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Mielomeningocele

Academico: Pedro Henrique Albino de Freitas Gomes


O que é Mielomeningocele
A mielomeningocele é um defeito da coluna vertebral e da medula espinhal, que
acontece nas primeiras semanas de gestação. A coluna vertebral, a medula
espinhal e o canal da medula não se formam normalmente. Existe um defeito na
formação dessas estruturas, cuja causa ainda não é bem definida. Isto pode
ocorrer em qualquer lugar da coluna. É mais comum ocorrer nas regiões lombar
baixa e sacral. Quanto mais alto for o nível da lesão, maior será a quantidade de
sintomas e maior será a dificuldade funcional.
Incidência
No Brasil, essa anomalia é a segunda causa de mortalidade infantil, e
responsável por 11,2% desses óbitos. É um problema emergente da saúde dentro
dos países em desenvolvimento. Segundo aborda a Organização Mundial da
Saúde (OMS), cerca de 276 mil recém-nascidos morrem, por ano, nos primeiros
60 dias de vida.
Diagnóstico
Ele pode ser feito ainda durante a gestação, através da combinação de exames
laboratoriais e da realização do exame de ultrassom, entre as 18.ª e 22.ª semanas
de gravidez. Do mesmo modo, a ecografia morfológica ajuda a identificar os
sinais sugestivos da malformação, que podem causar a dilatação dos ventrículos
cerebrais (hidrocefalia) e alterações na cabeça do feto perceptíveis no exame de
imagem. Além disso, as alterações nos ossos frontais e no formato do perímetro
da cabeça formam o sinal do limão, que serve como alerta para uma investigação
mais detalhada. O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite a realização
da cirurgia fetal intrauterina – que deve ser realizada antes da 27.ª semana de
gestação.
Quais as causas de mielomeningocele?
Estudos indicam que a mielomeningocele pode ser desencadeada por alterações
genéticas ou mesmo por deficiências de vitaminas como o ácido fólico durante a
gestação. Mulheres com diabetes ou que fazem uso de medicamentos
anticonvulsivos durante a gravidez possuem chances maiores de ter um bebê
com mielomeningocele.
Quais os sintomas de mielomeningocele?
A bolsa que surge nas costas do bebê, contendo estruturas que costumam ficar no
interior da medula espinhal, é o principal sintoma de mielomeningocele. Por se
tratar de uma área muito delicada do corpo, além da bolsa característica da
mielomeningocele, o paciente que nasce com essa condição também pode
apresentar outros sintomas, como ausência de sensibilidade nos membros
localizados abaixo da bolsa, fraqueza muscular ou incontinência urinária e
fecal.Alguns pacientes com mielomeningocele podem ter paralisia ou
dificuldades de movimento nos membros inferiores. Outras malformações nas
pernas e nos pés são comuns em pacientes com mielomeningocele, assim como o
desenvolvimento de hidrocefalia, uma outra condição que afeta o cérebro
causando o acúmulo excessivo de líquidos no interior do crânio.
Sequelas
• Dificuldade ou ausência de movimentos nas pernas;
• Fraqueza muscular;
• Perda de sensibilidade para calor ou frio;
• Incontinência urinária e fecal;
• Malformação nas pernas ou pés.
• Outros problemas, como dificuldade para respirar ou engolir
Fisiopatologia
A Mielomeningocele é uma protrusão da medula espinhal e das meninges por
conta da falha óssea, denominada espinha bífida, e que a protrusão deve conter
no interior da sua bolsa as meninges, raízes nervosas e a medula espinhal que
estão envolvidas no líquor. Sendo que esse defeito é definido por causa da
ausência de processos espinhosos, alargamento do canal vertebral e lâminas.
Como a medula espinhal fica na parte inferior do canal vertebral, diante dessa
patologia, suas raízes nervosas vão herniar de maneira horizontal nos canais de
conjugação, em vez de ir para baixo, levando a uma series de distúrbios
neuromusculares e malformações que ocorrer abaixo do nível da protrusão
formada pela mielomeningocele. Os defeitos no fechamento do tubo neural são
imperfeições no desenvolvimento fetal que são divididos em: craniosquise e
espinha bífida.
Essa má formação do crânio denomina-se craniosquise é subdivida em:
craniorrasquisquise que ocorre pela exposição do líquido amniótico e tem a
necrose do cérebro e da 26 medula; anencefalia na que não ocorre o
desenvolvimento do tubo neural dentro do encéfalo; encefalocele que se
caracteriza como protusão meníngea por não fechamento de ossos do crânio; e a
iniencefalia que é a retroflexão da cabeça. O não fechamento oriunda a espinha
bífida que apresenta como oculta quando tem defeitos do arco vertebral
evidenciando limpomas lombossacros e de modo aberto conhecido como
meningocele que é a profusão de meninges, e a mielomeningocele que se
caracteriza uma bolsa com fina camada de tecido epitelial contendo medula
espinhal, líquor cefalorraquidiano e meninges
Tratamento
Nos casos em que não é possível identificar a malformação com tempo
hábil para a realização da Cirurgia Fetal, o tratamento inicia logo nas primeiras
48 horas após o nascimento.
É importante ressaltar que tanto a Cirurgia Fetal, quanto a realizada após o
nascimento, corrigem a lesão na coluna do bebê mas não tratam das sequelas.
Por outro lado, as crianças submetidas à Cirurgia Fetal de Mielomeningocele
tem mais chances de desenvolverem independência funcional e apresentam um
melhor prognóstico no seu desenvolvimento.
Tratamento fisioterapêutico
O tratamento deve ser iniciado precocemente e pode ser dividido de acordo com as fases
da vida do indivíduo. No período neonatal o fisioterapeuta deve avaliar a sensibilidade,
motricidade, postura em repouso, movimentos ativos, anormalidades, deformidades e
reflexos para o desenvolvimento de um programa de reabilitação adequado, já que o
desenvolvimento da criança pode ser prejudicado devido sua longa permanência em
hospitais. Os estímulos são de grande importância e devem ser realizados diariamente
até mesmo pela mãe, que ao carregar a criança de maneira adequada, começa a
estimular o controle cervical.
No período pré-escolar o fisioterapeuta deve avaliar os grupamentos musculares ativos
para que tenha conhecimento de quais os músculos poderão ser utilizados para
promover a independência da criança, devendo ser estimulada diariamente e colocada
em diversas posições para promover o desenvolvimento das demais musculaturas.
Nas fases adulta e adolescência, alguns problema relacionados a coluna podem voltar,
sendo necessário o uso de órteses. Porém, nesta fase os profissionais tornam-se
espectadores ajudando nas orientações e adaptações quando necessárias.
Referências:
https://www.einstein.br/especialidades/medicina-fetal/material-de-apoio-ao-
paciente/mielomeningocele-cartilha-orientacao-apos-alta
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/mielomeningocele
https://cirurgiafetal.com/blog/o-que-e-mielomeningocele-diagnostico-causas-e-
cirurgia/
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17863/1/TCC%20L
UCILA%20%281%29.pdf

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