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DEF/EPIDEM ETIOLOGIA EXAME FÍSICO/QUADRO DIAGNÓSTICO/DIFERENCIAL/EXAMES TRATAMENTO

IO/RISCOS CLÍNICO COMPLEMENTARES

A ➢ Um dos CLASSIFICAÇÃO DE QUADRO CLÍNICO: No início, é EDA: CIRURGIA CURATIVA:


tumores LAUREN: mais assintomático ou tem ➢ EDA + biópsia têm 98% de precisão diagnóstica. ➢ A remoção cirúrgica do tumor oferece a única probabilidade
D
malignos ➢ Subtipo Intestinal; sintomas dispépticos ➢ Indicada aos casos de dispepsia > 45 anos ou sinais e riscos de de cura (20% a 50% dos casos são avançados, sendo
E mais Tumor (como o do cólon) inespecíficos (mais avançado): alarme. impossível a cura cirúrgica).
N comuns. bem diferenciado, com ➢ perda ponderal (62%), ➢ Obtêm-se a classificação de Borrmann, que indica prognóstico (linite ➢ Indicada na ausência de metástases à distância
O ➢ Os pacientes estruturas glandulares. É o ➢ dor epigástrica (52%), plástica é mais vista no exame baritado). (resseca-se toda a extensão da neoplasia, mesmo no
procuram mais comum no Brasil. ➢ náusea (34), ➢ O local mais comum do câncer é na mucosa da transição estágio T4).
C
assistência Predomina em homens ➢ anorexia (32), corpo-antral na pequena curvatura (local mais comum de UPG ➢ O câncer tende a se disseminar de forma intramural, deve
A tarde (2:1), 55-60 anos, e ➢ disfagia (26), benigna; em locais atípicos sugere malignidade). ser ressecado com ampla margem de segurança (5-6 cm).
R demais. manifesta-se com lesões ➢ melena (20), EXAME BARITADO (SEED): ➢ Tumores de 1/3 distal e médio (> 5-6 cm da junção
C ➢ Os sintomas expansivas, polipóides e ➢ saciedade precoce (17) ➢ Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno pode distinguir lesões esofagogástrica) podem ser tratados com gastrectomia
na fase ulceradas, mais distal. Mais ➢ dor semelhante à da UP (17). benignas e malignas (diagnóstico histológico). subtotal em Y de Roux e reconstrução a Billroth II.
I
inicial (mais hematogênica. Mais constante, sem ➢ A técnica de duplo contraste para o diagnóstico de Ca gástrico ➢ Tumores do 1/3 distal (fundo) e 1/3 médio (corpo) a < 5 a 6
N curável) ➢ Subtipo Difuso: irradiação e sem alívio na precoce tem 93-96% de precisão em relação à técnica tradicional. cm da junção esofagogástrica devem ser tratadas com
O podem ser Tumor indiferenciado refeição. ➢ Sinais radiológicos que sugerem malignidade gastrectomia total com reconstrução esofagojejunostomia
M mínimos ou infiltrativo, sem glandulares, ➢ Vômitos recorrentes ● Lesão em massa com ou sem obstrução luminal ou ulceração. término-lateral em Y de Roux (além da reconstrução do
ausentes. com células em anel de (obstrução antro-pilórica pelo ● Úlcera com pregas irregulares ou com fundo irregular. trânsito alimentar).
A
➢ No Brasil, é a sinete. Manifesta-se com câncer). ● Irregularidade de mucosa com perda da distensão. ➢ Os tumores de cárdia são abordados com esofagectomia
G 3a causa de úlceras infiltradas e linite ➢ Disfagia (invasão da cárdia ● Pregas alargadas e massa polipóide. distal e gastrectomia total.
Á câncer no plástica. Mais proximal e ou esôfago distal - ● Na linite plástica, há aspecto de “garrafa de couro”. ➢ Todos os tumores necessitam de linfadenectomia
S homem e a tem maior chance de pseudoacalasia). ➢ A precisão do Raio-x na distinção entre úlceras benignas e malignas profilática regional (D2 é a preferida no brasil)
5a na metástases precoces. Em ➢ Perfuração e sangramentos é de 80%. ● Linfadenectomia a D1 ou R1 (linfonodos perigástricos
T
mulher. ambos os sexos, 40-48 agudos raros (anemia ➢ O exame baritado faz a triagem (baixo custo) e, caso tenha achados até 3 cm das margens do tumor).
R ➢ Mais comum anos. Por via transmural e ferropriva por perda crônica suspeitos, é sempre seguido pela EDA + biópsias. ● Linfadenectomia a D2 ou R2 (linfonodos D1 + A.
I no homem linfogênica (metástases de sangue). ESTADIAMENTO: Determina a localização e extensão do câncer gástrica esquerda, esplênica e tronco celíaco).
C (2:1), nodais). Relaciona-se com o ➢ Metástases para o fígado, gástrico. Usa os estádios TNM (Tumor, Linfonodo e Metástase). O ● Linfadenectomia a D3 ou R3 (linfonodos D2 + L. do
➢ Pico de sangue A e a família. pulmão e peritônio (tosse, componente “N” só é definido após a cirurgia (ressecar no mínimo 15 ligamento hepatoduodenal, cabeça do pâncreas e
O
incidência: CÂNCER GÁSTRICO icterícia + dor no QSD, linfonodos). Outros determinantes do prognóstico (sobrevida em 5 anos): raiz do mesentério do delgado.
50-70 anos INVASIVO: ascite). ➢ Localização do tumor. ➢ Esplenectomia e pancreatectomia distal só é indicada se o
em ambos os ➢ Borrmann I: NA DOENÇA AVANÇADA: ➢ Subtipos pela classificação de Lauren tumor adere ou invade suas estruturas ou seus linfonodos
sexos. Polipoide. Lesão bem ➢ Massa abdominal palpável ➢ Classificação endoscópica de Borrmann adjacentes.
➢ 95% dos demarcada por áreas (20%). TC DE TÓRAX/ABDOME/PELVE: TERAPIA ADJUVANTE:
casos. normais. ➢ Linfonodo supraclavicular ➢ A acurácia da TC no estadiamento do Ca gástrico é de 40-50%, no ➢ Em casos submetidos à ressecção curativa, com
FATORES DE ➢ Borrmann II: esquerdo palpável (linfonodo subestadiamento (10-35%) e no superestadiamento (5-15%). acometimento linfonodal/de órgãos adjacentes, têm boa
RISCO: Úlcera bem demarcada e de Virchow). ➢ Excelente para avaliar metástase para órgãos e linfonodos à sobrevida com radioquimioterapia após cirurgia.
Consumo de sem infiltração. Diferenciada ➢ Linfonodo periumbilical distância. ➢ Tumores positivos para a mutação HER-2 se beneficiam do
alimentos da UP pela endoscopia. palpável (linfonodo da irmã ➢ TC de tórax é mais sensível que o RX na detecção de metástases acréscimo de trastuzumab, anticorpo monoclonal
conservados no ➢ Borrmann III: Maria José). pulmonares. direcionado contra o produto do gene HER-2.
sal ou mal Úlcera infiltrante, margens ➢ Metástase peritoneal ➢ TC de pelve é mais útil na mulher, para avaliar metástases para os TERAPIA PALIATIVA:
conservados; rasas e pouco definidas. palpável no toque retal órgãos reprodutores. ➢ Quimioterapia paliativa reduz sintomas e tem boa
Baixo consumo Mais comum. (prateleira de Blumer). ULTRASSONOGRAFIA ENDOSCÓPICA: sobrevida.
de frutas, ➢ Borrmann IV: ➢ Massa ovariana palpável ➢ Melhor método para determinar extensão locorregional do Ca ➢ Gastrectomia paliativa é indicada para casos com risco
vegetais, Infiltrativo difuso (linite (tumor de Krukenberg) gástrico. cirúrgico baixo para evitar sangramento, perfuração e/ou
proteínas e plástica). Difícil de ser ➢ Hepatomegalia, ascite, ➢ Visualiza a invasão tumoral na parede gástrica (T) e os linfonodos obstrução em decorrência do crescimento tumoral.
gorduras; definida. A extensão é maior icterícia e caquexia. regionais (N). ➢ Os dilatadores pneumáticos e stents são reservados para
Ingestão alta de que no tipo IV. ➢ Síndromes ➢ A acurácia é 77% (T) e 70% (N). pacientes com disfagia (tumor da cárdia) ou para aliviar
nitrato; Elevado CÂNCER GÁSTRICO paraneoplásicas ➢ A aspiração transgástrica com agulha de linfonodos adjacentes obstrução antropilórica em tumores distais inoperáveis.
consumo de PRECOCE: ● Tromboflebite também pode ser realizada através da USE. ➢ A radioterapia é reservada para o controle do sangramento,
carboidratos Tumores restritos à mucosa migratória superficial VIDEOLAPAROSCOPIA: dor ou obstrução (melhor se associado à quimioterapia).
grandes; Renda e submucosa. Cura > 85%. (síndrome de ➢ De rotina nos pacientes em que os demais exames de estadiamento ➢ Endoscopia de recanalização do estômago com raio laser.
baixa (câncer Trata com cirurgia ou Trousseau) não revelam metástases à distância. CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE:
distal); Renda ressecção endoscópica. ● Ceratose seborréica ➢ Certifica se há ou não metástases. ➢ 15% dos casos de câncer nesse estágio.
alta (câncer ➢ Tipo I (polipóide) difusa (sinal de ➢ Visualiza eventuais implantes peritoneais, não detectados na TC, o ➢ Terapia com gastrectomia com linfadenectomia a D2/D1,
proximal); ➢ Tipo IIa (elevado em < 5 Leser-Trélat) que contraindica o procedimento cirúrgico curativo. sobrevida em 5 anos > 85%.
Tabagismo; mm); ● Acantose nigricans ➢ Esclarece dúvidas quanto à natureza de imagens hepáticas. ➢ A ressecção endoscópica curativa desse estágio é
História familiar ➢ Tipo IIb (superficial); (lesão cutânea elevada ➢ Permite a coleta de material histológico e citológico. permitida quando a neoplasia apresentar os achados
positiva; Grupo Tipo IIc (depressão < e hiperpigmentada). ➢ A presença de células malignas no citológico do líquido ascítico ● Tumor limitado à mucosa ou tumor não ulcerado
sanguíneo A 1,5 cm), ● Síndrome nefrótica indica inoperabilidade. ● Ausência de invasão linfovascular
(subtipo difuso). ➢ Tipo III (ulcerado). (membranosa). ➢ Toda ascite em casos de Ca gástrico deve ser avaliada. ● Tumor com menos de 2 cm de diâmetro
DEFINIÇÃO HISTOPATOLOGIA DIAGNÓSTICO ESTADIAMENTO TRATAMENTO

L ➢ Tumores mais LINFOMA DIFUSO: de EDA + BIÓPSIA: ESTÁGIO IE: ➢ O tratamento tradicional é a gastrectomia total seguida de radioterapia e
frequentes do grandes células B (55% ➢ O linfoma parece indistinguível do ➢ Doença limitada ao estômago quimioterapia.
I
que o dos casos), um linfoma adenocarcinoma, no entanto, a infiltração ESTAGIO IIE: ➢ A radioquimioterapia (esquema CHOP) sem a cirurgia apresenta bons resultados.
N adenocarcinom não Hodgkin agressivo. da submucosa está presente na maioria ➢ Extensão para os linfonodos ➢ Em estádios avançados (IIE, IIIE e IV), realiza-se a poliquimioterapia (CHOP ou
F a. LINFOMA MALT: de dos casos. abdominais comprovada por R-CHOP).
O➢ Os linfomas baixo grau de linfócitos B ➢ Não existe um sítio específico de predileção biópsia ou linfangiografia ➢ A gastrectomia total com linfadenectomia D2 pode ser realizada na vigência de
primários do da zona marginal (40% para o surgimento da neoplasia. ESTÁGIO IIIE: complicações como hemorragia e perfuração.
M
estômago dos casos), um linfoma TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: ➢ Envolvimento do estômago, ➢ O linfoma MALT está profundamente relacionado à infecção pelo H. pylori.
A compreendem não Hodgkin indolente ➢ Permite a avaliação dos linfonodos acima e linfonodos abdominais e ➢ Os pacientes geralmente encontram-se no estádio IE ou, no máximo, IIE, com <
G < 5% dos com alta chance de cura. abaixo do diafragma. comprometimento nodular acima 10% dos indivíduos apresentando-se com doença avançada.
Á cânceres ULTRASSONOGRAFIA ENDOSCÓPICA: do diafragma ➢ O tratamento do linfoma MALT gástrico é feito com a erradicação do H. pylori
gástricos. ➢ Determina a invasão de mucosa e ESTÁGIO IV: (sobrevida em 5 anos > 80%).
S
➢ O TGI é a submucosa. ➢ Linfoma disseminado ➢ O paciente deve ser acompanhado com endoscopia seriada para avaliar a
T localização ➢ O linfoma difuso de grandes células B regressão do tumor e a possibilidade de recidiva.
R extranodal mais apresenta tratamento controverso. ➢ Os casos refratários ou recidivantes costumam apresentar a translocação t(11;18)
I comum dos ➢ Para a confirmação do estádio IE em e/ou a transformação de algumas áreas para o B difuso de grandes células.
linfomas, 45% pacientes candidatos a ressecção curativa, ➢ Estes indivíduos merecem terapia multimodal, geralmente fundamentada na
C
no estômago e é preciso uma laparotomia para um melhor radio/quimioterapia, com ou sem ressecção cirúrgica associada.
O no ID. estadiamento.

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