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Patologias Inguinais

HÉRNIA INGUINAL
- 1 a 5 % das crianças apresentam hérnia inguinal.
- Aumento considerável em prematuros: 10 a 30% (descida do testículo ocorre no final da gestação - por volta dos 7
meses).
- Fisiopatologia: resultado da falha do fechamento/ obliteração do conduto peritônio vaginal - hérnia INDIRETA.
- Lado direito: mais acometido.

- Muitos casos assintomáticos - diagnóstico em exames de rotina.


- Uma boa história clínica e registro pelos pais é suficiente para indicação da cirurgia.
- Hernia contra lateral: 6-10%
- Hernia inguinal a esquerda tem maior risco do que a direita
- Exploração contra lateral de rotina - controverso, porém está em desuso
- Opção: exploração por meio de laparoscopia - acesso pelo saco herniário contralateral
- Complicações:
- < 1% (+ em hérnias encarceradas e comorbidades associadas)
- Lesões de cordão espermático
- Infeccao pós operatória
- Hematoma pós operatório
- Hérnia inguinal direta: raro em crianças; alguns casos de recorrência após herniorrafia indireta.
- Hérnia femoral: abaulamento do ligamento inguinal, incidência muito baixa nas crianças; maior recorrência; técnica:
McVay.

- HIDROCELE
- Acúmulo anormal de líquido ao redor do testículo, dentro do escroto.
- Comunicante
- Mais comum.
- Conduta expectante é controversa - em geral, tratamento cirúrgico com exérese do excesso da túnica.
- Não comunicante
- Assintomática = seguimento clínico por 1 a 2 anos - tratamento cirúrgico se não houver resolução.
- Alguns casos com hidrocele gigante requerem abordagem escrotal com ressecção e eversão da túnica.
- Em adolescentes: em geral, complicação após varicocelectomia; avaliar com ecografia - pensar na
possibilidade de tumor.

- ENCARCERAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL


- A incidência da hérnia encarcerada varia de 12 a 17%.
- Fator de risco: baixa idade e prematuridade.
- Quando reduz - aguardar 24 a 48 horas para redução do edema e, após, realizar tratamento cirúrgico.
- Até 95% são reduzidas após analgesia.
- Tratamento cirúrgico de urgência na falha da redução.
CRIPTORQUIDIA
- Ausência de 1 ou ambos os testículos na bolsa escrotal.
- Mais comum no lado direito.
- Incidência: 3% RN termo, 30% pré-termo.
- Mecanismo: processo de descida falho.
- 80% descem no primeiro ano de vida, maioria até os 9 meses.
- 90% estão no canal inguinal.
- Atualmente: cirurgia com 9 meses.

- Riscos
- Tumores de linhagem germinativa (até 35x - seminoma; após tratamento não seminomatosos).
- Infertilidade - principalmente se tratamento após os 3 anos de vida.
- Hérnia.
- Atrofia testicular.
- EMBRIOLOGIA
- Início da descida na 28ª semana.
- Com 32 semanas, em geral, está na bolsa.

Criptorquidia versus testículo ectópico

- DIAGNÓSTICO
- Exame físico.
- TRATAMENTO:
- Testículo palpável ao longo do seu trajeto → orquidopexia (entre 9 a 10 meses de vida).
- Testículo não palpável:
- Prosseguir investigação - ecografia para tentar localizar testículo (ausente? intra-abdominal?).
- Intra-abdominal → laparoscopia.
- *Testículo não palpável bilateral - opção: tratamento hormonal para estimular o desenvolvimento dos
testículos → avaliar resposta.

- Testículo retrátil
- É mais frequente.
- Testículo que desce para a bolsa e sobe para o canal inguinal alternadamente.
- Tendência de normalização até a adolescência - não requer cirurgia.

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