Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANATOMIA HUMANA
Anatomia: é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos
seres organizados.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do
latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente,
Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência.
É importante que todo profissional da área de Saúde conheça o corpo humano, sobretudo aqueles que fazem
parte da área de radiologia. Em todos os casos de atendimento, serão necessários conhecimentos básicos de
anatomia e fisiologia humana, aperfeiçoando, assim, os resultados dos exames radiográficos. Uma vez que
conheça bem a anatomia, o profissional reduz a repetição desnecessária de exames e possibilita ao médico
maior eficiência nos diagnósticos.
Desta forma, estudar anatomia em organismos vivos trás a necessidade de estudar a Fisiologia. Apesar disso,
para a radiografia, o mais importante é conhecer a estrutura básica dos vários sistemas que compõe o
organismo, independente de como estes funciona. Para o profissional da Radiologia, é de suma importância
conhecer a estrutura básica dos sistemas corporais, possibilitando o posicionamento correto do paciente para
executar os exames solicitados.
ANATOMIA SISTÊMICA
O corpo humano é constituído, como dito anteriormente, por dez sistemas, que são eles: esquelético,
circulatório, digestório, respiratório, urinário, reprodutor, nervoso, muscular, endócrino e tegumentar. A
seguir, são descritas as funções de cada sistema do organismo humano.
Sistema Circulatório
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações
rítmicas do coração. Ex: coração, órgãos linfáticos, como as glândulas e vasos linfáticos.
Sistema Respiratório
Sistema Digestório
O sistema digestório humano é formado órgãos e glândulas que participam da digestão. São elas: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
O sistema urinário é constituído pelos órgãos incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente
até a oportunidade de ser eliminada para o exterior.
O sistema urinário pode ser dividido em órgãos secretores (que produzem a urina) e órgãos excretores (que
processam a drenagem da urina para fora do corpo) Os órgãos urinários são dois rins, que produzem a urina;
dois ureteres, que transportam a urina para a bexiga; uma bexiga, onde fica retida por algum tempo, e uma
uretra, através da qual é expelida do corpo.
Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor possui como função principal a reprodução. È constituído por células germinativas,
produzidas e armazenadas: nos homens, nos testículos e nas mulheres, nos ovários.
Sistema Nervoso
O sistema nervoso é composto pelo cérebro, medula espinhal, nervos, gânglios e órgãos sensórias, como os
olhos e ouvidos. Por meio de vários nervos, impulsos elétricos transmitem informações que captamos no
ambiente onde estamos.
Sistema Muscular
O sistema muscular inclui os tecidos musculares, divididos em três grupos principais: esquelético; visceral e
cardíaco. A maior parte da massa muscular é composta por musculatura esquelética.
Sistema Endócrino
O sistema endócrino inclui as glândulas, que possuem como finalidade a produção de hormônios.
Sistema Tegumentar
O sistema tegumentar é composto pela pele e todas as estruturas que derivam dela, como pelo, unhas,
glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
Sistema Esquelético
O sistema esquelético é um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o
arcabouço do corpo.
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que por intermédio das articulações constituem o esqueleto.
O esqueleto humano adulto tem normalmente 206 ossos com sua identificação própria.
O esqueleto humano tem como função principal sustentar e dar forma ao corpo, proteção de estruturas vitais
(coração, pulmões, cérebro), base mecânica para o movimento, armazenamento de sais (cálcio e fosfato),
hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas).
Tecido Ósseo
O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem rígido, encontrado nos ossos do esqueleto dos vertebrados. Pode-
se dividir o tecido ósseo em dois tipos: esponjoso e compacto.
1. ESQUELETO AXIAL: formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica.
Hióide – É um osso irregular, ímpar, localizado no pescoço, entre a mandíbula e a laringe, sendo especial
no esqueleto humano, por ser o único osso que não se articula com nenhum outro osso do corpo humano.
As formas das curvaturas são, na verdade, adaptações do nosso corpo as posturas adotadas pelo corpo
humano durante a vida. Estas adaptações alem de ajudarem no equilíbrio do corpo, auxiliam a diminuir as
cargas sobre a coluna vertebral.
A caixa torácica é constituída por 12 vértebras torácicas, 12 pares de costelas e 1 osso esterno. No seu
interior encontram-se os pulmões e o coração.
Costelas
Esterno
Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna e pé. O osso da coxa é o fêmur,
o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a
tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso
circular: a patela. O pé é formado por ossos pequenos e maciços, chamados de
ossos do tarso, pelos metatarsos e pelas falanges.
Luxação
Os ossos se articulam uns com os outros por meio de estruturas chamadas articulações. Elas oferecem ao
nosso corpo diversos graus de movimento. E quando o osso é deslocado de uma articulação ou quando o
contato articular dos ossos que formam a articulação é completamente perdido chamamos de luxação.
Uma entorse é uma torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando em uma rotura parcial dos
ligamentos de suporte, sem luxação.
Contusão
É a pancada que não causou dano ósseo. O local atingido dói, apresenta um hematoma, parece que está
quebrado, mas os raios-X não apontam fratura. Mas parece que mais da metade da população brasileira acha
que isso é uma luxação.
Fratura
Quando a energia do trauma é suficiente para romper a estrutura do osso, a imagem que chamamos de
“solução de continuidade óssea” aparece aos raios-X. Traduzindo: o osso quebrou. Embora muita gente diga
“Não quebrou, só fissurou”, uma fissura é a mesma coisa que uma fratura, ponto. O osso está quebrado.
Tecnicamente, a fissura é que chamamos de fratura incompleta, uma rachadura. Mas continua sendo uma
fratura. Essa fissura também pode atingir o comprimento total do osso, porém sem alterar sua forma,
configurando uma fratura completa, sem desvio.
Fratura cominutiva
Fratura impactada
Tórax
Atelectasia
È a acumulação excessiva de fluido na cavidade pleural, a qual é naturalmente lubrificada. Uma quantidade
excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões durante a
inalação.
Pneumonia
Pneumotórax
È a presença de ar fora dos pulmões, que causa dificuldade em respirar, deslocando o coração, alterando
seus batimentos e pode levar à morte.
Tuberculose
Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)
Doença infecciosa que afeta o parênquima pulmonar, tendo como agente infeccioso primário
Mycobacterium tuberculosis.
A radiografia simples do tórax é um dos exames radiológicos mais utilizados na prática médica. Seu baixo
custo, aliado à facilidade de realização e grande disponibilidade, fazem com que este método seja muito
freqüente em serviços ambulatoriais, enfermarias hospitalares e centros de terapia intensiva.
Apesar de ser um exame comum, não é raro nos depararmos com radiografias de tórax realizadas com
técnica inadequada ou com incidências insuficientes. O objetivo desta revisão é abordar as incidências
empregadas, além dos aspectos técnicos e da sistematização da análise da radiografia simples do tórax.
Póstero-anterior (PA)
Esta é a incidência mais utilizada na radiografia simples do tórax. Como os raios X são divergentes, para que
as estruturas não sofram uma magnificação excessiva, é necessária uma distância mínima para a sua
realização, da ordem de 1,50 m. A distância ideal é de 1,80 m (figura 1).
Ápico-lordótica
O feixe de raios X entra anteriormente e as costas estão em
contato com o filme. O paciente assume uma posição em
hiperlordose, retirando as clavículas dos campos. Esta
incidência tem grande valor para a avaliação dos ápices
pulmonares, lobo médio e língula (figura 6).
INDICAÇÕES - Indicada para visualizar calcificações e massas
sob as clavículas;
FILME - CB / 35 x 43 cm na vertical;
POSICIONAMENTO - Paciente em Ortostase, em AP, cerca de
30 cm inclinando-se para frente, com as mãos apoiadas sobre a
cintura;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda;
RC - Perpendicular centralizado no osso esterno;
DFF - 1,80 m;
Oblíquas
As incidências oblíquas podem ser realizadas para melhor localização ou caracterização de lesões
parcialmente encobertas por outras estruturas.
INDICAÇÕES - Patologias que afetam os campos pulmonares, traquéia, estruturas mediastinais, inclusive o tamanho
e o contorno do coração e grandes vasos
FILME- CB / 35 x 43 cm na vertical;
POSICIONAMENTO - Posicionar o paciente em ortostase, em PA, com o corpo angulado 45º, sendo que a mão do
lado de interesse deverá ficar apoiada na cintura e a outra sobre a cabeça;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda
RC - Perpendicular, ao nível de T7
DFF - 1,80 m;
Inspiração correta
O ideal é que o exame seja realizado em apnéia inspiratória máxima. Para sabermos se o exame está bem
inspirado, devemos ter de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os campos pulmonares
Alinhamento
Para que o exame esteja bem centrado, as bordas mediais das clavículas devem estar eqüidistantes do centro
da coluna. Além disto, as escápulas devem estar fora do campo.
Cintura Pélvica
Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre membros superiores e tronco, a cintura pélvica é a
junção entre membros inferiores e tronco. Preste atenção, quando falamos em osso do quadril estamos nos
referindo ao ílio, ísquio e púbis, a pelve é a junção do osso do quadril direito com o osso do quadril
esquerdo, articulados anteriormente com a púbis e posteriormente com o sacro. O sacro participa aqui da
pelve, porém ele é um osso do esqueleto axial, lembre - se que o mesmo faz parte da coluna vertebral... Não
confunda!
Osso do Quadril
Quando falamos do quadril sabemos se trata de uma estrutura com anatomia e topografia complexas, direito
e esquerdo, osso plano e irregular, constituído pela fusão de 3 ossos, sendo eles, o ílio (porção superior),
ísquio (porção póstero - inferior) e púbis (ânteo - inferior). Os dois ossos do quadril unem - se anteriormente
pela sínfise púbica, cada um deles vai se articular posteriormente com a porção superior do sacro e
lateralmente com o osso fêmur, a posição anatômica dos ossos se torna então facilmente identificadas, a
fossa do acetábulo onde se articula a cabeça do fêmur fica lateral e ligeiramente voltada para frente,
enquanto que a sínfise púbica deverá estar anterior e medialmente, o túber isquiático posterior. Lembrando
que existe uma diferença entre osso do quadril e pelve, quando falamos em pelve estaremos nos referindo a
estrutura completa de ossos do quadril se articulando entre si anteriormente e posteriormente se articulando
com as vértebras sacrococcígeas, a palavra pelve vem derivada do latim, pélvis, que significa bacia,
podemos entender então porque algumas pessoas se referem a pelve como bacia.
Espaços pélvicos
O furo na pelve masculina no ísquio tende a ser maior e mais arredondado do que na mulher, que é menor e
possui uma forma mais triangular. A cavidade pélvica, o espaço formado pelo ísquio e pelo íleo, é maior e
circular nas mulheres e menor e em formato de coração nos homens. Com um ângulo maior na sínfise
púbica e uma menor incursão no cóccix, a saída da pelve feminina também é maior e mais redonda.
ANATOMIA