Você está na página 1de 40

HEMORRAGIA POS-PARTO

PROFESSOR:HELDER
CUMBE
Hemorragia Pós –Parto

 Definição
 Incidência,
 Morbilidade e Mortalidade
 Etiologia e factores de risco
 Definição
 Quadro clínico
 Tratamento de cada uma das causas
 Prognóstico
Definição

 Perda de 500 ml ou mais de sangue após a


conclusão do 3- estadio do trabalho de
Parto.
 Após 24h é denominada tardia ( involução
anormal do local de placentação, retenção
de parte da placenta pólipo placentar ).
Incidência

 5–8%

 Hemorragia é uma das principais causas


obstétricas de Morte Materna.
Morbilidade e Mortalidade

 Anemia
 Predisposição a infecção purperal
 Morbilidade associada à transfusão
 Síndrome de Sheehan
 Hipotensão pode causar insuf. renal aguda
 Esterilidade por histerectomia
Etiologia

 Atonia Uterina
 Lacerações do canal de parto
 Retenção da placenta e membranas
- Retenção de fragmentos da placenta
- Placenta Acreta, Increta e Percrenta
 Inversão Uterina
 Rotura Uterina
 Coagulopatia
Factores Predisponentes
 Distensão uterina excessiva: macrossomia fetal,
gémeos, hidramnios.
 Trabalho de parto muito rápido ou prolongado
 Trabalho de parto induzido
 Multiparidade
 Parto vaginal em mulher com Cesariana na gravidez
anterior
 Pré Eclâmpsia grave e Eclampsia
 Corioamnionite, alguns anestésicos gerais:
Hidrocarbonetos halogenados.
A. ATONIA UTERINA

 Incapacidade de contracção do miométrio.


 Resulta da falha do mecanismo fisiológico
de hemostase pela contracção das fibras
musculares que entrelaçando os vasos
sanguíneos no local de implantação
provocam a sua constrição.
 Causa mais importante de hemorragia
pós parto.
A. ATONIA UTERINA (cont)

Causas Predisponentes
 Manipulação uterina excessiva
 Distensão uterina excessiva
 Trabalho de parto prolongado
 Multiparidade
 Leiomomas uterinos
 Cesariana ou manipulação intra uterina durante o parto
 Antecedente de Hemorragia no 3º estadio
 Amnionite
 Extravasamento de sangue no miometrio ( Útero de
Couvelaire )
A. ATONIA UTERINA (cont)

Quadro Clínico

 Útero grande e mole


 Hemorragia de grau variável, pois o útero
atónico pode conter até 2000ml de sangue.
A. ATONIA UTERINA (cont)

Conduta
 Massagem uterina: transabdominal ou bi-manual
 Administrar Metilergometrina 0,2 mg IM
 Administrar Oxitocina 40 U num frasco de soro em
perfusão rápida
 Controlar o estado hemodinâmico da paciente:
 Colher sangue para tipagem e pedido de sangue
 Canalizar duas veias
A. ATONIA UTERINA (cont)

Conduta (cont)
 Iniciar perfusão de sangue.
 Algaliar a paciente
 Examinar a paciente verificando a existência ou
não de lacerações do canal de parto, restos
placentáres ou de membranas e eventual rotura
uterina.
– Se persistência da hemorragia, efectuar Histerectomia
B. Laceracao do canal do parto

 E a 2ª causa + freq de HPP

 As laceracoes podem ocorrer no perineo,


vagina e no colo uterino.
B. Laceracao do CP (cont)

Causas:

 Parto precipitado, freq por adminst de


Oxitocina
 Extracao por ventosa ou forceps (++ se o
colo nao bem dilatado)
 Dilatacao manual
B. Laceração do CP (cont)

Diagnostico:

 Pode suspeitar-se, hemorragia com útero


bem contraido e duro (DD frag
placentário)
 Bom exame na marqueza com boa
iluminação
B. Laceracao do CP (cont)

Conduta:
 Encerramento cirurgico com cromico
C. Restos Placentarios

 A retensao de uma porcao de placenta – 1 ou +


cotiledones ou lobo acessorio – pode impedir a
contracao necessaria para hemostase.
 Os seios venosos permanecem abertos –
sangramento.
 Pode ocorrer no dia ou dias depois.
 Em alguns caos podem nao ocorrer por 1 ou +
semanas – polipos vascularizados – sangram.
C. Restos Placentarios

Diagnostico:
 Exame da placenta pos-parto
 Ausencia de um segmeto da superficie materna –
retensao de cotiledone
 Membrana rasgada com os vasos velomentosos
– retensao de um lobo acessorio.
 Hemorragia 1 a 2d pos-parto – resto placentario
em necrose.
 Hemorragia 1 a 2 s pos-parto – polipos
placentarios.
C. Restos Placentarios

Conduta.

 Curetagem sub anestesia local ou geral


D. Ruptura Uterina

Causas:

 Separacao de cicatriz de cesariana anterior (1ª


causa)
 Traumatismo obstetrico durante o parto
 Parto com forceps dificil
 Contracoes persistentes, espontaneas e intensas
 Fibrose (resulta de aborto com curetagem)
D. Ruptura Uterina

Diagnostico e tto:
 Pode se suspeitar se utero contraido com
hemorragia persistente
 Faz se por revisao manual do utero
 Porem uma pequena ruptura pode nao ser
evidente ++ se utero contraido
 Laparatomia pode ser o unico meio para
D e tto.
E. Miomas

Pode interferir com a contracao uterina (++


se localizado no leito de implantacao
da placenta)
E. Miomas

Diagnostico:

 A palpacao do utero permite identifica-los


 Submucosos – irregularidades na
curetagem
E. Miomas

Conduta:

 Histerectomia se hemorragia continua


 Miemectomia: nao aconselhada em uteros
gravidos nem puerperio – excessiva
hemorragia.
F. Coagulopatias

Causas:

 DPP
 Morte fetal
 PE e Eclampsia
 Transfusoes multiplas
 Embolia do liquido amniotico
F. Coagulopatias

Diagnostico:
 Hemorreagia no utero
 “ eridas cirurgicas
 “ rins
 “ pontos de venopuctura
F. Coagulopatias

Provas de coagulacao:

 Colher 5ml de sangue deixando a temp


ambiente
 Se coagula em 5min ou nao
 Se coagulo fragmenta qndo agitado
F. Coagulopatias

Conduta:

 Expancao de volume
 Dar plasma fresco para aumentar fact de
coagulacao
G. Inversao Uterina

 E uma situacao rara


 O utero inverte durante a dequitadura e o
fundo do utero aparece na vagina ou ate
na vulva.
G. Inversao Uterina

Causa:
 Forca excessiva na dequitadura

- Por pressao no fundo do utero ou por


- Tracao do cordao umbilical (++ qndo
CU curto e placenta acreta)
 Ma conduta no 3º. Estadio do TP
G. Inversao Uterina

Clinica:
 Dor ligeira ou intensa
 Palpacao abdominal nao se encontra
fundo uterino
 Toque vaginal revela um utero invertido
na vagina ou vulva
 Hemorragia discreta ou abundante
G. Inversao Uterina

Conduta:
 Reposicao manual (manobra bimanual)
 Metilergometrina 0,5 mg IM
 Antibioticos
 Se hemorragia .............
H. Placenta Acreta, Increta, Percreta

 Placenta incomumente adere ao local de


implantação com decídua escaça ou ausente
de forma que a linha fisiológica de clivagem
através da camada esponjosa da decídua
fica ausente.
 Qualquer implantação placentária na qual há
aderência anormalmente firme a parede uterina em
consequência da ausência parcial ou total da
decícdua basal e do desenvolvimento imperfeito da
camada fibrinoide (camada de Nitabuch)
 Acreta, as vilosidades placentárias estão fixas ao
endométrio.
 Pode ser parcial, total e focal. Qndo
envolvidos alguns, todos e um cotilédone
respectivamente.
 Increta, quando invadem o miométrio.
 Percreta, quando penetram a través do
miométrio.
Clínica
 Hemorragia, rotura uterina durante o parto, abdómen
agudo por hemoperitoneo, pólipos placentários.
 Depende de :
- Local de implantação
- Profundidade de penetração ao miométrio
- Ligação aos cotilédones
Diagnóstico

 Clínico

 Ultrasonografia
Tratamento

 Medidas gerais
 Cirurgia:
- Remoção da placenta
- Histerectomia
Bibliografia

 George povoy, Pascoal Mocumbi,T. Araujo,


Conduta Obstetrica.
 MISAU, Cuidados Obstetricos Essenciais
 www.emedicine.com
 http://home.nycap.rr.com/county/MassProtoc
ols/OBSTETRICAL%20EMERGENCIES.htm
Obrigado Pela Atenção

Você também pode gostar