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Durante todo o processo de evolução humana, sempre houve uma curiosidade para se
compreender o corpo humano, em suas variáveis internas e externas. Ao longo dos
séculos, o corpo humano passa a ser estudado e pesquisado por toda História, tanto
ocidental, quanto oriental, cada uma com sua própria concepção e representação de
corpo e indivíduo.
Um dos estudiosos que impulsionou o início dos estudos anatômicos foi Andréa
Vesalius (1514-1564), um cirurgião renascentista, que mostrava grande interesse pela
Anatomia, e pregava que, para conhecer o corpo humano, era necessário dissecá-lo. O
corpo vesaliano era explicado como sendo constituído por diversas repartições e que a
constante movimentação dessas repartições ocasionava o seu bom funcionamento.
Até hoje, os estudos de Vesalius influenciam, de certa forma, a visão de corpo
anatômico.
Para enriquecer seus estudos e conhecimentos sobre a Anatomia, esta unidade vai
apresentar o funcionamento do corpo humano de forma clara e abrangente, pela
explicação de terminologias anatômicas, planos e eixos, classificações e apresentação
do sistema esquelético e muscular.
Anatomia é a ciência que estuda as estruturas e a organização dos seres vivos, macro e
microscopicamente. Portanto, estuda a morfologia dos seres vivos e plantas.
Como área de conhecimento vasta, estuda também: Embriologia; Biologia do
Desenvolvimento; Histologia e Anatomia: de superfície, macroscópica, sistêmica,
regional, radiológica e patológica.
A Anatomia tem sua própria linguagem a ser estudada, para melhor entendimento das
estruturas do corpo humano. Os termos da Anatomia são descritos em latim e
traduzidos por cada país. O objetivo da Anatomia é facilitar o entendimento da
linguagem anatômica, sendo a Anatomia uma ciência que tem como base descrever
estruturas e processos do corpo. Veja o seguinte exemplo de como é importante a
utilização da terminologia anatômica:
Os membros inferiores ficam unidos com as pontas dos pés para a frente.
Ao longo da disciplina, você vai perceber como a Anatomia pode ser simples, podendo
ser aplicada nos seus estudos e prática profissional. Para começar, vamos à divisão do
nosso corpo. Ele é dividido da seguinte forma:
Existe também o plano sagital, plano que corta nosso corpo no sentido
anteroposterior. Ele tem essa denominação porque passa na sutura sagital do crânio
(uma sutura são articulações fibrosas, nesse caso, localizada no crânio e faz a ligação
entre os ossos). E, quando passa bem no meio do corpo, sobre a linha sagital mediana,
é chamado de sagital mediano. Já quando o corte é feito, lateralmente, a essa linha,
chamamos paramediano.
Eixos do corpo humano são linhas imaginárias, unindo perpendicularmente dois planos
para formarem um ângulo de 90º. São classificados em sagital, transversal e
longitudinal.
Termos direcionais são utilizados para localizar estruturas anatômicas e para descrever
a posição de uma estrutura em relação a outra.
Termos direcionais são utilizados para localizar estruturas anatômicas e para descrever
a posição de uma estrutura em relação a outra.
Observe a Figura 2.3:
- cavidade abdominopélvica.
- cavidade pélvica, composta por bexiga, parte inferior do sistema digestório e órgãos
do sistema genital.
Primeiramente, vimos que na Anatomia existe uma posição inicial para a análise das
estruturas anatômicas. Larosa (2016) descreve essa posição a partir do indivíduo em
posição ereta (em pé),
com a face voltada para frente, o olhar dirigido ao horizonte, os membros superiores
estendidos e paralelos ao tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. Os
membros inferiores ficam unidos com as pontas dos pés para a frente.
Lembre-se também que a divisão do nosso corpo é feita da seguinte forma: cabeça,
pescoço, tronco (tórax, abdome, pelve e dorso) e membros (superiores e inferiores).
Vimos também que, para facilitar o estudo, na Anatomia, separamos o corpo entre
planos e eixos anatômicos, sendo eles: plano superior ou cranial (tangente à cabeça),
plano inferior ou podálico (tangente aos pés), plano anterior ou ventral (tangente à
frente do indivíduo), plano posterior ou dorsal (tangente ao dorso) e planos laterais
direito e esquerdo.
Existe também o plano sagital, plano que corta nosso corpo no sentido
anteroposterior, o plano frontal, transverso e oblíquo. Um plano frontal, ou plano
coronal, divide o corpo ou um órgão em porções anterior (frente) e posterior (dorso).
Já um plano transverso divide o corpo ou um órgão em partes superior (acima) e
inferior (abaixo). E um plano oblíquo, por outro lado, passa pelo corpo ou por um
órgão em um ângulo entre o plano transverso e um plano sagital, ou entre o plano
transverso e um plano frontal (TORTORA, 2017).
Lembre-se também dos tipos de movimento que o corpo faz, por exemplo, quando um
indivíduo anda, fica sentado na frente do computador, ou pratica atividade física. Os
movimentos do corpo são divididos em flexão, extensão, rotação, adução e abdução.
Segundo Tortora (2017), cada osso individual é um órgão composto por vários tecidos
diferentes que trabalham em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conectivos densos, epitélio,
tecido hemopoético, tecido adiposo e tecido nervoso.
Podemos dizer que o processo de ossificação nada mais é que formação do tecido ósseo e
ocorre de duas formas: ossificação intramembranosas e ossificação endocondral.
Na ossificação intramembranosa, o tecido ósseo surge, aos poucos, em uma membrana de
natureza conjuntiva, não cartilaginosa.
E na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde
para a confecção de tecido ósseo.
Os ossos longos são mais compridos que largos. É fácil de lembrar, veja um exemplo:
Os ossos chatos ou achatados são finos e têm formato de lâmina, como os ossos
do crânio (frontal e parietal). Assim, temos:
Os ossos irregulares apresentam formas complexas e não podem ser inseridos nos
grupos anteriores. Um bom exemplo são nossas vértebras.
Figura 1.11: Tipos de ossos
Podemos dizer que a cartilagem é um tecido elástico de tecido conectivo semirrígido e que no
sistema esquelético forma partes em regiões que desenvolvem movimento.
A cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem que recobre parte da epífise e constitui
o osso, reduzindo o atrito e absorvendo choques em articulações muito móveis.
que correspondem às epífises. Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise, é mantida uma
região de cartilagem, chamada de cartilagem de crescimento, que possibilita o crescimento
ósseo durante a fase de crescimento de uma pessoa (TORTORA, 2017).
Assim, novas células cartilaginosas são constantemente originadas, seguidas da ocorrência
constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso.
O crescimento ocorre até uma determinada idade, nesse período, passamos por fase de
crescimento de cartilagem, ossificação e crescimento do osso até a fase conhecida como
estirão do crescimento.
Esqueleto axial
O esqueleto axial é formado pelos ossos organizados em torno do eixo longitudinal do corpo
humano. Inicia-se na cabeça e vai até o espaço entre os pés.
Os ossos do crânio, ossículos da orelha, osso hioide, costelas, esterno e ossos da coluna
vertebral (80 ossos), fazem parte do esqueleto axial.
Esqueleto apendicular
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que fazem parte dos membros inferiores,
superiores e os ossos que se conectam com os membros do esqueleto axial e possuem 126
ossos.
Acidentes ósseos são aspectos de estruturas com funções específicas. Fazem parte as
depressões e aberturas, forames, fissuras, fossa, incisura, sulco, meato, processos,
côndilos, fóvea, cabeça, crista, epicôndilo,
linha, processo espinhoso, trocânter, entre outros. Por exemplo, os forames são
aberturas ou orifícios no osso por onde passam os vasos, nervos ou ligamentos.
Outro exemplo é a fossa, uma fenda ou trincheira. Podemos observar, no osso, que a
fossa é uma depressão maior sobre o próprio osso.
Vimos, até aqui, que existem depressões grandes sobre os ossos, mas temos também
aquelas estruturas que apresentam depressões menores. A fóssea ou fosseta é uma
estrutura que apresenta depressões menores sobre um osso, como as pequenas
depressões encontradas nas vertébras da coluna, denominadas fóssea costal superior,
fóssea costal inferior e fóssea costal transversa que se articulam com as costelas.
Temos, também, os processos que formam articulações. Eles são conhecidos como
côndilos, que são elevações arredondadas, as quais formam a juntura articular óssea.
Dessa forma, podemos ter uma ideia dos principais acidentes ósseos. Para saber mais,
uma dica é buscar se aprofundar na bibliografia utilizada no conteúdo deste e-book.
Articulações fibrosas
As articulações fibrosas envolvem tecido conjuntivo fibroso e não há cavidade sinovial.
Ela é composta por uma fina camada de tecido conjuntivo denso que une os ossos do
crânio.
Cartilagíneas
É composta por tecido cartilaginoso e não abriga cavidade sinovial. Podemos dizer,
também, que apresenta disco plano de fibrocartilagem, permitindo fazer ligações
entre os ossos. Podemos citar, como exemplo, a sínfise púbica.
Sinoviais
Apresentam cavidade sinovial e cápsula articular. Na cavidade sinovial, encontra-se o
líquido sinovial, envolvendo as estruturas do corpo humano.
Ela tem, como principais funções, reduzir o atrito, realizar nutrição dos condrócitos e
retirar os restos de metabólicos.
Devido a suas dimensões, as células dos músculos esqueléticos também são chamadas
de fibras musculares.
Cada músculo é constituído por uma grande diversidade de fibras musculares. As fibras
musculares são células alongadas e estreitas.
Assim, quanto maior a quantidade de fibras, maior a força que o músculo pode
exercer.
As fibras musculares também podem aumentar de volume quando são muito exigidas,
nesse caso ocorre o processo de hipertrofia, que pode acontecer quando um indivíduo
realiza exercícios, como na musculação.
As fibras musculares também podem diminuir de volume, quando ficam paradas por
muito tempo, caracterizando um processo chamado de atrofia muscular,
Também temos aqueles que são formados por mais de dois ventres, são chamados
poligástricos.
O tendão corresponde à parte que fixa o músculo aos ossos. Ele é uma fita ou cordão
fibroso, com formato cilíndrico e é constituído de tecido conjuntivo fibroso (denso
modelado).
Ele é muito importante, pois é por intermédio dele que os músculos se inserem nos
ossos ou em órgãos.
Figura 1.14: Representação das estruturas musculares
Ela permite maior deslizamento entre os músculos e também mantém a união das
fibras durante sua contração ou extensão.
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se normalmente aos ossos por meio de suas
extremidades.
Temos, ainda, nove grupos musculares, nos quais se localizam os principais músculos
de nosso corpo e eles envolvem: cabeça, pescoço, tórax, abdome, região posterior do
tronco, membros superiores,
membros inferiores, órgãos dos sentidos e períneo.
Ao estudarmos o sistema esquelético, descobrimos que ele é uma estrutura viva com
várias divisões e funções que trabalham em conjunto, de forma integrada, visando à
homeostasia do sistema.
E segundo Tortora (2017), cada osso individual é um órgão composto por vários
tecidos diferentes que trabalham em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conectivos
densos, epitélio, tecido hemopoético, tecido adiposo e tecido nervoso.
O corpo humano tem cerca de 600 músculos com diversas funções, todos trabalhando
e respeitando o comando do sistema nervoso (TORTORA, 2017).
Agora, com todo o conhecimento adquirido, nesta unidade, você será capaz de se
aprofundar mais em cada tópico estudado.
UNIDADE 3
SISTEMA NERVOSO
Essas células são constituídas pelo corpo celular, dendritos e axônios. No corpo celular, ou
soma, são encontrados o núcleo, lisossomos, retículo endoplasmático rugoso, complexo de
Golgi e mitocôndrias, sua forma varia pela localização e atividade funcional, sendo: piramidal,
piriforme ou esférica, fusiforme e estrelada.
Além dos neurônios, outras células compõem o sistema nervoso. As células glia correspondem à metade
do volume do SNC. Diferentemente dos neurônios, são menores, mais numerosas, não conduzem
impulsos nervosos, se multiplicam e se diferenciam no sistema nervoso.
Veja na Figura 2.9 as células que compõem o sistema nervoso e suas funções:
Figura 2.9: Células glia do sistema nervoso central e sistema nervoso periférico
Fonte: Tortora (2017, p. 242).
As meninges são camadas protetivas de tecido conjuntivo, são elas: pia-máter, aracnoide e
dura-máter. A mais externa das três camadas é a dura-máter (camada mais resistente), a
camada média é a aracnoide e a mais interna é a pia-máter (camada mais delicada). As
camadas são separadas por espaços preenchidos com o líquido cérebro espinhal ou liquor,
formando um mecanismo de proteção contra choques e traumas.
Anatomicamente, o sistema nervoso central apresenta áreas clara e escura, a diferença de cor
é caracterizada pela presença da bainha de mielina, essas áreas são classificadas como
substância branca e substância cinzenta. A substância branca é formada por fibras nervosas
mielinizadas e possui tamanho e espessura variável. Por outro lado, a substância cinzenta
possui corpos celulares, dendritos e ausência de fibras mielinizadas.
“É a região central do cérebro, recoberto pelos hemisférios e dividido em grande parte pelo
terceiro ventrículo em esquerdo e direito, contém: tálamo está localizado em ambos os
hemisférios cerebrais, constituído por massas ovais e de fácil visualização próximo ao terceiro
ventrículo.O hipotálamo é uma pequena porção de diencéfalo localizada logo abaixo do
tálamo. A glândula pineal possui uma pequena massa, do tamanho de uma ervilha e está
localizada posterior ao terceiro ventrículo” (TORTORA, 2017, p. 266).
É constituído pelo córtex cerebral. Na sua parte externa fica a substância cinzenta e, na
região mais interna, a substância branca e núcleos de substâncias cinzentas. O córtex
possui dobras enroladas, formando pregas, chamadas de giros. Os sulcos profundos
entre as pregas são as fissuras e as fendas rasas e alongadas de sulco.
O telencéfalo é divido em dois hemisférios cerebrais por uma fissura alongada
longitudinal. Cada hemisfério cerebral tem quatro lobos que são descritos de acordo
com os ossos do crânio: lobo frontal, parietal, temporal e occipital.
Estrutura do SNC localizada no canal vertebral da coluna que é protegida pelos ossos
da própria coluna, ligamentos vertebrais, meninges e líquido cerebrospinal, se estende
do bulbo até a segunda vértebra lombar. No homem adulto, mede cerca de 45 cm,
sendo um pouco menor na mulher.
Figura 2.12: Medula espinal
Nervos que deixam a região lombar, sacral e coccígea em diferentes locas da coluna
vertebral, para a parte inferior, semelhantes ao aglomerado de cabelos, são chamados
de cauda equina.
As células satélites, encontradas em volta dos corpos dos neurônios nos gânglios
nervosos, apresentam as seguintes características: achatada, núcleo escuro, pequena,
possuem lâmina basal e junções gap. Já as células de Schwann apresentam as
características: alongada, núcleo alongado, complexo de Golgi e poucas mitocôndrias.
Envolve o axônio e formam fibras mielínicas.
A medula espinal se comunica com algumas partes específicas do corpo pelos 31 pares
de nervos espinais. Esses nervos saem da medula para a periferia pelos forames
vertebrais, são nomeados de acordo com a vértebra inferior. Sendo assim, recebem o
nome da região que saem da coluna vertebral, são: oito pares de nervos cervicais (C),
12 torácicos (T), cinco lombares (L), cinco sacrais (S) e um par coccígeo (C), totalizando
31 pares, como pode ser observado na Figura 2.13.
No tópico sobre o sistema endócrino, você irá estudar a anatomia das principais
glândulas endócrinas do nosso corpo, destacando o local no qual elas estão dispostas,
as suas características anatômicas e quais hormônios secretam. Depois disso, as
funções básicas dos hormônios sintetizados serão descritas e associadas às possíveis
funções, alterações e patologias do nosso organismo. Com base no aprendizado, você
será capaz de interpretar, de forma satisfatória, quais são as relações entre o sistema
endócrino e o funcionamento do organismo.
No tópico sobre a anatomia do sistema genital masculino, este e-book vai trazer para
você detalhes sobre a forma e localização dos órgãos que compõem o sistema em
questão. Além disso, associações clínicas, patológicas e correlações com demais
sistemas orgânicos serão abordados, visando a um aprendizado mais generalizado e
abrangente sobre o conteúdo.
De forma semelhante, o tópico sobre a anatomia do sistema genital feminino vai trazer
para você as informações essenciais ao conhecimento das estruturas e funções dos
órgãos genitais, de forma que você se torne capacitado para entender e interpretar
possíveis distúrbios que afetem o sistema em questão.
Para aprendermos ainda mais, precisamos conhecer detalhes sobre as glândulas. Veja:
as glândulas endócrinas, também chamadas de glândulas de secreção interna, ou
glândulas sem ducto, estão representadas por órgãos relativamente pouco volumosos
e localizados em regiões diversas do corpo. Por não possuírem ductos excretores,
lançam seus respectivos produtos de secreção – os hormônios – diretamente na
corrente sanguínea.
Para você interpretar, de forma ideal, a anatomia da glândula hipófise, é preciso saber:
sua anatomia descreve duas partes, uma anterior, chamada de adenoipófise, e uma
posterior, chamada de neurohipófise. Os lobos anterior (adenoipófise) e posterior
(neurohipófise) são considerados órgãos endócrinos, pois secretam oito hormônios
muito importantes, sendo seis pela divisão anterior e dois pela divisão posterior.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Thyroid_gland-kr.svght-
tps://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tiroide_paratiroide_gal.jpg
Até o mais ligeiro decréscimo na concentração de íon cálcio no líquido extracelular faz com
que as glândulas paratireoides aumentem sua secreção. Por exemplo, elas ficam aumentadas
no raquitismo, no qual os níveis de íon cálcio estão deprimidos. Por outro lado, condições que
aumentam a concentração do íon cálcio dão origem a uma atividade menor e à redução de
tamanho das glândulas paratireoides. Tais condições incluem quantidades excessivas de cálcio
na dieta, absorção óssea causada por desuso dos ossos e aumento de vitamina D. (TORTORA,
2017)
De modo inverso, a falta ou redução de atividade da insulina faz com que a glicose
sérica aumente, ou permaneça elevada, uma vez que o transporte para o interior das
células é dificultado (TORTORA, 2017). Essa condição caracteriza o diabetes mellitus
tipo I ou II, a depender do caso.
O glucagon tem várias funções que são opostas às da insulina. Dentre elas, a
mais importante é a de aumentar a concentração sérica de glicose. O efeito mais drásti
codo glucagon é sua capacidade em “quebrar as reservas de glicogênio do
fígado” (glicogenólise) e transformá-lo em glicose sérica (TORTORA, 2017).
As alterações da concentração sérica da glicose exercem, assim como na insulina,
efeito sobre a secreção do glucagon. Inversamente ao que acontece com insulina, a
redução dos níveis séricos de glicose aumentam a secreção de glucagon, fenômeno
que ocorre, por exemplo, no jejum prolongado ou na prática intensa de atividades
físicas, quando o organismo necessita de glicose circulante para utilizar como substrato
energético (TORTORA, 2017).
Você conhece a glândula do timo? Sabe quais suas características e funções? Pois
então, vamos conhecê-la melhor: é uma glândula endócrina, localizada na parte
inferior do pescoço e parcialmente no mediastino superior, durante a infância. Possui
dois lóbulos, relaciona-se anteriormente com o osso esterno, posteriormente com o
pericárdio fibroso e lateralmente com os pulmões. Fisiologicamente, o timo secreta o
hormônio timosina, responsável por manter e promover a maturação de linfócitos e
órgãos linfoides, como linfonodos e o baço (TORTORA, 2017).
O timo é uma glândula com maior atividade na infância, período em que o organismo
se prepara para modular um sistema imunológico eficiente. Com o passar da idade,
após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é substituído por tecido adiposo
em sua maior parte, ficando praticamente inerte de suas funções iniciais (LAROSA,
2016).
Vamos conhecer mais sobre a anatomia do ducto ejaculatório: é formado pela união
do ducto deferente com o ducto de vesícula seminal, como visto na figura anterior.
O pênis apresenta uma raiz e um corpo. A raiz é a porção fixa revestida pelos músculos
bulboesponjoso e isquiocavernoso e o corpo é a parte livre recoberta por pele. Na
extremidade distal do corpo peniano, a glande apresenta-se recoberta por uma dupla
camada de pele (prepúcio) que apresenta uma prega mediana inferior (frênulo do
prepúcio). Observe, na figura a seguir, a anatomia peniana.
Anatomia das tubas uterinas: tubo de musculatura lisa que se comunica lateralmente
com o ovário e cavidade peritoneal e medialmente com a cavidade uterina, para qual
vai conduzir o óvulo liberado pelo ovário.
A tuba uterina é subdividida em quatro partes que, de lateral para medial, são:
infundíbulo, ampola, istmo e parte uterina/intramural. O infundíbulo apresenta um
formato de funil e, na sua base, possui projeções digitiformes chamadas de fimbrias,
as quais coletam o óvulo liberado na superfície do ovário. O óvulo é, então, conduzido
de sua extremidade lateral e os espermatozoides passam em direção oposta,
ocorrendo a fecundação, geralmente, na região da ampola.
Anatomia do útero: o útero é o órgão que aloja o ser vivo (feto), após a fecundação e
ali o mantém até o período do parto. Para compreender sua anatomia, você deve
saber que ele é um órgão cavitário, que se comunica inferiormente com o canal vaginal
e superiormente com os óstios da tuba uterina. Nele se distinguem quatro partes: um
fundo, anterosuperiormente; um corpo, que consiste na maior parte do órgão; um
istmo, que é a região inferior e mais estreitada do corpo; e o cérvix (colo uterino), que
se projeta na vagina e com ela se comunica por meio do óstio uterino. Sua estrutura
apresenta três camadas: uma externa, ou perimétrio; média, ou miométrio; interna,
ou endométrio. O miométrio é espesso e é a cavidade uterina pequena, no útero não
gravídico, mas ambos sofrem grandes alterações durante a gravidez.
UNIDADE 5
Esse sistema merece sua atenção por conta das mudanças na dinâmica dos gases
durante a prática do exercício físico. Estudos aprofundados acontecerão nas disciplinas
de Fisiologia Humana e Fisiologia do Exercício.
O coração é o órgão que controla o sistema circulatório. Estruturalmente, possui uma base e o
ápice está localizado na cavidade torácica, entre os dois pulmões. Morfologicamente,
apresenta três camadas:
O coração possui, ainda, quatro câmaras cardíacas: as duas superiores são os dois
átrios, esquerdo e direito; as câmaras inferiores são os dois ventrículos, esquerdo e
direito, essas duas estruturas são separadas pelo septo interventricular. Uma porção
membranosa, o septo atrioventricular separa os dois átrios dos dois ventrículos.
Esse sistema é formado por vasos linfáticos, linfa, inúmeras estruturas e órgãos
linfoides. Os vasos linfáticos estão localizados próximos às células e, quando os
componentes plasmáticos passam pelos capilares sanguíneos (sistema de filtragem),
forma-se o líquido intersticial. Ao passar para os vasos linfáticos, esse líquido passa a
ser chamado de linfa.
O sistema linfático possui três funções primárias:
Fonte: Tortora (2017, p. 423).
A parte externa possui duas aberturas, as narinas, formadas por osso e cartilagem. Já a
cavidade nasal liga à faringe por meio de aberturas, possui quatro seios paranasais e
dois ductos lacrimo nasais conectados, sendo dividida em duas cavidades, por um
septo nasal. Nessa última parte, o ar inspirado é filtrado, aquecido e umedecido, tendo
a função de detecção de odores e modificação do som da fala.
Traqueia
Anatomicamente, o pulmão esquerdo possui dois lobos separados por uma fissura, já
o direito, três lobos.
Os pulmões são revestidos pelas pleuras, a visceral (mais interna) e a parietal (mais
externa), são separadas pela cavidade pleural e o deslizamento entre ambas é
favorecido pelo líquido pleural.
GLANDULAS SALIVARES - Essas glândulas secretam a saliva, uma solução contendo enzimas,
glicoproteínas, eletrólitos e imunoglobulinas. Uma pequena quantidade de saliva é secretada
pelas glândulas salivares da cavidade oral, a maior quantidade é secretada pelas glândulas
salivares, parótidas, submandibulares e as sublinguais. Possui uma porção secretora,
responsável pela produção de substâncias da saliva, porção condutora, responsável pela
liberação da saliva na cavidade oral.
ESOFAGO -É um tubo com comprimento de, aproximadamente, 25 cm, formado por músculo
liso e liga a faringe ao estômago, localizado posteriormente à traqueia e anteriormente à
coluna vertebral.
INTESTINO DELGADO
INTESTINO GROSSO
Estruturalmente menor que o intestino delgado (1,5 metros de comprimento), porém, com
maior diâmetro (6,5 cm). Anatomicamente, é dividido em ceco, apêndice, cólon ascendente,
cólon transverso, cólon descendente, sigmoide, reto e ânus. Não possui vilosidade como o
intestino delgado, é constituído por pequenas saculações do cólon, separadas entre si pelas
pregas semilunares.
FIGADO
É tida como a maior glândula do corpo, pesa, aproximadamente, 1,5 kg situa-se na parte
superior direita da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma, e é envolvido pelo
peritônio. Anatomicamente, é dividido em quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e
caudado. Tem a função de síntese, armazenamento e liberação de micro e macronutrientes;
remoção de substâncias tóxicas e produção da bile.
VESICULA BELIAR
PANCREAS EXÓCRINO
É uma glândula de característica mista, com função endócrina e exócrina. A porção endócrina
produz a insulina e glucagon, a porção exócrina produz o suco pancreático. Possui de 20 a 25
cm de comprimento, 5 cm de largura e 1 a 2 cm de espessura. Anatomicamente, é dividido em
cabeça, corpo e cauda. É localizado na cavidade abdominal posteriormente ao estômago e
junto ao duodeno e está protegido por peritônio e uma cápsula de tecido conjuntivo.
SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário tem a função de filtrar e eliminar, pela urina, substâncias em excesso e
resíduos do metabolismo celular, mantendo a homeostase. Os rins produzem a urina, que
passa pelos ureteres até chegar na bexiga, ficando armazenada e é excretada para fora do
corpo pela uretra. Observe, a seguir, a imagem desse sistema.
URETRA - A uretra é responsável pela excreção da urina armazenada na bexiga para o meio
externo. No homem, é dividida em uretra prostática, peniana e membranosa; na parte
membranosa, ficam os esfíncteres que controlam a micção e ejaculação. Na mulher, é curta,
possui abertura vaginal e também possui esfíncter, responsável pela micção.
SISTEMA DE UNIDADE
Finalizando, uma pequena abordagem é sobre o sistema urinário foi feita, nesse
tópico, o aluno teve a oportunidade de estudar as estruturas que compõem todo o
processo de formação e eliminação da urina.