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PARALISIA BRAQUIAL OBSTRETICA

Patogênese: No momento do parto a tração é exercida pelo ombro, no processo


de liberar a cabeça quando há apresentação pélvica; e pela cabeça quando há
apresentação cefálica ao nascimento8,14. Esta tração pode repercutir
internamente no plexo braquial. As raízes superiores são mais vulneráveis, mas
todas as raízes podem estar afetadas resultando em paralisia total.
A lesão neural é variável, leve, com possibilidade de recuperação espontânea
(em caso de neuropraxia) até a mais grave, com destruição das estruturas
neurais e conseqüente seqüela permanente (neurotmese).
Diagnóstico e quadro inicial: O diagnóstico é possível e deve ser feito logo ao
nascimento. É importante observar todos os movimentos espontâneos,
avaliando especialmente a simetria, a quantidade e a qualidade dos
movimentos para verificar a possibilidade de lesão. 15 Enquanto a criança
saudável encontra- se normalmente com os braços aduzidos, cotovelos
flexionados e apresenta movimentos dos membros alternados e simétricos, a
PBO é percebida na presença de um braço ou uma mão com poucos ou nenhum
movimento, postura anormal do membro superior, assimetria e abolição de
reflexos profundos naquela região.

Os reflexos primitivos devem ser avaliados principalmente Moro, Reflexo Tônico


Cervical Assimétrico (RTCA) e preensão palmar procurando por assimetrias; os
primeiros estarão ausentes do lado da lesão e o último, presente em ambas as
mãos para paralisias classificadas como altas (C5,C6±C7). Já nas lesões baixas
(C8, T1) há perda também do reflexo de preensão palmar. 16 A PBO é
classificada de acordo com o nível da lesão.

Devido ao parto extremamente laborioso, outras estruturas anatômicas podem


estar envolvidas. Desta forma podem ser observados: hematomas do músculo
esternocleidomastóideo, fraturas de clavícula, úmero e quadril, luxação e
subluxação de ombro, deslocamento epifisário do úmero, lesão do nervo
frênico, facial ou nervo hipoglosso, lesão da medula

Diagnóstico diferencial: Fraturas de clavícula e úmero podem produzir uma


pseudoparalisia similar à apresentação do quadro inicial de PBO necessitando
de um exame clínico criterioso, esclarecendo dúvidas por exame radiológico.
Esta pseudoparalisia do membro superior é causada pela compressão do plexo
braquial por osso fraturado, edema ou posição antálgica. A pseudoparalisia
recupera-se mais rápido que a verdadeira PBO.

Nos casos de paralisia cerebral com monoplegia ou hemiplegia de predomínio


braquial, o diagnóstico se tornará mais claro mediante a evidência da
hiperreflexia e o aparecimento da hipertonia do membro em contraponto com a
paralisia flácida do membro superior no caso da PBO.
Alguns exames complementares, como radiografia de pescoço, tórax, ombro e
braço para verificar fraturas de clavícula, úmero e cotovelo ou deslocamento do
ombro são úteis no diagnóstico diferencial.
A lesão nervosa periférica temporária ou definitiva pode causar contraturas e
deformidades secundárias com implicações funcionais negativas do membro
superior. A mais comum é a rotação medial com contratura do ombro,
limitando a rotação externa ativa e passiva assim como a abdução.
Deformidades do cotovelo em flexão e pronação do antebraço. Para prevenir
essas deformidades as crianças devem receber um extensivo programa de
reabilitação.15 O tratamento da PBO é conservador na maioria das vezes. 
Cerca de 10% dos restantes, entretanto, têm paralisia persistente A exploração
cirúrgica inicial pode incluir neurólise interna (remoção do tecido cicatricial ao
redor do nervo) e enxerto do nervo. A transferência nervosa e a osteotomia
podem melhorar a funcionalidade do membro superior, mas raramente são
executadas antes da idade de quatro anos.27 A rotação medial do úmero pode
causar deformidades na glenóide, subluxação posterior da cabeça do úmero e
anormalidades capsulares do ombro.

As crianças que forem privadas de tratamento conservador ou cirúrgico


poderão apresentar diminuição do membro superior, contraturas, deformidades
e/ou distúrbios sensitivos podendo ocorrer a auto-mutilação e ulceração do
membro superior.28 Prognóstico A história natural da PBO tem sido descrita em
vários estudos, mas existem questões em aberto. É necessária maior cautela
em predizer uma recuperação excelente após o nascimento da criança com PBO
e solicitar um acompanhamento mais criterioso a fim de evitar limitações ao
longo da vida dos pacientes.

Exames complementares
O diagnóstico da paralisia braquial obstétrica é primordialmente clínico. A criança pode
ser submetida à imagem do encéfalo para descartar lesões cerebrais por anoxia, que
pode contribuir para o mal prognóstico do caso. A eletroneuromiografia (ENMG) pode
ser útil, mas ao mesmo tempo trazer alguma confusão. No primeiro mês de vida ela é
importante para avaliação da extensão da lesão. Após esta etapa poderá ter sinais de
inervação, mas não necessariamente será um sinal de recuperação efetiva e total de
função do membro da criança. A ressonância magnética (RM) é importante na
avalição das lesões graves para definir quantas raízes foram avulsionadas da medula,
impossibilitando assim a reconstrução direta do plexo. É um exame que ajuda
entender melhor caso, ajuda também no prognóstico e na definição da estratégia
cirúrgica.
1-O DIAGNOSTICO DA PARALISIA BRAQUIAL OBSTRETICA É PRIMORDIALMENTE
CLÍNICO. É REALIZADO LOGO APÓS O NASCIMENTO E SEGUE SENDO REAVALIADO AO
LONGO DOS MESES, NO PRIMEIRO MÊS DE VIDA É IMPORTANTE PARA AVALIAR A
EXTENSÃO DA LESÃO.É IMPORTANTE OBSERVAR TODOS OS MOVIMENTOS
ESPONTÂNEOS, AVALIANDO PRINCIPALMENTE SIMETRIAS, QUANTIDADE E QUALIDADE
DOS MOVIMENTOS. ENQUANTO A CRIANÇA SAUDÁVEL ENCONTRA-SE NORMALMENTE
COM OS BRAÇOS ADUZIDOS, COTOVELO FLEXIONADO E MOVIMENTOS DOS MEMBROS
ALTERNADOS E SIMÉTRICOS. EM CONTRAPARTIDA, NUMA CRIANÇA COM PBO É
PERCEBIDA NA PRESENÇA DE UM BRAÇO OU UMA MÃO COM POUCOS OU NENHUM
MOVIMENTO, POSTURA ANORMAL DO MS, ASSIMETRIA E ABOLIÇÃO DOS REFLEXOS
PROFUNDOS NAQUELA REGIÃO. A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA É IMPORTANTE NA
AVALIAÇÃO DE LESÕES GRAVES PARA DEFINIR RAÍZES QUE FORAM LESADAS
IMPOSSIBILITANDO A RECONSTRUÇÃO DIRETA DO PLEXO. É UM EXAME QUE AJUDA A
ENTENDER MELHOR O CASO, AJUDA NO PROGNOSTICO E NA DEFINIÇÃO DA
ESTRATÉGIA CIRÚRGICA SÓ EM ALGUNS CASOS JÁ QUE A MAIORIA DAS PBO SÃO
TRATADAS DE FORMA CONSERVADORA.

2- Os reflexos primitivos devem ser avaliados principalmente Moro, Reflexo


Tônico Cervical Assimétrico (RTCA) e preensão palmar procurando por
assimetrias; os primeiros estarão ausentes do lado da lesão e o último,
presente em ambas as mãos para paralisias classificadas como altas
(C5,C6±C7). Já nas lesões baixas (C8, T1) há perda também do reflexo de
preensão palmar.16 A PBO é classificada de acordo com o nível da lesão.

Devido ao parto extremamente laborioso, outras estruturas anatômicas podem


estar envolvidas. Desta forma podem ser observados: hematomas do músculo
esternocleidomastóideo, fraturas de clavícula, úmero e quadril, luxação e
subluxação de ombro, deslocamento epifisário do úmero, lesão do nervo
frênico, facial ou nervo hipoglosso, lesão da medula

3- Diagnóstico diferencial: Fraturas de clavícula e úmero podem produzir uma


pseudoparalisia similar à apresentação do quadro inicial de PBO necessitando
de um exame clínico criterioso, esclarecendo dúvidas por exame radiológico.
Esta pseudoparalisia do membro superior é causada pela compressão do plexo
braquial por osso fraturado, edema ou posição antálgica. A pseudoparalisia
recupera-se mais rápido que a verdadeira PBO.

Nos casos de paralisia cerebral com monoplegia ou hemiplegia de predomínio


braquial, o diagnóstico se tornará mais claro mediante a evidência da
hiperreflexia e o aparecimento da hipertonia do membro em contraponto com a
paralisia flácida do membro superior no caso da PBO.
Alguns exames complementares, como radiografia de pescoço, tórax, ombro e
braço para verificar fraturas de clavícula, úmero e cotovelo ou deslocamento do
ombro são úteis no diagnóstico diferencial.

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