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SOJA

Profa. Edilaine Traspadini


• Reino Plantae
• Divisão Magnoliophyta
• Classe Magnoliopsida
• Ordem Fabales
• Família Fabaceae
• Género Glycine
• Espécie Glycine max
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Têm flores de fecundação autógama

• A reprodução natural dos indivíduos se


dá predominantemente ( > 95%
dos cruzamentos) por autofecundação.
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• A estatura das plantas varia,


dependendo das condições do
ambiente e da variedade (cultivar).

• A estatura ideal está entre 60 a 110


cm, o que, em lavouras comerciais,
pode facilitar a colheita mecânica e
evitar o acamamento.
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• O ambiente influencia na floração e, consequentemente, no seu ciclo.

• A floração da soja responde ao nictoperíodo, ou duração da noite.

• É que controla o processo de indução ao florescimento em plantas


sensíveis à variação na duração do dia.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• O ambiente influencia na floração e, consequentemente, no seu ciclo.

• Fotoperíodo (duração do dia)


• A soja é uma planta de dias curtos, uma vez que, sob dias longos, ela
atrasa seu florescimento e alonga seu ciclo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Com o uso da característica do florescimento tardio em dias curtos,


ou do chamado “período juvenil longo”, não há mais restrição
fotoperiódica ao plantio comercial de soja, mesmo sob a linha do
equador, o que rendeu ao Brasil o título de país que “tropicalizou” a
soja.

• C:\Users\Edila\Downloads\PORTN256SOJARO.ret.pdf
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• As cultivares brasileiras de soja são classificadas em grupos de
maturação (GM), com base no seu ciclo.
• Essa classificação varia conforme a região, por exemplo:

• Em Minas Gerais, os GM são: semiprecoce (101 a 110 dias);


médio (111 a 125 dias); semitardio (125-145 dias); tardio
(>145 dias) e,
• No Paraná, são: precoce (até 115 dias); semiprecoce (116-125
dias); médio (126-137 dias) e semitardio (138-145 dias).
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO

• As etapas de desenvolvimento são divididas em:

• FASE VEGETATIVA
• FASE REPRODUTIVA

• Vamos entender o que acontece exatamente em cada uma delas!


FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• Importante: nesta fase, é importante entender o critério para que


uma folha seja considerada completamente desenvolvida.

• Uma folha é considerada completamente desenvolvida quando os


bordos do trifólio superior (acima) a ele não estão mais se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• VE - EMERGÊNCIA
• Caracterizado pelos cotilédones estarem acima da superfície do solo.
Observe a região abaixo dos cotilédones. A cor verde indica o cultivar
de soja com flor branca, já uma cor roxa identifica o cultivar com
flores roxas.

FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• VE - EMERGÊNCIA
• Quantos dias este estágio dura? De 3 a 10 dias.

• Qual o consumo médio de água? Cerca de 0,8 mm/dia.

• Sua relação fonte – dreno? Dos cotilédones para raízes e folhas primárias.

• ATENÇÃO
• Fungos e pragas de solo: a perda de um cotilédone é pouco significativa, mas
a perda de ambos poderá implicar na redução do rendimento; Temperaturas
inferiores a 15ºC podem provocar atraso no desenvolvimento.


FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• VC
• Nesta fase da fenologia da soja, os cotilédones apresentam-se
desenvolvidos e par de folhas opostas abertas já se apresenta aberto.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V1
• Par de folhas opostas completamente desenvolvidos e a primeira
folha trifoliolada (acima) com os bordos de cada folíolo se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V2
• Primeira folha trifoliolada já conta com seus folíolos completamente
expandidos, sendo que a segunda folha trifoliolada está aberta, com
os bordos de cada folíolo se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V3
• Segunda folha trifoliolada está completamente desenvolvida, com
seus folíolos expandidos, sendo que a terceira folha trifoliolada está
aberta, com os bordos de cada folíolo se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V3
• Terceira folha trifoliolada está completamente desenvolvida, com
seus folíolos expandidos, sendo que a quarta folha trifoliolada está
aberta, com os bordos de cada folíolo se tocando
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V2 a V4
• Entre as fases V2 e V4, os cotilédones ficam amarelados e caem,
indicando que a planta de soja já possui o mínimo de folhas e raízes
para garantir seu crescimento.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V5
• Quarta folha trifoliolada está completamente desenvolvida, com seus
folíolos expandidos, sendo que a quinta folha trifoliolada está aberta,
com os bordos de cada folíolo se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V1 a V5
• Duração: 3 a 8 dias

• Consumo Médio de Água: 1,5 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para raízes e folhas novas.

• Índice de área foliar (IAF): 0,06 – 0,25

• ATENÇÃO
• Fase crítica de matocompetição;
• Pragas da parte aérea.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• V5 e V6
• O esperado é que até a fase V5 e V6 a planta expanda um trifólio a
cada cinco ou seis dias, devido a até esse momento seu dreno
principal de energia ser a construção de raízes.

• Depois disso, o surgimento de novas folhas ocorrem a cada três ou


quatro dias.

• Dependendo do cultivar e da época de semeadura no ciclo da soja, a


planta pode formar até 20 folhas trifolioladas.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE VEGETATIVA

• VN
• Enésima folha trifoliolada está completamente desenvolvida, com
seus folíolos expandidos, sendo que a folha trifoliolada acima dela
está aberta, com os bordos de cada folíolo não mais se tocando.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R1 (início do florescimento)
• Uma flor aberta em qualquer nó da haste principal.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA
• R1 (início do florescimento)
• Duração: 1 a 7 dias

• Consumo Médio de Água: 6,2 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para botões florais (30%), folhas
novas (50%) e raízes(20%).

• Índice de área foliar (IAF): 3,1 – 4,1

• ATENÇÃO
• Fase crítica com relação a falta de água;
• Pragas da parte aérea – lagartas: monitoramento do complexo de lagartas e aplicação do MEP;
• Temperaturas inferiores a 15ºC podem afetar o processo de fecundação das flores;
• Temperaturas superiores a 30ºC podem provocar o abortamento de flores.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R2 (fase do florescimento pleno)


• Uma flor aberta em um dos dois últimos nós da haste principal, com
folha completamente desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R2 (fase do florescimento pleno)


• Duração: 5 a 15 dias

• Consumo Médio de Água: 6,9 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para flores (50%), folhas
novas (30%) e raízes (20%).

• Índice de área foliar (IAF): 3,3 – 5,2

• ATENÇÃO
• Fase crítica com relação a falta de água;
• Pragas da parte aérea – lagartas: monitoramento do complexo de lagartas e aplicação do
MEP;
• Temperaturas inferiores a 15ºC podem afetar o processo de fecundação das flores;
• Temperaturas superiores a 30ºC podem provocar o abortamento de flores.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R3 (início da formação das vagens)


• Vagem com 5 mm de comprimento em um dos quatro últimos nós da
haste principal, com folha completamente desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R3 a R6
• Entre R3 e R6 é possível observar o máximo desenvolvimento
radicular e atividade dos nódulos nas plantas, o que indica alta
demanda pela absorção de água e nutrientes, bem como o pico da
fixação biológica do nitrogênio
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R4 (vagem completamente desenvolvida)


• Vagem com 2 cm de comprimento em um dos quatro últimos nós da
haste principal, com folha completamente desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R5.1 (início do enchimento do grão)


• Vagens com sementes com até 10% de granação em um dos quatro
últimos nós da haste principal, com folha completamente
desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R5.2
• Vagens com sementes com 10% a 25% de granação em um dos
quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente
desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R5.3
• Vagens com sementes com 26% a 50% de granação em um dos
quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente
desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R5.4
• Vagens com sementes com 51% a 75% de granação em um dos
quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente
desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA
• R5.5
• Vagens com sementes com 76% a 100% de granação em um dos
quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente
desenvolvida.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA
• R5. 1 a R5.5

• Duração: 11 a 20 dias

• Consumo Médio de Água: 7,5 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para vagens (80%), folhas novas
(15%) e raízes (5%).

• Índice de área foliar (IAF): 4,5 – 7,7

• ATENÇÃO
• Fase crítica com relação a falta de água;
• Pragas da parte aérea – lagartas: monitoramento do complexo de lagartas e aplicação do MEP;
• Pragas da parte aérea – percevejos: até estádio R4, > 0,5 percevejo por batida, entrar com MEP;
R5.1, > 2 percevejos por batida, entrar com MEP.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R6 (grãos cheios)
• Vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades da vagem
em um dos quatro últimos nós da haste principal, com folha
completamente desenvolvida. Etapa marcada pela forte redução da
taxa de FBN.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R6 (grãos cheios)
• Duração: 9 a 30 dias

• Consumo Médio de Água: 7,4 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para vagens (80%), folhas novas
(15%) e raízes (5%).

• Índice de área foliar (IAF): 4,3 – 6,2

• ATENÇÃO
• Fase crítica com relação a falta de água;
• Pragas da parte aérea – lagartas e percevejos
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R7 (início da maturação)
• Uma vagem normal no caule com coloração madura.
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA

• R8 (maturação plena)
• 95% das vagens com coloração de madura.
CICLO
Crescimento é determinado

• Crescimento indeterminado
• Quando o crescimento é determinado, a planta apresenta um
racemo terminal e quando inicia-se o florescimento, o
crescimento vegetativo cessa.

• Já as de crescimento indeterminado, não tem racemo


terminal e o crescimento vegetativo continua após o
florescimento.
• CONTINUAÇÃO DA AULA DA CULTURA DA SOJA
FENOLOGIA DA SOJA: AS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
FASE REPRODUTIVA
• R5. 1 a R5.5

• Duração: 11 a 20 dias

• Consumo Médio de Água: 7,5 mm/dia

• Relação Fonte – Dreno: das folhas fisiologicamente maduras para vagens (80%), folhas
novas (15%) e raízes (5%).

• Índice de área foliar (IAF): 4,5 – 7,7

• ATENÇÃO
• Fase crítica com relação a falta de água;
• Pragas da parte aérea – lagartas e percevejos
• Figura 3. Elementos meteorológicos e índice bioclima para as etapas de
desenvolvimento da soja – emergência (S – E), emergência – vegetativo final
(E – FV), vegetativo final – flor completa (FV-FB), flor completa – maturidade
fisiológica (FB – PM) para a cultivar BMX Ativa RR (a) durante o ano da
safra 2012/2013, Frederico Westphalen/RS, Brasil, 2015.
• Figura 3. Elementos meteorológicos e índice bioclima para as etapas de
desenvolvimento da soja – emergência (S – E), emergência – vegetativo final
(E – FV), vegetativo final – flor completa (FV-FB), flor completa – maturidade
fisiológica (FB – PM) para a cultivar BMX Potência RR (c) durante o ano
da safra 2012/2013, Frederico Westphalen/RS, Brasil, 2015.
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)
• Processo natural que ocorre em associações de
plantas com bactérias diazotróficas.

• Seu principal produto, o nitrogênio, é um nutriente


essencial para o crescimento e o desenvolvimento
vegetal.
Esquema de como ocorre a fixação biológica – Fonte: CropLife Brasil
Formação do nódulo

(A) Eventos envolvidos na iniciação do nódulo B) Estágios de infecção e formação de nódulos


– Fonte: Taiz e Zeiger, 2017
• Formação do nódulo
Formação do nódulo

Eventos envolvidos na iniciação do nódulo:

(1) Excreção de substâncias pela raízes;

(2) Essas substâncias atraem os rizóbios e os


estimulam a produzir fatores de divisão
celular;

(3) As células no córtex da raiz se dividem para


formar o meristema do nódulo primário.

– Fonte: Taiz e Zeiger, 2017


• Formação donódulo
Formação do nódulo

Estágios de infecção e formação de nódulos:

(4) bactérias se fixam no pêlo radicular;


(5) células no periciclo próximo aos pólos do xilema
são estimuladas a se dividir;
(6) o filamento de infecção se forma e se estende
para dentro à medida que o meristema do nódulo
primário e o periciclo continuam a se dividir;
(7) as duas massas de células em divisão se fundem
em um único aglomerado enquanto o fio de
infecção continua a crescer;
(8) o nódulo se alonga e se diferencia, incluindo a
conexão vascular com o estelo radicular. Os
bacteróides são liberados nas células centrais. – Fonte: Taiz e Zeiger, 2017
raiz

Zona dos bacterióides

nódulo
Bacteriódes

Bacteriódes nos nódulos radicular de plantas de soja


A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

N2 + 16 ATP + 8 e- + 8H+ ---> 2 NH3 + H2 + 16 ADP + 16 Pi

A ligação tripla é rompida (Sistema bioquímicos) e em seguida 3


atómos de hudrogêncios são ligados a cada N, formando-se o 2
NH3 (amônia).

Para isso a planta hospedeira serve a energia (ATP, elétrons e H),


que vem da fotossintese e respiração (metabolismo oxidativo) ao
microorganismo.
Fotossíntese Ar

CARBOIDRATOS O2 N2

METABOLISMO OXIDATIVO
(ciclo de krebs) Leg-hemoglobina
(Co)
Reações metabólicas de CADEIA RESPIRATÓRIA

FBN nos bacterióides.


Elétrons ATP H+

Sistema Transportador de Parte aérea


elétrons ADP+Pi
(Ferrodoxina

Nitrogenase Xilema
é
NN + 3H+

Fe-proteína II Fe-Mo proteína I Aminoácido


2NH3 Ex:
Bacterióide é é Asparagina

Membrana da bactéria
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

Depende:

1. Metabolismo oxidative: fornecer ATP, elétrons e H.


2. Sistema transportador de elétrons (ferrodoxina)
3. Transportador de O2 (leg-hemoglobina)
4. Complexo da nitrogenase
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

Depende:

1. Metabolismo oxidative: fornecer ATP, elétrons e H.


2. Sistema transportador de elétrons

A Fe- proteína II (4 átomos de Fe e 4 atomos de S) transfere os


eletrons Fe-Mo Proteína I (até 40 átomos de Fe e 2 átomos de
Mo), tendo como cofactor o Mo e o F;

N2 se liga, na presença dos eletrons que serão utilizados para


quebrar a ligação tripla de N.
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

Depende:

1. Metabolismo oxidative: fornecer ATP, elétrons e H.


2. Sistema transportador de elétrons
3. Transportador de O2 (leg-hemoglobina)

A energia (ATP) é alimentada pelo O2, transportado pela Leg-


hemoglobina, evitando o excesso de O2, que enibe a enzima.
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)
Depende:

1. Metabolismo oxidative: fornecer ATP, elétrons e H.


2. Sistema transportador de elétrons (ferrodoxina)
3. Transportador de O2 (leg-hemoglobina)
4. Complexo da nitrogenase

O processo simbiótico é um processo mediado por um complex


enzimático denominado nitrogenase, com a participação direta
de alguns nutrientes:

Fe, Mo, Co, S, Mg, Ca e P (ATP)


A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)

A amônia (NH3) é transferido para fora do bacterióide por difusão.


Que será transportado para a parte aérea.
No campo, como saber que a FBN está adequada?

Quando a enzima nitrogenase está ativa, o interior dos nódulos apresenta


uma coloração rósea que indica a presença de moléculas transportadoras
de O2, necessário para a respiração dos bacteróides.
No campo, como saber que a FBN está adequada?

A presença da dessa proteina no nódulo resulta na cor vermelha no interior.


Leghemo. => Co – vitamina B12 (precursora)
Quais os nutrientes envolvidos na FBN?

Fe, Mo, Co, S, Mg, Ca e P

Como são envolvidos?

Fe: Sistema transportador de elétrons (Fe- proteína II e Fe-Mo Proteína I)


Mo: Sistema transportador de elétrons (Fe-Mo Proteína I)
S: Sistema transportador de elétrons (Fe- proteína II)
Co: Transportador de O2 (leg-hemoglobina)
Mg, Ca e P: ATP
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
Exigências hídricas

• A semente de soja necessita absorver,


no mínimo, 50% de seu peso em água
para assegurar boa germinação.

• Nessa fase, o conteúdo de água no


solo não deve exceder a 85% do total
máximo de água disponível e nem ser
inferior a 50%
Exigências hídricas

• A necessidade de água na cultura da soja vai aumentando com o


desenvolvimento da planta, atingindo o máximo durante a floração E
enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia), decrescendo após esse período.

• A necessidade total de água na cultura da soja, para obtenção do


máximo rendimento, varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo
das condições climáticas, do manejo da cultura e da duração do ciclo.
Exigências térmicas

• A faixa de temperatura do solo adequada para semeadura varia de


20oC a 30oC, sendo 25oC a temperatura ideal para uma emergência
rápida e uniforme.

• Sempre que possível, a semeadura da soja não deve ser realizada


quando a temperatura do solo estiver abaixo de 20oC porque
prejudica a germinação e a emergência.
Exigências térmicas

• A soja melhor se adapta a temperaturas do ar entre 20oC e 30oC; a


temperatura ideal para seu crescimento e desenvolvimento está em
torno de 30oC.

• A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas


acima de 13oC.
Exigências térmicas
Instalação da Lavoura:
época, espaçamento e
população de plantas
Instalação da Lavoura
• Os fatores determinantes de uma adequada instalação de lavoura em
soja são os relacionados :

• À época de semeadura
• À distribuição dos fatores climáticos
• Às operações de semeadura
• Às características das cultivares
• À qualidade da semente.
Instalação da Lavoura: época de semeadura

• Quanto à duração de ciclo:


• Semeaduras anteriores a novembro tendem a alongar o ciclo
• Semeaduras posteriores a novembro tendem a encurtar o ciclo.
Instalação da Lavoura: época de semeadura

• A semeadura pode ser realizada antes de meados de outubro ou até


depois de meados de dezembro, dependendo das condições locais e
das cultivares utilizadas.
Instalação da Lavoura: época de semeadura
• Semeaduras antecipadas para início de outubro

✓Garantem boa disponibilidade de umidade no período reprodutivo


das plantas,
✓Mas, geralmente, produzem plantas com porte muito baixo.
Instalação da Lavoura: época de semeadura
• Semeaduras após meados de dezembro

• Expõem as plantas a maiores riscos de perdas provocadas por


percevejos, por ferrugem e por deficiência hídrica no solo.

• Além da redução do porte das plantas e da duração de ciclo.


Instalação da Lavoura: época de semeadura
• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura

• Cultivares com período juvenil mais longo, florescem mais tarde,


portanto apresentam um maior período de crescimento antes de
florescer e, por isso, apresentam plantas mais altas.
Instalação da Lavoura: época de semeadura
• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura

• Cultivares com período juvenil mais longo e as de tipo de crescimento


indeterminado, de modo geral, apresentam plantas mais altas em
semeaduras de outubro.
Instalação da Lavoura: época de semeadura
• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura

• O propósito é utilizar cultivares precoces em semeaduras anteriores a


meados de outubro, as de crescimento indeterminado são as mais
indicadas, pois podem apresentar maior altura de plantas nessa época.
Instalação da Lavoura: População de plantas e espaçamento

• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura


• Para melhor utilizar a barra ferramenta das semeadoras existentes no
mercado, indicasse espaçamento entre 40cm e 50cm, embora já
existam máquinas que possibilitam espaçamentos menores para soja.
Instalação da Lavoura: População de plantas e espaçamento

• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura


• Para melhor utilizar a barra ferramenta das semeadoras existentes no
mercado, indicasse espaçamento entre 40cm e 50cm, embora já
existam máquinas que possibilitam espaçamentos menores para soja.
Instalação da Lavoura: População de plantas e espaçamento

• Interação época e cultivares e antecipação da semeadura


• Para melhor utilizar a barra ferramenta das semeadoras existentes no
mercado, indicasse espaçamento entre 40cm e 50cm, embora já
existam máquinas que possibilitam espaçamentos menores para soja.
Instalação da Lavoura: Cuidados na semeadura

• Velocidade de operação da semeadora:

• a velocidade ideal de deslocamento está entre 4km/h e 6km/h,


Instalação da Lavoura: Cuidados na semeadura
• Profundidade:
• As sementes de soja devem ser semeadas a uma profundidade de 3 a 5
cm.
• Semeaduras em profundidades maiores dificultam a emergência,
principalmente em solos arenosos, sujeitos a assoreamento, ou onde
ocorre compactação superficial do solo
Instalação da Lavoura: Cuidados na semeadura
• Posição semente/adubo:
• O adubo deve ser distribuído ao lado e abaixo da semente.

• O contato direto prejudica a absorção da água pela semente, podendo


até matar a plântula em crescimento, principalmente em caso de dose
alta de cloreto de potássio no sulco (acima de 80 kg de KCl/ha).
Instalação da Lavoura: Cuidados na semeadura
• Compatibilidade dos produtos químicos:

• Produtos químicos como fungicidas e herbicidas, nas doses


recomendadas, normalmente, não afetam a germinação da semente de
soja.

• Porém, em doses excessivas, prejudicam tanto a germinação quanto o


desenvolvimento inicial das plântulas
Tratamento de sementes
com fungicidas
• O tratamento das sementes com
fungicidas oferece garantia de melhor
estabelecimento da população de
plantas

• Por controlar patógenos importantes


transmitidos pelas sementes,
diminuindo a chance de sua
introdução em áreas indenes.
Tratamento de sementes
com fungicidas
• Os principais patógenos transmitidos
pela semente de soja são:

• Cercospora kikuchii,
• Cercospora sojina,
• Fusarium semitectum,
• Phomopsis spp.
• Diaporthe spp.
• Colletotrichum truncatum.
INOCULAÇÃO DAS
SEMENTES DE SOJA
• É uma pratica indispensável para
fornecer o nitrogênio (N) que
a soja necessita através de uma
simbiose.

• A bactéria inoculada (Bradyrhizobium


japonicum e Bradyrhizobium elkanii )
nas sementes infecta as raízes da soja,
via pelos radiculares, formando os
nódulos e, no seu interior, ocorre o
processo de Fixação Biológica do
Nitrogênio (FBN).
INOCULAÇÃO DA SOJA
• Inoculação em áreas de primeiro cultivo com soja

• Como a soja não é uma cultura nativa do Brasil e a bactéria que fixa o nitrogênio
atmosférico (Bradyrhizobium) não existe naturalmente nos solos brasileiros, é indispensável
que se faça a inoculação da soja nessas condições, para garantia de obtenção de alta
produtividade.

• A dose de inoculante deve ser a indicada e não deixar de observar os cuidados em relação à
aplicação de fungicidas e micronutrientes nas sementes.

• Quanto maior o número de células viáveis nas sementes, melhores serão a Inodulação e o
rendimento de grãos.
INOCULAÇÃO DA SOJA
• Inoculação em áreas com cultivo anterior de soja

Os ganhos com a inoculação, em áreas já cultivadas anteriormente com soja, são


menos expressivos do que os obtidos em solos de primeiro ano.

Todavia, têm sido observados ganhos médios de 8% no rendimento de grãos com


a inoculação em áreas já cultivadas com essa leguminosa.

Por isso, recomenda-se reinocular a cada ano.


INOCULAÇÃO DA SOJA
• Inoculação emergencial

• Em condições de campo, entre 5 e 8 dias após a emergência, já é possível observar a


formação dos primeiros nódulos e,

• No estádio V1-V2, devem ser visualizados, em média, de 4 a 8 nódulos/planta com 1 a 2


mm.

• Se não houver 10 nódulos/planta até o estádio V3/V4, a aplicação complementar de


inoculante via pulverização, na dose equivalente a 3,6 milhões de células/planta pode
recuperar parcialmente a nodulação.

• A aplicação do inoculante não deve ser realizada em mistura com outros produtos, deve
ser feita com jato dirigido para o solo, com solo úmido e ao final da tarde.
INOCULAÇÃO DA SOJA
• Cuidados ao adquirir inoculantes

a) adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e devidamente registrados no


MAPA. O número de registro deverá estar impresso na embalagem;
b) não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido;
c) certificar-se de que o mesmo estava armazenado em condições satisfatórias de
temperatura e arejamento;
d) transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado;
e) certificar-se de que os inoculantes contenham uma ou duas das quatro estirpes
recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 e SEMIA 5080);
f) em caso de dúvida sobre a qualidade do inoculante, contatar um fiscal do MAPA.
INOCULAÇÃO DAS SEMENTES
INOCULAÇÃO DA SOJA DE SOJA
• Cuidados na inoculação

a) fazer a inoculação à sombra e manter a semente inoculada protegida do sol e do


calor excessivo. Evitar o aquecimento, em demasia, do depósito da semente na
semeadora, pois alta temperatura reduz o número de bactérias viáveis aderidas à
semente;
b) fazer a semeadura logo após a inoculação, especialmente se a semente for tratada
com outros produtos. Para inoculantes acompanhados ou possuidores de protetores
específicos, que garantam a viabilidade da bactéria na semente, seguir a orientação
do fabricante;
c) para melhor aderência dos inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer a
semente com 300 ml/50 kg semente de água açucarada a 10% (100 g de açúcar e
completar para um litro de água);
d) é imprescindível que a distribuição do inoculante turfoso ou líquido seja uniforme
em todas as sementes para que tenhamos o benefício da fixação biológica do
nitrogênio em todas as plantas.
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO

1. Inoculação nas sementes


2. Inoculação no sulco de semeadura
3. Sementes pré-inoculadas
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO
1. Inoculação nas sementes

• Inoculante turfoso
1. umedecer as sementes com solução açucarada ou outra substância
adesiva, misturando bem.
2. Adicionar o inoculante, homogeneizar e deixar secar à sombra.
3. A distribuição da mistura açucarada/adesiva mais inoculante nas
sementes deve ser feita, preferencialmente, em máquinas próprias,
tambor giratório ou betoneira.
• Inoculante líquido
1. Aplicar o inoculante nas sementes, homogeneizar e deixar secar à
sombra.
INOCULANTE TURFOSO

Figura 1. Inoculação de sementes de soja utilizando inoculante turfoso e solução


adesiva (a esquerda). Inoculação de sementes utilizando inoculante turfoso,
simulando a inoculação direto na caixa de sementes da semeadora, sem o uso de
substâncias adesivas (a direita).
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO

2. Inoculação no sulco de semeadura

O método tradicional de inoculação pode ser substituído pela aplicação


do inoculante por aspersão no sulco, por ocasião da semeadura, em
solos com ou sem população estabelecida.

Método mais recomendado pela Associação Nacional dos Produtores e


Importadores de Inoculantes (ANPII).
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO

2. Inoculação no sulco de semeadura

Esse procedimento pode ser adotado, mas a dose aplicada de inoculante


deve ser equivalente a, no mínimo, 3,6 milhões de células/semente.

Em áreas que não são inoculadas há vários anos, particularmente em


solos arenosos, é recomendável a aplicação de cerca de 6 milhões de
células/semente.

O volume de líquido (inoculante mais água) não deve ser inferior a 50


l/ha.
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO

2. Inoculação no sulco de semeadura

A utilização desse método tem a vantagem de reduzir os efeitos tóxicos


do tratamento de sementes com fungicidas e da aplicação de
micronutrientes nas sementes sobre a bactéria.

A aplicação dos inoculantes no solo evita a mortalidade das bactérias,


pois não há contato direto com agroquímicos nem com as altas
temperaturas da caixa de sementes.

Além disso, a uniformidade da aplicação garante a qualidade do plantio


sem afetar o rendimento operacional do agricultor.
INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO

2. Inoculação no sulco de semeadura


INOCULAÇÃO
MÉTODOSDAS SEMENTES DE SOJA
DE INOCULAÇÃO
3. Sementes pré-inoculadas

Tem sido comum a comercialização de sementes de soja pré-inoculadas


com Bradyrhizobium.

Entretanto, dados de pesquisa têm constatado quedas drásticas no


número de células de Bradyrhizobium nas sementes, já a partir de 24 h
após a inoculação, que podem ser acentuadas na presença de agrotóxicos
e/ou micronutrientes.

Assim sendo, é recomendável que a prática da pré-inoculação seja


evitada.
Adubação na soja
Adubação

• Nitrogênio mineral
• Resultados obtidos em todas as regiões onde a soja é cultivada
mostram que:

• A aplicação de fertilizante nitrogenado além de reduzir a nodulação e a


eficiência da FBN, não traz nenhum incremento de produtividade para a
soja.

• No entanto, se as fórmulas de adubo que contêm nitrogênio forem mais


econômicas do que as fórmulas sem nitrogênio, elas poderão ser
utilizadas, desde que não sejam aplicados mais do que 20 kg de N/ha

FONTE: EMBRAPA (2014)


• Na semeadura da soja, como manutenção, aplicar 20 kg de K2O para cada
1.000 kg de grãos que se espera produzir.
• A aplicação de micronutrientes no sulco de plantio tem sido bastante
utilizada pelos produtores. Neste caso aplica-se 1/3 da indicação a
lanço por um período de três anos sucessivos
Adubação

• Aplicação de micronutrientes nas sementes

• O Co e o Mo são indispensáveis para a eficiência da FBN, para a


maioria dos solos onde a soja vem sendo cultivada.
Adubação

• Aplicação de micronutrientes nas sementes

• As indicações técnicas atuais desses nutrientes são para aplicação de


2 a 3 g de Co e 12 a 25 g de Mo/ha, via semente ou em pulverização
foliar, nos estádios de desenvolvimento V3-V5.
Adubação

• Aplicação de micronutrientes nas sementes

• Sabe-se que a necessidade de Co pela planta de soja é menor que a de


Mo, e que doses excessivas desse elemento, principalmente em
aplicações via tratamento de sementes, podem resultar em
fitotoxicidade e deficiência na absorção de ferro (Fe) pela planta.
Adubação

• Aplicação de micronutrientes nas sementes

• Dourado Neto et al. (2012), utilizando diferentes formulações de Co e


Mo, observaram:

• Aumento no número de vagens por planta


• Número de grãos por vagem
• Massa de 1.000 grãos e
• Rendimento de grãos (10% superior à das plantas controle)
Adubação

• Aplicação de micronutrientes nas sementes

• Caso o agricultor opte por utilizar sementes enriquecidas em Mo


(teor acima de 10 mg kg-1), não há necessidade de aplicar Mo nas
sementes, apenas foliar.

• Nesse caso, a dose de Mo pode ser de 10 g ha-1, aplicada nos estádios


V5 até R1.
Adubação

• Sementes enriquecidas em Mo

• Fazer duas aplicações de 200 g ha-1 de Mo, de fonte solúvel em água, entre
os estádios R3 e R5-4, com intervalo de no mínimo 10 dias.

• Essa prática deve ser executada exclusivamente pelos produtores de


semente.

• Nesse casos, a reserva interna da semente é suficiente para que a planta


originada possa crescer e se desenvolver sem dependência externa.
Adubação

• Sementes enriquecidas em Mo

• Oliveira et al. (2015), avaliaram a viabilidade econômica da produção


de sementes de soja enriquecidas com Mo e obtiveram incremento
de até 680 kg ha-1 com aplicações foliares de Mo.

• A aplicação do micronutriente na dose de 800 g ha-1 , em duas vezes,


aumentou o lucro operacional (receita bruta - custo operacional total)
da produção de sementes em cerca de 26%.
Adubação foliar com macro e micronutrientes

• No caso da deficiência de manganês (Mn), constatada através de


exame visual, indica-se a aplicação de 350 g ha-1 de Mn (1,5 kg de
MnSO4) diluído em 200 litros de água com 0,5% de uréia.

• Na cultura da soja, essa prática não é indicada para outros macro ou


micronutrientes.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes

• Nitrogênio
• Com a deficiência de nitrogênio, observamos um baixo
desenvolvimento vegetativo e radicular.

• As folhas mais novas tendem a ficar mais claras e as inferiores


apresentam clorose generalizada.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes

• Nitrogênio
DEFICIÊNCIA
NUTRICIONAL

• Macronutrientes

• Nitrogênio
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
• Macronutrientes
• Fósforo
• O fósforo está presente na estrutura genética das células, na
formação do DNA e RNA. Além disso, é componente da molécula de
ATP, responsável por proporcionar a energia aos processos
metabólicos. Sua falta, ocasiona o nanismo das plantas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes

• Fósforo
• Na falta de fósforo, as folhas ficam
raquíticas e observamos a má
formação de grãos.

• As folhas mais velhas apresentam


coloração verde-azulada ou
avermelhadas (dependendo da
espécie).
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes
• Potássio

• O Potássio é um importante ativador enzimático. Ou seja, sem ele,


muitas das reações químicas no interior da planta não acontecem.

• Além disso é um importante regulador da pressão osmótica celular,


ou seja, possibilita a planta regular a quantidade de água dentro das
células.
DEFICIÊNCIA
NUTRICIONAL
• Macronutrientes

• Potássio
• Folhas mais velhas amareladas
nas margens, necrose nos
bordos e má formação de grãos.
Deficiência de potássio
em Soja
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes
• Magnésio
• Clorose internerval das folhas mais
velhas.
• Com a progressão dos sintomas,
surgem manchas pálidas na lâmina
foliar que depois evoluem para
necrose.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes
• Cálcio
• Folhas novas com as margens esbranquiçadas que progride para o
centro.

• Colapso do pecíolo das folhas, queda acentuada de flores e vagens e


baixo desenvolvimento de raízes.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Macronutrientes

• Enxofre
• O primeiro sintoma é a
clorose generalizada nas
folhas mais novas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Zinco
• O zinco (Zn) é importante na ativação de enzimas nas plantas, como a
sintetase do triptofano, enzima precursora do ácido indol acético
(AIA).
• Os sintomas de deficiência são caracterizados pela coloração amarelo-
amarronzado claro nas folhas e pelo reduzido tamanho das folhas
jovens, devido à baixa mobilidade desse micronutriente no floema da
planta.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Zinco
• Encurtamento dos internódios e as
folhas novas se tornam menores e até
lanceoladas.

• Além disso, as folhas novas podem


apresentar áreas cloróticas (ou
brancas) entre as nervuras.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Zinco
• A absorção de Zn pelas plantas de soja está diretamente relacionada
ao pH do solo, sendo que o excesso de calagem e a consequente
elevação excessiva do pH podem resultar em deficiência.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Manganês

• Na planta, o Mn apresenta importante papel na constituição de


enzimas, participação indireta na formação de clorofila e atua
na ativação de diversas reações metabólicas ligadas à
fotossíntese.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Manganês
• Clorose internerval das folhas
novas, com as nervuras
permanecendo verdes (reticulado
grosso).
• Em casos mais graves, há também
o surgimento de áreas necróticas
marrons.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Manganês
• A elevação do pH a valores acima de 6,0, há crescente redução na
disponibilidade de Mn no solo, resultando na deficiência desse nutriente às
plantas.

• O manejo incorreto de nutrientes e de corretivos do solo tem sido


apontado como o principal fator desencadeador da deficiência de Mn.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Boro
• O B apresenta função vital em várias etapas relacionadas à
fase reprodutiva das.
• Além disso, participa de vários processos fisiológicos, principalmente na
síntese e integridade da parede celular, podendo seus sintomas de
deficiência serem confundidos com os de fósforo (P) e de potássio (K).
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Boro
• O B apresenta função vital em várias etapas relacionadas à
fase reprodutiva das.
• Além disso, participa de vários processos fisiológicos, principalmente na
síntese e integridade da parede celular, podendo seus sintomas de
deficiência serem confundidos com os de fósforo (P) e de potássio (K).
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Boro
• Cerca de 80% dos solos brasileiros são deficientes em boro.
• Sua função nas plantas é estrutural, compondo a membrana e parede
celulares.
• Sua mobilidade é muitíssimo baixa, por isso os sintomas de sua
ausência se iniciam nas folhas mais novas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Boro
• Folíolos pequenos nas folhas novas,
• Baixa fecundação de flores e
• Grande queda no número de vagens,
• Lento crescimento dos pontos de crescimento, que podem até
morrer.
• Quando já avançado pode haver superbrotação e encarquilhamento
das folhas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Boro
• Folíolos pequenos nas folhas novas, baixa fecundação de flores e
grande queda no número de vagens, também há o lento crescimento
dos pontos de crescimento, que podem até morrer. Quando já
avançado pode haver superbrotação e encarquilhamento das folhas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Ferro
• Clorose entre as nervuras das folhas
novas, podendo evoluir para um
“braqueamento” (reticulado fino).

• Com a evolução dos sintomas as nervuras


também perdem a cor e se tornam
cloróticas.
DEFICIÊNCIA
NUTRICIONAL
• Micronutrientes
• Cobre
• O Cu é um importante micronutriente relacionado ao crescimento e
desenvolvimento das plantas.
• Está ligado a enzimas que participam de reações redox, como a
plastocianina, a qual está envolvida no transporte de elétrons na
fotossíntese.
• Atua também como ativador de enzimas que
participam do transporte eletrônico terminal da respiração.
DEFICIÊNCIA
NUTRICIONAL
• Micronutrientes

• Cobre
• Na sua deficiência, as folhas novas
tornam-se verde-escuras, com
possíveis manchas necróticas
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Molibdênio
• O Mo está envolvido em diversos processos bioquímicos nas plantas e tem
importância fundamental na incorporação do N em compostos orgânicos por meio
das reações de redução de nitrato a nitrito.

• Ele também é essencial para a fixação biológica do nitrogênio (FBN), pois é


componente do complexo enzimático nitrogenase, envolvido no processo de
redução do N2 a amônia.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Molibdênio

• Assim, os sintomas de
deficiência de Mo
expressam-se como
amarelecimento das folhas
mais velhas, devido à
deficiência de N, e possíveis
necroses marginais, devido
ao acúmulo de nitrato.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes
• Cobalto
• O Co, assim como o Mo, é um
elemento importante para a
FBN da soja, pois participa da
síntese de cobalamina e de leghe-
moglobina, elementos presentes
nos nódulos das plantas.
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

• Micronutrientes

• Cobalto
• A ausência de Co pode resultar em
deficiência de N, causando clorose total
das folhas mais velhas seguida de
necrose.
PRINCIPAIS PRAGAS DA SOJA
PRINCIPAIS DOENÇAS
E SINTOMATOLOGIA

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