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Cabeça e Pescoço
Tireoide:
❖ Localização habitual: região anterior e inferior do
pescoço.
• Nível C5 a T1, delimitada lateralmente pelas
carótidas, abaixo da proeminência laríngea.
• Peso: varia entre 10 a 20g.
• Dimensões: 4,0 x 2,0 x 1,5-2,0 cm.
• Lobos direito e esquerdo unidos pelo istmo (ponte de
tecido tireoidiano), que une os terços inferiores dos
lobos e recobre os anéis traqueais.
• OBS.: as paratireoides situam-se na porção posterior
dos lobos tireoidianos (2 em cada lobo).
ULTRASSONOGRAFIA:
❖ Indicações:
• Identifica alterações difusas e nódulos da tireoide;
• Avalia probabilidade de malignidade de lesões;
• Guia PAAF;
• Determina a extensão regional de tumores;
• Rastreia recidiva tumoral pós tratamento cirúrgico.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
❖ Doenças
difusas –
Objetivos da
US:
BÓCIO MULTINODULAR
DOENÇA DE GRAVES
US + Doppler. Aumento volumétrico da glândula, que
se apresenta heterogênea e hipoecogênica +
aumento da vascularização e da velocidade do fluxo
das artérias.
NÓDULOS
❖ Achado bastante comum: 4-8% da população tem nódulos palpáveis e 50% tem nódulos identificáveis
na autópsia.
❖ US: 40% apresenta nódulos tireoidianos.
❖ Achado muitas vezes incidental em outros exames de imagem (TC e RM).
❖ É importante saber diferenciar nódulos benignos de nódulos malignos.
❖ Câncer da tireoide:
o 2 casos/100.000 homens.
o 11 casos/100.000 mulheres.
o Relativamente frequente nas mulheres.
Nódulos:
• Hiperplasia;
• Adenoma;
• Carcinoma:
o Papilífero;
o Folicular;
o Medular;
o Anaplásico.
Sinais de malignidade:
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• Sólido;
• Hipoecoico;
• Contornos imprecisos;
• Presença de microcalcificações;
• Vascularização central;
• Presença de linfonodomegalias.
TI-RADS:
PET-CT:
❖ Exame que pode ser utilizado para identificação de metástases, não mais para estadiamento.
❖ Na imagem abaixo, as áreas com hipercaptação representam áreas de metástases ósseas de um
paciente que já apresentava o diagnóstico de Ca folicular da tireoide.
ULTRASSONOGRAFIA E CINTILOGRAFIA:
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Seios da Face:
❖ Os seios paranasais são cavidades aéreas localizadas ao redor da cavidade nasal, com a qual se
comunicam através de óstios (aberturas).
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
1. Seio frontal
2. Células etmoidais
3. Seio maxilar
4. Concha nasal média
5. Concha nasal inferior
6. Septo nasal
❖ A drenagem do seio maxilar para o meato médio se dá por meio do óstio meatal, localizado no
infundíbulo maxilar. Repare que o óstio é bastante estreito, logo qualquer inflamação da mucosa
nessa região, pode levar à obstrução do óstio, impedindo a drenagem de secreções, que se acumulam
no seio e podem infectar-se → sinusite.
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1. Células etmoidais
2. Concha nasal superior
3. Concha nasal média
4. Concha nasal inferior
5. Seios maxilares
1. Seios esfenoidais
2. Fossas nasais
3. Concha nasal inferior
❖ Na maioria das vezes, o diagnóstico de sinusite (rinossinusite) é puramente clínico, não necessitando
de exames complementares. Porém, em alguns casos, podem ser solicitadas TC ou radiografias para
a avaliação dos seios da face, principalmente se suspeita de complicações.
INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS:
❖ Frontonaso (ou Caldwell):
• Feixe PA, paciente encosta a testa e o nariz na região de projeção.
• Permite uma ótima avaliação dos seios frontais e dos seios maxilares.
❖ Mentonaso (Waters):
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❖ Perfil:
• Permite uma melhor avaliação dos seios esfenoidais e das células etmoidais, apesar da
sobreposição óssea.
SINUSITE ESFENOIDAL
❖ Diagnóstico é clínico.
❖ TC: mais indicada tanto para o diagnóstico quanto para avaliação de complicações, se necessário.
❖ TC axial (janela óssea): repare que o seio esfenoidal direito está completamente preenchido por
secreções. Então, estamos diante de uma região que era para estar aerada, circundada por osso,
mas que, na realidade, está contendo secreções → sinusite esfenoidal à direita.
❖ TC coronal (janela óssea): obliteração do seio esfenoidal direito, compatível com sinusite esfenoidal
com base na história clínica.
❖ Esse quadro é importante, uma vez que, se não for identificada corretamente a causa dessa sinusite,
por mais que o paciente seja tratado com antibiótico, ele poderá apresentar sinusites de repetição.
❖ Na maioria das vezes, a clínica e as alterações radiográficas não são compatíveis com sinusite. Não
há espessamento do revestimento mucoso, nível hidroaéreo ou bolhas de permeio, apenas cistos.
❖ É uma alteração benigna da mucosa, sem necessariamente representar sinusite.
MUCOCELE
❖ Complicação da sinusite.
❖ Seio da face com acúmulo de secreções acaba expandindo e aumentando de tamanho, o que pode
gerar compressão de estruturas adjacentes.
❖ No caso abaixo, a célula etmoidal (apontada pela seta laranja) está preenchida por muco e empurra
a parede lateral e, até mesmo, o m. retomedial da órbita ocular (apontado pela seta vermelha).
TUMORES
❖ TM: é indicada para avaliação dos tumores dos seios paranasais.
❖ Obliteração dos espaços aéreos e erosão óssea associada.
❖ Após injeção de contraste endovenoso, é possível identificar que a alteração encontrada não se trata
de uma secreção, e sim de uma massa sólida com realce pelo agente de contraste.
❖ Ex.: carcinoma espinocelular.
TRAUMA
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❖ Afundamento da parede anterior do seio maxilar direito → hemosinus (presença de sangue no interior
do seio paranasal). Diante de um paciente com obliteração do seio maxilar direito e com história prévia
de trauma, devemos pensar primeiramente em hemosinus, e não em secreção inflamatória. Algumas
vezes, é possível identificar a hiperatenuação típica do sangue, o que pode auxiliar nessa
diferenciação.
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ULTRASSONOGRAFIA:
Ultrassonografia do útero por via transvaginal.
❖ A zona de transição entre o miométrio e o endométrio (camada mais interna do útero) é chamada de
zona juncional e é um pouco mais hipoecogênica.
❖ A avaliação ultrassonográfica da pelve feminina também pode ser feita pela via suprapúbica, e não
apenas pela via endovaginal, mas essa última é a via preferencial, uma vez que permite uma maior
aproximação do transdutor até a região anatômica estudada → quanto mais próximo o transdutor
chega da estrutura, maior a frequência que pode ser utilizada e, por isso, maior a resolução da
imagem.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:
❖ A TC não é muito utilizada na avaliação da pelve feminina por alguns motivos:
• As estruturas dessa região anatômica, no geral, apresentam densidades muito semelhantes (alças
intestinais, útero, ovário), o que dificulta a diferenciação dessas estruturas;
• É um exame que submete a paciente a quantidades significativas de radiação ionizante e, pelo fato
de a região estudada ser a região onde estão localizados os órgãos reprodutores, é melhor evitar
esse tipo de exposição. Logo, a TC raramente é utilizada como exame de 1ª escolha na avaliação da
pelve feminina.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
❖ Assim como a US, permite uma ótima avaliação anatômica da pelve feminina.
Miomas Uterinos:
❖ Tumores benignos mais comuns do útero.
❖ Origem miometrial. São compostos por células musculares + tecido conjuntivo fibroso.
❖ Cerca de 25% das mulheres em idade fértil acabam tendo um mioma uterino identificado nos exames
de imagem.
❖ Estrógeno-dependentes:
• Crescem durante a gravidez;
• Involuem na menopausa.
❖ Comumente assintomáticos.
❖ Risco de degeneração maligna em torno de 0,1 a 0,5%.
❖ São divididos de acordo com a sua localização no útero:
❖ É um mioma que possui 4 a 5cm e uma ecogenicidade um pouco aumentada em relação ao restante
do miométrio. O mais comum é que os miomas sejam hipoecogênicos, mas eles também podem ser
iso ou hiperecogênicos.
HISTEROSSONOGRAFIA:
❖ Às vezes, tumores submucosos podem gerar uma impressão sobre a linha endometrial, dificultando
o diagnóstico. Nesse caso, é importante realizar o diagnóstico diferencial com outros tumores e, até
mesmo, com pólipos endometriais. Para isso, um exame que pode ser útil é a histerossonografia, que
não é nada mais que uma US por via endovaginal, porém injetando uma pequena quantidade de soro
fisiológico dentro da cavidade uterina, o que irá promover um afastamento das paredes do útero,
facilitando, assim, a identificação das estruturas, de possíveis nódulos e suas relações anatômicas.
❖ No caso abaixo, a paciente apresentava um útero retrovertido. Então, por isso, o corpo e o fundo
uterinos (marcados de amarelo) estão para o outro lado, diferente do que a gente já está acostumado
a ver. Observe que do lado de fora do útero, vemos líquido livre na cavidade pélvica (anecoico). A
linha verde representa o endométrio com líquido no seu interior e o que está circulado de vermelho é
o mioma uterino submucoso.
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Folículos Ovarianos:
❖ Cada folículo contém 1 ovócito.
❖ Crescem e se desenvolvem a cada ciclo menstrual. Cerca de 10 ficam maduros, porém apenas 1
chega até a fase final e se torna o folículo dominante.
❖ Após a ruptura e a ovulação, o folículo passa a ser corpo lúteo (importante para a secreção de alguns
hormônios na 2ª fase do ciclo menstrual).
Ovários Policísticos:
❖ Definição controversa.
❖ Alguns autores consideram um ovário policístico quando ele tem de 20 a 26 cistos por ovário. Já
outros autores consideram que a definição de ovário policístico está relacionada com o tamanho do
ovário (volume > 10 ml).
❖ Podem ser vistos em 20% das mulheres em idade fértil.
❖ Diagnóstico diferencial: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que depende de outros critérios
clínicos e laboratoriais (pelo menos 2 deles), além da presença de inúmeros cistos no ovário, para
seu diagnóstico.
❖ À ultrassonografia, o ovário pode se apresentar com múltiplos cistos, que não são cistos verdadeiros,
mas sim pequenos folículos distribuídos no parênquima ovariano. Observe que todos são folículos
pequenos (entre 2-9mm), nenhum é selecionado para se tornar folículo dominante. Logo, estamos
diante de pequenas estruturas anecoicas, de contornos regulares, semelhantes a cistos no ovário,
porém sem folículo dominante. Em caso de dúvidas, podemos contar o número de folículos.
❖ Na RM, a imagem de um ovário policístico é exatamente a mesma, porém no T2, os folículos estarão
representados como estruturas ovaladas com hipersinal. Por isso, T2 é a melhor sequência para se
avaliar ovários policísticos.
Endometriose:
❖ É definida pela presença de glândulas endometriais funcionais fora da cavidade uterina.
❖ Acomete principalmente pacientes jovens (entre 25 a 29 anos).
❖ Sintomas:
• Dor pélvica (dispareunia, dismenorreia, dor pélvica crônica);
• Infertilidade (30 a 50% das mulheres com endometriose são inférteis).
❖ Principais exames de imagem: US e RM.
❖ Laparoscopia é considerada padrão-ouro (porém, não exclui a necessidade dos outros exames, pois
algumas regiões de implantes endometriais são de difícil acesso pela laparoscopia; os exames de
imagem podem auxiliar nessa investigação, guiando o procedimento de laparoscopia).
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❖ Locais preferenciais dos implantes endometriais: ovários, parede posterior da bexiga, parede anterior
do reto, ligamentos e peritônio.
❖ Outros menos comuns: pulmões etc (implantes à distância).
❖ Patogênese: menstruação retrógrada.
❖ Como na endometriose as glândulas endometriais são funcionais, durante a menstruação, elas irão
descamar e provocar sangramentos, mesmo que fora da cavidade uterina. Fora do período menstrual,
os implantes endometriais assumem outro aspecto de imagem.
Endometrioma:
Cistoadenoma Seroso:
❖ Tumor ovariano benigno mais frequente.
❖ Acomete principalmente mulheres entre a 4ª e 5ª décadas de vida.
❖ Cresce rapidamente, sendo que quando de grandes dimensões, acaba empurrando todas as
estruturas adjacentes.
❖ Diagnóstico diferencial: ascite (líquido livre apenas entre as alças intestinais). Já o cistoadenoma
seroso é uma massa circunscrita, podemos visualizar as margens dele.
❖ Risco de malignização.
Cistoadenocarcinoma Seroso:
❖ Tumor maligno do ovário.
❖ Acomete principalmente mulheres entre a 6ª e 7ª décadas de vida.
❖ Pacientes com ascite sem causa aparente = pensar em tumor ovariano.
Teratoma:
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HISTEROSSALPINGOGRAFIA:
❖ Estudo radiológico contrastado do sistema reprodutor feminino.
❖ Demonstra a cavidade uterina e a permeabilidade das tubas uterinas.
❖ Indicações:
• Obstrução tubária;
• Patologias intrauterinas (anomalias congênitas, aderências);
• Lesões expansivas;
• Abortos espontâneos de repetição;
• Fístulas;
• Avaliação pós-operatória das tubas uterinas.
❖ Principal indicação: INFERTILIDADE.
❖ Contraindicações: gestação, DIP, sangramento uterino ativo.
Prova de Cottè positiva: quando há passagem do meio de contraste para a cavidade peritoneal =
exame normal.
Prova de Cottè negativa: quando não há passagem do meio de contraste para a cavidade peritoneal
= sugere obstrução tubária.
❖ A imagem [1] demonstra a introdução do contraste na cavidade uterina (triângulo). Repare que as
tubas uterinas estão pérvias, porém com a luz bem pequena. Logo, o contraste passa pelas tubas
uterinas e chega até a cavidade peritoneal (tubas uterinas comunicam com a cavidade peritoneal) =
prova de Cottè positiva bilateralmente.
❖ Na imagem [2], o contraste passa pela tuba uterina esquerda e chega até a cavidade peritoneal desse
lado, mas não consegue passar pela tuba uterina direita (tuba uterina direita está obstruída = prova
de Cottè negativa à direita).
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Caso desafio: paciente chega ao PA relatando amenorreia e vômitos frequentes. A sua ultrassonografia
demonstrou a presença de uma formação sólida, medindo aproximadamente 3mm, com uma formação
cística adjacente, dentro da cavidade uterina. Diagnóstico: gestação de 5 semanas.
❖ Uma última aplicação dos exames de ultrassom é na avaliação da vida intra-útero.
❖ O ultrassom também tem importância na avaliação das complicações do 2º trimestre, dos parâmetros
vitais do bebê (verifica se há algum tipo de sofrimento fetal), da bolsa amniótica. Além disso, anomalias
de órgãos internos do bebê também podem ser verificadas através do ultrassom e, por vezes, até
corrigidas ainda na vida intra-útero.
❖ Outras utilizações do ultrassom: gestação gemelar (verifica não só o número de fetos, mas também
de bolsas amnióticas e de córions).
ULTRASSONOGRAFIA 3D:
❖ Variação do ultrassom.
❖ Ultrassonografia “4D”: mesma coisa do ultrassom 3D, só que ao invés de ser apenas uma foto estática,
é um vídeo.
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Radiologia Mamária
Anatomia:
❖ A parede torácica é composta pelos arcos costais e pelos mm. intercostais. Logo à frente, estão os
mm. peitorais.
❖ O lobo mamário é constituído por um conjunto de lóbulos mamários.
❖ Em volta do mamilo, temos a aréola.
❖ Todas as estruturas mamárias são envolvidas por tecido adiposo e, mais superficialmente, pela pele.
Ductografia:
Exame pouco utilizado atualmente. Através da papila, injeta-se contraste
iodado no ducto mamário. A partir disso, o contraste consegue indicar o
trajeto da árvore ductal e dos ductos lactíferos no lobo mamário.
Cadeia linfática:
❖ A maior parte da drenagem linfática das mamas, principalmente do quadrante lateral, é realizada para
os linfonodos da cadeia axilar (> 75%). Por isso, a palpação das axilas faz parte do exame das mamas.
❖ Existem também os linfonodos da cadeia mamária interna e os linfonodos retromamários (mais
profundos), que participam apenas de uma pequena porcentagem da drenagem linfática das mamas.
Métodos de imagem:
❖ Mamografia (screening): mais utilizado.
❖ Ultrassonografia: indicada principalmente para o diagnóstico diferencial de lesões identificadas à
mamografia e para pacientes com mamas densas.
❖ Ressonância magnética.
TECIDO MAMÁRIO:
Constituição:
• Gordura (menor densidade).
• Tecido fibroglandular (maior densidade).
❖ Predomínio de cada constituinte depende principalmente da idade:
• Jovens: predomínio de tecido fibroglandular (mamas densas).
• Idosas: predomínio de gordura.
❖ Devido a essas variações, a descrição dos exames da mama sempre
se inicia pela composição da mama.
❖ Na imagem A, observe que a mama apresenta pouco tecido
fibroglandular (mais denso) e muita gordura (menos densa). Logo,
podemos supor que esse exame é de uma paciente mais velha.
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❖ Por outro lado, na imagem D, a mama apresenta muito tecido fibroglandular e pouca gordura. Logo,
o esperado é que esse exame seja de uma paciente mais jovem.
❖ Porém, devemos lembrar que a idade não é o único fator que influencia na composição da mama. Ela
também depende de outros fatores individuais, variando de mulher para mulher.
❖ Diante desses exames, devemos pensar: em qual deles eu teria maior facilidade de encontrar um
nódulo sólido? Como, na maioria das vezes, o nódulo sólido apresenta uma densidade semelhante
ao do tecido fibroglandular, podemos concluir que ele seria mais facilmente visualizado na imagem A
do que na imagem D. Isso explica a menor sensibilidade das mamografias para mamas densas
(jovens), em comparação com mamas lipossubstituídas (idosas).
Mamografia:
❖ Obtenção de imagens do tecido mamário através dos raios-x.
❖ Indicações: rastreamento de câncer de mama, antes e depois da instituição da terapia hormonal,
pré-operatório de cirurgia plástica e estudo da mama contralateral em pacientes mastectomizadas.
❖ Incidências básicas: craniocaudal (CC) e médio-lateral-oblíqua (MLO).
❖ Incidências complementares: magnificação com compressão seletiva, compressão localizada, perfil e
rolamento.
❖ Características:
• Radiação ionizante.
• Preparo: não usar desodorante ou talcos, que possam acabar deixando resíduos na região da
axila e/ou da mama e contaminando o filme mamográfico.
• Apresenta uma excelente resolução espacial e de contraste.
MANOBRA DE EKLUND:
❖ Pacientes com próteses ou implantes mamários também devem realizar mamografia. Nesses casos,
podem ser realizados dois tipos de incidência, dentre eles, a incidência com a manobra de Eklund
ilustrada abaixo, que é utilizada para facilitar a visualização do tecido mamário.
❖ Ou seja, é importante ressaltar que a existência de implantes ou próteses mamárias não contraindica
a realização da mamografia.
❖ Logo atrás desses artefatos, o círculo aponta para microcalcificações agrupadas, que podem ser
melhor visualizadas através de uma incidência complementar → magnificação com compressão
seletiva.
COMPRESSÃO LOCALIZADA:
❖ É outra incidência complementar também
bastante utilizada, indicada para estudar áreas
densas e para analisar o contorno de nódulos.
❖ Técnica: imagem suspeita nas incidências de
rotina → localiza-se a lesão na mamografia → coloca-
se o compressor adequado sobre a área a ser
estudada. O compressor espalha o tecido mamário,
logo, se após a colocação do compressor o nódulo
sumir, isso nos sugere que a lesão suspeita não era
um nódulo verdadeiro, e sim apenas uma região com
mais tecido fibroglandular (mais densa).
❖ Uma das principais indicações da incidência com compressão localizada é a densidade assimétrica
(opacidade que aparece apenas em uma das incidências básicas). Repare que foi feita uma
compressão localizada (apenas sobre a área do achado suspeito a ser estudado) e, em seguida, o
nódulo que antes estava muito bem definido (imagem A), tornou-se mal definido, com contornos
irregulares (imagem B) → tecido fibroglandular se espalhou, se distribuiu melhor. Isso nos sugere que
não se trata de um nódulo verdadeiro, mas sim de tecido fibroglandular concentrado nessa região da
mama, conferindo uma maior densidade a ela.
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Análise Mamográfica:
❖ Deve ser sistematizada, assim como a análise de todos os outros exames de imagem já vistos.
Devemos sempre comparar uma mama com a outra em incidência iguais e a mesma mama em
incidências diferentes.
1. Simetria das mamas;
2. Análise da pele: regularidade e espessura, mamilo e tecido retroareolar, presença de retrações;
3. Análise do parênquima: constituição (predomínio de tecido adiposo ou de tecido fibroglandular),
homogeneidade, distorção arquitetural, vasos, presença de calcificações e/ou nódulos;
4. Análise da região axilar: linfonodos.
INTERPRETAÇÃO DOS ACHADOS:
❖ Padronização dos laudos → BI-RADS.
❖ Categoriza o exame em 7 níveis:
• Categoria 0: achados inconclusivos (categoria de transição). Necessita de informações adicionais
(comparação com o exame anterior, se existente, ou solicitação de incidência complementar ou
de exame adicional, como ultrassom).
• Categoria 1: achados negativos (rastreio mamográfico usual, a cada 2 anos).
• Categoria 2: achados benignos (rastreio mamográfico usual).
• Categoria 3: achados provavelmente benignos (controle em 6 meses).
• Categoria 4: achados suspeitos (encaminhar para biópsia). Pode ainda ser subdividida em 4A,
4B e 4C, dependendo do grau de suspeição de malignidade.
• Categoria 5: achados altamente sugestivos de malignidade (biópsia e cirurgia). Se biópsia
benigna, recomenda-se repetir a biópsia, pois a chance de uma lesão categoria 5 ser maligna é
bastante alta (> 95%).
• Categoria 6: malignidade comprovada através de biópsia (excisão cirúrgica). Mesmo após a
confirmação da malignidade, é feito um exame (antes da excisão cirúrgica), pois alguns tumores
são tratados com quimioterapia neoadjuvante para, só depois, serem removidos cirurgicamente.
Se nessa janela de tempo (depois da quimioterapia e antes da cirurgia) a paciente realizar o
exame, mesmo que a lesão tenha sumido completamente, ela ainda assim entra na categoria 6,
uma vez que é considerado tratamento curativo apenas após a cirurgia. A malignidade já está
comprovada antes da realização do exame.
ACHADOS BENIGNOS:
❖ Nódulos ovalados, arredondados e de contornos bem
definidos.
❖ Calcificações grosseiras.
❖ Calcificações em trajetos vasculares (apontado pela seta
laranja).
❖ Lesões com densidade de gordura.
❖ Abaixo, na imagem da esquerda, podemos visualizar
calcificações grosseiras (circuladas) e, ao lado,
calcificações que seguem o trajeto de vasos (apontadas
pela seta). BI-RADS 2.
❖ Na imagem da esquerda, vemos um nódulo ovalado, denso, circunscrito, com limites bem definidos,
na incidência crânio-caudal (apontado pela seta laranja). Ao lado, podemos ver um nódulo ovalado
com calcificações grosseiras de permeio dentro desse nódulo (apontada pela seta azul).
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Ultrassonografia:
❖ Muito útil para avaliação das mamas, especialmente mamas densas (jovens), e para o diagnóstico
diferencial de alterações vistas na mamografia.
❖ Todavia, não é indicada para o rastreamento primário (ainda não foi comprovada a necessidade),
apenas para rastreamento secundário (elucidação pós-mamografia).
❖ Avaliação das axilas e dos linfonodos (consegue identificar o tamanho e as características
morfológicas dos linfonodos).
❖ Ótimo método para guiar intervenções (punção/biópsia).
❖ É importante correlacionar com os achados da mamografia.
Principais indicações:
❖ Diferenciação de nódulos sólidos e císticos (apresentam-se basicamente iguais na mamografia,
enquanto na US podem ser facilmente diferenciados).
❖ Avaliação de nódulos palpáveis em jovens, gestantes e puérperas.
❖ Avaliação de mamas densas.
❖ Pesquisa de mastites ou coleções (padrão-ouro).
❖ Orientar procedimentos intervencionistas (punção/biópsia).
❖ Limitações: avaliação de calcificações (principalmente as microcalcificações malignas), distorções
arquiteturais, identificação de nódulos em regiões com predomínio de gordura.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS NO US:
Cistos Simples:
❖ Ductos terminais ectasiados (dilatados).
❖ Frequentemente múltiplos e bilaterais.
❖ É uma das alterações mais frequentes da mama.
❖ Afeta predominantemente mulheres dos 40 aos 50 anos, sendo que a maioria é assintomática, exceto
pela presença de um nódulo palpável na mama.
❖ Alteração fibrocística da mama.
❖ Cistos de paredes finas: não necessitam de punção para investigação.
❖ À ultrassonografia, apresentam-se como uma formação cística anecoica, redonda, ovalada ou
lobulada, com líquido em seu interior, paredes finas, contornos regulares, limites bem definidos e
reforço acústico posterior (aumento da ecogenicidade logo abaixo do cisto).
❖ Cistos complexos: não apresentam apenas líquido em seu interior. Podem ser benignos ou suspeitos
de malignidade, dependendo dos achados do US.
Nódulos Benignos:
❖ Ovalados.
❖ Contornos regulares e limites bem definidos.
❖ Calcificações grosseiras.
❖ Ausência de sombra acústica posterior.
❖ Tecido adjacente normal (sem espessamento, retração ou distorção arquitetural da pele).
Fibroadenoma:
❖ Nódulo sólido benigno mais frequente.
❖ Assintomático em 25% dos casos.
❖ Lesões múltiplas em 13-20% dos casos.
❖ Mais comum em mulheres entre 20 e 30 anos.
❖ Crescimento autolimitado (3 a 4 cm em média).
❖ Aos exames de imagem, apresenta-se tipicamente oval.
❖ Mamografia: nódulo circunscrito, algumas vezes acompanhado de calcificações grosseiras
(“calcificações em pipoca”).
❖ US: nódulo circunscrito, levemente hipoecogênico ou isoecogênico em relação ao restante do
parênquima mamário, com ecos internos homogêneos.
❖ RM: hiperintenso em T2, com realce lento e persistente após a utilização do meio de contraste.
❖ Categoria BI-RADS: depende da quantidade de nódulos encontrada.
o Se múltiplos e bilaterais: BI-RADS 2 (achado benigno).
o Se único: BI-RADS 3, mesmo que o nódulo não apresente sinais de malignidade (realizar novo
exame em 6 meses para acompanhar).
❖ Mulher, 41 anos. US. Nódulo circunscrito, de contornos bem definidos, iso/levemente hipoecogênico,
com ecos internos homogêneos, sem sombra acústica posterior.
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❖ [RM. Nódulo continua com as mesmas características dos exames anteriores: ovalado, circunscrito,
com contornos regulares. Realce heterogêneo, lento e persistente pelo agente de contraste
endovenoso, sem restrição à difusão.
❖ Outro exemplo abaixo: nódulo ovalado, hipoecogênico, com contornos regulares e limites bem
definidos, sem sombra acústica posterior. Repare que o eixo paralelo à pele é maior do que o eixo
perpendicular a pele (mais largos que altos) = sinal de benignidade.
Nódulos Malignos:
❖ Arredondados (mais altos que largos).
❖ Contornos irregulares (margens mal definidas, microlobuladas, espiculadas).
❖ Presença de sombra acústica posterior.
❖ Calcificações.
❖ Hipoecogenicidade.
❖ Alteração de tecidos adjacentes (espessamento ou retração pele, distorção do parênquima, edema,
extensão ductal).
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❖ A mesma paciente prosseguiu para uma US, que demonstrou a presença de uma lesão sólida,
hipoecoica, de contornos mal definidos e lobulados. Todas essas características tornam o nódulo
suspeito de malignidade → encaminhamento para biópsia, que comprovou ser um ca ductal invasivo.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
❖ Complementar à mamografia.
❖ Utilizada em mulheres já com diagnóstico de Ca de mama para determinar tamanho do tumor e a
existência de outros tumores → estadiamento.
❖ Indicada junto com a mamografia para rastreio e diagnóstico precoce de ca de mama em mulheres
de alto risco (história familiar).
❖ Lesões malignas: realce rápido e precoce após injeção de contraste.
❖ Lesões benignas: realce lento e gradual.
❖ Não substitui a mamografia ou a US.
❖ Não é indicada como rastreamento primário ou de forma isolada.
❖ Imagens ponderadas em T1, pré e pós contraste. Nódulo suspeito, anteriormente categorizado como
BI-RADS 3 na mamografia, foi estudado com a RM, na qual foi observado um realce rápido e ávido
do agente de contraste (típico de câncer maligno). Conduta: encaminhar para a biópsia, a qual
confirmou o diagnóstico de ca ductal invasivo.
PRINCIPAIS GRUPOS DE ACHADOS MAMOGRÁFICOS:
❖ Ao avaliar uma mamografia, devemos definir em qual categoria as alterações encontradas se
encaixam:
• Nódulos;
• Calcificações;
• Assimetrias;
• Distorção arquitetural.
Nódulos:
❖ Devem ser caracterizados quanto à forma e à margem.
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❖ Margem obscurecida: quando o examinador deixa de enxergar uma porcentagem das margens.
Geralmente, é quando o nódulo se encontra em uma região com muita sobreposição de tecido
fibroglandular. Nesse caso, pode ser solicitada uma incidência com compressão seletiva, a fim de
visualizar melhor os contornos desse nódulo.
❖ Oval e circunscrito/obscurecido = BI-RADS 3.
❖ Redondo/irregular e de contornos mal definidos/microlobulados/espiculados = BI-RADS 4, ou até BI-
RADS 5, dependendo do caso.
Calcificações:
❖ São caracterizadas quanto à forma e à distribuição.
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Assimetria:
❖ Na mamografia, também devemos avaliar a distribuição do tecido fibroglandular.
❖ Assimetria = distribuição assimétrica do tecido fibroglandular identificada apenas em uma das
incidências básicas.
❖ Assimetria focal = distribuição assimétrica do tecido fibroglandular identificada nas duas incidências
básicas.
❖ Assimetria global = distribuição assimétrica que envolve mais de um quadrante e é identificada nas
duas incidências básicas.
❖ Assimetria em desenvolvimento = quando comparamos exames realizados em momentos diferentes,
notamos que a assimetria aumentou ou ficou melhor definida.
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❖ Repare que existe mais tecido fibroglandular na mama direita do que na esquerda, em ambas as
incidências. Sem nenhuma informação clínica, essa assimetria poderia ser considerada uma alteração
a ser estudada. Porém, nesse caso, foi relatado que a paciente estava amamentando
preferencialmente com a mama direita. Logo, como essa mama estava sendo mais estimulada pela
sucção do bebê, é esperado que ela apresente uma hipertrofia do tecido fibroglandular → categoria
final: BI-RADS 2. Conclusão: devemos sempre correlacionar os achados dos exames de imagem com
a clínica da paciente.
Controle do Bi-Rads 3:
❖ Se é identificada uma lesão BI-RADS 3 em um exame mamográfico, o indicado é que o próximo
exame seja feito em 6 meses, e não mais em 1 ou 2 anos, apenas da mama que apresenta a lesão
suspeita.
❖ Passados os 6 meses do 2º exame, ou seja, 1 ano do exame que identificou a alteração, indica-se o
exame bilateral das mamas. A partir daí, deve ser feito um controle anual de ambas as mamas.
❖ Se em qualquer momento desse controle a lesão crescer ou mudar de aspecto (p. ex. um nódulo de
contornos regulares passa a ser um nódulo espiculado, ou observa-se retração da pele), ela deve ser
reclassificada para BI-RADS 4 ou BI-RADS 5 e conduzida de tal forma. Da mesma forma, se durante
o controle a lesão permanecer do mesmo tamanho ou regredir, ela pode ser reclassificada para BI-
RADS 2, sendo considerada BI-RADS 2 daí em diante.
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❖ Mulher, 46 anos, assintomática. Rastreamento. Mama esquerda. Repare que na incidência CC, na
região lateral, é possível notar uma assimetria, ou seja, uma região com mais tecido fibroglandular,
quando comparada com o restante da mama. Essa assimetria foi considerada BI-RADS 3 e foi
recomendada a realização de um novo exame após 6 meses para controle.
❖ Ao US, a lesão estudada se apresentou como um cisto completamente anecoico, ovalado, paralelo a
pele, de contornos regulares, limites bem definidos e com reforço acústico posterior = cisto simples
(BI-RADS 2). Depois desse US, o achado mamográfico foi reclassificado para BI-RADS 2.
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Hierarquia do Bi-Rads:
❖ Ex: achado 2 na mama direita e achado 4 na mama esquerda. Qual achado é o BI-RADS do exame?
QUAL CATEGORIA DEVE PREVALECER SOBRE A OUTRA?
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Radiologia Oncológica
• Categorias:
o T: tumor primário (T0 a T4).
o N: envolvimento linfonodal (N0 a N3).
o M: metástases (M0 a M1).
• Estádios: categorias TNM são agrupadas em estádios (I a IV), de acordo com o seu prognóstico.
Estadiamento clínico X Estadiamento patológico: o estadiamento clínico é aquele obtido por meio do
exame clínico e de exames complementares, enquanto o estadiamento patológico é aquele obtido por meio
do estudo da lesão que foi retirada cirurgicamente e encaminhada para biópsia.
T: TUMOR PRIMÁRIO:
❖ TX: categoria não pôde ser devidamente avaliada.
❖ T0: não há evidência de tumor primário.
❖ Tis: carcinoma in situ (ainda não invadiu a membrana basal).
❖ T1 a T4: varia de acordo com o tamanho do tumor e a invasão de estruturas e órgãos adjacentes.
CÂNCER DE PULMÃO:
❖ TX: tumor primário não pôde ser avaliado. Por exemplo, paciente que apresentava células malignas no
escarro ou no lavado broncoalveolar, porém ao exame de imagem não foi identificado nenhum tumor
primário.
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CÂNCER GÁSTRICO:
❖ T1: tumor que invade a lâmina própria (T1a) ou submucosa (T1b).
❖ T2: tumor que invade a muscular própria.
❖ T3: tumor que invade a subserosa.
❖ T4: tumor estende-se além da serosa.
o T4a: invasão do peritônio visceral.
o T4b: invasão de outros órgãos adjacentes.
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❖ A diferenciação entre as categorias pode ser difícil, sendo que nesses casos pode-se lançar mão de
mais de um exame de imagem. A endoscopia é bastante utilizada para essa finalidade, porém restrita
ao estadiamento local (o estadiamento de metástases não pode ser feito por meio da endoscopia).
❖ Esquema de tumor gástrico. Massa grande e irregular que cresce em
direção ao lúmen gástrico, podendo até mesmo obstruir a passagem, e
que invade a parede da pequena curvatura do estômago, com risco de
invasão de órgãos adjacentes.
❖ ATENÇÃO: Tumores que estejam localizados até 2 cm da junção
esôfago-gástrica (JEG) são considerados tumores esofágicos, e não
gástricos, e são classificados com outro TNM.
❖ Exemplo de câncer gástrico T1. TC com contraste endovenoso e oral. Foi encontrada incidentalmente
uma lesão polipoide pequena na parede posterior do estômago, que passou uma ressecção endoscópica
e foi encaminhada para biópsia, a qual comprovou ser um câncer gástrico.
❖ Massa polipoide, que parece invadir a parede. O PET/CT revelou um hipermetabolismo da lesão, que
foi categorizada como um câncer gástrico T2.
N: LINFONODOS:
❖ NX: categoria não pôde ser devidamente avaliada.
❖ N0: ausência de comprometimento dos linfonodos regionais.
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CÂNCER DE PULMÃO:
❖ NX: não foi possível acessar os linfonodos regionais.
❖ N0: ausência de comprometimento dos linfonodos regionais.
❖ N1: acometimento dos linfonodos da região peribrônquica
ipsilateral e/ou região perihilar ipsilateral.
❖ N2: acometimento dos linfonodos da região mediastinal ipsilateral
e/ou região subcarinal.
❖ N3: acometimento dos linfonodos da região mediastinal
contraleral, perihilar contralateral ou supraclavicular.
CÂNCER GÁSTRICO:
❖ N0: ausência de envolvimento linfonodal.
❖ N1: comprometimento de 1 a 2 linfonodos regionais.
❖ N2: comprometimento de 3 a 6 linfonodos regionais.
❖ N3a: comprometimento de 7 a 15 linfonodos regionais.
❖ N3b: comprometimento de mais de 15 linfonodos regionais.
M: METÁSTASES:
❖ M0: ausência de metástases à distância.
❖ M1: presença de metástases à distância.
❖ Os sítios de metástases variam de acordo com o tumor primário, no entanto, os mais comuns são: fígado,
pulmão, ossos e SNC. Particularidades: câncer de pulmão → metástases em adrenais; câncer gástrico
→ metástases peritoneais. O comportamento das metástases também depende do tumor primário.
❖ Outros exames que também podem ser solicitados para avaliação das metástases são:
• Cintilografia;
• PET/CT e PET/RM;
• TC ou RM de outras regiões (ex. encéfalo).
METÁSTASES HEPÁTICAS:
❖ Apresentam comportamentos variados dependendo do tumor primário.
❖ Hipervasculares: captam contraste na fase arterial. Ex: carcinoma de células renais (CCR), tireoide,
neuroendócrinos, coriocarcinoma, mama, sarcomas etc.
❖ Hipovasculares: captam a maior parte do contraste na fase portal (“sinal do alvo” → área de hiper-
realce em volta de uma área central de hiporealce). São mais comuns.
❖ Apontado pela seta laranja, podemos observar um nódulo hepático que é realçado pelo agente de
contraste na fase arterial = metástase hepática hipervascular. Sabemos que se trata da fase arterial do
estudo a partir da aorta abdominal repleta de contraste, apontada pela seta vermelha. Esse mesmo
paciente havia realizado um PET/CT que demonstrou um nódulo no
lobo direito do fígado e um nódulo no pâncreas. Após a ressecção, foi
possível confirmar que se tratava de um tumor pancreático com
metástase hepática.
METÁSTASES ÓSSEAS:
❖ Apresentam comportamentos variados dependendo do tumor primário.
❖ Osteoblásticas: câncer de próstata, mama e células transicionais.
❖ Osteolíticas: câncer de tireoide, CCR, pulmão, melanoma etc.
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❖ As setas azuis apontam para várias lesões osteoblásticas em um paciente com câncer de próstata. A
cintilografia confirmou a atividade osteoblástica (hiperatividade) dos ossos acometidos (esterno, 5ª
costela esquerda, corpos vertebrais, entre outros). Na TC, geralmente são vistas áreas de esclerose
óssea.
ESTÁDIO:
❖ Agrupa categorias por prognóstico.
❖ Orienta conduta.
❖ Cada estágio é relacionado a uma taxa de sobrevida, sendo que quanto maior o estádio, pior é o
prognóstico.
CÂNCER DE PULMÃO:
Conduta:
❖ Não pequenas células:
• Estádios I e II: ressecção.
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• Estádio III:
o Ressecável: cirurgia + Qt + Rt
o Irresecável: Qt + Rt
• Estádio IV: Qt + Rt paliativa.
❖ Pequenas células:
• Qt + Rt
• Cirurgia é proposta apenas para poucos pacientes até estádio Ib.
❖ Carcinoide:
❖ Cirurgia + Qt e Rt
CÂNCER GÁSTRICO:
❖ Paciente do sexo masculino, 98 anos, com queixa de dor epigástrica e perda ponderal. A TC revelou um
espessamento irregular da parede do estômago, apontado pela seta reta, linfonodos adjacentes
comprometidos, apontados pela seta curva, e lesão hepática, provavelmente metastática, apontada pela
seta aberta. O PET/CT comprovou hipermetabolismo em todas essas áreas citadas.
Como acompanhar?
❖ Dados clínicos (consultas de rotina).
❖ Exames de imagem: sempre comparar com os exames anteriores.
o Tamanho das lesões.
o Número de lesões.
RECIST:
❖ Critério de acompanhamento de resposta de tumores sólidos.
❖ Classifica lesões para avaliar a resposta ao tratamento.
o Lesões mensuráveis e não mensuráveis
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RESUMO:
❖ Classificação mais utilizada: TNM
• T: Características do tumor primário (tamanho, morfologia, condições associadas).
• N: Acometimento de linfonodos regionais.
• M: Metástases à distância.
❖ Estádios:
• São divididos de acordo com o prognóstico.
• Orientam conduta.
❖ Exames de imagem:
• Auxiliam no diagnóstico.
• Guiam biópsias.
• Fazem parte do estadiamento clínico.
• Acompanham o tratamento (cirúrgico ou não).
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Radiologia Pediátrica
Sumário:
❖ Doenças abdominais:
• Atresias (esôfago, duodeno, jejuno, íleo);
• Estenose hipertrófica do piloro;
• Doença de Hirchsprung;
• Nefroblastoma;
• Neuroblastoma.
❖ Craniossinostoses.
❖ Maus tratos.
Doenças Abdominais:
NÃO BILIOSOS:
PROXIMAL À
AMPOLA DE
PRINCIPAL VATER
ALTA SINTOMA:
VÔMITOS BILIOSOS:
DISTAL À
OBSTRUÇÃO AMPOLA DE
PRINCIPAL VATER
CONGÊNITA
SINTOMA:
CONSTIPAÇÃO
BAIXA
> 3 ALÇAS DE
DELGADO
DILATADAS
ATRESIA DE ESÔFAGO:
❖ Repare que há gás distendendo o
estômago e o intestino delgado. A
obstrução está mais acima, onde
podemos ver que ocorreu uma tentativa
falha de passagem de uma sonda
digestiva, devido a essa obstrução. Há
uma dilatação da porção proximal do
esôfago e a sonda não progride, ela acaba
fazendo uma volta e retornando para cima.
No segundo caso, a sonda também não
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progrediu. Porém, a diferença fundamental está na ausência de distensão intestinal por gases.
❖ O que determina a presença de ar no intestino é a existência da fístula traqueoesofágica. Na ausência
de fístula ou na presença apenas de uma fístula traqueoesofágica proximal, não veremos gás
distendendo as alças intestinais. Por outro lado, nos casos em que há fístula traqueoesofágica distal ou
fístula proximal e distal, teremos presença de ar no estômago e nas alças intestinais.
ATRESIA DUODENAL:
❖ Na maioria das vezes, é caracterizada por ausência do duodeno após a ampola de Vater, podendo cursar
com vômitos biliosos.
❖ Pode estar associada a Síndrome de Down (30% dos casos).
❖ Sinal radiológico mais característico: sinal da dupla bolha (dilatação do estômago e da porção do
duodeno à montante da obstrução (primeira porção do duodeno)) e ausência de gás no restante do
intestino delgado.
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ATRESIA JEJUNAL:
❖ Atresia mais comum.
❖ Está relacionada à isquemia intraútero.
❖ Na maioria das vezes, leva ao polidrâmnio (excesso de líquido amniótico)
durante a gestação.
❖ Sinal radiológico: sinal da tripla bolha (dilatação do estômago, duodeno
e parte do jejuno à montante da obstrução). Nem todas as radiografias
apresentam especificamente esse sinal, podem apresentar apenas
distensão de alças do intestino delgado e ausência de gás no intestino
grosso, que também nos fazem suspeitar de atresia jejunal,
principalmente se associado a algum evento isquêmico intraútero.
ATRESIA ILEAL:
❖ Na maioria das vezes, resulta de um evento isquêmico intraútero, assim como a atresia jejunal.
❖ Ocorre mais frequentemente na porção distal do íleo.
❖ Sinal radiológico: “sinal de múltiplas bolhas” (dilatação do estômago, duodeno, jejuno e parte do íleo à
montante da obstrução) e ausência de gás no intestino grosso.
❖ Enema opaco: contraste injetado no reto, segue, de forma retrógrada, em direção ao cólon ascendente.
Repare que o intestino grosso se apresenta muito pequeno, denominado micro-cólon, e termina em
fundo cego na região do íleo → a região apontada pela seta branca é exatamente o ponto de atresia
ileal.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG:
❖ Causada pela ausência de células ganglionares na porção distal do cólon / reto.
o Porção afetada/denervada com calibre reduzido (sem ondas peristálticas).
o Dilatação à montante da região denervada.
o A área afetada tem tamanho reduzido e a área normal tem tamanho aumentado. DD com
megacólon chagásico, em que ocorre o contrário.
❖ Razão reto/sigmoide < 1
o Normal: diâmetro do reto > sigmoide.
o Doença de Hirschsprung: reto < sigmoide (reto não dilatado / sigmoide dilatado).
❖ Abdome bastante distendido (presença de gás no interior do estômago, ID e IG, porém ausência de gás
na ampola retal). Pós-enema opaco = dilatação das alças do IG à montante do reto denervado = razão
reto/sigmoide < 1 (que não é esperada para indivíduos normais). O sigmoide (azul) possui invervação
normal e o reto (laranja) está denervado.
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❖ Massa volumosa à direita, que comprime as estruturas para o lado contralateral. Após o contraste, é
possível observar um realce heterogêneo, com várias áreas de necrose, porém sem calcificações.
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DD: NEUROBLASTOMA
❖ 3º tumor mais comum da infância (perde para as leucemias e tumores do SNC).
❖ Pode surgir ao longo da cadeia simpática (pescoço, tórax, abdome).
❖ Localização mais comum: glândula adrenal. Devido a sua proximidade com os rins, o exame de imagem
pode, muitas vezes, gerar dúvidas.
❖ Pico de incidência: < 2 anos.
❖ Limites mal definidos.
❖ Presença de calcificações em 90% dos casos.
❖ Atravessa a linha mediana.
Craniossinostoses
❖ Alterações do tamanho do crânio:
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Relembrando:
Suturas:
• Coronal;
• Sagital;
• Lambdoide;
❖ Infância: radiotransparências lineares de 1,5 até 10mm de largura.
❖ As suturas fecham-se ao longo da vida, sendo que a coronal e a sagital só vão estar totalmente
fechadas por volta dos 20 anos de idade.
Fontanelas:
❖ Bregmática (anterior): entre a sutura coronal e a sagital. Fecha-se mais tardiamente, até 15-18
meses.
❖ Occipital (posterior): entre a sutura sagital e a lambdoide. Fecha-se mais precocemente, até 3-6
meses.
CRANIOSSINOSTOSE
❖ Fusão prematura de suturas.
❖ Escafocefalia: mais comum. Fusão precoce da sutura sagital. Maior crescimento longitudinal.
Dolicofelia e estreitamento.
❖ Braquicefalia/oxicefalia/acrocefalia: fusão prematura das suturas coronal e lamboide. Crescimento no
eixo transverso.
❖ Plagiocefalia: fusão prematura unilateral das suturas coronal e lamboide. Crânio assimétrico. Além da
plagiocefalia associada a craniossinostose, existe também a plagiocefalia posicional, que acontece em
recém-nascidos que dormem sempre com a cabeça virada para um lado preferencial. O tratamento inclui
mudanças de posicionamento ou, até mesmo, capacete.
❖ Trigonocefalia: ossos frontais prematuramente fundidos “in útero”. Aspecto em cunha.
ESCAFOCEFALIA:
❖ Dolicocefalia: diâmetro longitudinal > diâmetro transversal.
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BRAQUICEFALIA:
PLAGIOCEFALIA:
TRIGONOCEFALIA:
❖ Fechamento precoce da sutura metópica ainda na vida intraútero.
❖ Confere um aspecto triangular à fronte do paciente.
FRATURAS DE COSTELAS:
❖ Principalmente laterais e posteriores, pelo mecanismo do trauma.
❖ Ressuscitação cardiopulmonar raramente causa fraturas e, caso ocorram, não serão posteriores.
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CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS:
❖ Calo ósseo demora, pelo menos, 5 dias após a fratura para surgir (14 dias, em média).
❖ Correlacionar com a história clínica.
❖ Fraturas metafisárias não costumam ocasionar calo ósseo.
LESÕES INTRACRANIANAS:
❖ Relacionadas à fraqueza dos músculos do pescoço, que acaba aumentando o movimento de pêndulo
da cabeça e favorecendo as lesões.
❖ Hematoma subdural é o mais comum.
❖ Pode ocorrer também hemorragia subaracnoide, lesão axonal difusa (movimento em diversos eixos) e
contusão cerebral.
HEMATOMA SUBDURAL:
❖ Tentar datar o hematoma.
❖ Procurar por alterações crônicas.
❖ Apontado de amarelo, temos um líquido anecoico, e de
vermelho, um líquido hiperecogênico. A presença desses
líquidos no espaço subdural nos faz pensar em um sangramento
mais crônico ou mais agudo.
❖ RM: os sangramentos mais agudos estão apontados pelas setas amarelas.
❖ TC pós contraste endovenoso (fase portal). Área de hiporealce na transição do corpo para a cauda do
pâncreas (epigástrio), com bastante líquido = laceração pancreática secundária a maus tratos.
❖ TC na fase portal. Área extensa de hiporealce no fígado = laceração hepática secundária a maus tratos.