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Fisioterapia na instabilidade traumática de ombro:

Revisão de Ombro:
    
• Formado por 5 articulações: 3 verdadeiras (glenoumeral, esternoclavicular e acromioclavicular) e
duas falsas (subacromial e escapulotorácica);
• É o principal órgão efetor e raíz dos MMSS;
• A principal é a glenoumeral, de grande ADM (alta liberdade de movimento) e instabilidade, pois há
pouca área de contato entre úmero e escápula.
• Mesmo sendo uma articulação sem carga, ocorrem muitas lesões (traumáticas ou não traumáticas), 
pois depende de estabilizadores dinâmicos (músculos) - muito instável, sobrecarregada por esforços
em translação.

Epidemiologia:
• Traumáticas de manguito + instabilidade: média de idade mais jovem (em torno de 37 anos) com
relação às lesões de atrito, quedas, em homens (75%); normalmente relacionada a ambientes urbanos
(queda de altura, acidentes automobilisticos e prática esportiva);
• Movimento que mais lesiona: extensão com abdução e associado a uma rotação externa. A cabeça do
úmero se desloca para frente;
• O mm supraespinal é o mais lesionado;
• A cicatrização depende da idade e tamanho da lesão;
• Preditores de lesão atraumática: discinesia escapular e hipermobilidade, mas nenhum movimento é
considerado preditor. A força da pessoa não interfere na possibilidade de luxação;

Instabilidades de ombro:
    
Atinge cerca de 2% da população;
Pode ocorrer história familiar de luxações e a taxa de reincidência da luxação é alta, particulamente em
pacientes muito jovens;
Podem ser divididas quanto a direção (ant, post, inf, sup e multidirecional) e quanto a (.....)

A maioria dos pacientes apresentam instabilidade anterior do ombro, e podem ser divididos em 2 grupos:
    
1. AMBRI (atraumatica, multidirecional, bilateral, responde bem à fisioterapia e o recesso capsular inferior é
frouxo);
• Em pessoas que tem instabilidade global, como mulheres; 
• Tem relação grande com dor no ombro;
• Gaveta anterior e posterior e instabilidade do sulco são positivos;
• Não gera edema, nem derrame, não gera fratura. Está mais associada por instabilidade que leva à
lesão;
• Ombros mais fortes evitam esse tipo de lesão/luxação;
• fator preditor: discinesia escapular;

2. TUBS (traumática, unidirecional e normalmente unilateral, perfil de lesão de bankart, normalmente é
cirurgica);
• Normalmente é um choque, batida, gera fratura de ombro ou lesão de tecido mole;
• Maioria são anteriores (79%);
• Posterior (11%);
• SLAP (18%);

Podem ocorrer duas lesões:


    
Lesão de Bankart: é uma lesão capsular anterior associado com lesão do labrum glenoidal, geralmente com
avulsão do ligamento glenoumeral inferior. A lesão de Bankart pode ocorrer com fraturas da glenóide,
geralmente sem desvio e 

Lesão de Hill-Sachs:
    

Lesão SLAP: vem do ingles (lesão labral superior, anterior e posterior), que refere-se ao local mais comum
dessa lesão. Além de lesionar labrum pode comprometer a cabeça longa do biceps.

Lesão labral:
• Esse tipo de lesão causa dor em pontadas toda vez que faz movimentos normais do ombro;
• No ombro existem varios tendões e ligamentos que são atados ao labrum que ajudam a aumentar a
estabilidade da articulação, consequentemente, quando há uma lesão labral, o ombro se torna menos
estável e propenso a luxar.

Avaliação:
• Anamnese detalhada;
• Testes provocativos caso haja necessidade, como no caso do paciente que não sabe o que tem;
• Avaliação da mobilidade escapular;
• Observação da relação hipermobilidade/hipomobilidade;
• Questionários funcionais: WOSI, Rowe, 
• Goniometria;
• Dinamometria;
• Teste de força;

Teste da liberação surpresa


• DD, RE, abdução e extensão com flexão do cotovelo. 
• Sustenta glenoumeral, força RE e abdução.
• Quando sustenta ele se sente relaxado, quando tira a mão ele reclama.
 
Teste da carga do bíceps dois
• DD, abdução, cotovelo fletido. Sente dor no final dessa ADM.

Tratamento:
• Cirurgico X conservador
• 10 de 11 estudos da rev sistemática, se chegou o tipico homem, jovem e com instabilidade (primeira
lesão) é indicado a cirurgia. Se for outros casos não há diferença comprovada entre os dois.
• No conservador, entre imobilizar ou mobilização precoce é preferivel a mobilização precoce.

Pós cirurgico - normalmente tem tratamento com fisio de 4 meses;


Conservador - normalmente o tratamento com a fisio são de 6 meses;

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