinado. Esta representação à percepção tátil é
reconhecida como um grosseiro relevo ósseo de morfologia ovóide com
eixo, maiormente, vertical. Esta particular área contém 3 diferentes
tipologias de informação, fundamentais para o enquadramento nosológico
do paciente. A primeira explica-se como elemento de acesso cronológico,
representa isto é, uma específica coordenada temporal, a idade na qual é
registrada um traço mnéstico do caráter patológico. A dolência/ dolorência
à digitopressão sobre a L1, por exemplo, guia o microseometista oftálmico
examinador na dimensão do tempo e o conduz ao reconhecimento de um
evento estressante ao 26 o ou ao 35o ano de vida. A precisa posição de dor
sobre a vértebra escancara ao invés as portas à dimensão do espaço,
coincide, portanto com uma verdadeira projeção corpórea (somatotopia
cruzada). A palpação objetivo do processo espinhoso resulta relativamente
fácil no segmento dorso-lombar da coluna, muito mais difícil no trecho
cervical a exclusão da sétima cervical (vértebra prominens), que se contra-
distingue por uma superfície maior.
Devemos, antes de tudo, subdividir o processo espinhoso em duas metades
de acordo com o eixo vertical. A metade direita corresponde ao emissoma
contra-lateral e viceversa. Dolência sobre o versante direito da L1 indica
um comprometimento do emissoma esquerdo correspondente ao 26 o ou ao
35o ano de vida (exemplo: intervento de ovariectomia esquerda ao 26 o ano).
Os pontos espinhais comportam-se como pontos de comando cronológico e
respondem ao assim denominado “principio de decusação energética” (Di

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

Spazio, 2002), pelo qual os pontos para vertebrais da direita influenciam o


emissoma oposto e vice-versa.
Cada metade considerada pode ser novamente subdividida em três
pequenas porções de acordo com os eixos horizontais, de modo a distinguir
na seqüência um 3o superior, um 3o médio e finalmente um 3 o inferior
(direito ou esquerdo).
O 3o superior exprime a parte alta do corpo (zona cabeça-pescoço), o 3o
médio projeta o tronco junto com os membros superiores (com exclusão da
zona pélvica), o 3o inferior reproduz o quadrante pélvico (sigma-reto,
aparelho reprodutivo, bexiga) e os membros inferiores.
Dor sobre o 3o inferior direito da L1 indica um evento estressante no 26 o
ano de vida com repercussão sobre o quadrante pélvico esquerdo
(ovariectomia ipsilateral).
Se pudermos obter informações do processo espinhoso de acordo com uma
reprodução espacial de lateralidade (emissoma direito e esquerdo) e de
verticalidade (alto-baixa), podemos igualmente aprofundar a nossa
investigação ao longo do dipolo centro-periférico. A dor vertebral na área
paramediana esquerda sobre o 3o superior guia o microseometista oftálmico
na direção de uma repercussão patológica da cabeça ou do pescoço na sede
paracentral direita (fronte, olho direito, nariz, cavidade oral, faringe,
laringe, hemi-tireóide direita).
Uma hiper - algia deslocada sobre o versante lateral (periferia) da mesma
vértebra no 3o superior esquerdo focaliza a investigação na direção de
outras estruturas (osso temporo-parietais, orelha direita, músculos e
linfonódos latero-cervicais, projeção lateral do lobo tireoideo direito, etc.).
A terceira tipologia de informações, obtida pela correta palpação do
processo espinhoso, se exprime mediante a ativação de um atípico “arco
reflexo” nervoso.
Em outras palavras, a digitopressão vertebral pode desencadear uma
hiperestesia específica na área somática comprometida por um
desequilíbrio de caráter patológico. Seja como for, recordemos que este
complexo e sofisticadíssimo mecanismo nervoso é revelado por uma
modesta quota percentual de pacientes.
Coloquemos novamente o exemplo clínico relativo a ovareictomia. A
digitopressão dolorosa sobre o 3o inferior direito da L1 pode diretamente
reproduzir um reflexo nervoso remoto no quadrante pélvico oposto. A
paciente adverte distintamente a área correspondente a pequena loja
abdominal, na qual era colocado o ovário. Assim, neste caso ao se realizar
a digitopressão com gel especifico e uso interno da flor de íris germânica L
realizamos o retorno a memória positiva do órgão extraído levando a
compreensão do fato ocorrido.
Sentimos-nos maravilhados ao observar como o corpo é capaz de
comunicar-nos mensagens desta natureza. Um estímulo externo e preciso

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

como a digitopressão vertebral pode desencadear de modo imediato uma


resposta somática, que funde admiravelmente em si mesma as dimensões
do tempo e do espaço. É a memória do corpo que fala com voz diferente da
vida de uma pessoa, indicando os momentos escuros, as penas e os
sofrimentos, os medos não expressos, os choros sufocados, a sensação de
hostil solidão, a muda ausência de amor.
No que se refere as possíveis reações do indivíduo examinado à
digitopressão espinhal, é importante recordar que podem ser verificadas
reações psíquicas como choro improviso e incoercível, ou ainda,
desagradáveis sensações de medo e pânico. Em um número ignorado de
casos (na minha estatística pessoal 3 episódios em ao menos 6000 provas
efetuadas) podem manifestar-se casos vaso vagais sem o aparecimento da
lipotimia.

IDADE DE DISPARO E IDADE DE SOMATIZAÇÃO

O espaço-tempo não segue as leis de linearidade como na geometria


euclidiana, mas apresenta curvaturas como ensina a moderna física
quântica. Estes conceitos valem no macrocosmo, mas encontramos uma
análoga averiguação no microcosmo e, portanto no Homem. Os receptores
tempo-espaço da ráquide demonstram amplamente como cada apelo à
linearidade seja para ser excluído. As distorções espaço-temporais que no
nosso universo assumem o nome de singularidade ou buracos negros (black
holes), se reproduzem no microcosmo humano em qualidade de eventos ou
experiências traumáticas.
Estas desencadeiam manifestações patológicas, que aparecem no tempo em
uma determinada idade e no espaço em qualquer zona do corpo. Por “idade
de disparo” entende-se o intervalo temporal, no qual se consuma um evento
traumático e onde contemporaneamente se exprime o conflito emocional.
Toma também o nome de “starter point”. Colocamos o exemplo da morte
de um familiar (evento traumático), que determina no indivíduo profunda
dor psíquica (conflito emocional). Este evento ocorre em uma precisa idade
na vida do paciente, isto é, em um específico ponto temporal, que encontra
no receptor tempo-espaço raquídeo o seu sinal de referência (idade de
disparo eu starter point) indicado pelo tecido irideo. A morte do familiar ao
28o ano de vida do paciente se exprime com dor a digitopressão na 3a
lombar. No 31o ano o indivíduo começa a lamentar-se de intensa cefaléia
occipital depois de uma banal queda sobre a neve (evento desencadeador).
Aqui se exprime a somatização de um conflito emocional risalente/ que
remonta a 3 anos antes (idade de disparo) e que corresponde a dorabilidade
da 5a lombar (idade de somatização). A idade de somatização é também
denominada “promoter point”, uma vez que representa aquele evento

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

emocional ou físico, que ativa o conflito precedente e o torna perceptível


sob a forma de distúrbios ou doença. O promoter point é habitualmente
reconduzivel a dois efeitos. O primeiro efeito reside na esfera psíquica e
coincide com uma experiência direta ou indireta do indivíduo, que reativa o
sinal do progresso do conflito. Um exemplo pode ser a notícia de um luto
lido no jornal, que chama novamente o inconscientemente ao mesmo
evento vivido pelo indivíduo tempo antes. O segundo efeito se exprime
sobre o plano somático e consiste em um traumatismo também banal
(queda, contusão, pequena intervenção cirúrgica, etc), que envolvendo uma
específica área corpórea, ativa acidentalmente o percurso de um meridiano
energético, comprometido pelo êxito de um precedente evento estressante.
O intervalo entre 28o e o 31o ano de vida é denominado “tempo de
aquiescência” (latency time), porque neste período os sinais patológicos
não estão ainda expressos. Sobre o plano terapêutico é indispensável
respeitar estes mecanismos psicossomáticos, intervindo, portanto
contemporaneamente sobre os processos espinhosos da L5 (31 o ano) e da
L3 (28o). Deste modo se corrigem as mensagens de “memória perturbada”,
provenientes do corpo (cefaléia occipital) e pela esfera emocional (o
conflito ligado a perda do familiar).

A LEI DE LATERALIDADE SOMÁTICA

Os 24 pares de cronozonidi da coluna vertebral (48 pontos no total) não


representam somente uma coordenada temporal, mas correspondem do
mesmo modo a pontos de acesso temporal, mediante os quais é possível
modificar um circuito mnestico patológico. Estes pontos como qualquer
área corpórea respondem a precisas leis de lateralidade. Quando
inspecionamos o processo espinhal é fundamental verificar não somente a
hipersensibilidade a digitopressão, mas localizar a específica lateralidade,
direita ou esquerda.
A lateralidade exprime o direto envolvimento patológico de um emissoma
em relação a outro relativamente na idade estudada (astenia emissomática).
Em outros termos a dor/dolência da sétima dorsal a direita depois da
digitopressão (dor pontuda ou contusiva) indica um déficit energético do
emissoma oposto no 20o ou no 41o ano de vida. Pode-se verificar, por
exemplo, uma gastralgia, uma hemicrânia ou uma broncopneumonia
esquerda, uma conjuntivite no mesmo lado, ou ainda uma fratura da
articulação tibiotársica homolateral após uma simples queda (no intervalo
temporal compreendido entre 19 e 20 anos ou entre 40 e 41 anos). A
lateralidade exprime não somente um “domínio” patológico, mas
primariamente uma fratura energética entre os dois emissomas, que não se
relacionam de modo sincrônico. Supondo que não tenha sido recuperado de
modo automático ou induzido (mediante terapia) um estado de reequilíbrio,

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

esta assincrônia determina um déficit em um emissoma com possíveis


seqüelas patológicas. A avaliação de parâmetros muito simples como a
pressão arterial, o hipus pupilar e a freqüência do pulso (bpm), medidos
bilateralmente, consente a averiguação de uma diferença nos valores (por
exemplo, PÃO 135/85 e 90 bpm a direita, PÃO 120/80 e 82 bpm a
esquerda), índice de desequilíbrio entre os dois emissomas (assimetria
sistodiastólica crono induzida, Di Spazio, 2001).
Este conceito se reveste de uma fundamental importância quando devemos
remontar a idade correspondente a um evento traumático, que tenha
determinado a gênese de um distúrbio ou de uma doença. A medição da
pressão arterial na idade atual pode confirmar uma substancial
desigualdade entre os valores sistodiastólicos direito e esquerdo. Esta
assimetria pode ser modificada pela repetição da mesma experiência,
quando se efetua a digitopressão vertebral (direita ou esquerda) sobre o
ponto correspondente a um trauma conhecido (por exemplo, a perda de
uma pessoa querida) durante a própria medição. Neste caso os valores
bilaterais da pressão arterial se equilibram. Um estudo clínico conduzido
pelo Dr. Bodo Koehler (Terapia da informação do sistema. Med Fun. 2,
2001:13-15) evidenciou uma significativa diferença dos valores de VES em
base a lateralidade de prelievo hemático (por exemplo 40/75 esquerda,
28/64 direita). É inquietante pensar como a corrente circulatória, que por
definição tem uma extensão ubiquitária no nosso corpo, possa suportar
assim sensíveis variações no seu comportamento. Estes dados tornam-se
úteis, portanto, no caso de prelievo hemático para se obter dados ainda
mais precisos e aceitáveis. Dever-se-ia efetuar o prelievo sobre o braço
correspondente do emissoma mais descompensado. Neste caos se remonta
como sempre a idade atual do paciente e testa-se a coluna vertebral. A
digitopressão positiva em C7 a direita indica no paciente de 48 anos uma
sensível descompensação energética do emissoma oposto, para o qual o
prelievo será efetuado sobre o braço correspondente. Ao contrário, deve-se
intervir a direita, se tivermos de executar uma injeção endovenosa ou
intramuscular de um fármaco no mesmo paciente. Como já dito, também os
traumatismos físicos (distorção, contusões, luxação/deslocamento
muscolotendinei, fraturas, etc.) interessantes ao/comprometidos com o
emissoma frágil determinam uma recuperação mais lenta e difícil.
Mecanismos fisiológicos como o aleitamento podem ressentir da astenia
emissomática. A mãe pode se dar conta que na fase de aleitamento que o
recém nascido se prende espontaneamente e mais à vontade a uma mama,
do que a outra. Decremento da lactação, congestão mamária, mastites e
ragadi, são fenômenos que golpeiam de modo privilegiado a mama
deficitária. Estas observações justificam em parte também os casos de
abortos espontâneos precoces até a 7a – 8a semana de gestação. O
crescimento e o sucessivo desenvolvimento embrionário podem ser

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

dramaticamente inibidos por uma emi-histeroastemia (fraqueza uterina


direita ou esquerda). Se em outras palavras o óvulo fecundado implanta-se
sobre a mucosa no versante deficitário (porção direita ou esquerda), as
possibilidades de desenvolvimento e maturação tendem a reduzir-se em
concordância com a lei de lateralidade somática. O ejaculado resulta da
associação das quotas espermáticas provenientes dos dois reservatórios
testiculares. Se no momento da possível concepção corresponde no homem
a uma astenia emissomática, esta pode determinar uma homo-lateral
asteno-oligospermia (nos casos mais graves também uma teratospermia). O
próprio óvulo antes da concepção pode ressentir de um déficit
morfoestrutural ou bioquímico por efeito de uma astenia emissomática
homolateral, que debilita as características de fertilidade. Estas
considerações sugerem a possibilidade de intervir preventivamente no
homem e na mulher com o auxílio do teste vertebral (AgeGate) para
evidenciar eventuais déficit. A lei de lateralidade somática encontra uma
sua admirável aplicação no estudo e no tratamento dos quelóides e das
cicatrizes, que podem representar campos de distúrbios crônicos. Um
exemplo clássico que concerne à cicatriz horizontal sobrepubica, que
resulta depois de interventos de parto cesáreo. A palpação da cicatriz à
direita ou a esquerda da linha mediana pode ressaltar pequenos nódulos
subcutâneos dolorosos, que devem ser absolutamente tratados. Deve-se
intervir localmente sobre a cicatriz com um creme a base de flor de íris
germânica L e snow drop – Galantina Nivallis (os cremes a base destas
essências correspondem a 1 gota para cada grama de gel neutro) e aplicam-
se 2 gotas de Age Gate (portal do tempo) 2 vezes ao dia por um mês sobre
o timo para se obter confiança, amor e liberação do trauma cesáreo.
Ilustremos ainda o caso clínico de F.G., paciente homem de 19 anos, que
sofre de intensa sudoração axilar desde o 17 o ano de vida. F.G. refere-se
além do mais, de perceber mais intensamente a sudoração na cavidade
esquerda. Na medicina chinesa o suor é o líquido corpóreo associado ao
Coração e além do mais as glândulas sudoríparas axilares correspondem à
localização do ponto HT1 (fons culminis) do meridiano principal do
Coração. A íris e a prova raquidiana confirmam o comprometimento da
quarta vértebra dorsal (D4) sobre o seu versante direito. O coração é o
órgão associado, de acordo com Calligaris a emoção e a agitação. A
floripuntura prevê a aplicação de gel Portal do Tempo sobre a D4 e na
fossa axilar esquerda pelo menos por 30 dias. A lei de lateralidade somática
(Di Spazio, 2001) estende-se a qualquer distrito corpóreo e particularmente
relaciona-se aos membros e aos dedos. Também neste nível é fundamental
a descriminação entre as posições direita e esquerda. O membro direito
(inferior ou superior) subdivide-se em uma metade medial (ou esquerda) e
em uma metade lateral (ou direita). O dedão do pé esquerdo contempla um
versante medial (ou direito) e um versante lateral na direção do 5 o dedo (ou

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

esquerdo). A lei de lateralidade somática aplicada às extremidades


corpóreas possui o nome específico de “lei de lateralidade acrosomática”
(Di Spazio, 2001).

Os conceitos acima enunciados se tornam muito úteis sobre o plano


terapêutico na metódica de Age Gate, quando queremos corretamente
enquadrar a cronopatogênese de um distúrbio. Êxito álgico da queimadura
sobre a face medial (ou interna) da coxa esquerda atormentavam o paciente
já ha 4-5 anos. A pesquisa sobre a íris e a coluna vertebral evidenciou 2
processos espinhosos contíguos, e ao mesmo tempo dolentes, D9 sobre o
lado direito e D10 sobre aquele esquerdo. Qual dos dois deverá ser tratado
se o paciente não recorda exatamente o ano, em que ocorreu o incidente?
Recorre-se neste caso a lei de lateralidade somática e a maior introflexão
iridea indicada pela banda do sistema nervoso autônomo que estabelece
uma direta relação hipsilateral entre o processo espinhoso e o emissoma
envolvido. A face medial da coxa esquerda corresponde à parte direita do
membro e esta localização a torna assimilável ao emissoma direito. A
escolha do processo espinhoso para se tratar focaliza-se automaticamente
sobre a D10. Neste caso é possível intervir com a floripuntura vertebral (Di
Spazio, 2001), administrando Flor de Íris L por via tópica sobre a projeção
cutânea da 10a dorsal em associação com o Proteção e Equilíbrio devido a
insustentável e excessiva dor seguida por queimação (de acordo com o
princípio isomórfico de Orozco e de Paolelli). Em relação a outras
metódicas a Floripuntura vertebral consente a ativação de específicas portas
de acesso temporal (os 24 pares de cronozonidi da raquide), que facilitam a
plena expressão terapêutica dos florais da Íris com os OPIs. Deste modo é
evocado um preciso traço mnéstico patológico, connotabile/associável por
coordenadas cronológicas (projeção raquídea), por conflito emocional
(intervento com a floriterapia) e por localização somática (lei de
lateralidade somática). Cada evento determina uma complexa cascata de
respostas psíquicas, neuro-hormonais, viscerais, osteomuscolares, que
podem resolver-se positivamente, ou então resultar no aparecimento de
distúrbios e doenças por incapacidade de adaptação. A falta ou o
insuficiente intervento terapêutico sobre aquilo que podemos definir
“congelamento mnestico” de um evento traumático, vanifica/ torna ineficaz
o resultado que permitiria um permanente estado de bem estar por parte do
paciente quando não tratado.

A memória profunda de um evento se caracteriza como persistência


biológica de uma experiência neurosensorial altamente crítica para os
sistemas defensivos do indivíduo.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

O propósito da floripuntura vertebral flor de íris é aquele de quebrar e


interromper o assim denominado “circuito mnestico patológico”, aquele
círculo vicioso que re-propõe ao infinito laço evento traumático-
somatização, condicionando pesadamente a qualidade de vida. Por
exemplo, se não for possível intervir de qualquer forma sobre a recordação
traumática de um incidente sobre patins de gelo, que condicionou
imediatamente depois a uma hemicrânia esquerda, devemos nos contentar
com uma terapia sintomática para conter o nível álgico. De acordo com a
nossa leitura, a cíclica hemicrânia esquerda representa não somente o
resultado de um trauma físico, mas indica o traço de uma recordação, é a
própria recordação, a imagem fotográfica de uma precisa idade, que
floresce continuamente. Fascinante se torna a possibilidade de seguir esta
recordação, de localizá-la simplesmente como sinal de dor cutânea ao
longo do registro vertebral. A mesma digitopressão sobre a vértebra é
capaz de reativar uma repercussão cenestésica em área hemicefálica
esquerda, ligando indissoluvelmente Tempo e Espaço de acordo com
circuitos e reverberações nervosas, ignoradas pela anatomia e pela
fisiologia.

AS MANOBRAS DE AMPLIFICAÇÃO

A digitopressão sobre processos espinhosos desencadeia em alguns casos


um reflexo nervoso remoto na área somática, sede do distúrbio. Em outras
palavras a repercussão somática indica uma ligação direta entre a coluna
vertebral e o processo patológico. Uma gastralgia presente desde o 19o ano
de idade pode ser evocada artificialmente como reflexo em uma área
gástrica mediante digitopressão sobre a 6a dorsal. Este dado é de
fundamental importância para a neurofisiologia e para a reflexologia. Na
medicina conhecemos, de fato, somente os reflexos, que poderemos
denominar como “espaços espaciais”. A excitação de uma particular área
somática produz um reflexo a distância. Imaginemos o exemplo de um
estímulo doloroso (um beliscão) sobre o braço do examinado. A algia
produzida pelo beliscão determina imediatamente uma midríase pupilar
automática. Na nossa metódica assistimos, ao invés, pela primeira vez a
produção de reflexos “cronospaciais”. A digitopressão profunda sobre o
processo espinhoso “X” (excitação crono direta) determina uma resposta
álgica local e a ativação contemporânea de um reflexo remoto na sede
corpórea comprometida por um distúrbio ou por uma doença. Deste modo,
exprime-se um complexo mecanismo neuromediato, que deriva da perfeita
integração de sinais crono induzidos (a digitopressão vertebral) com sinais
espaciais (a repercussão em sede somática remota). A íris nos indica onde
agiremos sobre a vértebra que não produz de norma este tipo de reflexo

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

“crono espacial”, mas evoca também uma hiperestesia local (dor puntória,
contusiva ou urente) e uma limitada irradiação para o território cutâneo
circunstante. Como superar então esta fronteira diagnóstica e especificar
melhor o sinal? Recorrem-se, aonde possível, às assim denominadas
“manobras de amplificação”, que contribuem à produção do reflexo
cronoespacial. Deste modo é facilitado a investigação diagnóstica e pode-se
chegar com elevada attendibilità/consideração ao tempo patogênico de
disparo emocional. Peguemos um caso de um paciente de 36 anos que sofre
a diversos anos de síndrome vertiginosa. Infelizmente a anamnése nem
sempre permite a individualização da idade, durante a qual se manifestaram
um distúrbio ou uma doença. Além do mais, sabemos que nem sempre a
idade de ativação patológica corresponde em efeito ao momento, no qual se
verificou o conflito emocional. A pesquisa iridea nos permite a perfeita
colocação temporal deste último cronoeziopatogênese.

No caso do indivíduo de 36 anos, que sofre de síndrome vertiginosa, deve-


se seguir uma sequencia precisa, que consinta de revelar de modo claro a
possível cronoetiopatogênese. Após a analise iridea convida-se o paciente a
posicionar-se em sentido orto-estastico a manter cerradas as pálpebras
durante a avaliação e executa-se o teste vertebral de acordo com a
indicação da banda do sistema nervoso autônomo sobre a vértebra indicada,
antes sobre o versante direito dos processos espinhosos e depois sobre
aquele esquerdo. O examinador deve arrastar lentamente o dedo médio ao
longo da linha vertebral, exercitando uma pressão. No ponto determinado
pela íris o paciente adverte um sensível cambaleio (balanço), por ele
prontamente assinalado (reflexo cronoespacial). O processo espinhoso
envolvido indica o nódulo energético a idade correspondente do conflito
emocional, que determinou a síndrome vertiginosa. O orto-estatismo e o
fechamento cerrado das pálpebras constituem as duas provas
indispensáveis para esta manobra de amplificação.
No caso de distiroidismo, apalpa-se a glândula na procura de um ou mais
pontos hipersensíveis e convida-se o paciente a manter uma válida
digitopressão nesta sede. A prova sobre a coluna vertebral é direcionada à
localização daquele processo espinhoso, no qual a estimulação determina
um decremento da hiperestesia tireóidea. Analisemos agora um caso clínico
muito particular para descrever a modalidade de execução da manobra de
amplificação.
Indivíduo de 48 anos acometido por síndrome de Stargardt, uma
retinopatia de base genética (juvenile macular degeneration), que
compromete o sistema dos bastonetes, destinados como já conhecido à
visão monocromática e, ativos na escassez de luz. O paciente è convidado a
comprimir os bulbos oculares com a palma das mãos durante o teste
raquidiano e a descrever aquilo que vê com os olhos fechados (obviamente

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

é descrito um geral cromatismo escuro nos dois campos visuais). Durante o


teste na cede vertical o paciente percebe improvisamente um clarão visual
na passagem pela 5a cervical. O teste é repetido em outras vértebras para se
excluir efeitos de casualidades ou de sugestão. Nestes casos o fenômeno do
clarão não aparece. A repetição do experimento na C5 ativa novamente este
singular efeito. Isto indica uma possível ligação entre patologia sofrida e
um conflito emocional no 8 o – 9o ano de vida. O paciente recorda daquele
período da sua intolerância pelos ataques epiléticos do pai
(“... eu me escondia para não ver e não ouvir meu pai...”).

O FENÔMENO ISOPATOMNÉSTICO

Uma paciente chega para a consulta devido a uma hemicrânia temporal


bilateral e cefaléia occipital esquerda, agravada na proximidade do pico
ovulatório e da fase pré-menstrual. Através da anamnesi pessoal surgem
dois importantes eventos, a morte do irmão aos 10 anos (11 a) e da mãe aos
29 anos (30a). Os respectivos exames executados sobre a C6 e L5 resultam
positivos à digitopressão. O processo espinhoso da L5 é significativamente
doloroso sobre o versante esquerdo (ponto de comando cronológico L5
esquerdo), mas não se ativam reflexos à simples digitopressão.
Por este motivo, a investigação sobre a coluna vertebral é aperfeiçoada pela
prova percurssória com o martelete. Neste ponto o paciente adverte depois
de alguns segundos uma leve parestesia sobre o lado medial do dedão
direito, que contra-distingue o biunívoco laço entre excitação do receptor
temporoespacial da coluna localizado sobre a L5 e a resposta somática
periférica, por esta provocada. Em outras palavras, a parestesia sobre o
dedão direito representa a “fotografia” biológica do conflito emocional
vivido no 30o ano, quando veio a falecer a mãe da paciente. A zona de
parestesia corresponde na medicina chinesa aos primeiros 2 pontos (SP1 e
SP2) do Meridiano do Baço e por isto indica como um evento estressante
que perturba o equilíbrio energético (reflexo temporoespacial).
Normalmente a ativação deste reflexo indica uma precisa distorção
energética, tendente a cronicidade do sinal de conflito. A doutrina da
medicina chinesa considera o Baço a sede de uma das Sete Emoções, a
Ruminação dos pensamentos - Cogitação (Cogitatio). Esta ultima tende
como fator interno a influenciar negativamente a energia esplênica. Neste
específico caso clínico a mãe da paciente faleceu em seguida a
complicações generalizadas devido a uma primitiva patologia esplênica
idiopática (Baço), tratada por uma década com maciças doses de
preparados de cortisona. Poder-se-ia supor (agora somente a posterior) que
a origem desta patologia esplênica, de gênese desconhecida para a moderna
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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

medicina ocidental, deva ser pesquisada na contínua e esgotante


ruminação-cogitação (cogitatio), seguida pela perda do filhinho, irmão do
paciente.
Com surpreendente coincidência as provas executadas sobre o trecho
lombar da paciente e particularmente a resposta da parestesia sobre o dedão
direito parecem reproduzir a recordação da doença sofrida pela mãe. O
desequilíbrio energético do Baço (pontos SP1 e SP2) caracteriza-se como
assimilação

A biologia dos sofrimentos maternos se constitui como o permanente traço


emocional.
Estes complexos e interativos mecanismos psicossomáticos levam o nome
de “fenômeno isopatomnéstico” (Di Spazio, 2002)
Este singular fenômeno verificou-se também no caso de uma paciente de
32 anos que sofria já a alguns anos de dor puntoria no olho direito. As
aprofundadas investigações oftálmicas não evidenciaram patologias a cargo
da estrutura oftálmica e, portanto não se pode intervir de modo satisfatório
sobre o distúrbio lamentado. Pela amnése familiar realizada através da íris
foi revelada uma doença paterna, uma hepatite crônica resultante em
cirrose, diagnosticada quando o paciente tinha 26 anos (27o). A prova
percussória sobre a 2a lombar ativa uma leve dor puntória no olho direito,
isto é, o sintoma lamentado. Os olhos estão associados na medicina chinesa
ao movimento do fígado e também se estabelece um contato entre a doença
sofrida pelo pai (hepatopatia) e sintoma advertido pela filha, como sinal
somático do conflito emocional (sofrimento pela doença do pai). A
persistência de qualquer sintoma representa sobre o plano físico a
expressão biológica de um processo conflitual profundo, que tende a
automanter-se até a sua eventual resolução, ou então, a modificar-se pelo
comprometimento de outras funções ou de outros sistemas.
A interrogação que se coloca é se o empenho energético determinado pelo
fenômeno isopatomnéstico possa ser transferido à descendência. Em outras
palavras, se fosse possível a transmissão genética de determinadas
“fraquezas” energéticas, esta persistência metageneracional de informações
patológicas levaria à realização parcial do assim denominado quadro
diatésico do indivíduo. A maior suscetibilidade às patologias
hepatobiliares, por exemplo, poderia estar então ligada a conflitos
emocionais não resolvidos na ascendência materna ou paterna, que
determinaram um comprometimento do Fígado. O traço deste desequilíbrio
poderia, portanto ser transferido às gerações sucessivas como ocorre com a
cor dos olhos ou por uma determinada tipologia óssea.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

OS ANGIOMAS PUNTIFORMES VERTEBRAIS

Tratam-se de neoformações de origem endotelial e apresentam-se à


observação direta como manchinhas vermelho rubi com diâmetro variável
entre 1 e 2 milímetros. Adquirem particular importância para a nossa
metódica quando se localizam ao longo da linha mediana posterior (linha
vertebral) ou naquela paramediana. Neste caso representam um sinal
patognomônico para pneumopatias (Di Spazio, 2001). A posição vertebral
especifica obviamente a idade associada à pneumopatia. Em outras
palavras a presença de um angioma cutâneo puntiforme em
correspondência da décima segunda dorsal (D12), indica um
comprometimento da árvore respiratória no 25 o ou no 36o ano de vida. Por
pneumopatia se entende uma meiopragia do órgão, que pode exprimir-se
com sintomas muito leves (dispnéia, rinopatia obstrutiva) ou muito graves
(asma, enfisema, etc.), não negligenciando as possíveis associações com as
indicações da medicina chinesa (percurso do meridiano do Pulmão).
Por motivos desconhecidos a difusão destes angiomas puntiformes é
tendencialmente limitada pelo trecho dorso lombar. O confronto como os
mesmos ao longo do segmento cervical representa uma rara exceção. A
posição dos angiomas é fundamental como se dizia para o enquadramento
cronológico da pneuopatia. O quadro anamnéstico pode de fato resultar
lacunoso e se torna difícil nestes casos remontar a possível data de
manifestação da pneumopatia. O paciente pode colocar o momento de
surgimento de uma asma em um período demasiadamente amplo para
resultar aceitável. Se este arco temporal compreende um período entre os
10 e os 18 anos de idade (da C6 a D6 na nomenclatura de Age Gate) torna-
se árduo selecionar a vértebra dolorosa associada com a pneumopatia,
excluindo os raros casos em que somente um ponto do trecho
comprometido (C6-D6) resulte positivo à digitopressão. A presença
patognomonica do angioma puntiforme sobre a 2a dorsal (como exemplo
clínico) indica ao invés com elevada fidedignidade o aparecimento dos
primeiros sintomas a carga da árvore respiratória no período compreendido
entre os 14 e os 15 anos de idade (15o ano). Torna-se possível, além do
mais, executar com larga antecipação um pré-tratamento de reforço
terapêutico aonde se suspeite de uma futura manifestação de uma
pneumopatia.
Em tempos remotos era dessa forma que realizávamos a analise, porem
após o conhecimento da banda do sistema nervoso autônomo, se tornou

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

possível saber com exatidão o período de um start shok para dessa forma
agirmos sobre o conto correto.

Peguemos o caso de um indivíduo no 35 o ano de vida (correspondência


com L1), que chega a consulta para um controle geral e com ausência de
sintomas.
Se a inspeção da cútis na sede dorsal emerge a presença de um angioma
puntiforme a nível da D12, devemos suspeitar da reativação ou da primeira
ativação de um processo pneumônico no 36o (D12 corresponde ao 25o e ao
36o). A posição a direita ou a esquerda do processo espinhoso interessado
indica geralmente a parte comprometida da árvore respiratória. Se o
angioma está localizado a direita do processo espinhoso, suspeita-se de um
comprometimento das vias respiratórias no emissoma direito (e vice-versa).
A comprovação do quanto fora observado pode-se observar, além do mais,
através do assim denominado teste respiratório da narina alternada
(T.RE.N.AL.), elaborado pelo autor (Di Spazio, 2001). O individuo é
convidado a realizar uma primeira seqüência de 5 atos respiratórios (cada
ato corresponde a uma inspiração seguida por uma expiração), obstruindo
com o indicador a narina direita. A mesma seqüência é repetida, uma
segunda vez, com a obstrução forçada da narina esquerda. No final do teste
o individuo indica aonde o fluxo respiratório resulta estar mais
comprometido (por exemplo, a direita). Neste caso o angioma puntiforme
localiza-se a direita do processo espinhoso (existem seja como for
exceções). O teste é agora repetido uma segunda vez, mantendo a obstrução
forçada da narina esquerda e a digitopressão constante sobre o processo
espinhoso doloroso. O resultado esperado consiste em um melhoramento
perceptível do fluxo respiratório através da narina direita. A modalidade,
com a qual é executada a digitopressão sobre o processo espinhoso,
enriquece o quadro diagnóstico com ulteriores informações. A evocação de
uma dor mais aguda sobre o processo espinhoso, quando a manobra da
digitopressão é executada apertando do alto para baixo do topo cranial do
mesmo, indica uma pneumopatia a carga das altas vias respiratórias (nariz,
faringe, laringe, e traquéia). Se resulta mais dolorosa a digitopressão
executada no sentido horizontal sobre o versante direito ou esquerdo do
processo espinhoso, então o empenho maior se repercute sobre as baixas
vias respiratórias do emissoma comprometido (traquéia e estruturas
bronco-pulmonares). A presença de um angioma puntiforme sobre a
projeção cutânea de um processo espinhoso ou na sede para-vertebral
proximal pode indicar ainda a etiologia cronológica de uma insônia
intermédia (compreendida entre as 3 e as 5 horas da manhã), que
denominaremos “insônia pneumógena”. A esta faixa horária corresponde

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

na medicina chinesa o pico energético do Pulmão. O sinal do angioma é


fundamentalmente, além do mais, para remontar sob o perfil temporal ao
desencadeamento de uma tenosinovite da bainha do tendão do músculo
flexor ao longo do polegar (“polegar a Brusco). Neste caso convida-se o
paciente a manter uma pressão dolorosa sobre o versante palmar do polegar
comprometido (manobra de amplificação), memorizando a intensidade da
dor. A digitopressão executada sobre o processo espinhoso, na proximidade
em que se localiza o angioma, determina uma redução da dor em
correspondência com o polegar. Este reflexo indica a correta gênese
cronológica do distúrbio (reflexo cronoespacial). Outro exemplo muito
interessante diz respeito ao caso clínico de um paciente de 55 anos que
sofria por uma década aproximadamente de onicopatia crônica do polegar
esquerdo com produção de material purulento e conseqüente hiperalgia tátil
da ponta do dedo. Os diversos tratamentos e as investigações empreendidas
no arco de uma década não determinaram nunca o benquisto
melhoramento. Os contínuos insucessos terapêuticos o tinham
condicionado, além do mais, a um estado de ânsia acompanhada por
episódios depressivos. Nestes casos se torna muito mais difícil enfrentar a
natural hostilidade e o razoável preconceito de pacientes desconfiados e
resignados pela doença.
O envolvimento patológico do primeiro dedo da mão (onicopatia) remete a
uma possível alteração energética do meridiano principal do Pulmão.
Recordamos que o último ponto deste meridiano, LU 11 (metallum
structivum), coloca-se espacialmente sobre o lado radial do polegar, 1-2
mm detrás do ângulo ungueal. Fundamentalmente neste ponto resulta a
atenta exploração cutânea da ráquide na busca de possíveis micro-angiomas
como posteriormente ocorreu com êxito afortunado no paciente, onde no
nível da 12a dorsal se evidenciava uma manchinha vermelha acompanhada
por uma pequeníssima verruga plana (considerar os assim denominados
“sinais de reforço”).
A digitopressão dolorosa sobre a vértebra em posição paramediana direita
confirmou a suspeita, isto é, a expressão de um conflito emocional no 25 o /
36o ano de vida. O paciente recordou-se que exatamente no período entre
35 e 37 anos verificou-se freqüentes litígios com um vizinho de casa por
problemas no condomínio. A utilização por via oral e tópica (floripuntura
vertebral sobre D12) de íris germânica L desbloqueou finalmente o conflito
emocional com conseqüente resolução do caso.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

CASOS CLÍNICOS

ABORTO
É necessário distinguir os casos de interrupção voluntária de gravidez
(IVG) daquelas de aborto espontâneo. A convicção com que as pacientes
contam de terem se submetido por própria e livre escolha a um intervento
de aborto oculta normalmente um latente sentido de culpabilidade pelo
realizado. “Com a pergunta “quando ocorreu” e quantos anos tinha na
época”, o paciente não consegue responder de modo claro. A menos que o
evento em questão não remonte à alguns meses antes, a sua colocação
temporal resulta frequentemente incerta e lacunosa. Lê-se com este
esquecimento a inconsciente vontade de remover uma recordação
certamente dolorosa. Nestes casos o processo espinhoso correspondente a
idade, na qual efetuo-se o intervento, é sempre dolorosa no seu 3 o inferior.
A utilização cutânea de gel flor de íris de acordo com as regras da
floripuntura vertebral consiste na intervenção de modo apropriado sobre a
“memorização negativa” deste evento. Se a decisão de abortar foi
condicionada pela insistência do partner e se foi evitado o contraste para
contentar estas exigências, se faz necessário acompanhar a ação da
Galantina Nivalis e Íris Germânica L (proteção e equilíbrio / Portal do
Tempo). Diferente é ao invés, a abordagem dos casos de aborto
espontâneo, onde além da sensação inelutável de perda (Portal do Tempo)
se associam outros estados de ânimo. A idade mais avançada ou a sequela
de passados abortos podem determinar uma condição de forte desconfiança
nas próprias capacidades de levar adiante uma gravidez, sugerindo assim o
uso de flor de íris máster. Não se exclui, além do mais, a positiva ação em
conjunto destas três substancias com o oxigen plus quando é lamentada
uma intensa saudade pela criança não nascida.

ADENOCARCINOMA MAMÁRIO ESQUERDO


D.L, 55 anos, foi submetida em novembro de 2001 a uma mastectomia
esquerda com esvaziamento axilar por adenocarcínoma mamário. Dois
meses antes da mamografia evidenciaram-se calcificações suspeitas.
Imediatamente após ter sido executado a agoaspirato/agulha-aspiração,
D.L., começou a sofrer de intensas e contínuas palpitações cardíacas, que a
atormentavam também de noite. Estes sintomas regrediram nitidamente
após o intervento cirúrgico. A evidência sugere uma estreita ligação entre a
resposta cardíaca e a remoção da massa tumoral. O coração está

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

correlacionado, de acordo com as relações psicoviscerais de Calligaris, ao


estado de ânimo de agitação e de emoção. Provavelmente a somatização na
sede mamária esquerda foi determinada por um evento passado, que agitou
intensamente o paciente. Pela anamnése emergiu-se uma grande
preocupação, quando D.L. aos 43 anos (44o) teve que assumir um
empréstimo bancário para aquisição de um imóvel. O temor daquele tempo
era aquele de adoentar-se e portanto de não ser mais capaz de extinguir o
débito. Obviamente a digitopressão executada sobre o versante esquerdo da
4a dorsal (correspondente ao 44 o ano de idade) confirmou a diagnose. Neste
nível, além do mais, foi verificada a presença de um angioma puntiforme a
esquerda da linha mediana (sinal do Coração-Pulmão). A sucessiva prova
da percussão vertebral com o martelo (De Spazio, 2001) sobre a mesma
apófise espinhosa ativou um reflexo claro e definido na área torácica
esquerda, lá aonde foi extirpada a massa tumoral (reflexo cronosomático).
A caracterização do conflito emocional sugeriu a aplicação local de 4 vezes
do gel sobre a projeção da 4a dorsal.
A distância de 4 semanas do intervento, apareceu uma braquialgia esquerda
com irradiação ao lado dorsal da mão.
Uma leve massagem sobre o trecho proximal à cavidade axilar da cicatriz
cirúrgica reativou artificialmente a braquialgia, revelando deste modo a
inequívoca causa do distúrbio. Ao paciente foi aconselhada também a
realização de leves massagens quotidianas sobre a cicatriz da cirurgia
mamária do gel.

MENOMETRORRAGIA

Paciente de 27 anos (28 o) sofre há 4 anos de menometrorragia. Na segunda


consulta refere-se como sendo um possível trauma, um relacionamento
íntimo violento ocorrido na noite de Reveion 7 anos antes. Depois de ter
retornado a casa naquela mesma noite, acordou de manhã com uma
hemorragia localizada na sede vaginal. Aterrorizada chama a mãe e
imediatamente desmaia. Hospitalizada urgentemente no Pronto Socorro foi
examinada e deixada de lado pouco depois. Desde então se refere há uma
certa dificuldade e há um desagradável mal-estar nas relações íntimas, além
do aparecimento da menometrorragia.
A floripuntura vertebral com gel portal do tempo sobre a D8 (o evento
remonta exatamente ao 21o ano de idade) resolveu definitivamente a
sintomatologia.

HIPERALGIA INGUINAL DIREITA


A paciente, 54 anos, sofre a uma década de dor inguinal direita. Refere-se
que naquela sede foi executado um cateterismo em maio de 1989 (43 o ano).
Na inspeção das virilhas são de fato visíveis 3 pequenas cicatrizes

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

arredondadas. A paciente refere-se, além do mais, de ter executado uma


TAC da ráquide lombar, da qual emergiu uma discopatia L4-L5. O médico
ortopédico está convencido que a discopatia seja a causa dar dor inguinal.
Por isto, foi executada uma digitopressão sobre o terço inferior direito da 5a
dorsal, que evoca a característica dor puntória/pontuda/pungente. Neste
ponto convida-se a paciente a manter uma pressão dolorosa sobre o ponto
inguinal (manobra de amplificação). A contemporânea digitopressão na D5
reduz a intensidade dolorosa a nível inguinal. O tratamento sobre a D5 com
o gel portal do tempo (influência externa determinada pelo resultado do
cateterismo no 43o ano de idade) e diretamente sobre as cicatrizes com
associação do portal do tempo e proteção e equilíbrio de uso externo
(traumatismo somático) resolveram o caso.

REFLUXO GASTROESOFÁGEO CRÔNICO


Paciente homem de 35 anos sofre há cerca de quinze anos de refluxo
gastroesofágeo agravante. Os distúrbios acompanham o paciente durante o
dia e condicionam freqüentes despertares noturnos, concentrados na faixa
horária das 24 às 3 horas (insônia hepatógena). O paciente acusa, além do
mais, uma justificada sensação de desconfiança e de frustração pelos
contínuos insucessos terapêuticos acumulados no transcorrer dos anos. Os
medicamentos, que usa quotidianamente, produzem um efeito brando e
transitório sobre os sintomas lamentados. Não obstante a desconfiança, o
paciente é colaborativo e relata durante a anamnése um evento, que no seu
parecer foi sempre sub-avaliado ou ignorado pelos médicos consultados até
o momento. Recorda de uma intoxicação alimentar por cogumelos na idade
de 16 anos (17o), que obrigou a sua mãe a hospitalizá-lo urgentemente no
Pronto Socorro para uma lavagem estomacal. Por mais que ele fosse
intoxicado (vomito freqüente e mal-estar nos dias sucessivos),
inexplicavelmente rejeitou em ser hospitalizado. O teste vertebral confirma
a ligação com o evento, uma vez que a digitopressão na D4 evoca não
somente uma resposta dolorosa local, mas produz contemporaneamente um
reflexo advertido na sede gastroesofágea. (reflexo cronospacial ou
cronossomático). O tratamento por via oral e por via cutânea sobre a D4
com portal do tempo determina em 2 meses o desaparecimento total dos
sintomas. Recorda-se, além do mais que o uso desta flor encontra um ótimo
emprego em todos os casos de intoxicação não somente alimentar, mas
também iatrógena como as prolongadas terapias antibióticas, ou então, a
quimioterapia antitumoral. A sua ação se intensifica sobre o plano
emocional pelo fato de inibir a desagradável sensação de absorver em
excesso toxinas químicas.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

DERMATITE PRURIGINOSA
L.B., 52 anos, sofre de intenso prurido no braço pelo menos há dois anos.
Também os antistaminicos utilizados por longo tempo não são mais
capazes de dominar a sintomatologia. Pela amnése aflora um conflito no
âmbito do trabalho aos 43 anos (44o). Naquele período L.B. foi
injustamente acusado de uma séria ineficiência por uma colega anciã.
Grande raiva e frustração foram as conseqüentes respostas emocionais, que
sugeriram a aplicação do gel portal do tempo sobre a quarta dorsal. (D4).

NEVRALGIA TRIGEMINAL
D.M., 54 anos, sofre há cerca de uma década de uma intolerável nevralgia
trigeminal direita, que a incomoda fortemente também nas horas noturnas.
Anti-dolorosos e terapias empreendidas no percurso de anos não
conseguiram aniquilar a sua nevralgia de modo significativo. Entre as
diversas experiências dolorosas da sua vida, D.M. recorda claramente do
shock sofrido aos 25 anos (26 o) devido a trágica perda de um irmão em um
acidente rodoviário. A micromassagem espinhosa foi executada com gel
portal do tempo sobre a primeira lombar (L1). Todos os casos clínicos
discutidos ressaltam de modo inequívoco a estreitíssima relação entre o
evento estressante e a sua sucessiva somatização. A onda emocional de um
evento deve encontrar uma possível saída em qualquer área corpórea para
não corroer de modo irreversível o equilíbrio biológico.

SÍNDROME DE RESFRIAMENTO
Paciente mulher de 38 anos adoece há dois invernos de síndrome de
resfriamento com freqüentes recidivas e excessiva produção catarral a
carga das altas vias respiratórias. Relata uma curiosa coincidência, isto é, o
fato em que cada vez que os sintomas iniciais do resfriamento aparecem os
mesmos antecedem em 8 dias o início do fluxo menstrual. Os distúrbios
apareceram depois que o filho de 3 anos começou a freqüentar a creche e
no momento em que a paciente retornou ao trabalho em período integral.
Esta mudança determinou-lhe um estado de mal-estar e alimentou
imediatamente desagradáveis sensações de culpa. A investigação da coluna
vertebral evidenciou a presença de 2 pequenos angiomas na base esquerda
do processo espinhoso D11 (37 o ano), que resultava dolorosa à
digitopressão. A sucessiva percussão da vértebra com o martelete ativa um
reflexo percebido na sede auricular direita e na porção ipsilateral do
pescoço. A dolência do processo espinhoso no seu 3o inferior indica sobre o
plano somatotópico a somatização do conflito emocional na sede pélvica
(sistema reprodutor). Isto explica a relação dos sintomas lamentados como
o ritmo do ciclo hormonal. Este caso foi tratado com a aplicação de gel
portal do tempoe não somente no cronozonide D11, mas também em 2
pontos de acupuntura, denominados FM9, que agem sobre o sistema

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

reprodutor feminino. Localizam-se a cerca de 4 dedos transversais do lado


da linha mediana anterior, um polegar sobre a borda superior da sínfise
púbica.

COXALGIA ESQUERDA
Paciente mulher de 74 anos sofre a dois anos de coxalgia crônica esquerda.
As infiltrações de cortisonas executadas pelo ortopédico atenuaram a dor
da anca por um breve período, assim como a terapia a base de
antiflogísticos FANS. Conversando na primeira consulta, a paciente refere
de ter executado em maio de 2000 uma consulta de pedicuro com uma
podóloga antes de partir para as férias de verão. Com um certo embaraço
ela suspeita uma relação entre a erradicação de um assim denominado
“olho de perdiz” no 4o dedo do pé esquerdo e o endereço da coxalgia. A
hipótese da senhora encontra total confirmação na relação energética entre
o ponto 44 do meridiano da Vesícula Biliar (yin penetrans pedis)
correspondente a falange terminal do 4 o dedo do pé e a zona da anca, onde
passa o meridiano (GB30). Além do mais a apófise espinhosa C7 resulta
dolorosa à digitopressão no seu 3 o inferior esquerdo. A floripuntura de C7 e
GB44 com a associação do Portal do Tempo e Proteção e Equilíbrio
determina um rápido melhoramento da sintomatologia.

HEPATITE CRÔNICA ATIVA DA HCV


Paciente de 41 anos, ex toxicodependente, sofre a uma década de hepatite
crônica ativa por HCV. Do ponto de vista sintomatológico lamenta
pontadas dolorosas no hipocôndrio direito. Os valores serológicos indicam
as transaminases hepáticas entorno de valores compreendidos entre 100 e
120. Na anamnési a paciente recorda afortunadamente os 24 anos de vida
(25o) como idade do possível contágio. A digitopressão sobre a 12 a dorsal
produz uma clara e perceptível dor puntória sobre a direita. A percussão
executada com o martelete provoca uma parestesia na banda vertical sobre
o trato cervico-occipital a esquerda da linha mediana, área correspondente
ao percurso do Meridiano da Bexiga. A sucessiva percussão do ponto BL28
a direita (ponto Shu do dorso da Bexiga) reproduz a sensação dolorosa no
hipocôndrio direito, já lamentada pelo paciente. A terapia consiste em um
produto homeopático de acentuado hepatotropismo e com portal do tempo
por via interna e por aplicação local sobre a D12 e BL28.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

ESCLERODERMIA

Paciente mulher de 60 anos chega a observação devido a sintomas


relacionados a esclerodermia progressiva, colagenopatia de provável
caráter auto-imune. Recorda que os primeiros sintomas apareceram no
período do outono, enquanto se encontrava dirigindo o automóvel. Naquela
ocasião percebeu de ter maiores dificuldades de girar o volante pelo efeito
do frio sobre a circulação sanguínea das mãos. Nos dias sucessivos
permanecia a hipoestesia e hipotermia no 3 o dedo da mão esquerda
(fenômeno de Raynaud, típico distúrbio vasomotor predomínio desta
patologia). Os sintomas descritos apareceram na distância de 3 meses
devido a um intervento de endometriose, executado durante o verão
passado (31o ano de vida). Pela anamnése emerge, além do mais, a narração
do parto cesáreo traumático ocorrido no 27o ano e pelas complicações
seguidas (intensíssima hemorragia intraoperatória com risco vital para a
mãe e o filho, sucessiva sepsi postchirurgica). A inspeção da coluna não
evidencia áreas ativas na sede L5, correspondente a idade do intervento por
endometriose (31o), mas franca dolência sobre o 3 o inferior direito do
processo espinhoso da L2 (27 o). Sobre o plano cutâneo é observável um
nervo na posição paramediana esquerda em relação a L2, como se a sua
presença tivesse o significado de “marcador visivo” daquele preciso ponto.
O forte temor de não sobreviver, relacionado à experiência traumática do
parto e das suas seqüelas, sugeriu o uso de gel portal do tempo sobre a 2a
lombar e sobre BL14 a direita, correspondente ao Ministro do Coração,
meridiano que termina sobre a ponta do dedo médio (relação com o
fenômeno de Raynaud).
É provável que o intervento por endometriose, no qual seguiram-se os
primeiros sintomas da esclerodermia, tenha despertado (promoter shock) e
feito precipitar de modo irreversível o desequilíbrio energético da área
pélvica desta paciente, já assim intensamente solicitada pela memória do
parto (starter shock).

POSSÍVEIS REAÇÕES À CRONOSTIMULAÇÃO


A ação terapêutica sobre os pontos espinhais de Age Vessel a prescindir da
metódica utilizada, pode determinar na primeira semana de intervenção
uma piora sintomatológica. A excitação dos circuitos temporo-espaciais
efetuada sobre os pontos de acesso vertebrais reproduz sobre o plano
profundo (memória inconsciente) o sinal de conflito. Esta reprodução
mnéstica, próprio porque evoca eventos estressantes inelaborados/ não
elaborados, condiciona uma resposta de agravamento dos sintomas
lamentados pelo paciente, assim como ocorre de modo paralelo na terapia
homeopática (agravamento homeopático).

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

Sobre o plano psíquico podem aparecer dificuldades de concentração,


confusão mental, inexplicável estado ansioso ou depressivo, incremento da
fase onírica com sonhos vivos e envolventes ou ainda íncubos (pesadelos).
Sobre o plano físico manifestam-se um re-aguçamento/riacutizzazione dos
sintomas lamentados, uma intensa astenia com necessidade de repouso,
letargia, o reaparecimento de antigos distúrbios. De acordo com o quadro
patológico e da tipologia emocional do indivíduo, o agravamento pode
caracterizar-se devido a um domínio das manifestações psíquicas ou ao
contrário devido a um sensível incremento da componente álgica somática.
Raramente se verificam contemporaneamente as duas tipologias de
pioramento/piora. Em todos estes casos é útil suspender o tratamento por 2-
3 dias de modo a superar a fase crítica do pioramento/piora e retomá-lo
logo a seguir que as condições o consintam. Pode-se observar em 4% de
casos clínicos uma relação direta entre intensidade do fenômeno de
agravamento e sucessivo desaparecimento dos distúrbios. Quanto mais
intenso é a piora, tanto mais rápido é o processo de re-estabelecimento.
É fundamental recordar que o fenômeno do agravamento exprime de modo
macroscópico e perceptível o complexo sinal de conflitolise/conflittolisi do
evento estressante e das suas implicações somáticas. Qual significado
reveste o agravamento sintomatológico ativado pela estimulação dos
receptores tempo-espaço espinhais? A prescindir pela distância cronológica
do evento estressante (5, 10, 20, 50 anos ou mais) o corpo reage reativando
o mal-estar somático desencadeado/innescato pelo evento estressante, re-
percorrendo os sintomas do mais recente aquele mais antigo. Por sintoma
mais antigo entende-se aquele mais próximo temporalmente do próprio
evento. Deste modo é provocado uma reprodução mnéstica dos sintomas
segundo um mecanismo retrógrado (reprodução menéstica retrógrada, Di
Spazio, 2002). Se a morte de um familiar determinou em um arco temporal
de uma década antes uma síndrome vertiginosa, depois palpitações e
finalmente cefaléia occipital, a estimulação do ponto espinhal
correspondente a idade do trauma determinará um agravamento
sintomatológico que respeita o fenômeno da reprodução mnéstica
retrógrada.
Aparecerá na fase inicial a cefaléia occipital, depois se reapresentarão as
palpitações e finalmente a síndrome vertiginosa.

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Microseometia Iridea Terapia Flor de Íris® Tradução Clodoaldo Pacheco

A flor de íris, íris germânica L (Essência stock Portal do Tempo


Composto), age sobre as seguintes palavras chaves:

PALAVRAS CHAVE:
Shock, perda, separação, divisão, afastamento, fratura.

PSIQUE:
Psico-traumatismos, depressões pós-traumática (incidentes, agressões,
notícias negativas, lutos, separações, divórcio, abortos provocado e
espontâneo).

SOMA:
Ciatalgia e nevralgias psicogênese, resultados de acidentes e interventos
cirúrgicos demolidores (amputação de membros, mastectomia,
histerectomia e annessectomia, etc), desequilíbrio energético do meridiano
do Coração (Di Spazio, 2001). Reabilitação pós-traumática, bloqueios
musculares, cicatrizações, distúrbios do aparelho reprodutor (Paolelli,
2001).

Material Profissional Centro Havid


Curso de Microsemeiotica Iridea Oftálmico
IV Módulo

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