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Anatomia Básica do

Movimento Humano
Luis Otavio Matsuda
Josie Budag Matsuda

Anatomia Básica do
Movimento Humano

RIO DO SUL
2013
CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO
VALE DO ITAJAÍ - UNIDAVI

Reitor: Célio Simão Martignago


Pró-Reitor de Ensino, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão: Charles Roberto Hasse
Pró-Reitor de Administração: Alcir Texeira

© reservados a UNIDAVI, 2013


Série CADERNOS UNIDAVI

Coordenação: Nivaldo Machado

Série CADERNOS UNIDAVI

Anatomia Básica do Movimento Humano

Autores: Luis Otavio Matsuda


Josie Budag Matsuda

Revisão: Zenilto Tambosi


Capa: Mauro Tenório Pedrosa
Diagramação: Grasiela Barnabé Schweder

Editora UNIDAVI
Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí – UNIDAVI
Rua Guilherme Gemballa, 13
Jardim América – Rio do Sul/SC
89160-00

E-mail: editora@unidavi.edu.br
Fone: (47) 3531-6009
Impressão: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Ficha catalográfica elaborada por xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.


Dedicação

À esposa (Josie) e aos filhos (Arthur e Rachel) pela compreensão e


paciência dos momentos que estive ausente.
GAMBARÊ!
“Se esforce, lute, dê o máximo!”
Frase que as mães japonesas falam para os filhos.
***

Sumário

Prefácio������������������������������������������������������������������������������������ 11

I INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA


HUMANA ������������������������������������������������������������������������������ 13

II ESTUDO DA OSTEOLOGIA��������������������������������������� 23

III SISTEMA ARTICULAR���������������������������������������������� 53

IV SISTEMA MUSCULAR����������������������������������������������� 65
***

Prefácio

O
s antigos manuscritos egípcios demonstram
atividades de dissecação há mais de 1600
a.C. O documento mais conhecido é o
papiro de Edwin Smith o qual exemplifica os processos
de descobertas anatômicas, pelo qual os egípcios tinham
conhecimento visual dos órgãos – mas não compreendiam
o funcionamento.
Mais tarde, o célebre entusiasta da anatomia,
Leonardo da Vinci, publica a obra denominada: “Studies of
the Arm showing the movementes made by Biceps” (1510), onde
ocorre um retrato fiel do simples músculo da alimentação:
o bíceps braquial.
O bíceps braquial é um músculo flexor repleto de
detalhes e o que define suas múltiplas funções é um
pequeno sulco escavado na porção proximal do osso
úmero. Esse pequeno detalhe faz com que o alimento em
um garfo seja levado com proficiência até a boca pela ação
conjunta de músculos, articulações e por este acidente ósseo
denominado sulco bicipital.
A anatomia do movimento é uma ciência entrelaçada
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Anatomia Básica do Movimento Humano

com outras linhas de conhecimento. Princípios biomecânicos


são necessários para a compreensão de um movimento
complexo e o conhecimento fisiológico é essencial para
entendermos o funcionamento da maquinaria biológica.
Nessa concepção, esta obra tem o intuito de esclarecer
os elementos básicos da anatomia do movimento para o
estudante iniciante, oferecendo uma explicação de termos
anatômicos básicos, porém essenciais para o aprendizado
inicial.
Nas descrições anatômicas ao longo dos capítulos,
faz-se menção a outros sistemas, propositadamente, para
despertar a curiosidade do leitor e estimular o acadêmico a
buscar outras fontes literárias.
A anatomia do movimento põe em jogo principalmente
três sistemas: Os ossos que são os elementos do esqueleto;
A união dos ossos, representados pelas articulações e
músculos que são os mobilizadores dos movimentos.
Por fim, no final de cada capítulo colocaremos word
clouds (nuvem de palavras) dos conteúdos abordados com
a finalidade de se realizar uma reflexão acerca dos assuntos
abordados.

- 12 -
***

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
ANATOMIA HUMANA

I
niciamos este capítulo falando sobre Anatomia,
o que é e o que faz parte dela. Anatomia é uma
palavra de origem grega (Ana= em partes e tome=
seccionar), significando assim, que anatomia é seccionar ou
cortar o corpo em partes ou segmentos1, 3.
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare =
cortar) e é equivalente etimologicamente à Anatomia.
Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto
dissecar é um dos métodos desta ciência1, 3,4.
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência
que estuda, macro e microscopicamente, a constituição
e o desenvolvimento dos seres organizados, neste caso,
anatomia humana, ou seja, no ser humano1, 3,8.
A anatomia microscópica é aquela relacionada com as
estruturas corporais invisíveis a olho nu e necessita o uso
de instrumentos para ampliação, como lupas, microscópios
ópticos e eletrônicos¹.
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Anatomia Básica do Movimento Humano

Esse grupo (microscópico) é dividido em Citologia


(estudo da célula), Histologia (estudo dos tecidos),
Embriologia (estudo dos embriões, o desenvolvimento e
crescimento do corpo humano), Genética (estudo do DNA),
entre outros estudos que consistem na retirada de partes de
estruturas do corpo humano.
A anatomia macroscópica é o estudo das estruturas
observáveis a olho nu, não utilizando os recursos
tecnológicos para entender seu funcionamento, sendo
estudada de forma regional (estudo por regiões) ou
sistemática (estudo por sistemas)3,5,7.
O corpo humano é dividido em quatro grandes partes
que subdividem. (1) Cabeça, dividida em crânio e face;
(2) Pescoço; (3) Tronco, dividido em tórax e abdômen; e
(4) Membros, divididos em membros superiores (cintura
escapular, braço, antebraço, mão e dedos da mão, também
chamados de quirodáctilos) e membros inferiores (cintura
pélvica, coxa, perna, pé e dedos do pé, também chamados
de pododáctilos)3,4,6.
Para designar e descrever o organismo como um
todo ou as estruturas que formam suas partes, utilizamos
a nomenclatura anatômica, a qual depende de três fatores:
deverá ser utilizado o latim para descrevê-las (cada país
deverá traduzir para sua língua vernácula os termos); os
nomes dos autores que acompanham muitas designações
devem ser excluídos, ou seja, não se utilizar epônimos*;
devem-se utilizar termos descritivos que signifiquem
morfológica ou funcionalmente as estruturas³.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA

A posição anatômica é uma convenção adotada em


anatomia para descrever as posições espaciais dos órgãos,
ossos e demais componentes do corpo humano³.
Na posição anatômica, o corpo estudado deve ficar ereto
(de pé), com os olhos voltados para o horizonte, membros
inferiores abduzidos (afastados) ou aduzidos (unidos),
pés em paralelo apontados para frente e perpendiculares
ao corpo, membros superiores estendidos e aplicados ao
tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente.
Deve-se notar que não é a posição normal dos braços, que
normalmente ficariam em torção mais ou menos medial
(com as palmas voltadas para o corpo, em pronação)1, 3, 7,14.
A visualização de um corpo dar-se-á pelas vistas:
anterior, lateral e posterior. Note que a figura 1 representa
um corpo humano, as estruturas anatômicas, peças,
sistemas e órgãos utilizam esta mesma discriminação de
referência. O nariz, por exemplo, pode ser descrito na vista
anterior1, 16.
A localização anatômica de algumas estruturas só
é possível se o estudante colocar a estrutura na posição
anatômica, pois algumas estruturas são categoricamente
utilizadas como ponto de referência. 12 O osso rádio do
antebraço localiza-se na porção lateral do corpo, pois
sabemos que a ulna localiza-se medialmente ao rádio
e este é delimitado distalmente pelos ossos carpais e
proximalmente pelo osso úmero12, 15.
Para estudar o corpo humano, é necessário que se
conheçam os planos de delimitação e os planos de secção³.

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Anatomia Básica do Movimento Humano

São eles que tangenciam as superfícies do corpo e que


auxiliam na descrição de cada parte³.
Na posição anatômica, o corpo humano pode ser
delimitado por planos os quais, com suas intersecções,
determinam a formação de um sólido geométrico, um
paralelepípedo³. Vale lembrar que o traçado desse plano é
virtual e nas peças não há demarcações, detalhes na figura
2.
Exames de ressonância magnética, muitas vezes,
colocam o tipo de plano nos laudos para facilitar a
localização de estruturas, como exemplo as áreas cerebrais
da figura 38:
O plano mediano divide o corpo simetricamente
em antímeros (metades) direita e esquerda². Assim, duas
estruturas dispostas em um plano mediano serão chamadas
de mediais e laterais conforme estejam, respectivamente,
mais próxima ou mais distante do plano mediano do corpo².
Este permite os movimentos de flexão e extensão³.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA

Figura 1 – Descrição das vistas anatômicas.

O frontal divide o corpo em partes anterior (ventral)


e posterior (dorsal). Algo em posição à frente do plano
frontal é chamado anterior, e o que está situado atrás desse
plano é chamado posterior.² Este permite o movimento de
adução e abdução (eixo ântero-posterior)1, 3, 12.
O plano transverso divide o corpo em uma porção
superior ou cranial (acima do plano) e outra, inferior
(abaixo do plano)12. Esse corte permite os movimento de
rotação medial e rotação lateral(eixo longitudinal ou crânio-
caudal)8,14.

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Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 2 - Planos de secção anatômica

Algumas observações anatômicas são possíveis com


uma linha ascendente ou descendente que corta o segmento
em forma oblíqua12. Esse tipo de corte é o que determina o
plano oblíquo de observação e é utilizado para investigação
de camadas de tecidos em órgãos e segmentos do corpo12.

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA

Figura 3 – Secções para investigação de peças

Os planos anatômicos conferem a capacidade de

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Anatomia Básica do Movimento Humano

estudarmos e compreendermos a anatomia cortando o


corpo tridimensional em seções bidimensionais8.
Esses estudos podem ser úteis para a compreensão
da tomografia computadorizada e ressonância magnética
que mostram o corpo em seções cuja orientação (como se
vê a imagem) se define segundo três planos: Transverso,
frontal e sagital de acordo com as imagens dos segmentos
encefálicos8.

Nuvem de palavras

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA

Referências

1. DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia


básica dos sistemas orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas,
músculos, vasos e nervos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 493 p

2. ____________________. Anatomia humana básica. 2. ed. Rio de


Janeiro: Livraria Atheneu, 2011. 184 p.

______________________. Anatomia humana sistêmica e


segmentar: para o estudante de medicina. 3. ed. rev. São Paulo:
Atheneu, 2011. 757 p.

3. GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; RAHILLY, Ronan


O’. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1988. 815 p.

4. GUYTON, Arthur C.. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1988. 564 p.

5. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p.

6. HOLLINSHEAD, Henry. Livro texto de Anatomia Humana. 3.ed.


São Paulo: Harper &Row, 1980, 972p.

7. JACOB, Stanley W.. Anatomia e fisiologia humana. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara, 1990. 569 p.

8. MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2.ed.,


São Paulo:Livraria Atheneu Editora, 1993, 363p.

9. MARTINI, H. Frederic; TIMMONS, J. Michael; TALLISCH, Robert


B. Anatomia Humana + Atlas do corpo Humano, 6.ed., Porto Alegre:
Artmed, 2009, 1100p.

10. RIZZO, Donald C. Fundamentos da Anatomia e Fisiologia, 3.ed.,


São Paulo: Cengage Learning, 2009, 520p

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

11. ROBERTS, Alice. The Complete Human body.1.ed. Londres:


Dlorling Kindersley Limited, 2010, 512 p.

12. SHERWOOD, Lauralle. Fisiologia Humana: das células aos


sistemas.7 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011, 845p.

13. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 1991, 1045p.

14. TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo


humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. 619 p.

15. VAN DE GRAAF, M. K. Anatomia Humana, 6ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 2003, 1458p.

16. WILLIANS, P. J. Gray anatomia. 2 vol. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1995, 897p.

- 22 -
***

II

ESTUDO DA OSTEOLOGIA

O
estudo da osteologia (Grego: osteon = osso
+logus = estudo) é importante pela ação dos
ossos e esqueleto na proteção das partes
moles do corpo, conformação e sustentação do corpo, como
sistema de alavanca, na produção de células sanguíneas e
por ser depósito de íons Ca e P2, 4, 7, 9, 11, 16.

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Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 4 – Divisão óssea.

Os ossos são órgãos rígidos, esbranquiçados,


constituídos por tecido conjuntivomineralizado que
reunidos entre si participam na formação do esqueleto.
Possuemnervos e vasos sanguíneos que penetram em
pequenos canais das estruturas ósseas 9, 11.
O esqueleto, um conjunto de ossos cuja função é dar
conformação ao corpo, proteção e sustentação de partes
moles, a figura 4 ilustra o esqueleto humano9, 10.

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

CLASSIFICAÇÕES DOS OSSOS

Segundo a disposição topográfica, os ossos podem


ser axiais que são os ossos que formam o eixo principal do
corpo constituindo os ossos da cabeça, pescoço, tronco e
coluna vertebral9, 10, 13.

Figura 5 – O esqueleto Axial (1) e o esqueleto apendicular


(2).

Ossos apendicularessão os que formam os apêndices

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Anatomia Básica do Movimento Humano

do corpo: ossos dos membros superiores, membros


inferiores, cintura pélvica e cintura escapular de acordo
com a figura 59, 10, 13.
O Esqueleto axial compreende os ossos da cabeça e os
da coluna vertebral, esterno e costelas.
O esqueleto apendicular possui 2 subdivisões:
1. Esqueleto apendicular superior: escápula, clavícula,
úmero, rádio, ulna, carpos, metacarpos, falanges e
sesamóides.
2. Esqueleto apendicular inferior: osso coxal (ílio,
ísquio e púbis), fêmur, tíbia, fíbula, ossos do tarso e
metatarsos, falanges e sesamóides.
Os ossos recebem uma classificação (ver figura 6)
quanto à forma que eles possuem sendo que a classificação
distingue os ossos em: longos, curtos, planos, pneumáticos,
irregulares e sesamóides9, 10, 13.
Os Ossos longos são ossos cujo comprimento
predomina sobre a largura e espessura13. Os ossos longos
(exemplo: fêmur e úmero) possuem uma cavidade na diáfise
do osso para alojar a medula óssea.15 Vale diferenciar os
ossos alongados que são diferentes dos ossos longos por
não apresentarem canal medular (costela e clavícula)2, 4, 7.
Os ossos curtos são ossos cujo comprimento, largura
e espessura se equivalem e a disposição topográfica são
ossos do carpo e do tarso17. Os ossos planos são ossos cujo
comprimento e a largura predominam sobre a espessura
sendo representados pelos ossos da calota craniana e ossos
das raízes dos membros2, 4, 7.

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

Figura 6 – Classificação dos ossos; aspectos morfológicos.

Os ossos irregulares são ossos que apresentam


forma irregular cuja disposição topográfica é representada
pelos ossos da coluna vertebral. Os ossos pneumáticos
apresentam uma característica peculiar, pois apresentam
uma cavidade contendo ar para diminuírem o peso da
estrutura. São representados pelo osso frontal, maxila, osso
etmóide e osso esfenóide1, 7, 9.
Os ossos curtos que se desenvolvem no interior de
tendões ou cartilagens e auxiliam no deslizamento desses
tendões são conhecidos como ossos sesamóides sendo que a

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Anatomia Básica do Movimento Humano

disposição topográfica desse segmento são os ossos: patela,


articulação metacarpo falangiana e metatarso falangiana1,
7, 9
.

ARQUITETURA ÓSSEA

As divisões regionais do osso são a diáfise (corpo do


osso) e a epífise proximal e distal que são as extremidades
dos ossos¹.
Percebem-se 2 formas de arquiteturas ósseas
representadas pela substância compacta e pela substância
esponjosa2, 4.
A substância compacta são áreas dos ossos
constituídas por uma série de lamelas concêntricas que
apresentam canalículos no seu interior9. São responsáveis
pela resistência dos ossos2, 4.
Enquanto a substância esponjosa são áreas dos ossos
constituídas por traves ósseas dispostas em forma de rede
sendo responsável por certa elasticidade dos ossos5. Essa
forma lembra uma treliça que biomecanicamente aumenta
a dissociação de forças por um arranjo vetorial – a natureza
aplicando as ações da física!
Revestindo o osso compacto na diáfise, existe
uma delicada membrana conhecida como periósteo e é
responsável pelo crescimento em espessura do osso e
também pela consolidação dos ossos após fraturas (calo
ósseo)4. As superfícies articulares são revestidas por

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

cartilagem. Vale salientar que esta estrutura é ricamente


inervada e processos álgicos envolvem a estimulação deste
setor4.
Entre as epífises e a diáfise encontra-se um disco ou
placa de cartilagem nos ossos em crescimento, tal disco é
chamado de disco metafisário (ou epifisário) e responsável
pelo crescimento longitudinal do osso – no “estirão de
crescimento” a atividade celular nessa região é bastante
pronunciada e qualquer tipo de lesão nessa área pode
interferir no crescimento do indivíduo, detalhes na figura 7.
O interior dos ossos, região conhecida como canal
medular, é preenchido pela medula óssea que, em parte
é amarela, funcionando como depósito de lipídeos, e, no
restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de
formação das células do sangue, ou seja, de hematopoiese12.
O tecido hematopoiético e popularmente conhecido
por “tutano”9.As maiores quantidades de tecido
hematopoiético estão nos ossos da bacia e no esterno10.
Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada
principalmente nas epífises9.

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Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 7 – Em (a) vista posterior, nas extremidades


encontram-se as epífises e o corpo representado pela
diáfise. Entre a metáfise e a epífise encontramos a placa
de crescimento. Em (b) e (c) cortes evidenciam as formas
trabeculares. Adaptado de Martini, 2009.

Outras camadas são importantes para manutenção do


osso e regulação da homeostasia corpórea9. O endósteo é a
camada de tecido conjuntivo que reveste o canal medular
dos ossos e a medula óssea é um tecido conjuntivo situado
dentro dos ossos capaz de produzir células sanguíneas que
pode ser dividida em: medula vermelha e amarela9.
A Medula óssea rubra ou vermelha: é a medula
óssea produtiva e medula óssea flava ou amarela: tecido
conjuntivo gorduroso que substitui a medula vermelha9,10.
Algumas características são peculiares aos ossos. O

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

osso no indivíduo “vivo” é um tecido que está em constantes


mudanças12. Esse fato está relacionado com os tipos de
células que realizam a remodelação do osso: Osteoblasto e
osteoclasto.12
Os ossos vão sendo remodelados durante um processo
em que se elimina o tecido ósseo velho e se acrescenta tecido
novo14. A remodelação também ocorre para adicionar ao
corpo alguns minerais que estão estocados nos ossos sob a
forma de hidroxiapatita14.
Esse processo apresenta duas fases: a reabsorção
óssea e a deposição óssea, que são realizadas por células
especializadas, os osteoclastos e os osteoblastos , cujas
ações são contrapostas16.
Os osteoclastos decompõem e eliminam a matriz
óssea velha para que os osteoblastos possam gerar a nova
matriz13. Mecanismos relacionados à pressão mecânica dos
ossos (efeito piezelétrico) e hormonais controlam essas
atividades13.

ELEMENTOS DESCRITIVOS

Os elementos descritivos são conhecidos como


acidentes ósseos e são importantes para o reconhecimento
de áreas e nomenclaturas4. Muitos desses elementos são
estruturas em que há fixação de músculos através de
tendões, constituindo as origens e inserções musculares11.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Pode-se classificar em:


Saliências: Articulares (encaixe para articular):
cabeça, capítulo, tróclea e côndilos; Não articulares (fixação
de músculos e ligamentos): tubérculo,tuberosidade,
trocânter, espinha e linha.
Depressões: Articulares (encaixe): cavidades e fóveas;
Não articulares (apoio de estruturas): fossa, impressão e
sulco.
Aberturas: Forame: orifício de passagem; meato:
orifício que não é contínuo.

OSSOS DO ESQUELETO AXIAL

Divide-se em crânio e face. A ósteo-arquitetura é


característica apresentando uma quantidade elevada de
ossos do tipo pneumático10.

Figura 8 – Divisão dos ossos do crânio e da face. Separação


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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

em 3D auxilia na visualização de ossos pares e ímpares.


Divisão do crânio (figura 8): Ossos pares são os parietais
(pr) e temporais(t); ossos Ímpares são o frontal(f),
etmoide(et), esfenóide (e) e occipital(o).

Os ossos pneumáticos possuem um espaço


preenchido por ar e reduzem a massa do tecido craniano.10
Esta adaptação faz com que os músculos e estruturas que se
relacionam com o crânio trabalhem com um menor esforço.
Em alguns casos, durante infecções, os espaços do osso
etmoide podem ser preenchidos por exudatos inflamatórios
ocasionando dor e febre.15

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 9 – Ossos da face com separação dos ossos pares.

Divisão da face (figura 9): Ossos pares são os nasais


(n), zigomáticos (z), lacrimais (l), palatinos (p) e conchas
nasais inferiores (c), ossos impares são os vômer (v) e

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

mandíbula (m).

OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL

Constituição da coluna vertebral: sete vértebras


cervicais, doze torácicas, cinco lombares,cinco sacrais e de
três a quatro coccígeas14,15,16.
Cada vértebra possui características que distinguem
uma das outras de acordo com a figura 10.14 O indivíduo
normal possui 7 vértebras cervicais sendo que elas possuem
forames transversos enquanto as 12 vértebras torácicas
possuem como característica principal as fóveas costais14, 15.
Nas 5 vértebras lombares encontram-se os processos
mamilares enquanto as vértebras sacrais (fundidas) formam
o sacro16. No final distal da coluna vertebral encontram-se
as vértebras coccígeas que são fundidas e formam o cóccix15.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 10 – Ossos da coluna vertebral e as características


anatômicas.

Nota-se que a coluna vertebral apresenta curvaturas


fisiológicas com angulações específicas9. As principais
curvaturas são as curvaturas cervical, torácica e lombar3,7.
Utiliza-se o sufixo “hiper” quando ocorrem alterações que
intensificam a curvatura, como exemplo: hiperlordose que
é o excesso de curvatura lombar.14 Nos casos em que ocorre
diminuição da curvatura utiliza-se o sufixo “hipo”. Existem
situações extremas em que não há curvatura (patológico)
e a designação e a palavra utilizada é retificação da

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

curvatura1,3,6,9.
Os elementos que compõem as vértebras são o
corpo, arcos, lâminas, processos transversos, espinhosos
e articulares(superiores e inferiores) e forame vertebral,
detalhes evidenciados na figura 11.

Vértebras cervicais

O atlas é a primeira vértebra cervical e as


particularidades são forame transverso, tubérculo anterior,
fóvea dentis e arco anterior e posterior.9 Localizado abaixo
do atlas encontra-se o axis, que é a segunda vértebra cervical
possuindo o forame transverso e processo odontóide1,3,6.

Vértebras torácicas

São consideravelmente maiores e mais fortes do que


as vértebras cervicais, tendo como características distintivas
as superfícies fóveas costais no corpo e nos processos
transversos o corpo é arredondado e processos espinhosos
afilados1,3.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 11 – Detalhes dos elementos constituintes das


vértebras.adaptado de Martini, 2009.

Vértebras lombares

São as maiores e mais fortes da coluna1. Suas


particularidades são os processos mamilares corpo em
forma de rim, forame vertebral triangular e processo
espinhoso quadrangular (figura 11).

Vértebras sacrais e coccígeas

É um osso triangular formado pela fusão de cinco


vértebras sacrais, sua face pélvica são as linhas transversas,
forames sacrais ventrais e promontório e sua face dorsal são

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

as cristas sacrais medianas, intermédias e laterais, forames


sacrais dorsais,hiato sacral, cornos sacrais, tuberosidade
sacral e superfícies auriculares (figura 10)14, 16.
Nas vértebras fundidas coccígeas, sua forma é
triangular e é formada pela fusão de quatro vértebras
coccígeas5.A região superior do cóccix se articula com o
sacro11,16.

Ossos do tórax

Os ossos do tórax formam uma carapaça de proteção


dos órgãos “nobres” que formam o corpo humano. O
coração e os pulmões são “protegidos” por uma estrutura
óssea que oferece proteção e movimentos, sendo este
último necessário para a respiração13. A composição desse
segmento está ilustrado na figura 12.

Esterno

É um osso plano e estreito, localiza-se no centro da


parede torácica anterior e é constituído de três partes, sua
constituição é formada pelo corpo, manúbrio e processo
xifóide, seus elementos descritivos são: a incisura jugular,
incisuras claviculares e costais e ângulo esternal13,15,16.

Costelas

Doze pares de costelas compõem os lados da cavidade

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

torácica, cada costela articula-se posteriormente com a sua


vértebra torácica correspondente13, 15,16. Sua classificação é
dada da seguinte maneira:
Verdadeiras ou esternais: são os sete primeiros pares.
Ligam-se diretamente ao esterno através de suas cartilagens
costais.
Falsas ou esternais: são os três pares seguintes.
Suas cartilagens fundem-se na cartilagem costal da última
costela verdadeira.

Figura 12 – Ossos do tórax adaptado de Martini, 2009.

Flutuantes: são os dois últimos pares. Não possuem


cartilagens e seus elementos descritivos: cabeça, colo, corpo,
tubérculo, extremidade esternal e cartilagens costais.

- 40 -
ESTUDO DA OSTEOLOGIA

OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR


SUPERIOR

Consiste em dois ossos: a clavícula e a escápula


(cintura escapular)9. Suas partes livres é o úmero, rádio,
ulna, ossos do carpo, do metacarpo e falanges dos dedos de
acordo com a figura 13, sendo divido em:
Clavícula: extremidades esternal e acromial, tubérculo
conóide, linha trapezóide, sulco do músculo subclávio e
impressão do ligamento costoclavicular.
Escápula: bordas superior, medial e lateral; ângulos
superior, inferior e lateral; faces anterior(costal) e posterior;
espinha; fossas supra e infraespinhais e subescapular;
acrômio; colo; tubérculos supra e infraglenóideos; processo
coracóide; cavidade glenóide e incisuras espinoglenóide e
da escápula16.

ÚMERO

O maior e mais longo osso do membro superior³. No


ombro ele se articula com a escápula, e no cotovelo com a
ulna e o rádio, sendo dividido em:
Epífise proximal: cabeça, colos anatômico e cirúrgico,
tubérculos maior e menor, sulco intertubercular e cristas
dos tubérculos maior e menor.
Corpo: tuberosidade deltóidea e sulco do nervo radial.
Epífise distal: tróclea, capítulo, fossas radial,
coronóidea e do olécrano, sulco para o nervo ulnar e

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

epicôndilos lateral e medial.

Figura 13 – Esqueleto apendicular superior.

RÁDIO

Esse osso está localizado no aspecto lateral do


antebraço (ver posição anatômica)4, 6. A epífise proximal
do rádio contém a cabeça, fóvea da cabeça, circunferência
articular e colo 6. A do corpo é a tuberosidade radial e
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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

margem interóssea e a epífise distal são o processo estilóide,


incisura ulnar e face cárpica articular4.

ULNA

Está localizado no aspecto medial do antebraço é mais


longa do que o rádio. Sua epífise proximal está no olécrano,
processo coronóideo e incisuras troclear e radial, no corpo
na tuberosidade ulnar e margem interóssea, sua epífise
distal está na cabeça e processo estilóde evidenciados na
figura 14.

OSSOS DO CARPO

Esses ossos estão distribuídos em duas fileiras


transversais, com quatro ossos em cada fileira, e são
denominados de acordo com sua morfologia. Na fileira
proximal está a escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme,
na fileira distal está o trapézio, trapezóide, capitato e
hamato4, 6.

OSSOS DO METACARPO

Constituído de uma base próxima, um carpo


intermediário e uma cabeça distal³. Seus constituintes é a
base, o corpo e a cabeça. São numerados em I, II, III, IV e V.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

FALANGES

São os ossos dos dedos, totalizam 14 em cada mão,


e também são numerados de I a V, iniciando com o
polegar. São classificados por falanges proximais, médias e
distais10,12. Sua numeração é a seguinte:
I – polegar;
II – indicador;
III – máximo;
IV – anular;
V – mínimo.

OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR


INFERIOR

A figura 14 ilustra o esqueleto apendicular Inferior.


Esse esqueleto consiste nos dois ossos do quadril, também
chamados de ossos da coxa10. A cintura pélvica consiste no
osso coxal. Em sua parte livre está o fêmur, tíbia, fíbula,
patela, ossos do tarso, do metatarso e falanges dos dedos4,
6,10,12
.

Estão divididos em:


Ílio: constituintes: linhas glúteas superior, média e
inferior, espinhas ilíacas ântero superior,ântero-inferior,
póstero-superior e póstero-inferior, superfície auricular e
crista ilíaca.
Ísquio: constituintes: espinha isquiática, incisuras
- 44 -
ESTUDO DA OSTEOLOGIA

isquiáticas maior e menor, túberisquiático, forame obturado


e linha terminal.
Púbis: constituintes: sínfise púbica, tubérculo púbico,
linha pectínea e forame obturado.
Acetábulo: É a cavidade articular do osso coxal
formado pelo ílio, ísquio e púbis. Constituintes: face
semilunar, fossa acetabular e incisura acetabular.

FÊMUR

Osso femural é o mais longo, forte e pesado osso do


corpo. Sua extremidade proximal articula-se com o osso do
quadril, e sua extremidade distal articula-se com a tíbia e a
patela4, 6.
Epífise proximal: cabeça, fóvea da cabeça, colo,
trocanter maior e menor, linha intertrocantérica e fossa
trocantérica.
Corpo: linha pectínea, tuberosidade glútea e linha
áspera.
Epífise distal: côndilos lateral e medial, epicôndilos
lateral e medial, tubérculo adutor, face patelar e fossa
intercondilar.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 14 – Esqueleto apendicular inferior PATELA.

É um osso pequeno, triangular localizado na frente


da articulação, entre o fêmur e a tíbia, conhecida como

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

articulação do joelho.10 Ela desenvolve-se no tendão do


músculo quadríceps femoral, tem função de aumentar
o braço de alavanca do tendão4, 6, 10,12,16. É constituído por
ápice, base e faces articulares lateral e medial de acordo
com a figura 14.

TÍBIA

Maior osso medial da perna, esse que sustenta o


peso do corpo. Ela articula em sua extremidade proximal,
com o fêmur e a fíbula, e em sua extremidade distal, com a
fíbula e o tálus do tornozelo (veja figura 14), sendo que sua
divisão:
Epífise proximal: côndilos lateral e medial, eminências
intercondíleas e tuberosidade da tíbia.
Corpo: linhas do músculo solo e margem interóssea.
Epífise distal: maléolo medial, face articular, incisura
fibular e sulco maleolar.

FÍBULA

Essa é paralela e lateral à tíbia, sendo consideravelmente


menor do que esta.15 A fíbula também se articula com a tíbia,
na incisura fibular. Na sua epífise proximal está a cabeça e
o colo7. No seu corpo, as margens interósseas. Na epífise
distal, o maléolo lateral, fossa maleolar e face articular9, 10, 13.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

OSSOS DO PÉ

O pé pode ser dividido em mediopé e retropé onde os


ossos do tarso do pé contêm sete ossos do tarso, unidos por
ligamentos de acordo com a figura 15. O tálus e o calcâneo
estão localizados na parte posterior do pé12. Na parte
anterior os ossos cubóide, navicular e três cuneiformes,
que são denominados medial, intermédio e lateral.6 Esse é
o único osso do pé que se articula com a fíbula e a tíbia, de
acordo com a seguinte divisão:
Fileira proximal: tálus e calcâneo.
Fileira distal: navicular, cuneiformes lateral, medial e
intermédio e cubóide.
Elementos descritivos: tróclea do tálus, seio do tarso,
sustentáculo do tálus e tuberosidade do calcâneo.

OSSOS DO METATARSO

São sete ossos que denominam o metatarso,


numerados de I a V. É constituído de uma base proximal,
um carpo intermediário e a cabeça distal9. O primeiro osso
do metatarso é mais espesso que os demais, este sustenta
mais peso9, 10, 13.

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ESTUDO DA OSTEOLOGIA

Figura 15 - Ossos do pé.

FALANGES

São classificadas em falanges mediais, proximais e


distais4. O hálux tem duas falanges grandes e pesadas, a
proximal e a distal, enquanto os outros dedos do pé possuem
três falanges divididas em proximal, medial e distal9, 10, 13.
Salienta-se que a divisão das falanges do pé é a
mesma da mão12.Esse fato pode ter relação com as ideias
dos entusiastas evolucionistas14.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Nuvem de palavras

- 50 -
ESTUDO DA OSTEOLOGIA

Referências

1. DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia


básica dos sistemas orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas,
músculos, vasos e nervos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 493 p

2. ____________________. Anatomia humana básica. 2. ed. Rio de


Janeiro: Livraria Atheneu, 2011. 184 p.

______________________. Anatomia humana sistêmica e


segmentar: para o estudante de medicina. 3. ed. rev. São Paulo:
Atheneu, 2011. 757 p.

3. GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; RAHILLY, Ronan


O’. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1988. 815 p.

4. GUYTON, Arthur C.. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1988. 564 p.

5. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p.

6. HOLLINSHEAD, Henry. Livro texto de Anatomia Humana. 3.ed.


São Paulo: Harper &Row, 1980, 972p.

7. JACOB, Stanley W.. Anatomia e fisiologia humana. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara, 1990. 569 p.

8. MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2.ed.,


São Paulo:Livraria Atheneu Editora, 1993, 363p.

9. MARTINI, H. Frederic; TIMMONS, J. Michael; TALLISCH, Robert


B. Anatomia Humana + Atlas do corpo Humano, 6.ed., Porto Alegre:
Artmed, 2009, 1100p.

10. RIZZO, Donald C. Fundamentos da Anatomia e


Fisiologia, 3.ed., São Paulo: Cengage Learning, 2009, 520p

- 51 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

11. ROBERTS, Alice. The Complete Human body.1.ed.


Londres: Dlorling Kindersley Limited, 2010, 512 p.

12. SHERWOOD, Lauralle. Fisiologia Humana: das células


aos sistemas.7 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011, 845p.

13. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 1991, 1045p.

14. TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo


humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. 619 p.

15. VAN DE GRAAF, M. K. Anatomia Humana, 6ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 2003, 1458p.

16. WILLIANS, P. J. Gray anatomia. 2 vol. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1995, 897p.

- 52 -
***

III

SISTEMA ARTICULAR

D
urante o desenvolvimento embrionário,
o tecido conjuntivo entre os ossos em
formação cria articulações que podem
ser sólidas (fibrosas ou cartilaginosas) ou apresentar
cavidades com líquido sinovial (articulações sinoviais)7.
As articulações sinoviais são as principais junturas que
realizam movimentos no corpo humano e costumam ter
muita mobilidade1,5,9 .
O sistema articular faz parte da unidade de proteção e
movimento, caracteriza-se por um conjunto de articulações
ou junturas1,7,10. Uma articulação é um ponto de contato
entre os ossos, entre a cartilagem e os ossos ou entre os
dentes e os ossos 5,9.
Quando dizemos que um osso se articula com outro,
isso significa que os dois ossos formam uma articulação e
possuem a função de manter os ossos unidos e proporcionar
flexibilidade a um esqueleto rígido5,9.
Nesse cenário, a artrologia (do grego, arthro=articulação;
logia= estudo de) é o estudo científico das articulações sendo
que elas podem ser classificadas em três grupos de acordo
- 53 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

com o grau de mobilidade:


Articulações imóveis (sinartrose): são ossos unidos
por tecido conjuntivo fibroso. Ex. ossos do crânio.
Articulações semimóveis (anfiartrose): são ossos
unidos por cartilagem. Ex. articulação esterno-costal.
Articulações móveis (diartrose): são ossos unidos por
líquido sinovial. Ex. articulação do joelho e cotovelo.
As articulações imóveis permitem pouco ou nenhum
movimento7, 9. Temos dois tipos de articulações fibrosas:
Suturas: é composta por uma fina camada de tecido
fibroso denso. Elas unem os ossos do crânio. São divididas
em três tipos: sutura plana (união linear retilínea, ex.
internasal), sutura serreada (parecida com uma serra,
também chamada de denteada, ex. interparietal) e sutura
escamosa (quando um osso fica com a borda por cima
de outro osso, parecendo uma escama, ex. temporo-
parietal)1,7,9,13,16.
Sindesmose: a distância entre os ossos articulantes e a
quantidade de tecido conjuntivo fibroso denso são maiores
do que na sutura. Um único exemplo é na articulação tíbio-
fibular-distal1,7,9,13,16.
As articulações semimóveis permitem movimento de
deslizamento. Aqui os ossos articulantes estão fortemente
conectados por fibrocartilagem ou cartilagem hialina 7, 9.
Temos dois tipos de articulações fibrocartilaginosas:
Sincondrose: possui cartilagem hialina. Encontrada
nas articulações esfeno-occipital e esterno-costal.
Sínfise: é uma articulação cartilagínea em que as

- 54 -
SISTEMA ARTICULAR

extremidades dos ossos articulantes são recobertas por


cartilagem hialina, porém os ossos são conectados por um
disco largo e plano de fibrocartilagem³. Encontrada nas
articulações intervertebrais (quando movidas em conjunto
permitem maior mobilidade) e interpúbica (permite que a
pelve se amplie no momento do parto)9,13,16.
As articulações de interesse no estudo do movimento
humano são classificadas como articulações sinoviais
(figura 16). Essas articulações móveis permitem que os
ossos se movimentem livremente10, 13.
Também chamadas de articulação sinovial, possuem
características que somente as articulações móveis têm:
1. Cartilagem articular: cartilagem hialina que reduz
o atrito entre os ossos, durante o movimento, e ajuda a
absorver os choques5. É avascularizada e denervada. Sua
nutrição é precária, portanto torna a regeneração, em
caso de lesão, mais difícil e lenta. Depende do movimento
para viver. Se a pessoa não se movimentar, pode perder a
mobilidade (anquilose)10, 13.
2. Cápsula articular: é uma dupla camada de
membrana que envolve e limita a articulação. A camada mais
externa, de tecido conjuntivo fibroso, se fixa ao periósteo
dos ossos articulantes e é conectada aos ligamentos, que
são bem adaptados para opor resistência a uma grande
tensão. A camada mais interna da cápsula articular é a
membrana sinovial, de tecido conjuntivo frouxo, que
secreta a sinóvia10. Suas diversas funções incluem a redução
do atrito pela lubrificação da articulação e o fornecimento

- 55 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

de nutrientes para os condrócitos, bem como a remoção


dos seus resíduos metabólicos3. Por isso, a importância do
aquecimento antes do exercício, pois estimula a produção e
secreção de sinóvia10, 13.
Encontra-se na articulação o líquido sinovial cuja
função é lubrificar a superfície de contato das articulações
como se fosse uma graxa, diminuindo o atrito, serve
também para amortecer impactos9. Em controvérsia, há três
teorias que explicam como ele é formado: a) pela cápsula
articular interna; b) pelo ácido hialurônico; c) pela corrente
sanguínea ultrafiltrado plasmático13.
A cavidade articular é um espaço virtual entre os ossos
articulantes, que é preenchido pelo líquido sinovial11. Ela
permite que uma articulação seja livremente móvel1,7,9,13,16.

Figura 16 – Componentes de uma articulação sinovial.

Anexo às cavidades articulares, encontram-se


estruturas denominadas de discos e meniscos que são
- 56 -
SISTEMA ARTICULAR

amortecedores extras, sob a forma de blocos cartilagem.


Os meniscos absorvem o choque do andar e do saltar, têm
formato de meia-lua e são encontrados nas articulações do
joelho4.
O disco intervertebral é composto por um anel fibroso
(externo) e um núcleo pulposo (interno). É encontrado entre
uma vértebra e outra proporcionando mobilidade, união,
alinhamento e também servindo como um amortecedor
dos impactos constantes que a coluna sofre no seu dia a
dia, como descer escadas, e pular cordas 4.

CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES


QUANTO À FORMA E À FUNÇÃO

As articulações sinoviais podem ser classificadas


quanto à forma das superfícies articulares em planas,
glínglimos, trocóides, selares, condilares e esferoides de
acordo com a figura 174.
As articulações sinoviais do tipo plana possuem uma
característica que as define por terem o contato uma com
as outras de forma plana como se fossem dois tijolos ou
blocos de construção. Essas articulações estão presentes nas
articulações do carpo e tarso4.

- 57 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Figura 17 – Tipos e formas das articulações associadas à


função

Articulações do tipo gínglimo ou dobradiça se


estruturam de tal maneira que uma superfície convexa se
encaixa em outra côncava3. Nesse tipo de articulação, o
movimento limita-se à flexão e à extensão em um único
plano.4 A abertura e o fechamento de uma porta articulada
residencial é um bom exemplo, pois ocorre limitação de
- 58 -
SISTEMA ARTICULAR

movimento pela dobradiça. As articulações interfalangeanas


médias e distais dos dedos das mãos e pés são exemplos3.
Articulação do tipo trocóide ou pivô é uma articulação
uniaxial porque o movimento se restringe à rotação em
um único plano.5 Nesse tipo de articulação, um segmento
rola sobre o outro como se fosse uma cabeça de soquete.
Articulações entre atlas e áxis e rádio e ulna são exemplos.
3

A articulação esferóideas ou “bola e soquete” possuem


superfícies articulares côncavas e convexas.6 A rotação das
articulações é permitida nos três planos de movimento.
Exemplos incluem as articulações do quadril e do ombro3.
Uma articulação do tipo condilar, ovoide ou
elipsoide tem uma, das superfícies ósseas, articular com
formato convexo ovoide e outra superfície tem formato
reciprocamente côncavo à primeira6. São permitidos
movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e
circundução. Exemplos incluem da segunda à quinta
articulações metacarpo falangeanas e a articulação
radiocarpal. 6
Articulações em sela são as articulações selares,
possuem formato de sela de cavalo e os movimentos
permitidos são os mesmos das articulações condilares,
porém, a amplitude de movimento permitida é maior.2 Um
exemplo é a articulação carpometacarpal do polegar.12

- 59 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES

Nos movimentos angulares, há um aumento ou


diminuição no ângulo entre os ossos articulantes12. Os
principais movimentos angulares são a flexão, extensão,
abdução, adução, rotação, circundução, pronação,
supinação, inversão, eversão, flexão plantar, dorsiflexão,
retração, elevação, oposição e reposição10.
A flexão é o movimento no qual há diminuição do
ângulo entre os ossos de uma articulação, por exemplo,
dobrar a perna no joelho ou dobrar os dedos10.
A extensão é o movimento no qual há o aumento do
ângulo entre os ossos de uma articulação, por exemplo,
endireitar a perna do joelho e esticar os dedos para abrir10,12.
A abdução é o movimento para longe do plano
mediano, por exemplo, movimentar o braço lateralmente,
afastando-o do corpo9, 10,12.
A adução é o movimento em que a perna volta para o
plano mediano, por exemplo, retornar o braço em direção
ao corpo9, 10,12.
A rotação é quando um osso gira ao redor de seu
próprio eixo longitudinal. As articulações trocoide e
esferoide permitem a rotação, por exemplo, girar a cabeça
de um lado para o outro, como se dissesse “não”9,10,12.
A circundução é a combinação de vários movimentos.
Quando a parte distal dos MMSS ou MMII desenham uma
circunferência no ar, formando uma espécie de cone e que
a articulação seja o vértice do movimento14. Por exemplo:

- 60 -
SISTEMA ARTICULAR

Supinação e pronação: referem-se ao movimento do


antebraço e da mão. Supinação é o movimento dos ossos do
antebraço de modo que o rádio e ulna fiquem paralelos12.
Se o braço estiver ao lado do corpo, a palma da mão se
movimenta da posição posterior para a anterior; se o braço
estiver estendido, a palma fica virada para cima, como se
estivesse carregando um prato de comida. Pronação é
o movimento dos ossos do antebraço de modo que o rádio
e ulna não fiquem paralelos. Se o braço estiver ao lado do
corpo, a palma da mão se movimenta da posição posterior
para a anterior; se o braço estiver estendido, a palma fica
virada para baixo10.
A dorsiflexão é a flexão do pé em direção ao seu dorso
(superfície superior), como quando você se apoia em seus
calcanhares já aflexão plantar ou plantiflexão envolve a
flexão do pé na direção da superfície plantar, como quando
você se apoia na ponta dos pés11.
A eversão e inversão se referem aos movimentos do
pé. Eversão é o movimento da sola do pé para fora, na
altura do tornozelo, e a inversão é o movimento da sola do
pé para dentro, também na altura do tornozelo12.
Alguns movimentos são específicos para determinados
seguimentos, o que facilita a compreensão. 10 Pode-se citar
o movimento de deslocar a mandíbula para frente que
significa protração, enquanto o movimento de deslocar a
mandíbula para trás significa retração. Por isso citam-se em
odontologia protração e retração mandibular10.
Movimentos de ombros podem ser representados

- 61 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

pelas designações de elevação e depressão. Elevar o ombro


em direção à orelha significa elevação e abaixar o ombro
em direção aos membros inferiores é o movimento de
depressão7.
Os dedos também recebem nomeações específicas:
oposição e reposição. O movimento de “pinça” como se
fosse pegar um grão de arroz com o polegar e o indicador é
o movimento de oponência. Quando os dedos retornam na
posição normal dá-se o nome de reposição10.

Nuvem de palavras

- 62 -
SISTEMA ARTICULAR

Referências

1. DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia


básica dos sistemas orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas,
músculos, vasos e nervos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 493 p

2. ____________________. Anatomia humana básica. 2. ed. Rio de


Janeiro: Livraria Atheneu, 2011. 184 p.

______________________. Anatomia humana sistêmica e


segmentar: para o estudante de medicina. 3. ed. rev. São Paulo:
Atheneu, 2011. 757 p.

3. GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; RAHILLY, Ronan


O’. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1988. 815 p.

4. GUYTON, Arthur C.. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1988. 564 p.

5. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p.

6. HOLLINSHEAD, Henry. Livro texto de Anatomia Humana. 3.ed.


São Paulo: Harper &Row, 1980, 972p.

7. JACOB, Stanley W.. Anatomia e fisiologia humana. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara, 1990. 569 p.

8. MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2.ed.,


São Paulo:Livraria Atheneu Editora, 1993, 363p.

9. MARTINI, H. Frederic; TIMMONS, J. Michael; TALLISCH, Robert


B. Anatomia Humana + Atlas do corpo Humano, 6.ed., Porto Alegre:
Artmed, 2009, 1100p.

10. RIZZO, Donald C. Fundamentos da Anatomia e Fisiologia, 3.ed.,


São Paulo: Cengage Learning, 2009, 520p

11. ROBERTS, Alice. The Complete Human body.1.ed. Londres:

- 63 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Dlorling Kindersley Limited, 2010, 512 p.

12. SHERWOOD, Lauralle. Fisiologia Humana: das células aos


sistemas.7 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011, 845p.

13. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 1991, 1045p.

14. TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo


humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. 619 p.

15. VAN DE GRAAF, M. K. Anatomia Humana, 6ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 2003, 1458p.

16. WILLIANS, P. J. Gray anatomia. 2 vol. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1995, 897p.

- 64 -
***

IV

SISTEMA MUSCULAR

O
sistema muscular faz parte da unidade de
proteção e movimento, caracteriza-se por
um conjunto de músculos. Músculo é um
conjunto de fibras musculares, que realiza contração e
relaxamento, produzindo assim, qualquer movimento do
corpo .
2, 4

Figura 18 – Tipos de músculos: estriado esquelético (ex:


bíceps braquial), estriado cardíaco (ex: coração) e músculo
liso (ex: bexiga).

No corpo humano encontramos 3 tipos de músculos


com suas particularidades relacionadas ao tipo de contração,
controle nervoso, células, metabolismos energéticos e
morfologia (figura 18). Esses tecidos musculares são
divididos em:

- 65 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

1. Músculo estriado esquelético: é encontrado nas


paredes dos ossos, ou seja, do esqueleto, por isso que se
chama músculo esquelético7. O músculo esquelético pode
ser controlado pela vontade (isto é, eu quero mover minha
perna), então se denomina voluntário, mas apenas em 99%,
pois no músculo diafragma (acima do fígado), músculo que
auxilia na respiração, é involuntário, enquanto você dorme,
ele continua trabalhando.
2. Músculo estriado cardíaco: é encontrado apenas
no coração, chamado de miocárdio (mio= músculo; cárdio=
coração), músculo cardíaco é considerado estriado por
conter estrias em sua estrutura.9 Serve para bombear o
sangue para o corpo. O miocárdio não está sob o controle
voluntario e é classificado como músculo involuntário,
inervado pelas fibras parassimpáticas e simpáticas do
sistema nervoso autônomo9, 11, 16.
3. Músculo liso: é geralmente encontrado nas paredes
das vísceras (como estômago, bexiga, entre outros, menos
o coração), chamado assim de músculo visceral3. Assim
como o miocárdio, o músculo liso também é considerado
involuntário, pois funciona automaticamente3. A contração
do músculo liso permite que, por exemplo, o estomago
realize sua função de triturar e empurrar o alimento para o
intestino. Diferente dos músculos estriados, o músculo liso
não possui estrias, sendo assim denominado músculo liso9,
11, 16
.

- 66 -
SISTEMA MUSCULAR

DETALHES DOS MÚSCULOS ESTRIADOS


ESQUELÉTICOS

Existem cerca de 434 músculos no corpo humano,


que correspondem a 40-45% do peso corporal de um adulto4.
Os músculos são distribuídos aos pares nos lados direito e
esquerdo do corpo6. Em torno de 75 pares são responsáveis
pela postura e pelos movimentos corporais e os músculos
restantes estão envolvidos em atividades como controle ao
chutar uma bola e deglutição2, 4, 7.

Figura 19–Características citológicas e histológicas do


tecido muscular esquelético.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Fibras musculares

Uma das principais células musculares é denominada


fibra muscular com formato de fio6. Essa fibra é envolvida
por uma membrana denominada sarcolema a qual possui
um citoplasma especializado chamado de sarcoplasma,
ambiente em que ocorrem reações metabólicas2, 4, 7.
A figura 19 ilustra uma região denominada
sarcoplasma que existe em cada fibra muscular em que são
encontradas organelas denominadas mitocôndrias, núcleos
celulares e células satélites. Nessa região, encontramos uma
série de miofibrilas que estão dispostas em paralelos: actina
e miosina, o que determina a estriação típica desse tecido16.
Histologicamente, o sarcômero, compartimentalizado
entre duas linhas Z, é a unidade básica estrutural da fibra
muscular. Cada sarcômero é dividido ao meio por uma
linha M12.
As faixas A contêm filamentos grossos e rugosos de
miosina, cada um dos quais é envolto por seis filamentos
finos e lisos de actina10. As faixas I contêm apenas filamentos
finos de actina.
Em ambas as faixas, os filamentos de proteína
são mantidos no lugar através de fixações às linhas Z,
que aderem ao sarcolema. Essa unidade de proteínas é
denominada unidade contrátil do músculo ou sarcômero12.
Nota-se, na figura 19, uma rede de canais membranosos
conhecida como retículo sarcoplasmático, que internamente
atravessa minúsculos túbulos: túbulos transversos, cuja

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SISTEMA MUSCULAR

função é abastecer as células com produtos eletroquímicos12.


Outras camadas envolvem o tecido muscular e podem
ser representadas pelo endomísio, perimísio e epimísio11.
Essas camadas são membranas que delimitam/separam as
estruturas2, 4, 7.
Finalmente, na porção terminal do axônio,
propriamente dito motoneurônio (nervo), encontra-se a
placa motora que transmite impulsos nervosos diretamente
para os músculos2, 4, 7.

Figura 20 – Classificação dos músculos quanto à disposição


de fibras.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Os músculos podem ser classificados quanto à sua


forma e à disposição das fibras musculares de acordo com
a figura 20. As Fibras musculares dispostas em paralelo
denominam-se:
Músculos paralelos longos. Ex: M.
esternocleidomastóideo e M. adutor longo.
Músculos paralelos largos. Ex: M. glúteo e M. vasto
medial.
Músculos paralelos em leque. Ex: M. peitoral maior,
músculopeitoral menor.

Fibras musculares dispostas de maneira oblíqua


A classificação dos músculos unipenados sugere
quando as fibras musculares de algum músculo toca apenas
uma borda do tendão7. Ex: M. extensor longo dos dedos do
pé enquanto os músculos bipenados as fibras musculares
de um músculo tocam as duas bordas do tendão. Ex: M.
reto femoral.

Os músculos podem ser classificados quanto à sua


origem

Os músculos podem ter uma, duas, três ou quatro


cabeças de origem, assim, denominam-se, respectivamente,
uníceps ou monoceps, bíceps, tríceps ou quadríceps11.
Exemplos: M. bíceps braquial possui duas cabeças de
origem; M. tríceps da perna possui três cabeças de origem;
M. quadríceps da coxa, possuem quatro cabeças de origem11.
- 70 -
SISTEMA MUSCULAR

Estes podem ser distinguidos quanto ao ventre


muscular sendo que os músculos podem ter um, dois, três
ou mais ventres musculares, que assim se denominam,
respectivamente, unigástrico ou monogástrico, digástrico e
poligástrico. Exemplos: M. digástrico, possui dois ventres;
M. reto abdominal possui quatro ventres; M. braquial
possui somente um ventre.

Os músculos podem ser classificados quanto à


inserção

Os músculos podem ter uma, duas ou mais inserções


musculares, que denominados, respectivamente, de forma
unicaudada ou monocaudada, bicaudada ou policaudada3.
Exemplos: M. extensor longo dos dedos da mão possui
quatro inserções (caudas); M. extensor longo do hálux,
possui apenas uma inserção.
Os músculos ainda podem ser classificados quanto
à ação muscular que exercem5.Os músculos fazem
movimentos de adução, flexão, extensão, rotação medial e
rotação lateral, e podem ser classificados, respectivamente,
m. adutor, m. flexor, m. extensor, m. rotador medial e m.
rotador lateral. Exemplos: M. adutor magno, M. flexor do
carpo e dedos da mão, M. extensor longo do polegar, M. do
manguito rotador (faz rotação medial e lateral).

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES

Há quatro tipos básicos de contrações musculares:


- isométrica;
- isotônica concêntrica;
- isotônica excêntrica;
- isotônica isocinética².
A contração isométrica pode ser definida quando
o músculo se contrai, produzindo força sem alterar o
seu comprimento. O músculo se contrai, mas nenhum
movimento ocorre, sendo que o ângulo da articulação não
sofre alteração3,10.
Uma contração isotônica pode ser dividida em
concêntrica e excêntrica. Uma contração concêntrica ocorre
quando há movimento articular, o músculo diminui e as
fixações musculares se movem em direção uma da outra3, 5,
9, 14
.
Uma contração excêntrica ocorre quando há
movimento articular, mas o músculo parece alongar, quer
dizer, as extremidades se distanciam3, 5, 9, 14.
A contração isotônica do tipo isocinética só é
possível com equipamentos de musculação isocinéticos
que controlam a velocidade e intensidades iguais em todos
os estágios da amplitude articular5. Os equipamentos
produzidos pela Cybex ® são
pioneiros na tecnologia isocinética*
de contração muscular 3, 5, 9, 14
.

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SISTEMA MUSCULAR

Nomes e ações dos músculos esqueléticos

Os nomes musculares advêm de algumas


características: ações (adutor, flexor e extensor), forma
(trapézio, pirâmide, redondo e quadrado lombar), origem
e inserção ( esternocleidomastóideo, localização (Tibial
anterior), número de divisões (bíceps, tríceps,quadríceps) e
os sentidos ou orientações das fibras (oblíquo, reto)9.
Ao realizar movimentos existem músculos
motores primários (eles realizam a contração e produzem
o movimento) chamados de músculos agonistas. Os
músculos contrários aos movimentos (geralmente do lado
oposto) realizam o alongamento ou cedem, são chamados
de músculos antagonistas9,10.
Os músculos que auxiliam o movimento, fixando
as estruturas e de certa forma executando indiretamente o
movimento são chamados de músculos sinergistas. Outros
músculos colaboram na execução do movimento distante
do centro motor principal, fixando a postura do corpo: os
músculos posturais7. Este último pode ser exemplificado
com o movimento de caminhada em que os músculos
das pernas são os sinergistas, agonistas e antagonistas,
enquanto os músculos do tronco realizam contrações a fim
de manter a postura do indivíduo9,10.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Função e localização dos principais músculos do


corpo

A disposição dos músculos no corpo pode ser


classificada em camadas: superficiais, médias e profundas.
Os músculos superficiais serão abordados na anatomia do
movimento e podem ser vistos com mais clareza, muito
evidenciados em fisiculturistas10.

Músculos da face e crânio

Os músculos da face e crânio podem estar associados


à expressão facial, mastigação e a movimentos da cabeça5.
Os principais músculos da face são os zigomáticos que estão
envolvidos com o movimento da boca durante um sorriso
ou risada enquanto o músculo masseter está relacionado
com a mastigação.
A cabeça realiza uma série de movimentos graças
ao músculo esternocleidomastóideo. A contração de ambos
os músculos (direito e esquerdo) provoca flexão da cabeça
(juntamente com o músculo plástima (1), figura 26) e a
contração isolada (somente de um) provoca o movimento
de rotação.
O músculo levantador do lábio superior (levanta
o lábio para cima), o orbicular da boca (fecha a boca) e o
bucinador (movimento de sopro) estão envolvidos, por
exemplo, no movimento do beijo (figura 21).

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SISTEMA MUSCULAR

Figura 21 – 1. Músculo masséter, 2. Músculo levantador


do lábio superior, 3. Músculo orbicular da boca, 4.
Músculo bucinador, 5. Músculo zigomático e 6. Músculo
esternocleidomastóideo.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Músculos que realizam movimentos da cintura


escapular

A cintura escapular sofre ação dos músculos


levantador da escápula, rombóides e o trapézio de acordo
com a figura 22. Na porção lateral do tronco é encontrado
o músculo serrátilanterior. As descrições de movimentos
encontram-se na tabela 1.

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SISTEMA MUSCULAR

Figura 22–Vista posterior dos principais músculos


superficiais do tronco: trapézio (1), latíssimo do dorso (2),
romboide maior (3), romboide menor (4), redondo menor
(5), redondo maior (6), deltóide (7) e infraespinhal (8).

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Anatomia Básica do Movimento Humano

Músculos que movimentam o úmero, cotovelo e


pulso.

Grande parte dos músculos que movimentam


o úmero se origina nos ossos da cintura escapular7.
Os músculos que movimentam duas articulações são
denominados biarticulares, ou seja, eles cruzam mais de
uma articulação7,10.
Na figura 22 o músculo latíssimo do dorso estende,
aduz e gira o braço medialmente13. Movimentos de rotação
são executados pelos músculos redondo menor, deltoide,
supraespinhal e infraespinhal, juntos são denominados
músculos do manguito rotador11.

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SISTEMA MUSCULAR

Figura 23–Músculos do braço e antebraço. Na vista anterior


encontramos o músculo bíceps braquial (1), músculo
flexor radial do carpo (2), músculo pronador redondo (3),
músculo palmar longo (4), músculo extensor radial longo
do carpo (5) e músculo braquioradial (6).

Os músculos que movimentam o cotovelo podem


ser divididos em flexores, extensores, supinadores e
pronadores9. A flexão do antebraço no cotovelo é realizada
pelos músculos: braquial, bíceps braquial e braquirradial
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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

representados na figura 24. A extensão do braço é realizada


pelo ancôneo e pelo tríceps braquial, descritos na figura 24.
Em uma posição anatômica, os braços estão em uma
posição supina e esse feito (supinação) é garantido pela
contração dos músculos supinadores do antebraço. Em
contrapartida, o movimento de palmas das mãos voltadas
para baixo, requer a contração dos músculos pronadores:
pronador redondo e pronador quadrado9.

Músculos que movimentam membros superiores e


tronco

A atividade muscular do pulso é descrita por 2


movimentos principais: flexão de punho e extensão de
punho9,14. Outros movimentos são mais bem compreendidos
com estudos cinesiológicos e requerem conhecimento de
origem e inserção muscular.

- 80 -
SISTEMA MUSCULAR

Figura 24 – Os músculos bíceps braquial (2), tríceps


braquial (1), Braquioradial (3), e ancôneo (4) são os
principais músculos que movimentam o braço.

Nesse aspecto, o punho realiza flexão pela ação dos


músculos flexores radiais do carpo; sendo que a extensão é
produzida pela contração dos extensores radiais do carpo
(figura 23). O movimento do polegar é assegurado pela ação
flexora (músculo flexor do polegar), extensora (músculo
extensor do polegar), adutora (músculo adutor do polegar)
e abdutora (músculo abdutor do polegar). O movimento de
motricidade fina, caracterizado como oponência é realizado
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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

pelo músculo oponente do polegar – este último pode ser


representado pela ação muscular quando o indivíduo
escreve11,16.

Músculos do tórax e parede abdominal

Na parede torácica, encontramos o músculo peitoral


maior que realiza a flexão, adução e rotação medial do
braço de acordo com a figura 25. Enquanto internamente
o peitoral menor representado pela letra “a” da figura 25
realiza a protusão de ombro (deprime o ombro) e gira a
escápula para baixo.
Lateralmente ao tronco encontramos o músculo
serrátil (número 4 da figura 25) anterior que movimenta
a escápula para frente e realiza uma abdução. O músculo
quadrado lombar realiza a inclinação lateral do tronco
enquanto o reto abdominal realiza a flexão do tronco,
demonstrado na figura 25.

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SISTEMA MUSCULAR

Figura 25– O músculo plástima (1) realiza a flexão de


cabeça, o músculo deltoide (2) é o principal abdutor
do úmero. O peitoral maior (3) realiza movimentos de
adução de braço. O músculo serrátil (4) é um abdutor de
braço enquanto o músculo quadrado lombar (5) realiza a
flexão lateral de tronco. A letra (a) é o peitoral menor e
realiza a depressão de ombro enquanto o músculo(b) é o
intercostal que tem papel importante nos movimentos da
respiração.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Na figura 25 a letra “b” indica o músculo intercostal


que associado ao músculo diafragma, exerce um papel
fundamental na mecânica respiratória10, 13,15.

Músculos movimentam o fêmur

A extensão do joelho é realizada pela ação dos


músculos que constituem o quadríceps femoral8,10. Esse
conjunto muscular é composto pelos músculos: reto femoral,
vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio ( letra b da
figura 26 que teve a porção superficial do membro inferior
esquerdo removido para melhor visualização visto que o
vasto intermédio situa-se posteriormente ao reto femoral).
O vasto medial e o vasto lateral podem ser vistos de maneira
superficial na coxa de acordo com a figura 26. O músculo
sartório é o músculo mais longo do corpo sendo que sua
ação muscular é bem conhecida: o ato de flexionar a coxa e
rodar lateralmente – cruzar as pernas7, 15.

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SISTEMA MUSCULAR

Figura 26 – A figura mostra a disposição anatômica anterior


dos músculos da coxa. (1) Músculo tensor da fáscia
lata, (2) músculo vasto lateral, (3) músculo reto femoral,
(4) músculo vasto medial e (5) músculo sartório. No
membro inferior esquerdo as camadas superficiais foram
removidas sendo que (a) é o músculo vasto intermédio,
(b) músculo adutor longo, (c) adutor magno, (d) músculo
íleo e (e) músculo pectíneo.

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Na figura 28 constam os músculos envolvidos no


movimento da coxa. O movimento de flexão do joelho é
acionado pela contração dos músculos bíceps femoral,
semitendinoso, semimembranoso, grácil e sartório3,10.

Figura 27 – Músculos da perna: (a) Fibular longo, (b)


Extensor longo dos dedos e (c) Tibial anterior.

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SISTEMA MUSCULAR

O pé realiza movimentos de inversão (sola do pé vira-


se medialmente), eversão (sola do pé vira-se lateralmente),
dorsiflexão (dorso do pé faz uma extensão) e flexão plantar
(planta do pé faz o movimento de “ficar nas pontas do
pé”)3,6,9.

Figura 28 - Músculos da coxa vista posterior: (1) adutor


magno, (2) semimbranoso, (3) semitendinoso e (4) bíceps
femoral.
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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

A visualização posterior identifica importantes


músculos da perna que além da função motora, realizam
um importante papel na circulação sanguínea (veja figura
29). As contrações desses músculos auxiliam o retorno
venoso por estarem intrinsicamente associados a veias
(figura 28 e 29)10, 13,16.

Figura 29 – Músculos localizados na porção posterior


da perna: (1) músculo gastrocnêmio ou tríceps sural, (2)
músculo sóleo e (3) fibular longo.

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SISTEMA MUSCULAR

Os músculos gastrocnêmio, fibular longo e sóleo são


os principais flexores plantares e a dorsiflexão é realizada
principalmente pelo músculo tibial anterior (figura 27). O
gastrocnêmio é um importante músculo ligado à mecânica
do salto e deambulação. A força gerada pela contração
desse músculo é integrada ao sistema ósseo pelo tendão
calcâneo coloquialmente chamado de “tendão de Aquiles”,
de acordo com o número 4 representado na figura 29.

Nuvem de palavras

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Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Referências

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básica dos sistemas orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas,
músculos, vasos e nervos. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 493 p

2. ____________________. Anatomia humana básica. 2. ed. Rio de


Janeiro: Livraria Atheneu, 2011. 184 p.

______________________. Anatomia humana sistêmica e


segmentar: para o estudante de medicina. 3. ed. rev. São Paulo:
Atheneu, 2011. 757 p.

3. GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; RAHILLY, Ronan


O’. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1988. 815 p.

4. GUYTON, Arthur C.. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1988. 564 p.

5. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 12.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1151 p.

6. HOLLINSHEAD, Henry. Livro texto de Anatomia Humana. 3.ed.


São Paulo: Harper &Row, 1980, 972p.

7. JACOB, Stanley W.. Anatomia e fisiologia humana. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara, 1990. 569 p.

8. MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2.ed.,


São Paulo:Livraria Atheneu Editora, 1993, 363p.

9. MARTINI, H. Frederic; TIMMONS, J. Michael; TALLISCH, Robert


B. Anatomia Humana + Atlas do corpo Humano, 6.ed., Porto Alegre:
Artmed, 2009, 1100p.

10. RIZZO, Donald C. Fundamentos da Anatomia e Fisiologia, 3.ed.,


São Paulo: Cengage Learning, 2009, 520p

11. ROBERTS, Alice. The Complete Human body.1.ed. Londres:

- 90 -
SISTEMA MUSCULAR

Dlorling Kindersley Limited, 2010, 512 p.

12. SHERWOOD, Lauralle. Fisiologia Humana: das células aos


sistemas.7 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011, 845p.

13. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 1991, 1045p.

14. TORTORA, Gerard J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo


humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. 619 p.

15. VAN DE GRAAF, M. K. Anatomia Humana, 6ª Edição,


São Paulo:Ed. Manole, 2003, 1458p.

16. WILLIANS, P. J. Gray anatomia. 2 vol. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1995, 897p.

- 91 -
***

Sobre os autores

Luis Otavio Matsuda


Graduado em Fisioterapia pela Universidade
de Ribeirão Preto. Mestrado em Biotecnologia pela
Universidade de Ribeirão Preto com cooperação da
Universidade Federal de São Carlos. Especialista em
Fisiologia Humana pela Universidade de Franca,
Especialista em Fisiologia do Exercício Pela Universidade
de Franca, Especialista em Acupuntura Clínica pelo
Instituto Paulista de Estudos Sistêmicos, Especialista em
Neurofisiologia e patologias periféricas pelo Instituto
L’Archè–França, Especialista em Reeducação Postural
Global pela reprogramação proprioceptiva e muscular –
Centro Brasileiro de Fisioterapia, Especialista em disfunções
da coluna vertebral pelo Instituto L’Archè – França.
Aprimoramento em Hidroterapia BadRagaz e Watsu –
Unicamp, Aprimoramento em Eletroterapia pela UFsCAr,
Aprimoramento em Ergonomia e saúde do Trabalhador-
Puc Minas. Professor Área de Ciências Biológicas, Médicas e
a Saúde Unidavi. Diretor Clínico do grupo Fisiocare
unidades SP e SC.

- 93 -
Série CADERNOS UNIDAVI
Anatomia Básica do Movimento Humano

Josie Budag Matsuda


Graduada em Fisioterapia pela Universidade de
Ribeirão Preto. Mestrado Biotecnologia pela Universidade
de Ribeirão Preto. Especialista em Fisiologia Humana
pela Universidade de Franca, Especialista em Fisiologia
do Exercício pela Universidade de Franca, Especialista
em Acupuntura Clínica pelo Instituto Paulista de Estudos
Sistêmicos. Aprimoramento em Hidroterapia BadRagaz
e Watsu – Unicamp, Aprimoramento em Eletroterapia
pela UFsCAr, Aprimoramento em Bobath (Neurológico
Adulto e pediátrico) pela Puc Minas. Aprimoramento em
Ergonomia e saúde do Trabalhador- Puc Minas, Professora
Graduação Unidavi, Diretora Clínica do grupo Fisiocare
unidades SP e SC.

- 94 -
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