EXERCÍCIOS DE
manter a mobilidade articular e dos
FLEXIBILIDADE
(ALONGAMENTO)
DEFINIÇÃO DE FLEXIBILIDADE
Capacidade de mover uma articulação
ou um conjunto de articulações em
uma amplitude de movimento total,
irrestrita e livre de dor.
ADM
O movimento completo possível é
denominado de amplitude de
movimento (ADM).
Quando um segmento se movimenta
ao longo de sua ADM, todas as
estruturas na região são afetadas:
músculos, superfícies articulares,
cápsulas, ligamentos, fáscias, vasos,
nervos e pele.
Antes de iniciar um exercício de
alongamento, o fisioterapeuta precisa
determinar qual ou quais estruturas
são responsáveis pela diminuição da
ADM e quais as técnicas que podem e
devem ser utilizadas para a restauração
da ADM.
Para manter ADM:
Os segmentos precisam ser
periodicamente movidos em sua
amplitude possível, quer ativamente ou
passivamente.
 Passivo: hospital, ...
Os exercícios são administrados para
tecidos moles, de modo que a perda da
flexibilidade dos tecidos e a formação
de encurtamentos ou contraturas seja
minimizada
 Se você fica parado, a produção
da substância fundamental
diminui -> faz com que haja uma
diminuição da elasticidade das
fibras (colágenas, elásticas e
reticulares – tecido conjuntivo).
A flexibilidade depende de uma
combinação de:
 Amplitude de movimento da
articulação pode ser limitada
pela forma das faces de junção
e pelas estruturas capsulares e
ligamentares que circundam a
articulação;
 Flexibilidade muscular, ou
capacidade de a unidade
musculo-tendínea alongar-se.
*o movimento articular excessivo,
como a hiperextensão do cotovelo,
predispõe a lesão à articulação.
FLEXIBILIDADE
Importância
Realizar atividades diárias (requer uma
quantidade relativamente normal de
flexibilidade;
  Se há uma ADM restrita pode
haver uma diminuição da
capacidade de desempenho +
falta de flexibilidade =
movimentos descoordenados
ou desajeitados.
É essencial para o movimento normal e
importante na prevenção de lesão da
unidade musculo-tendínea.
Fatores que limitam flexibilidade
Os músculos e seus tendões junto com
bainhas faciais circundantes limitam a
ADM.
 Trauma de um musculo gera
processo inflamatório a partir
de uma fibrose, levando ao
encurtamento muscular.
Tecido conjuntivo que circunda a
articulação (ligamentos e cápsula
articular) pode sofrer contratura.
Se uma articulação for imobilizada
durante um certo tempo, essas
estruturas tendem a perder um pouco
de elasticidade (comum depois de
reparos cirúrgicos ou longos períodos
de inatividade).
Estrutura óssea
 Que sofreu uma certa fratura,
pode sofrer depósitos
excessivos de cálcio no espaço
articular, fazendo com que a
articulação perca a capacidade
de extensão/flexão.
Gordura também pode limitar a
capacidade de realizar o movimento na
ADM total
 Ela pode atuar como um calço
entre dois braços de alavanca,
restringindo o movimento em
qualquer local do corpo.
Pele após uma cirurgia ou lesão que
comprometa ruptura ou laceração da
pele sobre uma articulação ou na sua
periferia
 Terá formação de tecido
cicatricial inelástico sobre este
local – ele é incapaz de alongar-
se com o movimento articular.
Encurtamento x Contratura
Contratura = perda quase que
completa da mobilidade (é sempre
articular)
 São descritas por meio da
identificação da ação do
 músculo encurtado, existe uma
fibrose no membro;
 Se o paciente tem músculos
flexores de cotovelo encurtados
e não pode estendê-lo
totalmente, pode-se dizer que
ele tem uma contratura em
flexão do cotovelo;
 Restrição dos movimentos pode
variar de um leve encurtamento
muscular até contraturas
irreversíveis;
 É o encurtamento adaptativo da
unidade musculotendínea e de
outros tecidos moles que
cruzam ou cercam uma
articulação e resulta em
resistência significativa
alongamento passivo ou ativo e
na limitação da ADM, podendo
comprometer as habilidades
funcionais.
Encurtamento = perda total
mobilidade
Encurtamento muscular =
alongar;
AMPLITUDE DE MOVIMENTO PASSIVA
= flexibilidade estática
Refere-se ao grau em que uma
articulação pode ser mobilizada
passivamente até os pontos terminais
da amplitude de movimento
 Nenhuma contração muscular
voluntária é envolvida para
mover a articulação na
amplitude passiva;
 Ao aplicar pressão passiva no
braço da alavanca de um
membro, ele é capaz de mover-
se além nessa ADM ativo.
É importante para prevenção de lesões
 Se houver movimento excessivo
e não houver elasticidade
suficiente, pode sofrer lesão.
O objetivo de qualquer programa eficaz
de flexibilidade deve ser melhorar a
ao ADM por meio da alteração da
extensibilidade das unidades
musculoesqueléticas que produzem
movimento em determinada
articulação.
TÉCNICA DE ALONGAMENTO
Estes exercícios funcionam com o
tempo, aumentam a amplitude de
movimento possível nas articulações.
Relação de agonistas e antagonistas
Em toda técnica vai haver um músculo
da
agonista e um antagonista. É preciso
haver certo grau de equilíbrio entre
eles para o movimento ser normal,
suave e coordenado (reduzindo a
distensão muscular causada por
desequilíbrio).

Alongamento balístico = movimentos
rápidos, vigorosos
 Contração vigorosa do músculo
agonista, para realizar o
alongamento do músculo
antagonista;
 Cria certas foças não
controladas no interior do
músculo, que podem exceder os
limites da extensibilidade das
fibras musculares, produzindo
microrrupturas no interior da
unidade musculotendínea.
Ex: O movimento de chutar
com MI o ar, é balístico para
os isquiotibiais e glúteos.
Alongamento estático
Passivo = colocando o paciente em
posição de alongamento máximo e
mantendo assim por um período
prolongado que pode variar 6 a 30
segundos
 Requer a utilização do peso
corpóreo, assistência do
fisioterapeuta ou uso de faixa
Ativo = desenvolvido quando uma
contração voluntária do musculo
agonista promove encurtamento do
mesmo e consequentemente um
alongamento do músculo antagônico.
TÉCNICAS DE ALONGAMENTO POR
FACILITAÇÃO NEURO-MUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA
As três técnicas englobam certa
combinação de contrações isométricas
ou isotônicas alternadas e relaxamento
dos músculos agonistas e antagonistas.
Contrair-relaxar (CR)
 Coloca-se o membro no padrão
agonista;
 Instruir o paciente a realizar
uma contração isométrica no
músculo antagonista (que será
alongado), a resistência é dada
pelo fisio;
 Terapeuta pede ao paciente que
relaxe enquanto o terapeuta
leva o membro passivamente
 ganhando mais ADM, até  Músculos estriados possuem
perceber nova limitação; mecanorreceptores que
 Repetir os itens 2 e 3. informam ao SNC sobre o que
está acontecendo com os
mesmos;
 Dois destes mecanorrecptores
são importantes no reflexo do
estiramento: fuso muscular e
órgão tendinoso do Golgi;
Manter-relaxar (MR)
 Eles são sensíveis às alterações
 Inicia com contração do comprimento do músculo. E
isométrica do antagonista os órgãos tendinosos de Golgi
contra resistência; também são afetados por
 Solicita-se uma contração mudança na tensão muscular.
concêntrica do agonista
Fuso neuromuscular
combinada com ligeira
pressão do fisio para atingir
o alongamento máximo do
antagonista.

Reversão lenta de manter e relaxar

Iniciada com uma contração isotônica

do agonista, que em geral limita a ADM
padrão agonista;
Seguida por uma contração isométrica
do antagonista;
Seguida do relaxamento dos
antagonistas e contração dos agonistas
ocasionando movimento na direção do
padrão do agonista e alongando o
antagonista.
NOÇÕES DE NEUROFISIOLOGIA DO
ALONGAMENTO
As três técnicas de alongamento
baseiam-se em um fenômeno neuro-
fisiológico que envolve o reflexo do
estiramento
Quando músculo é alongado, os fusos e
os órgãos de golgi começam a enviar
impulsos sensoriais para a medula
espinhal
 No, início os fusos informam ao
SNC que o músculo está sendo
alongado;
 Os impulsos voltam para o
músculo pela medula, e ele se
contrai de maneira reflexa,
resistindo assim ao
alongamento.
Quando o músculo é estirado em
excesso, o fuso dispara uma contração
protetora.

Órgão tendinoso de Golgi
Localizado nos tendões e tem a função
de captar tensões contráteis excessivas,
bloqueando a contração muscular com
potencial lesivo ao musculo,
promovendo então o relaxamento
muscular reflexo.
Ele responde a mudança do
comprimento e ao aumento da tensão,
disparando impulsos sensoriais
próprios para medula espinhal
 Se o alongamento durar por
mais que 6 segundos, os
impulsos do OTG começam a
inibir os impulsos do fuso,
ocasionando um relaxamento
reflexo do músculo alongado;
 Este relaxamento serve como
mecanismo protetor que
permite que o músculo se
alongue pelo relaxamento,
evitando danos às fibras
musculares.
Alongamento muscular provoca o
aumento na frequência dos impulsos
transmitidos pelos fusos para medula,
que por sua vez, produz aumento na
frequência dos impulsos nervosos
motores, retornando para o mesmo
músculo, resistindo, portanto,
reflexivamente ao alongamento
 Tensão excessiva ativa os OTG –
seus impulsos possuem efeito
inibidor sobre os impulsos
motores que retornam para os
músculos e faze com que o
musculo relaxe.
Alongamento estático entre 6 a 60s =
ativam OTG (aumento da tensão)
 Impulsos do OTG podem
superar os impulsos advindos
dos fusos, permitindo que o
músculo relaxe por reflexo,
depois da resistência inicial à
mudança de comprimento;
 Alongamento do músculo +
possibilidade de permanecer
alongado por longo período não
geram necessariamente lesão
muscular.
Eficiência das técnicas de FNP é
atribuída em parte aos princípios
neurofisiológicos. A técnica de manter-
relaxar tira partido de dois outros
fenômenos neurofisiológicos:
 Contração isométrica máxima
sustentada por 10s aumenta a
tensão muscular ativando OTG,
 que gera estímulos de alongado ou tem seu comprimento
relaxamento reflexo do músculo aumentado
antagonista;
 Inibição recíproca – fase de  Não contrateis = são resistentes
relaxamento: antagonista ao grau de aumento de seu
relaxado é passivamente comprimento (quanto maior o
alongado, enquanto há alongamento, mais contribuem
contração isotônica máxima do os elementos dos componentes
músculo agonista (mais tensão não contrateis;
na extremidade como um  Contrateis = limitam a
padrão agonista) // grupo deformação de alta velocidade.
muscular sinérgico realiza
Aumento do comprimento de um
contração do agonista e
músculo por meio de alongamento
ocasiona relaxamento reflexo
(mantido por tempo suficiente para
no músculo agonista,
permitir que a inibição autogênica
permitindo alongamento,
relaxe reflexivamente o músculo)
protegendo de lesão.
permite a ocorrência de alterações
viscoelásticas e plásticas nas fibras de
colágeno e elastina
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS
DO MÚSCULO  Alterações vicoeslásticas
permitem lenta deformação
Músculo e tendão são compostos por com recuperação imperfeita,
fibras colágeno e elastina não não são permanentes;
contráteis  Alterações plásticas resultam
em alterações residuais ou
 Colágeno: possibilita eu um permanente do comprimento,
tecido resista a forças devido a deformidade criada
mecânicas e a deformação; por grande período de
 Elastina: compõe os tecidos alongamento (mais difícil de
altamente elásticos que atingir).
auxiliam a recuperação da
deformação.

Apenas o músculo tem componentes DISCUSSÃO PRÁTICA DO

contrateis ativos (actina e miosina) –
coletivamente elementos contráteis e
não contráteis determinam capacidade
dos músculos e se deformarem e se
recuperarem da deformação.
ALONGAMENTO
Ainda há controvérsia quanto ao fato
de saber qual técnica produz maiores
aumentos na ADM

Os componentes contrateis e não  Balística: recomendada para

contrateis parecem resistir à indivíduos com atividades mais
deformação quando músculo é dinâmicas (atletas);
  Estático é o mais usado: simples
e pode ser feito sem auxilio;
 FNP: traz resultados excelentes
e amplos, além de rápidos e
extensos (precisa de auxílio).
Tempo de manutenção da flexibilidade
após interrupção de programa de
alongamento
Aquecimento com caminhada lenta ou
exercício em bicicleta ergométrica
antes de alongamentos vigorosos;
Musculatura precisa ser
sobrecarregada oi alongada além de
sua amplitude normal (sem dor) para
aumentar a flexibilidade.

 Evidencia sua perda após duas

semanas;
 Pode ser mantida com
atividades de alongamento pelo
menos uma vez na semana, mas
para melhorar a flexibilidade é
preciso realizar o alongamento
de 3 a 5 vezes por semana.

Aquecimento antes do alongamento

 Necessário o aumento da
temperatura intramuscular para
maior eficiência do
alongamento – efeito positivo
sobre a capacidade dos
componentes de colágeno e
elastina se deformarem;
 Aumento da capacidade de os
OTG´s relaxarem o músculo e
modo reflexo por meio da
inibição autogênica;
 Temperatura ideal: 39 graus;
 Pode ser atingida com
aquecimento de baixa
intensidade ou modalidades
terapêuticas – recomendação
de prioridade aos exercícios.

DIRETRIZES E PRECAUÇÕES PARA

ALONGAMENTO