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ÁREA/
Unidade Funcional de Patologia Mamária
PRT.
5001
Protocolo de Actuação Diagnóstica e Terapêutica no
Cancro da Mama
APROVAÇÃO
1 – OBJECTIVO
Estabelecer parâmetros de actuação no cancro da mama, facilitando a tarefa de avaliação e
proposta terapêutica nos diferentes estádios.
2 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Aplica-se a todas as especialidade e categorias profissionais que integram a UFPM –
Cirurgia Geral, Oncologia Médica, Radioterapia, Imagiologia, Anatomia Patológica,
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Medicina Física e Reabilitação, Psicologia Clínica,
Enfermagem e Assistência Social.
8 – ANEXOS
Anatomia Patológica, Classificação TNM, Intervenção do Serviço Social, Radioterapia,
Recomendações em psicooncologia, Terapêuticas sistémicas
ELABORAÇÃO
Nome dos profissionais Ana Correia, Alexandra Silveira, Anabela Nobre, Antónia Soeiro, António
que elaboraram o Araújo, Carlos Vitorino, Cidália Ventura, Cristina Martins, Gerardo
documento, por ordem Millan, Herminia Pereira, Inês Morujão, Isabel Oliveira, Joana Raposo,
alfabética João Lourenço, Jorge Albuquerque, Ligia Costa, Lurdes Batarda, Luzia
Travado, Manuela Martins, Mário Moura, Olinda Leite, Paula Santos,
Paulina Lopes, Petra João
VERIFICAÇÃO
CQSD
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PROTOCOLO DE ACTUAÇÃO
DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA NO
CANCRO DA MAMA
2015
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ÍNDICE
Pág.
INTRODUÇÃO 4
DIAGNÓSTICO PRECOCE 7
SEQUÊNCIA DIAGNÓSTICA 9
CANCRO DA MAMA 16
ESTADIAMENTO 17
FACTORES PROGNÓSTICOS 18
TRATAMENTO 20
SEGUIMENTO 37
BIBLIOGRAFIA 38
ANEXOS
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INTRODUÇÃO
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ORGANIGRAMA
Área administrativa
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DIAGNÓSTICO PRECOCE
1 – Auto-exame mensal
2 – Exame médico – a cada 3 anos entre os 20 e 40 anos
anual a partir dos 40 anos
3 – Estudo mamário (mamografia e ecografia mamária) de base antes dos 40
anos (35 a 39)
4 – Estudo mamário (mamografia e ecografia mamária) anual a partir dos 40
anos.
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SEQUÊNCIA DIAGNÓSTICA
Mamografia e Ecografia
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M.B.
C.A.A.F.
B.A.V.
Biópsia Excisional
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A – LESÕES PALPÁVEIS
Considera-se lesão palpável da mama, toda a massa que, pelas suas dimensões ou
características, se torna palpável, independentemente do seu volume.
Todo o nódulo dominante deve ter um diagnóstico cito ou histológico, devendo
aplicar-se o seguinte algoritmo base:
Lesão palpável
1- História Clínica
3- CAAF / MB MB / CAAF
Abordagem Tripla
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Lesão palpável
Imagiologia
Sólido Quistico
MB/BAV/CAAF CAAF/MB
S/ lesão
residual
*
Trat. Definitivo Algoritmo
(c. da mama) de lesão sólida
(após biópsia)
Excisão
Seguimento
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Considera-se lesão não palpável ou infra-clínica, aquela que não tem tradução
clínica, sendo apenas detectada pela Imagiologia.
A atitude a tomar perante uma lesão não palpável, depende da classificação da
mesma, estabelecida pelo BI-RADS.
Têm indicação para Biopsia Excisional com marcação, as lesões com diagnóstico
duvidoso ou com material insuficiente na M.B./BAV, as lesões esclerosantes complexas, a
hiperplasia ductal atípica e as lesões papilares (com excepção em casos seleccionados),
assim como a falta de concordância entre a imagiologia e patologia.
Recomenda-se que, em qualquer biópsia excisional de lesão não palpável, se
proceda à orientação e exame radiográfico da peça (duas incidências), com colocação de
agulha na lesão.
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D – CORRIMENTO MAMILAR
Bilateral e multiorificial
Hemático
o Associado a nódulo – Avaliação tripla
o Sem nódulo e sem alterações cutâneas ou imagiológicas
Galactografia (?)
Excisão de ductos
Seroso
Galactografia
Excisão de ductos (?)
Opaco (amarelo, cinzento, esverdeado, purulento)
Provável ectasia ductal, doença fibroquística;
- não necessita investigação adicional
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CANCRO DA MAMA
1 – ESTADIAMENTO
2 – FACTORES DE PROGNÓSTICO
3 – TRATAMENTO
A – Localizados
1 - Operáveis
I – Tratamento Conservador
II – Tratamento Radical
III – Carcinoma “in situ”
IV – Tratamento Adjuvante
2 – Localmente avançados
3 – Carcinoma Inflamatório
4 – Recidiva local
B - Disseminados
4 – SEGUIMENTO
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1 - ESTADIAMENTO
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2 - FACTORES DE PROGNÓSTICO
Ki 67
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Luminal A “ Luminal A”
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3 - TRATAMENTO
A – Localizados
1 – Operáveis
2 – Localmente avançado
3 – Carcinoma inflamatório
4 – Recidiva local
B – Disseminados
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A1 – Tumores operáveis
São considerados Cancro da Mama operáveis todos os T0, T1, T2, N0 e N1.
- Curar
- Controlar a doença loco-regional
- Estadiar (estadiamento patológico)
- Obter um resultado estético satisfatório
- Reabilitar
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I – Tratamento Conservador
É condição para que se opte por este tipo de tratamento que exista um baixo risco
de recidiva local (R. L.), um resultado estético bom / aceitável e boa qualidade de vida,
sem compromisso da sobrevivência.
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Indicações - T1 e T2
- Axila negativa clínica e em exames complementares
- CDIS maior que 4 cm e alto grau e/ou indicação para
mastectomia
Indicações Controversas - Multicentricidade; pré-pós QMT-NA; T3; Cirurgia ou
Radioterapia prévias
Contra-indicações - Axila positiva
Técnica: Tripla - Linfocintigrafia Mamária; + g-Câmara e azul patente
(intra-op)
Exame Extemporâneo - Pelo método OSNA
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Após dissecção axilar não está recomendada a radioterapia axilar, excepto quando
haja evidência de doença residual. A radioterapia supra-clavicular está indicada com mais
de 3 gânglios axilares metastizados.
(Ver anexo - Radioterapia)
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Contra-indicações absolutas:
◆ Vontade da doente
◆ Lesão Multicêntrica
◆ Radioterapia contra-indicada
Contra-indicações relativas:
◆ Doenças do colagéneo
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II – Tratamento Radical
◆ Vontade do doente
FISIOTERAPIA
Todas as doentes submetidas a C.R. ou C.C. c/ E.A., devem ser avaliadas e
orientadas durante o Internamento, pela equipa de M.F.R.
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IV - Tratamento adjuvante
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Terapêutica hormonal
Nota: A terapêutica hormonal deve fazer-se por 5/10 anos. Em doentes pós-menopausa que
iniciaram Tamoxifeno antes do presente protocolo, após 5 anos, podem fazer mais 5 anos de
Inibidores da Aromatase.
Quimioterapia e Imunoterapia
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Orientações genéricas
Gravidez: estudos recentes demonstram que a gravidez depois do C.M. não afecta
o prognóstico, embora a relação exacta entre os efeitos endócrinos e imunológicos
da gravidez e a sobrevivência do cancro ainda não seja conhecida. Considerar cada
caso individualmente.
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b – Radioterapia adjuvante
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≥ T3 e ≥ N2, M0
A proposta terapêutica é:
1º. - Quimioterapia - neo-adjuvante ou primária, planeando-se 8 ciclos com
avaliação da resposta ao final do 3º ciclo
+ Imunoterapia (HER2/neu positivo)
2º. - Tratamento loco-regional - cirurgia e/ou radioterapia.
3o. - Hormonoterapia – nos casos de R.H.+
Nas mulheres idosas e/ou com factores de risco e R.H.+, poderá optar-se por
hormonoterapia neoadjuvante. A cirurgia ou radioterapia será individualizada.
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A3 – Carcinoma inflamatório
T4d, N0-N3, M0
A proposta terapêutica é:
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A4 – Recidiva local
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Protocolos de Quimioterapia
FEC 100 5 Fluoracilo – 500 mg/m2; Epirrubicina – 100 mg/m2; Ciclofosfamida – 500 mg/m2: Ev x1 dia q. 21 dias
TAC Docetaxel – 75 mg/m2; Doxorrubicina – 50 mg/m2; Ciclofosfamida – 500 mg/m2: Ev x 1 dia q. 21 dias
TX Docetaxel – 75 mg/m2: Ev dia 1; Capecitabina – 850 mg/m2: p.o dias 2 a 15 q. 21 dias
XN Capecitabina – 850 mg/m2: p.o. dias 1 a 14 ; Vinorelbina – 25 mg/m2: EV dias 1 e 8 q. 21 dias
GC Gemcitabina – 1000 mg/m2: EV dias 1 e 8 ; Carboplatina - AVC5 : EV dia 1 q. 21 dias
CMF Ciclofosfamida – 600 mg/m2; Metotrexato – 40 mg/m2; 5-Fluoracilo – 600 mg/m2: EV dia 1 q. 21 dias
CNF Ciclofosfamida – 600 mg/m2; Vinorelbina – 25 mg/m2; 5-Fluoracilo – 600 mg/m2: EV dia 1 q. 21 dias
Trastuzumab (HERCEPTIN) 1ª semana – 8 mg/Kg; semanas seguintes – 6 mg/Kg: EV dia 1 cada 21 dias
Terapêutica Hormonal
Gn RHA - Goserelin – 3,6 mg, s.c.- mensal / 10,8 mg, s.c. - trimestral
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4 - SEGUIMENTO
Objectivos fundamentais:
Regime de seguimento
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BIBLIOGRAFIA
12th International St.Gallen Breast Cancer Conference - 16-19 March 2013 / St.Gallen,
Switzerland
NCCN 2013, Breast Cancer guidelines.
ESMO, guidelines 2011
EUSOMA, guidelines 2013
ASCO - 2014 Annual Meeting
VIII Reunião de Consenso Nacional do Cancro da Mama – 2014 – S.P. Senologia
European guidelines for quality assurance in Breast Cancer screening and diagnosis –
4th edition - 2006
Guidelines for management of Breast Cancer – WHO-EMRO - 2006
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