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ATRESIA DAS VIAS BILIARES

CONCEITOS
• Causa mais comum de insuficiência hepática e indicação de transplante na pediatria

CLASSIFICAÇÃO
• Tipo I: atresia do colédoco
• Tipo Iia: atresia do hepático comum
• Tipo IIB: atresia do hepático comum + colédoco + cístico
• Tipo III (90%): atresia de TODOS os ductos extra-hepáticos

CLÍNICA
• Icterícia
○ Dura mais que 15 dias
○ BD (colestase)
○ Hepato e esplenomegalia
○ Anemia, desnutrição e ascite

DIAGNÓSTICO
• USG
○ Vesícula pequena, contraída ou ausência
○ Ausência do colédoco
○ Sinal do cordão triangular
○ Remanescentes ductais fibróticos

• BIÓPSIA HEPÁTICA PERCUTÂNEA


○ Não é padrão ouro
○ É o mais valioso na avaliação pré-operatória
○ Proliferação de ductos, plugs biliares, fibrose portal e edema portal

• COLANGIOGRAFIA INTRA-OPERATÓRIA
○ Padrão-ouro
○ Se positivo, faz a cirurgia de Kasai no MESMO ato!

TRATAMENTO
• Cirurgia de Kasai
○ Portoenteroanastomose
○ Anastomose do TGI com vias biliares
○ “Porto” - início do porta-hepática - local da placa hilar, que é o segmento mais calibroso para
fazer anastomose com alça jejunal
○ Ideal: 1ºs 40 dias
○ Retarda a necessidade de transplante
○ Risco aumentado de colangite

• Transplante hepático
○ Falha na drenagem após Kasai
○ Atraso no desenvolvimento
○ Progressão da doença
ESCROTO AGUDO
Definição: dor testicular

Causas:
Torção testicular  + comum na prova
Torção dos apêndices testiculares
Orquite
Trauma
Epididimite

- Torção testicular
Clinica: dor testicular aguda
Desencadeada por atividade física, período noturno sem esforço
Testículo aumentado, retraido
Orientação transverso, epidídimo anteriorizado
Diminuição do reflexo cremasterico
Sinal de Prehn negativo (não tem alivio da dor ao elevar a bolsa escrotal)

Diagnostico: clinico
USG com Doppler desde que não atrase a conduta

Tratamento
Correção da torção + avaliação + fixação contralateral
Se inviável: orquiectomia

- Orquite e Epididimite
Quadro mais arrastado
Sinal de Prehn positivo

- Torção dos apêndices testiculares


Causa mais comum de escroto agudo
Quadro mais insidioso e menos intenso – consegue ver coloração azulada
Na duvida realiza a cx

- Criptorquidia
Testículo que não está na bolsa escrotal
É diferente de escroto retrátil

Clinico: hipotrofia da bolsa escrotal


Se normal: testículo retrátil
Ausência dos testículos dos dois lados: está abdominal ou anorquia (realiza
testosterona, LH e FSH)
Videolaparoscopia após afastar anorquia para definir a localização intra-abdominal do
testículo  dx e tto

Complicações: risco aumentado de sub ou infertilidade


Risco aumentado de câncer
Risco aumentado de torção testicular

Tratamento:
Momento ideal: 12-18 meses  Campbell
Até 2 anos, sendo ideal no 1º ano de vida  SBP
9 a 15 meses  Nelson
Na presença de hérnia inguinal: operar de imediato
Sempre tratar
A correção não existe consenso se diminui o risco de câncer, sabemos que diminui a
infertilidade e torção

NEUROBLASTOMA
Tumor da inervação simpática
Tumor solido mais comum no lactente
Derivam de células primitivas da crista neural  suprarrenal e gânglios simpáticos
65% abdominais com 50% da medula suprarrenal

Clinica: massa abdominal dura e irregular que atravessa a linha media


Anemia e fraqueza  invasão da medula óssea
Dor  metástase óssea
Acometimento periorbital: sinal do guaxinim

Diagnostico: massa abdominal que ATRAVESSA a linha media


Marcadores na urina  acido homovanilico e vaninlmandelico
Histopatológico ou aspirado de medula  cels redondas

Tto: cirurgia +/- QT / RT

NEFROBLASTOMA OU TUMOR DE
WILMS
Tumor renal mais comum e 2º abdominal mais comum
Composto por blastema metanefrico  cels blastemais, estromais e epiteliais

Clinica: massa abdominal que não atravessa a linha media


Hematuria  invasão do sistema coletor / ureter
HAS

Dx: USG/TC

TTO: nefrectomia total se unilateral e parcial se bilateral


FIMOSE
A fimose é uma condição caracterizada pela dificuldade ou impossibilidade de retrair o
prepúcio, a pele que cobre a cabeça do pênis. Em situações normais, o prepúcio deve ser
móvel, permitindo a exposição da glande (cabeça do pênis). No entanto, na fimose, o
estreitamento do anel prepucial impede essa retratação.

A fimose pode ser fisiológica em recém-nascidos e crianças pequenas, sendo considerada


normal até certo ponto. Contudo, se persistir na adolescência ou na idade adulta, pode causar
complicações, como dificuldades na higiene íntima, inflamações (balanopostite) e desconforto
durante atividades sexuais.

O diagnóstico é feito por meio do exame físico, em decúbito dorsal horizontal e, com a ajuda
dos dedos polegar e indicador de ambas as mãos, o examinador tenta retrair o prepúcio em
direção à base do pênis, na tentativa de expor a glande sem provocar o descolamento da
superfície interna da pele do prepúcio, fissuras ou sangramento, pois isso causaria dor. Além
disso, o descolamento balanoprepucial forçado e as fissuras são os responsáveis pelo
fechamento cicatricial quase completo do orifício prepucial, de modo que esse procedimento
(“massagem”) nunca é indicado como tentativa de resolver o problema da fimose.

Pode ser didaticamente classificada em três graus:

- Grau I: Apresenta um orifício prepucial bastante estreito, mas não impede a visualização do
meato uretral. Pode haver queixa de um abaulamento no prepúcio durante a micção, seguido
pelo exteriorizar do jato urinário.

- Grau II: É possível visualizar o meato uretral, mas a glande não se exterioriza completamente.

- Grau III: Permite a exteriorização completa da glande, mas o orifício prepucial estreito cria
um anel de constrição no corpo do pênis, podendo levar à parafimose, caracterizada por um
edema significativo do prepúcio e da glande devido à dificuldade no retorno venoso causado
pelo anel de constrição. Uma urgência que requer intervenção imediata para evitar sofrimento
vascular (realizando-se a redução manual ou a postectomia).

Tratamento
- O tratamento da fimose é predominantemente cirúrgico, conhecido como postectomia, e
pode ser realizado em diversas faixas etárias, desde o período neonatal até a idade adulta. O
diagnóstico definitivo de fimose só é possível após 1 ano de idade. A idade ideal para a cirurgia
é entre 1 e 18 meses
- No caso de recém-nascidos, a cirurgia pode ser feita sob anestesia local, geralmente entre o
2º e o 3º dia de vida, ou no máximo até o 15º dia
- Em crianças maiores, o procedimento é realizado de maneira semelhante, mas sempre sob
anestesia geral e bloqueio anestésico peniano, exigindo internação hospitalar
- O tratamento clínico com o uso de pomada (betametazona a 0,2% e hialuronidase) é uma
alternativa terapêutica válida em casos selecionados, geralmente após 1 ano de idade, com
ausência de postite prévia, exposição parcial da glande e sem fibrose significativa do orifício
prepucial
HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL
- Hernia inguinal INdireta
Se anuncia pelo anel inguinal INterno
Das inguinais é a que mais INcarcera

Os testículos tem origem intra-abdominal e tem que seguir para o escroto, é formado um túnel
chamado de conduto peritoneo vaginal, após a descida do testículo esse túnel fecha. Se o
túnel fica aberto, fica um espaço formado para que um conteúdo abdominal tente fazer o
mesmo trajeto formando essa hérnia.
Causa: patencia/ persistência do conduto peritoneo vaginal
É um defeito congênito / hérnia da INfância

- Hernia inguinal direta


Enfraquecimento da área da fascia transversalis
Causa: enfraquecimento da parede posterior
Área mais enfraquecida: Triangulo de Hesselbach limites- ligamento inguinal, vasos
epigástricos inferiores e borda lateral do musculo reto do abdome
Defeito adquirido

PROVA: hernia inguinal direta está mais medial as veias epigástricos inferiores
- Hernia femoral = hérnia crural
Se anuncia abaixo do ligamento inguinal
Epidemio: mais comum em mulheres (femeas)
Tem mais risco de encarceramento

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