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Livro Eletrônico

Afecções traumato-ortopédicas dos membros superiores

Conhecimentos Específicos p/ EBSERH (Fisioterapia) Com Videoaulas


- Pós-Edital
Mara Claudia Ribeiro, Gislaine dos Santos Holler

04868233424 - Flávia Valéria Silva Sampaio


Mara Claudia Ribeiro, Gislaine dos Santos Holler
Afecções traumato-ortopédicas dos membros superiores

1 – AFECÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES .................................................................... 2


1.1 - OMBRO ................................................................................................................................. 2
1.2 – COTOVELO, PUNHO E MÃO ................................................................................................ 24
2 – QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................39
3 – LISTA DE QUESTÕES .................................................................................................87
3.1 – Gabarito ........................................................................................................................... 106

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1 – AFECÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES


Falaremos apenas das principais afecções que são comuns nas provas.

1.1 - OMBRO

LESÃO DA ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Normalmente encontramos essas lesões em atletas - esportes motorizados


(queda diretamente sobre o ombro) e com lançamento acima da cabeça. Usualmente
resultado de uma força aplicada sobre o acrômio em direção para baixo,
consequentemente a clavícula se dirige contra a primeira costela, e a costela bloqueia
qualquer outro deslocamento caudal da clavícula. Nesse mecanismo de lesão, pode
ocorrer a fratura da clavícula ou ruptura dos ligamentos acromioclavicular e
coracoclaviculares, cápsula dessa articulação, músculos trapézio e deltoide.

Podemos classificar as lesões desta articulação em tipos de I a VI, em função da


extensão da lesão e do número de ligamentos envolvidos. Vamos ver as características
de cada tipo através da tabela abaixo. Preste atenção como a clavícula se encontra em
cada tipo.

TIPO DE LESÃO CARACTERÍSTICAS

Distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares. O


restante das estruturas intactas.
Sensibilidade e dor leve na articulação acromioclavicular.
Arco doloroso alto (160º a 180º).
Tratamento conservador (geralmente os médicos optam por
imobilização inicialmente).
Movimento com dor (geralmente): adução resistida.
Tratamento fisioterapêutico: depende da evolução e da fase
da lesão, podendo incluir gelo (aguda), exercícios de ADM,
exercícios isométricos, resistidos progressivos, etc.
Geralmente, os tipos I e II resultam de uma queda ou pancada
sobre a região lateral do ombro ou de uma queda sobre a mão

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estendida, produzindo a torção. Geralmente o tipo I e II que


ocorre em atletas imaturos. Quando ocorre o tipo II é comum
romper o periósteo clavicular posterior. Nesse último caso, os
ligamentos coracoclaviculares e acromioclaviculares
comumente permanecem intactos.

Ligamento acromioclavicular rompido.


Torção do ligamento coracoclavicular.
Pode ter uma leve separação vertical em comparação com o
ombro não lesionado.
Dor local moderada a grave. Também há presença de
sensibilidade no espaço coracoclavicular.
Movimento com dor (geralmente): abdução com e sem
resistência.
Tratamento fisioterapêutico: segue a mesma ideia das fases
de cicatrização e do tipo I. Lembre-se que sempre deve ser
respeitada a dor do paciente.

Ligamento acromioclavicular e coracoclavicular rompidos;


luxação da articulação acromioclavicular e o ombro
inferiormente luxado. Geralmente, os músculos deltoide e
trapézio estão separados da extremidade distal da clavícula.
Em paciente <13 anos pode estar associada a fratura da
clavícula.
Espaço coracoclavicular 25% a 100% maior do que no ombro
normal.
Todos os movimentos ativos são dolorosos (mais na abdução).
Fenômeno tecla-de-piano está presente, após empurrar a
clavícula para baixo, clavícula salta para cima, para a sua
posição original.
Tratamento conservador ou cirúrgico? Ainda há controvérsias
referentes a isso.
O tratamento conservador seria a imobilização e após
transcorrido esse tempo, inicia a fisioterapia com exercícios
pendulares, exercícios de ADM suaves (inicialmente).
Posteriormente, sem dor e com a ADM ativa total, podemos
iniciar com exercícios resistidos progressivos. Se o paciente

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não retornar às atividades funcionais normalmente em três


meses, pode ser considerado um caso cirúrgico.

Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação
acromioclavicular; luxação da clavícula posteriormente dentro
ou através do músculo trapézio. Os músculos deltoide e
trapézio estão separados da extremidade distal da clavícula.
Dor grave.
Tratamento cirúrgico.
O pós-operatório segue as fases de cicatrização, respeitando
a dor do paciente e os sinais/sintomas encontrados. Os tipos
V e VI seguem esse mesmo raciocínio = tratamento cirúrgico.

Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação
acromioclavicular e disparidade significativa entre a clavícula
e a escápula de 300% a 500% do que o normal.
Os músculos deltoide e trapézio estão separados da
extremidade distal da clavícula.
Dor grave. Sensibilidade à palpação da metade lateral da
clavícula.

Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação
acromioclavicular e clavícula luxada inferiormente ao processo
coracóide e posteriormente aos tendões do bíceps e do
coracobraquial.
Os músculos deltoide e trapézio estão separados da
extremidade distal da clavícula.
A região do ombro afetado é mais plana do que do ombro não
afetado. Podendo ocorrer fraturas associadas da clavícula e/ou
das costelas superiores e/ou ainda lesões do plexo braquial.
Dor grave.

Então podemos perceber que há diferença na gravidade da lesão nos ligamentos


e na quantidade de luxação entre os tipos. Quanto mais próximo do tipo VI, mais grave
é a lesão.

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IDECAN - PREF. VILHENA/RO - 2013


Sobre as lesões no ombro, sobretudo as da articulação acromioclavicular, analise.
I. No Tipo II de lesão, uma força leve é aplicada no ponto do ombro que estira somente
as articulações acromioclaviculares, mas não rompe as fibras dessa articulação.
II. No Tipo I de lesão há ruptura das fibras da articulação acromioclavicular.
III. No Tipo II de lesão, a força moderada é capaz de romper os ligamentos
acromioclaviculares.
IV. No Tipo III de lesão, uma força intensa é capaz de direcionar o acrômio e o processo
coracóide superiormente, sem romper os ligamentos.
V. As lesões da articulação acromioclavicular tipicamente resultam da direção inferior
da força, para o bordo lateral da escápula subsequente com a queda do braço aduzido
para o lado.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) II e V.
(B) III e V.
(C) I, III, V.
(D) I, II, IV.
(E) I, IV e V.

Gabarito: B.
Comentários: Vejamos as assertivas corretas:
I. No Tipo II de lesão, uma força leve é aplicada no ponto do ombro que estira somente
as articulações acromioclaviculares, mas não rompe as fibras dessa articulação. Item
errado. Há rompimento do ligamento acromioclavicular.
II. No Tipo I de lesão há ruptura das fibras da articulação acromioclavicular. Item
errado. Não há ruptura, apenas distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares.
III. No Tipo II de lesão, a força moderada é capaz de romper os ligamentos
acromioclaviculares. Item correto. Uma força moderada pode romper os ligamentos

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acromioclaviculares e isso ocorre no tipo II (lesão nos ligamentos acromioclaviculares


e não há lesão no ligamento coracoclavicular).
IV. No Tipo III de lesão, uma força intensa é capaz de direcionar o acrômio e o processo
coracóide superiormente, sem romper os ligamentos. Item errado. No tipo III a força
intensa é capaz de direcionar o acrômio e o processo coracóide superiormente, porém
há lesão dos ligamentos acromioclaviculares e coracoclaviculares, como podemos ver
na figura.

V. As lesões da articulação acromioclavicular tipicamente resultam da direção inferior


da força, para o bordo lateral da escápula subsequente com a queda do braço aduzido
para o lado. Item correto. Em outras palavras, o mecanismo de lesão mais comum é
uma queda ou pancada sobre a ponta do ombro, com o braço ao lado numa posição
aduzida. A força empurra o acrômio para baixo e medialmente, podendo sofrer lesões
ligamentares de menor ou maior gravidade, assim como fraturas e lesão do plexo
braquial, dependendo da intensidade da força.

Resposta da questão: letra B.

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SÍNDROME DO IMPACTO

Impacto do tendão supraespinhal, porção longa do bíceps e/ou bursa subacromial


na borda anterior do acrômio e ligamento coracoacromial, durante a elevação do
membro superior.

Tem como etiologia:

• Idade: mais comum em pessoas acima de 30 anos sem o fator de movimentos


repetitivos;
• Posição do braço durante as atividades: elevação do braço entre 60º e 90º tem
maior translação superior da cabeça do úmero, colocando uma alta demanda do
manguito rotador para contrabalançar essa elevação.
• Degeneração acromioclavicular (artrose). Comprimem o tendão do supraespinhal
com o osteófito;
• Deformidade acromial (I, II, III). Classificação segundo Bigliani:

No caso do tipo III, a ponta do acrômio está voltada para os tendões do


supraespinhoso, bíceps braquial (porção longa) e bursa. Por isso ele está mais
relacionado ao agravamento da Síndrome do Impacto. Tratamento: acromioplastia e
recuperação tendínea.

• Quantidade de vascularização para o manguito rotador diminuído;


• Prejuízo artrocinemático;
• Retração da cápsula posterior;
• Rigidez capsular;
• Desequilíbrio postural;
• Ação ruim dos depressores da cabeça umeral;
• Alteração no ritmo escapuloumeral;

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• Impacto extrínseco: movimentos repetitivos acima da cabeça, ocorrendo impacto


do manguito rotador contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero
durante a elevação umeral e a rotação interna forçadas, resultando em ruptura póstero-
superiores no lábio glenoidal e lesões na cabeça do úmero posterior (lesão de Bankart).

Neer dividiu o processo de impacto em três estágios (tabela abaixo).

ESTÁGIO I ESTÁGIO II ESTÁGIO III


<25 anos mais história >26 anos e <40 anos >40 anos mais história de
de movimentos mais história de dor prolongada (crônica).
repetitivos acima da movimentos
cabeça. repetitivos acima da
cabeça.
Sinais flogísticos Quadro clínico mais Quadro compatível com o
(inflamação) e agravado que no Estágio II.
sensibilidade local. Estágio I, com dor
aparecendo nas
atividades de vida
diárias e dor noturna.
Arco doloroso positivo. Sinais de crepitação Ruptura parcial ou total do
Dor com o teste de em tecidos moles manguito rotador ou bíceps
impacto (Neer e (fibrose com braquial associado a
Hawkins). espessamento da alterações ósseas.
Pouca ou nenhuma bursa subacromial) e Possível instabilidade
fraqueza do tendinite do manguito multidirecional.
supraespinhal. rotador; restrição da ADM ativa e passiva mais
ADM pela fibrose. limitadas.
Hipotrofia do supraespinhal.
Radiografia normal. Radiografia com Radiografia com sinais
possíveis osteófitos degenerativos.
na articulação
acromioclavicular.
Reversível, resolvida Não resolvida com Normalmente é caso
com repouso, repouso, necessários cirúrgico.
mudanças nos hábitos mudanças nas
esportivos e atividades de vida
fisioterapia. diárias e fisioterapia à
longo prazo.

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Sugestões de tratamento (depende do caso clínico que poderá ser pedido na


prova e qual fase estará):

• Mobilização articular (degeneração acromioclavicular e prejuízo artrocinemático);


• Retração da cápsula posterior (alongamento capsular);
• Ativação do serrátil anterior (pela ação na escápula – se é uma escápula com
descolamento de ângulo inferior);
• Desativação do trapézio superior (desativação de pontos-gatilhos);
• Fortalecimento muscular do manguito rotador (exceto abdutores de ombro
inicialmente, pois aumentam o impacto);
• Exercícios de propriocepção;
• Recursos eletrotermofototerápicos, etc.
• Exercícios de Codman ou exercício de pêndulo: tem como objetivo a mobilização do
ombro por meio de movimentos circulares e pendulares do braço, obtidos com
movimentos suaves do tronco, sem a contração de qualquer músculo do ombro.

O tratamento é explicado de maneira mais aprofundada no módulo de Fisioterapia


Geral, como seus efeitos fisiológicos, etc.

IDECAN – CBMDF – 2017


Sobre a reabilitação do ombro de atletas com síndrome de compressão, analise
as afirmativas a seguir.
I. O objetivo primário é reduzir a compressão e o atrito entre o manguito rotador e o
espaço acromioclavicular.
II. São necessários vários fatores para minimizar a compressão, entre eles a superfície
inferior normal da articulação acromioclavicular e função normal dos estabilizadores da
cabeça do úmero.
III. A complicação primária da síndrome de compressão é uma laceração do manguito
rotador.

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IV. Por ocasião da avaliação, a amplitude articular pode estar diminuída em função do
espasmo muscular e dor, nesses casos é indicado calor úmido, ultrassom e um
programa geral de flexibilidade do ombro com ênfase na rotação interna e externa na
posição supina.
V. É importante alongar a cápsula anterior a fim de normalizar o grau de rotação interna
durante o tratamento conservador.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
(A) I, III e V.
(B) II, III e V.
(C) III, IV e V.
(D) II, III e IV.

Gabarito: D.
Comentários: Vejamos as assertivas:
I. O objetivo primário é reduzir a compressão e o atrito entre o manguito rotador e o
espaço acromioclavicular. Não é o atrito entre o manguito rotador (músculos:
subscapular, supraespinhal, infraespinhoso e o redondo menor) e o espaço
acromioclavicular. É o impacto do tendão supraespinhal, porção longa do bíceps e/ou
bursa subacromial na borda anterior do acrômio e ligamento coracoacromial, durante a
elevação do membro superior. Item falso (eliminamos a letra A).
II. São necessários vários fatores para minimizar a compressão, entre eles a superfície
inferior normal da articulação acromioclavicular e função normal dos estabilizadores da
cabeça do úmero. Qualquer alteração nesses fatores pode gerar o aumento do impacto.
Item verdadeiro (eliminamos a letra C).
III. A complicação primária da síndrome de compressão é uma laceração do manguito
rotador. A permanência do mecanismo de impacto (compressão) pode causar
lacerações parciais ou totais no manguito rotador. Por isso é considerado uma
complicação primária. Item verdadeiro.
IV. Por ocasião da avaliação, a amplitude articular pode estar diminuída em função do
espasmo muscular e dor, nesses casos é indicado calor úmido, ultrassom (não
especificou, então pode ser utilizado) e um programa geral de flexibilidade do ombro
com ênfase na rotação interna e externa na posição supina. A flexibilidade do ombro

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com ênfase em rotação interna e externa é importante (pelo espasmo). Porém porque
a ênfase na posição supina? Não encontramos na literatura moderna sobre isso. Aqui
cabe recurso, pois não deve ser obrigatoriamente na posição supina.
V. É importante alongar a cápsula anterior a fim de normalizar o grau de rotação interna
durante o tratamento conservador. Um dos fatores que favorecem o impacto
subacromial é o “encurtamento” da cápsula articular posterior, mas também temos que
ter outras informações para ver se é indicado ou não. Mas a cápsula anterior não tem
porque alongar nesse caso (geral). Item falso (eliminamos a Letra B).

TENDINITE BICIPITAL

A tendinite bicipital (cabeça longa) geralmente é uma causa secundária à


síndrome do impacto, pela sua localização.
Normalmente, há dor na região ântero-lateral do ombro com irradiação para o
músculo do bíceps e a sensibilidade sobre o sulco bicipital (dor à palpação).
Geralmente a dor aparece:
- final da ADM de flexão e abdução,
- flexão resistida do cotovelo ou do ombro,
- alongamento passivo do bíceps (extensão do ombro);
O tratamento fisioterapêutico segue o mesmo raciocínio das fases de cicatrização
e evolução do paciente.

FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 13ª - 2014


Mário Sergio, 40 anos, apresenta dor no ombro esquerdo há 5 dias. A dor iniciou
após o final de semana dedicado a tarefas de manutenção de pintura de sua casa. Após
avaliação, Mário Sergio recebeu o diagnóstico de tendinite bicipital. Consequência dessa
tendinite, em relação a amplitude de movimento, é ativa e passiva de extensão de
ombro
(A) é dolorosa, mas não é limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa e limitada.
(B) é dolorosa e total; ativa de flexão e abdução é dolorosa.
(C) é dolorosa e limitada; ativa de flexão e abdução não é dolorosa.

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(D) não é dolorosa, mas é limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa.


(E) é dolorosa e limitada; ativa de flexão e abdução é dolorosa.

Gabarito: E.
Comentários: Como vimos, a dor ativa aparece na flexão e abdução do ombro e a dor
passiva na extensão do ombro. A extensão do ombro é limitada (pela posição alongada
do músculo) e dolorosa. A flexão e abdução são apenas dolorosas. Para entender melhor
é só saber as inserções do bíceps braquial. Letra E.

ACROMIOPLASTIA

O impacto persistente do manguito rotador contra o acrômio subjacente é a


principal causa de ruptura dessa estrutura.
Indicações = perda de função com dor persistente sem sucesso com o tratamento
conservador.
ATENÇÃO! É um procedimento de rotina para QUASE todos os pacientes que
sofreram reparos no manguito rotador. Pode ser realizado de duas formas pelo médico:
aberta ou por artroscopia. Não entraremos em detalhes, pois não é o nosso foco para
provas. O tratamento fisioterapêutico para as duas formas são semelhantes, pois tem
como objetivo aumentar o tamanho do espaço subacromial por meio de exercícios
terapêuticos que auxiliem a descompressão cirúrgica, sem sobrecarregar a recuperação
dos tecidos.
Após a cirurgia, dependendo do médico, o paciente irá utilizar uma tipoia ou um
imobilizador para ombro durante 1 a 5 dias após a cirurgia.
Vamos dividir o tratamento fisioterapêutico por fases de reparo tecidual. De
acordo com o objetivo teremos vários recursos que podemos utilizar.

FASE 1 – 1º dia a 6 semanas após a cirurgia

Objetivos:
- Diminuir a dor e edema;

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- Proteger o local da cirurgia;


- Minimizar a rigidez da coluna cervical (normalmente apresenta essa rigidez) e manter
a ADM e FM de outras estruturas próximas (cotovelo, pescoço, punho e mão) que não
estejam envolvidas. Exercícios progressivos resistidos do cotovelo para flexão e
extensão após 3 semanas apenas pela ação muscular biarticular do bíceps e tríceps
braquial.
- retardar a atrofia muscular;
- Diminuir os efeitos nocivos da imobilização e da restrição da atividade;
- ≈3º semana = promover ADM passiva do ombro envolvido de 75 a 90% em relação
ao lado não envolvido. ADMP total e flexível em torno de 6 semanas.
- assegurar o teste muscular manual dos rotadores em 3 ou 4/5;
- recuperar ou manter a mobilidade escapular ou escapulotorácica.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:
- Crioterapia: usada nos primeiros dias. As modalidade térmicas podem ser usadas
imediatamente após a amenização da fase aguda da cicatrização.
- Exercícios pendulares de Codman, elevação passiva usando uma mesa e rotação
externa com uma bengala iniciam-se na tarde da cirurgia. A extensão passiva deve ser
evitada na fase inicial, para impedir o estresse do reparo do músculo deltoide (depende
da técnica cirúrgica). O grau do movimento é orientado pela estabilidade do reparo
cirúrgico.
- 3 a 7 dias após a cirurgia = iniciar exercícios isométricos submáximos sem dor em
rotação interna e externa.
- Exercícios escapulares por volta da segunda semana podem ser iniciados (estímulos
isométricos e elevação escapular).
- Nessa fase inicial deve ter precaução referente à rotação interna do ombro para não
sofrer impacto.
- depois de 1 a 2 semanas – progressão para exercícios de ADM ativo assistido, de
acordo com a tolerância do paciente sempre.
- terapia manual = liberação miofascial, mobilização do tecido mole, desativação de
pontos gatilhos.

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- Mobilização articular graus I e II apenas – alivio da dor.


A progressão irá depender do processo de cicatrização e da dor do paciente.
Porém os exercícios devem ser feitos em uma faixa de elevação menor que 90º, para
evitar impactos.

FASE 2 –6 a 9 semanas após a cirurgia


Objetivos:
- Estabelecer a ADM ativa em 90º de abdução sem substituição da região
escapulotorácica no início dessa fase;
- Atingir as amplitudes artrocinemáticas do ombro em planos de movimentos simples,
após progredir para movimentos mais complexos;
- Atingir a normalidade de força entre o braço envolvido e o não envolvido por volta da
8º semana.

RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:
-FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva) escapular – inicialmente sem
resistência;
- Exercícios progressivos de rotação interna e externa em vários ângulos de elevação
(cotovelo flexionado a 90º). Também progressão no fortalecimento dos músculos
deltoide, infraespinhal, rotadores escapulares e bíceps braquial. O supraespinhal deve
ser exercitado isoladamente (rotação interna do ombro, polegar apontando para baixo
e abdução do ombro em 90º, mantendo a posição de 30º anterior ao plano frontal
médio);
- Mobilização articular- todos os graus;
- Exercícios de resistência manual no padrão diagonal ou funcional;
- alongamento assistido com ênfase na cápsula posterior;
- treinamento neuromuscular e proprioceptivo pode ser iniciado nessa fase. Por
exemplo: agarrar e arremessar a “medicine ball” e outras práticas pliométricas podem
ser iniciadas na 7º semana aproximadamente; “body blade” pode ser introduzido nessa
fase

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FASE 3 – após 10 semanas


Objetivos:
- Obter a ADM ativa sem dor de 100%, comparado ao lado não envolvido;
- Manter força muscular do ombro em 4 ou 5 ou igual ao lado não envolvido.
RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:
- Exercícios isotônicos com ênfase nas contrações excêntricas;
- Exercícios resistidos realizados em todos os planos: reto, escapular e diagonal em
vários ângulos e velocidades;
- Atividades funcionais ou específicas dos esportes;
- Body blade pode ser utilizado durante toda a ADM, progressivamente;
- Exercícios pliométricos (passes com as mãos, arremesso com as duas mãos, passe
sobre a cabeça). Sempre iniciando pelo mais fácil e ir progredindo. Além da progressão
do exercício, podemos progredir com o número de séries, velocidade e na distância dos
arremessos.

FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 6ª - 2012


No processo de reabilitação de um paciente que realiza acromioplastia, os exercícios
de resistência progressiva iniciam-se entre
(A) a terceira e a sexta semana.
(B) a sexta e a oitava semana.
(C) a nona e a décima segunda semana.
(D) o primeiro e o décimo dia.
(E) o décimo primeiro e o décimo quarto dia.

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Gabarito: A.
Comentários: Pessoal, esse tempo depende da literatura. Muitas vezes temos que usar
o bom senso para responder a essas perguntas. A ADM ativa podemos iniciar entre a
1º e 2º semana após a cirurgia. O exercício resistido podemos implementar após a 2º
semana pelo menos. Das opções a que melhor se encaixa é a letra A, podemos INICIAR
entre a terceira e a sexta semana.

REPARO DO MANGUITO ROTADOR

Para o reparo do manguito rotador há várias opções cirúrgicas com indicação em


caso de dor persistente que interfere nas atividades de vida diária e/ou que não
melhoram em 4 a 6 meses de tratamento conservador. Assim como na acromioplastia
temos a cirurgia aberta ou por artroscopia (não altera a velocidade da reabilitação pós-
operatória).
Normalmente após a cirurgia o braço é protegido por uma tipoia ou é mantido sobre
um pequeno travesseiro para abdução. Isso irá depender da quantidade de abdução
necessária para reparar o manguito rotador.
Geralmente, utilizam a tipoia em rupturas menores de 1 a 3 semanas, rupturas
médias de 3 a 6 semanas e rupturas maiores de 6 a 8 semanas. Já a órtese de abdução
de 6 semanas (pequena e médias rupturas) a 8 semanas (rupturas maiores).
Alguns cuidados: rotação externa geralmente é restrito nas primeiras 4 semanas
e a ADM passiva irá depender da estabilidade do reparo cirúrgico, principalmente nas
primeiras 6 semanas.
Vejamos o plano de tratamento para as 3 fases, sempre utilizem o mesmo
raciocínio das fases de inflamação.

FASE 1 – 1º dia a 6 semanas após a cirurgia


- Mesmos objetivos da acromioplastia, só altera a questão da ADM passiva.
- Promover a ADM passiva em média 60 a 70% comparada ao lado não envolvido por
volta de 3 a 4 semanas após a cirurgia.

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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS:
- ADM passiva: evitar adução em pacientes que utilizaram a órtese de abdução. Nesse
primeiro momento o movimento de rotação externa e elevação são realizados, porém
não em ADM total, evitando estresse excessivo;
- ADM ativa e ativa assistida, de acordo com o grau de ruptura , pode ser realizada. Em
média, rupturas menores (0 a 1 cm) pode ser realizada após 4 semanas, médias (1 a
3 cm) após 6 semanas, maiores (3 a 5 cm) após 8 semanas e massivas (>5 cm) após
12 semanas.
- iniciar controle escapular;
- modalidades atérmicas (sem calor na região!);
- exercícios pendulares;
- não pode realizar fortalecimento muscular do ombro antes de 12 semanas após a
cirurgia. No entanto, em rupturas pequenas com alto poder cicatrização (idade e estilo
de vida do paciente – não fumante) podem ser realizado exercícios isométricos podem
ser iniciados na 8º semana e progredindo de acordo com a tolerância do paciente.
- ADM ativa da coluna cervical, cotovelo, punho e mão. Exercícios de fortalecimento
para punho e mão. Lembrar sempre das outras estruturas não envolvidas, porém são
importantes;

FASE 2 –6 a 11 semanas após a cirurgia


- Nessa fase já não está mais com tipoia ou imobilizador, então continuamos
progredindo com os exercícios da primeira fase, com o objetivo de restauração da ADM
normal do ombro;
- Pode ser realizada ADM ativo assistido acima de 90º de abdução;
- Já podem ser inseridos ADM ativo e exercícios resistidos progressivos de acordo com
o grau de lesão e evolução do paciente;
- balanço multidirecional leve;
- medicine ball;
- body blade;
- Mobilização articular em todos os graus podem ser feitos;
- alongamento cápsula posterior.

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- terapia manual como na acromioplastia.

FASE 3 – mais de 16 semanas após a cirurgia


- evolução dos exercícios resistidos concêntricos, após evoluir para exercícios
excêntricos;
- evolução dos exercícios para estabilização escapular;
- pode ser utilizado a FNP;
- exercícios pliométricos;
- retorno funcional.

FAFIPA – PREFEITURA DE MORRETES/PB - 2015


Em um pós-operatório de laceração tipo II do manguito rotador (uma laceração
média a grande do manguito rotador de 1 cm a 5 cm), a reabilitação tem como objetivo:
(A) Diminuir qualidade de recrutamento muscular.
(B) Diminuir a dor.
(C) Diminuir a força muscular distal.
(D) Diminuir e manter a ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico.

Gabarito: B
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) Diminuir qualidade de recrutamento muscular. Item errado. Aumentar a qualidade
de recrutamento muscular.
(B) Diminuir a dor. Item correto.
(C) Diminuir a força muscular distal. Item errado. Aumentar a força muscular distal.
(D) Diminuir e manter a ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico.
Aumentar e/ou manter a ADM das articulações proximal e distal ao local cirúrgico.

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CAPSULITE ADESIVA

Como diz Codman: “é uma patologia difícil de definir, difícil de explicar e difícil de
tratar”. Essa patologia é conhecida como ombro congelado. Ela envolve a inflamação
da cápsula, com adesão da cápsula articular ao úmero. A etiologia é controversa. Há
fatores associados, que são: sexo feminino, mais de 40 anos, trauma, diabetes,
imobilização prolongada, doença da tireoide, AVC, infarto do miocárdio, presença de
doenças autoimunes. Ela pode ser primária (idiopática) ou secundária (tendinopatias,
lesões musculares, imobilização).

De acordo com Neviaser, a capsulite adesiva possui quatro estágios (podendo


durar dois anos no total):

ESTÁGIOS CARACTERÍSTICAS
Sinais e sintomas suaves. Dor em repouso (pior à noite) e nos
extremos da ADM.
A diminuição da ADM é secundária à sinovite dolorosa, em vez de
uma contração capsular verdadeira. Por isso, é mais difícil
diagnosticar nessa fase, pois a dor é muito confundida com a da
ESTÁGIO I
tendinite do manguito rotador.
Pode durar em média 3 meses.
Pré-adesivo
Dor na palpação das cápsulas anterior e posterior e descrevem dor
irradiada para a inserção do deltoide.
Sugestões de tratamento (prevenir a perda de mobilidade articular e
diminuir a dor): orientações quanto a não imobilidade, meios físicos
(TENS, ultrassom), cinesioterapia ativa e passiva, acupuntura.
Dor em todas as ADM.
Dor na palpação das cápsulas anterior e posterior e descrevem dor
irradiada para a inserção do deltoide.
ESTÁGIO II
Perda progressiva da ADM e persistência da dor.
Pode durar de 3 a 9 meses.
Sugestões de tratamento: mesmas do Estágio I.
Perda significativa de ADM – rigidez do ombro.
Quadro álgico diminuído, sendo que a dor aparece aos estiramentos
capsulares.
ESTÁGIO III
Pode durar de 9 a 12 meses
Movimentos acima da cabeça, alcançar o bolso de trás, se vestir e/ou
para cuidar da sua higiene pessoal estão limitados.

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Sugestões de tratamento: aquecimento dos tecidos (ondas curtas,


ultrassom, etc), artrocinemática (no final da ADM), alongamento
(capsular e muscular), fortalecimento muscular dentro da ADM
disponível (manter a atividade muscular).
Fase de “descongelamento”.
Recuperação lenta e gradual.
ESTÁGIO IV
A dor passa a existir somente nos limites máximos da ADM.
Progredir os exercícios para restauração da funcionalidade normal.

IDECAN - PREF. CARANGOLA/MG - 2014


Na capsulite adesiva, uma das afecções que mais acometem a articulação do
ombro, a cápsula articular se encontra espessada e inelástica. Em relação a gama de
técnicas indicadas no tratamento desta patologia, é correto afirmar que
(A) o fortalecimento isométrico deve ser vetado em face da necessidade de movimento
articular.
(B) os exercícios passivos são procedimentos fundamentais para o aumento da força e
a estabilidade articular.
(C) recomenda‐se o uso do ultrassom (3MHZ), a fim de atingir os tecidos inflamados
mais profundos da articulação.
(D) na mobilização articular ínfero‐superior do úmero, objetiva‐se, primariamente,
ganho da amplitude de movimento em geral, exceto da abdução.
(E) quando se acrescenta peso aos exercícios pendulares, tem‐se o objetivo de gerar
uma força de separação articular grau III, causando alongamento.

Gabarito: E.
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) o fortalecimento isométrico deve ser vetado em face da necessidade de movimento
articular. Item errado. O fortalecimento isométrico pode ser realizado dependendo da
fase, para manter a atividade muscular.

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(B) os exercícios passivos são procedimentos fundamentais para o aumento da força e


a estabilidade articular. Item errado. Os exercícios passivos não aumentam a força
muscular e a estabilidade articular. Eles têm como objetivo prevenir contraturas
musculares, prevenir aderências capsulares, manter a integridade articular, manter a
integridade de tecidos moles, manter a elasticidade muscular, estimular o sistema
circulatório (auxiliando o processo cicatricial), manter a nutrição da cartilagem, manter
os padrões cinestésicos do movimento (senso de movimento).
(C) recomenda‐se o uso do ultrassom (3MHZ), a fim de atingir os tecidos inflamados
mais profundos da articulação. Item errado. O ultrassom de 3 MHz não atinge as
camadas mais profundas. O correto é utilizar o US de 1 MHz, dependente da fase que
o paciente se encontra.
(D) na mobilização articular ínfero‐superior do úmero, objetiva‐se, primariamente,
ganho da amplitude de movimento em geral, exceto da abdução. Item errado. A
mobilização articular da glenoumeral é realizada de forma ventral, dorsal, caudal
(inferior) e a tração. Não é funcional realizar superiormente. A mobilização caudal
(inferior) tem como objetivo aumentar o movimento de abdução, flexão e extensão da
glenoumeral, além disso: aumentar a mobilidade intra-articular, diminuição da dor e
melhora da nutrição das estruturas articulares.
(E) quando se acrescenta peso aos exercícios pendulares, tem‐se o objetivo de gerar
uma força de separação articular grau III, causando alongamento. Item correto. Nada
mais é que a realização da tração das superfícies articulares com uma amplitude grande
o suficiente para promover o alongamento na cápsula articular e estruturas
periarticulares vizinhas. Resposta da questão.

INSTABILIDADE GLENOUMERAL

É o deslocamento temporário da cabeça umeral de sua posição normal na fossa


do lábio glenóide. 50% das instabilidades resultam em luxações (perda total do contato
com a cavidade glenóide).
As luxações unilaterais que ocorrem provenientes dos eventos traumáticos
incluem a lesão de Bankart (avulsão do lábio inferior anterior da margem glenóide) e
a de Hill-Sachs (fratura por compressão sobre a cabeça do úmero posterior no local

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onde a cabeça do úmero impactou a margem glenóide). Essas lesões, além da lesão
SLAP (lesões labiais superiores, anterior ou posterior), ocorrem com frequência em
atletas que realizam movimentos acima da cabeça repetidamente.
Há alguns fatores que contribuem para essa instabilidade:
• Movimentos repetitivos;
• Fraqueza dos músculos estabilizadores escapulares;
• Déficit na estabilização pelo manguito rotador;
• Frouxidão do complexo capsulo-ligamentar.
• Lesões associadas, p.ex. síndrome do impacto, lesão de Bankart (lesão do labrum
genóide e avulsão capsular), lesão de Hill-Sachs (lesão óssea póstero-lateral da
cabeça umeral).
A instabilidade pode ser anterior (mais comum, mais de 90% dos casos), posterior
(menos comum, 5%), inferior (sinal do sulco, incomum) e multidirecional.
Na instabilidade anterior há deslocamento anterior da cabeça umeral em
relação à cavidade glenóide. O mecanismo da lesão é: abdução, rotação externa e
extensão ou trauma direto posterior.
Na instabilidade posterior há deslocamento posterior da cabeça umeral em
relação à cavidade glenóide. O mecanismo de lesão pode ser por: trauma em adução,
rotação interna e flexão (por exemplo, quando abrimos uma porta pesada); trauma
direto anterior; queda sobre braço estendido e com rotação interna.
Instabilidade inferior: são raras, mas podem acontecer ao carregar muito peso
em um lado do corpo ou por forças de hiperabdução que ocasionam a alavancagem do
colo do úmero contra o acrômio.
Na instabilidade multidirecional ocorre um deslocamento exagerado da
cabeça umeral em relação à glenóide em várias direções, geralmente por frouxidão
ligamentar e capsular generalizada. Muito comum em atletas de esportes que envolvem
movimentos com o membro superior acima da linha do ombro. Normalmente, essa
instabilidade está associada à discinese escápulotorácica (alteração do movimento), o
que contribui para a instabilidade.
De uma maneira geral, o objetivo da fisioterapia é restaurar a estabilidade
dinâmica e estática do ombro. O tratamento segue a mesma ideia das fases das lesões
(aguda, subaguda, crônica e retorno à atividade). Apenas temos que ter cuidado com

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os movimentos que não podem ser realizados inicialmente ou até ter a estabilidade
dinâmica e estática muito bem tratadas. Como, por exemplo:
- instabilidade posterior: evitar qualquer movimento que possa colocar tensão na
cápsula posterior, como rotação interna, abdução ou adução e flexão.
- instabilidade anterior: hiperextensão do ombro é contraindicada inicialmente e a
posição combinada de rotação externa e abdução deve ser evitada.
- instabilidade inferior: evitar elevação toral e braço pendente.

IDECAN –PREF. LIBERDADE/MG - 2015


A fisioterapia dos membros superiores avançou muito nos últimos anos,
obrigando o fisioterapeuta a interagir mais em um planejamento pós‐operatório
cuidadoso, estabelecido pela equipe cirurgião‐fisioterapeuta‐paciente. Entre os
princípios básicos da reabilitação do ombro, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Os tecidos de cicatrização não devem ser estressados em exagero.
(B) A dor é algo corriqueiro durante o processo de tratamento, não devendo ter grande
relevância durante sua execução.
(C) As consequências da imobilização devem ser evitadas (atrofia muscular, aderências
dos tecidos moles, capsulite adesiva, substituição da musculatura do ombro pela
escápula).
(D) A evolução do tratamento deve seguir critérios, adquirindo inicialmente as
amplitudes de movimento (ADMs) passivas totais antes de iniciar a atividade ativa e o
fortalecimento mais agressivo.

Gabarito: B.
Comentários: Vejamos qual assertiva está incorreta:
(A) Os tecidos de cicatrização não devem ser estressados em exagero. Item correto,
para evitar lesionar novamente.

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(B) A dor é algo corriqueiro durante o processo de tratamento, não devendo ter grande
relevância durante sua execução. Item errado. A dor é o principal sinal de que tem algo
alterado. Por isso deve ter grande relevância durante o tratamento. Resposta da
questão!
(C) As consequências da imobilização devem ser evitadas (atrofia muscular, aderências
dos tecidos moles, capsulite adesiva, substituição da musculatura do ombro pela
escápula). Item correto. Isso mesmo. Imobilidade sempre deve ser evitada por seus
efeitos deletérios.
(D) A evolução do tratamento deve seguir critérios, adquirindo inicialmente as
amplitudes de movimento (ADMs) passivas totais antes de iniciar a atividade ativa e o
fortalecimento mais agressivo. Item correto. Sempre temos que começar pelo
tratamento mais brando e depois progredir de acordo com a evolução do paciente.

1.2 – COTOVELO, PUNHO E MÃO


Vamos falar apenas das principais afecções do cotovelo, do punho e da mão. Que
realmente caem em provas.

1- EPICONDILITE LATERAL (COTOVELO DO TENISTA)


É uma condição patológica dos músculos extensores comuns em sua origem no
epicôndilo lateral do úmero.
É caracterizada por dor na região do epicôndilo lateral durante atividades de
contração dos músculos extensores e flexores do punho.
As causas da epicondilite lateral são: uso excessivo dos extensores de punho
(isometria), atividades que envolvem preensão (geram movimento flexor do punho ao
ser neutralizado pelos extensores). Normalmente está relacionada ao músculo extensor
radial curto do carpo pela atividade excêntrica e pressão contra a cabeça do rádio.
Avaliação:
• Sinais e sintomas: dor na região do epicôndilo lateral e extensor radial curto do
carpo. Ás vezes dor difusa e rigidez matinal. Ocasionalmente, a dor é sentida à
noite.

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• Extensão do punho contra resistência (dor e fraqueza);


• Alongamento em flexão de punho, extensão de cotovelo e pronação (dor e
limitação da ADM do punho);
• Extensão do III dedo contra-resistência (dor e fraqueza).

O tratamento da epicondilite lateral segue os mesmos princípios de sempre: fases


aguda, subaguda ou crônica. Na fase aguda, repouso (diminuição do estresse mecânico,
evitar movimentos dolorosos), medidas anti-inflamatórias (lases, ultrassom,
crioterapia, etc.). Na fase subaguda: melhorar a flexibilidade, aumentar a força e
resistência musculares, reiniciar de forma gradual os movimentos previamente
dolorosos. Na fase crônica, progressão dos exercícios sem dor e exercícios até o retorno
funcional.

CESPE – SESA/ES – 2013


Um paciente de vinte e cinco anos de idade foi atendido em uma clínica
fisioterapêutica. Durante a avaliação do membro superior direito, o fisioterapeuta
solicitou ao paciente que permanecesse com o cotovelo fletido a 90.º, o antebraço em
pronação, a mão fechada e o punho em extensão. O fisioterapeuta aplicou pressão,
forçando a flexão do punho, com o antebraço do paciente estabilizado, e o paciente
relatou dor súbita próximo à origem comum dos extensores do punho, no nível do
epicôndilo lateral. Com base no resultado do teste acima aplicado, a provável síndrome
do paciente em questão é
(A) tendinite da porção longa do bíceps.
(B) cotovelo de tenista.
(C) cotovelo de esgrimista.
(D) cotovelo de golfista.
(E) instabilidade ligamentar

Gabarito: B.

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Comentários: O paciente referiu dor súbita ao nível de epicôndilo lateral. Nesse caso
só poderia ser epicondilite lateral – cotovelo de tenista. As outras afecções iremos ver
adiante.

2- EPICONDILITE MEDIAL: cotovelo de golfista.

Menos comum que a epicondilite lateral.


Geralmente, ocasionado pelo uso excessivo dos flexores do punho. Primariamente
tem uma tendinopatia da origem do flexor comum, especificamente o flexor radial
comum e a cabeça umeral do pronador redondo. O palmar longo, o flexor ulnar do
carpo e o flexor superficial dos dedos também podem estar envolvidos.
Os sinais e sintomas mais frequentes são: dor e sensibilidade na região do
epicôndilo medial; sintomas exacerbados com a flexão e supinação resistida do punho
ou extensão ou supinação passiva do punho.
O tratamento também é realizado de acordo com a fase, como todas as afecções.
Depende do caso que será exposto na prova.

3- SÍNDROME DO TÚNEL RADIAL: cotovelo de tenista resistente.

Os sintomas dessa síndrome são compatíveis com Epicondilite Lateral, mas é


considerada uma neuropatia periférica relacionada ao nervo radial. Pode ter
compressão na entrada do túnel, correia de Henry, fáscia da porção medial do extensor
radial curto do carpo, arcada de Forhse e supinador.
O nervo radial é o mais comumente lesionado por causa da sua localização.
O que diferencia da epicondilite lateral é o local da dor. A dor (e parestesia) nessa
síndrome é indefinida na região lateral do cotovelo. Na epicondilite lateral é pontual.

4- SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL: compressão do nervo ulnar.

Fazem parte do túnel cubital o epicôndilo medial, o olécrano, o ligamento colateral


medial e a arcada de Struthers.

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Geralmente, a causa dessa síndrome é o movimento repetitivo de flexão/extensão


de cotovelo. Sendo a flexão geradora de maior pressão no túnel cubital.
Sinais e sintomas:
• Dor ou parestesias relacionadas a atividades envolvendo o quarto e quinto dedos,
acompanhada de dor em queimação que pode se estender proximalmente ou
distalmente na região medial do cotovelo.
• Dor piora à noite;
• Sensação diminuída na distribuição ulnar da mão;
• Incapacidade progressiva para separar os dedos;
• Perda de força e destreza de prensão;
• Incapacidade progressiva para separar os dedos;
• Sinal tardio: atrofia ou fraqueza dos músculos intrínsecos lunares da mão (mão em
garra), contratura em garra dos dedos anular e mínimo (lembrem da inervação do
nervo ulnar).
O tratamento nesse caso pode ser conservador ou cirúrgico (se passado mais de
3 meses sem melhora com o tratamento conservador e apresentando atrofia muscular).
O tratamento em casos de compressão neural serão explicados no módulo de
tratamento.

5- SÍNDROME DE DE QUERVAIN

Esta síndrome afeta as bainhas dos tendões do primeiro compartimento posterior


do punho, resultando no espessamento do retináculo do extensor, estreitamento do
canal e a consequente compressão dos tendões. Sob a bainha sinovial estão os tendões
dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar, que, com o
tempo, apresentam um processo inflamatório local que atinge os tecidos sinoviais
peritendinosos e os tecidos próprios dos tendões.
Tem como causa o uso repetitivo do polegar em preensão, principalmente
associado ao desvio radial do punho. Outras causas: retração do músculo braquiorradial
(tenciona o retináculo extensor); alteração na morfologia do abdutor longo do polegar
e extensor curto do polegar.

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Sinais e sintomas: queixa de dor, edema e crepitação na região da tabaqueira


anatômica; deficiência de força muscular do polegar (principalmente quando necessita
da ação do do abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar).
Sinais e sintomas:
• Inicio gradual de dor sobre a região radial do punho, que piora ao girar maçanetas
ou chaves;
• Edema localizado e sensibilidade na região do processo estiloide radial;
• Dor no punho irradiando-se proximalmente para o antebraço e distalmente para o
polegar;
• Crepitação dos tendões movendo-se através da bainha extensora;
• Espessamento palpável da bainha do extensor e dos tendões ditais ao túnel do
extensor.
O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador. A fisioterapia geralmente inclui
repouso (uso de órtese de polegar/mão/punho – 3 a 6 semanas), exercícios para
melhorar a ADM e gradualmente exercícios de fortalecimento. Sempre respeitando as
fases e o quadro de dor do paciente.

AOCP - EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - 2014

Em relação à Tenossinovite Estenosante de Quervain, assinale a alternativa


correta.

(A) É a inflamação da bainha do abdutor curto e do extensor longo do polegar.

(B) A dor é a principal queixa e é agravada pelo teste de Finkelstein.

(C) Com desvio ulnar do punho e a flexão do polegar, ocorre alívio da dor.

(D) Pode ocorrer perda do movimento com o dedo em flexão ou em extensão.

(E) A inflamação do tendão flexor do dedo indicador produz nódulos e espessamento,


dificultando a extensão.

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Gabarito: B

Comentários: Vejamos as asserivas:

(A) É a inflamação da bainha do abdutor curto e do extensor longo do polegar. Item


errado. O correto seria: abdutor longo e extensor curto do polegar. Decorem isso.

(B) A dor é a principal queixa e é agravada pelo teste de Finkelstein. Item correto. Não
vimos nessa aula sobre isso, está na aula de Semiologia. Como didática o teste é
realizado assim:

(C) Com desvio ulnar do punho e a flexão do polegar, ocorre alívio da dor. Item errado.
Aumenta a dor.

(D) Pode ocorrer perda do movimento com o dedo em flexão ou em extensão. Item
errado. Geralmente há limitação na adução do polegar e desvio ulnar do punho.

(E) A inflamação do tendão flexor do dedo indicador produz nódulos e espessamento,


dificultando a extensão. Item errado. Decorem: abdutor longo do polegar e extensor
curto do polegar.

6- SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Nessa síndrome há diminuição no tamanho do túnel do carpo ou aumento do seu


conteúdo.

ESTRUTURAS DO TÚNEL DO CARPO:

• Nervo mediano;
• Nove tendões: quatro tendões do músculo flexor
superficial dos dedos, quatro tendões do músculo flexor profundo dos dedos e um
tendão do músculo flexor longo do polegar.

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Por ter compressão do nervo mediano a dor é na região de sua inervação


sensitiva: superfície palmar do polegar, indicador, médio e metade do anular e dorsal
da I a III e ½ da IV falanges distais.

A etiologia dessa síndrome é extensa, podendo ser por fratura, gravidez, artrite
reumatoide, anatomia anômala e traumas repetitivos.

Continuando com os aspectos clínicos:

• Presença de deficiências sensoriais e motoras do nervo mediano;


• dor noturna e dormência;
• dificuldade em segurar objetos pequenos, abotoar camisa;
• parestesias na distribuição do nervo mediano;
• dor irradiada proximalmente (ombros e braços).

Vamos ver de maneira resumida a perda funcional em lesões dos nervos ao nível
do cotovelo.

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Nervo Perda Funcional

Fraqueza na pronação; flexão e abdução do punho; abdução do polegar.

Perda do desvio radial do punho.

Mediano Incapacidade de opor ou flexionar o polegar.

Preensão fraca.

Sem ou fraca pinça (deformidade da “mão de macaco”).

Flexão do punho fraca.

Perda de desvio ulnar no punho; adução do polegar; flexão distal do dedo


mínimo; abdução/adução dos dedos.
Ulnar
Incapacidade de estender as falanges distais e intermédias dos dedos
mínimo e anular (deformidade do sinal da benção papal).

Sinal tardio: “mão em garra”.

Perda de supinação, extensão do punho, extensão dos dedos.


Radial
Incapacidade de segurar, de estabilizar o punho e abduzir os polegares.

IDECAN - EBSERH/ HC-UFPE - 2014


A síndrome do túnel do carpo (STC) pode ser definida como o conjunto de sinais
e sintomas associados à compressão localizada do nervo mediano no interior do túnel
do carpo resultando em dor, déficit motor e alterações eletrofisiológicas e da
sensibilidade. Diante do exposto, analise.
I. A STC é uma típica LER/DORT, sendo específica de causa laboral.

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II. A diminuição do espaço do túnel comprime o nervo mediano, causando parestesia e


dor que, persistindo, levará à degeneração Waleriana e fibrose interneural, com
bloqueio total e irreversível no nervo.
III. Como causas ocupacionais da STC, tem-se os movimentos repetitivos, trabalho em
extensão e flexão do punho, vibração, trabalhos com desvios ulnar e radial constantes,
movimentos de pinça (lumbricoides) e compressão de base da mão.
IV. O teste de Phalen é contraindicado para avaliação desta patologia.
Estão corretas as afirmativas
(A) I, II, III e IV.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas.
(E) I, III e IV, apenas.

Gabarito: C.
Comentários: Vejamos as assertivas:
I. A STC é uma típica LER/DORT, sendo específica de causa laboral. Item errado. Não
é específica de causa laboral, existem várias causas.
II. A diminuição do espaço do túnel comprime o nervo mediano, causando parestesia e
dor que, persistindo, levará à degeneração Waleriana e fibrose interneural, com
bloqueio total e irreversível no nervo. Item correto. É isso que ocorre na STC. Se o
nervo continuar sofrendo compressão/lesão, pode evoluir para degeneração waleriana
(degeneração de axônios e suas bainhas de mielina após secção do nervo) e fibrose
interneural, com bloqueio total e irreversível do nervo. Isso pode ocorrer com as lesões
neurais em geral se não tratadas.
III. Como causas ocupacionais da STC, tem-se os movimentos repetitivos, trabalho em
extensão e flexão do punho, vibração, trabalhos com desvios ulnar e radial constantes,
movimentos de pinça (lumbricoides) e compressão de base da mão. Item correto.
Qualquer movimento que aumente a pressão no túnel do carpo pode ocasionar a STC.
IV. O teste de Phalen é contraindicado para avaliação desta patologia. Item errado. O
teste de Phalen é o mais utilizado para testar se há compressão do nervo mediano no
túnel do carpo, característico da STC. Esse teste é realizado com o paciente sentado

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com os punhos e os cotovelos flexionados (figura). Resultado positivo se o paciente


sentir formigamento ou dormência dentro de 45 segundos.

7- INSTABILIDADE

A estabilidade do cotovelo é realizada pelas articulações umeroulnar e


umerorradial (50%), assim como pelos músculos e ligamentos.

Para o tratamento de uma instabilidade do cotovelo, temos que estar atentos na


fase (aguda, crônica ou recorrente), quais articulações estão envolvidas (umeroulnar
ou radioulnar proximal), direção da luxação (valgo, varo, anterior ou rotatória
posterior); grau de luxação (subluxação ou luxação); presença ou não de fraturas
associadas (mais comum ocorrer fratura da cabeça do coronóide e/ou do rádio).

A luxação posterior é a mais comum e ainda, dentro dessa luxação, a mais comum
é a póstero-lateral.

O mecanismo de lesão mais comum ocorre por queda com a mão em extensão
com a soma de uma força axial aplicada em valgo, supinação, transmitida ao cotovelo.
Isso gera a ruptura sequencial das partes moles, iniciando no ligamento colateral
lateral, após cápsula anterior e ligamento colateral medial. De acordo com o que foi
rompido, determinamos os graus de instabilidade (subluxação até luxação completa,
com ou sem fratura associada).

Temos 3 graus de instabilidade do cotovelo, vejamos:

- Estágio 1: o cotovelo se subluxa em direção rotacional póstero-lateral;


- Estágio 2: o cotovelo não luxa por completo. O coronóide permanece sob a
tróclea.
- Estágio 3: luxação completa do cotovelo. O coronóide situa-se atrás do úmero.

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Após uma luxação, é realizada a redução (reposicionamento pelo médico),


posteriormente verificam se está estável. Uma vez que exista estabilidade, uma tala
gessada acolchoada é colocada. Radiografias deverão ser feitas para confirmação da
redução após a imobilização. A intervenção cirúrgica às vezes é necessária.

E a fisioterapia entra como tratamento quando? Já podemos inserir a Fisioterapia


no primeiro dia. É muito importante a mobilização ativa precoce para evitar contratura
em flexão, rigidez articular e limitação funcional. Vamos ver na tabela abaixo alguns
recursos que podem ser empregados de acordo com a fase.

FASE TRATAMENTO
Paciente com imobilização gessada acolchoada.
Exercícios de preensão leves.
Exercícios em outros membros (por exemplo, exercícios de controle
escapulotorácico), porém evitando movimento que possam gerar
Fase 1
estresse em valgo do cotovelo.
1-4 dias
Exercícios leves de flexão/extensão de punho (isométrico).
Exercícios de ADM ativo do punho e dedos em todos os planos (cuidado
para não gerar estresse em valgo).
Crioterapia e estimulação galvânica de alta voltagem.
Nessa fase pode ser substituído a imobilização posterior com uma
tipoia flexível. Atentem que pode, não necessariamente será colocado.
Cada caso é um caso.
Exercícios de ADM ativo do punho e dedos em todos os planos, ADM
ativo do cotovelo (evitar estresse em valgo).
Fase 2
Exercícios para os ombros (evitar rotação externa, pois aumenta o
4-14 dias
estresse em valgo no cotovelo).
Progressivamente, acrescentar exercícios isométricos de extensão e
flexão de cotovelo (sempre cuidando em relação ao estresse em
valgo).
Bandagem funcional.
Dependendo do quadro, já é retirada a tipoia flexível.
Progressão dos exercícios do cotovelo e punho.
Exercícios excêntricos podem ser incorporados após 5-6 semanas. E
Fase 3
com a evolução do caso podem ser realizados exercícios concêntricos.
14 dias a 6
Acrescentar progressivamente exercícios funcionais (se for atleta
semanas
iniciar as manobras específicas do esporte ou manobras específicas do
dia-a-dia).
Finalizando com o retorno à atividade.
Lembre-se que as fases se sobrepõem.

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IDECAN - PREF. APIACÁ/ES - 2014


A reabilitação da luxação traumática do cotovelo pode ser dividida em duas fases:
iniciada após a redução e contínua até a cicatrização de lesões e consolidação de
fraturas; e, iniciada após a retirada da fixação ou imobilização e contínua até o retorno
máximo da amplitude de movimento e força muscular. São exercícios tipicamente
prescritos para a fase I da reabilitação anteriormente descrita, EXCETO:
(A) De preensão da mão.
(B) Isométricos para extensores e flexores de punho.
(C) Com amplitude ativa de ombro em todos os planos.
(D) Isotônicos com resistência para extensores e flexores de punho.
(E) Com amplitude ativa de movimento do punho em todos os planos.

Gabarito: D.
Comentários: No enunciado fala que há duas maneiras de pensar na reabilitação:
- iniciada após a redução e contínua até a cicatrização de lesões e consolidação de
fraturas;
- iniciada após a retirada da fixação ou imobilização e contínua até o retorno máximo
da amplitude de movimento e força muscular.
E pergunta qual método não pode ser utilizado na Fase 1, que são os primeiros
dias. Então o que podemos utilizar? Vejamos as assertivas:
(A) De preensão da mão. Item correto, como vimos.
(B) Isométricos para extensores e flexores de punho. Item correto, como vimos.
(C) Com amplitude ativa de ombro em todos os planos. A banca marcou essa como
correta, porém não concordo, pois a rotação externa do ombro gera estresse em valgo
do cotovelo e na fase inicial não podemos realizar movimentos que aumentem esse
estresse.

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(D) Isotônicos com resistência para extensores e flexores de punho. Item errado.
Exercícios isotônicos geralmente são inseridos na última fase.
(E) Com amplitude ativa de movimento do punho em todos os planos. Item errado.
Apenas esses movimentos devem ser feitos com precaução para não causar estresse
no cotovelo na fase inicial. Sempre quando tiver uma questão sobre tratamento, temos
que avaliar bem cada item e a fase que está a lesão. Prestem bastante atenção, pois
há diversas literaturas que convergem, porém temos que usar o nosso raciocínio clínico
e lembrar o que podemos encontrar em cada fase (aguda, subaguda e crônica) e o que
podemos utilizar em cada fase dependendo da gravidade da lesão. Então, leiam sempre
o enunciado bem e as assertivas, ok?

8- LESÕES NAS FALANGES

Há diversos tipos de lesões falangianas. Vamos ver algumas lesões que podem
causar algumas deformações.

LESÃO CARACTERÍSTICAS

Dedo em gatilho Tenossinovite estenosante dos flexores dos dedos.


Caracterizada por dor no trajeto dos tendões flexores, na
região do túnel osteofibroso, associada à dificuldade ou
travamento do movimento dos dedos ou polegar (podem
permanecer em flexão).
O paciente, ao realizar a extensão do dedo ou polegar,
apresenta um ressalto semelhante ao disparo de um gatilho.

Dedo em martelo

Lesão que ocorre na falange distal, sendo uma lesão pura do


tendão extensor ou também uma fratura no dorso da falange
distal, causada por uma pancada em sua extremidade. Pode
causar a incapacidade de esticar totalmente o dedo.

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Avulsão do tendão flexor profundo.

Dedo em jérsei Ocorre comumente durante atividades físicas, em situações


nas quais a articulação interfalangeana distal (IFD) é
ativamente fletida em extensão.
O quarto metacarpiano é o dedo acometido em 75% dos
casos de avulsão do flexor profundo.
O paciente apresenta incapacidade de flexão ao nível da
articulação IFD.
Pode ser realizada extensão do dedo com a mão em repouso.

Lesão do tendão extensor central na sua inserção na base da


Dedo em botoeira
falange medial e deslocamento ventral dos tendões
extensores laterais com retração do ligamento retinacular
transverso.
No início a deformidade é redutível mas, sem o tratamento
adequado, haverá uma rigidez progressiva.

É o resultado da hiperextensão da articulação


interfalangeana proximal (IFP) e da flexão, com incapacidade
de extensão, da interfalângica distal (IFD).

Dedo em pescoço Causas:


de cisne • Deslocamento dorsal dos tendões extensores laterais,
ao nível da IFP, causado por lesão ou simples afrouxamento
dos seus elementos contensores, principalmente dos
ligamentos retinaculares transverso e oblíquo.
• Lesão do tendão extensor terminal fazendo com que
toda força dos tendões laterais seja transferida para a
articulação IFP ou por lesão do FDS permitindo a
hiperextensão de IFD.
• Perda do equilíbrio entre músculos intrínsecos e
extrínsecos, como na paralisia cerebral ou sequela de lesões
no sistema nervoso central.

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CETREDE – PREFEITURA DE SÃO BENEDITO/CE - 2015


Uma paciente de 40 anos de idade iniciou tratamento fisioterapêutico
apresentando bloqueio em flexão nas interfalangeanas do terceiro dedo da mão direita,
dor e sensação de estalido nos movimentos ativos de flexão e extensão do dedo. Como
plano de tratamento, o fisioterapeuta estipulou medidas analgésicas e cinesioterapia
com exercícios direcionados. De acordo com o quadro clinico o profissional pode
suspeitar de qual patologia?

(A) Dedo em martelo.

(B) Tenossinovite estenosante.

(C) Deformidade em pescoço de cisne.

(D) Tenossinovite de quervain.

(E) Síndrome do túnel do carpo.

Comentários:

Gabarito: B.

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2 – QUESTÕES COMENTADAS

1. CETREDE – PREFEITURA DE AQUIRAZ/CE - 2017


O ombro é uma articulação bastante complexa e a mais móvel de todo o corpo
humano. Entretanto, é considerado pouco estável por sua anatomia articular,
especialmente na articulação glenoumeral. Por esse motivo, qualquer alteração que
comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular seja alvo de
inúmeras afecções, sendo a síndrome do impacto a mais comum em indivíduos adultos.
Sobre a fisioterapia no tratamento da síndrome de impacto, marque a opção
INCORRETA.
(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo
optar-se pelo tratamento cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste
período.
(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no
trabalho e esporte e variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou
nos resultados do tratamento. Contudo, uma intervenção fisioterapêutica adequada e
precoce, associada a um programa de reeducação e orientação do paciente, que
enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é
imprescindível para sucesso nos resultados.
(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou
abolição da dor e diminuição do processo inflamatório instalado, sendo importante
evitar exercícios exagerados que possam agravar ainda mais o quadro agudo.
(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para
ganho de ADM e melhora da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do
ombro e romboides devem ser inseridos no programa de reabilitação.
(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço
muscular dos estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo
muscular manterá alterado o ritmo escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação
subacromial contínua.

Gabarito: A.

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Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo
optar-se pelo tratamento cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste
período. Item errado. Não temos como determinar esse prazo. Tudo depende de cada
caso. Resposta da questão.
(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no
trabalho e esporte e variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou
nos resultados do tratamento. Contudo, uma intervenção fisioterapêutica adequada e
precoce, associada a um programa de reeducação e orientação do paciente, que
enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é
imprescindível para sucesso nos resultados. Item correto.
(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou
abolição da dor e diminuição do processo inflamatório instalado, sendo importante
evitar exercícios exagerados que possam agravar ainda mais o quadro agudo. Item
correto. Sempre pensar nisso.
(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para
ganho de ADM e melhora da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do
ombro e romboides devem ser inseridos no programa de reabilitação. Item correto.
(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço
muscular dos estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo
muscular manterá alterado o ritmo escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação
subacromial contínua. Item correto. Esse é o objetivo da reabilitação a longo prazo.
Sempre pensar no ritmo escapuloumeral.

2. IADES – ALEGO - 2019

Considere a função muscular de um paciente que apresenta o quadro de


síndrome dolorosa do ombro de natureza microtraumática e degenerativa,
caracterizada por tendinite de manguito rotador, podendo haver ruptura total ou
parcial de um ou mais tendões.

Assinale a alternativa que indica os músculos que devem ser testados


impreterivelmente para a elaboração do tratamento fisioterapêutico.

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(A) Somente os músculos do manguito rotador.

(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral


maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides


e serrátil anterior.

Gabarito: E.

Comentários: Vejamos as assertivas:

(A) Somente os músculos do manguito rotador. Item errado. Temos que avaliar os
músculos que interferem na biomecânica do ombro/ escápula. Relembrando que os
músculos do manguito rotador são: supraespinhal, infraespinhal, subescapular e
redondo menor. Esses músculos devem ser testados, ou seja, precisam estar nas
próximas assertivas.

(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial. Item errado. Sem os
músculos do manguito rotador.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral


maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial. Item errado. O deltóide, peitoral maior e
tríceps braquial não são essenciais nesse caso.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial. Item
errado. Sem os músculos do manguito rotador.

(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides


e serrátil anterior. Item correto. Esses músculos são essenciais para avaliar o impacto
e a discinesia escapular. Relembrando que os músculos principais responsáveis pela
estabilização e rotação da escápula são: trapézio, rombóides, elevador da escápula e
serrátil anterior. Os músculos extrínsecos do ombro: deltóide, bíceps braquial e
tríceps. E os músculos intrínsecos do ombro: manguito rotador.

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IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SES/DF - 2018

O paciente E.G., 34 anos de idade, policial militar, relata que, no curso de


formação na academia de polícia, sofreu queda sobre o ombro direito durante
treinamento de luta. Procurou atendimento de emergência hospitalar e, no exame
físico, inspeciona-se deformidade na articulação acromioclavicular. O paciente segura
com mão contralateral o membro superior lesionado sobre o tórax e refere dor no ombro
direito; apresenta pressão arterial de 120 mmHg x 80 mmHg, frequência cardíaca de
80 bpm e saturação de oxigênio de 92%. No pronto atendimento, foi realizado exame
de imagem, conforme figura apresentada.

Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a
seguir.

3. De acordo com a classificação de Alman-Tossy, essa lesão pode ser classificada como
grau I com distensão ou ruptura parcial do ligamento acromioclavicular e
glenoumeral superior.

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Comentários: Podemos classificar as lesões desta articulação em tipos de I a VI, em


função da extensão da lesão e do número de ligamentos envolvidos, segundo Rockwood
(mais utilizado).

Já a classificação de Alman-Tossy descreve 3 graus apenas. Única diferença que


os graus IV, V e VI de Rockwood são englobados no grau III de Alman-Tossy.

Abaixo a classificação de Rockwood:

TIPO DE LESÃO CARACTERÍSTICAS

Distensão isolada dos ligamentos acromioclaviculares. O


restante das estruturas intactas.
Sensibilidade e dor leve na articulação acromioclavicular.
Arco doloroso alto (160º a 180º).
Tratamento conservador (geralmente os médicos optam por
imobilização inicialmente).
Movimento com dor (geralmente): adução resistida.
Tratamento fisioterapêutico: depende da evolução e da fase da
lesão, podendo incluir gelo (aguda), exercícios de ADM,
exercícios isométricos, resistidos progressivos, etc.
Geralmente, os tipos I e II resultam de uma queda ou pancada
sobre a região lateral do ombro ou de uma queda sobre a mão
estendida, produzindo a torção. Geralmente o tipo I e II que
ocorre em atletas imaturos. Quando ocorre o tipo II é comum
romper o periósteo clavicular posterior. Nesse último caso, os
ligamentos coracoclaviculares e acromioclaviculares
comumente permanecem intactos.

Ligamento acromioclavicular rompido.


Torção do ligamento coracoclavicular.
Pode ter uma leve separação vertical em comparação com o
ombro não lesionado.
Dor local moderada a grave. Também há presença de
sensibilidade no espaço coracoclavicular.
Movimento com dor (geralmente): abdução com e sem
resistência.

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Tratamento fisioterapêutico: segue a mesma ideia das fases de


cicatrização e do tipo I. Lembre-se que sempre deve ser
respeitada a dor do paciente.

Ligamento acromioclavicular e coracoclavicular rompidos;


luxação da articulação acromioclavicular e o ombro
inferiormente luxado. Geralmente, os músculos deltoide e
trapézio estão separados da extremidade distal da clavícula.
Em paciente <13 anos pode estar associada a fratura da
clavícula.
Espaço coracoclavicular 25% a 100% maior do que no ombro
normal.
Todos os movimentos ativos são dolorosos (mais na abdução).
Fenômeno tecla-de-piano está presente, após empurrar a
clavícula para baixo, clavícula salta para cima, para a sua
posição original.
Tratamento conservador ou cirúrgico? Ainda há controvérsias
referentes a isso.
O tratamento conservador seria a imobilização e após
transcorrido esse tempo, inicia a fisioterapia com exercícios
pendulares, exercícios de ADM suaves (inicialmente).
Posteriormente, sem dor e com a ADM ativa total, podemos
iniciar com exercícios resistidos progressivos. Se o paciente não
retornar às atividades funcionais normalmente em três meses,
pode ser considerado um caso cirúrgico.

Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação acromioclavicular;
luxação da clavícula posteriormente dentro ou através do
músculo trapézio. Os músculos deltoide e trapézio estão
separados da extremidade distal da clavícula.
Dor grave.
Tratamento cirúrgico.
O pós-operatório segue as fases de cicatrização, respeitando a
dor do paciente e os sinais/sintomas encontrados. Os tipos V e
VI seguem esse mesmo raciocínio = tratamento cirúrgico.

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Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação acromioclavicular
e disparidade significativa entre a clavícula e a escápula de
300% a 500% do que o normal.
Os músculos deltoide e trapézio estão separados da
extremidade distal da clavícula.
Dor grave. Sensibilidade à palpação da metade lateral da
clavícula.

Ligamento acromioclavicular rompido e coracoclaviculares


totalmente rompidos; luxação da articulação acromioclavicular
e clavícula luxada inferiormente ao processo coracóide e
posteriormente aos tendões do bíceps e do coracobraquial.
Os músculos deltoide e trapézio estão separados da
extremidade distal da clavícula.
A região do ombro afetado é mais plana do que do ombro não
afetado. Podendo ocorrer fraturas associadas da clavícula e/ou
das costelas superiores e/ou ainda lesões do plexo braquial.
Dor grave.

A classificação de Alman-Tossy:

• Grau I: pouca lesão de ligamentos, não há separação de ossos. Pela radiografia já


sabemos que não pode ser grau I, pois há separação dos ossos.

Radiogradia Normal

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Fonte: https://radiopaedia.org

Grau I
Fonte: https://radiopaedia.org

• Grau II: Ruptura parcial dos ligamentos, não completa. Ao esforço, articulação
apresenta dor e instabilidade.

• Grau III: ligamentos completamente rompidos, com separação completa dos ossos,
e deformidade visível. Esse é o grau correto da radiografia da questão.

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Gabarito: Errado.

4. No exame clínico, espera-se o teste de sinal de tecla positivo.

Comentários: Como vimos, o grau III de Alman-Tossy equivale aos graus III, IV, V e
VI de Rockwood. Vimos que no grau III de Rockwood há a presença do sinal de tecla
(após empurrar a clavícula para baixo, clavícula salta para cima, para a sua posição
original).

Gabarito: Certo.

5. O comprometimento funcional mais comum nesse tipo de lesão é a limitação na


amplitude de movimento de adução e abdução horizontal do ombro.

Comentários: Só nos lembrarmos dos movimentos da articulação acromioclavicular e


a lesão. Os movimentos com maior comprometimento são adução e abdução horizontal
do ombro. Também poderá ter algum prejuízo na elevação total do ombro. Isso irá
depender da gravidade e da fase de cicatrização do caso. Normalmente a limitação é
pela dor.

Gabarito: Certo.

6. Para fornecer mais conforto e alívio de dor para esse paciente, a órtese mais
indicada para esse tipo de lesão é uma tipoia com manguito umeral tipo Velpeau.

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Comentários: Assunto controverso. Nos graus I e II as literaturas citam um breve


período de imobilização com uma tipoia americana ou funcional para suportar o peso
do membro superior e limitar o estresse nos ligamentos coracoclaviculares, fornecendo
maior conforto. A tipoia tipo Velpeau pode ser utilizada nesses graus. Já para o Grau III
há controvérsias entre o tratamento conservador (incluindo a tipoia) e o tratamento
cirúrgico.

Figura: Tipoia Velpeau Mercur®

Gabarito: Errado.

7. No caso de uma iminente falha no tratamento conservador e se a equipe médica


optar por um tratamento cirúrgico com fixação cruenta de placa e parafuso, está
indicado, na fase aguda, o uso de diatermia por ondas curtas contínuas com técnica
coplanar por 15 minutos de aplicação.

Comentários: A diatermia por Ondas Curtas é contraindicada nesses casos.


Relembrando as contraindicações: Marcapassos implantados; metal nos tecidos ou
fixadores externos; Sensação térmica comprometida; Pacientes não cooperativos;
Gestação; Áreas hemorrágica; Tecido isquêmico; Neoplasia; Tuberculose ativa;
Trombose venosa recente; Processos infecciosos; Pirexia do paciente; Crânio e Região
do olhos (opacifica o cristalino); Região precordial; Gônadas; Epífises de crescimento
ósseo; Áreas da pele afetadas por aplicações de raios-X; presença de DIU (não utilizar

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em região de baixo ventre); insuficiência cardíaca; estado febril;


osteoporose/osteopenia; patologias com tendências hemorrágicas.

Gabarito: Errado.

8. Para prevenir restrições na amplitude de movimento articular, devem-se instituir


na cinesioterapia exercícios de amplitude de movimento (ADM) de ombro, tração e
deslizamentos grau II na articulação glenoumeral.

Comentários: Os exercícios de ADM e tração sabemos que podemos fazer. O que pode
gerar dúvida é o grau do deslizamento. Vamos relembrar os graus de deslizamento:
Grau 1 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da
amplitude.
Grau 2 – São realizadas oscilações de grande amplitude dentro da amplitude existente,
não atingindo o limite.
Grau 3 – São realizadas oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da
mobilidade existente, e forçadas na resistência do tecido.
Grau 4 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da
mobilidade existente e forçadas na resistência do tecido.
Grau 5 – É feita uma técnica de tranco com pequena amplitude e alta velocidade para
soltar adesões no limite da mobilidade disponível.

Os graus 1 e 2 são usados primariamente para tratar articulações limitadas pela


dor. As oscilações podem ter um efeito inibitório na percepção dos estímulos dolorosos
pela estimulação repetitiva de mecanorreceptores que bloqueiam as vias nociceptivas
a nível da medula espinhal e tronco cerebral. Também servem para movimentar o
líquido sinovial para melhorar a nutrição da cartilagem. Os graus 3 e 4 são
primariamente usados como manobras de alongamento.
Diante disso, podemos utilizar esses recursos nesse caso.

Gabarito: Certo.

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9. São achados comuns nesses pacientes aumento de tensão cervical e discinesia


escapular, além da possibilidade de síndrome do desfiladeiro torácico.

Comentários: Pela região que o paciente apresenta a lesão, pelos músculos envolvidos
nessa região, já sabemos que pode haver o aumento da tensão cervical, discinesia
escapular e síndrome do desfiladeiro torácico. Vejamos abaixo mais sobre a Síndrome
do Desfiladeiro Torácico.

SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO: ocorre pela


compressão de estruturas neurais e anatômicas que passam
pelo desfiladeiro torácico (primeira costela torácica, clavícula
e a borda superior da escápula). Dentre as estruturas mais comumente comprimidas e
responsáveis pelos sintomas desta síndrome estão o plexo braquial e a artéria e a veia
subclávia.

Gabarito: Certo.

IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SES/DF - 2018

O paciente L.R.G., 47 anos de idade, comissário de bordo de companhia aérea,


relata que, há dois meses, ao levantar uma mala pesada de passageiro para colocá-la
no compartimento superior do avião, sentiu uma “fisgada” no ombro direito. A partir

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de então, refere dor no ombro e limitação para os movimentos de flexão e abdução.


Procurou atendimento em médico ortopedista especialista em ombro, que diagnosticou
tendinopatia inflamatória pelo exame clínico e pelo exame de imagem. Na palpação,
apresenta dor em região subacromial grau 8 pela escala analógica visual. No exame de
ressonância nuclear magnética, identifica-se coleção de líquido intrasubstancial em
tendão do supraespinhal e infraespinhal e infiltrado em bursa subacromial.

A respeito desse caso clínico e dos conhecimentos correlatos, julgue os itens a


seguir.

10. O acrômio tipo III, classificado como ganchoso, pode ser uma das causas da
síndrome do impacto no ombro.

Comentários: Vamos falar da Síndrome do Impacto do Ombro. Nada mais é que o


impacto do tendão supraespinhal, porção longa do bíceps e/ou bursa subacromial na
borda anterior do acrômio e ligamento coracoacromial, durante a elevação do membro
superior.

Tem como etiologia:

• Idade: mais comum em pessoas acima de 30 anos sem o fator de movimentos


repetitivos;
• Posição do braço durante as atividades: elevação do braço entre 60º e 90º tem
maior translação superior da cabeça do úmero, colocando uma alta demanda do
manguito rotador para contrabalançar essa elevação.
• Degeneração acromioclavicular (artrose). Comprimem o tendão do supraespinhal
com o osteófito;
• Deformidade acromial (I, II, III). Classificação segundo Bigliani:

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RESPOSTA DA QUESTÃO = CORRETA. TIPO III – GANCHOSO – PODE CAUSAR A


SÍNDROME DO IMPACTO UMERAL.

No caso do tipo III, a ponta do acrômio está voltada para os tendões do


supraespinhoso, bíceps braquial (porção longa) e bursa. Por isso ele está mais
relacionado ao agravamento da Síndrome do Impacto. Tratamento: acromioplastia e
recuperação tendínea.

• Quantidade de vascularização para o manguito rotador diminuído;


• Prejuízo artrocinemático;
• Retração da cápsula posterior;
• Rigidez capsular;
• Desequilíbrio postural;
• Ação ruim dos depressores da cabeça umeral;
• Alteração no ritmo escapuloumeral;
• Impacto extrínseco: movimentos repetitivos acima da cabeça, ocorrendo impacto
do manguito rotador contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero
durante a elevação umeral e a rotação interna forçadas, resultando em ruptura póstero-
superiores no lábio glenoidal e lesões na cabeça do úmero posterior (lesão de Bankart).

Neer dividiu o processo de impacto em três estágios (tabela abaixo).

ESTÁGIO I ESTÁGIO II ESTÁGIO III

<25 anos mais história >26 anos e <40 anos >40 anos mais história de dor
de movimentos mais história de prolongada (crônica).
repetitivos acima da movimentos repetitivos
cabeça. acima da cabeça.

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Sinais flogísticos Quadro clínico mais Quadro compatível com o


(inflamação) e agravado que no Estágio II.
sensibilidade local. Estágio I, com dor
aparecendo nas
atividades de vida
diárias e dor noturna.

Arco doloroso positivo. Sinais de crepitação em Ruptura parcial ou total do


tecidos moles (fibrose manguito rotador ou bíceps
Dor com o teste de
com espessamento da braquial associado a alterações
impacto (Neer e
bursa subacromial) e ósseas.
Hawkins).
tendinite do manguito Possível instabilidade
Pouca ou nenhuma rotador; restrição da
multidirecional.
fraqueza do ADM pela fibrose.
supraespinhal. ADM ativa e passiva mais
limitadas.
Hipotrofia do supraespinhal.

Radiografia normal. Radiografia com Radiografia com sinais


possíveis osteófitos na degenerativos.
articulação
acromioclavicular.

Reversível, resolvida Não resolvida com Normalmente é caso cirúrgico.


com repouso, mudanças repouso, necessários
nos hábitos esportivos e mudanças nas
fisioterapia. atividades de vida
diárias e fisioterapia à
longo prazo.

Sugestões de tratamento (depende do caso clínico que poderá ser pedido na


prova e qual fase estará):

• Mobilização articular (degeneração acromioclavicular e prejuízo artrocinemático);


• Retração da cápsula posterior (alongamento capsular);
• Ativação do serrátil anterior (pela ação na escápula – se é uma escápula com
descolamento de ângulo inferior);
• Desativação do trapézio superior (desativação de pontos-gatilhos);

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• Fortalecimento muscular do manguito rotador (exceto abdutores de ombro


inicialmente, pois aumentam o impacto);
• Exercícios de propriocepção;
• Recursos eletrotermofototerápicos, etc.
• Exercícios de Codman ou exercício de pêndulo: tem como objetivo a mobilização do
ombro por meio de movimentos circulares e pendulares do braço, obtidos com
movimentos suaves do tronco, sem a contração de qualquer músculo do ombro.

Gabarito: Certo.

11. No exame clínico, para detectar esse tipo de lesão, devem-se realizar manobras
irritativas para o manguito rotador, como, por exemplo, os testes de Neer, Patte e Jobe.

Comentários: Isso mesmo. Vamos relembrar esses testes:

TESTE DE NEER: Avalia a compressão das estruturas do ombro entre o tubérculo maior
do úmero e o acrômio (bursa subacromial e supraespinhal). Alguns autores falam que
é mais específico do supraespinhal, pois o movimento do teste pode provocar o impacto
da região de inserção do supraespinhal com a borda inferior do acrômio. Este teste
também pode apresentar-se positivo em patologias como tendinite do supraespinhal,
capsulite adesiva, bursite, lesões da articulação acrômioclavicular e na instabilidade
multidirecional.
Enquanto a rotação escapular é impedida por uma das mãos do avaliador, o braço
do paciente é passivamente forçado na elevação em um ângulo entre flexão e abdução
pela outra mão. Uma forte pressão é aplicada com a articulação glenoumeral na posição
neutra, em rotação interna e rotação externa (alguns autores dizem que é realizada
apenas rotação interna).

Resultado positivo: dor na região.

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TESTE DE PATTE (sinal do trompetista): paciente sentado ou em pé. Seu braço é


apoiado em 90º de abdução no plano escapular, com o cotovelo flexionado em 90º,
então, ele faz uma rotação externa de antebraço contra a resistência do avaliador.
Resultado positivo quando incapaz de rodar externamente. Esse teste avalia o tendão
do infraespinhal e redondo menor (alguns autores). A impossibilidade de manter-se o
membro na posição do exame devido à queda do antebraço em rotação interna, não
conseguindo vencer a força da gravidade, indica uma lesão do manguito, com
envolvimento completo do infraespinhal.

TESTE DE JOBE OU LATA VAZIA: o braço do paciente é posicionado no plano


escapular – rotação interna e cerca de 90º de flexão de ombro e o avaliador aplica uma
resistência em direção ao solo. Positivo quando houver dor, fraqueza ou insuficiência
do supraespinhal secundário a uma ruptura ou associada a impacto.

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Gabarito: Certo.

12. Na fase inicial do tratamento desse tipo de lesão, deve-se enfatizar a mobilização
passiva intra-articular do ombro com movimentos de tração, deslizamentos e
circunduções da articulação glenoumeral.

Comentários: Esses recursos são indicados inicialmente a fim de diminuir o impacto


no ombro.

Gabarito: Certo.

13. Na fase de fortalecimento muscular, está indicado o exercício denominado “lata


vazia” em amplitude de movimento (ADM) acima de 90º do ombro, sobretudo para
ativação do músculo redondo maior.

Comentários: Não é indicado, pois esse movimento aumenta o impacto no ombro.

Gabarito: Errado.

14. Uma das causas da síndrome do impacto do ombro pode ser a escápula alada e,
nesse caso, deve-se trabalhar a flexibilidade do músculo serrátil anterior.

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Comentários: Uma das causas da síndrome do impacto pode ser a escápula alada ou
discinesia escapular. Os pacientes com síndrome do impacto do ombro geralmente
apresentam diminuição da inclinação posterior, rotação superior e rotação externa das
escápulas, contribuindo para a compressão das estruturas no espaço subacromial.

O músculo serrátil anterior, assim como o trapézio, é essencial para a


estabilização escapular durante o movimento de elevação do ombro. Na discinesia
escapular, geralmente há um enfraquecimento do músculo serrátil anterior,
contribuindo para um déficit importante na rotação externa da escápula, favorecendo
a diminuição do espaço subacromial. Ou seja, devemos fortalecer essa musculatura e
não melhorar a flexibilidade.

Gabarito: Errado.

15. Uma ferramenta validada que se deve utilizar para avaliar a funcionalidade da
articulação do ombro para esse tipo de caso é o sistema de pontuação de UCLA.

Comentários: O sistema de pontuação é muito utilizado em lesões do manguito


rotador. O questionário UCLA-modificado avalia subjetivamente a dor (10 pontos),
função (10 pontos), amplitude da flexão anterior ativa (5 pontos), teste de força manual
da flexão anterior (5 pontos) e a satisfação do paciente (5 pontos). O resultado final
pode chegar a 35 pontos. Quanto maior a pontuação, melhor os resultados. Item
correto.

Gabarito: Certo.

16. IADES - EBSERH/MCO – UFBA - 2014


Assinale a alternativa que indica o efeito sobre a articulação glenoumeral que é
produzido pelos exercícios pendulares de Codman.
(A) Diminuição da nutrição do líquido sinovial.

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(B) Compressão.
(C) Aumento da dor.
(D) Fortalecimento dos músculos do manguito rotador.
(E) Separação.

Gabarito: E.
Comentários: Como vimos, os exercícios de Codman não há contração de qualquer
músculo, apenas há a tração/ “separação” da articulação. Letra E.

17. IDECAN –PREF. APIACÁ/ES - 2011


Nas últimas duas décadas, a síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico
cada vez mais comum para pacientes com dores no ombro. Porém, tal síndrome tem
um diagnóstico específico e não é a única causa de dor na porção ântero-superior do
ombro, assim
(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a
uma lateralização da cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto.
(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio,
ele centraliza a cabeça do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando
os ligamentos e a cápsula frouxos durante a maioria dos movimentos funcionais.
(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em
relação ao supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente
mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando, assim, o impacto.
(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples
(esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação
acromioclavicular e contato da cabeça do úmero com o acrômio, nos casos de rotura

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completa do manguito), são características observadas na Fase I ou Estágio I desta


síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos.
(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora
durante o dia pelo estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com
os movimentos de elevação do ombro acima de 120º.

Gabarito: B.
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a
uma lateralização da cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto. Item
errado. Fraqueza dos músculos do manguito rotador elevam (superiorizam) a cabeça
do úmero, podendo levar ao fenômeno do impacto. Os músculos agem em perfeita
sincronia para estabilizar a cabeça do úmero na cavidade glenóide e consegue
estabilizar na maioria dos movimentos funcionais, pois há um equilíbrio entre as forças
de ação destes músculos. Qualquer alteração neste equilíbrio pode levar a alguma
sintomatologia no ombro.
(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio,
ele centraliza a cabeça do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando
os ligamentos e a cápsula frouxos durante a maioria dos movimentos funcionais. Item
correto. Preste atenção nas palavras! Para que os ligamentos e a cápsula estejam
frouxos, o ombro deve estar sadio com a cabeça do úmero exatamente no centro da
cavidade glenóide.
(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em
relação ao supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente
mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando, assim, o impacto.
Item errado. O que ocorre na síndrome do impacto não é um desbalance dos músculos
situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao músculo
supraespinhal, mas um desequilíbrio entre os músculos do manguito rotador que são
depressores do complexo do ombro (subescapular, redondo menor, infraespinhal) e os
que elevam a cabeça do úmero (principalmente supraespinhal e deltoide), aumentando
o impacto subacromial.

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O correto seria: “Um desbalance dos músculos situados abaixo do hemisfério da


cabeça do úmero em relação ao supra-espinhoso e principalmente o deltóide, que é
substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando
assim o impacto.”
Lembre-se onde estão localizados os músculos do manguito rotador e quais são!
Lembre-se da figura abaixo:

(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples
(esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação
acromioclavicular e contato da cabeça do úmero com o acrômio, nos casos de rotura
completa do manguito), são características observadas na Fase I ou Estágio I desta
síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos. Item errado. Esses achados se
encontram na fase III, como vimos.

(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora


durante o dia pelo estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com
os movimentos de elevação do ombro acima de 120º. Item errado. Sabemos que
quanto maior a inflamação, maior a dor.

18. IDECAN –EBSERH/ HC-UFPE -2014


A síndrome do impacto do ombro é uma síndrome dolorosa acompanhada por
alteração na mobilidade local, sendo caracterizada por uma tendinite, geralmente, do
tendão do supraespinhoso e bursa subacromial, com lesão parcial ou total deste ou de
outros tendões. Sua origem é o impacto do acrômio da escápula no aparelho burso-
tendíneo do ombro, sobreposto à grande tuberosidade do úmero. Sobre o tema, analise
as afirmativas.
I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison
e Bigliani (1986), possuir um acrômio tipo I.

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II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre
fibrose e tendinite do manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25
a 45 anos.
III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta
síndrome: vascular, degenerativo, traumático e morfológico.
IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao
funcionamento glenoumeral.
Estão INCORRETAS as afirmativas
(A) I, II, III e IV.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas. E) I, III e IV, apenas.

Gabarito: B.
Comentários: Vejamos as assertivas INCORRETAS:
I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison
e Bigliani (1986), possuir um acrômio tipo I. Item errado. Como vimos é o acrômio tipo
III.
II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre
fibrose e tendinite do manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25
a 45 anos. Item correto, como vimos.
III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta
síndrome: vascular, degenerativo, traumático e morfológico. Item correto. Acredita-se
que não existe fator isolado para ocorrer a síndrome do impacto. Neviaser & Neviaser
(1990) propuseram que a ação combinada de quatro elementos, a vascularização, a
degeneração, o trauma e a anatomia do ombro, seria a verdadeira causa da síndrome
do impacto.
IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao
funcionamento glenoumeral. Item errado. O ritmo escapulotorácico alterado tem
consequências na glenoumeral e vice-versa. Lembre-se: olhar o corpo como um todo!
Resposta da questão: letra B.

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19. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015


O manguito rotador consiste de quatro músculos: o subscapular, o
supraespinhal, o infraespinhoso e o redondo menor. Na síndrome do impacto pode
ocorrer a lesão de quais músculos?
(A) Bíceps e redondo menor.
(B) Cabeça longa do bíceps e subscapular.
(C) Cabeça longa do bíceps e supraespinhoso.
(D) Supraespinhoso e subescapular.
(E) Bíceps e infraespinhoso.

Gabarito: C
Comentários: Na síndrome do impacto o mais comum é ocorrer lesão no supraespinhal
e na porção longa do bíceps braquial.

20. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015


Na síndrome do impacto crônico no ombro, o impacto da cabeça do úmero contra
o arco coracoacromial pode ser detectado no exame de raio X ou na ressonância
magnética. Além das estruturas musculares: subescapular, supraespinal e infraespinal,
aquelas que podem estar envolvidas e o movimento da articulação do ombro que está
prejudicado, nessa situação, são:
(A) redondo menor, serrátil anterior; adução.
(B) redondo maior, serrátil anterior; abdução.
(C) redondo menor, serrátil anterior; abdução.
(D) redondo maior, serrátil posterior; adução.
(E) redondo menor, serrátil posterior; abdução.

Gabarito: C
Comentários: Sabemos que a abdução que está envolvida na síndrome do impacto,
então podemos anular as alternativas A e D. O manguito rotador pode estar envolvido,
ou seja, supraespinhal, subescapular, infraespinhal e redondo menor. Faltou o redondo
menor. Sobraram as alternativas C e E. O serrátil anterior está intimamente ligado à

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biomecânica escapular, que interfere na glenoumeral (entenderão melhor no módulo


de Cinesiologia). Resposta da questão = letra C.
Vamos relembrar as inserções do serrátil anterior e ações. Inserção proximal:
superfície externa das primeiras 8 ou 9 costelas, na parte lateral do tórax. Inserção
distal: borda medial da escápula, pela face ventral. Ação: abdução, depressão, rotação
lateral da escápula e propulsão do ombro.

==147c0c==

21. FCC - TRT - 2015


Maria Eduarda, 25 anos, jogadora de handball durante a avaliação fisioterapêutica
foi posicionada com o membro superior ao lado do tórax e o cotovelo em 90° de flexão,
o ombro foi rodado em sentido lateral passivamente pelo fisioterapeuta, posição que
deve ser mantida pela ação muscular. A não sustentação da rotação lateral faz com que
o ombro rode espontaneamente em sentido medial em direção ao tórax, indicando lesão
grave. O teste e o músculo lesado são, respectivamente,
(A) rotação medial não mantida, infraespinhal.
(B) rotação lateral não mantida, supraespinhal.
(C) Jobe, supraespinhal.
(D) rotação lateral não mantida, infraespinhal.
(E) Jobe, infraespinhal.

Gabarito: D
Comentários: Para responder a essa questão vamos ver o músculo primeiro.
Relembrando o músculo infraespinhal realiza rotação externa do úmero e o
supraespinhal abdução do ombro, ou seja, se há alteração na rotação externa, o
músculo lesionado é o infraespinhal. Sobraram as letras A, D e E.

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O teste de Jobe é o mesmo que chamamos de lata vazia. O membro avaliado é


colocado em abdução (90º), flexionados a 30º em relação ao plano frontal e rodados
internamente, com os polegares voltados para o chão. O examinador realiza uma
resistência nos membros para baixo. O teste é positivo de houver dor, fraqueza ou
insuficiência do supraespinhal. Ou seja, o teste de Jobe não é, eliminando a alternativa
E, sobrando a letra A e E.

O teste de rotação lateral não mantida é a resposta correta. Esse teste também
é chamado de teste de cancela (pela posição do teste).

22. FCC - TRT - 2015


Luciana, 35 anos, cabeleireira apresenta dor no ombro direito há 5 dias. A dor
iniciou após uma semana intensa de trabalho, 14 horas por dia. Após avaliação, Luciana
recebeu o diagnóstico de tendinite do supraespinhal, que lhe causará dor ao tentar:
(A) escovar os dentes.
(B) elevar o MMSS acima da cabeça.
(C) pegar um objeto no chão cruzando a linha média.
(D) levar alimento à boca.
(E) amarrar o sapato.

Gabarito: B
Comentários: O músculo supraespinhal tem ação de abdução do ombro. Mas o tendão
passa pelo espaço subacromial, qualquer movimento que possa causar compressão
dessa região irá causar dor. Das opções apenas a elevação do membro superior acima
da cabeça irá causar isso.

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23. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 5ª - 2013


A introdução de exercícios de flexão ativa do ombro, rotação lateral e exercícios
no plano escapular em pacientes que se submeteram a cirurgia de reparo do manguito
rotador acontece no período pós-operatório de
(A) 1 a 4 semanas.
(B) 2 a 4 semanas.
(C) 5 a 8 semanas.
(D) 8 a 10 semanas.
(E) 8 a 12 semanas.

Gabarito: C.
Comentários: De uma maneira geral, considerando que a questão não especificou o
grau de lesão, sabendo que em menos de 4 semanas não podemos realizar nem em
lesões pequenas, então a assertiva A e B estão incorretas. Rotação lateral, flexão ativa
e exercícios no plano escapular são os primeiros que podem ser realizados, então de
acordo com as literaturas disponíveis podemos realizar entre a 5º e 8º semana, porém
na prática temos vários fatores que deveriam estar escritos no enunciado para ser uma
resposta mais precisa. Pelas fases de cicatrização, em média é isso mesmo 5 a 8 meses
em lesões pequenas, médias e maiores, já nas massivas seria apenas após 12 semanas.
Essa questão de tempo depende da literatura.

24. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 23ª - 2016


Um paciente realizou cirurgia para reparar o manguito rotador. Para treinamento
neuromuscular utilizou-se o body blade. Este equipamento proporciona
(A) alongamento dos músculos alvo do equipamento.
(B) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela contração individual
dos músculos alvo do equipamento.
(C) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela co-contração de
grupos musculares alvo do equipamento.
(D) fortalecimento dos grupos musculares através da contração individual dos músculos
alvo do equipamento.
(E) relaxamento muscular da cintura escapular.

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Gabarito: C.
Comentários: Vamos falar um pouco sobre o body blade (marca), porém é chamada
haste oscilatória. Vimos anteriormente em uma figura.
As hastes oscilatórias são ferramentas de intervenção que proporcionam rápidas
contrações musculares excêntricas e concêntricas, gerando co-contração dos grupos
musculares por meio de movimentos oscilatórios causados pela movimentação da haste
com o membro. A co-contração dos grupos musculares aumenta a estabilidade local e
protege a articulação de forças compressivas e de tração. Essa haste pode ser usada
de várias maneiras, de acordo com o objetivo. Pode ser associado ao trabalho de
estabilização lombar também. Temos várias aplicações desse recurso.
Então, a haste oscilatória (body blade) proporciona maior controle neuromuscular
e força muscular fornecida pela co-contração de grupos musculares alvo do
equipamento = letra C.

25. CESPE – SESA/ES - 2013


Acerca da síndrome conhecida como ombro congelado e da sua abordagem
fisioterápica, assinale a opção correta.
(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na
aderência entre cápsula e úmero e proporcionam desconforto ao paciente.
(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de
amplitude e a dor ao realizar movimento são causadas pela adesão da cápsula articular
ao úmero.
(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação
contra resistência é fundamental para o diagnóstico dessa síndrome.
(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois
aumenta o metabolismo e o fluxo sanguíneo local.
(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez
que não acelera a restauração da amplitude de movimento.

Gabarito: B
Comentários: Vejamos as assertivas:

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(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na
aderência entre cápsula e úmero e proporcionam desconforto ao paciente. Item errado.
Os exercícios de Codman podem ser aplicados, pois produzem efeitos positivos na
aderência entre a cápsula e o úmero.
(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de
amplitude e a dor ao realizar movimento são causadas pela adesão da cápsula articular
ao úmero. Item correto, como vimos.
(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação
contra resistência é fundamental para o diagnóstico dessa síndrome. Item errado. Essa
patologia não tem um teste específico para diagnosticar. Ela é muito fácil de confundir
com a tendinite do manguito rotador. Há formas que apenas o médico pode avaliar,
como a infiltração intra-articular de esteroides e analgésicos.
(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois
aumenta o metabolismo e o fluxo sanguíneo local. Vimos que não é contraindicado.
Item errado.
(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez
que não acelera a restauração da amplitude de movimento. Item errado. Ele também
tem o objetivo de acelerar a restauração da ADM do ombro.

26. AOCP – EBSERH/PA - 2016


Paciente, sexo feminino, após dois meses de dores em ombro direito sem histórico
de trauma, foi diagnosticada com capsulite adesiva. Em relação aos estágios dessa
doença, assinale a alternativa correta.
(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios.
(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês).
(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento.
(D) No estágio de descongelamento, há uma recuperação do movimento, porém a
função é completamente comprometida.
(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no
período noturno.

Gabarito: C.

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Comentários: Vejamos as assertivas:


(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios. Item errado. São 4 estágios.
(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês). Item errado, o estágio
pré-adesivo (estágio I) são os três primeiros meses (em média).
(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento.
Item correto, esse é o estágio III, em que há a rigidez do ombro.
(D) No estágio de descongelamento (estágio IV), há uma recuperação do movimento,
porém a função é completamente comprometida. Item errado. Há uma recuperação
lenta e gradual e, geralmente, a restauração funcional do movimento normal.
(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no
período noturno. Item errado. A dor é pior em repouso, pior à noite no estágio pré-
adesivo.

27. COTEC/UNIMONTES – Pref. Várzeada Palma/MG - 2015


A síndrome do ombro congelado caracteriza-se por
(A) imobilidade da articulação escápulo-torácica.
(B) imobilidade da articulação glenoumeral.
(C) ruptura do manguito rotador.
(D) ruptura do tendão do Supraespinhoso.

Gabarito: B
Comentários: Na capsulite adesiva ocorre a imobilidade da articulação glenoumeral.

28. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015


Quanto à luxação de ombro, assinale a alternativa correta.
(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
flexão, adução e rotação interna.
(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
flexão, adução e rotação externa.
(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
extensão, adução e rotação interna.

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(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando


flexão, adução, e rotação interna.
(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
extensão, abdução e rotação interna.

Gabarito: D
Comentários: Como vimos, podemos ter uma luxação anterior, posterior, inferior ou
multidirecional. A anterior tem como mecanismo da lesão abdução horizontal associado
à rotação externa e a posterior trauma em adução mais rotação interna. Agora vejamos
as assertivas:
(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
flexão, adução e rotação interna. Item errado. Força aplicada no úmero.
(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
flexão, adução e rotação externa. Item errado. Força aplicada no úmero.
(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
extensão, adução e rotação interna. Item errado. Força aplicada no úmero.
(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
flexão, adução, e rotação interna. Item correto. Referente à luxação posterior.
(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
extensão, abdução e rotação interna. Item errado. O correto seria abdução horizontal
e rotação externa (luxação anterior).

29. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES -2014


Sobre as intervenções fisioterapêuticas no pós-operatório do manguito rotador
(1-4 semanas), assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Utiliza-se a crioterapia para diminuição da dor e edema.
(B) Utilizam-se exercícios pendulares para a flexão de ombro, rotação lateral e medial
e abdução para aumentar ADM do ombro.
(C) Utilizam-se exercícios de resistência progressiva, como exercícios de preensão da
mão e exercícios com massa.
(D) Mobilização da articulação livre de resistência para articulação do ombro.

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(E) São realizados exercícios isométricos com máximo esforço para flexão do ombro,
flexão e extensão do cotovelo, a fim de retardar a atrofia muscular.

Gabarito: E
Comentários: Como em qualquer pós-operatório devemos primeiro tratar a dor e o
edema para depois evoluir progressivamente para exercícios de fortalecimento
muscular. Diante disso, a letra E é a resposta da questão, pois não podemos realizar o
máximo esforço no pós-operatório precoce (1 a 4 semanas).

30. FAFIPA – FEAES DE CURITIBA/PR - 2015


Assinale o objetivo da reabilitação que NÃO condiz com o pós-cirúrgico de
ombro:
(A) Evitar a mobilização.
(B) Controlar a dor.
(C) Recuperar a ADM.
(D) Aumento da força muscular.

Gabarito: A
Comentários: No pós-operatório de ombro devemos mobilizar, controlar (diminuir) a
dor, recuperar a ADM e aumentar a força muscular. Letra A.

31. ADM&TEC - PREF. ANGELIM/PE - 2015


Leia as afirmativas a seguir:
I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro.
II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados
juntamente com a mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro
e a flexibilidade dos tecidos moles. As práticas para esses exercícios são a atividade
pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os exercícios com bastão.
III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits
proprioceptivos que podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de
exercícios deve ser individualizada de acordo com que cada indivíduo realiza no seu

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cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e aptidão e ou tratamento


de condições específicas.
IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um
participante passivo no plano de tratamento, promovendo a independência funcional e
a auto responsabilidade dos pacientes.
Marque a alternativa CORRETA:
(A) Nenhuma afirmativa está correta.
(B) Apenas uma afirmativa está correta.
(C) Apenas duas afirmativas estão corretas.
(D) Apenas três afirmativas estão corretas.
(E) Todas as afirmativas estão corretas.

Gabarito: D
Comentários: Vamos analisar cada assertiva:
I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro. Item correto.
É isso mesmo. Precisamos do exercício terapêutico para a estabilização do ombro.

II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados


juntamente com a mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro
e a flexibilidade dos tecidos moles. As práticas para esses exercícios são a atividade
pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os exercícios com bastão.
Item correto. É um dos nossos objetivos e essas são algumas formas.

III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits


proprioceptivos que podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de
exercícios deve ser individualizada de acordo com que cada indivíduo realiza no seu
cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e aptidão e ou tratamento
de condições específicas. Item correto.

IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um


participante passivo no plano de tratamento, promovendo a independência funcional e

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a auto responsabilidade dos pacientes. Item errado. O correto seria tornar-se um


paciente ativo.
No total são três corretas e 1 errada, ou seja, resposta da questão letra D.

32. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015


Durante avaliação, o fisioterapeuta solicitou ao paciente que permanecesse em
decúbito dorsal para a realização da palpação de um nervo responsável pela Síndrome
do túnel do carpo, o qual se localiza entre os tendões dos músculos palmar longo e
flexor radial do carpo, proximal ao punho. Assinale a alternativa que apresenta o nome
desse nervo.
(A) Radial cutâneo.
(B) Radial.
(C) Ulnar.
(D) Fibular comum.
(E) Mediano.

Gabarito: E.
Comentários: O nervo responsável pela Síndrome do Túnel do Carpo é o nervo
mediano. Letra E.

33. AOCP - FUNDASUS - 2015


Paciente, 50 anos, sexo feminino, relata acordar com dor e queimação no
membro superior. Na anamnese, o fisioterapeuta constatou um histórico com início
gradual de dormência e parestesia na distribuição do nervo mediano, associada à
fraqueza das mãos, levando à dificuldade de pegar objetos. Diante do quadro clínico
apresentado, o provável diagnóstico desta paciente é
(A) Artrite reumatoide.
(B) Artrose dos membros superiores.
(C) Doença de De Quervain.
(D) Contratura de Dupuytren.
(E) Síndrome do túnel do carpo.

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Gabarito: E
Comentários: A síndrome que acomete o Nervo Mediano associado à fraqueza das
mãos, levando à dificuldade de pegar objetos, é a Síndrome do Túnel do Carpo.

34. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014


Assinale a alternativa que descreve corretamente a deformidade em “botoeira”.
(A) Flexão das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas distais, com a
deformidade em extensão da articulação interfalângica proximal.
(B) Extensão da metacarpofalângica e interfalângica distal e a flexão da interfalângica
proximal.
(C) Desvio ulnar dos dedos em decorrência do enfraquecimento das estruturas
capsuloligamentares das articulações metacarpofalângicas.
(D) Deformidade de flexão fixa das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas
proximais.
(E) Flexão do Polegar na articulação carpometacarpal e hiperextensão na articulação
metacarpofalângica.

Gabarito: B
Comentários: Vamos relembrar através da figura.
Hiperextensão da interfalangeana distal.
Flexão interfalangeana proximal.
Extensão da metacarpofalangeana.
Letra B. Apenas deveria estar escrito hiperextensão da IFD, ao invés de apenas
extensão. Apenas conflito de literatura.

35. AOCP - EBSERH/HU-UFS/SE - 2014


Lesão com avulsão dos tendões extensores dos dedos na falange distal, produzida
por uma flexão forçada. A definição refere-se
(A) ao dedo em gatilho.
(B) ao dedo em martelo.
(C) ao dedo em Jérsei.
(D) à bursite do olecrano.

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(E) à apofisite.

Gabarito: B
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) ao dedo em gatilho: tenossinovite dos flexores dos dedos da mão. Item errado.
(B) ao dedo em martelo: lesão do tendão extensor ou também uma fratura no dorso
da falange distal. Item correto.
(C) ao dedo em Jérsei: avulsão do tendão flexor profundo. Item errado.
(D) à bursite do olecrano: inflamação da bursa olecraniana do cotovelo. Item errado.
(E) à apofisite: Inflamação na protuberância óssea. Item errado.

36. FCC - TRT - 2015


O paciente com Síndrome do Túnel do Carpo no estágio precoce apresenta
sintomas:
(A) noturnos e diurnos e são intermitentes.
(B) intermitentes unicamente noturno.
(C) diurnos e permanentes.
(D) permanentes e podem perdurar a vida toda.
(E) noturnos e diurnos e podem durar a vida toda.

Gabarito: B.
Comentários: Não falamos especificamente disso, mas essa questão é tranquila. No
início os sintomas são brandos e não permanentes, ou seja, podemos tirar as letras C,D
e E (sintomas permanentes). No começo os sintomas aparecem só a noite, pelo uso
durante o dia do membro superior. De uma maneira geral, é assim que funciona na
STC:
- Estágio precoce – sintomatologia intermitente unicamente noturna.
- Estágio intermediário – sintomas noturnos e diurnos.
- Estágio avançado – Há sintomas permanentes e, sobretudo, sinais de déficit sensitivo
ou motor.

37. FAUEL - PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU/PR - 2015

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Lesões de cotovelo - Assinale abaixo a alternativa que contém lesões que


ocorrem no cotovelo:
(A) Tennis Elbow, lesão de tínel, limitação de phalen.
(B) Fratura de escafóide, Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps.
(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo.
(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral.

Gabarito: D
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) Tennis Elbow (epicondilite lateral), lesão de tínel, limitação de phalen. Os nomes
tinel e phalen são nomes de testes especiais do punho. Item errado.
(B) Fratura de escafoide (mão), Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps. Item errado.
(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo. Item errado.
(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral. Item correto. Todas podem
acometer o cotovelo.

38. ALTERNATIVE CONCURSOS - Pref. Santa Terezinha do Progresso/SC -


2015
Sobre a epicondilite lateral, é correto afirmar:
(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por
inflamação dos extensores comuns ao longo do epicôndilo.
(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade
com a saliência óssea.
(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a
massagem, exercícios resistidos, estimulação elétrica e alongamentos.
(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente
flete o cotovelo em 90º e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça
extensão ativa do punho, contra a resitência do examinador. O paciente irá referir dor
no epicôndilo lateral.
(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o
paciente é instruído a sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior
abdução que a largura dos ombros. Em seguida o paciente deve estender

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completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir dor


nos últimos graus de extensão do cotovelo.

Gabarito: D.
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por
inflamação dos extensores comuns ao longo do epicôndilo. Item errado. O correto é
cotovelo de tenista.
(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade
com a saliência óssea. Item errado. Dependendo da fase da lesão, a crioterapia pode
ser utilizada.
(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a
massagem, exercícios resistidos, estimulação elétrica e alongamentos. Item errado.
Exercícios resistidos jamais inicialmente com dor.
(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente
flete o cotovelo em 90º e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça
extensão ativa do punho, contra a resitência do examinador. O paciente irá referir dor
no epicôndilo lateral. Item correto. Esse teste é utilizado para ajudar no diagnóstico de
epicondilite lateral.
(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o
paciente é instruído a sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior
abdução que a largura dos ombros. Em seguida o paciente deve estender
completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir dor
nos últimos graus de extensão do cotovelo. Item errado. Esse teste avalia a integridade
do ligamento colateral radial do cotovelo.

39. UNICENTRO – PREF. NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS/PR – 2015.


A epicondilite lateral do cotovelo é a causa mais comum de dor no cotovelo vista
nos consultórios de ortopedia, apresentando um impacto importante na sociedade,
desafiando diariamente os clínicos e a indústria terapêutica. O tratamento conservador
é a escolha inicial e se baseia em quatro pontos: repouso relativo, fisioterapia,

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exercícios domiciliares e medicamentos. Acerca dos seus conhecimentos a respeito da


epicondilite lateral, assinale a alternativa correta:
(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e
utilizados para descrever a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral
do cotovelo.
(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço,
extensores do punho e flexores dos dedos.
(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que
realizam frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral.
(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de
forma inflamatória a origem dos músculos flexores do punho.
(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição
patológica como envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor
grau, a porção ântero-medial do extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da
aplicação de tração contínua por repetição, resultando em microrrupturas da origem do
extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação.

Gabarito: E.
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e
utilizados para descrever a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral
do cotovelo. Item errado. O correto é cotovelo de tenista.
(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço,
extensores do punho e flexores dos dedos. Item errado. Músculos extensores do punho
e dedos.
(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que
realizam frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral.
Item errado. A idade ocorre entre 35 e 55 em pessoas que realizam movimentos
repetitivos do punho, não do ombro como o enunciado sugere.
(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de
forma inflamatória a origem dos músculos flexores do punho. Item errado. Correção:
músculos extensores do punho.

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(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição


patológica como envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor
grau, a porção ântero-medial do extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da
aplicação de tração contínua por repetição, resultando em microrrupturas da origem do
extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação.
Item correto.

40. FAUEL - PREF. DE NOVA OLÍMPIA/PR - 2015


Considere as informações sobre o nervo mediano e assinale a incorreta:
(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de
fletir os três primeiros dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos.
(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem
à mão um aspecto característico: mão pêndula.
(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é
a Síndrome do túnel do carpo.
(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo.

Gabarito: B
Comentários: Prestem a atenção, o pede a alternativa incorreta sobre o nervo
mediano. Vejamos as assertivas:
(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de
fletir os três primeiros dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos. Item
correto, como vimos.
(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem
à mão um aspecto característico: mão pêndula. A mão pêndula (ou cabeça de cisne) é
o comprometimento da musculatura extensora, devido à paralisia do nervo radial.
A lesão do nervo mediano causa a deformidade da “pata-de-macaco”.

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(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é
a Síndrome do túnel do carpo. Item correto. Como vimos.
(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo.
Item correto. Melhor descrito no módulo de Avaliação Fisioterapêutica.

41. COTEC/ UNIMONTES - PREF. CAPITÃO ENÉAS/MG - 2015


A compressão do nervo mediano ao nível do punho é uma patologia comum dos
membros superiores tratadas pela fisioterapia. Analise as alternativas abaixo e marque
aquela correspondente a essa patologia recorrente.
(A) Mão em Garra.
(B) Dedo em Gatilho.
(C) Atrofia de Sudeck.
(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

Gabarito: D
Comentários: Nervo mediano = Síndrome do Túnel do Carpo.
Complementando, a atrofia de Sudeck ou Distrofia Simpático Reflexa ou Síndrome
da dor Regional complexa tipo 1 é conhecida como um grupo de sinais e sintomas que
ocorrem após lesões ósseas, nervosas ou de tecidos moles, com dor intensa e
desproporcional à lesão original. A dor é associada à descritores de dor neuropática
(queimação, disestesia, parestesia, alodínia e hiperalgesia ao frio) e sinais clínicos de
disfunção autonômica (cianose, edema, frio, alteração de transpiração e pilificação
local). Ainda não é bem explicado o porquê isso ocorre.

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42. IBEG - PREFEITURA MORRO AGUDO DE GOIÁS/GO - 2015


A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia nervosa que acomete
principalmente mulheres e tem como sintomas dor e parestesia. Marque a alternativa
correta referente ao nervo acometido nessa síndrome.
(A) Mediano
(B) Radial
(C) Ulnar
(D) Femoral
(E) Frênico

Gabarito: A.
Comentários: Síndrome do túnel do carpo = nervo mediano.

43. CONPASS - PREF. BONITO DE SANTA FÉ/PB - 2015


Caracteriza-se por uma fibrose progressiva que leva à formação de
espessamento e ao encurtamento da aponeurose palmar. O enunciado trata-se de uma:
(A) Síndrome do túnel do carpo
(B) Síndrome do canal de Guyon
(C) Tenossinovite de Quervain
(D) Contratura de Dupuytren
(E) Dedo em gatilho

Gabarito: D
Comentários: Deixei para falar sobre essa contratura nessa questão. Essa patologia é
caracterizada pela contratura progressiva da fáscia palmar superficial e seus
prolongamentos digitais, levando a uma deformidade em flexão das articulações
metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Podemos identificar nódulos palpáveis
e cordões pré-tendíneos na aponeurose palmar, afetando mais os dedos anular e
mínimo. Ainda não é conhecida a etiologia dessa patologia. Essa doença é progressiva.
Geralmente, pegamos esses pacientes apenas no pós-cirúrgico, pois o tratamento
conservador ainda não foi comprovado nessa patologia.

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44. ASSCON-PP – Prefeitura de Nova Trento/SC - 2015


É uma Neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano no canal do
carpo, localizada entre a mão e o antebraço. Através do túnel rígido, além do nervo
mediano, passam os tendões flexores revestidos pelo tecido sinovial, aumentando a
pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano. Assinale a alternativa
que corresponde a este diagnóstico.
(A) Síndrome do túnel de carpo.
(B) Dedo em gatilho.
(C) Hosteotite.
(D) Bursite.

Gabarito: A
Comentários: Essa foi tranquila. O enunciado fala do túnel do carpo e quando há
compressão do nervo mediano (localizado no túnel do carpo) chamamos de Síndrome
do Túnel do Carpo = letra A.

45. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015


Clinicamente caracterizada por dor, parestesias, impotência funcional, entre
outros achados, na síndrome do canal de _________ ocorre a compressão do nervo
ulnar. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) Adson;
(B) Reiter;
(C) Guyon;
(D) Paget;
(E) Schlatter.

Gabarito: C

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Comentários: Quando há compressão do nervo ulnar, estamos falando do túnel de


Guyon. Decorem isso.

46. FAFIPA – FEAES de Curitiba/PR - 2015


Assinale a doença que é caracterizada por inflamação dos tendões do abdutor
longo do polegar e do extensor curto do polegar:
(A) Wartenberg.
(B) Dupuytren.
(C) De Quervain.
(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

Gabarito: C
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) Wartenberg: é uma compressão do nervo radial sensorial. Item errado.
(B) Dupuytren: contratura progressiva da fáscia palmar superficial e seus
prolongamentos digitais. Item errado.
(C) De Quervain: é uma tenossinovite que afeta as bainhas dos tendões do primeiro
compartimento posterior do punho (abdutor longo do polegar e extensor curto do
polegar). Resposta da questão.
(D) Síndrome do Túnel do Carpo: diminuição no tamanho do túnel do carpo ou aumento
do seu conteúdo, comprimindo as estruturas que estão dentro desse túnel.

47. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/-


2015
Entre os sintomas da Doença de Quervain, estão:
(A) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e abdutor longo do
polegar.
(B) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor curto e abdutor longo do polegar.
(C) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor longo e adutor do polegar.
(D) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e adutor do polegar.
(E) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor radial do carpo e flexor curto do
polegar

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Gabarito: A
Comentários: Decorem = Síndrome de De Quervain é uma tenossinovite que afeta as
bainhas dos tendões do primeiro compartimento posterior do punho - abdutor longo
do polegar e extensor curto do polegar. Única alternativa que se refere a esses
tendões é a letra A.

48. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/-


2015
A Doença de Preiser se caracteriza por necrose do osso:
(A) Semi-lunar.
(B) Piramidal.
(C) Escafóide.
(D) Capitato.
(E) Hamato.

Gabarito: C
Comentários: A doença de Preiser é uma necrose avascular do escafoide. Letra C.

49. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC- 2015


Um paciente, trabalhador de um frigorífico teve lesão traumática do nervo
mediano. Este paciente apresenta:
(A) Dedos em garra.
(B) Dificuldade de realizar oposição e flexão do polegar.
(C) Atrofia dos músculos da região hipotênar da mão.
(D) Diminuição da sensibilidade na região dorsal da mão.

Gabarito: B
Comentários: Vimos algumas vezes que a lesão no nervo mediano irá causar
incapacidade de opor ou flexionar o polegar. Assim como, tem fraqueza na pronação,
flexão/ abdução do punho e abdução do polegar. A preensão palmar e a pinça ficam
fracas, podendo não conseguir realizar a pinça (deformidade da pata de macaco). Além
disso, perda de desvio radial do punho.

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50. COTEC/UNIMONTES – PREF.DE VÁRZEADA PALMA/MG - 2015


A deformidade conhecida como “mão em garra” caracteriza-se por lesão do
nervo:
(A) radial.
(B) ulnar.
(C) axilar.
(D) palmar.

Gabarito: A
Comentários: Decorem: mão em garra = lesão do nervo ulnar (sinal tardio -
deformidade).

51. CONPASS – PREF. TIBAU DO SUL/RN - 2015


A Síndrome do túnel do carpo (STC) é uma combinação de sinais e sintomas
característicos da compressão do nervo mediano ao nível do canal do carpo. Desta
forma, assinale a alternativa INCORRETA:
(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio
(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC
(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes
(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão
(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o
nervo mediano e melhora os sintomas da STC.

Gabarito: D
Comentários: Vejamos as assertivas:
(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio. Item correto. Essa
é a inervação cutânea.
(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC. Item correto. Vimos anteriormente.
(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes. Item correto.
(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão. Item errado. Inerva o polegar, o
indicador e o dedo médio. Resposta da questão.

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(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o


nervo mediano e melhora os sintomas da STC. Item correto. Em algumas situações é
necessário realizar esse procedimento.

52. UEPB - PREF. SÃO VICENTE/RN - 2015


Em qual doença estão comprometidos os tendões dos músculos abdutor longo e
extensor curto do polegar?
(A) Guyon
(B) De Quervain
(C) O Túnel do carpo
(D) Dupuytren
(E) Dedo em Gatilho

Gabarito: D
Comentários: Essa é a Síndrome de De Quervain (letra B). Essa questão deveria ter
sido anulada, afina a doença de Dupuytren é uma contratura progressiva da fáscia
palmar superficial e seus prolongamentos digitais.

53. FADESP – PREF. SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA/PA - 2015


Síndrome do Túnel do Carpo ocorre devido à compressão nervosa ao nível do
punho ao passar pelo retináculo dos flexores. O nervo acometido nesta síndrome é o
(A) Ulnar.
(B) Mediano.
(C) Radial.
(D) Carpo.

Gabarito: B
Comentários: STC = nervo mediano. Letra B.

54. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014


É correto afirmar que a doença de Kienböck é caracterizada por osteocondrite
da(o)

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(A) apófise do calcâneo.


(B) osso semilunar do carpo.
(C) epífise metatarsal.
(D) osso navicular.
(E) tuberosidade tibial.

Gabarito: B
Comentários: Não falamos sobre essa doença. Vamos aproveitar a questão. A doença
de Kienböck é uma osteonecrose do osso semilunar do carpo. Normalmente o
acometimento é unilateral, porém, quando bilateral, ambos os lados são igualmente
afetados. Pode levar à uma osteoartrose radiocarpal. Além disso, tem maior ocorrência
em homens (jovens). Letra B.

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3 – LISTA DE QUESTÕES

1. CETREDE – PREFEITURA DE AQUIRAZ/CE - 2017


O ombro é uma articulação bastante complexa e a mais móvel de todo o corpo
humano. Entretanto, é considerado pouco estável por sua anatomia articular,
especialmente na articulação glenoumeral. Por esse motivo, qualquer alteração que
comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular seja alvo de
inúmeras afecções, sendo a síndrome do impacto a mais comum em indivíduos adultos.
Sobre a fisioterapia no tratamento da síndrome de impacto, marque a opção
INCORRETA.
(A) A reabilitação deve ser realizada com duração máxima de três meses, devendo
optar-se pelo tratamento cirúrgico sempre que não apresente melhora do quadro neste
período.
(B) Alguns fatores como idade, protocolo utilizado, tipo de atividades realizadas no
trabalho e esporte e variações anatômicas do acrômio podem interferir no tempo ou
nos resultados do tratamento. Contudo, uma intervenção fisioterapêutica adequada e
precoce, associada a um programa de reeducação e orientação do paciente, que
enfatize mudanças de hábitos esportivos ou readaptações profissionais, é
imprescindível para sucesso nos resultados.
(C) O tratamento fisioterapêutico na fase inicial tem como objetivo a redução ou
abolição da dor e diminuição do processo inflamatório instalado, sendo importante
evitar exercícios exagerados que possam agravar ainda mais o quadro agudo.
(D) Após alívio da dor e redução do processo inflamatório agudo, os exercícios para
ganho de ADM e melhora da flexibilidade dos músculos rotadores laterais e mediais do
ombro e romboides devem ser inseridos no programa de reabilitação.
(E) A evolução do tratamento fisioterapêutico deve enfatizar atividades de reforço
muscular dos estabilizadores da escápula, pois a fraqueza persistente desse grupo
muscular manterá alterado o ritmo escapuloumeral, favorecendo, assim, a impactação
subacromial contínua.

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2. IADES – ALEGO - 2019

Considere a função muscular de um paciente que apresenta o quadro de


síndrome dolorosa do ombro de natureza microtraumática e degenerativa,
caracterizada por tendinite de manguito rotador, podendo haver ruptura total ou
parcial de um ou mais tendões.

Assinale a alternativa que indica os músculos que devem ser testados


impreterivelmente para a elaboração do tratamento fisioterapêutico.

(A) Somente os músculos do manguito rotador.

(B) Deltóide, peitoral maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(C) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, deltóide, peitoral


maior, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(D) Deltóide, peitoral maior, grande dorsal, trapézio, bíceps e tríceps braquial.

(E) Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular, trapézio, rombóides


e serrátil anterior.

IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONA SES/DF - 2018

O paciente E.G., 34 anos de idade, policial militar, relata que, no curso de


formação na academia de polícia, sofreu queda sobre o ombro direito durante
treinamento de luta. Procurou atendimento de emergência hospitalar e, no exame
físico, inspeciona-se deformidade na articulação acromioclavicular. O paciente segura
com mão contralateral o membro superior lesionado sobre o tórax e refere dor no ombro
direito; apresenta pressão arterial de 120 mmHg x 80 mmHg, frequência cardíaca de
80 bpm e saturação de oxigênio de 92%. No pronto atendimento, foi realizado exame
de imagem, conforme figura apresentada.

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Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os


itens a seguir.

3. De acordo com a classificação de Alman-Tossy, essa lesão pode ser classificada como
grau I com distensão ou ruptura parcial do ligamento acromioclavicular e
glenoumeral superior.

4. No exame clínico, espera-se o teste de sinal de tecla positivo.

5. O comprometimento funcional mais comum nesse tipo de lesão é a limitação na


amplitude de movimento de adução e abdução horizontal do ombro.

6. Para fornecer mais conforto e alívio de dor para esse paciente, a órtese mais
indicada para esse tipo de lesão é uma tipoia com manguito umeral tipo Velpeau.

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7. No caso de uma iminente falha no tratamento conservador e se a equipe médica


optar por um tratamento cirúrgico com fixação cruenta de placa e parafuso, está
indicado, na fase aguda, o uso de diatermia por ondas curtas contínuas com técnica
coplanar por 15 minutos de aplicação.

8. Para prevenir restrições na amplitude de movimento articular, devem-se instituir


na cinesioterapia exercícios de amplitude de movimento (ADM) de ombro, tração e
deslizamentos grau II na articulação glenoumeral.

9. São achados comuns nesses pacientes aumento de tensão cervical e discinesia


escapular, além da possibilidade de síndrome do desfiladeiro torácico.

IADES – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONA SES/DF - 2018

O paciente L.R.G., 47 anos de idade, comissário de bordo de companhia aérea,


relata que, há dois meses, ao levantar uma mala pesada de passageiro para colocá-la
no compartimento superior do avião, sentiu uma “fisgada” no ombro direito. A partir
de então, refere dor no ombro e limitação para os movimentos de flexão e abdução.
Procurou atendimento em médico ortopedista especialista em ombro, que diagnosticou
tendinopatia inflamatória pelo exame clínico e pelo exame de imagem. Na palpação,
apresenta dor em região subacromial grau 8 pela escala analógica visual. No exame de
ressonância nuclear magnética, identifica-se coleção de líquido intrasubstancial em
tendão do supraespinhal e infraespinhal e infiltrado em bursa subacromial.

A respeito desse caso clínico e dos conhecimentos correlatos, julgue os itens a


seguir.

10. O acrômio tipo III, classificado como ganchoso, pode ser uma das causas da
síndrome do impacto no ombro.

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11. No exame clínico, para detectar esse tipo de lesão, devem-se realizar manobras
irritativas para o manguito rotador, como, por exemplo, os testes de Neer, Patte e Jobe.

12. Na fase inicial do tratamento desse tipo de lesão, deve-se enfatizar a mobilização
passiva intra-articular do ombro com movimentos de tração, deslizamentos e
circunduções da articulação glenoumeral.

13. Na fase de fortalecimento muscular, está indicado o exercício denominado “lata


vazia” em amplitude de movimento (ADM) acima de 90º do ombro, sobretudo para
ativação do músculo redondo maior.

14. Uma das causas da síndrome do impacto do ombro pode ser a escápula alada e,
nesse caso, deve-se trabalhar a flexibilidade do músculo serrátil anterior.

15. Uma ferramenta validada que se deve utilizar para avaliar a funcionalidade da
articulação do ombro para esse tipo de caso é o sistema de pontuação de UCLA.

16. IADES - EBSERH/MCO – UFBA - 2014


Assinale a alternativa que indica o efeito sobre a articulação glenoumeral que é
produzido pelos exercícios pendulares de Codman.
(A) Diminuição da nutrição do líquido sinovial.
(B) Compressão.
(C) Aumento da dor.
(D) Fortalecimento dos músculos do manguito rotador.
(E) Separação.

17. IDECAN –PREF. APIACÁ/ES - 2011


Nas últimas duas décadas, a síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico
cada vez mais comum para pacientes com dores no ombro. Porém, tal síndrome tem
um diagnóstico específico e não é a única causa de dor na porção ântero-superior do
ombro, assim

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(A) pode-se afirmar que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a
uma lateralização da cabeça do úmero, levando, assim, ao fenômeno do impacto.
(B) uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro sadio,
ele centraliza a cabeça do úmero exatamente no centro da cavidade glenoide, deixando
os ligamentos e a cápsula frouxos durante a maioria dos movimentos funcionais.
(C) um desbalance dos músculos situados acima do hemisfério da cabeça do úmero em
relação ao supraespinhoso e principalmente o bíceps braquial, que é substancialmente
mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando, assim, o impacto.
(D) a rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio-x simples
(esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação
acromioclavicular e contato da cabeça do úmero com o acrômio, nos casos de rotura
completa do manguito), são características observadas na Fase I ou Estágio I desta
síndrome, comum em pacientes acima de 40 anos.
(E) a dor é proporcional ao tamanho da rotura e não ao grau de inflamação, piora
durante o dia pelo estiramento das partes moles, pode ser espontânea e aumenta com
os movimentos de elevação do ombro acima de 120º.

18. IDECAN –EBSERH/ HC-UFPE -2014


A síndrome do impacto do ombro é uma síndrome dolorosa acompanhada por
alteração na mobilidade local, sendo caracterizada por uma tendinite, geralmente, do
tendão do supraespinhoso e bursa subacromial, com lesão parcial ou total deste ou de
outros tendões. Sua origem é o impacto do acrômio da escápula no aparelho burso-
tendíneo do ombro, sobreposto à grande tuberosidade do úmero. Sobre o tema, analise
as afirmativas.
I. Tem seu quadro desencadeador agravado, quando, segundo classificação de Morrison
e Bigliani (1986), possuir um acrômio tipo I.
II. Segundo a evolução clínica descrita por Neer (1972), na fase II da patologia ocorre
fibrose e tendinite do manguito rotador, acometendo pacientes em idade média de 25
a 45 anos.
III. Neviasier (1990) descreve quatro elementos que agem conjuntamente nesta
síndrome: vascular, degenerativo, traumático e morfológico.

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IV. O ritmo escapulotorácico alterado não traz complicações significativas ao


funcionamento glenoumeral.
Estão INCORRETAS as afirmativas
(A) I, II, III e IV.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas. E) I, III e IV, apenas.

19. CURSIVA - PREF. MAREMA/SC - 2015


O manguito rotador consiste de quatro músculos: o subscapular, o
supraespinhal, o infraespinhoso e o redondo menor. Na síndrome do impacto pode
ocorrer a lesão de quais músculos?
(A) Bíceps e redondo menor.
(B) Cabeça longa do bíceps e subscapular.
(C) Cabeça longa do bíceps e supraespinhoso.
(D) Supraespinhoso e subescapular.
(E) Bíceps e infraespinhoso.

20. VUNESP - PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - 2015


Na síndrome do impacto crônico no ombro, o impacto da cabeça do úmero contra
o arco coracoacromial pode ser detectado no exame de raio X ou na ressonância
magnética. Além das estruturas musculares: subescapular, supraespinal e infraespinal,
aquelas que podem estar envolvidas e o movimento da articulação do ombro que está
prejudicado, nessa situação, são:
(A) redondo menor, serrátil anterior; adução.
(B) redondo maior, serrátil anterior; abdução.
(C) redondo menor, serrátil anterior; abdução.
(D) redondo maior, serrátil posterior; adução.
(E) redondo menor, serrátil posterior; abdução.

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21. FCC - TRT - 2015


Maria Eduarda, 25 anos, jogadora de handball durante a avaliação fisioterapêutica
foi posicionada com o membro superior ao lado do tórax e o cotovelo em 90° de flexão,
o ombro foi rodado em sentido lateral passivamente pelo fisioterapeuta, posição que
deve ser mantida pela ação muscular. A não sustentação da rotação lateral faz com que
o ombro rode espontaneamente em sentido medial em direção ao tórax, indicando lesão
grave. O teste e o músculo lesado são, respectivamente,
(A) rotação medial não mantida, infraespinhal.
(B) rotação lateral não mantida, supraespinhal.
(C) Jobe, supraespinhal.
(D) rotação lateral não mantida, infraespinhal.
(E) Jobe, infraespinhal.

22. FCC - TRT - 2015


Luciana, 35 anos, cabeleireira apresenta dor no ombro direito há 5 dias. A dor
iniciou após uma semana intensa de trabalho, 14 horas por dia. Após avaliação, Luciana
recebeu o diagnóstico de tendinite do supraespinhal, que lhe causará dor ao tentar:
(A) escovar os dentes.
(B) elevar o MMSS acima da cabeça.
(C) pegar um objeto no chão cruzando a linha média.
(D) levar alimento à boca.
(E) amarrar o sapato.

23. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 5ª - 2013


A introdução de exercícios de flexão ativa do ombro, rotação lateral e exercícios
no plano escapular em pacientes que se submeteram a cirurgia de reparo do manguito
rotador acontece no período pós-operatório de
(A) 1 a 4 semanas.
(B) 2 a 4 semanas.
(C) 5 a 8 semanas.
(D) 8 a 10 semanas.
(E) 8 a 12 semanas.

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24. FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 23ª - 2016


Um paciente realizou cirurgia para reparar o manguito rotador. Para treinamento
neuromuscular utilizou-se o body blade. Este equipamento proporciona
(A) alongamento dos músculos alvo do equipamento.
(B) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela contração individual
dos músculos alvo do equipamento.
(C) maior controle neuromuscular e força muscular fornecida pela co-contração de
grupos musculares alvo do equipamento.
(D) fortalecimento dos grupos musculares através da contração individual dos músculos
alvo do equipamento.
(E) relaxamento muscular da cintura escapular.

25. CESPE – SESA/ES - 2013


Acerca da síndrome conhecida como ombro congelado e da sua abordagem
fisioterápica, assinale a opção correta.
(A) Os exercícios de Codman não devem ser aplicados, pois não produzem efeitos na
aderência entre cápsula e úmero e proporcionam desconforto ao paciente.
(B) Essa síndrome também é denominada capsulite adesiva; nela, a restrição de
amplitude e a dor ao realizar movimento são causadas pela adesão da cápsula articular
ao úmero.
(C) Na avaliação fisioterapêutica, a realização de rotação interna do ombro e de rotação
contra resistência é fundamental para o diagnóstico dessa síndrome.
(D) A utilização da termoterapia, por meio do calor, é totalmente contraindicada, pois
aumenta o metabolismo e o fluxo sanguíneo local.
(E) O treino funcional fisioterapêutico tem o estrito objetivo de aliviar a dor, uma vez
que não acelera a restauração da amplitude de movimento.

26. AOCP – EBSERH/PA - 2016


Paciente, sexo feminino, após dois meses de dores em ombro direito sem histórico
de trauma, foi diagnosticada com capsulite adesiva. Em relação aos estágios dessa
doença, assinale a alternativa correta.
(A) A capsulite adesiva possui 5 estágios.

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(B) O estágio pré-adesivo dura 4 meses (do 9º ao 12º mês).


(C) No estágio de congelamento, ocorre a rigidez articular com perda do movimento.
(D) No estágio de descongelamento, há uma recuperação do movimento, porém a
função é completamente comprometida.
(E) No estágio pré-adesivo, a dor ocorre exclusivamente durante o dia, com alívio no
período noturno.

27. COTEC/UNIMONTES – Pref. Várzeada Palma/MG - 2015


A síndrome do ombro congelado caracteriza-se por
(A) imobilidade da articulação escápulo-torácica.
(B) imobilidade da articulação glenoumeral.
(C) ruptura do manguito rotador.
(D) ruptura do tendão do Supraespinhoso.

28. AOCP - EBSERH/HE-UFPEL - 2015


Quanto à luxação de ombro, assinale a alternativa correta.
(A) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
flexão, adução e rotação interna.
(B) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
flexão, adução e rotação externa.
(C) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada à escápula, combinando
extensão, adução e rotação interna.
(D) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
flexão, adução, e rotação interna.
(E) O mecanismo da lesão é geralmente uma força aplicada ao úmero, combinando
extensão, abdução e rotação interna.

29. AOCP - EBSERH/HUCAM-UFES -2014


Sobre as intervenções fisioterapêuticas no pós-operatório do manguito rotador
(1-4 semanas), assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Utiliza-se a crioterapia para diminuição da dor e edema.

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(B) Utilizam-se exercícios pendulares para a flexão de ombro, rotação lateral e medial
e abdução para aumentar ADM do ombro.
(C) Utilizam-se exercícios de resistência progressiva, como exercícios de preensão da
mão e exercícios com massa.
(D) Mobilização da articulação livre de resistência para articulação do ombro.
(E) São realizados exercícios isométricos com máximo esforço para flexão do ombro,
flexão e extensão do cotovelo, a fim de retardar a atrofia muscular.

30. FAFIPA – FEAES DE CURITIBA/PR - 2015


Assinale o objetivo da reabilitação que NÃO condiz com o pós-cirúrgico de
ombro:
(A) Evitar a mobilização.
(B) Controlar a dor.
(C) Recuperar a ADM.
(D) Aumento da força muscular.

31. ADM&TEC - PREF. ANGELIM/PE - 2015


Leia as afirmativas a seguir:
I. O exercício terapêutico é o principal recurso na reabilitação do ombro.
II. Os exercícios de amplitude de movimento ativos assistidos devem ser iniciados
juntamente com a mobilização articular, a fim de aumentar e manter a ADM do ombro
e a flexibilidade dos tecidos moles. As práticas para esses exercícios são a atividade
pendular, o exercício com corda e polia (roldana de teto) e os exercícios com bastão.
III. Os exercícios proprioceptivos são realizados com o objetivo de reduzir os déficits
proprioceptivos que podem ter resultado através de lesões ou doenças. A prescrição de
exercícios deve ser individualizada de acordo com que cada indivíduo realiza no seu
cotidiano, para o desenvolvimento e manutenção da saúde e aptidão e ou tratamento
de condições específicas.
IV. A intervenção com exercício terapêutico possibilita ao indivíduo tornar-se um
participante passivo no plano de tratamento, promovendo a independência funcional e
a auto responsabilidade dos pacientes.

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Marque a alternativa CORRETA:


(A) Nenhuma afirmativa está correta.
(B) Apenas uma afirmativa está correta.
(C) Apenas duas afirmativas estão corretas.
(D) Apenas três afirmativas estão corretas.
(E) Todas as afirmativas estão corretas.

32. AOCP - EBSERH – Nacional - 2015


Durante avaliação, o fisioterapeuta solicitou ao paciente que permanecesse em
decúbito dorsal para a realização da palpação de um nervo responsável pela Síndrome
do túnel do carpo, o qual se localiza entre os tendões dos músculos palmar longo e
flexor radial do carpo, proximal ao punho. Assinale a alternativa que apresenta o nome
desse nervo.
(A) Radial cutâneo.
(B) Radial.
(C) Ulnar.
(D) Fibular comum.
(E) Mediano.

33. AOCP - FUNDASUS - 2015


Paciente, 50 anos, sexo feminino, relata acordar com dor e queimação no
membro superior. Na anamnese, o fisioterapeuta constatou um histórico com início
gradual de dormência e parestesia na distribuição do nervo mediano, associada à
fraqueza das mãos, levando à dificuldade de pegar objetos. Diante do quadro clínico
apresentado, o provável diagnóstico desta paciente é
(A) Artrite reumatoide.
(B) Artrose dos membros superiores.
(C) Doença de De Quervain.
(D) Contratura de Dupuytren.
(E) Síndrome do túnel do carpo.

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34. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014


Assinale a alternativa que descreve corretamente a deformidade em “botoeira”.
(A) Flexão das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas distais, com a
deformidade em extensão da articulação interfalângica proximal.
(B) Extensão da metacarpofalângica e interfalângica distal e a flexão da interfalângica
proximal.
(C) Desvio ulnar dos dedos em decorrência do enfraquecimento das estruturas
capsuloligamentares das articulações metacarpofalângicas.
(D) Deformidade de flexão fixa das articulações metacarpofalângicas e interfalângicas
proximais.
(E) Flexão do Polegar na articulação carpometacarpal e hiperextensão na articulação
metacarpofalângica.

35. AOCP - EBSERH/HU-UFS/SE - 2014


Lesão com avulsão dos tendões extensores dos dedos na falange distal, produzida
por uma flexão forçada. A definição refere-se
(A) ao dedo em gatilho.
(B) ao dedo em martelo.
(C) ao dedo em Jérsei.
(D) à bursite do olecrano.
(E) à apofisite.

36. FCC - TRT - 2015


O paciente com Síndrome do Túnel do Carpo no estágio precoce apresenta
sintomas:
(A) noturnos e diurnos e são intermitentes.
(B) intermitentes unicamente noturno.
(C) diurnos e permanentes.
(D) permanentes e podem perdurar a vida toda.
(E) noturnos e diurnos e podem durar a vida toda.

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37. FAUEL - PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU/PR - 2015


Lesões de cotovelo - Assinale abaixo a alternativa que contém lesões que
ocorrem no cotovelo:
(A) Tennis Elbow, lesão de tínel, limitação de phalen.
(B) Fratura de escafóide, Rigidez do cotovelo, tendinite de bíceps.
(C) tendinite de biceps, lesão de carpo e Rigidez do cotovelo.
(D) Pseudoartrose, Luxação do cotovelo, epicondilite lateral.

38. ALTERNATIVE CONCURSOS - Pref. Santa Terezinha do Progresso/SC -


2015
Sobre a epicondilite lateral, é correto afirmar:
(A) O cotovelo de golfista, também chamado de epicondilite lateral, ocorre por
inflamação dos extensores comuns ao longo do epicôndilo.
(B) A crioterapia não deve ser aplicada no caso da epicondilite, devido à proximidade
com a saliência óssea.
(C) Desde o início da fase aguda da epicondilite, são indicados para o tratamento a
massagem, exercícios resistidos, estimulação elétrica e alongamentos.
(D) O teste de Cozen é realizado para auxiliar no diagnóstico, sendo que o paciente
flete o cotovelo em 90º e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça
extensão ativa do punho, contra a resitência do examinador. O paciente irá referir dor
no epicôndilo lateral.
(E) O teste de Push é realizado para diagnosticar a epicondilite lateral, sendo que o
paciente é instruído a sentar-se com os antebraços supinados e braços com maior
abdução que a largura dos ombros. Em seguida o paciente deve estender
completamente os cotovelos. Considera-se um teste positivo se o paciente referir dor
nos últimos graus de extensão do cotovelo.

39. UNICENTRO – PREF. NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS/PR – 2015.


A epicondilite lateral do cotovelo é a causa mais comum de dor no cotovelo vista
nos consultórios de ortopedia, apresentando um impacto importante na sociedade,
desafiando diariamente os clínicos e a indústria terapêutica. O tratamento conservador
é a escolha inicial e se baseia em quatro pontos: repouso relativo, fisioterapia,

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exercícios domiciliares e medicamentos. Acerca dos seus conhecimentos a respeito da


epicondilite lateral, assinale a alternativa correta:
(A) Epicondilite lateral ou “cotovelo do golfista” são termos que têm sido aceitos e
utilizados para descrever a síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral
do cotovelo.
(B) O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos supinador do antebraço,
extensores do punho e flexores dos dedos.
(C) Acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida, que
realizam frequentemente movimentos acima da cabeça durante sua atividade laboral.
(D) É considerada uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho e acomete de
forma inflamatória a origem dos músculos flexores do punho.
(E) A teoria aceita atualmente quanto à sua fisiopatologia, caracteriza a condição
patológica como envolvendo a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor
grau, a porção anteromedial do extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da
aplicação de tração contínua por repetição, resultando em microrroturas da origem do
extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação.

40. FAUEL - PREF. DE NOVA OLÍMPIA/PR - 2015


Considere as informações sobre o nervo mediano e assinale a incorreta:
(A) A paralisia deste nervo caracteriza-se pela incapacidade de pronar o antebraço, de
fletir os três primeiros dedos e de realizar os movimentos de oposição dos dedos.
(B) A atrofia tenar e a postura do polegar, que se coloca ao lado do indicador, conferem
à mão um aspecto característico: mão pêndula.
(C) A afecção mais comum, resultante da compressão deste nervo no canal do carpo é
a Síndrome do túnel do carpo.
(D) No exame físico ortopédico, o teste de Phalen avalia a integridade deste nervo.

41. COTEC/ UNIMONTES - PREF. CAPITÃO ENÉAS/MG - 2015


A compressão do nervo mediano ao nível do punho é uma patologia comum dos
membros superiores tratadas pela fisioterapia. Analise as alternativas abaixo e marque
aquela correspondente a essa patologia recorrente.
(A) Mão em Garra.

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(B) Dedo em Gatilho.


(C) Atrofia de Sudeck.
(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

42. IBEG - PREFEITURA MORRO AGUDO DE GOIÁS/GO - 2015


A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia nervosa que acomete
principalmente mulheres e tem como sintomas dor e parestesia. Marque a alternativa
correta referente ao nervo acometido nessa síndrome.
(A) Mediano
(B) Radial
(C) Ulnar
(D) Femoral
(E) Frênico

43. CONPASS - PREF. BONITO DE SANTA FÉ/PB - 2015


Caracteriza-se por uma fibrose progressiva que leva à formação de
espessamento e ao encurtamento da aponeurose palmar. O enunciado trata-se de uma:
(A) Síndrome do túnel do carpo
(B) Síndrome do canal de Guyon
(C) Tenossinovite de Quervain
(D) Contratura de Dupuytren
(E) Dedo em gatilho

44. ASSCON-PP – Prefeitura de Nova Trento/SC - 2015


É uma Neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano no canal do
carpo, localizada entre a mão e o antebraço. Através do túnel rígido, além do nervo
mediano, passam os tendões flexores revestidos pelo tecido sinovial, aumentando a
pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano. Assinale a alternativa
que corresponde a este diagnóstico.
(A) Síndrome do túnel de carpo.
(B) Dedo em gatilho.
(C) Hosteotite.

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(D) Bursite.

45. UNIUV - PREF. JAGUARIAÍVA/PR - 2015


Clinicamente caracterizada por dor, parestesias, impotência funcional, entre
outros achados, na síndrome do canal de _________ ocorre a compressão do nervo
ulnar. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) Adson;
(B) Reiter;
(C) Guyon;
(D) Paget;
(E) Schlatter.

46. FAFIPA – FEAES de Curitiba/PR - 2015


Assinale a doença que é caracterizada por inflamação dos tendões do abdutor
longo do polegar e do extensor curto do polegar:
(A) Wartenberg.
(B) Dupuytren.
(C) De Quervain.
(D) Síndrome do Túnel do Carpo.

47. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/-


2015
Entre os sintomas da Doença de Quervain, estão:
(A) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e abdutor longo do
polegar.
(B) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor curto e abdutor longo do polegar.
(C) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor longo e adutor do polegar.
(D) Dor a pressão e alongamento dos tendões extensor curto e adutor do polegar.
(E) Dor a pressão e alongamento dos tendões flexor radial do carpo e flexor curto do
polegar

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48. ALTERNATIVE CONCURSOS – PREFEITURA DE ESPERANÇA DO SUL/-


2015
A Doença de Preiser se caracteriza por necrose do osso:
(A) Semi-lunar.
(B) Piramidal.
(C) Escafóide.
(D) Capitato.
(E) Hamato.

49. CÂMARA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC- 2015


Um paciente, trabalhador de um frigorífico teve lesão traumática do nervo
mediano. Este paciente apresenta:
(A) Dedos em garra.
(B) Dificuldade de realizar oposição e flexão do polegar.
(C) Atrofia dos músculos da região hipotênar da mão.
(D) Diminuição da sensibilidade na região dorsal da mão.

50. COTEC/UNIMONTES – PREF.DE VÁRZEADA PALMA/MG - 2015


A deformidade conhecida como “mão em garra” caracteriza-se por lesão do
nervo:
(A) radial.
(B) ulnar.
(C) axilar.
(D) palmar.

51. CONPASS – PREF. TIBAU DO SUL/RN - 2015


A Síndrome do túnel do carpo (STC) é uma combinação de sinais e sintomas
característicos da compressão do nervo mediano ao nível do canal do carpo. Desta
forma, assinale a alternativa INCORRETA:
(A) O nervo mediano inerva o polegar, o indicador e o dedo médio
(B) Sinal de Phalen positivo é indicativo de STC
(C) Parestesia e dor são sintomas clínicos importantes

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(D) O nervo mediano inerva o 4º e 5º dedos da mão


(E) A liberação cirúrgica do ligamento transverso do carpo alivia a pressão sobre o
nervo mediano e melhora os sintomas da STC.

52. UEPB - PREF. SÃO VICENTE/RN - 2015


Em qual doença estão comprometidos os tendões dos músculos abdutor longo e
extensor curto do polegar?
(A) Guyon
(B) De Quervain
(C) O Túnel do carpo
(D) Dupuytren
(E) Dedo em Gatilho

53. FADESP – PREF. SÃO DOMINGOS DO ARAGUAIA/PA - 2015


Síndrome do Túnel do Carpo ocorre devido à compressão nervosa ao nível do
punho ao passar pelo retináculo dos flexores. O nervo acometido nesta síndrome é o
(A) Ulnar.
(B) Mediano.
(C) Radial.
(D) Carpo.

54. IADES- EBSERH/HUPES – UFBA - 2014


É correto afirmar que a doença de Kienböck é caracterizada por osteocondrite
da(o)
(A) apófise do calcâneo.
(B) osso semilunar do carpo.
(C) epífise metatarsal.
(D) osso navicular.
(E) tuberosidade tibial.

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Mara Claudia Ribeiro, Gislaine dos Santos Holler
Afecções traumato-ortopédicas dos membros superiores
1342476

3.1 – GABARITO

1. A 20. C 39. E
2. E 21. D 40. B
3. E 22. B 41. D
4. C 23. C 42. A
5. C 24. C 43. D
6. E 25. B 44. A
7. E 26. C 45. C
8. C 27. B 46. C
9. C 28. D 47. A
10. C 29. E 48. C
11. C 30. A 49. B
12. C 31. D 50. A
13. E 32. E 51. D
14. E 33. E 52. D
15. C 34. B 53. B
16. E 35. B 54. B
17. B 36. B
18. B 37. D
19. C 38. D

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