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Aísley Oliveira

HPV / HIV
DEFINIÇÃO / HPV: TRANSMISSAO:

Doença Sexualmente Transmissivel causada pelo A transmissão ocorre primariamente atraves do


HPV (subtipos 6 e 11). que se manifesta sob a contato sexual envolvendo áreas: genital, oral,
forma de pápulas ou placas exofíticas na genitalia anal. manual (dessa maneira, percebe-se que não
externa e/ou perineo. ha necessidade de penetração para o contágio)

E conhecida ainda como: Verruga Genital, Crista de


Galo, Figueira, Cavalo de Crista INCUBAÇÃO:

O perído de incubação (tempo entre o contato e o


EPIDEMIOLOGIA: desenvolvimento clínicoda patologia) é de cerca de 3
semanas - 8 meses)
Estima-se que lesões verrucosas genitais causadas
pelo HPV afetam cerca de 1% da população
sexualmente ativa FISIOPATOLOGIA:
A infecção genital pelo HPV é a DST (Doença
sexualmente transmissivel) mais comum no mundo
Pessoas com lesões clinicas e subclínicas carregam o
Estima-se que ao menos 50% dos individuos
virus nos órgãos genitais. Principalmente durante atos
sexualmente ativos entraram ou irão entrar em
sexuais, os virus aproveitam microlacerações causados
contato com o HPV pelo atrito e penetram nas células epiteliais
Pico de incidência do contato com o HPV ocorre (ceratinócitos basais) da próxima "vitima"
entre 19 - 25 anos de idade
O virus então se multiplica intensamente utilizando
a celula hospedeira, e após um periodo de
latência variavel ocorre a proliferação
ETIOLOGIA: basocelular, o que se reflete na formação de
tumorações características.
A condição e causada por um virus
Papiloma Virus Humano (HPV): é um virus DNA, sem Após um certo tempo, o corpo consegue suprimir essa
envelope. não cultivavel do grupo papovirus. replicação viral. porém importante frisar que os virus
Existem cerca de 150 tipos diferentes - ficarão latentes nas células esperando uma queda de
classificados em alto e baixo risco (no que tange o imunidade para que possam voltar a se replicar. Isso
potencial de oncogenicidade). Os causadores do explica o fato de que cerca de 10 - 30% das verrugas
Condiloma são geralmente de baixo risco, com genitais remitem após 3 meses, mesmo sem
destaque para os subtipos 6 e 11 - os mais comuns tratamento; e que a prevalência da condição é maior
causadores de Condiloma Acuminado em individuos com deficiências imunológicas como os
afetados pelo HIV.
Aísley Oliveira

HPV / HIV
SINAIS/SINTOMAS: Vulvoscopia: melhora avaliação da vulva
(avaliação de lesões subclinicas p. exemplo)
O achado clássico é a formação de lesão tumoral, Colposcopia: melhora avaliação do colo uterino
exofitica, vegetante (verrugas) - em tamanho e (avaliação de lesões subclínicas p.exemplo):
números variáveis. As lesões podem ser assintomáticas Anoscopia: avaliação do canal anal
ou causar prurido, irritações e sangramento. Ultrassonografia pélvica transvaginal: na
No homem, as formações são mais comuns na presença de dor pelvica concomitante
região da glande (cabeça do pênis) e região do
ânus
Na mulher, as formações são mais comuns na COMPLICAÇÕES:
vulva. porém podem acometer períneo e região do
ânus Degeneração maligna da verruga e bastante rara,
porem pode ocorrer. Isso decorre principalmente
da associação dos subtipos 6 e 11 do HPV com
DIAGNÓSTICO: subtipos de maior potencial oncogênico -
(carcinoma de células escamosas,
O diagnóstico é feito prioritariamente de forma clinica adenocarcinoma)
durante os achados ao exame fisico. Na dúvida Sangramento, infecções secundárias
diagnóstica, em pacientes imunocomprometidos, na Cicatrizações desfigurantes e
refratariedade ao tratamento na presença de hipo/hiperpigmentação local
achados atipicos (pigmentação atipica, ulceração, Risco de aquisição de outras DSTs (Doenças
sangramento aumentado etc) ou lesões em colo SexualmenteTransmissiveis)
uterino - uma Biópsia devera ser realizada
A histopatologia evidencia-se uma hiperplasia de
camadas basais, além de paraqueratose, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAIS:
hiperqueratose, acantose.
A captura hibrida consegue definir o subtipo de Molusco contagioso
HPV envolvido, o que é importante para Condiloma lata ( Sifilis )
identificação de subtipos com maior potencial Ceratose Seborreica
oncogênico Acrocórdones
Pápulas peroladas penianas
Carcinoma in situ
EXAMES COMPLEMENTARES: Hidradenoma papilífero
Papulose Bwewnoíde
Os exames complementares são úteis na dúvida Eritroplasia de Queyrat
diagnóstica/ condições associadas, e podem incluir.
por exemplo:
Sorologias: VDRL (Sifilis), HIV Hepatite B e
Hepatite C - geralmente esses testes são
obrigatórios em todos os pacientes que
apresentam DSTs
Aísley Oliveira

HPV / HIV
ORIENTAÇÕES GERAIS: procedimento e repetido a cada 2 semanas ate 6 - 10
semanas
O objetivo do tratamento não visa a eliminação viral, Ácido Tricloroacético:
uma vez que não ha meios disponiveis para tal. O Aplica-se uma pequena quantidade a 80 - 90%
tratamento visa a destruição do condiloma, dado que diretamente sob a lesão, usando aplicador de
tal conduta: algodão. Deve-se aplicar uma vez a cada 2 semanas
Previne a transmissão para outros individuos por 8 - 10 semanas
Evita a evolução para lesões malignas
Evita infecções secundárias B) Pacientes com lesões extensas (grandes placas
Evita a facilidade de infecção de outras DSTs exofíticas ou nódulos): Nesses pacientes opta-se
Melhora o aspecto estético psicossomatico preferencialmente por uma das seguintes opções:
estigmatizante Excisão cirúrgica: utilizando tesoura ou lâmina
Terapia laser: utilizando principalmente laser de
Dióxido de Carbono (CO2).
Eletrocirurgia: utilizando eletrocautério. Nesse
TRATAMENTO: caso, deve-se cuidar com a região oral e nasal do
profissional de saúde, uma vez que pode existir
A) Pacientes com única ou múltiplas lesões transmissão pela respiração do material
menores que 1cm (Doença Limitada) cauterizado.

1). Ministrados pelo próprio paciente: Além disso, para doença remanescentes após esses
procedimentos. opta-se pela utilização de terapia
Imunomodulador topica como terapia adjuvante.
Imiquimode: posologia: aplicar na região afetada. 3
dias da semana intercalados. pela noite, lavando pela
manha, por até 16 semanas
VACINAÇÃO:

Antimitótico
A vacinação é uma importante ferramenta de
Podofilotoxina: posologia: Aplique o creme sobre os
prevenção de HPV e por consequencia, o Condiloma
condilomas 2 vezes ao dia. Aplique quantidade
Acuminado. No Brasil, existem duas vacinas contra o
suficiente de creme para cobrir completamente a
HPV: a quadrivalente (HPV 6.11,16 e 18). - MerckSharp e
lesão. Repita o tratamento por 3 dias consecutivos. Se
a bivalente (16,18). da Glaxo Smith Kline.
os condilomas não desaparecerem, repita o ciclo de
Uma vez que as lesões de Condiloma estão ligadas
tratamento após 7 dias, contados a partir do 1° dia de
mais aos subtipos de
tratamento. O tratamento pode ser repetido por, no
HPV 6 e 11. a quadrivalente é mais interessante.
máximo. 4 ciclos de tratamento de 1 semana cada.

O Ministério da Saúde oferece a vacina quadrivalente


2). Ministrados pelo médico :
contra os subtipos 6. 11. 16 e 18 de forma gratuita para:
Crioterapia:
Meninas e meninos entre 9 - 14 anos- (esquema de
Utiliza-se nitrogênio liquido. Deve se aplicar na região
2 aplicações com intervalo de 6 meses).
da verruga e ao redor por cerca de 1mm - objetivando
Homens e mulheres de 9 - 45 anos = convivendo
a visualização direta de uma área congelada. O
com HIV/AIDS: pacientes oncológicos em
Aísley Oliveira

HPV / HIV
quimioterapia e/ou radioterapia: transplantados de pessoas-ano. com prevalência em 0.4% da
órgãos sólidos ou de medula óssea. (Esquema de 3 população.
doses - 0. 2 e 6 meses).

ETIOLOGIA:
DEFINIÇÃO / AIDS-HIV:
A doença (AIDS) é causada pelo virus HIV. Ele é
Doença infecto-contagiosa causada pelo virus HIV um retrovirus (contém RNA como material
levando a danos ao sistema imunológico. genetico, e necessita da enzima "transcriptase
predispondo a varias infecções secundarias reversa" para se multiplicar). Possui 100 nm de
O nome AIDS vem do inglês - acquired diâmetro. E envolto por uma camada lipídica que
immunodeficiency syndrome - AIDS: no Brasil se contém estruturas que auxiliam o virus a entrar na
usa ainda SIDA - Sindrome da imunodeficiência celula hospedeira: glicoproteina (gp) 41 (se liga
adquirida em receptores intra-celulares no linfócito),
HIV vem do inglês: human immunodeficiency virus glicoproteina (gp) 120 (faz fusão e aderencia no
linfócito), antigeno p24 (proteina de zona central)
São dois tipos de virus presentes: o HIV-1 e HIV-2:
EPIDEMIOLOGIA: no mundo e no
Brasil há prevalência do tipo 1, o tipo 2 se restringe
No mundo inteiro são cerca de 35 milhões de a algumas regiões da Africa. Cada subtipo é
pessoas contaminadas ainda subdividido:
95% dos casos mundiais se concentram em HIV-1: grupos M.N,P
regioes pobres. HIV-2: grupos A.B.C.D.E.F.G
principalmente na Africa Subsaariana
Nos paises desenvolvidos, a maioria dos casos Além disso, cada subgrupo se subdivide mais ainda em
novos ocorrem em homossexuais masculinos e "clades". De todos, o HIV-1 grupo M é o mais comum.
grupos de minoria denominados de "não-brancos” Essa subdivisão decorre do fato do virus HIV ter uma
Na década de 80 existiam 40 casos em homens capacidade muito grande de se diversificar (quando
para 1 caso em mulher, atualmente esse número e esta transcrevendo seu material genético através da
próximo de 2.6 casos em homens para 1 caso em transcriptase reversa), o que permite ao virus
mulher conseguir escapar da imunidade do hospedeiro.
Evidencia, portanto, uma pauperização,
interiorização, feminização e heterossexualização
da doença. Além disso, os casos em pacientes TRANSMISSÃO:
maiores de 50 anos têm aumentado de forma
consideravel Como se transmite o virus HIV? São algumas formas
No Brasil, ao total, já se registraram cerca de 800 principais:
mil casos de AIDS, sendo 65% em homens. A idade
média de acometimento é entre 25 - 40 anos, Exposição Sexual - 70% dos casos: Homossexual,
com prevalência na região Sudeste. Atualmente a bissexual, heterossexual
taxa de incidência é de 20 casos novos/100 mil A forma de ato sexual que mais transmite o virus é
anal receptivo.
Aísley Oliveira

HPV / HIV
A transmissão mais comum é a heterossexual  Mulher em ato vaginal receptivo de homem
Sexo oral também transmite o virus contaminado: chance de 0,1% de contaminação
Exposição Perinatal - 0,6% dos casos: Mãe para filho por coito
durante a gravidez Sexo anal receptivo de alguém contaminado: 3%
durante a gestação - 30% dos casos: durante o
parto - 60% dos casos: durante o aleitamento -
10% dos casos CICLO VIRAL:
Exposição Sanguínea- 5% dos casos: Transfusões
sanguineas: Usuários de drogas injetáveis
Após a incubação ao individuo previamente sadio, o
Exposição Percutânea: Picada de agulha -
virus HIV infecta principalmente células que expressam
profissionais da saude
moléculas de CD4 - Grupamento de diferenciação 4 -
uma glicoproteina que se expressa na superficie de
A incidência de contaminação varia de acordo com a algumas células:
faixa etária: Linfócitos Thelper
(< 13 anos): A principal causa de contagio é Monócito/ Macrófago
perinatal (93%), seguida da sexual heterossexual Célula Dendritica
(0.5%)
(> 13 anos): A principal causa de contagio é O virus interage com a molécula CD4 através de sua
sexual heterossexual (42.4%), seguida de
glicoproteina (gp) 120 (presente na capsula viral),
homossexual (22%) e após usuários de drogas
apos isso, a glicoproteina (gp) 41 acaba se ligando a
injetaveis (6%)
receptores celulares (CCR5 e CXCR4).. permitindo
que o virus seja internalizado (Fusão) no citoplasma.
Alguns fatores aumentam o risco de contagio pela via
Na sequência o virus irá interagir com o DNA da célula
sexual:
hospedeira da seguinte forma:
Presença de outras DST
1). Transcriptase Reversa: Essa enzima viral irá
Uso de objetos durante o ato sexual (cria
transformar o RNA viral em DNA
microlacerações)
2). Integrase: O agora DNA viral irá ser integrado
Menstruação
ao DNA celular. por ação dessa enzima
Presença de úlceras genitais
3). Protease: Novos fragmentos de RNA viral e
Viremia da fonte
proteinas são formados devido ao aparato celular
Ausência de circuncisão em homens
da célula hospedeira. A protease, enzima viral,
matura essas novas proteinas - dando origem a
Embora a via heterossexual seja a principal causa de
novos virus Como a Transcriptase Reversa do virus
contagio entre os maiores de 13 anos, sexo anal
é pouco fidedigna, a cada novo processo de
receptivo tem maior chance de adquirir HIV pelas
replicação, várias falhas genéticas ocorrem, o que
microlacerações anais causadas durante o coito. Isso
faz com que se crie várias mutações. Como
nos leva a uma pergunta: qual a chance de alguém resultado novos virus geneticamente diferentes
sem HIV adquirir o virus durante uma relação com são criados, dificultando muito a ação do sistema
alguem contaminado? Isso depende de vários fatores imune
como os citados acima, mas de forma geral:
Homem durante penetração em alguem
contaminado: 0,015% por coito
Aísley Oliveira

HPV / HIV
FISIOPATOLOGIA: ESTÁGIO 2: FASE ASSINTOMÁTICA - LATÊNCIA
CLÍNICA
Como visto, o virus do HIV vai acometer as células que O processo de soroconversão, com auxilio de resposta
expressam o CD4. celular citotoxica (CD8)., contém parcialmente a
Isso leva a uma queda importante de número dos replicação viral.
linfócitos CD4+ ,ou seja, linfócitos helpers. Isso 
decorre da destruição direta viral à célula, quanto Nesse momento de inicio da resposta imune temos
pelo próprio sistema imune do hospedeiro, o que definimos de 'Set point": quanto maior a
objetivando eliminar a infecção. carga viral pior o prognostico.
Individuos que são capazes de manter a carga viral
O grande problema e que os linfócitos CD4+ são os baixa nesse momento de "Set point" são conhecidos
coordenadores da resposta imune corporal, como como "Controladores de Elite" - em que haverá uma
resultado teremos o aparecimento de infecções evolução mais lenta para a fase de AIDS.
secundárias oportunista neoplasias. 
De toda forma. o paciente permanece
assintomatico por cerca de 10 anos! O máximo
que pode ter são linfonodopatias generalizadas
SINAIS/SINTOMAS: persistente (geralmente por mais de 3 - 6 meses -
elásticos. indolores, > 1 cm. principalmente em
A história natural leva ao óbito do paciente não cervical anterior ou posterior
tratado em cerca de 12 anos. Grande parte do tempo A tendência nesse momento é que o CD4 cala 50
(10 anos) ele permanece assintomatico. por ano
Podemos sintetizar a evolução em alguns estágios:
ESTÁGIO 3: FASE AIDS
A ESTÁGIO 1: SOROCONVERSÃO - INFECÇÃO O virus nunca para de se replicar. Então, chega uma
AGUDA hora que o sistema imune do hospedeiro não dá mais
Após cerca de 3 - 6 semanas da infecção primaria, o "conta". E a fase AIDS. Segundo o Ministério da
virus, por apresentar uma intensa replicação viral. leva Saúde. AIDS é definida quando o paciente apresenta
ao hospedeiro o desenvolvimento de uma "Sindrome menos de 350 CD4/mm3. Porém na prática esse
Retroviral Aguda" que dura poucas semanas, número é < 200/mm3. Com isso, podemos classificar
caracterizada por sintomas inespecíficos, semelhantes o paciente em 3 niveis até chegar a essa fase:
a infecção por mononucleose:
Febre, Rash cutâneo em tronco. Adenopatia, Assintomático - apresenta CD4 maior que
Mialgia, Faringite, Mialgia, Diarreia, Cefaleia 500/mm3
Outros achados podem incluir: sinais e sintomas Sintomas B (Fase precoce da AIDS) - apresenta
neurológicos como neuropatia periférica e CD4 entre 200 - 500/mm3
meningite asseptica 
Cerca de 3 - 6 meses após a infecção, o corpo Quais são os sintomas B (Fase precoce da AIDS)?
começa a produzir anticorpos gG anti-HIV por isso Candidiase oral: Candidiase vaginal persistente:
essa fase de chama de Leucoplasia Pilosa Oral; Neuropatia Periférica,
"soroconversão" Herpes Zoster - mais de 2 episodios em 2
diferentes dermátomos: Carcinoma cervical em
Aísley Oliveira

HPV / HIV
Situ: Purpura Trombocitopênica Idiopática: confirmação (que tem alta especificidade - p.ex. RT-
Angiomatose bacilar: Displasia ou Carcinoma in situ PCR. Imunoblot, Western-Blot ). Importante ressaltar
de colo uterino : Doença Inflamatoria Pelvica com que o HIV tem uma janela imunológica de 3 - 6 meses
abscesso Tubulo-Ovariano; Listeriose: Febre ou após a infecção, ou seja, o paciente apesar de poder
Diarreia por mais de 1 mes. transmitir o virus, não tem anticorpos - o que se
refletia antigamente em um atraso no diagnóstico. No
AIDS - apresenta CD4 menor que 200/mm3 entanto, o exame de imunoensaio está na sua quarta
Nessa fase, o paciente apresentará Doenças geração (é capaz de detectar anticorpos e o antigeno
Definidores de viral p24). - o que permite um diagnostico ja nos dez
AIDS. E qual são elas? primeiros dias de infecção! Para individuos com mais
Câncer cervical invasivo: Candidose de esôfago. de 18 meses, o ministério da saude dispoem de 6
traqueia, brônquios, pulmões: Citomegalovirose - fluxogramas diagnosticos possiveis.
excluindo figado, baço e linfonodos: Criptococose
extrapulmonar: Criptosporidiose intestinal crônica: Mas na prática, como funciona o fluxograma
Histoplasmose disseminada: Herpes simples preferencial? Didaticamente:
mucocutâneo por mais de 1 mês: Isosporidiose
intestinal crônica: Leucoencefalopatia multifocal 1ª Passo: O médico solicita Sorologia para HIV
progressiva: Linfoma primaria do cerebro: Linfoma (imunoensaio de 4ª
não Hodgkin de célula B : Linfoma maligno de geração) para os pacientes suspeitos.
células grandes ou pequenas; Linfoma maligno Resultado negativo: o laboratório libera o
imunoblástico: sarcoma imunoblástico. linfoma resultado como "Não reagente para HIV". Caso
maligno de células grandes ou linfoma haja manutenção da suspeita, deve-se solicitar um
imunoblastico: Pneumonia por Pneumocystis novo exame em 30 dias
carinii; Micobacteriose disseminada: Reativação Resultado positivo: realiza-se o teste molecular
de Chagas; Sepse recorrente por Salmonella: RT-PCR que identifica a carga viral (usando a
Toxoplasmose cerebral mestra amostra)
1. RT-PCR < 5.000: Ir para o segundo passo
ESTÁGIO 4: FASE ÓBITO 2. RT-PCR = 5.000: coleta-se uma nova amostra
sanguinea e repete-se o imunoensaio de 4ª
Cerca de 2 anos após a fase “AIDS” o paciente geração:
acaba a óbito. 
Positivo: Confirmado HIV
Negativo: indeterminado - refazer o fluxograma
DIAGNÓSTICO: em 30 dias se suspeita de infecção de HIV

2ª Passo: Exame confirmatório. O laboratório faz
Na suspeita de um paciente com HIV o médico deverá
fazer uma anamnese detalhada (buscando possiveis testes mais especificos (p.ex Imunoblot, Western-Blot)
fontes de contaminação), além de realizar um exame Resultado reagente: Confirmatório para HIV
fisico completo (incluindo fundoscopia, pesquisa de Resultado negativo ou indeterminado: refazer o
fluxograma em 30 dias se suspeita de infecção de
linfonodopatias etc). Para confirmação, existem
HIV
basicamente dois tipos de exames: os de triagem (que
tem alta sensibilidade - p.ex imunoensaio) e os de
Aísley Oliveira

HPV / HIV
E o teste rápido, o que é? Sem profilaxia: dosar a carga viral imediatamente:
E um teste que tem o resultado em cerca de 30 1. Se carga viral positiva: dosar outra imediatamente
minutos. Deve ser realizado em algumas situações 2. Se carga viral negativa ou positivo, porem com
especiais como: em locais de dificil acesso, menos de 5.000 cópias/ml: dosar outra após 4
pessoas vulneraveis, acidentes ocupacionais, semanas
gestantes que não fizeram pré-natal, pessoas que
receberam diagnóstico de qualquer DST, Se houver discordância em qualquer momento. deve-
necessidade de decisão imediata etc. E como se se solicitar uma nova carga viral imediatamente.
faz?
Se a carga viral for positiva. porém < 5.000 cópias/ml.
Coleta-se amostra de sangue (ou saliva) do paciente deve-se realizar DNA proviral, contagem de CD4 e
e São feitos dois testes principais na sequencia: avaliação clinica ampla
Teste 1 (TR1).: Se for "não reagente", o paciente é
considerado sem HIV. Se for "reagente" deve-se
fazer o Teste 2 (TR2). com a mesma amostra EXAMES COMPLEMENTARES:
Teste 2 (TR2).: Se for "reagente", fez-se o
diagnóstico. Se for "não reagente", deve-se fazer Imagine a situação: você está diante de um paciente
o fluxograma completo como explicado acima. com diagnóstico recente de HIV; que outros exames
deve solicitar na primeira consulta. para avaliar
E em menores de 18 meses como se faz o diagnóstico?
possiveis complicações e manter o seguimento
adequado? Orienta-se
Em menores de 18 meses a sorologia não tem
Hemograma: repetindo a cada 3 - 6 meses
utilidade, uma vez que representa os anticorpos
((LABORATORIES;234;Contagem de CD4).):
maternos passados pela via transplacentaria.
repetindo a cada 3-6 meses
Assim, para o diagnóstico deve-se ter 2 testes
Carga viral: repetindo sempre que os linfócitos T
moleculares (RT-PCR) com carga viral positivos. O
CD4 estiverem próximos de 350/mm3
fluxograma vai depender se a criança está em
Avaliação hepática e renal: TGO, TGP. Gama-
profilaxia antirretroviral:
GT. Fosfatase Alcalina. Ureia e Creatinina - 1 vez
Com profilaxia: fazer o primeiro teste de RT-POR
ao ano
2 semanas apos o termino da profilaxia e o outro
Glicemia de jejum: repetir a cada 4 meses se
6 semanas após o término da profilaxia
estiver usando remédio para o HIV
1. Cargas virais negativas: realizar imunensaio apos
Lipidograma completo: repetir a critério médico
18 meses para confirmar ausência de anticorpos
(LABORATORIES;14;Urina tipo1).): repetir a critério
2. Se qualquer carga viral vier positiva ou qualquer
médico
discordância: realizar outra imediatamente!
Parasitológico de fezes: repetir a critério médico
3. Se carga viral positiva, porém abaixo de 5.000
PPD: repetir anualmente se o primeiro não tenha
cópias/ml: reação
4. deve-se ver se é um falso positivo ou um Sorologia para sifilis: Solicitar VDRL e se
verdadeiro positivo. Para isso, realizar DNA positivo, confirmar com FTA-ABS. Repetir
proviral, contagem de CD4 e avaliação clinica
anualmente em sexualmente ativos
ampla
Papanicolau : a cada 6 meses para as mulheres

Sorologias para Hepatite A , Hepatite B e
Aísley Oliveira

HPV / HIV
Hepatite C TRATAMENTO:
Sorologia para Chagas
Sorologia para HTLV I e II A partir do final de 2013. O Ministério da Saúde
Citopatologia anal orienta o estimulo ao tratamento para todas as
pessoas vivendo com HIV/AIDS, independentemente
da contagem de CD4 e sintomas. Isso ajuda a diminuir
COMPLICAÇÕES: a transmissão do virus, além de aumentar a sobrevida.
Todos sao estimulados, mas alguns tem praticamente
SISTEMA NEUROLÓGICO: a necessidade de tratar, são:
1). Adenomiose Meningite criptocócica
2). Encefalite difusa - Complexo demência HIV Todos sintomáticos
3). Encefalite difusa - Citomegalovirus Todos com «LABORATORIES:234:CD4).) ≤ 500
4). Encefalite focal - Neurotoxoplasmose células/mm3
5). Linfoma Primário do Sistema Nervoso Central ((LABORATORIES:234:CD4).) > 500, com:
Carga viral > 100.000 cópias/ml
SISTEMA PULMONAR: Neoplasia não definidora de AIDS com indicação
1). Pneumonia de quimio/radioterapia
2). Sinusite e Traqueobronquite Tuberculose ativa
3). Pneumocistose (PCP) Doença cardiovascular (risco cardiovascular
4). Micobacterioses atípicas elevado > 20%)
5).Histoplasmose Co-infecção com HIV- HCV. HIV- Hepatite B
6) Criptococose CD4 indisponivel
7). Rodococose Gestantes
8). Tuberculose
9). Neoplasia -> Sarcoma de Kaposi O inicio da TARV (Terapia Antiretroviral) deve ser feito
o mais precoce possivel. No entanto, na presença de
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO: infecções oportunistas como Tuberculose e
1). Anemia Criptococose, essas devem ser tratadas antes (por um
2). Linfoma Não-Hodgkin (LNH) periodo minimo de 2 semanas), para se evitar a
Síndrome da Reconstituição Imune. Deve ficar claro
SISTEMA GASTROINTESTINAL: que todo paciente que iniciou a terapia
1). Candidiase oral /esofágica medicamentosa nunca mais deixará de tomar.
2). Leucoplasia pilosa oral Exceção apenas são as grávidas, as quais iniciaram o
3). Úlcerações por CMV e HSV tratamento apenas durante a gravidez.
4). Lesões intestinais:
Delgado: Criptosporídeio, Isosporo, Microsporideo,
MAC (M.Avium) 2° PASSO: GENOTIPAGEM PRÉ-
Cólon: CMV TRATAMENTO?

Nos EUA e Europa praticamente todos os pacientes


fazem a genotipagem do virus do HIV para avaliar
resistências farmacológicas.
Aísley Oliveira

HPV / HIV
No Brasil, a incidência de resistência primária e ainda Estavudina (d4T ) (Apresentação: comprimidos
pequena - em torno de 5%. Apesar disso, a tendência com 30 mg ou 40 mg) (Nome comercial:
atual é solicitar para todos. Se não for possivel, deve Zeritavir®) - posologia inicial: 40 mg a cada 12
se priorizar as seguintes situações: horas para pacientes com mais de 60 kg: 30 mg a
Gestantes cada 12 horas para pacientes com menos de 60 kg
Pacientes com infecção transmitido por parceiro Tenofovir (TDF) (Apresentação: comprimidos com
conhecido, com risco de resistência 300 mg) (Nome comercial: Viread®) - posologia
inicial: 300 mg, Via oral 1 vez ao dia

3° PASSO:MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS ?: Obs1: outras opções incluem Abacavir (ABC) e


Entricitabina (FTC)
Para entender o mecanismo dos medicamentos é Obs2: Existe uma apresentação chamada "Biovir®" ,
interessante rever o item "ciclo viral", na parte de muito usada, que contem 150 mg de Lamivudina e 300
diagnóstico. Isso porque os medicamentos vão agir em mg de Zidovudina, e é muito utilizado na prática - 1
diferentes momentos de sua replicação. Em resumo comprimido a cada 12 horas.
lembre o seguinte:

O virus interage com a célula CD4 através da sua gp CLASSE: INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
NÃO NUCLEOSÍDICOS
120 (presente na capsula viral), ai o gp41 se liga aos
Mecanismo de ação: Inibem a enzima viral
correceptores CXCR4 e CCR5 celulares. Isso faz com
transcriptase reversa
que o virus seja internalizado (fusão). Na sequência, a
Exemplos :
enzima viral TRANSCRIPTASE REVERSA transforma o
Efavirenz (EFZ ) (Apresentação: comprimidos com
RNA viral em DNA. Ai a INTEGRASE viral une o RNA do
600 mg) (Nome comercial: Evir® ) - posologia
virus ao DNA do hospedeiro. Por fim, as PROTEASES
inicial: 600 mg via oral 1 vez ao dia.
virais maturam as proteínas formadas
Nevirapina (NVP ) (Apresentação: comprimidos
com 200 mg) (Nome comercial: ViramudeB) -
CLASSE: INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
posologia inicial: 200 mg via oral 1 vez ao dia por
NUCLEOSÍDICOS
14 dias. após 200 mg duas vezes ao dia
Mecanismo de ação: Inibem a enzima viral
transcriptase reversa
Obs: outras opções incluem Etravirina (ETR).
Exemplos:
Delavirdina (DLV) e Rilpivirina
Zidovudina (A21) (Apresentação: comprimidos
com 100 mg ou 250 mg) (Nome comercial:
CLASSE: INIBIDORES DA PROTEASE:
Revirax® ) - posologia inicial: 200 mg via oral a
Mecanismo de ação: Inibem a enzima protease
cada 4 horas
Exemplos :
Didanosina (DDl) (Apresentação: comprimidos
250 mg ou 400 mg) (Nome comercial: Videx(B) - Indinavir (IDV ) (Apresentação: comprimidos com
posologia inicial: 200 mg 2 vezes ao dia ou 400 100 mg (200 mg/400 mg) (Nome comercial:
mg 1 vez ao dia Stocrin®) - posologia inicial: 800 mg via oral a
cada 8 horas
Lamivudina (3TC) (Apresentação: comprimidos
Ritonavir (RTV ) (Apresentação: comprimidos com
com 150 mg) (Nome comercial: Epivir®) -
100 mg) (Nome comercial: Norvir®) - posologia
posologia inicial: 150 mg Via oral a cada 12 horas
Aísley Oliveira

HPV / HIV
inicial: 600 mg, (6 cápsulas) via oral a cada 12 horas Durante o tratamento, "falha virológica" significa
Lopinavir/Ritonavir (Apresentação: comprimidos uma carga viral acima de 400 cópias/ml em 6
com 133.3 mg + 33.3 mg) (Nome comercial: meses ou acima de 50 cópias/ml em 12 meses ou
Kaletra®)) - posologia inicial: 3 cápsulas duas rebote. "Falha imunológica" consiste em não
duas vezes ao dia melhora do CD4 ou dos sinais/sintomas
Atazanavir (ATV) (Apresentação: cápsula com
300 mg) (Nome comercial: ReyatazR) - posologia Com quais drogas começar?
300 mg via oral 1 vez ao dia O tratamento inicial tem como objetivo prescrever
Darunavir (DRV ) (Apresentação: comprimido com medicamentos que sejam bem tolerados, com custo
600 mg) (Nome comercial: Prezista(B) - posologia baixo e com posologias fáceis. A partir disso, temos o
600 mg via oral a cada 12 horas esquema preferencial, para compreender facilmente:

Obs: outras opções incluem Nelfinavir (NVF). Esquema Inicial Preferencial: Associação de 2
Saquinavir (SQV), Darunavir (DRV). Fosamprenavir INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
(FPV) e Tipranavir (TPV) NUCLEOSIDICOS + 1 INIBIDOR DA INTEGRASE oU 1
INIBIDOR DA TRANSCRIPTASE REVERSA NÃO
CLASSE: INIBIDORES DA INTEGRASE NUCLEOSIDICO
Mecanismo de ação: Inibem a enzima integrase 
Exemplos : Exemplo de escolha: Tenofovir (TDF ) 300 mg 1
Raltegravir (RAL) (Apresentação: comprimidos vez ao dia + Lamivudina (3TC) 300 mg 1 vez ao
com 400 mg) (Nome comercial: Isentress®) - dia + Dolutegravir (DTG ) 50 mg 1 vez ao dia
posologia inicial: 400 mg via oral de 12/12 horas Se coinfecção com Tuberculose ou Gestação =
Dolutegravir (DTG ) (Apresentação: comprimido Tenofovir (TDF) 300 mg 1 vez ao dia + Lamivudina
com 50 mg) (Nome comercial: Tivicay® ) - (3TC) 300 mg 1 vez ao dia + Efavirenz (EFV ) 600
posologia 50 mg via oral 1 vez ao dia mg 1 vez ao dia

OUTRAS CLASSES Esquema Inicial segunda Escolha: na


Inibidor de Fusão: Enfuvirtida impossibilidade de utilizar, Dolutegravir (DTG) ou
Antagonista do CCR5: Maraviroque Efavirenz (EFV), deve-se associar um outro INIBIDOR
DA INTEGRASE OU 1 INIBIDOR DA PROTEASE
Exemplo de escolha: Tenofovir (TDF) 300 mg 1 vez
4° PASSO:COMO TRATAR? ao dia + Lamivudina (3TC ) 300 mg 1 vez ao dia +
Raltegravir (RAL ) 400 mg de 12/12 horas
O tratamento da AIDS consiste de alguns pontos
Situações especiais no uso dos antivirais?
fundamentais:
Em casos de nefropatia. alternativas ao Tenofovir
Não é uma emergência! Deve ser iniciado após
avaliação clinica e laboratorial cuidadosa (TDF ) incluem em ordem de preferência:
Deve conter ao menos a combinação de 3 Drogas, Zidovudina (AZT). Abacavir (ABC) e Didanosina
o que chamamos de HAART (Highly Active (DDI)
Em casos de Nefropatia, optar pela associação de
Antiretroviral Therapy)
Zidovudina (AZT ) e Lamivudina (3TC) como
O objetivo do tratamento é buscar uma carga viral
inibidores da transcriptase reversa nucleosidicos
indetectavel (menos de 50 cópias/ml)
Aísley Oliveira

HPV / HIV
Em casos de muitos efeitos adversos do
Dolutegravir (DTG ), optar pelo uso de Efavirenz
(EFV
Em casos de Hepatite B, optar pela associação de
Tenofovir (TDF) e Lamivudina (3TC) como inibidores
da transcriptase reversa nucleosidicos
Alternativa de escolha ao Efavirenz (EFV) em
casos de efeitos colaterais neuropsiquiátricos
importantes: Nevirapina (NVP)
Em casos de Tuberculose, o Efavirenz (EFV )
deverá compor o esquema quando possivel. E em
casos de Tuberculose com criterios de gravidade,
o Efavirenz (EFV ) deverá dar lugar ao Raltegravir
(RAL), ficando o esquema de escolha: Tenofovir
(TDF) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (RAL )
Critérios de gravidade: CD4 + < 100 células/mm3:
presença de infecção oportunista; tuberculose
disseminada: Necessidade de internação
hospitalar/Doença Grave
Deve-se ressaltar que o início da TARV (Terapia
Antiretroviral) deve ser feito o mais precoce
possivel. No entanto, na presença de infecções REFERÊNCIAS:
oportunistas como Tuberculose e Criptococose,
essas devem ser tratadas antes (por um período BEREK, J. S. Tratado de Ginecologia. 15. ed. Rio de
minimo de 2 semanas), para se evitar a Sindrome Janeiro: Grupo GEN, 2014.
da Resposta Inflamatória. HOFFMAN, B. L. et al. Ginecologia de Williams. 2.
ed. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014.
FEBRASGO. Febrasgo - Tratado de Ginecologia. 1.
ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.
BRASIL. Ministério da saúde. Protocolo clínico e
diretrizes terapêuticas para atenção integral as
pessoas com infecções sexualmente transmissíveis
(IST). Brasília, 2022
NORRIS, T. L. Porth- Fisiopatologia. 10. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2021

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