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A anatomia diz respeito a área da ciência responsável por estudar de forma

macro e microscópica a constituição e desenvolvimento dos seres vivos


organizados. Na anatomia humana serão observadas as estruturas biológicas dos
seres humanos, seus sistemas, integrações, como as partes se relacionam,
alterações gênicas e análise evolutiva da espécie.

Para facilitar o estudo anatômico o corpo humano será dividido em 5 planos


de secção, sendo eles o sagital que divide o corpo humano em metades direita e
esquerda; o sagital mediano que divide o corpo humano em metades direita e
esquerda de tamanhos idênticos; o sagital paramediano que divide o corpo em
metades direita e esquerda de tamanhos diferentes; o coronal que divide o corpo em
partes anterior (ventral) e posterior (dorsal) e por fim o plano transversal que divide o
corpo em partes superior (cranial) e inferior (caudal).

Figura 1 – Divisão anatômica do corpo

Fonte: GoConqr, 2020

A anatomia é dividida em três tipos, anatomia macroscópica, anatomia


microscópica e anatomia do desenvolvimento (embriologia). A anatomia
macroscópica é responsável por estudar as grandes estruturas que podem ser
observadas a olho nu, descreve a topografia de cada estrutura do corpo humano e
como elas se conectam. A anatomia macroscópica pode ser estuda através da
anatomia regional que organiza o corpo em regiões, como membros inferiores e
superiores, tronco, cabeça e pescoço, tornando o aprendizado mais didático tendo
em vista que o corpo será dividido em áreas menores e em sistemas (anatomia
sistêmica) que subdivide o corpo em sistemas orgânicos, sendo 10 sistemas, o
tegumentar, o musculoesquelético, nervoso, endócrino, circulatório, respiratório,
digestivo, urinário, reprodutor e linfático.

A anatomia microscópica é responsável pelo estudo dos tecidos e da sua


organização nos órgãos e sistemas, sendo responsável por estruturas que não estão
visíveis a olho nu, como artérias microscópicas, veias, capilares e nervos. Já a
anatomia do desenvolvimento corresponde a uma das partes da embriologia, sendo
responsável por estudar às mudanças sofridas por todas as partes do corpo a partir
da fertilização do óvulo até a fase adulta.

Infere-se que todo o nosso corpo pode ser estudado através de qualquer um
dos tipos de anatomia, considerando a importância dessa ciência e toda a
colaboração trazida por ela serão introduzidos alguns conceitos acerca do sistema
nervoso, especificamente o sistema nervoso.

Os nervos cranianos se dão em pares, sendo 12 pares no total que são


enumerados de acordo com seu local de saída do crânio tendo em vista que todos
são originados de núcleos cerebrais. Os nervos cranianos são responsáveis por
conduzir os impulsos nervosos do sistema nervoso central (cérebro) para a periferia,
os nervos que efetuam esse percurso são os nervos eferentes, responsáveis pela
condução dos impulsos motores, mas se o percurso ocorre da periferia para o
cérebro o nervo é considerado aferente, responsável pela condução dos impulsos
sensitivos, temos também os nervos mistos, que conduzem impulsos motores e
sensoriais.

Os 12 pares de nervos cranianos são I – nervo olfatório; II – nervo óptico; III –


nervo oculomotor; IV – nervo troclear; V – nervo trigêmeo; VI – nervo abducente; VII
– nervo facial; VIII – nervo vestibulococlear; IX – nervo glossofaríngeo; X – nervo
vago; XI – nervo espinhal acessório; XII – nervo hipoglosso.
Figura 2 – Representação dos 12 pares de nervos cranianos

Fonte: KenHub, 2023

Dando ênfase a dois pares de nervo, sendo um deles o VI que corresponde


ao nervo abducente, encontrado no colículo facial do tronco cerebral, deixando o
crânio pela fissura orbitária superior. A função do nervo abducente (nervo motor) é a
motricidade ocular, inervando o musculo reto lateral que é responsável pela
movimentação lateral do olho. O segundo par de nervo enfatizado é o X que
corresponde ao nervo vago, um nervo misto e considerado o maior nervo craniano,
sendo responsável pela inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe,
estruturas torácicas e abdominais, além de conduzir a inervação parassimpática
para os órgãos viscerais.

O sistema nervoso autônomo (SNA) é dividido em Sistema Nervoso Simpático


e Sistema Nervoso Parassimpático (SNPS). O sistema nervoso simpático é
responsável por nos preparar para emergências, como situações que causam
ansiedade, medo, perigo, esforço intenso, estresse físico e psíquico, aumentando
nosso gasto de energia, tendo como principal neurotransmissor a noradrenalina. Já
o sistema nervoso parassimpático é responsável pelos processos de descanso e
digestão, resultando no armazenamento de energia e regulação das funções
corporais, após situações de estresse e emergia o SNPS atuará acalmando o
organismo, diminuindo os batimentos cardíacos, pressão arterial, a adrenalina tendo
como principal neurotransmissor acetilcolina.

Figura 3 – Representação do SNS e SNPS


Fonte: Unesp, 2013

Os neurônios possuem quatro regiões, os dendritos, o corpo do neurônio, o


axônio e as terminações do axônio. A bainha de mielina é uma membrana lipídica
responsável por recobrir os axônios, sua função consiste em impedir a dissipação de
energia elétrica, ou seja, um isolante elétrico e aumentar a velocidade de
comunicação entre os neurônios. Quando a bainha de mielina é lesionada
gravemente os nervos param de conduzir os impulsos nervos de forma adequada,
afetando também o funcionamento das fibras nervosas, assim quando temos um
dano a essa estrutura ou uma desmielinização o nervo pode se deteriorar e não
enviar/receber mensagens como deveria.
Figura 4 – Regiões do neurônio

Fonte: Varsomics, 2021

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