Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE LICENCIATURA EM AGROPECUÁRIA COM HABILITAÇÃO EM


EXTENSÃO AGRÁRIA LABORAL 3º. ANO

CARIMO GORGES ARMANDO


EDSON ABÍLIO BERNARDO
ELIO ANDRÉ MONGENE
MARCELA BUANAIQUE MARCELINO

METODOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL: ENTREVISTA

Quelimane
2022
CARIMO GORGES ARMANDO
EDSON ABÍLIO BERNARDO

ELIO André MONGENE

MARCELA BUANAIQUE MARCELINO

METODOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL: ENTREVISTA

Trabalho de caracter avaliativo apresentado no


curso de Licenciatura em Agropecuária da
Faculdade de Ciências Agrárias, na cadeira de
Extensão Rural e Sociologia Agrária.

Docente: Msc. Quintino Lobo

Quelimane
2022
Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.1. Considerações gerais sobre a metodologia de extensão rural.............................................. 4

1.2. Entrevista ............................................................................................................................. 4

1.3. Entrevistas semi-estruturadas .............................................................................................. 4

2. Questionário............................................................................................................................ 5

3. Resultados e discussão............................................................................................................ 8

4. Anexos .................................................................................................................................... 9

4. Referências bibliografia ........................................................................................................ 11


3

1. Introdução

Ao longo da história da extensão rural pública, desenvolvida pelas sucessivas


instituições governamentais, nos diversos momentos das reformas administrativas, observa-se
a utilização de ferramentas metodológicas como meio de comunicação com as famílias rurais,
conhecidos como métodos de extensão rural, no processo de educação informal, sem,
entretanto, preocupar-se com o caráter participativo, baseado nos novos conceitos de
participação e da aprendizagem.

É inegável a importante contribuição desses métodos na prática da difusão e na


transferência de tecnologia adotados pelo serviço de extensão rural pública da época. Mesmo
que tenham sido de caráter diretivo, eles foram utilizados na comunicação de pessoas ou de
grupo de pessoas, em diversos níveis de participação, principalmente no da passividade, com
eficiência, eficácia e efetividade, haja vista que possibilitaram a mudança de atitude e de
comportamento desses agricultores, mediante a adoção de tecnologias de processo e de
produtos a que eram induzidos, persuadidos e condicionados pela acção extensionista.

Contudo, o presente trabalho tem em vista a apresentação dos resultados advindos de


um questionário voltado a área vegetal feito na Cidade Quelimane, concretamente no mercado
de Chabeco. Objectivou-se com o mesmo compreender o quotidiano dos comerciantes ou
vendedores de vegetais do local em causa de modo a auferir como a actividade de venda dos
produtos tem sido feita, quais são os seus benéficos, as condições a que esses produtos são
expostos e vendidos ao publico em geral, o acondicionamento, e as dificuldades ligadas a essa
área, assim como os aspectos a melhorar para a continuidade e longevidade desta pratica.
4

1.1. Considerações gerais sobre a metodologia de extensão rural

As pessoas aprendem, se conscientizam e descobrem melhor seu próprio caminho por


diferentes modos: alguns ouvindo, alguns vendo, alguns fazendo e outros através da
discussão. Diferentes métodos de ensino e extensão são mais efetivos em determinadas
situações, em diferentes estágios do processo de desenvolvimento, tais como diagnóstico,
priorização, planejamento, execução, adoção ou avaliação. Além do mais, cabe ressaltar, que
as pessoas não aprendem na mesma velocidade. É provável que alguns agricultores (as)
estejam em determinado estágio de experimentação de uma nova prática e querendo conhecer
os detalhes de como fazer, enquanto outros (as) estão apenas inicialmente interessados. Por
essas razões, em determinadas situações, o uso de uma variedade de métodos de ensino é mais
efetivo que outros. (Aparecida, 2015)

Em sua rotina de trabalho, o extensionista rural avalia qual o melhor método de


trabalho, de acordo com os objetivos traçados e a realidade local. Geralmente, os métodos
mais complexos, tanto clássicos como participativos, são os que conduzem aos resultados
mais positivos. Outras vezes, é o método mais simples que produz os melhores resultados.
Cabe ao técnico, analisando o público, os objetivos, os recursos disponíveis, o tipo de
mensagem e os métodos, decidir pela melhor ou mais adequada metodologia a ser utilizada.
Para isto existe uma significativa diversidade de métodos. E existem meios de comunicação
que permitem a concretização dos resultados da forma mais rápida e eficaz. (Aparecida, 2015)

1.2. Entrevista

É um método realizado no escritório, sede e campo, em que o extensionista tem como


objetivo conhecer situações e fatos, identificar problemas, e avaliar o trabalho. Deve ser
planejada com todo o cuidado e bem conduzida. (ASCAR, 2009)

1.3. Entrevistas semi-estruturadas

Trata-se de uma entrevista que é guiada por 10 a 15 perguntas-chave determinadas


previamente. Esta ferramenta facilita um ambiente aberto de diálogo e permite que a pessoa
entrevistada se expresse livremente, sem as limitações criadas por um questionamento. A
entrevista semi-estruturada pode ser realizada com pessoas líderes ou de prestígio nas
localidades. (ASCAR, 2009)
5

Abaixo apresenta-se o questionário elaborado previamente pelo grupo face a entrevista


semi-estruturada, juntamente com as respostas que os entrevistados forneceram, conduzida no
mercado de Chabeco.

2. Questionário

Entrevistado no 1: Sra. Susana Manuel (vendedora de alface, couve e pimenta)

1. A que horas inicia e larga as actividades de venda?

Resposta: começa as 6 horas e larga as 18 horas

2. A quanto tempo faz negócio?

Resposta: faz o negócio a 15 anos

3. Para além deste negócio existe um alternativo?

Resposta: não tem outro negócio alternativo

4. Como adquire o produto?

Resposta: adquire dentro do próprio mercado de Chabeco e na Cerâmica

5. Qual é à quantidade de produto que adquire geralmente?

Resposta: para pimenta adquire 1 saco de 50kg

6. Como transporta o produto ao mercado?

Resposta: o produto é trazido de carro

7. Qual é o propósito de venda?

Resposta: o propósito de venda é de auto-sustento

8. Como armazena o produto?

Resposta: o produto é armazenado nos cestos

9. Alguma vez sofreu roubo?

Resposta: sim, o roubo ocorre no armazém

10. Quais são as dificuldades que enfrentam no dia-a-dia?


6

Resposta: uma das dificuldades é de adquirir o produto e não conseguir vender todo

o produto devido a falta de clientes, por exemplo ter comprado um produto a 2000

meticais depois da venda alcançando 1000 meticais

11. Em termos sanitários, o mercado apresenta condições de higiene?

Resposta: Não! O mercado não tem casas de banho, e não tem torneiras?

12. Será que o negócio é rentável?

Resposta: sim, o negócio é rentável

13. Oque conseguiu alcançar com este negócio?

Resposta: através do negócio, conseguiu inscrever a sua filha no Instituto, comprar

bens domésticos, materiais escolares para os seus filhos e suprir as despesas

alimentares de casa

14. Se alguém pretender fazer o negocio o que me aconselharia?

Resposta: aconselharia a aderir o negócio, principalmente por gerar lucro

15. Quais são os planos daqui a 2 ou 3 anos?

Resposta: tem plano de construir uma casa condigna apos a formação da filha, e de

ajudar outros filhos

16. Já teve alguma formação de empreendedorismo?

Resposta: nunca teve uma formação de empreendedorismo

Entrevistado no 2: Sr. Dino Alberto (vendedor de tomate)

1. A que horas inicia e larga as actividades de venda?

Resposta: inicia as 6 horas e larga as 17 horas

2. A quanto tempo faz negócio?

Resposta: faz o negócio a 26 anos

3. Para além deste negócio existe um alternativo?


7

Resposta: não, este e o único negócio

4. Como adquire o produto?

Resposta: o produto é adquirido na machamba com os produtores

5. Qual é à quantidade de produto que adquire geralmente?

Resposta: adquire cerca de 200 cestos

6. Como transporta o produto ao mercado?

Resposta: o produto é transportado com camião ate ao mercado

7. Qual é o propósito de venda?

Resposta: o propósito é de subsistência

8. Como armazena o produto?

Resposta: não tem um lugar específico para o seu armazenamento, o produto é

conservado nos cestos

9. Alguma vez sofreu roubo?

Resposta: sim, roubos não faltam

10. Quais são as dificuldades que enfrentam no dia-a-dia?

Resposta: quando roubado o produto, o valor correspondente é reembolsado e

acarreta quebra ao vendedor, mas a principal dificuldade é de apodrecimento do

produto, e o mesmo reduz a qualidade do produto sendo vendido a baixo custo

11. Em termos sanitários, o mercado apresenta condições de higiene?

Resposta: não, o lixo é despejado no chão

12. Será que o negócio é rentável?

Resposta: sim, mas depende da gestão do vendedor

13. Quem guarda o dinheiro obtido na venda?

Resposta: ele mesmo guarda o dinheiro

14. Se alguém pretender fazer o negocio o que me aconselharia?


8

Resposta: aconselho a pedir orientação de alguém que esta no negocio ou formar

uma parceria.

15. Já teve alguma formação de empreendedorismo?

Resposta: não

3. Resultados e discussão

Com base na entrevista feita, constatamos que no geral os vendedores de vegetais do


mercado Chabeco praticam a sua actividade de venda como meio de subsistência pessoal e
familiar, onde optam por este meio de sobrevivência e aconselham fielmente que esta
actividade é rentável e sustentável, na medida em que conseguem satisfazer as suas
necessidades quotidianas com os ganhos que obtém por meio do negócio, em contrapartida,
existem algumas dificuldades que os vendedores destes produtos enfrentam, sendo eles a falta
de clientes, que causa o apodrecimento do produto, reduzindo assim a qualidade do produto
sendo vendido a baixo custo não gerando lucros, outra dificuldade que eles enfrentam é a falta
de agua e casas de banhos no mercado, levando assim eles (as) a percorrerem longas
distancias a na aquisição da agua e também para realizar suas necessidades maiores assim
como menores. Contudo mesmo com isso elas não param e continuam a vender os seus
produtos, lutando todos dias para melhorar as suas vidas.
9

4. Anexos

Figura 1. Mercado do Chabeco.

Fonte: autor

Figura 2. Estudantes realizando serviços de extensão no mercado grossista do Chabeco.

Fonte: autor
10

Figura 3. Estudantes entrevistando a vendedora de produtos vegetais no mercado grossista de


Chabeco. Fonte: autor.

Figura 4. Avaliação de qualidade do tomate.

Fonte: autor.
11

4. Referências bibliografia

Aparecida, T. Balem. (2015). Extensão e desenvolvimento rural. Universidade Federal de


Santa Maria, Colégio Politécnico: Rede e-Tec Brasil

Associação Sulina de Credito e Assistência Rural (ASCAR). (2009). Métodos e meios de


comunicação em extensão rural. Porto Alegre

Você também pode gostar