Você está na página 1de 24

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)

ANATOMIA HUMANA
Anatomia: é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos
seres organizados.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do
latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente,
Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência.
É importante que todo profissional da área de Saúde conheça o corpo humano, sobretudo aqueles que fazem
parte da área de radiologia. Em todos os casos de atendimento, serão necessários conhecimentos básicos de
anatomia e fisiologia humana, aperfeiçoando, assim, os resultados dos exames radiográficos. Uma vez que
conheça bem a anatomia, o profissional reduz a repetição desnecessária de exames e possibilita ao médico
maior eficiência nos diagnósticos.
Desta forma, estudar anatomia em organismos vivos trás a necessidade de estudar a Fisiologia. Apesar disso,
para a radiografia, o mais importante é conhecer a estrutura básica dos vários sistemas que compõe o
organismo, independente de como estes funciona. Para o profissional da Radiologia, é de suma importância
conhecer a estrutura básica dos sistemas corporais, possibilitando o posicionamento correto do paciente para
executar os exames solicitados.

ANATOMIA SISTÊMICA

O corpo humano é constituído, como dito anteriormente, por dez sistemas, que são eles: esquelético,
circulatório, digestório, respiratório, urinário, reprodutor, nervoso, muscular, endócrino e tegumentar. A
seguir, são descritas as funções de cada sistema do organismo humano.

Sistema Circulatório

O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações
rítmicas do coração. Ex: coração, órgãos linfáticos, como as glândulas e vasos linfáticos.

Sistema Respiratório

É o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do


nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o sangue e
possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração
celular.

Sistema Digestório

O sistema digestório humano é formado órgãos e glândulas que participam da digestão. São elas: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Sistema Urinário

O sistema urinário é constituído pelos órgãos incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente
até a oportunidade de ser eliminada para o exterior.
O sistema urinário pode ser dividido em órgãos secretores (que produzem a urina) e órgãos excretores (que
processam a drenagem da urina para fora do corpo) Os órgãos urinários são dois rins, que produzem a urina;
dois ureteres, que transportam a urina para a bexiga; uma bexiga, onde fica retida por algum tempo, e uma
uretra, através da qual é expelida do corpo.

Sistema Reprodutor

O sistema reprodutor possui como função principal a reprodução. È constituído por células germinativas,
produzidas e armazenadas: nos homens, nos testículos e nas mulheres, nos ovários.

Sistema Nervoso

O sistema nervoso é composto pelo cérebro, medula espinhal, nervos, gânglios e órgãos sensórias, como os
olhos e ouvidos. Por meio de vários nervos, impulsos elétricos transmitem informações que captamos no
ambiente onde estamos.

Sistema Muscular

O sistema muscular inclui os tecidos musculares, divididos em três grupos principais: esquelético; visceral e
cardíaco. A maior parte da massa muscular é composta por musculatura esquelética.

Sistema Endócrino

O sistema endócrino inclui as glândulas, que possuem como finalidade a produção de hormônios.

Sistema Tegumentar

O sistema tegumentar é composto pela pele e todas as estruturas que derivam dela, como pelo, unhas,
glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.

Sistema Esquelético

O sistema esquelético é um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o
arcabouço do corpo.
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que por intermédio das articulações constituem o esqueleto.
O esqueleto humano adulto tem normalmente 206 ossos com sua identificação própria.
O esqueleto humano tem como função principal sustentar e dar forma ao corpo, proteção de estruturas vitais
(coração, pulmões, cérebro), base mecânica para o movimento, armazenamento de sais (cálcio e fosfato),
hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas).

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


ANATOMIA ESQUELÉTICA

Tecido Ósseo

O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem rígido, encontrado nos ossos do esqueleto dos vertebrados. Pode-
se dividir o tecido ósseo em dois tipos: esponjoso e compacto.

COMO OCORRE A FORMAÇÃO DOS OSSOS EM NOSSO CORPO


Formação óssea: Existem as células progenitoras do osso, ou seja, células que estruturam o revestimento
ósseo, consideradas células de "reserva";
 Osteoblastos são células diferenciadas, responsáveis pela produção da matriz óssea e secretora de
colágeno e substância fundamental amorfa que constitui o osso inicial não mineralizado;
 Osteócito, que é a célula madura na matriz óssea, responsável pala manutenção óssea;
 Osteoclastos, que são as células remodeladoras do osso.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


OSTEOLOGIA
A Osteologia é a ciência que estuda os ossos, e apesar de seu aspecto simples, os ossos possuem funções
bastante complexas e fundamentais para o equilíbrio e a manutenção do corpo humano.
Constituído por 206 ossos diferentes, algumas cartilagens encontradas nas extremidades dos ossos longos,
também são incluídas como parte do esqueleto. Como os ossos e os músculos estão ligados para possibilitar
movimentação, estes dois sistemas podem ser denominados de sistema locomotor. Os ossos de um adulto
são classificados em esqueleto axial e esqueleto apendicular.

1. ESQUELETO AXIAL: formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica.

A cabeça ou caixa craniana é constituída


por 8 ossos do crânio (1 occiptal, 1 frontal, 2
temporais, 2 parietais, 1 esfenóide e 1
etmóide) e 14 ossos da face (2 nasais, 2
maxilas, 2 lacrimais, 2 zigomáticos, 2
palatinos, 2 conchas nasais inferiores, 1
vômer e 1 madíbula).

Hióide – É um osso irregular, ímpar, localizado no pescoço, entre a mandíbula e a laringe, sendo especial
no esqueleto humano, por ser o único osso que não se articula com nenhum outro osso do corpo humano.

A coluna vertebral é constituída pela superposição de uma série


de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se
articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se
com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em
quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea.

As vértebras da coluna vertebral são ligadas por articulações


denominadas de discos intervertebrais, esses discos são
constituídos de material fibroso e gelatinoso que desempenham a
função de amortecedores e dão a mobilidade para a locomoção
Com um total de cerca de 33 vértebras, a coluna vertebral possui
7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca
de 4 coccígeas.

Na coluna vertebral possuímos 4 curvaturas fisiológicas. São elas:

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


- 2 Cifoses (torácica e sacral);

- 2 Lordoses (cervical e lombar).

As formas das curvaturas são, na verdade, adaptações do nosso corpo as posturas adotadas pelo corpo
humano durante a vida. Estas adaptações alem de ajudarem no equilíbrio do corpo, auxiliam a diminuir as
cargas sobre a coluna vertebral.

A caixa torácica é constituída por 12 vértebras torácicas, 12 pares de costelas e 1 osso esterno. No seu
interior encontram-se os pulmões e o coração.

Costelas

As costelas são ossos alongados que se estendem da coluna


vertebral até o osso esterno. Elas são em número de 12 pares. Os 7
primeiros pares são chamados de costelas verdadeiras e os 3
restantes são chamados de costelas falsas. Os 2 pares mais inferiores
das costelas falsas são chamados de costelas flutuantes.

Esterno

É um osso chato, localizado na parte anterior do tórax, composto por


três partes: o manúbrio, o corpo e a apófise xifóide.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


2. ESQUELETO APENDICULAR

A outra divisão do esquele adulto é a apendicular. Os ossos dos membros


superiores e inferiores (extremidades), a cintura pélvica e escapular compõe o
esqueleto apendicular. Ao todo são 126 ossos apendiculares separados em um
adulto.

2-Esqueleto apendicular: compreende ao esqueleto dos membros superiores e


inferiores.
Cada membro superior é composto de braço, antebraço e mão. O osso do braço
recebe o nome de úmero e articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço:
ulna e rádio. A mão constitui-se de ossos pequenos e maciços, os ossos do punho,
pelos metacarpos e pelas falanges.

Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna e pé. O osso da coxa é o fêmur,
o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a
tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso
circular: a patela. O pé é formado por ossos pequenos e maciços, chamados de
ossos do tarso, pelos metatarsos e pelas falanges.

TERMINOLOGIA DE TRAUMAS ESQUELÉTICOS

Luxação

Os ossos se articulam uns com os outros por meio de estruturas chamadas articulações. Elas oferecem ao
nosso corpo diversos graus de movimento. E quando o osso é deslocado de uma articulação ou quando o
contato articular dos ossos que formam a articulação é completamente perdido chamamos de luxação.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Entorse

Uma entorse é uma torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando em uma rotura parcial dos
ligamentos de suporte, sem luxação.

Contusão

É a pancada que não causou dano ósseo. O local atingido dói, apresenta um hematoma, parece que está
quebrado, mas os raios-X não apontam fratura. Mas parece que mais da metade da população brasileira acha
que isso é uma luxação.

Fratura

Quando a energia do trauma é suficiente para romper a estrutura do osso, a imagem que chamamos de
“solução de continuidade óssea” aparece aos raios-X. Traduzindo: o osso quebrou. Embora muita gente diga
“Não quebrou, só fissurou”, uma fissura é a mesma coisa que uma fratura, ponto. O osso está quebrado.
Tecnicamente, a fissura é que chamamos de fratura incompleta, uma rachadura. Mas continua sendo uma
fratura. Essa fissura também pode atingir o comprimento total do osso, porém sem alterar sua forma,
configurando uma fratura completa, sem desvio.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


TIPOS DE FRATURAS

Muitos termos são usados na descrição de fraturas. Os mais comuns são:

Fraturas simples (fechada): fratura na qual o osso não atravessa a pele.


 Fratura transversal: a fratura é transversal em um ângulo quase reto.
 Fratura oblíqua: a fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo.
 Fratura em espiral: nessa fratura, o osso e a fratura forma espirais ao redor do eixo longitudinal.

Fratura composta (aberta): fratura em que o osso projeta-se através da pele.

Fratura incompleta (pardal): essa fratura não ultrapassa todo o osso. (o


osso não é quebrado em duas partes). È mais comum em crianças.
 Fratura em tara: essa envergadura do córtex é caracterizada pela
expansão localizada ou fratura do córtex.
 Fratura em galho verde: a fratura em apenas um lado. O córtex
de uma lado do osso está quebrado, e o outro lado está
evergado.

Fratura cominutiva

Nessa fratura o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto,


resultando em dois ou mais movimentos.

Fratura impactada

Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DO TÓRAX

Tórax

O tórax é a porção superior do tronco, que


abriga órgãos fundamentais para a respiração e
para a circulação. È dividido em três partes
para facilitar o estudo radiológico: tórax ósseo,
sistema respiratório e mediastino.

ALGUMAS PATOLOGIAS QUE ACONTECEM NO TÓRAX

Atelectasia

É o colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão, alterando a relação ventilação/perfusão, provocando


um shunt pulmonar. È provocado por hipoventilação, obstrução das vias aéreas ou compressão.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Derrame Pleural

È a acumulação excessiva de fluido na cavidade pleural, a qual é naturalmente lubrificada. Uma quantidade
excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões durante a
inalação.

Pneumonia

È uma infecção pulmonar causada por um agente microbiano.

Pneumotórax

È a presença de ar fora dos pulmões, que causa dificuldade em respirar, deslocando o coração, alterando
seus batimentos e pode levar à morte.

Tuberculose
Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)
Doença infecciosa que afeta o parênquima pulmonar, tendo como agente infeccioso primário
Mycobacterium tuberculosis.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS DO TORÁX

A radiografia simples do tórax é um dos exames radiológicos mais utilizados na prática médica. Seu baixo
custo, aliado à facilidade de realização e grande disponibilidade, fazem com que este método seja muito
freqüente em serviços ambulatoriais, enfermarias hospitalares e centros de terapia intensiva.
Apesar de ser um exame comum, não é raro nos depararmos com radiografias de tórax realizadas com
técnica inadequada ou com incidências insuficientes. O objetivo desta revisão é abordar as incidências
empregadas, além dos aspectos técnicos e da sistematização da análise da radiografia simples do tórax.

Póstero-anterior (PA)
Esta é a incidência mais utilizada na radiografia simples do tórax. Como os raios X são divergentes, para que
as estruturas não sofram uma magnificação excessiva, é necessária uma distância mínima para a sua
realização, da ordem de 1,50 m. A distância ideal é de 1,80 m (figura 1).

Figura 1. Como os raios X são divergentes, é sempre necessário


colocar o objeto a ser estudado (círculo branco) o mais próximo
possível do filme (linha vermelha à direita).
A imagem radiográfica (círculo verde) será mais fidedigna com o
objeto próximo ao filme, como demonstrado no esquema superior, e
será magnificada (esquema inferior) caso o objeto esteja distante do
filme e próximo do foco de emissão de raios X (em amarelo).
Os feixes de raios X entram posteriormente, pelas costas do paciente,
e a porção anterior do tórax encontra se em contato com o filme
radiológico. Esta posição, demonstrada na figura 2, é realizada por
dois motivos: evita a magnificação do coração, que, por ser anterior,
fica perto do filme; possibilita o posicionamento dos ombros de tal forma que a escápula fique fora do filme.

INDICAÇÕES - Derrame pleural, pneumotórax,


atelectasia e sinais de infecção
FILME - CB / 35 x 43 cm ou 35 x 35 (em
mulheres) no sentido vertical ou transversal
POSICIONAMENTO - Paciente em ortostase, pés
esticados e ligeiramente afastados, mão em
pronação apoiada na região da cintura e queixo
elevado
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda
RC - Perpendicular, ao nível de T7
DFF - 1 m

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Perfil
A incidência em perfil deve ser sempre solicitada e realizada, juntamente com a PA. Auxilia bastante na
localização e caracterização de lesões. Rotineiramente realiza-se o perfil esquerdo, ou seja, com o lado
esquerdo em contato com o filme e com entrada do feixe pela direita (figura 5), para não magnificar o
coração. O perfil direito é realizado em casos excepcionais, para avaliação de lesões à direita.
INDICAÇÕES - Indicadas para visualizar calcificações e massas sob as clavículas
FILME - CB / 35 x 43 cm ou 30x 40 cm na vertical
POSICIONAMENTO - De preferência em ortostase, com a parte lateral do tórax encostado na estativa e os braços
elevados;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda
RC - Perpendicular ao nível de T7 1 m;
DFF - 1,80 m;

Ápico-lordótica
O feixe de raios X entra anteriormente e as costas estão em
contato com o filme. O paciente assume uma posição em
hiperlordose, retirando as clavículas dos campos. Esta
incidência tem grande valor para a avaliação dos ápices
pulmonares, lobo médio e língula (figura 6).
INDICAÇÕES - Indicada para visualizar calcificações e massas
sob as clavículas;
FILME - CB / 35 x 43 cm na vertical;
POSICIONAMENTO - Paciente em Ortostase, em AP, cerca de
30 cm inclinando-se para frente, com as mãos apoiadas sobre a
cintura;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda;
RC - Perpendicular centralizado no osso esterno;
DFF - 1,80 m;

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Decúbito lateral com raios horizontais ou método de HJELM LAUREL
Esta incidência se presta basicamente para diferenciação entre derrame e espessamento pleural. O paciente é
colocado em decúbito lateral, deitado sobre o hemitórax a ser examinado, e o feixe entra em sentido
horizontal.
INDICAÇÕES - Pequenos derrames pleurais ou ar na cavidade pleural;
FILME - CB / 35 x 43 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Posicionar o paciente em DL sobre uma almofada radiotransparente, sendo que a região
dorsal deverá ficar em contato com a estativa;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda;
RC - Raios horizontais incindindo perpendicularmente no centro do osso esterno;
DFF - 1,80 m;

Oblíquas
As incidências oblíquas podem ser realizadas para melhor localização ou caracterização de lesões
parcialmente encobertas por outras estruturas.
INDICAÇÕES - Patologias que afetam os campos pulmonares, traquéia, estruturas mediastinais, inclusive o tamanho
e o contorno do coração e grandes vasos
FILME- CB / 35 x 43 cm na vertical;
POSICIONAMENTO - Posicionar o paciente em ortostase, em PA, com o corpo angulado 45º, sendo que a mão do
lado de interesse deverá ficar apoiada na cintura e a outra sobre a cabeça;
RESPIRAÇÃO - Apnéia após inspiração profunda
RC - Perpendicular, ao nível de T7
DFF - 1,80 m;

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


Parâmetros técnicos

Na avaliação da radiografia de tórax, devemos sempre levar em consideração se o exame está:


• com dose de radiação adequada;
• bem inspirado;
• adequadamente centrado.

Inspiração correta

O ideal é que o exame seja realizado em apnéia inspiratória máxima. Para sabermos se o exame está bem
inspirado, devemos ter de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os campos pulmonares

Alinhamento

Para que o exame esteja bem centrado, as bordas mediais das clavículas devem estar eqüidistantes do centro
da coluna. Além disto, as escápulas devem estar fora do campo.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


ANATOMIA

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


PÉLVIS

Cintura Pélvica

Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre membros superiores e tronco, a cintura pélvica é a
junção entre membros inferiores e tronco. Preste atenção, quando falamos em osso do quadril estamos nos
referindo ao ílio, ísquio e púbis, a pelve é a junção do osso do quadril direito com o osso do quadril
esquerdo, articulados anteriormente com a púbis e posteriormente com o sacro. O sacro participa aqui da
pelve, porém ele é um osso do esqueleto axial, lembre - se que o mesmo faz parte da coluna vertebral... Não
confunda!

Osso do Quadril

Quando falamos do quadril sabemos se trata de uma estrutura com anatomia e topografia complexas, direito
e esquerdo, osso plano e irregular, constituído pela fusão de 3 ossos, sendo eles, o ílio (porção superior),
ísquio (porção póstero - inferior) e púbis (ânteo - inferior). Os dois ossos do quadril unem - se anteriormente
pela sínfise púbica, cada um deles vai se articular posteriormente com a porção superior do sacro e
lateralmente com o osso fêmur, a posição anatômica dos ossos se torna então facilmente identificadas, a
fossa do acetábulo onde se articula a cabeça do fêmur fica lateral e ligeiramente voltada para frente,
enquanto que a sínfise púbica deverá estar anterior e medialmente, o túber isquiático posterior. Lembrando
que existe uma diferença entre osso do quadril e pelve, quando falamos em pelve estaremos nos referindo a
estrutura completa de ossos do quadril se articulando entre si anteriormente e posteriormente se articulando
com as vértebras sacrococcígeas, a palavra pelve vem derivada do latim, pélvis, que significa bacia,
podemos entender então porque algumas pessoas se referem a pelve como bacia.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


INCIDÊNCIAS DE PELVE E QUADRIL

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


DIFERENÇA ENTRE A PELVE MASCULINA E FEMININA
Posição dos ossos
Pelve Masculina versus Feminina A forma geral da pelve feminina
varia suficientemente da pelve masculina para capacitar a
discriminação entre elas em imagens radiográficas da pelve.
Em geral,a pelve feminina é mais larga, com os ílios mais alargados e
mais rasos da parte anterior para a posterior. A pelve masulina é mais
estreita, mais profunda e menos alargada. Na aparência global em
uma visão frontal, a pelve feminina é mais larga. Logo, a primeira
diferença entre a pelve masculina e a feminina é a diferença na forma
geral global da pelve como um todo.
Uma segunda diferença importante é o ângulo do arco púbico,
formado
pelos ramos inferiores do púbis logo abaixo da sínfise púbica. Na
mulher, esse ângulo é usualmente obtuso ou maior de 90°, enquanto
no homem o arco púbico usualmente forma um ângulo agudo, menor
de 90°.

Espaços pélvicos

A pelve feminina possui uma cavidade mais redonda

O furo na pelve masculina no ísquio tende a ser maior e mais arredondado do que na mulher, que é menor e
possui uma forma mais triangular. A cavidade pélvica, o espaço formado pelo ísquio e pelo íleo, é maior e
circular nas mulheres e menor e em formato de coração nos homens. Com um ângulo maior na sínfise
púbica e uma menor incursão no cóccix, a saída da pelve feminina também é maior e mais redonda.

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


INCIDÊNCIA AP DE PELVE
INDICAÇÕES - Fraturas, luxação e doenças
articulares degenerativas;
FILME - CB / 35 x 43 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito dorsal,
com os braços cruzados sobre o tórax e as pernas
giradas internamente cerca de 15º à 20º;
RC - Perpendicular, ao nível das EIAS, 4 cm acima da
sínfise púbica;
DFF - 1 m;

INCIDÊNCIA AP UNILATERAL DO QUADRIL


-D/E

INDICAÇÕES - Fraturas, luxações e doenças articulares


degenerativas;
FILME - CB / 24 x 30 cm na vertical;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito dorsal, com
rotação interna da perna do lado radiografado de 15º à 20º;
RC - Perpendicular a articulação coxofemoral;
DFF - 1 m;

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


(MÉTODO DE CLEAVES MODIFICADO, PERNA DE RÃ, DUPLA ABDUÇÃO OU
FROG)

INDICAÇÕES - Demonstração do quadril sem trauma,


displasia de desenvolvimento do quadril, também conhecida
como luxação congênita do quadril);
FILME - CB / 35 x 43 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito dorsal, unindo
os pés e trazendo-os para frente, flexionando os joelhos de
modo que os fêmures fiquem abduzidos igualmente, sem
rotação da pelve;
RC - Perpendicular 2,5 cm acima da sínfise púbica;

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


INCIDÊNCIA AP AXIAL DE ENTRADA DA PELVE (IN LET)

INDICAÇÃO - Esta incidência do anel pélvico permite


avaliação de traumatismo pélvico em busca de
deslocamento posterior ou rotação interna ou externa da
pelve anterior;
FILME - CB / 35 x 43 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito dorsal, com
os braços cruzados sobre o tórax, as pernas estendidas e um
apoio sob os joelhos;
RC - Angulado 40º caudais entre as EIAS;
DFF - 1 m;

INCIDÊNCIA AP AXIAL DA ABERTURA INFERIOR


( MÉTODO DE TAYLOR - OUT LET)

INDICAÇÃO - Esta incidência permite uma visão bilateral do


púbis para avaliar trauma pélvico;
FILME - CB / 30 x 40 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito dorsal, com os
braços sobre o tórax e as pernas esticadas, sem rotação da pelve;
RC - Angulado 20º a 35º para homens e 35º a 45º para mulheres, 3
a 5 cm distal a margem superior da sínfise púbica ou trocânteres
maiores;
DFF - 1 m;

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)


INCIDÊNCIA AP AXIAL - ARTICULAÇÕES SACRO-ILÍACAS (MÉTODO DE
FERGUSSON)
INDICAÇÕES - Avaliação de fraturas, sub-
luxação e luxação na região da articulação sacro-
ilíaca;
FILME - CB / 24 x 30 cm na horizontal;
POSICIONAMENTO - Paciente em decúbito
dorsal, com as mãos cruzadas sobre o tórax e as
pernas esticadas sobre a mesa, sem rotação da
pelve;
RC - Angulado de 30º a 35º, 5 cm abaixo do nível
das EIAS;
DFF - 1 m;

ANATOMIA

Allan George: Estudo da anatomia (Tórax e pélvis)

Você também pode gostar