Você está na página 1de 9

Práticas ampliadas I – Habilidades Médicas MONITORAS: Bruna França; Louryanne Castro; Mônica

Brito; Bruna Goes; Lucas gomes

ROTEIROS
EXAME DA GENITÁLIA MASCULINA

EXAME FÍSICO

Pode ser realizado com o paciente em ortostase ou em decúbito dorsal e, é necessária a completa
exposição da região da virilha e da genitália.

No geral, deve-se observar a distribuição dos pelos pubianos (que iniciam-se na base do pênis sobre a
sínfise púbica), continuando pela inspeção da pele que cobre a genitália (à procura de pedículos, verrugas,
úlceras, erupções, escoriações ou lesões; normalmente, a pele é clara e sem lesões), observar se há
alguma secreção ou corrimento e verificar se o paciente é circuncidado, o tamanho do pênis e do escroto.

● INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

Pênis - Será necessário manipulá-lo se o paciente não for


circuncidado, o que deve ser feito com delicadeza para evitar
desconforto;
- Primeiramente, inspecionar a veia dorsal que é proeminente
ao longo da linha média dorsal;
- Avaliar o prepúcio durante retração, a qual deve ser lisa e
indolor.
OBS: No homem circundado, a glande estará exposta e sem
esmegma.
- Após a retração do prepúcio inspecionar a glande e o meato
urinário;
- Observar a glande em torno de toda sua circunferência que
normalmente é lisa e rosa sem lesão.
- Inspecionar a posição do meato urinário externo, que tem a
forma de uma fenda que se estende no pólo ventral da glande
e geralmente apresenta-se como uma mucosa saudável, rosa e
brilhante. Ao examiná-lo, deve-se usar o dedo indicador e o
polegar para comprimir o meato, abrindo-o delicadamente.
- Palpar toda extensão do pênis, apreendendo-o com o dedo
polegar e os dois primeiros dedos da parte dorsal, ventral e nas
laterais para avaliar presença de lesões, nódulos ou alterações
de sensibilidade.

Bolsa escrotal - Palpar delicadamente a bolsa escrotal, observando o seu


tamanho, cor, forma, simetria e presença de lesões ou edema.
- Afastá-lo, para poder observar a superfície posterior.
- Solicitar que o paciente eleve o pênis para cima em direção à
sínfise púbica para poder palpar delicadamente os testículos
entre o polegar e os dois primeiros dedos, inspecionando
tamanho, forma e consistência.
- Comparar o testículo direito com o esquerdo, observando que o
esquerdo fica em posição inferior ao direito. Eles são sensíveis
a compressão delicada, mas não deve doer, portanto é
necessário que durante o exame observa-se a expressão facial
do cliente.

Testículos - Os testículos são ovais e possuem consistência elástica e

1
mole, são lisos sem presença de nódulos.
- Em seguida palpar o epidídimo, com as mãos posicionadas da
mesma maneira que palpou os testículos, que é percebido
como uma estrutura alongada e lisa, como um cordão na
superfície póstero-lateral do testículo.
- Continuar o exame, com os dedos polegar e indicador,
palpando o ducto deferente separadamente, à medida que
forma o cordão espermático na direção do anel inguinal externo
(ele possui cerca de 3mm de diâmetro, é fino, redondo e não
doloroso à palpação).
- Peça que o paciente fique em pé e se posicione à sua frente,
solicitando que ele faça força para baixo ou tussa (Manobra de
Valsava), inspecionando ambas as áreas inguinais à procura de
abaulamentos.

Próstata - A palpação é realizada através do toque retal.


- O examinador solicita que o paciente deite-se na posição
genipeitoral ou lateral de Sims. Com a mão não dominante
afastam-se as nádegas e com o dedo indicador da mão
dominante, enluvada e lubrificada, introduz delicadamente no
orifício girando de modo que o dedo palpe a parede retal
anterior, sentido a próstata, a qual deve se apresentar como
uma estrutura arredondada em forma de coração entre 2,5-4cm
de diâmetro, dividida em dois lobos, por um pequeno sulco, de
consistência firme e não sensível.

Afecções encontradas ● Fimose e Parafimose;


● Balanite e Balanopostite;
● Câncer de pênis;
● Criptorquidia;
● Orquite aguda;
● Epididimite;
● Uretrite;
● Varicocele;
● Hidrocele;
● Hérnias;
● ISTs;

2
EXAME DO APARELHO URINÁRIO

EXAME FÍSICO GERAL

Estado geral
Investigar: palidez cutâneo-mucosa, grau de hidratação, coloração da pele, edema e hálito urêmico;
Dados vitais: aferir pressão arterial (PA)

EXAME SEGMENTAR

Cabeça - Presença de fácies típicas de doenças renais


- Inspecionar coloração da mucosa conjuntival
- Realizar teste de fundo de olho

Aparelho respiratório - Presença de taquipneia


- Sinais de congestão pulmonar?

Aparelho cardiovascular - Investigar:


sopros;
sinais de insuficiência cardíaca congestiva;
Avaliar pulsos periféricos

Tegumentar - Avaliar presença de


lesões
edemas (lembre de graduar em +)
áreas acianóticas.

Rins - Inspeção do abdome, dos flancos e das costas;


- Palpação e a compressão dos ângulos costovertebrais;
- Realizar "punho-percussão" do ângulo costovertebral, formado
pela borda inferior da 12a costela e apófises transversas das
vértebras lombares superiores
Sinal de Giordano

Ureteres - Por meio da palpação profunda da parede abdominal anterior, é


possível determinar dois pontos dolorosos quando existe
infecção ou obstrução dos ureteres.

Bexiga - A bexiga vazia não é palpável, porém pode haver


hipersensibilidade na área suprapúbica ao se fazer a palpação;
Observa-se massa lisa e firme na linha média (globo vesical).

Afecções encontradas ● Infecções do trato urinário;


● Insuficiência renal;
● Doença renal crônica;
● Cálculos renais;
● Pielonefrite;
● Cistite;
● Síndrome uretral aguda;

3
EXAME DA CABEÇA E PESCOÇO

EXAME FÍSICO

Pode ser realizado com o paciente em ortostase ou sentado e, é necessária a exposição da região da
cabeça (crânio, olhos, nariz e seios da face, cavidade oral e ouvido) e cervical
No geral, deve-se observar:
a) Crânio: tamanho, forma, cabelo, couro cabeludo, escalpo e face.
b) Olhos: pálpebras, fenda palpebral, esclerótica, conjuntivas, globos oculares, pupilas, córnea e
cristalino.
c) Nariz: Externamente: Forma, tamanho do nariz, simetria, movimento das asas do nariz;
Internamente: desvio de septo, epistaxe, presença de secreções mucopurulentas, crostas e
integridade da mucosa.
d) Cavidade oral: lábios, gengivas, dentes, língua, orofaringe, mucosas, hálito
e) Ouvido: pavilhão auditivo, linfonodos, exame do meato acústico externo e da membrana timpânica.
f) Região cervical: avaliação geral (musculatura, postura, movimentação, batimentos ectópicos,
volume, forma, simetria, tumores), avaliação da coluna cervical e avaliação específica dos
linfonodos, tireoide e vasos cervicais.

● INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

Crânio - Observar o tamanho e o contorno geral do crânio


- Verificar as fontanelas
- Avaliar o perímetro cefálico
- Avaliar a forma do crânio
- Avaliar o posicionamento da cabeça
- Verificar a quantidade, a distribuição, a textura e o padrão de
perda, caso haja, do cabelo
- Verificar couro cabeludo: reparta o cabelo em vários locais e
verifique se há descamação, nódulos, nevos ou outras lesões.
- Face: observar a simetria, pêlos, expressão fisionômica, fácies
e paralisia (central ou periférica)

Afecções mais encontradas:


● Macrocefalia
● Microcefalia
● Doença de Paget
● Acrocefalia
● Braquicefalia
● Torcicolo

Olhos - O exame do aparelho visual é realizado, em sua maioria,


através da inspeção, sendo a palpação de pouca utilidade.
- Técnica: examinador de pé, em frente ao paciente inspeciona
os olhos quanto à posição e alinhamento (comparar os 2
olhos).
- Pálpebras: Observe a posição da íris em relação aos globos
oculares, procurando por procurar por lesões, observando
coloração e a adequação do fechamento palpebral
- Globos oculares e fenda palpebral: Observar o tamanho dos
globos oculares e a simetria da fenda palpebral
- Conjuntivas: Com os dedos polegares tracione as pálpebras
superiores e inferiores expondo a conjuntiva. Deve-se pedir ao
paciente para olhar para cima. Para melhor exposição (global)

4
colocar indicador e polegar sob os ossos das sobrancelhas e
da mandíbula e afastar as pálpebras. Classifique como leve ou
intensa, até em cruzes. Busque lesões, hiperemia (conjuntivite,
trauma e alergia) e anemia.
- Esclerótica: Solicitar ao paciente para olhar para cima e para
aos lados enquanto puxa para baixo as pálpebras com seus
polegares, expondo a esclerótica
- Pupilas: observar forma, localização, tamanho e os reflexos
Reflexo palpebral
Reflexo fotomotor direto e indireto
Teste de acuidade visual
Reflexo de acomodação de convergência
Avaliação do campo visual

Possíveis afecções
● Conjuntividade
● Ptose palpebral
● Catarata

Nariz e seios da face - Por meio da inspeção (com auxílio do rinoscópio) e palpação
deve-se avaliar:
- Externamente: Forma, tamanho do nariz, simetria, movimento
das asas do nariz;
- Internamente: desvio de septo, epistaxe, presença de
secreções mucopurulentas, crostas e integridade da mucosa.
- Realizar rinoscopia anterior (com rinoscópio) e rinoscopia
posterior (com abaixador de língua)
- Verificar paredes da rinofaringe, coanas, cauda da concha
inferior, tamanho das tonsilas faríngeas e as tubas auditivas.
- Seios da face: exame por meio de palpação, verificando a
hipersensibilidade nos seios.
Possíveis afecções
● Rinite
● Rinossinusite
● Fratura do Nariz
● Adenoide
● Corpos estranhos na cavidade nasal

Cavidade oral - Observar por meio da inspeção:


- Lábios: verificar coloração, simetria e lesões
- Gengivas: verificar coloração, sangramentos, ulcerações e
hiperplasias
- Dentes: observar forma, estado de conservação e uso de
próteses
- Língua: observar tamanho, aspecto, lesões e mobilidade.
- Orofaringe: verificar coloração e lesões (abcessos, tumorações,
ulcerações, placas de pus)
- Mucosas: observar coloração, umidade e ulcerações

Afecções encontradas
● Herpes labial
● Sífilis
● Amidgalite
● Lesão do IX par
● Candidiase oral

5
Ouvido - Realizar inspeção e palpação da orelha externa
- Realizar otoscopia: Para recém-nascidos e lactentes jovens,
devemos tracionar o pavilhão auricular inferiormente. Já nas
crianças maiores e adultos, devemos tracioná-lo
postero-superiormente.
- Buscar abaulamentos, palidez, hiperemia, perfuração, pontos
de hemorragia, impressão do martelo no tímpano (processo
curto e cabo) e impressão da Bigorna no tímpano.
- Tímpano normal: Deve ser transparente e brilhante, permitindo
a visualização do triângulo luminoso e saliência do cabo do
martelo
- Testes auditivos
Teste de Weber
Teste de Rinner

Afecções encontradas
● Rotura timpânica
● Otite externa aguda
● Otite média aguda
● Rolha de cerume
● Corpo estranho

Pescoço - Tamanho
- Mobilidade
- Forma
- Turgência de jugulares
- Batimentos visíveis

Afecções encontradas
● Insuficiência cardíaca congestiva
● Torcicolo
● Aneurisma
● Bócio

Linfonodos - Realizar palpação e inspeção


- A palpação deve ser realizada com as polpas digitais dos
dedos médios, indicadores e polegares, na região cervical deve
fletir levemente o pescoço, ajustando a cabeça de modo a
relaxar a musculatura e o lado contralateral deve ser
comparado.
- Avaliar tamanho, aderência a planos profundos e superficiais,
localização, simetria, consistência, coalescência, sensibilidade
e alterações da pele circunjacente (fístulas, retrações, sinais
flogísticos, ulcerações)
- Cadeias linfáticas a serem palpadas:
Pré-auricular;
Retroauricular;
Subocciptal;
Submentoniana;
Submaxilar;
Cervical anterior;
Cervical posterior;
Supraclavicular.

Afecções encontradas
● Edema
6
● Linfagite
● Linfadenomegalia

Tireoide - Realizar inspeção, palpação, ausculta.


- Inspeção: Habitualmente, a tireoide não é visível. Para melhor
visualização, o paciente deve estar sentado, estendendo a
cabeça para trás e solicitando que o mesmo degluta, notando
seu deslocamento para cima. Nos aumentos difusos da
glândula, as duas faces laterais e a anterior do pescoço ficam
uniformemente abauladas.
- Palpação: com paciente sentado, examina-se em pé atrás do
paciente; Solicita-se que o paciente fleta a cabeça para o lado
a ser examinado, com o objetivo de relaxar o músculo
esternocleiodomastoideo; Posicionam-se os dedos indicador e
médio homolaterais ao lobo examinado sobre a sua topografia
para explorá-lo; Posiciona-se o polegar homolateral atrás do
pescoço; Para sensibilizar a manobra, pode-se pressionar um
dos lobos da tireoide enquanto se examina o lobo contralateral.
Essa manobra impulsiona o lobo examinado para frente,
facilitando a palpação; A manobra é repetida para o outro lobo.
- Solicita-se que o paciente degluta.
- Avaliar: Volume; Consistência: normal (fibroelástica);
Mobilidade; Superfície; Sensibilidade; presença de frêmito
- Ausculta: Poderá determinar a ocorrência de sopros sobre a
glândula, associados ou não a presença de frêmitos.

Afecções encontradas
● Tireoidite
● Bócio
● Tireotoxicose

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Altura - Utilizar haste milimetrada que acompanha as balanças.


- Na criança, medir a altura na posição deitada até os 4 anos de
idade, usando-se uma fita métrica ou uma régua.

Peso

IMC = P/A² Classificar em:


Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2
Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2
Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2
P = peso, A = altura
Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2
Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2

Circunferência abdominal Medida da cintura logo acima da crista ilíaca


Valores normais são:
Homens: até 102 cm.
Mulheres: até 88 cm.

7
EXAME FÍSICO DA PELE

PELE 1. Cor:
(pálido, cianose, vermelhidão ou eritrose, icterícia)
2. Textura:
(normal, lisa, áspera ou enrugada)
3. Umidade:
(normal,seca ou aumentada)
4. Espessura:
(normal, atrófica, hipertrófica)
5. Temperatura:
(normal, aumentada, diminuída)
6. Elasticidade:
(normal, hiperelástica, hiperelástica)
Para avaliar, pinça-se uma prega cutânea com
o polegar e o indicador, fazendo em seguida
certa tração, ao fim da qual se solta a pele.
7. Mobilidade:
(normal, aumentada, diminuída ou ausente)
8. Turgor:
(normal ou diminuído)
Para avaliar, pinça-se uma prega cutânea com
o polegar e o indicador. Observar, ao soltar, se
a prega se desfaz rápida ou lentamente.
9. Sensibilidade dolorosa:
(normal, hipoalgesia, hiperestesia)
Pesquisada tocando-se a pele com a ponta de
uma agulha
10. Sensibilidade tátil:
(normal, hiperestesia, hipoestesia ou anestesia)
Para pesquisá-la, fricciona-se levemente o
local com uma mecha de algodão.
11. Sensibilidade térmica:
(normal ou diminuída)
Pesquisa-se a sensibilidade térmica com dois
tubos de ensaio, um com água quente e outro
com água fria.

LESÕES ELEMENTARES Alterações de cor (mancha ou mácula)


● Pigmentares
○ Hipercrômica
○ Hipocrômica
● Vasculares (desaparecem após digitopressão)
○ Telangiectasias
○ Eritematosa
● Hemorrágicas (não desaparecem pela compressão)
○ Petéquias
○ Equimose
○ Víbice
Elevações edematosas
● Urticárias
Formações sólidas

8
● Pápula (até 1 cm)
● Tubérculos (maior que 1 cm, situadas na derme)
● Nódulo (localizadas na hipoderme, mais perceptíveis pela
palpação)
● Vegetações
Coleções líquidas
● Vesícula (até 1 cm)
● Bolha (maior que 1 cm)
● Pústula (vesícula de conteúdo purulento)
● Abscesso (coleções purulentas)
● Hematoma
Alterações da espessura
● Queratose
● Liquenificação
Perda e reparações teciduais.
● Escamas
● Fissura
● Úlcera

Você também pode gostar