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Vïrgïñïå Mødëñësï - XXVÏÏ

Anatomia Patológica

LESÕES PRÉ NEOPLÁSICAS E CÂNCER DE COLO UTERINO


 Lesão pré-neoplásica= Restrita ao epitélio.
 Câncer= Infiltram o estroma, atravessam a membrana
basal.

Alo claro em volta do núcleo= coilocitose  muito comum


no HPV.

Obs: É possível prevenir câncer de útero= ao fazer exames


preventivos (exame Papanicolau)→ pode-se identificar
lesões pré-cancerosas). Já no câncer de mama não é possível
realizar tal exame (a mamografia  exame para identificar o
câncer), por isso não há como preveni-lo.

Câncer do colo do útero.


Fatores de risco:
 Infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus  Lesões precursoras= Assintomáticas.
HPV, especialmente o HPV-16 e o HPV-18 (70% dos  Câncer do colo do útero=
cânceres cervicais). – Sangramento vaginal= celular cancerígenas
Obs: A vacina do HPV apenas melhora a relação começam a infiltrar o estroma, onde há vasos
parasita/hospedeiro, não impede de contrair a doença. sanguíneos.
– Leucorreia= corrimento branco → inflamação do
 Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão
colo uterino (cervicite), geralmente devido a
adquiri-la durante a vida.
infiltração de bactérias.
 Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é
– Dor pélvica= devido a cervicite e também, as céls
transitória e regride espontaneamente, entre 6 meses e
cancerígenas que infiltram os nervos.
2 anos após a exposição.
 Nos casos em que a infecção persistente, e
especialmente, é causada por um subtipo viral
Prevenção:
oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões
precursoras, cuja identificação e tratamento adequado ✓ Primária: Vacinação.
possibilita a prevenção da progressão para o câncer ✓ Secundária: Preventivo.
cervical invasivo. 

Manifestações clínicas:
 A infecção pelo HPV apresenta-se na maioria das vezes
de forma assintomática, com lesões subclínicas
(inaparentes) visíveis apenas após aplicação de “Espátula de madeira” = Ectocervice.
“Escovinha” = Endocérvice.
reagentes, como o ácido acético e solução de Lugol, e
por meio de técnicas de magnificação (colposcopia). Classificação:

Obs: O HPV não provoca tanto câncer no homem, pois as Classificação histológica de Richart:
lesões dele são aparentes e não possuem JEC (junção ▪ NIC 1= infiltra pouca parte do epitélio
escamocolunar), diferentemente das mulheres que ▪ NIC 2
possuem lesões não aparentes e possuem JEC (onde ▪ NIC 3= Todo o epitélio é tomado pelas células atípicas,
geralmente o câncer acontece). mas elas não atravessam o estroma.

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Obs: NIC= neoplasia intraepitelial cervical.


 Para sair de NIC 1 para NIC 2/3 ou câncer  demora 10
anos ou mais.

Sistema Bethesda:
▪ LSIL= Lesão intraepitelial de baixo grau.
▪ HSIL= Lesão intraepitelial de alto grau.
▪ Atipias de significado indeterminado= não é tipicamente
normal e nem tipicamente anormal.
CONIZAÇÃO DO COLO UTERINO
o Procedimento ginecológico que serve para fazer o
diagnóstico ou o tratamento de alterações no colo do
útero provocadas pelo HPV.
o A conização do útero é feita sob anestesia local e no
consultório do ginecologista.
o É um corte maior, para estudar toda a lesão.

Conduta:

Obs: Corpo do útero= acomodar o bebê


Colo do útero [possui um esfíncter (impedir o refluxo ou
efluxo)] → serve para deixar o bebê no corpo do útero.

Camadas do útero.

Rësümïñdø:
 Lesão de baixo grau= acompanha.
 Lesão de alto grau ou câncer, ASCH, AGC= biópsia ou
colposcopia.

Obs: Se na biópsia ou na conização der câncer  retirar


útero (histerectomia) e/ou quimioterapia.
Carcinoma in situ= membrana basal está íntegra.

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Toda espessura do epitélio possui atipias.

Toque retal= ajuda no estadiamento do câncer de colo uterino.

Carcinoma in situ.

câncer de colo de útero.

Carcinoma de células escamosas do colo uterino. A. Carcinoma de células


escamosas microinvasivo com ninho invasivo abrindo caminho pela
membrana basal de HSIL. B. Carcinoma de células escamosas invasivo.

Círculo vermelho= Perda da continuidade do epitélio  úlcera.

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DISTÚRBIOS GESTACIONAIS E PLACENTÁRIOS

FIGURA 22-53. Diagrama da anatomia da placenta. No limite externo do


miométrio está a camada decídua, a partir da qual os vasos maternos são
originados e fornecem sangue para e dos espaços intervilosos. Os vasos
umbilicais se ramificam e terminam nas vilosidades placentárias, onde ocorre a
troca de nutrientes.

Circulação fetal
 Shunt= desvio de sangue. No feto temos: o forame oval
(liga o átrio direito para o átrio esquerdo) e o ducto
arterioso que liga o tronco da pulmonar com a aorta
 A pressão do lado direito do coração do feto é maior do
que do lado esquerdo → pois há uma grande resistência
vascular pulmonar (pulmão está colabado e cheio de
líquido).
Figura 7.5 - Representação esquemática de um corte transversal de uma  No adulto a pressão maior é a do lado esquerdo.
placenta a termo, mostrando (1) a relação do cório viloso (parte fetal da
placenta) com a decídua basal (parte materna da placenta), (2) a circulação
placentária fetal e (3) a circulação placentária materna. O sangue materno flui
em jatos das artérias espiraladas para os espaços intervilosos. Observe que as
artérias umbilicais transportam sangue fetal desoxigenado (mostrado em azul)
para a placenta e que a veia umbilical transporta sangue oxigenado (mostrado
em vermelho) para o feto. Observe que os cotilédones estão separados uns
dos outros por septos placentários, projeções da decídua basal. Cada
cotilédone consiste em duas ou mais vilosidades-tronco principais e várias
ramificações das vilosidades.

 Vilosidades= vasos sanguíneos do feto → troca de


nutrientes e oxigênio entre o feto e a mãe
 O sangue materno não encosta no sangue placentário
devido a divisão chamada de trofoblasto (uma
membrana).
 Endométrio da grávida é chamado de decídua → onde
a placenta se insere.
 Âmnio=epitélio.
 Córion=estroma.

Circulação neonatal

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Ao nascer o bebê sofre alterações no pulmões  ectasia dos


alvéolos, dilata os brônquios, absorve os líquidos (pressão PLACA CORIÔNICA
nos pulmões despenca).
Normal ouvir um sopro no recém-nascido até 7-10 dias após
o nascimento.

Espaço intervilositário → onde passa o sangue da mãe.


Verde= vilosidades.

Obs= Infecções transplacentárias são mais comuns no final Vilosidades Coriais:


da gravidez, mas são mais graves no início.  As vilosidades coriais são formadas por uma haste
central conjuntiva, onde estão os vasos fetais, e que é
recoberta por cito e sincíciotrofoblasto.
 O sangue fetal que passa pelos vasos das vilosidades faz
trocas com o sangue materno que circula no espaço
interviloso e banha as vilosidades.
 À medida que a gravidez avança, o número de vasos nas
vilosidades aumenta e diminui o tecido mesenquimal,
facilitando as trocas.

Nó sincicial=
aglomerado de células
do trofoblasto.

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Gravidez ectópica:
▪ Na gravidez tubária a placenta se descola facilmente da
parede da trompa (já que não há o endométrio
adequado à implantação) ou a infiltra, levando a
ruptura.
▪ Isto causa hemorragia intratubária e hemoperitônio.
▪ Cerca de 1 em 150 gravidezes são ectópicas, e destas
90% ocorrem na trompa.
▪ Os fatores predisponentes são salpingite crônica
[infecção da tuba uterina (causada pela clamídia)] e
doença inflamatória pélvica.
▪ Principal local= tuba uterina
▪ Geralmente por problema no transporte para o útero

Placenta Gemelares:
▪ As gestações gemelares são derivadas da fertilização de
Células do Trofoblasto:
dois óvulos (dizigóticas) ou da divisão de um óvulo
 O sinciciotrofoblasto é mais abundante e forma a fertilizado (monozigóticas). Existem três tipos básicos de
superfície externa das vilosidades, em contato direto placentas gemelares:
com o sangue materno. 1. Diamnióticas dicoriônicas (que podem ser
 Várias células do sinciciotrofoblasto são mais fundidas);
globosas e com muitos núcleos aglomerados. 2. Diamnióticas monocoriônicas;
 São chamados nós sinciciais e seu número 3. Monoamnióticas monocoriônicas.
aumenta com a progressão da gravidez. ▪ Placentas monocoriônicas implicam em gêmeos
 As células do citotrofoblasto são bem menos monozigóticos (idênticos), e o momento no qual a
numerosas. Situam-se abaixo do sinciciotrofoblasto, são divisão ocorre determina se um ou dois âmnios estarão
individualizáveis, globosas, com núcleo redondo e presentes.
cromatina mais frouxa. ▪ A placenta dicoriônica pode ocorrer com gêmeos
 Nelas podem-se observar figuras de mitose, que monozigóticos ou dizigóticos e não é específica.
não ocorrem no sinciciotrofoblasto.

DISTÚRBIOS DO INÍCIO DA GRAVIDEZ

Aborto Espontâneo:
▪ interrupção da gravidez antes de 20 semanas.

Obs= Feto com até 20 semanas é inviável, não é possível


salvá-lo.
 Após 20 semanas → parto pré-maturo

Obs= para saber se é dicoriônica diamniótica fusionada ou


monocoriônica diamniótica é preciso analisar
microscopicamente, e assim será possível ver:
a. dicoriônica diamniótica fusionada= córion – âmnio
– córion.
b. monocoriônica diamniótica= córion – córion.

Anormalidades da implantação placentária


▪ Implantações placentárias anormais podem ter
consequências importantes para evolução da gravidez.
▪ A placenta prévia condição na qual a placenta apresenta
implantação no segmento uterino ou no colo uterino,
muitas vezes com hemorragia séria no terceiro
trimestre.

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 Uma placenta prévia completa cobre o óstio Infecções:


cervical interno e consequentemente requer o ▪ Carioamnionite= infecção mais comum nas gravidas
parto por incisão cesariana para evitar ruptura da (bactérias vem pela vagina)  infecção ascendente.
placenta e hemorragia materna fatal durante o ▪ Vilosite= infecção dos vilos (bactérias que vem do
parto. sangue materno, sendo as mais comuns= TORCHS
(toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e
sífilis)  infecção hematogência (transplacentária).

▪ A placenta acreta é causada por ausência parcial ou


completa da decídua, com aderência do tecido viloso
placentário diretamente ao miométrio e falha na
separação placentária.
 Esta é uma causa importante de hemorragia pós-
parto, que muitas vezes pode pôr em risco a vida
da mãe.

DISTÚRBIOS DO FINAL DA GRAVIDEZ

Nós:

Camada externa neutrófilo (âmnio com exsudato purulento).


Vilosite infecção nas vilosidades coriais.
Circular de cordão

Descolamentos:
âmnio

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Vilosite advinda pelo sangue materno.


Neutrofilo ivilosite aguda torch.
Mononucleares vilosite crônica.

Infecções placentárias:
As infecções na placenta se desenvolvem por duas vias:
1- Infecção ascendente pelo canal do parto;
 São as mais comuns;
 Quase sempre bacteriana;
 Em muitos casos, a infecção localizada das
membranas por um organismo produz ruptura
prematura das membranas e parto pré-termo.
 O líquido amniótico pode ser turvo, com exsudato
purulento, e histologicamente o córion-âmnio
contém infiltrado leucocitário polimorfonuclear
acompanhado por edema e congestão dos vasos.
 A infecção frequentemente estimula resposta fetal • Vasoconstrição da A. uterina (causada pela DHEG) –
com “vasculite” dos vasos umbilicais e da placa principal diferença do normal pra pré-eclampsia. Chega
coriônica fetal. menos sangue, menos nutriente – feto cresce menos
 Excepcionalmente, infecções bacterianas podem (CIUR – crescimento intrauterino retardado). No último
ser originadas da disseminação hematogênica de estado o feto pode entrar em um estado de choque o
bactérias diretamente para a placenta. As sangue desvia para os locais mais importantes – a
vilosidades exibirão então células inflamatórias cabeça do neném continua crescendo, mas o corpo não
agudas (vilosite aguda). – nasce com macrocefalia relativa.
• CIUR, CENTRALIZAÇÃO e MACROCEFALIA RELATIVA.
2- Infecção hematogênica (transplacentária);
 Várias infecções hematogênicas, classicamente o
grupo conhecido como TORCH (toxoplasmose e DOENÇAS TROFOBLÁTICA GESTACIONAL
outras [sífilis, tuberculose, listeriose], rubéola
citomegalovírus, herpes simples), podem afetar a
Mola Hidatiforme
placenta.
 Podem originar infiltrados inflamatórios nas ▪ Uma a cada 1000 ou 2000 gestações.
vilosidades coriônicas, geralmente de células ▪ Não há formação de embrião.
inflamatórias crônicas (vilosite crônica). Muitas ▪ Clinicamente, a manifestação mais frequente é no 4º ou
vezes, a causa de vilosite crônica é obscura e pode 5º mês com sangramento vaginal, aumento excessivo
envolver fenômenos imunológicos. do volume uterino e ausência de batimentos fetais.
▪ O tratamento é por curetagem uterina.
Pré-eclâmpsia e Eclampsia ▪ A complicação mais séria das molas é a transformação
em coriocarcinoma (2% dos casos).
• HAS for capaz de causar edema e proteinúria = pré- ▪ O aspecto histológico não permite prever o
eclampsia. prognóstico. Assim, as pacientes devem ser
• Se for capaz de causar os dois + convulsão = eclampsia. acompanhadas periodicamente com dosagem de
• Disfunção endotelial materna. gonadotrofina coriônica humana no plasma (b-HCG);
• HAS Aumento dos níveis sugere que um remanescente de
• Edema mola se tenha transformado em coriocarcinoma.
• Proteinúria

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▪ A origem mais aceita para a mola aqui demonstrada,


dita mola completa, é a androgênese: desenvolvimento
a partir apenas de cromossomos paternos, tendo o
óvulo fertilizado perdido seu núcleo.
▪ O cariótipo é diplóide [46 XX (90%) ou 46 XY].
▪ Outro tipo mais raro de mola, não mostrado aqui, é
a mola parcial, em que o cariótipo é triplóide (p. ex., 69
XXY) e atribuído a fertilização de um óvulo por dois
espermatozóides.
 Na mola parcial as alterações são mais leves:
– só algumas vilosidades são edemaciadas,
– a proliferação trofoblástica é focal,
– pode haver formação de embrião (não viável)
– e a transformação em coriocarcinoma é rara.

Mola hidatiforme completa. Observar a acentuada distensão do útero


pelas vilosidades coriônicas vesiculares. Os anexos (ovário e tubas
uterinas – de Falópio) são visíveis nos lados esquerdo e direito do útero.

Mola Invasiva:
▪ É definida como uma mola que penetra ou até mesmo
perfura a parede uterina ( borderline, ou seja, tem
comportamento de câncer, mas não é câncer).
▪ Ocorre invasão do miométrio por vilosidades coriônicas
hidrópicas, acompanhadas por proliferação tanto do
citotrofoblasto quanto do sinciciotrofoblasto.
▪ O tumor é localmente destrutivo e pode invadir o tecido
parametrial e os vasos sanguíneos.
O sptz fecunda um óvulo vazio. ▪ As vilosidades hidrópicas podem embolizar para locais
A mola hidatiforme é a mais comum dessas doenças. distantes, como os pulmões e o cérebro, mas não
Mola completa: ovulo vazio. crescem nesses órgãos como metástases reais e
Mola parcial: ovulo normal. eventualmente regridem mesmo sem quimioterapia.
▪ O tumor é manifestado clinicamente por um
sangramento vaginal e aumento uterino irregular. Ele
sempre está associado a uma HCG sérica
persistentemente elevada e graus variáveis de
As vilosidades
luteinização dos ovários.
coriônicas possui
liquido dentro (são ▪ O tumor responde bem à quimioterapia, mas pode
essas bolinhas resultar em ruptura uterina e exigir histerectomia.
transparentes). ▪ A diferença histológica entre as duas molas é que a hidro tem água
dentro e a invasiva possui citotrofoblasto ( aspecto de massa).

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Coriocarcinoma
▪ Útero parcialmente aberto mostrando a cavidade
endometrial preenchida em parte por vesículas
hidrópicas e em parte por tecido pardacento e de
aspecto necrótico. Este último é constituído por
coriocarcinoma, um tumor maligno derivado do
trofoblasto.
▪ A coexistência com mola hidatiforme indica que o tumor
se originou desta. Cerca de 50% dos coriocarcinomas no
útero são complicações de molas, outros 25% de
abortos e outros 25% de gravidez normal ou ectópica.
▪ O coriocarcinoma é um tumor maligno originado no
trofoblasto, com grande potencial invasivo e
metastatizante. Contudo, quimioterapia pode levar a
cura em 80% dos casos.
▪ Clinicamente há elevação dos níveis de gonadotrofina
coriônica humana (b-HCG), como na mola hidatiforme.
▪ Geralmente, quando o tumor é descoberto já há
metástases, principalmente para vagina, pulmão,
cérebro e fígado.

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MAMA FEMININA
Måmå Ñørmål: Diferença Histológica Funcional
Não responde a estímulos
Interlobular Mais denso
hormonais
Intralobular Mais frouxo responde a estímulos hormonais

Célula mioepitelial= propulsão da secreção


Produz a secreção

 Sistema secretor: lóbulos (onde há formação de


leite) e ductos situado no estroma interlobular.
 Na mulher jovem, o estroma interlobular é composto
predominantemente por tecido fibroso denso, com
alguns adipócitos, daí a consistência da mama ser firme.
 Após a menopausa predomina o tecido adiposo.

A e B= mulher jovem. / C= mama em lactação  há proliferação do lóbulo.


/ D e E= mulher pós-menopausa.

LESÕES MAMÁRIAS

Ácino= unidade funcional da mama


Lóbulo latente ou quiescente= não funcionante (quando a mulher não está
amamentando).

 Cada lóbulo é constituído por ácinos situados no


estroma intralobular  responde a estímulos
hormonais.
 Neste, o tecido conjuntivo é mais frouxo e contém
Origens anatômicas das lesões mamárias comuns.
uma população fisiológica de células inflamatórias
• Doença mais comum da mama= cisto.
crônicas, principalmente linfócitos.
 Este estroma responde às variações hormonais do • Tumor mais comum da mama= fibroadenoma.
ciclo menstrual normal, sendo mais edemaciado e
com mais linfócitos na segunda metade do ciclo Obs= nomenclatura:
(influência combinada de estrógenos e  _OMA= neoplasia benigna (possui exceções, ex:
progesterona). melanoma)
 Fora da gravidez, como neste caso, os ácinos estão  _CARCINOMA= neoplasia maligna de origem epitelial
quiescentes.  _SARCOMA= neoplasia maligna de origem estromal

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Doença Fibrocística: Fibroadenoma:


▪ A displasia mamária ou doença fibrocística é a doença ▪ Neoplasia benigna  hiperplasia dos componentes
mais comum da mama. fibroso e epitelial (glandular e estromal).
▪ Inicia-se entre os 20 e 40 anos, com máxima ▪ Cresce como nódulos esféricos, bem delimitados,
sintomatologia antes da menopausa. fibroelásticos em mulheres jovens.
▪ É hormônio dependente. ▪ Tumor benigno mais comum da mama.
▪ Possui comportamento benigno.
▪ Histologicamente, a doença fibrocística caracteriza-se
por fibrose e cistos pequenos ou volumosos.

▪ Um corte de doença fibrocística é mais celular e


apresenta maior número de estruturas glandulares e
ductais que na mama normal, devido a hiperplasia do
tecido mamário por ação estrogênica.

▪ Os lóbulos na doença fibrocística frequentemente


mostram adenose, que é o aumento numérico do
número de ácinos em relação à mama normal (além de
possuírem uma luz mais dilatada).
▪ Há, portanto, aumento de volume dos lóbulos.

▪ boa delimitação.

▪ Hiperplasia das células glandulares e mioepiteliais.

▪ Cistos são um importante componente e originam-se de


ácinos:

▪ O epitélio é hormonalmente responsivo e o tamanho do


Fibroadenoma pode variar durante o ciclo menstrual e
lactação.

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Adenocarcinoma de Mama  Tanto esta como a retração do mamilo se devem à


▪ Neoplasia maligna da glândula mamária. desmoplasia (produção de tecido fibroso pelo
*Tabela 1*  pag. 14 tumor), que traciona a pele.
 Na superfície de corte há grande massa neoplásica
branca.
 O tipo histológico mais comum para este tumor é
o carcinoma ductal invasivo da mama.

▪ Principal clínica de câncer de mama= massa palpável


após 50 anos. *estadiamento= como o carcinoma tem mais que 5 cm, seria necessário
fazer um exame (PET scam) para estabelecer se há metástase (estadiamento
▪ Massa dura, aderidos a planos profundos, mal IV) ou não (estadiamento III).
delimitada.
▪ QSL (externo) local mais frequente de câncer de mama 
onde há mais tecido mamário e glândulas.

▪ FATORES DE RISCO:
 Sexo= feminino.
 Idade= pico 75-80 anos).
 Raça= afrodescentente.
 Idade da menarca= antes dos 11 anos (20% mais
chances).
 Menopausa tardia.
 Parentes de primeiro grau com câncer de mama.
 Mutação em BRCA1 e BRCA2.
Círculos verdes= vasos sanguíneos.
▪ Idade do primeiro parto vivo antes dos 20 anos (metade
do risco) ➔ fator de proteção. ▪ Na periferia, o tumor é mal delimitado e sem cápsula,
▪ O carcinoma da mama é o tumor maligno mais infiltrando o tecido adiposo e o tecido mamário pré-
frequente no sexo feminino. existente.
 Afeta uma em cada nove mulheres ao longo da ▪ 1º sinal= nódulo na axila.
vida. ▪ Reação desmoplásica do tecido infiltrado, ou seja,
proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que
dá ao tumor consistência dura

▪ Adenocarcinoma de mama ulcerando a pele.


 Observa-se volumoso tumor que ulcera a pele
próxima do mamilo. Este apresenta-se deformado
e retraído.
 A pele em grande parte da mama tem superfície
finamente irregular, denominado “em casca de
laranja”. ▪ As células formam cordões sólidos que infiltram
difusamente o tecido mamário.

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Ëstådïåmëñtø:

 T: tamanho do tumor
 LN: Presença de metástase para linfonodos
 M: Presença de metástase para distância→ já é
estadiamento IV.

*Tabela 1*

 CDIS= carcinoma ductal insitu (não é câncer→ restrito ao epitélio).

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