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Medicina fetal

Definição da medicina fetal

a. Conjunto de medidas com finalidade preventiva, diagnóstica e terapêutica


objetivando avaliar, assistir a assegurar a saúde do feto;

Ouvindo o paciente

i. Pinar (menos sensível - ausculta dos BCF a partir da 20 semana)

ii. Sonar (ausculta dos BCF a partir das 12 semanas )

iii. Cardiotopografia

Vendo o paciente

i. USG 2D e 3D

ii. Permite avaliar a transluscência nucal( avaliar entre 11 e 14 semanas)

Avaliar o paciente através da consulta fetal

i. Morfológica de 1º trimestre ( entre 11 e 13 semanas e 6 dias) → orientação


para ser feito de forma rotineira

Avalia principalmente marcadores de alterações cromossômicas (Ex.: aumento


da transluscência nucal - TN - se alterado pensar em trissomias)

TN: é a medida da espessura da espaço entre a área hipoecoica máxima,


a pele e o tecido subcelular nucal. O aumento da TN está bem relacionada
a malformações cardíacas e a trissomias cromossômicos, não fecha o
diagnóstico mas indica risco.

Medicina fetal 1
Avaliar também a pressão de fluxo de artérias uterinas , cordão umbilical e a.
cerebral média;

útil para avaliar a vitalidade do feto, assim como para verificar o risco de
pré-eclâmpsia.

Doppler das artérias uterinas, cordão umbiliar e dar artéria cerebral média (
verifica também se há anemia no caso de hidropsia)

ii. Morfológica de 2º trimestre (entre 20 e 24 semanas) → orientação para ser


feito de forma rotineira;

Avaliação holística do feto para verificar presença de malformações

Alterações neurológicas: microcefalia ?

Alteração da coluna vertebral: meningomielocele ( o TTO pode ser


intrauterino)?

Alteração cardíaca:

Avaliação também do colo uterino ( verificar risco de prematuridade)

Em algumas condições a medicina fetal tem o papel de orientação nos casos de


achados incompatíveis com a vida extrauterina.

Condições que em que a Lei permite a interrupção da gravidez sem a necessidade


de um juíz autorizando:

i. Estupro

ii. Risco de morte iminente para a mãe

iii. Casos de anencefalia

Tocando o paciente

a. Amnioncentese

i. Verificar se o paciente está infectado por parasitas específicos ( ex.: PCR para
toxoplasmose)

Medicina fetal 2
ii. Só pode ser feita depois de 15 semanas

b. Biópsia de vilo corial

i. Pode ser feito no período entre 11 a 14 semanas

ii. Coleta de pequenos fragmentos da placenta

c. Cordoncentese

i. Pode ser feito a partir de 18 e até o final da gestação

ii. O procedimento mais complexo pela dificuldade de puncionar o cordão


umbilical

Lembrar que o cordão umbilical tem duas artérias e uma veia. Na sua
anatomia normal, o cordão umbilical possui três vasos: uma veia e duas
artérias.

As artérias conduzem o sangue não oxigenado do feto para a placenta e


a veia transporta o sangue oxigenado na placenta para a circulação fetal.

iii. É possível TRATAR casos de anemia fetal com a transfusão do feto nos casos
de anemia hemolítica fetal, por exemplo, ou infecção por parvovírus B19.

d. Diagnóstico pré-concepcional

e. Punção de vias urinárias

f. Punção de coleções líquidas

g. Embrioscopia/ fetoscopia

h. Biópsia de tecidos ( Ex.: fígado)

i. Avaliação do sangue materno

Pode-se ter acesso a moléculas do feto circulando no sangue materno


(verificar o sexo, se há trissomias)

Teste pré-natal não invasivo (NICT?)

a. Coleta de fragmentos placentários circulando na corrente sanguínea que também


tem origem fetal

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b. Avalia células da placenta → algumas alterações são restritas à placenta. Dessa
forma, quando o NICT etsiver alterado é necessário realizar um teste confirmatório
( amniocentese ou o cariótipo após o nascimento)

c. Pode ser feito depois de 10 semanas

Tratamento do paciente

a. Prevenção

i. Ácido fólico: administração ao longo de toda a gestação ? somente 1º trimestre

ii. Imunizante: Hepatite B, influenza, DTPa, Covid-19

iii. Administração de corticoide para mãe para que ocorra maturação pulmonar
do feto: administramos em condições de pré-eclâmpsia, ruptura precoce da
membrana.

iv. Imunoglobulina nos casos que a mãe não é sensibilizada ainda ( Coombs
indireto negativo)

b. Cirurgia percutânea →

i. pode ser feita transfusão fetal. Necessidade de puncionar a veia umbilical

ii. Correção de ACP - Adenomatose cística pulmonar →

c. Cirurgia endoscópica

i. Também pode ser feita a correção da meningomielocele

ii. Correção da hérnia diafragmática

d. Cirurgia a LASER:

i. Correção da síndrome da transfusão feto-fetal

ii. Correção de gestação gemelar com um feto acárdico; O gêmelo sadio pode ser
prejudicado se a comunicação vascular se mantiver.

e. Cirurgia fetal com nova abordagem : para correção de meningomielocele (


importante uma intervenção precoce. Pode-se mudar a evolução natural da
doença. A meningomielocele aumenta o risco de hidrocefalia, além de interferir na
vascularização da medula espinhal baixa).

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f. Células tronco

g. Robótica/ nanotecnologia

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