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O que é o HPV?

Índice
Introdução:.........................................................................................................................2
1-Caracterização do vírus: morfologia, estrutura, biologia do vírus e
serotipos.......................................................................................................................................3
2-Transmissão....................................................................................................................4
3-Sintomatologia................................................................................................................5
4- Prevenção......................................................................................................................6
5- Como Testar..................................................................................................................8
6- Tratamento...................................................................................................................10
7- Vacinação....................................................................................................................12
8- Doenças causadas........................................................................................................14
9-Conclusão.....................................................................................................................19
10- Webgrafia..................................................................................................................19

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Introdução:

Com a introdução ao tema da reprodução humana, na disciplina de Biologia do 12º ano de


escolaridade, foi-nos proposto este trabalho relativo a um vírus designado por HPV, vírus do
papiloma humano, pois este é um tema que está intrinsecamente interligado com a reprodução e
sexualidade.

Sendo assim, este trabalho é realizado com o intuito de aprofundar e expandir os conhecimentos
relativos a este vírus para que este seja mais conhecido por todas as comunidades, de modo a
prevenir o contágio e advertir as mesmas para os perigos associados ao vírus.

Com efeito, ao longo deste trabalho de pesquisa serão abordados assuntos relativos à definição
de HPV e sua consequente caracterização quando à sua morfologia, estrutura, biologia e serotipos;
como se dá a sua propagação; os sintomas associados à contração deste mesmo vírus e diversas
doenças que se podem desenvolver, posteriormente ao contágio; formas de prevenção, vacinação e
tratamentos possíveis, e como testarem se o vírus está presente no nosso organismo.

Assim, responder-se-á à questão inicial que titula o trabalho “ O que é o HPV?”.

Figura 1. (Fonte: Google)

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1-Caracterização do vírus: morfologia, estrutura, biologia do vírus e serotipos.

Primeiramente, para realizar-se uma análise mais pormenorizada torna-se essencial a


tomada de conhecimento a respeito de determinadas características do vírus a ser abordado,
o HPV. HPV é a sigla de Papiloma Vírus Humano (em inglês Human Papillomavirus). Este,
por sua vez, é capaz de causar um elevado número de infeções que, maioritariamente, não
apresentam quaisquer tipos de sintomas e são de regressão espontânea, isto é após um
determinado período de tempo no organismo, este acaba por eliminá-lo por completo, em
alguns casos.
Além disso, o papiloma vírus provoca tumores epiteliais e fibroepiteliais nos seus
hospedeiros naturais, além de apresentar um tropismo específico em células epiteliais
escamosas. A infeção produtiva deste vírus, dentro da célula hospedeira, pode ser dividida
em 2 estágios: precoce e tardio. Estes estão interligados com as respetivas etapas da
diferenciação celular.
Estruturalmente, o seu genoma é composto por uma dupla hélice de DNA circular, com
aproximadamente 8 mil pares de bases. Sendo este de pequenas dimensões contendo apenas
alguns genes, todos codificados na mesma cadeia.
O vírus do HVP possui uma camada designada capsídeo (o invólucro de origem
proteica que protege e facilita a sua proliferação). Este é icosaédrico (poliedro sólido de 20
faces), com um diâmetro de 50 a 60nm. O seu capsídeo, com aproximadamente 2 nm de
espessura, é composto por 72 unidades morfológicas, os capsômeros. Estes são pentâmeros
da proteína estrutural principal responsáveis pela imunogenicidade do vírus e carregam
determinantes antigênicos gênero-específicos. Tal como em todos os vírus da sua família,
quando o seu genoma, se encontra no núcleo da célula hospedeira, tem a particularidade de
se manter na forma de epissoma (o DNA viral permanece circular no núcleo da célula do
hospedeiro) e associar-se a histonas celulares de modo semelhante ao que ocorre nos
nucleossomas na cromatina.

Figura 2- Estrutura do vírus HPV.


(Fonte: Google)
O HPV é um vírus do qual são conhecidos cerca de 120 serotipos, cada um dos
quais é identificado com um número distinto (ex: HPV16, HPV18…). Parte destes tipos
de HPV podem causar “cravos” ou verrugas que, por vezes, aparecem nas mãos ou até
nos pés. Nesta definição de HPV são abrangidos mais de 100 serotipos/tipos de HPV,
40 dos quais a sua transmissão ocorre, maioritariamente, por contato sexual (os restantes

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com transmissão por contato não-sexual pessoa-pessoa). Estes 40 serotipos podem ainda
ser divididos em HPV de Alto Risco e HPV de Baixo Risco, dependendo dos efeitos
causados no organismo de cada indivíduo. Nos HPV de alto risco incluem-se os tipos 16
e 18, que são responsáveis por 75% das lesões mais graves (cancerosas). Nos HPV de
baixo risco estão incluídos os tipos 6 e 11, que são responsáveis pela maioria das
doenças benignas causadas pelo HPV, das quais as mais frequentes são os condilomas
ou verrugas genitais.

Figura 3- Diagrama relativo aos


diversos serotipos de HPV.
(Fonte: Google)

2-Transmissão

A transmissão do vírus HPV, é uma das mais comuns em todo o mundo, sendo
que se estima que 75 a 80% das pessoas com uma vida sexualmente ativa, tenham
estado em contacto com o vírus em determinada altura das suas vidas tanto homens,
como mulheres. Podem, deste modo, infetar gravemente a região genital, onde têm a
capacidade de causar infeções persistentes, originando condilomas e diversos tipos de
cancro.
O contágio deste vírus é muito fácil, frequente e comum, sendo ela feita através
do contacto sexual (tanto genital como oral) e pele a pele. Podem, assim, ser relevadas
algumas das principais doenças que o vírus HPV pode causar ao ser humano.
O HPV, pode ser transmitido de diversos modos, nomeadamente: durante a
atividade sexual através de contacto oral-genital; genital-genital ou manual-genital,
constituindo cerca de 90% dos casos de HPV. Até mesmo a masturbação pode levar ao
contágio.

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Este vírus fica alojado em qualquer parte da região genital, não só na vagina
como no pênis. Outras zonas como vulva, períneo, escroto e região púbica também
podem alojar o HPV. Sendo por isso que o preservativo ajuda a evitar a doença, mas
não anula o risco de contágio (tópico a abordar posteriormente).
Além disso, outras formas de transmissão, no entanto mais raras é por exemplo a
utilização de objetos contaminados pelo vírus; o uso de sanitários não higienizado; o
compartilhamento de roupa íntima e a utilização de espéculos ou materiais
ginecológicos não esterilizados. A transmissão vertical (da mãe para o bebê durante o
parto) também pode ocorrer no entanto considera-se como uma situação bastante rara.

Figura 4- Representação de um tipo de


transmissão do HPV (Relações sexuais).
(Fonte: Google)

Figura 5- Transmissão de Figura 6- Transmissão


HPV através do uso sanitário. Vertical do HPV.
(Fonte: Google) (Fonte: Google)

3-Sintomatologia

O HPV, após o seu alojamento no organismo humano pode desencadear


sintomas ou não. Assim, o vírus provoca frequentemente uma infeção silenciosa em
que muitos dos infetados não têm sintomas nem sinais óbvios (o próprio sistema
imunológico tem a capacidade de o eliminar antes que se desencadeie qualquer
sintoma). No entanto, mesmo assim, por vezes encontram-se presentes as verrugas
mas não são visíveis por se encontrarem numa parte interna do corpo ou por serem
muito pequenas.
Por outro lado, existem sintomas visíveis, facilmente identificáveis e
percetíveis, tais como casos mais simples, como por exemplo lesões como por

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exemplo: verrugas externas e pequenas, que na fase inicial podem passar
despercebidas. Estas progridem e disseminam-se progressivamente, podendo ocupar
toda a área genital. Esses sintomas demoram entre seis meses a dois anos para
desaparecer.
Nas mulheres, as verrugas podem aparecer na vulva, vagina, colo do útero,
ânus e canal anal. Nos homens, podem aparecer no pênis, escroto, ânus e canal anal.
Estas são uma espécie de “bolinhas” de fácil transmissão que podem ser brancas,
marrons, vermelhas e assemelham-se a uma “pequena couve-flor”, que pode aumentar
de tamanho espalhando-se, tanto no sexo feminino como no masculino. Nas pessoas
com a imunidade comprometida, essas verrugas podem crescer demais e voltar
facilmente, mesmo após tratamento.
Um caso mais raro, o aparecimento de HPV na boca, geralmente ocorre por
meio do contato oral-genital, sendo que as lesões apresentadas podem aparecer na
boca e na garganta, podendo desenvolver, posteriormente, cancro em ambas as zonas.
Esta condição abrange os homens com maior frequência.

Figura 7- ilustrações de verrugas em


diversos locais do corpo.
(fonte de todas as imagens: Google)
4- Prevenção
O Papilomavírus humano, pode ser prevenido, através de
cuidados de saúde pública e da aquisição de protocolos para evitar a
proliferação do vírus. Assim, foram adotadas medidas pelas entidades
responsáveis no domínio da saúde que cada indivíduo deve cumprir.
Desta forma, a prevenção do HPV efetua-se através de diversas
medidas nomeadamente: a utilização do preservativo, que previne vários

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tipos de doenças sexualmente transmissíveis tais como o HPV; fazer a
vacina contra o vírus, consoante a recomendação médica; comunicar com

o parceiro(a) relativamente às doenças de transmissão sexual e a


sua consequente prevenção; e por fim, a realização regular por parte da
mulher de um exame ginecológico e de a uma colpocitologia (teste
papanicolaou) e /ou teste de HPV-DNA, se recomendado e disponível,
mesmo que já tenha feito a vacina.

De facto, a vacina contra o HPV é


considerada a medida mais eficaz para
prevenção contra a infeção, pois atinge-se
uma “imunidade de grupo”. A vacina é
distribuída gratuitamente pelo SNS e é
recomendada particularmente: a meninas de
idades compreendidas entre os 9 e 14 anos e
meninos entre os 11 e os 14 anos; pessoas que
sofrem de HIV (Vírus da imunodeficiência
humana);e pessoas transplantadas incluídas na
faixa etária de 9 a 26 anos.
Todavia, salienta-se o facto de que a
vacina não é um tratamento, não sendo eficaz
Figura 8- Vacina
contra infeções ou lesões por HPV já contra o HPV.
existentes. (Fonte: Google)

Além disso, o exame preventivo


“papanicolau” supra referido, é um exame
ginecológico comum utilizado com o intuito
de identificar de lesões originárias do cancro
do colo do útero. Este exame é capaz de
detetar células anormais no revestimento do
colo do útero, que podem ser tratadas, antes
que se desenvolva cancro na zona. O
“papanicolau” não é capaz de diagnosticar a
presença do vírus, contudo, é considerado o
melhor método para identificar a presença de
cancro do colo do útero e lesões precursoras
do mesmo.
Quando estas são corretamente Figura 9- Exame
identificadas e tratadas é possível prevenir papanicolau.
100% dos casos, por isso é extremamente (Fonte: Google)
importante que as mulheres façam o exame de
“Papanicolau” regularmente.

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Como já foi referido anteriormente a
utilização do preservativo, feminino ou masculino, é
outra importante forma de prevenção do HPV. No
entanto, a sua utilização, apesar de prevenir a
maioria das DST( doenças sexualmente
transmissíveis) , não impede totalmente a infeção
pelo HPV, pois as lesões estão presentes,
maioritariamente, em zonas não protegidas pelo
preservativo (vulva, região púbica, perineal ou
escroto). O preservativo feminino, que abrange
também a vulva, evita mais eficazmente o contágio
se utilizada desde o início da relação sexual.
Figura 10- Método
Na região autónoma dos Açores, neste caso, contracetivo, contra o HPV.
na ilha do Faial, o acesso ao preservativo gratuito é
(Fonte: Google)
bastante simples, sendo que o centro de Saúde da
ilha fornece os mesmos a qualquer indivíduo que vá
ao local e peça.

5- Como Testar

Como já foi referido, o vírus do HPV, é capaz de causar sintomas ou apenas


permanecer no organismo, sem manifestar-se. No entanto, é importante tomar
conhecimento, relativamente ao facto de podermos ter contraído o vírus. Deste modo, a
melhor forma de saber se uma pessoa tem HPV é através de exames de diagnóstico que
incluem observação de verrugas, realização do exames: papanicolau, peniscopia, captura
híbrida, colposcopia ou exame sorológico, que podem ser solicitados pelo ginecologista, no
caso da mulher, ou no caso do homem, por um urologista.
Após a receção dos resultados obtidos nos exames, caso testem positivo, significa
que a pessoa possui o vírus, mas não necessariamente apresenta sintomas ou risco de
desenvolver cancro. Assim, pode não ser necessária a realização de tratamento. Por outro
lado, quando o exame para HPV é negativo, significa que a pessoa não está infetada pelo
vírus.
Em primeiro lugar, através da avaliação Clínica, há a realização de um diagnóstico
inicial do HPV que é efetuado pelo infectologista, ginecologista ou urologista através da
observação da região genital com o objetivo de identificar a presença de lesões ou verrugas
indicativas de infeção pelo HPV. No caso dos indivíduos do sexo masculino, o médico pode
ainda realizar uma peniscopia, que é um exame em que o médico utiliza um aparelho
semelhante a uma lupa, para procurar pequenas lesões no pênis que possam ser indicativas
da presença do vírus. Em caso de suspeita, é feita uma pequena raspagem do local e o
material é enviado para análise laboratorial.

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Figura 11 – Verrugas na mão. Figura 12- Verrugas genitais.
(Fonte: Google) (Fonte: Google)

Em segundo lugar, podem ser realizados os exames preventivos de rotina,


nomeadamente o “papanicolau” e a colposcopia, no caso as mulheres tendo estes como
objetivo identificar alterações na região externa e interna do órgão genital que possa ser
indicativo de infeções ou mesmo cancro do colo de útero. O papanicolau consiste na
realização de uma raspagem do colo do útero, com auxílio de um instrumento semelhante a
um cotonete, retirando uma amostra que é enviada para analisar em laboratório. No entanto,
este exame não confere certezas sobre a existência de cancro do colo do útero. Por isso, pode
ser também realizado o exame de colposcopia, ou seja, a observação do colo do útero com
um colposcópio em que é aplicado um contraste no colo do útero com o objetivo de
identificar lesões que não são visíveis a olho nu e retirar uma porção dessa lesão para que
seja possível observar as células do local com mais detalhes. Normalmente esse exame é
indicado quando há visualização de células alteradas no microscópio, sendo então possível
sugerir infeção pelo HPV.

Figura 13 – Instrumento utilizado Figura 14 – Colposcopia.


para a realização do exame papanicolau. (Fonte: Google)
(Fonte: Google)

Além disso, realizam-se exames de sorologia, que são normalmente solicitados com
o intuito de identificar anticorpos circulantes no organismo contra o vírus HPV, podendo o
resultado ser indicativo de infeção ativa pelo vírus ou ser apenas consequência da vacinação.
Apesar da baixa sensibilidade desse teste, a sorologia para HPV é sempre recomendada pelo
médico na investigação da infeção por esse vírus. Isto, visto que de acordo com o resultado
do exame pode ser avaliada a necessidade de realizar outros exames.

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Figura 15 – Exame
de sorologia.
(Fonte: Google)

Além disso, existe a captura híbrida que é um teste molecular mais específico;
pode ser utilizado para identificação do vírus, porque é capaz de identificar a presença
do HPV no organismo mesmo que não existam sinais e sintomas aparentes da presença
da doença provocada. Este teste consiste em retirar pequenas amostras das paredes da
vagina e do colo do útero, que são enviadas para o laboratório sendo estas analisadas
com o objetivo de identificar o material genético do vírus na célula. Este exame é,
normalmente, realizado quando são verificadas alterações no exame de papanicolau
e/ou colposcopia.
De forma a complementar o exame de captura híbrida, pode ser também realizado o
exame molecular PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase), pois por meio desse
teste é possível também verificar a quantidade de vírus no organismo, de forma que o
médico pode verificar qual a gravidade da infeção e, indicar o tratamento que mais se
adequa à diminuição do risco de complicações, como os casos de cancro.

Figura 16 – Exame de
captura híbrida.
(Fonte: Google)

6- Tratamento
Após realização dos testes sugeridos pelo médico para diagnosticar a existência
do vírus HPV no organismo, devem ser seguidos determinados tipos de tratamentos que
mais se adequem a cada um. Deste modo, o tratamento para o HPV tem como objetivo
eliminar as verrugas, podendo variar de acordo com a quantidade das mesmas, local
onde estão alojadas e forma que possuem, sendo importante que o tratamento seja feito
de acordo com a orientação do ginecologista ou urologista.
Assim, conforme as características das verrugas do HPV, o médico pode
recomendar o uso de remédios em forma de pomada, crioterapia, tratamento com laser
ou realização de cirurgia nos casos em que as verrugas são muito grandes.

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Independentemente do tratamento indicado, é importante que a pessoa possua
cuidados especiais em relação à sua higiene íntima, nomeadamente o uso do
preservativo no momento da relação sexual, verificando sempre se este cobre a zona
onde se encontram as verrugas. Além disso, é indispensável que o parceiro seja avaliado
por um médico para verificar se já contraiu o vírus e se sim, iniciar o tratamento.

Desta forma, pode recorrer-se ao uso de


medicamentos, em forma de pomada/creme, de
modo a tentar eliminar as verrugas. Esta é a forma
mais utilizada de tratamento, sendo que este pode
variar dependendo do formato, quantidade e local
onde se encontram as verrugas. Deste modo,
alguns dos medicamentos que podem ser
utilizados são por exemplo: o Podofilox, o Ácido
tricloroacético e o Imiquimode. Em alguns dos
casos, o médico pode receitar a utilização de
Figura 17 – Verrugas. interferon para complementar o tratamento
(Fonte: Google) fornecendo um bom funcionamento do sistema
imunitário.

Apesar de se utilizar os medicamentos, pode


ser necessária a intervenção cirúrgica, para a
consequente remoção das verrugas causadas pelo
HPV. Neste caso, devido à falta de eficiência por
parte da utilização dos medicamentos, ou quando as
verrugas são muito grandes ou quando a pessoa tem
tendência para sangramentos, podendo ser realizada
no consultório médico ou hospital. Além disso a
cirurgia também é recomendada quando são
identificadas lesões de alto grau causadas pelo
vírus no útero, o que aumenta o risco de
Figura 18 - Cirurgia desenvolvimento de cancro do colo de útero.
para remoção de verrugas.
(Fonte: Google)

Outro tipo de tratamento recomendado é a


cauterização do colo do útero, sendo um tipo de
tratamento principalmente quando é verificado no
exame papanicolau, no caso das mulheres, a
presença de lesões uterinas causadas pelo HPV,
mesmo que não existam verrugas genitais. Nesse
procedimento tem-se como intuito o tratamento
das lesões e evitar a sua progressão, evitando o
desenvolvimento de cancro. Assim, o médico
queima as lesões identificadas no exame,
permitindo que células saudáveis se desenvolvam
no local.
Figura 19 - Cauterização.
(Fonte: Google)
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Além disso, a crioterapia é também
uma opção de tratamento para as verrugas
causadas pelo HPV. Este consiste em
realizar o “congelamento” da verruga
através da utilização de nitrogênio líquido,
sendo indicada para verrugas mais
externas. A crioterapia deve ser realizada
no consultório médico e pode fazer com
que a verruga "caia" em alguns dias.

Figura 20 - Tratamento por


crioterapia para remoção de verrugas.
(Fonte: Google)

Quando o tratamento é feito de forma adequada podem surgir sintomas de


melhora do HPV como diminuição do número e tamanho das verrugas, diminuindo
também o risco de transmissão do vírus. No entanto, as verrugas podem voltar a surgir
pois o vírus fica adormecido no organismo, não sendo instantaneamente eliminado após
o tratamento das verrugas.
Contrariamente, quando o tratamento não é realizado de acordo com a
recomendação do médico, é possível observar o surgimento de mais lesões, além de
haver maior probabilidade de desenvolvimento de complicações, incluindo o cancro.

7- Vacinação
Como forma de prevenir e reduzir os efeitos colaterais da doença do HPV,
foram criadas vacinas, entre elas: a vacina bivalente que protege contra os tipos de HPV
16 e18; a vacina quadrivalente que protege contra os tipos de HPV 6,11,16 e 18; e por
fim a vacina nonavalente que protege contra 9 tipos de HPV (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45,
52, 58).
A vacinação para prevenção do vírus do papiloma humano, responsável por uma
das infeções de transmissão sexual mais comuns em todo o mundo, iniciou-se em
outubro de 2008, com a administração de três doses às raparigas com 13 anos de idade.
A vacina foi criada para que houvesse prevenção de lesões pré-cancerosas e
cancro do colo do útero e ainda da vulva, vagina e ânus. Previne ainda as verrugas
genitais associadas aos genótipos contidos na vacina. O cancro do colo do útero é
considerado o segundo tipo de cancro mais frequente na mulher e, em quase 100% dos
casos, deve-se a uma infeção anterior por vírus do papiloma humano.
Atualmente, apenas a vacina nonavalente se encontra disponível em Portugal.
Dentro dos vários tipos de HPV os 16 e 18 são os mais frequentes e responsáveis por
75% dos casos de cancro do colo do útero. Estão igualmente associados a outros
cancros (vagina, ânus, cabeça e pescoço e outros), ainda que estes tenham outras causas
para além da infeção por HPV. Os tipos de HPV 6 e 11 são responsáveis por 90% dos
condilomas acuminados genitais (também designados por verrugas genitais), por 25%
de outras lesões sem potencial oncológico e por 100% da papilomatose laríngea, que é
uma doença rara na criança ou no adulto, mas extremamente grave.

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Em janeiro de 2009 iniciou-se uma campanha a nível nacional de vacinação
destinada às jovens nascidas entre 1992 e 1994, e que foram vacinadas respetivamente
em 2009, 2010 e 2011. A vacina utilizada era uma vacina quadrivalente (HPV4), que
conferia proteção contra quatro serotipos do vírus, dois dos quais os mais associados ao
cancro do colo do útero. Em 2014, a vacina HPV passou a ser recomendada no âmbito
do PNV (Programa Nacional de Vacinação) às raparigas dos 10 aos 13 anos de idade
tendo sido estipuladas duas doses.
Entretanto, a evolução tecnológica, permitiu lançar a vacina HPV nonavalente
(HPV9), que passou a conferir proteção contra nove serotipos do vírus, o que aumentou
a proteção para cerca de 90% dos tipos de vírus do papiloma humano associados ao
cancro do colo do útero e contra outros cancros anogenitais. Esta vacina contra o HPV
mostrou-se muito eficaz na prevenção das lesões pré-cancerosas do colo do útero, vulva
e vagina.
A vacina HPV9 foi introduzida em 2017 no PNV para administração às
raparigas de 10 anos de idade, de forma a otimizar o seu grau de proteção. Assim, a
vacinação contra o vírus do papiloma humano e o rastreio regular do cancro do colo do
útero em todas as mulheres constituem ótimos meios de prevenção e intervenção
precoce no desenvolvimento do cancro do colo do útero.
Em Portugal, na Região Autónoma nos Açores, a vacina é administrada a
meninas de idades compreendidas entre os 9 e 14 anos e meninos entre os 11 e os 14
anos; pessoas que sofrem de HIV (Vírus da imunodeficiência humana);e pessoas
transplantadas incluídas na faixa etária de 9 a 26 anos.

Figura 21. (Fonte: Google)

Figura 22. (Fonte: Google)

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8- Doenças causadas
Como é evidente, o papiloma vírus humano é um vírus de alto contágio sendo que,
infelizmente tem a capacidade de desenvolver doenças com consequências bastante graves.
Desta forma, algumas são: infeções; cancro do colo do útero; cancro do ânus; cancro da
vagina; cancro do pénis; cancro da vulva, e verrugas ou condilomas genitais.
Cancro do Colo do Útero
Em primeiro lugar será abordado o cancro do colo do útero, este tem na sua origem a
infeção pelo HPV de alto risco. Este vírus transmite-se pelo contacto sexual, com grande
facilidade.
Perguntamo-nos, quais são aquelas em quem a infeção desaparece e quais em quem
persiste e pode evoluir para cancro? No entanto, não podemos saber, ao certo, pois todas as
mulheres são suscetíveis. Tudo depende do(s) tipo(s) de vírus infetante(s) e das defesas
naturais da mulher.
As fases iniciais deste tipo de cancro não dão qualquer sinal ou sintoma. Todavia,
quando o tumor se desenvolve, vai se expandindo progressivamente e a determinada altura
podem, até surgir sintomas. Estes podem ser perdas de sangue no decorrer de relações
sexuais ou corrimento abundante com ou sem sangue, mas de cheiro intenso, seguidas de
perdas de sangue espontâneas. Posteriormente, podem também surgir dores e outras
alterações, dependendo das estruturas atingidas.
O cancro do colo do útero pode ser identificado perante uma citologia anormal,
poderá ser feita uma colposcopia. Pode ser necessária, a biopsia para determinação da lesão
presente e ponderar o melhor tratamento.

Figura 23 – Diferença entre um colo do Figura 24 – Imagem real do colo do útero


útero saudável e um atingido pelo cancro. infetado.
(Fonte: Google) (Fonte: https://www.hpv.pt/o-que-e-o-hpv/ )

Cancro do Ânus

Em segundo lugar abordar-se-á o cancro do ânus, sendo que cerca de 84% dos
casos são causados pelo HPV. Deste modo, o ânus é uma estrutura muscular, que
funciona com esfíncter (um músculo de fibras circulares concêntricas dispostas em
forma de anel) e controla a eliminação das fezes. Os tumores nesta zona, são
relativamente raros, no entanto, a sua incidência tem aumentado, ultimamente. Este

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tipo de cancro é, normalmente, mais frequente no sexo feminino do que no sexo
masculino, mas o grupo de incidência mais elevada são os homens que têm relações
sexuais com indivíduos do mesmo sexo. Desta forma, alguns fatores de risco a registar
são por exemplo: a prática de sexo anal, múltiplos parceiros sexuais, história prévia de
doença por HPV no companheiro ou companheira, tabagismo e fístulas anais crónicas.
  
Relativamente à sintomatologia do cancro do ânus, podem ser causadas lesões
iniciais que não desenvolvam sintomas percetíveis. Por outro lado, podem manifestar-se
sintomas, com prurido ou ardor, dor, hemorragia e, nas fases mais avançadas,
impossibilidade para controlar a saída das fezes. Quando existe presença do tumor pode
ser notória conforme as dimensões que este apresenta.
Quando os sintomas são visualmente identificáveis o indivíduo deve marcar,
com urgência, uma consulta. O diagnóstico faz-se pela observação e toque retal, podendo
ser indispensável uma anuscopia ou proctoscopia (exame endoscópico) que permite fazer
uma biopsia a qualquer lesão, que o justifique.

Para evitar o cancro do ânus, deve-se utilizar o preservativo que permite uma
proteção considerável. Além disso, a vacina quadrivalente tem resultados de eficácia em
homens na prevenção das lesões anais pré-cancerosas que são extrapoláveis para a vacina
nonavalente. No grupo de indivíduos do sexo masculino, que têm relações sexuais com
parceiros do mesmo sexo, a vacina revelou resultados bastante eficazes.

Figura 26. (Fonte:


Figura 25. (Fonte: Google) https://www.hpv.pt/cancro-do-
anus/ )

Cancro da Vagina

As lesões pré-cancerosas e cancerosas da vagina são muito raras. Decorrem da


infeção genital por tipos de HPV de alto risco, principalmente o 16 e 18, que são os mais
prevalentes.
Numa fase inicial da doença pode não haver presença de qualquer tipo de
sintomas. Só através da citologia e do exame clínico com recurso à colposcopia, é que
pode ser identificada qualquer lesão, e desta forma poder ser realizada a biopsia. O cancro

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numa fase pouco desenvolvida, pode não apresentar sintomas, mas conforme cresce pode
provocar perdas de sangue durante as relações sexuais e corrimento de cheiro intenso.
Numa fase mais avançada podem acontecer perdas sanguíneas mais ou menos abundantes
e até a proliferação das lesões ocupando a totalidade da vagina e invadindo órgãos
vizinhos.
O diagnóstico deste tipo de cancro é sempre realizado por biopsia que, nas
lesões iniciais, é orientada pela colposcopia. É deste modo, essencial, a observação regular
e o recurso ao rastreio com citologia que permite suspeitar da presença de uma lesão pré-
cancerosa, podendo ser assim evitado o aparecimento do cancro.

Figura 27- Cancro da Vagina.


(Fonte: Google)

Cancro do Pénis

O tumor do pénis é raro, podendo aparecer em cerca de 1 em cada 100.000


homens (número que se encontra estabilizado desde 1980). Este tumor tem um maior pico
de incidência em homens com idade por volta dos 60 anos, embora possa afetar homens
de qualquer faixa etária. O cancro do pénis manifesta-se através de uma lesão cutânea que
pode ou não ter relação com o vírus do papiloma humano. Nem todas as lesões que
aparecem no pénis são tumores malignos, não obstante, se aparecer uma área da pele que
mudou de cor ou se tornou mais espessa, um nódulo duro ou uma ferida/úlcera persistente,
deve-se procurar um médico de forma a excluir uma lesão maligna. Quando não existem
certezas em relação ao diagnóstico, pode ser necessário a realização de uma biópsia.
Este tipo de tumor tem grande tendência para se desenvolver ao nível da glande
e do prepúcio, embora possa crescer em qualquer local do órgão copulador. Quando
começa o maior desenvolvimento do tumor, podem ser invadidos inicialmente os gânglios
inguinais (ao nível da virilha) e posteriormente os gânglios pélvicos e outros órgãos como
o fígado e o pulmão podem ser atingidos gravemente.
Em caso de dúvida em relação à existência de gânglios inguinais pode recorrer-
se a exames de imagem, tal como quando existem gânglios com dimensões e
características que façam suspeitar de que o tumor pode estar a disseminar-se por outros
órgãos que não apenas o pénis.
No caso do cancro de pénis, a taxa de cura tem vindo a progredir positivamente
nos últimos anos pois existe um maior conhecimento da doença, diagnóstico precoce,
avanços tecnológicos, e tratamento especializado em centros de excelência. O objetivo do
tratamento consiste em remover todo o tumor e preservar o máximo possível do pénis.

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Quando o tumor é limitado à glande ou à pele que a recobre, é de pequenas dimensões e
não invade estruturas profundas, pode realizar-se um tratamento não cirúrgico com
agentes de aplicação tópica ou laser. Todavia, tumores de maiores dimensões ou invasivos
implicam uma intervenção cirúrgica com remoção parcial ou total do pénis.
No sentido de prevenir esta doença, as variações mundiais de taxas de cancro
do pénis sugere que muitos destes casos podem ser previstos. Assim, fatores de risco
conhecidos são: falta de higiene, o HPV (responsável por cerca de 40% dos casos) e o
tabagismo, sendo que estes devem ser hábitos a melhorar. Alguns estudos sugerem que
homens circuncidados terão menos risco, mas não é uma opinião totalmente consensual.

Figura 28 – Cancro de Pénis.


(Fonte: Google)

Cancro da Vulva

A vulva é um órgão externo que pertence ao sistema reprodutor feminino, e


também pode ser, igualmente atacado pelo vírus HPV, desenvolvendo-se assim o cancro
da vulva. Lesões pré-cancerosas (VIN) e cancerosas da vulva são relativamente raras, mas
com incidência crescente. Estas podem ter etiologias bastante divergentes: podem estar
relacionadas com a infeção por alguns tipos de HPV de alto risco e que são responsáveis
por aproximadamente 40% dos cancros da vulva, ou então, contrariamente, podem estar
relacionadas com processos inflamatórios vulvares crónicos.
O prurido vulvar crónico é bastante típico das lesões da vulva. Este tipo de
cancro, é raramente assintomático, sendo que a presença de uma lesão branca,
avermelhada ou com pigmento escuro deve ser valorizada. Não existem aspetos clínicos
específicos das lesões pré-cancerosas, mas as lesões são frequentemente elevadas,
papulares e muitas vezes pigmentadas.
A observação clínica cuidadosa e a ampliação com lupa ou colposcópio podem
ser fundamentais e úteis, respetivamente. No entanto, não existem exames indispensáveis
ao diagnóstico. Quando as lesões não regridem ou se agravam, no tamanho, cor ou
integridade da superfície, devem ser biopsadas, para se obter um diagnóstico.
Assim, a valorização do prurido vulvar ou de alterações da vulva podem levar
ao diagnóstico mais precoce das lesões iniciais e ao seu tratamento, evitando assim o
desenvolvimento do cancro.

Figura 29 – Cancro da Vulva.


(Fonte: Google)

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Condilomas ou verrugas nos genitais

As verrugas genitais ou condilomas acuminados são lesões de transmissão


sexual, que em 90% dos casos resultam da infeção pelos tipos 6 e 11 do HPV. Estas
podem surgir em homens e mulheres, em qualquer área de contacto sexual.
No sexo feminino as localizações mais frequentes são a vulva e região anal,
podendo ocorrer na vagina e no colo do útero, sendo estes últimos dois mais raros. No
homem heterossexual é mais frequente na glande, mas pode localizar-se na uretra, pele do
pénis, do escroto e circundante. Nos homens que praticam relações sexuais com
indivíduos do mesmo sexo, aparecem na zona genital e canal anal. São lesões benignas,
que podem desaparecer sem tratamento, mas que podem progredir com rapidez,
aumentando em número e volume.
Os condilomas ou verrugas genitais, constituem a infeção sexualmente
transmissível mais frequente e afetam principalmente jovens com idade inferior a 25 anos,
no entanto podem ocorrer em qualquer idade.

Figura 30. Figura 31.


(Fonte: https://www.hpv.pt/condilomas-ou- (Fonte: https://www.hpv.pt/condilomas-ou-
verrugas-nos-genitais/ ) verrugas-nos-genitais/ )

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9-Conclusão

Com este trabalho de pesquisa relativo ao Papilomavirus humano, foi possível obter
os conhecimentos essenciais em relação a diversos aspetos do mesmo. Desta forma,
conhecida a biologia e morfologia deste vírus, os diversos tipos do mesmo, como se
dissemina, a sintomatologia e doenças posteriormente desenvolvidas.
Concluo com estes tópicos que embora o vírus do HPV não tenha uma estrutura
muito complexa, comparativamente com outros seres vivos, tem um poder de contágio e
um impacto muito grave no organismo humano, sendo que as doenças maioritariamente
desenvolvidas por este podem atingir proporções bastante indesejáveis.
Além disso, através do estudo dos principais métodos de prevenção contra este vírus,
chega-se facilmente à conclusão de que através da utilização de métodos contracetivos e da
vacinação é possível evitar algumas consequências posteriores ao contágio. Assim, em
Portugal, felizmente o acesso à vacina é gratuito, em determinadas idades e condições de
saúde, sendo que todos, atualmente, têm a oportunidade de a ela aceder.
Em suma, todo este tema de saúde pública é bastante preocupante, e por isso mesmo
deve ser bastante divulgado, principalmente aos jovens para que tomem as medidas
necessárias à sua proteção contra este vírus, que embora seja algo de pequenas dimensões,
pode atingir proporções enormes a nível global.

10- Webgrafia

Exame imagem e laboratório. HPV: O QUE É, SINTOMAS, TRANSMISSÃO E


PREVENÇÃO. https://laboratorioexame.com.br/saude/tudo-sobre-hpv (5 de dezembro
de 2021)

HPV e quê? (2019) O que é o HPV?. https://hpveque.hpv.pt/hpv-o-que-e.html ( 5 de


dezembro de 2021)
HPV info (Debora Rapaport) HPV Livro: 2. Biologia do
HPVhttps://hpvinfo.com.br/hpv-livro-2-biologia-do-hpv/ ( 5 de dezembro de 2021)
Liga Portuguesa contra o Cancro (2021) HPV. https://www.hpv.pt/o-que-e-o-hpv/( 4 de
dezembro de 2021)
SNS 24 (10/11/2021) Vírus do Papiloma Humano (HPV)
https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/virus-do-papiloma-humano-hpv/
#sec-5 (4 de dezembro de 2021)

Ministério da Saúde. HPV: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e


prevenção. https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv( 6 de dezembro de 2021)
Portal Educação (2020) Papilomavírus humano –
HPV.https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/papilomavirus-
humano-hpv/33835 (5 de dezembro de 2021)

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Serviço Nacional de Saúde. Vacinação contra o HPV.
https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/11/09/vacinacao-contra-o-hpv/( 6 de dezembro de
2021)
Scielo Brasil Human papillomavirus and cervical
neoplasiahttps://www.scielo.br/j/csp/a/XVHZYXNwmNPtY9CVhPrqvXn/?lang=pt (5
de dezembro de 2021)
Tua saúde. 4 exames que confirmam o HPV. https://www.tuasaude.com/exames-para-
hpv/ ( 6 de dezembro de 2021)
Tua saúde. Tratamento para HPV: remédios, cirurgia e outras opções.
https://www.tuasaude.com/tratamento-do-hpv/( 6 de dezembro de 2021)

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