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R. Dr. Afonso Cordeiro, nº 154 | Matosinhos | 224077544 | 913388997
neurológico, endócrino e órgãos dos sentidos
UFCD 6568 – Noções gerais sobre o sistema
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O SISTEMA NERVOSO
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ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO
Os neurónios são as células funcionais do sistema nervoso, ou seja, são
responsáveis pela troca de impulsos nervosos (sinapses) que transmitem as
informações das zonas periféricas do corpo para o sistema nervoso central e vice-
versa.
O sistema nervoso dos seres humanos é dividido em duas partes principais:
Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP).
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Sistema Nervoso Central
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O cérebro é o órgão mais complexo do sistema nervoso, representa apenas 2% da
nossa massa corporal, porém consome mais de 20% do nosso oxigênio. Comanda
atividades como o controlo da ações motoras, a integração dos estímulos
sensoriais e as atividades neurológicas como a memória, aprendizagem e a fala.
O cérebro é formado por dois tecidos sobrepostos. O córtex cerebral, mais externo,
e mais extenso, de coloração cinza, é composto pelos corpos celulares dos
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Apesar de cada hemisfério ser responsável por funções diferentes ambos
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O lobo temporal localiza-se na base do lobo parietal, até a altura dos ouvidos e é
responsável pelos estímulos auditivos.
O lobo occipital é o menor dos quatro, situa-se na parte posterior do lobo temporal,
recebe e processa as imagens visuais.
A figura mostra os diferentes lobos cerebrais e as funções associadas a cada um.
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músculos, visão, tato e audição. É órgão responsável pelo equilíbrio e postura
corporal, recebendo impulsos sensitivos das estruturas locomotoras mais
importantes, como os músculos, tendões, articulações e órgãos relacionados com
o equilíbrio e olhos.
O cerebelo localiza-se atrás do cérebro, na zona posterior do crânio e região
posterior ao bulbo e ponte, possuindo ligação direta com o córtex cerebral e o
tronco encefálico.
Á semelhança do cérebro o cerebelo está dividido em dois hemisférios, esquerdo e
direito. O controlo dos movimentos não é invertido como nos hemisférios cerebrais,
pelo que o hemisfério direito controla o lado direito do corpo e o hemisfério
esquerdo controla o lado esquerdo do corpo.
Os hemisférios estão interligados pelo vérmis.
A superfície do cerebelo possui vários sulcos transversais, que lhe conferem um
aspeto laminado.
O cerebelo recebe estímulos de estruturas muito importantes para o processo de
locomoção, como músculos e tendões. Assim, as suas funcionalidades que
compreendem a função motora, incluem:
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• Tremor;
• Movimentos descoordenados;
• Complicações com a fala e o movimento dos olhos;
• Fadiga;
• Perda de equilíbrio;
O tronco encefálico também conhecido como tronco cerebral faz parte do sistema
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O tronco encefálico possui substância branca e substância cinzenta. Na substância
branca incluem-se as partes que recebem e enviam informações motoras e
sensitivas para o cérebro e a partir do cérebro. Separadamente, encontra-se a
substância cinzenta, onde se encontram os núcleos, que entre outras funções irá
controlar a pressão sanguínea. A maioria dos núcleos do tronco encefálico recebe
e emite fibras nervosas que entram na constituição dos 12 pares de nervos
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vertebral, estando protegida pelas vértebras e estende-se a partir da base do
cérebro para a região lombar superior. É constituída por fibras nervosas que
facilitam a transmissão da informação elétrica entre o cérebro e as várias partes do
corpo. O seu diâmetro é o equivalente ao diâmetro do dedo mindinho humano. Na
parte externa encontra-se protegida por três membranas, as meninges, que são
compostas por três camadas de membranas conhecidas como dura-máter,
aracnoide e pia-máter. Cada camada das meninges desempenha um papel vital na
manutenção e função adequadas do sistema nervoso central.
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Este sistema é constituído por dois tipos de nervos, cranianos e raquidianos, de
acordo com o local de saída do SNC. Os nervos cranianos partem do encéfalo
(cérebro e tronco cerebral) e são em número de 12 pares, enquanto que os nervos
raquidianos são 31 pares e saem da medula espinal, dando um total de 43 pares de
nervos que formam a base do sistema nervoso periférico. Originados no encéfalo,
os nervos cranianos conectam os órgãos dos sentidos (boca, nariz, ouvido e olhos)
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Originados na medula espinal, os nervos raquidianos (nervos espinais) são nervos
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Os nervos podem classificar-se ainda em sensitivos, motores e mistos. Os nervos
sensitivos ou aferentes enviam sinais da periferia do corpo para o sistema nervoso
central. Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz. Os
nervos motores ou eferentes enviam sinais do sistema nervoso central para os
músculos ou glândulas. Os nervos mistos são formados por fibras sensoriais e
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informações ao sistema nervoso central sobre o ambiente em torno da pessoa,
usando principalmente os cinco sentidos para esta tarefa. Já o componente
eferente cuida dos movimentos voluntários do ser humano, recebe as ordens do
cérebro por meio dos neurônios e estimula os músculos e ossos para realizar os
movimentos.
O sistema nervoso autónomo atua de modo integrado com o sistema nervoso
central. Geralmente, exerce o controlo de atividades independentes da nossa
vontade, ou seja, ações involuntárias como as atividades realizadas pelos órgãos
internos (processos fisiológicos), atuando sobre a musculatura lisa e cardíaca.
O sistema nervoso autónomo tem como função regular as atividades orgânicas,
garantindo a homeostase do organismo.
Este sistema está subdividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso
parassimpático.
Estes dois sistemas têm funções contrárias, mas que se complementam para
regular as funções orgânicas e para que o equilíbrio interno do organismo se
mantenha constante.
O sistema nervoso autónomo simpático tem como função preparar o corpo humano
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Condução do impulso neuronal e Neurotransmissores
O nosso organismo possui um sistema nervoso com grande capacidade de
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Os neurónios transmitem a informação na forma de correntes elétricas fracas.
Cada neurónio comunica o impulso nervoso ao neurónio seguinte através das
dendrites e dos axónios, mas sem que estes se toquem, pois, as ramificações do
axónio de um neurónio e as dendrites do seguinte estão pouco separadas. Ao
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células nervosas, podendo ocorrer variações com uma mínima perda celular em
uma região e prejuízos mais pronunciados em outras.
O envelhecimento normal associa-se, além das alterações microscópicas dos
neurônios, a mudanças nos sistemas de neurotransmissores.
O que acontece durante o envelhecimento? Frequentemente ocorrem falhas na
memória e diminuição na velocidade de processamento. Para compensar é
importante que o idoso, tenha reservas intelectuais e experiências acumuladas e
que promova a manutenção das capacidades de raciocínio por meio de treinos de
raciocínio, treinos de linguagem e de espaço visual.
O declínio de memória não necessita, necessariamente, estar associado à lesão
estrutural, podendo ocorrer devido à disfunção fisiológica e não à perda neuronal.
Com o envelhecimento, o número de células nervosas no cérebro tende a
diminuir, embora a perda varie muito em cada caso, dependendo da saúde da
pessoa. Além disso, as células nervosas remanescentes funcionam de forma
inferior. Contudo, o cérebro tem certas características que ajudam a compensar
essas perdas.
• Redundância: O cérebro tem mais células do que precisa para funcionar
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O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma artéria no cérebro fica
bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral
devido à perda da circulação sanguínea, causando sintomas repentinos.
A maioria dos AVC é isquémica, resultam normalmente da ausência de oxigénio e
de nutrientes na sequência de um bloqueio do fluxo de sangue, geralmente devido
ao bloqueio de uma artéria, noutros casos são AVC hemorrágicos porque as
células cerebrais são inundadas por sangue devido à rotura de uma artéria. Pode
ainda ocorrer outro tipo de AVC de duração mais reduzida que se denomina
acidente isquémico transitório (AIT), em que a artéria cerebral sofre entupimento
transitório e os sintomas podem durar minutos ou horas, não devendo ser ignorado
pois é um primeiro sinal de um AVC.
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portanto, os seus efeitos no corpo são imediatos.
De um modo geral, é simples reconhecer um AVC recorrendo à regra dos 5 F’s.
Estes sintomas podem surgir de forma isolada ou em combinação:
Face: a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da
boca” ou uma das pálpebras estarem descaídos. Estes sinais poderão ser melhor
percebidos se a pessoa afetada tentar sorrir.
Força: é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer
uma súbita falta de equilíbrio.
Fala: a fala pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer
sentido. Com frequência, a pessoa parece não compreender o que se lhe diz.
Falta de visão súbita: a perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, é um
sintoma frequente num AVC, bem como a visão dupla.
Forte dor de cabeça: igualmente, é importante valorizar uma dor de cabeça súbita
e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa aparente.
Os fatores de risco são muito numerosos e, quanto maior for o seu número, maior
o risco de ocorrência de um AVC.
Alguns desses fatores não são controláveis, como a idade, o género (mais
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doentes irão exibir sequelas ao longo das suas vidas.
A recuperação irá depender da localização e extensão do AVC, mas também do
tempo decorrido, razão pela qual é crucial o recurso imediato ao Hospital quando
existe suspeita de desenvolvimento de um AVC.
A fisioterapia e a alteração no estilo de vida são aspetos importantes para a
recuperação. A manutenção de uma atitude positiva, o suporte profissional e
familiar são aspetos importantes para que a recuperação seja a melhor possível.
A Epilepsia é um distúrbio do cérebro, não transmissível, em que a atividade das
células nervosas é perturbada o que provoca uma atividade excessiva e anormal
nas células cerebrais, gerando crises epiléticas.
Quando este distúrbio ocorre, o cérebro interrompe temporariamente sua função
habitual e produz manifestações involuntárias no comportamento, no controle
muscular, na consciência e na sensibilidade do indivíduo.
O diagnóstico da epilepsia deve ser realizado por um neurologista e é feito a partir
do relato detalhado do paciente ou de alguém que presenciou a crise. São
necessárias informações detalhadas sobre a ocorrência, parte do corpo afetada,
tempo de duração da crise, período do dia em que aconteceu; todas as
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Verifica-se uma diferença significativa na quantidade de dopamina produzida.
A doença de Parkinson ocorre tipicamente na 5.ª e 6.ª décadas de vida e estima-se
que afete cerca de 1% da população com mais de 60 anos.
O principal fator de risco para desenvolver a doença é a idade, ou seja, com o
envelhecimento aumenta a probabilidade de desenvolver esta patologia
neurodegenerativa. Outro fator de risco reconhecido é a história familiar e há
algumas mutações (alterações genéticas) que são particularmente frequentes.
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Os sinais e sintomas não motores estão habitualmente presentes aquando do
diagnóstico e podem preceder os sintomas motores, em vários anos. De entre os
sintomas não motores incluem-se:
Distúrbios emocionais (anedonia, ansiedade, apatia, depressão);
Hipotensão ortostática (queda súbita de pressão arterial quando o doente se
levanta);
Disfunção cognitiva (inatenção, alterações de memória);
Distúrbios gastrointestinais (obstipação, saciedade precoce, falta de apetite);
Distúrbios sexuais (diminuição ou aumento do desejo sexual, disfunção sexual);
Distúrbios de sono (sonolência diurna excessiva, distúrbio do sono REM – em que
o doente se movimenta de forma excessiva ou violenta, insónia, sonhos vividos,
fragmentação do sono);
Alteração dos sentidos (diminuição do olfato e do paladar);
Disfunção urinária (frequência, incontinência);
Outros (síndrome de pernas inquietas - inquietude e vontade irresistível de
movimentar as pernas, dor, fadiga, distúrbios visuais).
Embora não exista cura, os sintomas podem ser controlados através de diversos
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em qualquer pessoa, mas é mais frequente a partir dos 65 anos. Em algumas
situações pode ocorrer em pessoas com idades compreendidas entre os 40 e os
60 anos.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência, constituindo cerca de
50% a 70% de todos os casos. É uma doença progressiva, degenerativa e que
afeta o cérebro. À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de
tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilares no seu interior e placas senis
no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação
dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais.
Estas acabam por morrer, e isto traduz-se numa incapacidade de recordar ou
assimilar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando
as
várias
áreas
cereb
rais,
vão-
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Demência Vascular é um termo utilizado para descrever o tipo de Demência
associado aos problemas da circulação do sangue para o cérebro e constitui o
segundo tipo mais comum de Demência. Existem vários tipos de Demência
Vascular, mas as duas formas mais comuns são a Demência por multienfartes
cerebrais e Doença de Binswanger. A primeira é causada por vários pequenos
enfartes cerebrais, também conhecidos por acidentes isquémicos transitórios e é
provavelmente a forma mais comum de Demência Vascular. A segunda, também
denominada por Demência vascular subcortical, está associada às alterações
cerebrais relacionadas com os enfartes e é causada por hipertensão arterial,
estreitamento das artérias e por uma circulação sanguínea deficitária.
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sintomas permitem a sua diferenciação da Doença de Alzheimer.
Demência frontotemporal (DFT) é o nome dado a um grupo demências em que
existe a degeneração de um ou de ambos os lobos cerebrais, frontal ou temporais.
Neste grupo de demências estão incluídas a Demência fronto-temporal, Afasia
Progressiva não-fluente, Demência semântica e Doença de Pick. Cerca de 50%
das pessoas com DFT tem história familiar da doença, não sendo conhecidos
outros fatores de risco.
A Doença de Huntington é uma doença degenerativa e hereditária, que afeta o
cérebro e o corpo. Inicia-se, habitualmente, no período entre os 30 e 50 anos e é
caracterizada pelo declínio intelectual e movimentos irregulares involuntários dos
membros ou músculos faciais.
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A Meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges, que são as
membranas que protegem o cérebro e a medula espinal. Essa inflamação é
habitualmente o resultado de uma infeção do líquido que se encontra em torno do
cérebro e da medula espinal.
Quando as meninges estão inflamadas pode ocorrer lesão do cérebro ou da
medula.
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Embora as causas da meningite sejam diversas, as infeções virais são, de facto, as
mais comuns. As meningites bacterianas são, de um modo geral, adquiridas a
partir do meio ambiente pelas vias respiratórias e, como tal, são muito contagiosas.
Outras causas possíveis são o trauma com fratura do crânio, a cirurgia cerebral,
alguns tipos de cancro, as otites ou o uso de algumas drogas.
Nem sempre é fácil reconhecer os sintomas de uma meningite. Nas fases iniciais, os
sintomas são semelhantes aos de uma gripe ou de uma gastroenterite, mas a
doença pode evoluir rapidamente e ser fatal em poucas horas.
Inicialmente, a meningite pode manifestar-se por vómitos, náuseas, dores
musculares, febre, cefaleia, extremidades frias e erupções cutâneas que persistem
sob pressão. Essa erupção começa sob a forma de pequenas manchas e progride
assemelhando-se a nódoas negras, o que significa que o sangue passou dos
vasos para os tecidos sob a pele.
Nos bebés, a meningite pode manifestar-se por choro, fontanela mais
saliente, dificuldade em acordar, membros flácidos ou muito rígidos, recusa
alimentar, respiração difícil e erupção cutânea.
Em crianças mais velhas, verifica-se rigidez do pescoço, dores articulares,
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Trata-se de uma condição rara, mais comum no primeiro ano de vida, e cuja
incidência diminui com a idade. As formas mais graves ocorrem no adulto jovem e
no adulto idoso.
As causas mais comuns são as infeções virais. A exposição ao vírus pode ocorrer
através da respiração (partículas emitidas por uma pessoa infetada), água ou
alimentos contaminados, picadas de mosquitos ou outros insetos ou pelo contacto
direto com a pele.
Os vírus responsáveis variam conforme a localização geográfica e a estação do
ano. A encefalite causada pelo vírus herpes simplex é a causa mais comum para
todas as idades, incluindo os recém-nascidos.
A infeção do cérebro pelo vírus provoca inchaço dos tecidos, com destruição de
células nervosas, hemorragia e lesões cerebrais.
A encefalite pode ainda ser causada por uma reação alérgica a uma vacinação,
doenças autoimunes, infeções por bactérias, fungos ou parasitas ou ser uma
consequência de um cancro.
Por vezes, os sintomas da encefalite são precedidos por queixas sugestivas de
uma constipação ou gastrenterite.
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encefalite pode ser grave, causando problemas permanentes ou mesmo morte.
A fase aguda normalmente dura 1 a 2 semanas, desaparecendo depois a febre e
os restantes sintomas de um modo gradual. Algumas pessoas podem demorar
meses a recuperar por completo.
Quando ocorre lesão cerebral, ela pode afetar a audição, a memória, o controlo
muscular, a sensibilidade, a fala ou a visão.
O tratamento deve fornecer suporte médico (repouso, nutrição e fluidos) de modo a
ajudar o organismo a combater a infeção, e para aliviar os sintomas.
Os medicamentos podem incluir antivirais, antibióticos, anticonvulsivantes,
corticoides para reduzir o inchaço cerebral, sedativos, analgésicos e antipiréticos.
Em caso de lesão cerebral, será necessária fisioterapia e/ou terapia da fala para
melhorar as funções perdidas e aumentar a qualidade de vida.
Para prevenir a Encefalite crianças e adultos devem evitar o contacto com doentes
com encefalite. O cumprimento do programa de vacinação é importante e, em caso
de viagem para zonas potencialmente perigosas, devem ser administradas as
vacinas recomendadas numa consulta do viajante.
A Afasia é um distúrbio da comunicação adquirido que interfere na capacidade de
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quotidianas, na observação dos arredores, na concentração, na iniciativa para
falar, na memória e pode causar incapacidade para fazer duas coisas ao mesmo
tempo.
Não existem duas pessoas que sofram de afasia do mesmo modo. A gravidade e a
extensão da afasia dependem, entre outras coisas, da localização e da gravidade
da lesão cerebral, da competência linguística anterior e da personalidade do
indivíduo. Algumas pessoas com afasia podem entender a linguagem, mas têm
problemas para achar as palavras certas ou para construir frases. Outras tendem a
falar em demasia, mas o que dizem é difícil de se compreender
Uma pessoa com afasia pode ter dificuldade em recordar palavras e nomes, mas a
sua inteligência está basicamente intacta. A afasia não é como a doença de
Alzheimer porque, na afasia, a dificuldade está na capacidade em aceder às ideias
e pensamentos e não na elaboração da ideia ou do pensamento em si. Contudo,
como muitas pessoas com afasia têm dificuldade em comunicar, elas são
frequentemente confundidas com pessoas com problema ou doença mental.
Muitas pessoas com afasia também apresentam paralisia ou fraqueza dos
membros superior e inferior direitos porque a afasia resulta de uma lesão no lado
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expressão (disfasia expressiva), a compreensão oral (disfasia da receção) ou pode,
ainda, combinar os dois. Esse transtorno afeta as crianças, principalmente os
meninos, e surge durante a aprendizagem.
A disfasia surge por uma disfunção cerebral na área da linguagem, causando
transtornos importantes na expressão verbal e compreensão oral. Em geral, surge
principalmente após um acidente vascular cerebral (AVC).
Os sinais que indicam presença da disfasia são aprendizagem tardia da linguagem
e longo período de silêncio, discurso pouco estruturado, transtornos da fonação
com palavras incompreensíveis, falta de vocabulário, transtornos da sintaxe,
compreensão dificultada, transtornos da concentração ou cognitivos, com retardo
psicomotor.
A Parésia representa a perda de parte da motricidade de um ou mais músculos do
corpo, de forma temporária ou permanente. Ao contrário da paralisia, que é uma
perda total da motricidade, a paresia causa apenas limitação, fazendo com que
alguns movimentos não sejam realizados corretamente. O paciente também
apresenta perda de força muscular. A paresia pode ser consequência de um
problema nos neurônios, cuja função é transmitir a ordem de comando motor para
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O sistema nervoso pode ainda ver a sua atividade afetada por diferentes tipos de
tumores (neoplasias), que são alterações celulares que provocam o aumento
anormal dos tecidos corporais envolvidos. Eles são considerados benignos quando
são bem delimitados, de crescimento lento; e também não reincidem após sua
remoção, e nem se espalham. Já os malignos infiltram as células adjacentes, têm
crescimento rápido, e podem reincidir e espalhar-se pelo organismo, atacando
outros órgãos, por via linfática ou sanguínea: são as metástases. Nesse último
caso, tais tumores também são chamados de cancro.
Os tumores podem surgir em qualquer idade, estando as consequências
Conclusão
O sistema nervoso dos seres humanos realiza várias funções de extrema importância
para o perfeito funcionamento do organismo. Além de executar tarefas específicas, o
sistema nervoso atua em conjunto com outros órgãos do corpo humano, auxiliando-os
no seu funcionamento.
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É formado por um conjunto de órgãos que possuem a função de captar as
mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los", e
consequentemente elabora respostas, que podem ser dadas na forma de
movimentos, sensações ou constatações.
O sistema nervoso é um dos mais importantes para o bem-estar do organismo,
pois controla e intervém na maioria das funções do corpo do ser humano. É
formado por neurônios, os quais se reproduzem, mas esta produção diminui à
medida que envelhecemos, por isso é muito importante cuidar do sistema nervoso
para gozar de uma excelente velhice. O sistema nervoso é responsável por
sentirmos medo, a coordenação nos movimentos de nossas extremidades, o
sentido do tato, do equilíbrio, e de muitas outras funções vitais para a vida de um
ser humano. Então para o mantermos saudável e funcional por mais tempo
devemos ter alguns cuidados. Seguir uma alimentação saudável é importante para
cuidar do sistema nervoso, pois o que comemos pode influenciar negativamente ou
positivamente as funções do nosso corpo e em especial do sistema nervoso, o
consumo de álcool e tabaco favorece o desenvolvimento de algumas doenças,
como a diabetes tipo 2, hipertensão arterial, AVC entre outras que contribuem para
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