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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA

CURSO DE PSICOLOGIA- 1º PERÍODO


ACADEMICA: MAKSONIA SILVA DUTRA
PROFº SERGIO MOTA
DISCIPLINA: NEUROANATOMIA

NO SENTIDO RESTRITO
A anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a forma e a constituição do
corpo, pré-requisito indispensável para o estudo da fisiologia dos órgãos.
HISTORIA DA ANATOMIA
Anatomia primitiva (3000 a 1600 anos A.C.)
Hieróglifos e papiros desta época indica, interesse pela anatomia de animais e do homem
(múmias)
Previsão do futuro através da observação do “fígado” de animais sacrificados (Assíria, Caldeia).
Aristóteles (382-322 A.C.)
Fundador das Ciências Biológicas (dissecou plantas e animais). Acreditava que o coração era o
centro do pensamento e da alma.
- O principal contribuídor desta época foi Hipócrates, considerado como pai da medicina
ocidental.
-Para ele o encéfalo além de estar enolvido nas sensações era também sede inteligência.
Erasistraus (310 – 250 AC)
-Foram os mais ativos dissecadores da antiguidade.
-Encorajados pelo faraó Ptolomeu.
Herophilus (335- 280)
-Dissecou mais de 600 corpos e escreveu mais um tratado de anatomia (“prensa de
Herophilus)
-Mostrou que o cérebro é o centro do sistema nervoso e a sede da inteligência.
- Classificou os nervos: voluntários e involuntários
Glaudius GALENO (131-200 D.C.)
-Médico do Impeardor romano Marco Aurélio;
-Fundador da fisiologia experimental (mostrou que a urina se forma nos rins e não na bexiga;
provou que a secção da medula espinhal provoca paralisia abaixo do nível da secção);
-Foi grande escritor: sua obra sobre o Uso das Partes do Corpo Humano regeu a medicina por
14 séculos.
Galeno: 14 séculos de equívocos
- Oinicio da era cristã prejudicou conhecimento anatômico: proibido dissecar corpos
humanos;
- (O saber Galênico baseou-se apenas na dissecção de animais)
-Galeno perpetuou falsas crendices estabelecidas por ser predecessores e contemporâneos.
Principais pensamentos de Galeno:
-A vida cósmica entraria o corpo a cada inspiração (pneuma);
- Três espíritos diferentes ocupam o corpo – natural (fígado), vital (coração) e animal (cérebro).
ANATOMIA COMO ARTE
-Leonardo da Vinci (1452- 15190: arte e ciência caminham de mãos dadas.
-Michelangelo Buonarotti : ápice- 20 anos adquirindo conhecimento do corpo humano num
convento.
-Andreas Vesalius (1514- 1564) “De humani corporis fabrica.”Corrigiu erros de outros
anatomistas, expôs esqueleto do corpo humano. “Pai da Anatomia”.
DIVISÃO DA ANATOMIA
Segundo o método de observação:
Anatomia Microscópica (Histologia);
. Citologia: estudo das células
. Histologia: estudo dos tecidos e como estes se organizam para a formação de órgãos;
. Embriologia: estudo do crescimento e desenvolvimento do ser humano.
Anatomia Macroscópica:
. Anatomia antropológica: estuda os tipos racias;
. Anatomia biotipológica: ocupa dois tipos morfológicos constitucionais;
. Anatomia comparativa: refere ao estudo comparado dos órgãos de indivíduos de espécies
diferentes;
. Anatomia superficial: estudo dos relevos morfológicos na superfície do corpo humano.
Cortes:
TERMOS DE RELAÇÃO:

- Anterior: “Próximo da frente do corpo”;

- Posterior: “Próximo ao dorso do corpo”.

-Superior: “Próximo a cabeça”. Cranial e cefálico são adjetivos correspondentes.

- Inferior: “Em direção ao pé” ou parte mais baixa do corpo.

-Medial: “Em direção ao plano mediano”, do corpo.

Lateral; “Mais distante do plano mediano”, corpo.

CONSTITUIÇÃO GERAL DO CORPO

ATOMO---- MOLECULA----- CELULA--------TECIDO---------ORGÃO------SISTEMAS.

Sistemas orgânicos
Os humanos possuem uma variedade de sistemas devido à complexidade do organismo
da espécie. Estes sistemas específicos são amplamente estudados pela anatomia
humana. Os sistemas "humanos" também estão presentes em vários animais.

 Sistema tegumentar (pele, unhas, pelos, variedade de glândulas)


 Sistema esquelético (sustentação)
 Sistema muscular (locomotor)
 Sistema cardiovascular
 Sistema respiratório (troca de gases)
 Sistema digestivo (ou digestório) responsável pela transformação do alimento em
nutrientes para o organismo, alguns de seus ógãos são o estômago, a boca e o
intestino.
 Sistema urinário (excretor)
 Sistema reprodutor
 Sistema nervoso (sensorial)
 Sistema endócrino (hormonal)
 Sistema linfático
Variações anatômicas

São diferenças morfológicas entre elementos que compõem um grupo humano. Pode ser
externamente ou em qualquer sistema do organismo sem que traga prejuízo funcional ao
indivíduo. As variações anatômicas são comuns e as encontrar é esperado durante uma
dissecação ou exames de peças dissecadas ou cadáveres. Por isso é muito importante saber que
existem. Lembre-se que ninguém é igual a ninguém!

ANOMALIAS

Variações morfológicas que acarretam prejuízo funcional.


Ex: o indivíduo nascer com dedo a mais em uma das mãos;
Quando ocorre o prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma variação. Ou seja se
anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo.
HOMEOSTASE
O nosso organismo é uma máquina perfeita que necessita que cada variável esteja
completamente ajustada para que o seu funcionamento ocorra de maneira correta. Se
a temperatura está muito elevada, por exemplo, podem ocorrer alterações no estado
mental, o comprometimento de órgãos e, até mesmo, a morte do indivíduo.

A homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser definida como
a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante,
independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo.

METABOLISMO
Soma de todos ao procedimentos químicos que ocorrem no corpo. Uma fase do
metabolismo a outra fase do metabolismo é o anabolismo.
RESPONSAVIDADE
- É a capacidade de o corpo detectar e responder a mudanças. Por exemplo, um
aumento da temperatura corporal e girar a cabeça na direção do som.
SISTEMA NERVOSO HUMANO
Comunicação entre os diversos órgão e células do organismo ocorre graças a dois
eficientes sistemas de integração corporal:
-Sistema nervoso;
-Sistema endócrino.
Sistema Nervoso Central (SNC)
O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,4 kg quilo, está localizado na caixa
craniana. O encéfalo forma-se no início do desenvolvimento embrionário. E as
principais partes do encéfalo humano são: o cérebro, o cerebelo, ponte e bulbo
raquidiano.
DIVISÃO ANATOMICA DO SISTEMA NERVOSO
MENINGES

São as três membranas de tecido conjuntivo que revestem o encéfalo e


a medula espinhal, tendo como objetivo protegê-los. Estas três camadas, de
fora para dentro são: dura-máter, aracnóide e pia-máter.

Corte da parte superior do crânio.

Dura-máter
A dura-máter é a meninge localizada mais externamente, formada por
um tecido conjuntivo denso, contínuo com o perióstio dos ossos da caixa
craniana. Já a dura-máter que envolve a medula espinhal, é separada do
perióstio das vértebras, originando entre ambos, o chamado espaço
epidural, onde são encontradas algumas estruturas como: veias, tecido
conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter que está em
contato com a aracnóide é um local de fácil clivagem, onde em algumas
situações patológicas, pode haver o acúmulo de sangue externamente à
aracnóide, no chamado espaço subdural. Este, por sua vez, não existe em
condições normais.

Aracnóide
A aracnóide é uma membrana sem vascularização que se divide em duas
partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana, e a
outra formada por traves que conecta a aracnóide com a pia-máter. Os
espaços entre as traves dão origem ao espaço subaracnóide, onde está
presente o líquido cefalorraquidiano, protegendo o sistema nervoso central
contra traumatismos. Nesta membrana, existem saliências formadas devido
à expansão da aracnóide que perfuram a dura-máter, recebendo o nome de
vilosidades. Estas estruturas possuem a função de transferir o líquido
cefalorraquidiano para o sangue. Este líquido atravessa a parede da
vilosidade e a do seio venoso, até chegar à corrente sanguínea.

Pia-máter
A pia-máter é extremamente vascularizada e encontra-se aderida ao tecido
nervoso, contudo não está em contato com as células ou fibras nervosas.
Entre esta membrana e os elementos nervosos encontram-se
prolongamentos dos astrócitos, que formando uma camada muito fina,
unem-se à face interna da pia-máter. Os vasos sanguíneos entram no
tecido nervoso através de túneis revestidos por esta membrana, chamados
de espaços perivasculares. Antes destes vasos se transformarem
em capilares, a pia-máter desaparece.
Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso,
pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes
simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex
cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita,
etc. Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio,
da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Medula espinhal
A medula espinhal ou espinal é um cordão cilíndrico, composto de células
nervosas, localizada no canal interno das vértebras. Sua função é estabelecer
a comunicação entre o corpo e o sistema nervoso, e agir também
nos reflexos, protegendo o corpo em situações de emergência em que é
preciso que haja uma resposta rápida. Apesar de ser confundida com a medula
óssea, aquela está relacionada com a produção de células sanguíneas,
enquanto que a medula espinhal faz parte do sistema nervoso central.
Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os
movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o
tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.
Tronco Encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos
nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.

Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como
os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a
tosse, o espirro e a deglutição.
Medula Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna
vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico.
Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e
coordenar os atos involuntários (reflexos).

Sistema Nervoso Periférico


O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na
medula espinhal.

Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante


destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.

 Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é


transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça
e do pescoço.
 Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São
formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios
motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as
glândulas.
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido
em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
 Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o
controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o
corpo.
 Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso
central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o
funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu
funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema
nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca,
o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para
que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
Meninges

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO

Durante a evolução os primeiros neurônios surgiram na superfície externa dos


organismos, fato significante visto a função primordial do sistema nervoso de
relacionar o animal como a ambiente.
Há três folhetos embrionários; Ectoderma, Mesoderma e Notocorda. Por volta da 3ª
semana (21 a 22 dias) o embrião desenvolve a placa neural que é um espaçamento
do Ectoderma, para a formação desta placa e a subsequente formação e
desenvolvimento do tubo neural, tem importante papel a ação indutora da Notocorda e
Mesoderma. (Machado,2000)

A placa Neural cresce progressivamente tornando-se mais espessa e adquire um suco


longitudinal denominado Sulco Neural que se aprofunda para forma a Goteira Neural.
Os lábios da Goteira Neural se fundem e forma o Tubo Neural, o Ectoderma não
diferenciado, então, se fecha sobre o Tubo Neural isolando-se assim do meio externo.
No ponto em que este Ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-
se células que forma de cada lado uma lâmina longitudinal denominada Crista Neural,
situada dorso lateralmente ao Tubo Neural. (Machado,2000)

O Tubo Neural da origem a elementos do Sistema Nervoso Central, enquanto a Crista


Neural da origem a elementos do Sistema Nervoso Periférico, além de elementos não
pertencentes ao sistema nervoso. (Machado,2000)

Tubo Neural
O tubo neural é a estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal.
Durante a gestação humana, o tubo neural dá origem a três vesículas:
Paredes do tubo neural:
• Duas lâminas alares
• Duas lâminas basais
• Uma lâmina do assoalho
• Uma lâmina do tecto
 O conhecimento destas formações é importante pq os derivados no adulto
obedecem uma certa disposição topográfica e funcional.
• Assim das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurônios
ligados a sensibilidade e motricidade.
• O sulco limitante separa área motora de área sensitiva e suas proximidades são
responsáveis pela inervação das vísceras.
• A lâmina do tecto da origem aos plexos corioides.
• A lâmina do assoalho forma o sulco mediano do IV ventriculo.

Telencéfalo

Logo após o aparecimento das vesículas ópticas (diencéfalo), um segundo


par de divertículos aparece, mais dorsal e rostralmente, as vesículas
telencefálicas (Figura 6), primórdios dos hemisférios cerebrais, cujas cavidades
formam os ventrículos laterais. Gradualmente, vão se formando o pólo frontal e
o pólo temporal, e posteriormente o pólo occipital começa a ser visto (Figuras 7
e 8). A expansão dos hemisférios não é uniforme, e a região entre os pólos
frontal e temporal fica deprimida, constituindo a ínsula.

No período fetal ocorrem várias mudanças, as mais perceptíveis são:

1) União dos hemisférios cerebelares, com a visualização do verme na parte


mediana;

2) Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, gradualmente, o


diencéfalo e o mesencéfalo, e posteriormente uma parte do cerebelo (Figuras 7
e 8);

3) Os pólos frontal e temporal vão se unindo, cobrindo a ínsula, assim no


nascimento, só uma fossa lateral indica sua presença;

4) As flexuras cervical, pontina e mesencefálica tornam-se menos evidentes;


5) Os hemisférios acabam se encontrando na linha média, achatando suas
superfícies mediais. Portanto, no feto, ocorre a diferenciação das principais
partes do encéfalo e um grande crescimento deste (aumento de várias
centenas de vezes em volume).

Depois do nascimento, o peso dobra durantes os primeiros nove meses de


vida, e em torno dos seis anos atinge 90% do peso do adulto. Isso ocorre pela
produção de células da glia, formação de dentritos e mielinização dos axônios.

As comissuras conectam áreas correspondentes dos hemisférios cerebrais.


São elas: lâmina terminal, comissura anterior (une os lobos temporais direito e
esquerdo) (Figura 8), comissura do hipocampo (une os pilares direito e
esquerdo do fórnice), corpo caloso (une os hemisférios cerebrais direito e
esquerdo) (Figura 8).

A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes desenvolvem-se


sobre a área insular, formando sinapses com o diencéfalo (Figura 7), por meio
dos núcleos da base, dando origem a uma espessa camada fibrosa, a cápsula
interna, que separa o núcleo caudado (telencéfalo), medial, do tálamo
(diencéfalo), lateral; e, o putame (telencéfalo) do pálido (diencéfalo).

A parede dos hemisférios cerebrais é composta de quatro camadas:


ventricular, subventricular, intermediária e marginal (fibras aferentes e
neurônios dispersos).

As células da camada ventricular migram pela superfície formando a


camada intermediária. Células da zona intermediária migram para a zona
marginal e dão origem às camadas corticais, essa migração é conduzida
principalmente pelas células da glia radial, que através de um prolongamento
pioneiro (eixo condutor), as células vão subindo gradativamente e estendendo
um prolongamento como uma cauda; por isso a substância cinzenta se localiza
na periferia, e os axônios caminham centralmente para formar o grande volume
de substância branca, o centro medular.

No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios


cerebrais é lisa; contudo, com o crescimento, há o surgimento de sulcos e
giros, que promove aumento da superfície do córtex sem necessitar de grande
aumento do tamanho do crânio. Os primeiros sulcos surgem nas áreas
filogeneticamente mais antigas, como o sulco do cíngulo e o sulco do
hipocampo do córtex límbico, o sulco calcarino do córtex visual e o sulco
central das áreas motoras e sensoriais.

Após o nascimento, dificilmente surgem novas células neurais, mas as


células já existentes desenvolvem mais prolongamentos, estabelecendo
sinapses com outras células, o que é responsável pela grande capacidade de
aprendizagem do cérebro. Durante o primeiro ano de vida, um neurônio cortical
estabelece cerca de 100.000 sinapses com outros neurônios. Nesse contexto,
a formação da bainha de mielina das fibras nervosas é muito importante, já que
facilita a condução do impulso nervoso. O processo de mielinização não está
totalmente completado até os 20 anos.
Atividade funcional do cérebro: Os primeiros indícios de atividade cerebral
são percebidos com cinco ou seis semanas e consistem em movimentos de
extensão ou flexão do colo e da região torácica. Eles vão progredindo
gradualmente, sendo que todos os padrões motores parecem estar presentes
no início do segundo trimestre.

Diencéfalo

Com o fechamento do neuroporo rostral, aparecem duas evaginações


laterais, de cada lado do encéfalo anterior, as vesículas ópticas, primórdios das
retinas e dos nervos ópticos. Elas identificam o diencéfalo. As evaginações
medianas que deixam o encéfalo anterior são a glândula pineal e a neuro-
hipófise. Uma característica marcante do diencéfalo é o tálamo dorsal, uma
intumescência bilateral que aparece com aproximadamente cinco semanas.

Composto pelo epitálamo, tálamo e hipotálamo. O tálamo é separado do


epitálamo pelo sulco epitalâmico, e do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico.

Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que cruza o


terceiro ventrículo – a adesão intertalâmica.

O hipotálamo contém os corpos mamilares.

O epitálamo é formado pela glândula pineal.

A cavidade do diencéfalo é o 3º ventrículo .

Obs: No prosencéfalo não há subdivisão em lâminas alares e basais, porque


o sulco limitante se estende cefalicamente somente até o encéfalo médio.

A hipófise origina-se de duas fontes:

1) Divertículo hipofisário (bolsa de Rathke): evaginação do teto ectodérmico


do estomodeu; originará a adenoipófise ou lobo anterior (parte glandular).

2) Divertículo neuroipofisário : invaginação do neuroectoderma do


diencéfalo; originará a neuroipófise ou lobo posterior (parte nervosa).

Mesencéfalo

É a parte do encéfalo que sofre as menores modificações durante o


desenvolvimento. Na parte ventral (tegmento), com um desenvolvimento
intenso da formação reticular, observa-se uma continuação da estrutura
rombencefálica, enquanto a parte dorsal, constituída pelos colículos superiores
e inferiores (Figura 13), pode ser considerada uma continuação das regiões
prosencefálicas. Os colículos se originam das lâminas alares e o tegmento se
origina das lâminas basais. Os colículos superiores estão relacionados com os
reflexos visuais, e os inferiores, com os reflexos auditivos. O tegmento contém
os núcleos do terceiro nervo craniano. O núcleo do quarto nervo craniano
aparece no istmo rombencefálico.
No período fetal, forma-se uma grande massa de fibras descendentes na
região ventral, constituindo o pedúnculo da base. Essas fibras são
corticoespinhais (piramidais) e corticonucleares.

Os pedúnculos da base juntamente com a substância negra e o tegmento,


formam os pedúnculos cerebrais direito e esquerdo.

Cavidade: aqueduto cerebral (liga o 3º ventrículo ao 4º ventrículo).

 O mesencéfalo não se divide.


 As divisões do S.N.C se definem já na sexta semana de vida fetal.

Metencéfalo

As paredes do metencéfalo formam o cerebelo e a ponte, enquanto que sua


cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo.

Folhetos Embrionários

Folhetos Embrionários ou folhetos germinativos (ectoderma, endoderma e


mesoderma) são camadas de células que dão origem aos órgãos e tecidos dos
seres vivos.
Surgem na fase de embrião, mais precisamente durante a gastrulação, ou seja, entre
a terceira e oitava semanas de gestação no caso dos humanos.

Na sequência, no processo da organogênese são formados os órgãos.

Ectoderma
É a camada das células que se localiza mais no exterior. Ela é a responsável pela
formação da epiderme e anexos epidérmicos (unha, pelo) do sistema nervoso e das
cavidades (boca, nariz, ânus).

Endoderma
Localizada mais no interior das células, é a endoderme que forma o sistema
respiratório e alguns órgãos do sistema digestório - o fígado e o pâncreas.

Mesoderma
É o folheto intermediário, ou seja, aquele que se localiza entre a ectoderma e a
endoderma.

A mesoderme origina a derme, os ossos e os músculos, bem como os sistemas


circulatório e reprodutor.

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