Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NA CULTURA DA SOJA
Bioinsumos na
cultura da soja
Editores Técnicos
Embrapa
Brasília, DF
2022
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Soja
Rodovia Carlos João Strass, acesso Orlando Amaral, Distrito de Warta
Caixa Postal 231, CEP 86001-970, Londrina, PR
Fone: (43) 3371 6000 Fax: (43) 3371 6100
www.embrapa.br/
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
1ª edição: 2022
Bioinsumos na cultura da soja / Maurício Conrado Meyer... [et al.] editores técnicos -- Brasília,
DF: Embrapa, 2022.
550 p.
1. Soja. 2. Produção vegetal. 3. Insumo. 4. Fertilizante. I. Meyer, Maurício Conrado. II. Bueno,
Adeney de Freitas. III. Mazaro, Sérgio Miguel. IV. Silva, Juliano Cesar da.
Angélica Miamoto
Engenheira-agrônoma, doutoranda em Agronomia da Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.
Cidimar Cassol
Engenheiro-agrônomo, mestre em Agronomia, doutorando em pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco,
PR.
Deise Cagliari
Engenheira-agrônoma, doutoranda em Fitossanidade da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.
Edson Hirose
Engenheiro-agrônomo, doutor em Ciências Biológicas, pesquisador da Embrapa Soja, Londrina, PR.
Eliane Aparecida Gomes
Bióloga, doutora em Genética e Melhoramento, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG.
Joacir do Nascimento
Engenheiro-agrônomo, mestrando em Entomologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, SP.
Mariangela Hungria
Engenheira-agrônoma, doutora em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Soja, Londrina, PR.
Michele Potrich
Bióloga, doutora em Agronomia, professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR.
Raiza Abati
Engenheira-agrônoma, mestranda em Agroecossistemas pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR.
Rodrigo Mendes
Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP.
Wagner Bettiol
Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP.
O Brasil é líder mundial no uso de bioinsumos na cultura da soja, fruto do trabalho árduo da pesquisa
ao longo de décadas, do investimento industrial, da adoção das tecnologias pelos técnicos e produtores, bem
como, dos recentes avanços na legislação quanto ao registro de novos produtos.
Tais produtos como os bioestimulantes, biorreguladores, agentes biológicos de controle, biofertilizantes
e inoculantes vem propiciando o avanço da agricultura regenerativa, inserida no contexto mundial pautado
pela produção sustentável.
Esse caminho inovador vem fomentando áreas da ciência como a metagenômica e metabolômica, além
dos avanços da indústria de máquinas e equipamentos, tecnologia de aplicação, sensores, imagens de satélites,
tecnologias estas que interagem para atenderem este “novo agro”.
Muitas pesquisas básicas e aplicadas com bioinsumos vêm sendo desenvolvidas no Brasil, entretanto, exis-
tia a necessidade da compilação destas informações técnicas em um livro, desta forma, os editores reuniram
informações que irão contribuir no processo produtivo das culturas, com destaque especial para a soja.
A Embrapa Soja almeja que este livro possa auxiliar no suporte técnico visando a adoção correta
dos bioinsumos, no incentivo para o desenvolvimento de novas pesquisas e inovações tecnológicas,
no aprimoramento das legislações, para uma agricultura com alto potencial produtivo e alicerçada na
preservação ambiental.
Os editores
Sumário
PARTE I - CENÁRIOS, DESAFIOS E INOVAÇÕES
Capítulo 1
Pesquisa, desenvolvimento e inovação com bioinsumos............................................................................. 21
Capítulo 2
Mercado e perspectivas dos Bioinsumos no Brasil....................................................................................... 39
Capítulo 3
Contribuição do melhoramento genético da soja para o manejo de doenças e pragas........................... 53
Capítulo 4
Desafios na adoção de bioinsumos
............................................................................................................................................................................. 75
Capítulo 5
Tratamento de sementes e sulco de semeadura............................................................................................. 85
Capítulo 6
Tecnologia de aplicação foliar de bioinsumos............................................................................................. 107
Capítulo 7
Tecnologia para liberação de agentes macrobiológicos.............................................................................. 127
Capítulo 8
Fixação biológica do nitrogênio.................................................................................................................... 141
Capítulo 9
Microrganismos solubilizadores de fósforo e potássio na cultura da soja............................................... 163
Capítulo 10
Inoculantes micorrízicos arbusculares para a cultura da soja................................................................... 181
Capítulo 11
Bactérias envolvidas na mitigação do estresse hídrico............................................................................... 199
Capítulo 12
Solos supressivos a doenças........................................................................................................................... 215
Capítulo 13
Plantas de cobertura e saúde do solo............................................................................................................ 227
Capítulo 14
Saúde do solo, tecnologia BioAS e a sustentabilidade agrícola................................................................. 249
Capítulo 15
Técnicas avançadas de biologia molecular no microbioma da soja ......................................................... 269
Capítulo 16
Controle biológico de plantas daninhas ...................................................................................................... 285
Capítulo 17
Manejo de doenças fungicas radiculares da soja ........................................................................................ 297
Capítulo 18
Controle biológico de mofo-branco na cultura da soja............................................................................. 315
Capítulo 19
Bioinsumos para o manejo de doenças foliares na cultura da soja .......................................................... 331
Capítulo 20
Manejo biológico de nematoides.................................................................................................................. 345
Capítulo 21
Manejo de pragas com bactérias entomopatogênicas ............................................................................... 361
Capítulo 22
Manejo de pragas com vírus entomopatogênicos ...................................................................................... 377
Capítulo 23
Manejo de pragas com fungos entomopatogênicos ................................................................................... 401
Capítulo 24
Manejo de pragas com parasitoides ............................................................................................................. 417
Capítulo 25
Manejo de pragas com artrópodes ............................................................................................................... 435
Capítulo 26
Manejo de pragas com nematoides entomopatogênicos........................................................................... 451
Capítulo 27
Compatibilidades do uso de bioinsumos e insumos sintéticos no manejo da cultura da soja ............ 473
Capítulo 28
Controle de qualidade de produtos macrobiológicos................................................................................ 493
Capítulo 29
Controle de qualidade de produtos microbiológicos ................................................................................ 507
Capítulo 30
Inovações biotecnológicas para o manejo de pragas ................................................................................. 535
Manejo de pragas com bactérias entomopatogênicas 361
Capítulo 21
Introdução
O manejo de pragas da soja no Brasil tem suas origens em meados de 1970, período caracterizado
pelo uso deliberado de inseticidas e acaricidas químicos com amplo espectro de ação e elevada toxicidade
(Bueno et al., 2012). Entretanto, neste período surgia o conceito e o início dos primeiros trabalhos voltados
para o Manejo Integrado de Pragas (MIP) no Brasil. Entre eles o uso de bioinseticidas a base de bactérias,
publicados por Figueiredo et al. (1960) e Pigatti et al. (1960). Porém, somente na década de 1990, um
grande projeto com Bacillus thuringiensis (Bt) Berliner foi conduzido pela Embrapa visando ao controle
de Spodoptera frugiperda. Naquela época apenas três produtos comerciais à base de B. thuringiensis
kurstaki estavam disponíveis no mercado: Dipel®, Thuricide® e Bactospeine® (Habib; Amaral, 1985).
O período entre 2000 e 2012 foi marcado pela pouca evolução na adoção de bactérias para o controle
de pragas e na oferta de produtos comerciais que passou de seis para nove (Polanczyk et al., 2017). Apesar
da alta eficiência dos bioinseticidas Bt no controle de Anticarsia gemmatalis, praga-chave da soja, o
seu uso por parte dos produtores não foi significativo (Habib; Amaral, 1985; Bobrowski et al., 2002),
principalmente devido à competição com produtos químicos convencionais de amplo espectro, com ação
rápida e de baixo custo e, também a ampla adoção do baculovirus anticarsia (AgMNPV).
É importante destacar que nesse período houve o fortalecimento de empresas ligadas ao controle
biológico, que resultou no aumento das pesquisas com biológicos, como métodos de aplicação, métodos
de produção, condições para armazenamento. Isto resultou no gradativo aumento no número de
produtos biológicos registrados no Brasil. Entre as empresas de sucesso, podemos destacar a Bug Agentes
Biológicos, que no ano de 2012 recebeu reconhecimento internacional, quando foi considera pela revista
Fast Company como uma das empresas mais inovadoras mundialmente, concorrendo com empresas
consolidadas tecnologicamente.
O marco no mercado de Bt bioinseticidas ocorreu durante a safra 2013/2014 no Brasil, com aumento
da demanda de produtos comerciais devido aos surtos populacionais de Helicoverpa armigera em lavouras
de soja e algodão. Na época os prejuízos foram estimados em mais de US$ 3 bilhões somente na cultura
362 Bioinsumos na cultura da soja
da soja (Polanczyk; Frankenhuyzen et al.; Pauli, 2017). A rápida adoção desses bioinseticidas foi devida à
ineficiência de inseticidas químicos tradicionais para H. armigera, possivelmente ocasionada pela pressão
de seleção de indivíduos resistentes frequentemente expostos às principais moléculas inseticidas utilizadas
a campo, uma vez que esta espécie pode ter sido introduzida no país desde 2008 (Ahmad et al., 2003; Patil
et al., 2006; Wu, 2007; Sosa-Gómez et al., 2016). A alta demanda e eficiência dos Bt como bioinseticidas
para o controle desta espécie concentrou esforços das empresas para o desenvolvimento e comercialização
de novos bioinseticidas resultando em 12 produtos registrados e outros 10 sob registro emergencial para
controle de H. armigera no ano de 2016 (Polanczyk; Frankenhuyzen et al.; Pauli, 2017). Em 2021 esses
dados aumentaram para 33 produtos registrados (Mapa, 2022).
O uso de produtos biológicos tem crescido exponencialmente impulsionado pela demanda por
produtos menos agressivos aos organismos não-alvos e ao ambiente e perda de eficiência de inseticidas
químicos, causada principalmente pela seleção de populações resistentes. As bactérias entomopatogênicas
ocupam a maior porção do mercado de produtos microbiológicos, com uma vasta lista de produtos
comerciais registrados para o controle de artrópodes-praga em todo o mundo.
Como os bioinseticidas tendem a apresentar menos riscos do que os inseticidas convencionais, em
alguns países, como o caso dos EUA e mais recentemente o Brasil, apresentam um processo de registro
simplificado para esses produtos, que requer menos dados toxicológicos e ambientais. Como resultado,
o tempo e recursos necessários para registrar um bioproduto foram reduzidos (Marrone, 2014; MAPA,
2021). No Brasil, as agências regulatórias reduziram significativamente o tempo médio para aprovação e
registro de bioinsumos nos últimos anos devido à distinção entre produtos de baixa toxicidade e produtos
químicos sintéticos (MAPA, 2021).
Bacillus thuringiensis
Características gerais e histórico
A bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) tem sido isolada em diversos ecossistemas como: água, solo,
insetos, poeira e folhas de árvores (Argôlo-Filho; Loguercio, 2014). Embora tenha sido formalmente
descrita por Ernst Berliner em 1911 na Thuringia após ter sido isolada de lagartas de Ephestia kuehniella,
essa bactéria foi descoberta no Japão em 1901 por S. Ishiwatta em lagartas de Bombyx mori (Ishiwata,
1901; Berliner, 1915). Após as primeiras evidências demonstrarem o efeito em tóxico em lagartas de
B. mori, Bt foi considerada um risco para a indústria da seda Japonesa e somente em 1927 seu efeito
como potencial agente de controle biológico foi investigado contra Ostrinia nubilalis (Mattes, 1927).
Resultados promissores alcançados em laboratório levaram ao início da produção comercial de Bt na
França e a primeira formulação comercial ocorreu em 1938, com o lançamento do Sporine®.
Desde a sua descoberta, primeiros estudos e o desenvolvimento de biopesticidas, Bt tem sido
amplamente investigada e mais de 100 subespécies têm sido descritas com diferentes características
filogenéticas e de serotipagem com efeito tóxico em 7 diferentes ordens de insetos, além de ácaros,
nematoides e protozoários (Schnepf et al., 1998; Salehi Jouzani et al., 2008; Jouzani et al., 2017; Karabörklü
et al., 2017; Zhang et al., 2018; Peng et al., 2019; Azizoglu et al., 2020; Frentzel et al., 2020)).
Manejo de pragas com bactérias entomopatogênicas 363
Essas características, tornaram Bt o agente de controle microbiano mais utilizado em todo o mundo,
com participação de mais de 50% do mercado global de biopesticidas (Glare et al., 2012; Lacey et al.,
2015). No Brasil, o número de produtos registrados com esse organismo representa 16,8% de todo o
mercado de bioinseticidas. Enquanto os demais bioinseticidas tiveram um aumento de 63,4% no número
de registros nos últimos cinco anos, o registro de Bt bioinseticidas aumentou 175% no mesmo período
(Mapa, 2022).
Modo de ação
Bacillus thuringiensis é conhecida pela produção de múltiplos fatores de virulência, entre os quais,
proteínas inseticidas Cry são os principais responsáveis pela letalidade. Essas proteínas são sintetizadas
e armazenadas durante a esporulação dentro de um cristal parasporal, característica que distingue Bt de
outros Bacillus spp. (Figura 1).
Figura 1. Bacillus thuringiensis: esporo (setas vermelhas), de coloração mais clara; e o cristal bipiramidal (setas
verdes), de coloração mais escura.
Fonte: Allende et al., 2016.
As proteínas Cry são tóxicas para Lepidoptera, Coleoptera e Diptera. Outros tipos de toxinas,
denominadas Vip (“Vegetative Insecticidal Protein”), são produzidas e secretadas pelo Bt durante a sua fase
vegetativa. As toxinas Cry e Vip são nomeadas e classificadas de acordo com a similaridade da sequência
de proteínas (Glare et al., 2017). Aproximadamente 820 genes cry (cry1-cry78) e 147 vip (vip1, 2 e 3) foram
detectados e caracterizados de diferentes subespécies de Bt em todo o mundo (Crickmore et al., 2021).
Uma vez que as proteínas agem no intestino médio do inseto hospedeiro, o Bt precisa ser ingerido
para matar a lagarta. Após a ingestão, as protoxinas são solubilizadas a partir do cristal e processadas por
364 Bioinsumos na cultura da soja
enzimas proteolíticas do intestino do hospedeiro, pelas quais a toxina ativa é produzida. Posteriormente,
a toxina ativada se liga a um ou vários receptores na superfície das células epiteliais que revestem o
intestino do inseto. O domínio I está envolvido na oligomerização e formação de poros, enquanto os
domínios II e III estão envolvidos na ligação ao receptor (Figura 2) (Bravo et al., 2007; Pardo-Lopez et al.,
2013; De Maagd, 2015).
A diversidade e especificidade de proteínas inseticidas produzidas por Bt tornou-o mundialmente
conhecido. Embora muitas dessas proteínas sejam exclusivas de Bt, o tipo de toxina é altamente variável de
acordo com a subespécie ou cepa utilizada. Até o momento já forma catalogadas mais de 100 subespécies
de Bt, muitas das quais têm sido amplamente estudadas por suas propriedades inseticidas (Schoch et al.,
2020).
Figura 3. Número de bioinseticidas a base de Bacillus thuringiensis (Bt) registrados por alvo no Brasil.
Fonte: Mapa, 2022.
Bacillus thuringiensis kurstaki é a subespécie considerada de maior importância, pois está presente
na grande maioria dos Bt bioinseticidas (Polanczyk et al., 2017). A importância dessa subespécie
é principalmente devido a expressão das proteínas inseticidas Cry1Aa, Cry1Ab, Cry1Ac, Cry2Aa,
consideradas de alta toxicidade para lepidópteros (Bravo et al., 2011; Rao; Jurat-Fuentes, 2020). De forma
semelhante, Bacillus thuringiensis aizawai também é bastante utilizado no controle de insetos desse
grupo, especialmente Spodoptera spp., expressando as proteínas Cry1Aa, Cry1Ab, Cry1C e Cry1D (Bravo
et al., 2011; Rao; Jurat-Fuentes, 2020).
Somente três subespécies de Bt possuem registro no ministério da agricultura (MAPA), são elas:
Bacillus thuringiensis kurstaki (Btk), Bacillus thuringiensis aizawai (Bta) e Bacillus thuringiensis tolworthi
(Btt). Dentre essas, a maioria dos produtos são compostos por Btk (89,0%), seguido por Bta (7,8%) e Btt,
esse último com apenas um registro (0,4%). Há também produtos que possuem combinação de Btk e
Bta (1,2%), e produtos cujo a subespécie não é especificada (1,6%) (Mapa, 2022), esse cenário se mantem
semelhante quando restringido a somente pragas da soja (Figura 4).
O mercado de Bt abrange 15 empresas, que detêm o registro de 33 produtos, variando em subespécie,
cepa, alvos e formulação do produto. Em soja, cerca de 48% dos Bt bioinseticidas são comercializados na
formulação suspensão concentrada (SC), seguido de pó molhável (WP; 28%), concentrado emulsionável
(EC; 11%), grânulos dispersíveis em água (WG; 10%) e dispersão em óleo (OD; 3%) (Tabela 1).
366 Bioinsumos na cultura da soja
0,4% 1,2%
1,2% 1,6% 4,82%
7,8% 3,61%
7,23%
Bacillus thuringiensis
Tabela 1. Relação de produtos à base de Bacillus thuringiensis e as pragas da cultura da soja para as quais são
registradas no Brasil. (Fonte: Mapa, 2022)
Nome comercial Empresa detentora Subespécie de Bacillus
Praga
do produto do registro thuringiensis
Lagarta das folhas (Spodoptera
Sympatico OD Sumitomo Chemical Btk + Bta
eridania)
Bac-Control WP Vectorcontrol Btk
Dipel SC Sumitomo Chemical Btk
Lagarta-da-maçã (Chloridea
Dipel WP Sumitomo Chemical Btk
virescens)
Tarik WP Vectorcontrol Btk
Thuricide WP Bio Controle Btk
Able SC Mitsui & Co Btk
Bac-Control WP Vectorcontrol Btk
Bacmix BTKSC COMDEAGRO Btk
Bettus Org SC Nooa Btk
BioBac T SC Vital Chemical Btk
Biolep Protection SC Simbiose Btk
BTControl SC Simbiose Btk
Lagarta-da-soja (Anticarsia BTFERT SC Micro-Bio Btk
gemmatalis) Btkill JCO SC JCO Bioprodutos Btk
Dipel SC Sumitomo Chemical Btk
Dipel WG Sumitomo Chemical Btk
Dipel WP Sumitomo Chemical Btk
Ponto Final SC Bthek Biotecnologia Btk
Tarik WP Vectorcontrol Btk
Thuricide SC Mitsui & Co Btk
Thuricide WP Bio Controle Btk
Able SC Mitsui & Co Btk
Agree WP Bio Controle Bta
Bac Control Max EC Vectorcontrol Btk
Bac Control Max WP Vectorcontrol Btk
Bac-Control WP Vectorcontrol Btk
Biolep Protection SC Simbiose Btk
BTControl SC Simbiose Btk
Costar WG Mitsui & Co Btk
Dipel ES-NT SC Sumitomo Chemical Btk
Lagarta-do-algodão (Helicoverpa
Dipel SC Sumitomo Chemical Btk
armigera)
Dipel WG Sumitomo Chemical Btk
Helymax EC Ballagro Btk
Javelin WG Mitsui & Co Btk
Stregga EC Vectorcontrol Btk
Tarik EC Vectorcontrol Btk
Tarik WP Vectorcontrol Btk
Thuricide SC Mitsui & Co Btk
Thuricide WP Bio Controle Btk
Winner Max EC Vectorcontrol Btk
Continua
368 Bioinsumos na cultura da soja
Tabela 1. Continuação
Nome comercial Empresa detentora Subespécie de Bacillus
Praga
do produto do registro thuringiensis
Acera EC Ballagro Bt
Agree WP Bio Controle Bta
Bacmix BTKSC COMDEAGRO Btk
Bettus Org SC Nooa Btk
BI73.002/17 EC Ballagro Bt
BioBac T SC Vital Chemical Btk
Biolep Protection SC Simbiose Btk
BTControl SC Simbiose Btk
BTFERT SC Micro-Bio Btk
Btkill JCO SC JCO Bioprodutos Btk
Lagarta-falsa-medideira BT-Turbo Max SC Vittia Btk
(Chrysodeixis includens) Costar WG Mitsui & Co Btk
Dipel ES-NT SC Sumitomo Chemical Btk
Dipel SC Sumitomo Chemical Btk
Dipel WG Sumitomo Chemical Btk
Dipel WP Sumitomo Chemical Btk
Eco-Zone SC Lemma Bta
Javelin WG Mitsui & Co Btk
Ponto Final SC Bthek Biotecnologia Btk
Sympatico OD Sumitomo Chemical Btk + Bta
Thuricide SC Mitsui & Co Btk
Thuricide WP Bio Controle Btk
Lagarta-falsa-medideira
Thuricide WP Bio Controle Btk
(Rachiplusia nu)
Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa Able SC Mitsui & Co Btk
sp.) Dipel WP Sumitomo Chemical Btk
Acera EC Ballagro Bt
Agree WP Bio Controle Bta
Bac-Control WP Vectorcontrol Btk
Bacmix BTKSC COMDEAGRO Btk
Bettus Org SC Nooa Btk
BI73.002/17 EC Ballagro Bt
BioBac T SC Vital Chemical Btk
BTFERT SC Micro-Bio Btk
Lagarta-militar (Spodoptera
Btkill JCO SC JCO Bioprodutos Btk
frugiperda)
Crystal SC Lallemand Btt
Dipel WP Sumitomo Chemical Btk
Eco-Zone SC Lemma Bta
Ponto Final SC Bthek Biotecnologia Btk
Sympatico OD Sumitomo Chemical Btk + Bta
Tarik WP Vectorcontrol Btk
Thuricide WP Bio Controle Btk
Xentari WG Sumitomo Chemical Bta
Tipo de formulação: SC - Suspensão Concentrada, EC - Concentrado Emulsionável, WG - Grânulos Dispersíveis em Água, WP - Pó Molhável, OD - Dispersão
de óleo ou Suspensão Concentrada em óleo. Subsepecie: Btk, Bacillus thuringiensis kurstaki; Bta, Bacillus thuringiensis aizawai; Btt, Bacillus thuringiensis
tolworthi e Bt, subespécie não informada.
Manejo de pragas com bactérias entomopatogênicas 369
Dentre as tecnologias que vem aumentar a persistência, estão as técnicas de encapsulamento, que
além de proporcionar a proteção do microrganismo contra os efeitos abióticos (temperatura, umidade,
UV), um sistema de encapsulamento adequado tem o potencial de proporcionar um maior tempo de
armazenamento do produto (vida de prateleira), uma dose reduzida de aplicação (menores perdas)
bem como um manuseio aprimorado que facilite o seu uso (facilidade no preparo da calda) (Vemmer;
Patel, 2013).
O encapsulamento pode amenizar os problemas relacionados a compatibilidade de Bt bioinseticidas
com inseticidas químicos. Assim, técnicas de co-encapsulação com microrganismos e ingredientes ativos
sintéticos representam uma alternativa viável para essa problemática, visto que a tecnologia proporciona
um acondicionamento de dois ou mais componentes em uma formulação sem a necessariamente de
interagirem (Paula et al., 2011). A nível de Brasil essa tecnologia pode ser amplamente utilizada devido a
uma instrução normativa (IN) aprovada e publicada no diário oficial da união no dia 26 de dezembro de
2017. Essa IN regulamenta as recomendações de mistura em tanque, que a partir da presente data devem
ser feitas por instituição públicas ou privadas de ensino, de pesquisa ou extensão rural, associação de
produtores, cooperativas de agricultores, empresa registrante de agrotóxicos e afins (Brasil, 2017).
A partir dessa normativa, grandes esforços para gerar recomendações foram feitos pelas empresas de
pesquisa e órgãos competentes. Importante ressaltar que a aplicação de tecnologias dessa natureza se faz
extremamente necessária para a cultura da soja, uma vez que inúmeras espécies de pragas causam danos
a cultura. Diante disso, o emprego de diferentes ferramentas é necessário para o manejo adequado, desse
modo, a compatibilidade entre os produtos é importante para controlar as diversas pragas que ocorrem
durante o ciclo de desenvolvimento da cultura.
A pesquisa com formulações de bioinseticidas observa detalhes associados aos materiais utilizados
na formulação que podem ter diversas origens, como talco, turfa e argila. De maneira geral, os agentes
encapsulantes utilizados são de origem natural, como polissacarídeos, gomas e açúcares, por serem
materiais de baixo custo e impacto ambiental (Oliveira et al., 2021)
Nos últimos anos, são crescentes os estudos relacionados com tecnologia de aplicação de produtos
biológicos. Fatores como a quantidade de calda aplicada, horário da pulverização, espectro de gotas, pH
e recomendações especificas de aplicação para as diferentes culturas tem sido investigado.
Na cultura da soja, devido as grandes áreas de cultivo é uma tendência reduzir o volume de calda
aplicado para aumentar a capacidade operacional da atividade de pulverização. No entanto essa redução
deve ser realizada com critérios, visto que a redução do volume sem conhecimento pode comprometer a
eficiência do controle de pragas.
Parâmetros ligados a tecnologia de aplicação devem ser analisados, com base em critérios como
estádio fenológicos da cultura, área foliar da cultivar, condição climática, além dos fatores anteriormente
citados. Com a análise desses critérios aumentam as chances da correta colocação do produto no alvo e
são discutidos em mais detalhes no Capítulo 6.
370 Bioinsumos na cultura da soja
ferramenta para manejar populações resistentes a inseticidas químicos, nos últimos anos os pesquisadores
buscam alternativas para manejar populações resistentes a cultivos Bt, e alguns trabalhos mostram que
Bt bioinseticidas podem ser utilizados para manejar essas populações devido à ausência de resistência
cruzada entre proteínas inseticidas Bt em plantas geneticamente modificadas e aquelas presentes nos Bt
bioinseticidas (Jakka et al., 2014, Horikoshi et al., 2019). Diante disso, aplicação de Bt bioinseticidas em
área cultivada com plantas Bt pode ser realizada sem restrição, bem como em áreas de refúgio.
Além disso, estudos demonstram que os bioinsumos podem apresentar sinergismo com inseticidas
químicos e resultar no controle mais eficiente de pragas (Marrone, 2014). Embora bastante promissor e
vantajoso, diversos estudos demonstram resultados variáveis no uso combinado de produtos químicos e
bioinseticidas e que efeitos aditivos ou sinérgicos são dependentes da compatibilidade entre os produtos
(Sain et al., 2019; Gonçalves, 2020). Além disso, como resultado do uso crescente de bioinseticidas, tem
sido observado reduções nas aplicações com inseticidas em cultivos.
nematoides. Além disso, Bacillus podem agir na formação de biofilme no tecido vegetal, o que dificulta
a procura e penetração do nematoide nas raízes. No caso do controle de nematoides, a diversidade de
espécies de Bacillus que detém registro no Brasil é ainda maior, tais como, B. amyloliquefaciens (36,1%),
B. subtilis (36,1%), Bacillus licheniformis (13,9%), Bacillus firmus (8,3%), Bacillus methylotrophicus
(5,5%) (Mapa, 2022) Informações mais detalhadas a respeito do uso dessas bactérias no controle de
nematoides são mais bem elucidadas no capítulo 20, sobre nematoides.
Considerações finais
Apesar de nos últimos anos a taxa de uso de bioinseticidas ter aumentado significativamente, ainda
são necessários muitos estudos, principalmente no segmento de tecnologia de aplicação bem como a
influência de fatores ambientais em sistemas de cultivos tropicais sobre a eficiência de Bt bioinseticidas.
Além de estudos voltados para a compatibilidade e seu uso para manejo de resistência, se faz necessário
a padronização de metodologias para avaliar a compatibilidade com outros produtos utilizados no
sistema produtivo da soja, sejam eles inseticidas, fungicidas, herbicidas, adjuvantes e outros. Além disso, a
pesquisa de bioinseticidas Bt que tenham efeito para sugadores vêm ganhando atenção nos últimos anos,
devido aos grandes impactos que insetos sugadores vêm causando em diversas culturas, inclusive na soja.
Importante ressaltar que o panorama para bioinsumos na cultura da soja é excelente, visto a crescente
utilização desses produtos por parte dos agricultores.
Referências
AHMAD, M.; ARIF, M. I.; AHMAD, Z. Susceptibility of Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) to new chemistries in Pakistan. Crop Protection, v.
22, n. 3, p. 539-544, 2003.
ALLENDE, A.; BOLTON, D.; CHEMALY, M.; DAVIES, R.; SALVADOR, F.; ANDEZ E.; AMEZ, P.; GIRON, R.; HERMAN, L.; KOUTSOUMANIS, K.;
LINDQVIST, R.; NORRUNG, B.; RICCI, A.; ROBERTSON, L.; RU, G.; SANAA, M.; SIMMONS, M.; SKANDAMIS, P.; SNARY, E.; SPEYBROECK, N.;
TER KUILE, B.; SANCHIS, V. Risks for public health related to the presence of Bacillus cereus and other Bacillus spp. including Bacillus thuringiensis in
foodstuffs. EFSA Journal, v. 14, n. 7, p. 33, 2016.
APRD - Arthropod Pesticide Resistance Database. 2021. Disponível em: https://www.pesticideresistance.org/search.php. Acesso em: 10 maio 2021.
ARGÔLO-FILHO, R. C.; LOGUERCIO, L. L. Bacillus thuringiensis is an environmental pathogen and host-specificity has developed as an adaptation to
human-generated ecological niches. Insects, v. 5, n. 1, p. 62-91, 2014.
AZIZOGLU, U.; JOUZANI, G. S.; YILMAZ, N.; BAZ, E.; OZKOK, D. Genetically modified entomopathogenic bacteria, recent developments, benefits and
impacts: A review. Science of The Total Environment, v. 734, p. 139169, 2020.
BAUM, J. A.; SUKURU, U. R.; PENN, S. R.; MEYER, S. E.; SUBBARAO, S.; SHI, X.; FLASINSKI, S.; HECK, G. R.; BROWN, R. S.; CLARK, T. L. Cotton
plants expressing a hemipteran-active Bacillus thuringiensis crystal protein impact the development and survival of Lygus hesperus (Hemiptera: Miridae)
nymphs. Journal of economic entomology, v. 105, n. 2, p. 616-624, 2012.
BERLINER, E. Über die Schlaffsucht der Mehlmottenraupe (Ephestia kühniella Zell.) und ihren Erreger Bacillus thuringiensis n. sp. Zeitschrift für
angewandte Entomologie, v. 2, n. 1, p. 29-56, 1915.
BERNARDI, O.; BERNARDI, D.; HORIKOSHI, R. J.; OMOTO, C. Manejo da Resistência de Insetos a Plantas Bt. Engenheiro Coelho: PROMIP, 2016.
BETTIOL, W.; MORANDI, M. A. B.; PINTO, Z. V.; PAULA JÚNIOR, T. J. de; CORRÊA, É. B.; MOURA, A. B.; LUCON, C. M. M.; COSTA, J. de C. do
B.; BEZERRA, J. L. Produtos comerciais à base de agentes de biocontrole de doenças de plantas. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2012. 155 p.
(Embrapa Meio Ambiente. Documentos, 88).
BOBROWSKI, V.; PASQUALI, G.; BODANESE-ZANETTINI, M.; PINTO, L.; FIUZA, L. Characterization of two Bacillus thuringiensis isolates from South
Brazil and their toxicity against Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae). Biological control, v. 25, n. 2, p. 129-135, 2002.
374 Bioinsumos na cultura da soja
BRASIL. Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria N° 148, de 26 de dezembro de 2017. Estabelece critérios e procedimentos a serem
adotados para recomendação de mistura em tanque de agrotóxicos e afins, e sua prescrição em receituário agronômico. Diário Oficial da União, 28 dez.
2017. Seção 1, p. 5-6.
BRAVO, A.; GILL, S. S.; SOBERON, M. Mode of action of Bacillus thuringiensis Cry and Cyt toxins and their potential for insect control. Toxicon, v. 49, n.
4, p. 423-435, 2007.
BRAVO, A.; LIKITVIVATANAVONG, S.; GILL, S. S.; SOBERÓN, M. Bacillus thuringiensis: A story of a successful bioinsecticide. Insect Biochemistry and
Molecular Biology, v. 41, p. 423-431, 2011.
BRAVO, A.; PACHECO, S.; GÓMEZ, I.; GARCIA-GÓMEZ, B.; ONOFRE, J.; SOBERÓN, M. Insecticidal proteins from Bacillus thuringiensis and their
mechanism of action. In: FIUZA, L. M.; POLANCZYK, R. A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. Cham:
Springer, 2017. p. 53-66.
BUENO, A. de F.; PANIZZI, A. R.; CORRÊA-FERREIRA, B. S.; HOFFMANN-CAMPO, C. B.; SOSA-GOMEZ, D. R.; GAZZONI, D. L.; HIROSE, E.; MOS-
CARDI, F.; CORSO, I. C.; OLIVEIRA, L. J.; ROGGIA, S. Histórico e evolução do manejo integrado de pragas da soja no Brasil. In: HOFFMANN-CAMPO,
C. B.; CORRÊA-FERREIRA, B. S.; MOSCARDI, F. (Eds.). Soja: manejo integrado de insetos e outros Artrópodes-praga. Brasília, DF: Embrapa, 2012. p. 37-74.
CANTWELL, G.E.; FRANKLIN B.A. Inactivation by irradiation of spores of Bacillus thuringiensis var. thuringiensis. Journal of invertebrate pathology,
v.8, p. 256-258, 1966.
CAO, B.; SHU, C.; GENG, L.; SONG, F.; ZHANG, J. Cry78Ba1, One Novel Crystal Protein from Bacillus thuringiensis with High Insecticidal Activity
against Rice Planthopper. Journal of agricultural and food chemistry, v. 68, n. 8, p. 2539-2546, 2020.
CRICKMORE, N.; BERRY, C.; PANNEERSELVAM, S.; MISHRA, R.; CONNOR, T. R.; BONNING, B. C. A structure-based nomenclature for Bacillus
thuringiensis and other bacteria-derived pesticidal proteins. Journal of Invertebrate Pathology, v. 186, e107438, 2021. DOI: 10.1016/j.jip.2020.107438.
D’AGOSTINO, F.; MORANDI, M. A. B. Análise da viabilidade comercial de produtos à base de Bacillus subtilis e Bacillus pumilus para controle de fitopa-
tógenos no Brasil. In: BERTTIOL, W.; MORANDI, M. A. B. (Eds.). Biocontrole de doenças de plantas: uso e perspectivas. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio
Ambiente, 2009. v. 1, cap. 20, p. 299-316.
DE BORTOLI, C. P.; JURAT-FUENTES, J. L. Mechanisms of resistance to commercially relevant entomopathogenic bacteria. Current opinion in insect
science, v. 33, p. 56-62, 2019.
DE MAAGD, R. A. Bacillus thuringiensis-based products for insect pest control. In: LUGTENBERG, B. (Ed.). Principles of Plant-microbe Interactions.
Cham: Springer, 2015. p. 185-192.
FIGUEIREDO, M.; COUTINHO, J.; ORLANDO, A. Novas perspectivas para o controle biológico de algumas pragas com Bacillus thuringiensis. Arquivos
do Instituto Biológico, v. 27, p. 77-88, 1960.
FIUZA, L. M.; BERLITZ, D. L.; OLIVEIRA, J. V. de; KNAAK, N. Bacillus thuringiensis: Different Targets and Interactions. In: FIUZA, L. M.; POLANCZYK,
R. A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. Cham: Springer, 2017. p. 111-126.
FRENTZEL, H.; JURASCHEK, K.; PAULY, N.; KELNER-BURGOS, Y.; WICHMANN-SCHAUER, H. Indications of biopesticidal Bacillus thuringien-
sis strains in bell pepper and tomato. International Journal of Food Microbiology, v. 321, p. 108542, 2020.
GLARE, T.; CARADUS, J.; GELERNTER, W.; JACKSON, T.; KEYHANI, N.; KÖHL, J.; MARRONE, P.; MORIN, L.; STEWART, A. Have biopesticides come
of age? Trends in Biotechnology, v. 30, n. 5, p. 250-258, 2012.
GLARE, T.; JURAT-FUENTES, J.-L.; O’CALLAGHAN, M. Basic and applied research: entomopathogenic bacteria. In: LACEY, L. A. (Ed.). Microbial control
of insect and mite pests. London: Academic Press, 2017. cap. 4, p. 47-67.
GONÇALVES, K. C. Compatibilidade, efeitos letais e subletais de misturas de bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis e inseticidas
em Chrysodeixis includens. 2020. 124 p. Tese (Doutorado em Agronomia. Entomologia Agrícola) Unesp, Jaboticabal.
HABIB, M.; AMARAL, M. Aerial application of Bacillus thuringiensis against the velvetbean caterpillar, Anticarsia gemmatalis Huebner, in soybean fields.
Revista de Agricultura, v. 60, n. 2, p. 141-149, 1985.
HORIKOSHI, R. J.; BERNARDI, O.; AMARAL, F. S. D. A. E.; MIRALDO, L. L.; DURIGAN, M. R.; BERNARDI, D.; SILVA, S. S.; OMOTO, C. Lack of
relevant cross-resistance to Bt insecticide XenTari in strains of Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) resistant to Bt maize. Journal Invertebrate Pathology, v.
161, p. 1-6, 2019.
IGNOFFO, C. M.; HOSTETTER, D. L.; PINNELL, R. E. Stability of Bacillus thuringiensis and Baculovirus heliothis on soybean foliage. Environmental
Entomology, v.3, p.117-119, 1974.
ISHIWATA, S. On a Kind of Severe Flacherie (Sotto Disease). Dainihon Sanshi Kaiho, v. 114, n. 1, p. 1-5, 1901. (Original em japonês).
JAKKA, S. R. K.; KNIGHT, V. R.; JURAT-FUENTES, J. L. Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) with field-evolved resistance to Bt maize are susceptible to Bt
pesticides. Journal Invertebrate Pathology, v. 122, p. 52-54, 2014.
Manejo de pragas com bactérias entomopatogênicas 375
JIANG, T.; WU, S.; YANG, T.; ZHU C.; GAO, C. Monitoring Field Populations of Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) for Resistance to Eight
Insecticides in China. Florida Entomologist, v. 98, n. 1, 2015.
JOUZANI, G. S.; VALIJANIAN, E.; SHARAFI, R. Bacillus thuringiensis: a successful insecticide with new environmental features and tidings. Applied Micro-
biology and Biotechnology, v. 101, n. 7, p. 2691-2711, 2017.
KALHA, C.; SINGH, P.; KANG, S.; HUNJAN, M.; GUPTA, V.; SHARMA, R. Entomopathogenic viruses and bacteria for insect-pest control. In: DHARAM, P.
A. (Ed.). Integrated pest management: Current concepts and ecological perspectives. San Diego: Academic Press, 2014. p. 225-244.
KARABÖRKLÜ, S.; AZIZOGLU, U.; AZIZOGLU, Z. B. Recombinant entomopathogenic agents: a review of biotechnological approaches to pest insect
control. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 34, n. 1, p. 14, 2017.
LACEY, L. A. Microbial control of insect and mite pests: from theory to practice. London: Elsevier, 2017. 461 p.
LACEY, L. A.; GRZYWACZ, D.; SHAPIRO-ILAN, D. I.; FRUTOS, R.; BROWNBRIDGE, M.; GOETTEL, M. S. Insect pathogens as biological control agents:
Back to the future. Journal of Invertebrate Pathology, v. 132, p. 1-41, 2015.
LI, H.; CHOUGULE, N. P.; BONNING, B. C. Interaction of the Bacillus thuringiensis delta endotoxins Cry1Ac and Cry3Aa with the gut of the pea aphid,
Acyrthosiphon pisum (Harris). Journal of invertebrate pathology, v. 107, n. 1, p. 69-78, 2011.
LI, L.; CHEN, Z.; YU, Z. Mass Production, Application and Market Development of Bacillus thuringiensis Biopesticides in China. In: FIUZA, L. M.; PO-
LANCZYK, R. A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. Cham: Academic Press, 2017. p. 185-212.
LIU, Y.; WANG, Y.; SHU, C.; LIN, K.; SONG, F.; BRAVO, A.; SOBERÓN, M.; ZHANG, J. Cry64Ba and Cry64Ca, two ETX/MTX2-type Bacillus thuringiensis
insecticidal proteins active against hemipteran pests. Applied and environmental microbiology, v. 84, n. 3, p. e01996-01917, 2018.
LYNCH, R.E.; LEWIS, L.C.; BERRY, E.C. Application efficacy and field persistence of Bacillus thuringiensis when applied to corn for European corn borer
control. Journal of Economic Entomology, v. 73, p. 4-7, 1980.
MAPA. Agrofit: consulta aberta. 2022. Disponível em: <http://agrofit.agricultura. gov.br/agrofit_cons/principal_agro- fit_cons>. Acesso em: 10 fev. 2022.
MARRONE, P. G. Pesticidal natural products – status and future potential. Pest Management Science. v. 75, n. 9, p. 2325-2340, 2019.
MARRONE, P. G. The market and potential for biopesticides. In: GROSS, A. D.; COATS, J. R.; DUKE, S. O.; SEIBER, J. N. (Eds.). Biopesticides: state of
the art and future opportunities. Washington, DC: ACS, 2014. p. 245-258.
MARTIN, P. A.; HIROSE, E.; ALDRICH, J. R. Toxicity of Chromobacterium subtsugae to southern green stink bug (Heteroptera: Pentatomidae) and corn
rootworm (Coleoptera: Chrysomelidae). Journal of economic entomology, v. 100, n. 3, p. 680-684, 2007.
MARTINELLI, S.; DE CARVALHO, R. A.; DOURADO, P. M.; HEAD, G. P. Resistance of Spodoptera frugiperda to Bacillus thuringiensis Proteins in the
Western Hemisphere. In: FIUZA, L. M.; POLANCZYK, R. A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. Cham:
Springer, 2017. p. 273-288.
MATTES, O. Parasitare Krankheiten der Mehlmottenlarven und Versuche uber ihre Verwendbarkeit als biologisches Bekiampfungsmittel. Sitzber. Ges.
Beforder. Ges. Naturw. Marburg, v. 62, p. 381-417, 1927.
MELO, A. L. D. A.; SOCCOL, V. T.; SOCCOL, C. R. Bacillus thuringiensis: mechanism of action, resistance, and new applications: a review. Critical reviews
in biotechnology, v. 36, n. 2, p. 317-326, 2016.
NASCIMENTO, J. Persistência de Bacillus thuringiensis Berliner, 1915 em soja (Glycine max (L.) Merrill) e mortalidade de Anticarsia gemmata-
lis (Hübner, 1818) (Lepidoptera: Erebidae). 2019. 86 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Entomologia Agrícola) Unesp, Jaboticabal.
OLIVEIRA, J. L. de; FRACETO, L. F.; BRAVO, A.; POLANCZYK, R. A. Encapsulation Strategies for Bacillus thuringiensis: From Now to the Future. Journal
of Agricultural and Food Chemistry, v. 69, p. 4564-4577, 2021.
PARDO-LOPEZ, L.; SOBERON, M.; BRAVO, A. Bacillus thuringiensis insecticidal three-domain Cry toxins: mode of action, insect resistance and consequen-
ces for crop protection. FEMS microbiology reviews, v. 37, n. 1, p. 3-22, 2013.
PATIL, S.; BASHASAB, F.; KURUVINASHETTI, M. S.; PATIL, B. V. Genetic relatedness among Helicoverpa armigera (Hübner) occurring on different host
plants as revealed by random amplified polymorphic DNA markers. Journal of Asia-Pacific Entomology, v. 9, n. 3, p. 227-233, 2006.
PAULA, A. R.; CAROLINO, A. T.; PAULA, C. O.; SAMUELS, R. I. The combination of the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae with the
insecticide Imidacloprid increases virulence against the dengue vector Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). Parasit Vectors v. 4, p. 8, 2011.
PENG, Q.; YU, Q.; SONG, F. Expression ofcrygenes in Bacillus thuringiensis biotechnology. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 103, n. 4, p.
1617-1626, 2019.
PIGATTI, A.; FIGUEIREDO, M.; ORLANDO, A. Experiências de laboratório sobre a atividade de novos inseticidas contra o mandorová da mandioca. Bio-
lógico, v. 26, p. 47-51, 1960.
376 Bioinsumos na cultura da soja
PINNOCK, D.E.; BRAND, R.J.; MILSTEAD, J.E. The field persistence of Bacillus thuringiensis spores. Journal of Invertebrate Pathology, v.18, p.405-411,
1971.
PINNOCK, D.; BRAND, R.J.; JACKSON, K.L.E.; MILSTEAD, J.E. The Field Persistence of Bacillus thuringiensis Spores on Cercis occidentalis Leaves.
Journal of Invertebrate Pathology, v.23, p. 341-346, 1974.
POLANCZYK, R. A.; FRANKENHUYZEN, K. van; PAULI, G. The American Bacillus thuringiensis based biopesticides market. In: FIUZA, L. M.;
POLANCZYK, R. A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. Cham: Springer, 2017. p. 173-184.
PORCAR, M.; GRENIER, A.-M.; FEDERICI, B.; RAHBÉ, Y. Effects of Bacillus thuringiensis δ-endotoxins on the pea aphid (Acyrthosiphon pisum). Applied
and environmental microbiology, v. 75, n. 14, p. 4897-4900, 2009.
RAO, T.; JURAT-FUENTES, J. Advances in the use of entomopathogenic bacteria/microbial control agents (MCAs) as biopesticides in suppressing crop insect
pests. In: BIRCH, N.; GLARE, T. (Eds.). Biopesticides for Sustainable Agriculture. Cambridge: Burleigh Dodds Science Publishing, 2020. p. 1-37.
SAIN, S. K.; MONGA, D.; KUMAR, R.; NAGRALE, D. T.; HIREMANI, N. S.; KRANTHI, S. Compatibility of entomopathogenic fungi with insecticides
and their efficacy for IPM of Bemisia tabaci in cotton. Journal of pesticide science, v. 44, n. 2, p. 97-105, 2019.
SALEHI JOUZANI, G.; POURJAN ABAD, A.; SEIFINEJAD, A.; MARZBAN, R.; KARIMAN, K.; MALEKI, B. Distribution and diversity of Dipteran-specific
cry and cyt genes in native Bacillus thuringiensis strains obtained from different ecosystems of Iran. Journal of Industrial Microbiology and Biotechnolo-
gy, v. 35, n. 2, p. 83-94, 2008.
SATTAR, S.; MAITI, M. K. Molecular characterization of a novel vegetative insecticidal protein from Bacillus thuringiensis effective against sap-sucking insect
pest. Journal of microbiology and biotechnology, v. 21, n. 9, p. 937-946, 2011.
SCHNEPF, E.; CRICKMORE, N.; VAN RIE, J.; LERECLUS, D.; BAUM, J.; FEITELSON, J.; ZEIGLER, D. R.; DEAN, D. H. Bacillus thuringiensis and Its
Pesticidal Crystal Proteins. Microbiology and Molecular Biology Reviews, v. 62, n. 3, p. 775-806, 1998.
SCHOCH, C. L.; CIUFO, S.; DOMRACHEV, M.; HOTTON, C.L.; KANNAN, S.; KHOVANSKAYA, R.; LEIPE, D.; MCVEIGH, R.; O’NEILL, K.;
ROBBERTSE, B.; SHARMA, S.; SOUSSOV, V.; SULLIVAN, J.P.; SUN, L.; TURNER, S.; KARSCH-MIZRACHI, I. NCBI Taxonomy: a comprehensive update
on curation, resources and tools. Database, 2020. DOI:10.1093/database/baaa062.
SCHÜNEMANN, R.; ROGGIA, S.; MURARO, D. S.; KNAAK, N.; FIUZA, L. M. Insecticidal potential of Bacillus thuringiensis for the biological control of
neotropical brown stink bug. Entomologia Experimentalis et Applicata, v. 166, n. 2, p. 131-138, 2018.
SOSA-GÓMEZ, D. R.; SPECHT, A.; PAULA-MORAES, S. V.; LOPES-LIMA, A.; YANO, S. A.; MICHELI, A.; MORAIS, E. G.; GALLO, P.; PEREIRA, P.
R.; SALVADORI, J. R. Timeline and geographical distribution of Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera, Noctuidae: Heliothinae) in Brazil. Revista
Brasileira de Entomologia, v. 60, n. 1, p. 101-104, 2016.
SOUZA, C. S. F.; SILVEIRA, L. C. P.; PITTA, R. M.; WAQUIL, J. M.; PEREIRA, E. J. G.; MENDES, S. M. Response of field populations and Cry-resistant
strains of fall armyworm to Bt maize hybrids and Bt-based bioinsecticides. Crop Protection, v. 120, p. 1-6, 2019.
TIWARI, S.; PRASAD, V.; LATA, C. Bacillus: Plant Growth Promoting Bacteria for Sustainable Agriculture and Environment. In: SINGH, J. S.; SINGH, D. P.
(Eds.). New and Future Developments in Microbial Biotechnology and Bioengineering. [S. l.]: Elsevier, 2019. p. 43-55.
VAN FRANKENHUYZEN, K. Specificity and cross-order activity of Bacillus thuringiensis pesticidal proteins. In: FIUZA, L. M.; POLANCZYK, R. A.;
CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringiensis and Lysinibacillus sphaericus. New York: Springer International Publisher, 2017. p. 127-172.
VEMMER, M.; PATEL, A. V. Review of encapsulation methods suitable for microbial biological control agents. Biological Control, v. 67, n. 3, p. 380-389,
2013.
WANG, J.; ZHENG, X.; YUAN, J.; WANG, S.; XU, B.; WANG, S.; ZHANG, Y.; WU, Q. Insecticide Resistance Monitoring of the Diamondback Moth
(Lepidoptera: Plutellidae) Populations in China. Journal of Economic Entomology, 2021. DOI:10.1093/jee/toab027
WANG, Y.; LIU, Y.; ZHANG, J.; CRICKMORE, N.; SONG, F.; GAO, J.; SHU, C. Cry78Aa, a novel Bacillus thuringiensis insecticidal protein with activity
against Laodelphax striatellus and Nilaparvata lugens. Journal of invertebrate pathology, v. 158, p. 1-5, 2018.
WU, K. Regional management strategy for cotton bollworm Helicoverpa armigera in China. Control of Insect Pests, v. 7, p. 559-565, 2007.
ZHANG, X.; GAO, T.; PENG, Q.; SONG, L.; ZHANG, J.; CHAI, Y.; SUN, D.; SONG, F. A strong promoter of a non-cry gene directs expression of the cry1Ac
gene in Bacillus thuringiensis. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 102, n. 8, p. 3687-3699, 2018.