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Curso Técnico em Administração

Escola Estadual Vicente Macedo


MG

Volume 1
1° Semestre
ÍNDICE

DINAMICA PARA SEMANA DE ACOLHIMENTO .................................... 2

COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO ...................... 3

COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL ........................ 22

COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL I ................ 57

COMPONENTE CURRICULAR: INFORMATICA APLICADA .............. 86

COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS

A ADMINISTRAÇÃO ......................................................................................123

COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS OPERACIONAIS CONTABEIS I 141

COMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUES INSTRUMENTAL ...... 160

COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONOMICOS................ 178


Dinâmica para semana do acolhimento

Dinâmica do Autorretrato

Se a ideia é fugir de apresentações tradicionais e promover momentos descontraídos, você


pode aplicar a dinâmica do autorretrato. Além de funcionar como "quebra-gelo", ela
estimula a comunicação entre o grupo.

Também permite uma reflexão sobre si mesmo a partir da visão do outro.

Confira como realizar:

1. Solicite ao grupo que peguem alguns papéis e lápis coloridos.

2. Em vez de pedir para que os participantes se descrevam usando palavras, desafie-


os a fazer um autorretrato. Não é necessário usar todo o talento para o desenho,
basta transmitir algumas características importantes.

3. Cada membro do grupo deverá ir abrir a câmera e mostrar o autorretrato


produzido, sem fazer comentários.

4. Os demais devem observar o desenho e descrever o que enxergam na imagem do


colega.
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR:
EMPREENDEDORISMO
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em
mundial causado pela que as aulas foram Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, suspensas a fim de evitar esforço de síntese. Como
as aulas presenciais foram a propagação da COVID- resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. 19, coronavírus, acontecem.
Entretanto, como preparamos algumas Em primeiro lugar, quem
incentivo à continuidade atividades para que você anota entende mais, pois está
das práticas de estudo, possa dar continuidade ao sempre fazendo um esforço
preparamos para nossos seu aprendizado. de captar o âmago da
estudantes um plano de Assim, seguem algumas questão.
estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são
semanas /meses e aulas nossa tradução do que
que deverá ser realizado  Siga uma rotina; entendemos do conteúdo.
em casa  Defina um local de
Os conceitos principais estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
de cada aula serão equilíbrio; anotar sempre o que
apresentados e em seguida  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
o estudante será desafiado colegas; Peça ajuda a estudado.
a resolver algumas sua família; Não fique limitado aos
atividades.  Use a tecnologia a seu textos contidos nas aulas.
Para respondê-las, ele favor. Pesquise em outras fontes
poderá fazer pesquisas em como: livros, internet,
fontes variadas disponíveis Contamos com seu revista, documentos, vídeos
em sua residência. esforço e dedicação para etc.
É de suma importância continuar aprendendo
que você auxilie seu(s) cada dia mais!
filho(s) na organização do
tempo e no cumprimento
das atividades. .

Contamos com sua


valiosa colaboração!!

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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

O contexto econômico e mercadológico antes de 1990

Introdução
Podemos considerar a década de 1990, como sendo um marco para o Brasil, por ter sido nessa época
que se definiram algumas práticas econômicas que estruturaram o mercado brasileiro e se estendem até
os dias de hoje. Assim, você deve estar se perguntando: mas o que houve de tão importante na década
de 1990? Por que sempre ouvimos ou lemos abordagens que se referem a esse período?
Uma dessas características é a competitividade. Então, vamos começar descrevendo essa prática que
vem se intensificando significativamente ao longo dos anos devido ao grande número de concorrentes
inseridos no mercado, bem como às transformações que ocorrem rapidamente em todo mundo.

Desta forma, a partir da competitividade, ou concorrência, percebida no mercado, faz-se necessário que
as empresas busquem alternativas de vantagem competitiva para se manter no mercado. Para você
entender mais claramente, vantagem competitiva é o diferencial que uma empresa oferece no mercado
em relação às suas concorrentes.

Sendo assim, é a partir da competitividade (característica de uma empresa em se manter no mercado


onde ela está inserida) ou concorrência percebida no mercado, que se faz necessário que as empresas

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busquem alternativas para se manter no mercado. Um dos grandes escritores acerca da competitividade
é Michael Porter.

Porter (1999) ressalta que em décadas anteriores aos anos de 1990/1980, a concorrência era praticamente
inexistente em quase todo o mundo, pois existia grande proteção por parte dos governos às empresas e
também, a formação de grandes cartéis colaborava para a quase inexistência de competitividade. No
entanto, a partir do final da Segunda Guerra Mundial o acirramento da competitividade se desenvolveu
em virtude do progresso econômico da Alemanha e Japão.

Você sabia?

Competitividade nas empresas: alguns aspectos relevantes


Hoje, ser competitivo é fundamental para as organizações sobreviverem no mundo globalizado, onde
qualquer país pode concorrer com produtos e ser- viços em qualquer parte do mundo, por terem sido as
fronteiras derruba- das (ao nos referirmos às fronteiras, estamos aqui colocando que os limites para

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negociação entre os países foram extrapolados, os países possuem uma abrangência para negociar, além
dos limites geográficos que seriam as fronteiras do país). Então, pense você que agora qualquer país
pode vender ou comprar de outro país. Isso significa que existem muito mais concorrentes, pois ao
contrário do que tínhamos em décadas anteriores, o concorrente se localizava somente em território
nacional; a partir dessa abertura, o concorrente está em qualquer parte do mundo.

Importante aqui você atentar para o fato de que quando nos referimos ao “país poder negociar com o
mundo”, estamos falando das empresas, dos consumidores, enfim, de todos os negociadores
estabelecidos nos limites geográficos do país. Portanto, contando então com concorrentes de todas as
nações, as organizações necessitam ser produtivas e competitivas para que possam permanecer nesse
ambiente globalizado.

Cabe aqui destacar o significado da concorrência, que é uma prática relevante à produtividade e
competitividade das empresas, fato que se acirrou principalmente após a década de 1990. A concorrência
caracteriza-se pela disputa entre as empresas, e a competitividade é entendida como a capa- cidade de
as empresas estabelecerem estratégias que compreendam tanto o ambiente externo (mercado e sistema
econômico) como também o ambiente interno (a própria organização), para que possam assim manter
ou superar a sua participação no mercado no processo de competição.

Desta forma, não existe competitividade sem concorrência, pois o próprio conceito de concorrência se
traduz como competição ou disputa e, portanto, podemos afirmar que o ambiente empresarial é
constituído na concorrência, em que se busca maior competitividade a fim de se obter vantagem sobre
as demais empresas.

Pois bem, como você já deve ter percebido o principal fator que começou a preocupar as organizações
a partir do período de 1990, que coincide com o início do processo de globalização, no Brasil, é a
competitividade. Evidente- mente que não se pode dizer que até esse período era inexistente, porém,
dada à baixa oferta de produtos (bens e serviços), pode-se dizer que era bem menor que a enfrentada
hoje pelas empresas.

Assim, vale destacar que atualmente as organizações, por estarem inseridas nesse mercado globalizado
e altamente competitivo, necessitam desenvolver ações que as mantenham e, principalmente que possam
desenvolvê-las em termos de participação de mercado. O ambiente com o qual as organizações se
deparam não é mais local ou regional, mas sim mundial e, então, algumas variáveis devem serobservadas
no sentido de que as estratégias que as mesmas venham a desenvolver, contemplam todo o cenário que
as envolve.

Essas variáveis podem ser consideradas em várias dimensões ou aspectos que você pode observar na
sequência:

• Dimensão econômica: ao se estruturar um negócio ou a fim de mantê-lo, faz-se necessário atentar


para o aspecto econômico do local em que a organização está inserida, bem como também atentar para
os fatores econômicos em níveis mundiais, pelo processo de globalização;

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• Dimensão cultural: os fatores relacionados à cultura dos consumidores é uma preocupação por
parte das organizações, o que as leva a manter atualizada a sua influência em termos de mercado. Sabe-
se que fatores relacionados aos costumes, valores etc., têm relevância no processo de decisão do
consumidor, pelo fato de que entender o contexto cultural em que uma empresa opera é importante para
avaliar sua habilidade em gerar vantagens competitivas.

• Dimensão política: no que diz respeito aos aspectos relacionados ao fator política em que a
organização está inserida, contextualiza um processo de permanente observação aos fatos, bem como às
diretrizes que são estabelecidas para cada segmento de produção. Desta forma, importante se faz atentar
para as condições relacionadas à política econômica, social, ambiental etc., do país sede da organização,
bem como que a mesma possua interesses de negociação. É importante que você observe que, ao nos
referirmos à política, estamos colocando-a num aspecto mais geral como sendo, um conjunto de medidas
existentes no país, no estado ou no município onde uma empresa vai estar instalada. Seriam as regras
que devem ser observadas para cada tipo de atividade. Aqui a abordagem não está direcionada àquilo
que nós costumamos entender no dia a dia, de que política está sendo algo em torno dos “políticos ou
partidos políticos”.

• Dimensão social: quando nos referimos ao social, estamos abordando a sociedade como um todo
e, portanto, dada a importância representativa dos consumidores dos mais diversos níveis econômicos
existentes hoje (o consumidor ganhou importância porque hoje está mais informado e também tem um
leque muito maior de possibilidade para optar quando decide adquirir um produto). Importante atentar
também para as mudanças no perfil de consumo das diversas classes sociais e suas capacidades
financeiras, ocasionadas pela estabilidade econômica do Brasil, o que fez com que a “antiga classe C”
passasse a ser consumidora em massa de bens e serviços, anteriormente não ao seu alcance.

• Dimensão ambiental: as exigências relacionadas à preservação do meio ambiente em níveis


mundiais trazem para a realidade das organizações essa nova forma de gerenciar os meios de produção,
atentando para a sustentabilidade ambiental, econômica e social.

• Dimensão político-institucional: Essa dimensão diz respeito às regras que conduzem a


organização, apresentando os interesses e criando a identidade dessa empresa.

• Dimensão tecnológica: a necessidade de avaliar e atualizar a organização para acompanhar e


aproveitar os progressos tecnológicos; a melhor organização não é aquela que detém a tecnologia mais
avançada, mas aquela que sabe extrair o máximo proveito de suas tecnologias atuais. As tecnologias da
informação vêm promovendo uma ampla mudança nas formas de organização da produção, constituindo
um instrumento para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas.

Diante de tantas mudanças ocorridas e também das incertezas, já que não podemos prever o
comportamento das diversas dimensões no contexto de mercado competitivo instaurado principalmente
com a globalização da economia, as pessoas nas organizações vêm sendo geridas ao longo dos anos por
diferentes mecanismos que têm deixado espaço para reflexão.

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Atividades de aprendizagem

1. Pesquise informalmente, com seus pais ou avós, como era o mercado antes de 1980, 1990, e
anote para então comparar com o que você vivencia hoje. Pergunte, por exemplo, se era fácil um
trabalhador da classe média comprar um carro 0 km.

2. Escolha uma das dimensões abordadas e descreva de que forma podem impactar na logística de
uma empresa (na sua empresa, se você trabalha).

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .

CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,


2006.

Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.

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Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : As mudanças ocorridas com o processo de globalização
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: As mudanças ocorridas com o processo de
globalização
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

As mudanças ocorridas como processo de globalização

Introdução
O novo cenário de globalização e competição em mercados complexos exige mudança das organizações:
mudança de objetivos, missão, valores e processos. Dada à competitividade estabelecida após a abertura
para os merca- dos internacionais, promovida no Brasil na década de 1990, o consumidor depara-se com
grande oferta de bens e serviços, devido à oferta de produtos estar além das fronteiras nacionais. Desta
forma, consumidores têm cada vez mais poder sobre quem oferta, já que é o consumo que faz com que
os negócios se realizem.

O processo de globalização
Para os gestores da atualidade é um desafio encontrar meios que satisfaçam as necessidades dos
consumidores, então muitas técnicas surgem a todo o momento, mas nem sempre o resultado é percebido
pelo cliente.

Agora você irá conhecer algumas variáveis que afetam o mercado, quer seja de forma direta ou indireta,
e com as quais temos que estar sempre nos relacionando no mundo corporativo.

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Ao se observar cada uma dessas variáveis que impactaram nesse processo de mudança de
comportamento do gestor, pode-se destacar:

• Globalização: o processo de economia sofreu uma transformação que revolucionou, por um lado,
as formas do comportamento do consumi- dor, já que o mesmo pode acessar um universo bem mais
amplo de es- colhas. Por outro lado, as organizações se sentiram mais pressionadas pela competitividade
que a globalização trouxe, dado o fato de que, com esse processo, os concorrentes estão em todas as
partes do mundo, e não somente em níveis locais e ou nacionais. Os agentes mais dinâmicos da
globalização não são os governos que formaram mercados comuns em busca da integração econômica,
mas os conglomerados e empresas transnacionais, que dominam a maior parte da produção, do comércio,
da tecnologia e das finanças internacionais.

• Mudança tecnológica: o próprio processo de globalização facilitou o acesso às novas tecnologias


e assim colocou as organizações brasileiras em mesmo nível das demais organizações de países de
primeiro mundo. Sendo assim, o fator competitividade estimulou a necessidade de se estar em igualdade
de tecnologia, bem como de as mesmas oferecerem produtos e serviços ao consumidor local com a
mesma qualidade e tecnologia que o mesmo pode obter em qualquer país do mundo. Com as fronteiras
derrubadas, as facilidades de aquisição de produtos por parte das organizações tornaram-se mais
acessíveis, e isso veio contribuir para o processo de melhoria da produtividade.

• Desregulamentação: é a remoção ou a simplificação das regras e regulamentações


governamentais que restringem a operação das forças de mercado. Desregulamentação não significa a
eliminação de leis contra fraude, mas eliminação ou redução do controle governamental, de como os
negócios são conduzidos, caminhando em direção a um mercado mais livre. A partir da simplificação
das regras governamentais, observa-se uma situação em que o mercado passa ser o ‘grande comandante’
e, desta forma, as grandes organizações têm cada vez mais assumido o controle do mercado com poderes
econômicos e políticos decisivos. Neste sentido o mercado mundial é tratado como um mecanismo
global comum para a alocação da renda, da riqueza e de oportunidades.

• Privatização: também pode-se dizer que o processo de privatização resultou da competitividade


promovida pela globalização da economia, pela necessidade de se tornar mais eficaz a administração

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dos recursos, produtos e serviços públicos. Para que você compreenda melhor, destacamos que a
privatização é:

Aquisição ou incorporação de uma companhia ou empresa pública por uma empresa privada. A
privatização de uma empresa ocorre, na maio- ria das vezes: 1) quando ela passa a apresentar lucros a
curto ou médio prazo, após a maturação do investimento pioneiro feito pelo Estado, tornando-se então
um empreendimento atraente para a empresa privada; 2) depois de um trabalho saneador do Estado,
quando se trata de empresa falida, absorvida pelo poder público. O termo entrou em voga no Brasil no
início da década de 80, após a grande expansão da atividade empresarial do Estado ocorrida na década
precedente. Com as dificuldades de financiamento de suas necessidades e o aumento da dívida interna e
os sucessivos déficits públicos, foi criado durante o go- verno Collor, o Programa Nacional de
desestatização, destinado a pro- mover a privatização das empresas estatais. (SANDRONI, 2001, p. 495).

Desta forma, entende-se que em momentos de falta de capacidade de gerir um empreendimento ou da


necessidade de se levantar recursos, o Estado privatiza e, desta forma, o mercado passa a administrar e
regular a atividade como um todo, no sentido de ditar as regras de oferta e procura que regem os
mercados.

Ainda no que diz respeito às consequências da globalização no cenário mercadológico, algumas


variáveis merecem ser observadas para uma gestão eficaz que são:

• Aumento do poder do cliente: como consequência da maior disponibilidade de opções para o


consumidor, devido à maior oferta de bens e serviços, este passa a ter maior poder sobre o mercado, no
sentido de que as suas necessidades possuem um valor maior perante aos ofertantes, ou seja, o cliente
agora tem poder de escolher e as empresas então estão mais atentas aos desejos do consumidor.

• Customização: a palavra customização é empregada no sentido de personalização, adaptação e,


portanto, customizar é adaptar algo de acordo com o gosto ou necessidade de alguém. Customização
pode ser entendi- da como sendo adequação ao gosto do cliente. Sendo assim, entende-se a direta relação
com o aumento poder do cliente e, então as organizações passam a focar a sua produção no desejo do
demandante (consumidor).

• Convergência setorial: as fronteiras entre as indústrias tornam-se cada vez mais difíceis de serem
observadas separadamente, à medida que as empresas se dão conta de que há novas oportunidades no
cruzamento de dois ou mais setores. Isso é chamado de convergência setorial e pode ser também
considerado uma consequência do processo de globaliza- ção, do poder do cliente, da customização etc.,
enfim, a necessidade das organizações se manterem num mercado altamente competitivo.

• Desintermediação: basicamente, consiste em eliminar um ou mais elos da cadeia distributiva. O


processo de globalização possibilitou o acesso direto dos consumidores aos produtos e serviços mais
variados e nas mais diversas partes do mundo, eliminando em grande parte os intermediários.

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Portanto, as empresas estão buscando maneiras de permanecer competitivas no mercado, e o preparo do
gestor, quer seja no setor na logística ou em qualquer outra segmentação da empresa, é uma ferramenta
a ser aproveita- da como uma grande oportunidade competitiva, a partir do conhecimento pelo gestor de
todo o processo que envolve a organização com o um todo e, principalmente, o cenário que em que a
mesma encontra-se inserida.

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Atividades de aprendizagem

1. Pergunte a três pessoas do seu círculo de convivência o que elas entendem por Globalização e
anote as respostas para comparar com sua ideia após ter lido o texto:

2. No seu entendimento, o processo de globalização contribui para a valo- rização do papel do


gestor no Brasil? De que forma?

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .

CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,


2006.

Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.

Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.

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SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : A economia dos anos 90 e a implantação do plano real:
estabilização econômica e crescimento
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A economia dos anos 90 e a implantação do plano real:
estabilização econômica e crescimento
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

A economia dos anos 90 e a implantação do plano real: estabilização econômica e crescimento

Introdução
A partir da implantação do Plano Real, que entrou em vigor em 01 de julho de 1994, o Brasil passou a
ter uma estabilidade econômica, possibilitando maior facilidade de planejamento. Também a
credibilidade na estabilidade econômica do país proporcionou melhores condições de negócios, por
outro lado aumentou ainda mais a concorrência pelo fato da abertura dos merca- dos internacionais.

A economia brasileira no cenário dos anos 90 esteve fortemente assinalada pela inflação, fenômeno que
se caracterizava como um dos principais problemas econômicos do país, principalmente ao descontrole
dos preços e ao fracasso dos inúmeros planos e pacotes elaborados e implantados na tentativa de
encontrar uma solução para tal. Contudo, a partir do ano de 1994, a economia brasileira passou a
experimentar uma nova fase, que introduziu a tão esperada estabilidade dos preços: o Plano Real,

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sustentado na adoção de uma nova moeda. Porém, é imprescindível considerar que, a partir de então, a
economia precisou contabilizar e canalizar o custo social do resultado da estabilização dos preços, o que
acaba por gerar uma penalização para a sociedade.

O plano real e a competitividade das organizações


A condução do Plano Real e a estabilização das taxas inflacionárias podem ser encaradas como os
principais eventos na economia dos anos 90. Isso ocorre em razão dos desdobramentos concebidos pelo
projeto, tais como o aumento acelerado das importações de bens, serviços e capitais, além da prática de
juros elevados, o que, por sua vez, leva a economia nacional a uma série de desequilíbrios em níveis
gerais. A década de 1990 apresentava uma aceleração das taxas de inflação extremamente elevada, assim
como necessidades de financiamento do setor público e taxa de câmbio desvalorizada, reflexo do crédito
externo do país na década de 1980.

Para tanto, as reformas promovi- das pelo Estado, voltadas para a implementação de um controle da
inflação, mantiveram-se baseadas no combate do saldo negativo, com prioridade para a redução da
dívida pública e das despesas com juros. Assim, o ajuste fiscal proposto tinha como fundamento obter
um superávit (saldo positivo entre operações) sobre o PIB (Produto Interno Bruto, que representa todas
as riquezas de um país), por meio de esforços fiscais que se constituíam em medidas tributárias (redução
dos prazos de recolhimento de impostos, ampliação da tributação, aumento das alíquotas, suspensão de
alguns casos de incentivos regionais, cobrança de impostos sobre operações de bolsa, caderneta de
poupança e títulos, entre outros), de reforma patrimonial (principalmente a privatização de empresas
estatais) e de uma reforma administrativa (reorganização do Estado e minimização das despesas da
máquina governamental).

Visando compreender a dinâmica desse processo, é fundamental considerar as reformas promovidas pelo
Estado a fim de minimizar a interferência estatal no mercado e alavancar a competitividade econômica,
especialmente a partir de 1990. Aqui, as medidas adotadas davam conta de uma nova relação com os
credores internacionais, que percebiam um excesso de liquidez originada de receitas deprivatização e
capitais especulativos (capitais aplicados somente com a intenção de se obter lucro no mercado
financeiro), custeados, de certo modo, pelo desemprego e recessão no período pós-

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estabilização. Essa disponibilidade de financiamento da economia brasileira ocorria, principalmente, por
meio de capitais de curto prazo a juros elevados, de investimentos diretos ou, pelos recursos destinados
ao processo de privatização.

De certo modo, essa estabilização financeira cria uma situação no sentido de adiar as medidas mais
firmes, que viriam a ser implementadas na década seguinte. No mesmo cenário, ocorre que o país
permanece exposto às turbulências que conduzem o capital internacional, o que é fruto de um modelo
de desenvolvimento sustentado no financiamento internacional e diretamente dependente disso.

As reformulações propostas pelo Estado conduzem à avaliação do próprio papel deste no


desenvolvimento de medidas de estabilização econômica nacional que, na perspectiva de Franco (1999,
p. 62), “não terá muita capa- cidade de originar investimentos como teve nos anos anteriores a 1983. A
responsabilidade pelo crescimento nos anos a seguir deverá recair predominantemente sobre o setor
privado”.

Entretanto, é importante destacar que a inexistência de postura do setor público, observada claramente
no abandono dos investimentos estatais em prol da iniciativa privada, coloca a economia na dependência
dos investi- mentos privados, o que não é favorável para o desenvolvimento econômico do país.

Análise você que sob essa situação o Estado estaria simplesmente subordinado aos interesses das
empresas e, consequentemente, aos objetivos do sistema financeiro internacional, o que necessitava de
urgente discussão, no sentido de recuperar os investimentos públicos.

Nesse sentido, lembre-se de considerar que a abertura econômica dos mercados assinala com maior
clareza o fato de que, em favor de reduzir ou eliminar as dívidas de empresas estatais, por meio de sua
transferência para o setor privado, geram-se receitas do processo de privatização que podem financiar
essa defasagem pública, sem recorrer à emissão de dívida ou moeda. É, portanto, assim que a
privatização ganha destaque como um dos pilares para a política econômica no período da estabilização.

Verifica-se, já a partir da década de 1980, a ocorrência de uma aceleração das inovações tecnológicas,
sobretudo nos países desenvolvidos, o que vem impactar as estruturas industriais e provocar reflexos na
economia dos anos 90. Sendo assim, a cooperação entre os países visando a retomada do crescimento e
a estabilização econômica criou condições para um novo ciclo de investimento, capaz de alavancar o
cenário socioeconômico, na medida em que as empresas passaram a liderar um processo de
reestruturação da produção, determinando novos padrões para a concorrência no mercado internacional.

Assim, passada a euforia da estabilização dos primeiros anos da década de 1990, revela-se que a política
econômica do período que abrange os anos de 1994 a 1999 (primeira fase do Real) provocou uma série
de desequilíbrios na economia como um todo.

É importante que você saiba que entre os anos de 1994 e 1998 identifica-se claramente que o objetivo
principal da política governamental foi a estabilização dos preços, frente à inflação que devastava a
economia, que passou então a ser reduzida.

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Atividades de aprendizagem

1. Aproveite e pesquise com seus familiares como era o seu cotidiano antes do Plano Real,
principalmente nos anos que o antecederam. Os preços subiam diariamente. Investigue qual era a prática
de compras no super- mercado por sua família.

2. Pesquise qual era a taxa de inflação nos seguintes anos:

1989:

1990:

1992:

1993:

Atual:

3. Você acha que temos uma estabilidade de preços hoje, após essa sua pesquisa?

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.

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SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : O surgimento do empreendedorismo no Brasil
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O surgimento do empreendedorismo no Brasil
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

O surgimento do empreendedorismo no Brasil

Introdução
O aumento da concorrência, que se caracterizou pela grande quantidade de produtos importados que
entraram no país, fez com que a indústria brasileira como um todo começasse a rever seus padrões de
produção.

Você mesmo pode parar e pensar quais são as opções de compra que hoje consulta ao decidir adquirir
algum produto. Com certeza irá se recordar de diversos meios. Hoje temos a internet à nossa disposição,
não somente para consulta, mas também para aquisição de qualquer produto. Tal prática evidentemente
contribui para aumentar a concorrência no mercado. As empresas precisam produzir com mais qualidade
e oferecer bons preços para atrair o cliente.

Mas você deve estar se perguntando: que tem a ver a concorrência com o Empreendedorismo?
Acompanhe atentamente os tópicos dessa aula para compreender essa relação direta.

A importância do empreendedorismo

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Antes de iniciarmos a abordagem sobre o surgimento do termo no Brasil, vamos aqui defini-lo para que
você já possa fazer a leitura com a ideia formada do que é ser um empreendedor.

Podemos dizer que o empreendedor é aquele que desenvolve a arte de empreender, de mu- dar,
conquistar e, portanto, colocar em prática aquilo que você na realidade sempre foi e será. É muito comum
as pessoas confundirem empreendedor com o indivíduo que abre um negócio. Com certeza estes são
empreende- dores, mas não somente quem abre um negócio, mas também o indivíduo que está em uma
empresa, em uma escola, em um projeto de ação social, na família, enfim, nos mais diversos segmentos
do cotidiano diário, pode ser considerado um empreendedor.

Nessa linha de pensamento, o empreendedor é a pessoa que faz algo diferente, que inova, que é criativo,
que não se acomoda, ou não se conforma com uma situação. Está sempre buscando melhorar tudo à sua
volta.

Segundo Dolabela (2008), no Brasil o empreendedorismo está começando a se destacar, passando a


receber melhor atenção, tanto no setor público quanto nas empresas privadas. Foi na década de 1990 que
o empreendedorismo ganhou força e se popularizou, quando foram criadas instituições como Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para
Exportação de Software). Tais instituições auxiliaram os empreendedores a montar seus negócios, dando
suporte e consultoria para resolver problemas em andamento e assim contribuir para o desenvolvimento
do país.

O Brasil vem desenvolvendo um intensivo programa de ensino de empreendedorismo, que está


destacando o país perante o mundo, conforme você pode verificar nos tópicos abaixo descritos por
Dornelas (2001, p. 25-26):

1. Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Sof- tware, Informação e


Serviço), que apoiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina
em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups).

2. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EM- PRETEC e Jovem


Empreendedor do Sebrae, e ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido à
capacitação de mais de um milhão de empreendedores em todo país, destinando recursos financeiros a
esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de reais.

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3. Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do
empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com o programa Engenheiro Empreendedor, que
capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa REUNE,
da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino
superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras.

4. A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no país, motivando o


surgimento de entidades como o Instituto E-cobra, de apoio aos empreendedores das ponto.com
(empresas baseadas em Internet), com cursos, palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios
de empresas start-ups de Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores.

5. Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento de incubadoras de


empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que em 2000 havia mais de 135 incubadoras de
empresas no país, sem considerar as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais de 1100
empresas incubadoras, que geram mais de 5200 empregos diretos.

Essas iniciativas são de grande importância para o envolvimento de universidades na criação de novas
empresas tecnológicas que vêm crescendo, fato que vem mostrando solução para auxiliar na redução do
fechamento de novas empresas, e ressalta que além de sobreviverem mais tempo as empresas ampliam
o faturamento e o volume de clientes. Nota-se que através de parceiros como instituição de ensino e
pesquisa obtêm-se várias vantagens.

Sendo assim, você pode fazer a relação da importância de se empreender em períodos de concorrência
acirrada. É claro que se a situação é confortável, se o mercado estiver totalmente “calmo”, sem
concorrência, não haverá motivos para buscar novas oportunidades e, portanto, aí é que se entende que
ser empreendedor é o diferencial para permanecer no mercado competitivo. Aliás, muitos dos negócios
de sucesso surgem em períodos de crise, onde indivíduos empreendedores, que não se acomodam ou se
conformam com a situação, buscam fazer algo diferente para melhorar a sua situação e acabam
alcançando o sucesso.

Atividades de aprendizagem

1. Visite uma agência do Sebrae de sua cidade ou acesse o site e pesquise sobre uma história de um
empreendedor de sucesso. Constate se na história que você leu o empreendedor iniciou o negócio
partindo de uma crise ou se o mesmo aproveitou uma oportunidade. Registre aqui a história e, se achar
interessante, compartilhe com os colegas no chat ou fórum da aula.

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2. Nessa aula citamos como forma de auxílio ao empreendedorismo no Brasil, as incubadoras.
Como forma de aprofundamento do tema, pesquise o que são incubadoras e sua importância para que as
micro e pequenas empresas não fechem suas portas precocemente.

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .

CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,


2006.

Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.

Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
AMBIENTAL
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Paradigmas ambientais
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Antropocentrismo, Ecocentrismo
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Paradigmas ambientais
Paradigma é uma visão do mundo baseada em leis e pressupostos teóricos, princípios filosóficos e
hábitos de trabalho. Muda-se um paradigma quando o novo oferece mais respostas que o anterior. A
seguir, apresentaremos alguns paradigmas ambientais.
Antropocentrismo
O antropocentrismo surgiu na Europa no final da idade média. É uma visão que considera o homem
como o centro do cosmos, sugerindo que ele deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica
e filosófica.
judaico-cristã preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Dessa forma, a
transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva
centrada em Deus a outra, centrada no homem.
Em um contexto moderno, o antropocentrismo está relacionado às doutrinas ou perspectivas intelectuais
que tomam como único paradigma de juízo as características da espécie animal, demonstrando que o
ambiente conhecido é apto à existência humana, ampliando as condições de existência a todos os seres
inteligentes. Dessa forma, remete a uma desvalorização das outras espécies no planeta, estando
associado à degradação ambiental, visto que a natureza deveria estar subordinada aos seres humanos,
legitimando a posição de domínio do homem sobre todos os seres e todo o mundo.

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Ecocentrismo
Trata-se de uma linha de filosofia ecológica que apresenta um sistema de valores centrado na natureza,
em oposição ao antropocentrismo. Semelhante a uma visão indígena, em dizeres amplos, em que o
homem é membro da natureza compondo o meio natural tendo um valor equivalente aos animais. Dessa
forma, o homem sendo parte da natureza, deve se comportar harmoniosamente e em equilíbrio com a
mesma.
O ecocentrismo reconhece que todas as espécies, incluindo humanos, são produto de um longo processo
evolucionário e são interligados em seus processos de vida. A ideia de ética para com a terra e bom
gerenciamento do meio ambiente são elementos chave dessa filosofia. O ecocentrismo está focado em
uma comunidade biótica como um todo e tenta manter a composição do ecossistema e seus processos
ecológicos.
Significa que sendo a natureza o ponto central, o humano volta à condição de parte integrante do todo.
Ao humano não é permitido explorar o resto da natureza de acordo com seu interesse, qualquer que seja.
Pois essa exploração desequilibrará o todo, gerando mudanças em todos os componentes.

Malthusianismo e neomalthusianismo
O adjetivo malthusiano, de Malthus, é utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro, devido
ao descompasso entre recursos e necessidades. De acordo com o economista inglês Thomas Malthus
(1766 - 1834), a população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica, e os meios de
subsistência numa progressão aritmética. Para Malthus, o controle da população devia ser realizado via
aumento das taxas de mortalidade, que ele chamava de freios positivos, que significavam a miséria, as
doenças e as guerras. Os trabalhadores deveriam receber apenas um salário de subsistênciasuficiente para
manter o equilíbrio homeostático entre população e economia

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A proposta de Malthus foi revisada em torno de 1900 e gerou uma nova teoria populacional denominada
de neomalthusiana. Para essa proposta, há uma relação direta entre o subdesenvolvimento e o
crescimento populacional, ou seja, a superpopulação era o fator determinante da pobreza dos países, pois
eleva gastos com serviços públicos oferecidos pelo Estado, reduzindo os investimentos em setores
produtivos. Essa ideia é baseada no pressuposto de que a superpopulação levaria a um esgotamento dos
recursos naturais e, consequentemente, à pobreza.

Postura cornucopiana
Os cornucopianos demonstram um otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida
humana. Possuem a crença de que qualquer problema de escassez no presente ou no futuro próximo será
solucionado mais adiante. Sempre haverá possibilidade de substituições de insumos e processos
produtivos.
Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia grega consta
que Almatéia (ninfa do Olimpo) alimentou Zeus com leite de cabra. Em troca desse favor, Zeus ofertou-
lhe um poderoso objeto constituído por um chifre de cabra, que satisfazia todos os desejos de quem o
possuísse. A Deusa Fortuna era representada por um vaso em forma de chifre de onde frutas e flores
espalham-se em abundância. Atualmente, simboliza a agricultura e o comércio, além de compor o
símbolo das ciências econômicas.

Abordagens sócio ambientais

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A relação do homem com a natureza pode ser vista por duas grandes vertentes situadas em polos
extremos de uma linha contínua, repleta de matizes. Em uma ponta da linha encontram-se as posições
antropocêntricas extremadas, nas quais

a natureza só tem valor como instrumento dos seres humanos que possuem direitos absolutos sobre ela.
A preocupação com o meio ambiente se dá na medida em que ele se torna um problema para os humanos
(BARBIERI, 2011).
Na outra ponta estão as posições ecocêntricas extremadas, que atribuem aos elementos da natureza um
valor intrínseco e independente de qualquer apreciação humana. Os humanos são apenas um desses
elementos, não possuem nenhum direito a mais que outros seres. Todos os organismos, inclusive os seres
humanos, fazem parte da natureza em igualdade de condições.
Entre esses extremos, encontram-se as abordagens socioambientais que reconhecem o valor intrínseco
da natureza, mas admitem que ela deve ser usada para atender às necessidades humanas presentes e
futuras. Essa abordagem caracteriza-se pela busca de sistemas de produção e consumo sustentáveis, que
procuram atender às necessidades humanas respeitando as limitações do meio ambiente. Essas
limitações não são estáticas e o ser humano pode e deve ampliá-las para atender a todos. Essa será a
abordagem adotada nessa disciplina.

Evolução histórica da preocupação ambiental


A preocupação com os efeitos dos impactos ambientais, decorrentes da ação humana na natureza, passou
a receber maior atenção a partir da década de 1950 motivada pela queda da qualidade de vida em algumas
regiões do planeta. Nessa época, surgiram movimentos ambientalistas, entidades governamentais sem
fins lucrativos e agências governamentais voltadas para a proteção ambiental.
A década de 1960
A década de 1960 foi conhecida pelo conflito entre preservacionistas e desenvolvimentistas. O debate
iniciou-se com a publicação do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962, que trouxe um
alerta sobre a utilização de pesticidas na agricultura. Esse fato levou a preocupações ambientais inéditas
para uma parcela da opinião pública americana, que visualizaram o impacto das atividades antrópicas
sobre o meio ambiente. O livro impulsionou uma inversão na política nacional sobre os pesticidas
levando a uma proibição nacional sobre o DDT e outros pesticidas. Os movimentos ambientalistas
levaram a criação da Environmental Protection Agency – EPA, agência americana de proteção
ambiental.
Em 1968, o professor americano Paul R. Ehrlich fez uma previsão catastrófica. O mundo tinha
pessoas demais, e milhões morreriam de fome, se não houvesse um controle do aumento
populacional. A teoria era parte do livro Population Bomb (Bomba Populacional). Por suas previsões
alarmistas, ele ocupou o posto de principal seguidor do inglês Thomas Malthus. Na década de 80, ele
fez uma famosa aposta com um economista americano. O alvo era o valor que cinco metais
alcançariam na Bolsa de Chicago nos dez anos seguintes. Ehrlich sustentava que o crescimento
populacional elevaria a demanda e o preço dos metais. Aconteceu que os metais perderam valor, e
Ehrlich, a aposta.
Também, em 1968, surgiu o Clube de Roma. Uma organização independente sem fins lucrativos em que
participavam empresários, cientistas e políticos, com o objetivo de discutir e analisar os limites do
crescimento econômico às custas do uso crescente dos recursos naturais. Seus membros são

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personalidades oriundas de diferentes comunidades: científica, acadêmica, política, empresarial,
financeira, religiosa, cultural.

A década de 1970
Em 1972, um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology – MIT, que assessorava o
Clube de Roma, alertou sobre os riscos do crescimento econômico contínuo baseado na exploração de
recursos naturais não renováveis. Utilizando modelos matemáticos, o MIT chegou à conclusão de que o
Planeta Terra não suportaria o crescimento populacional devido à pressão gerada sobre os recursos
naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo tendo em conta o avanço tecnológico. As
projeções afirmavam o esgotamento desses recursos em poucas décadas. O relatório afirmava que
somente o crescimento zero e a gestão dos recursos finitos poderia salvar o planeta.
Houve grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países em desenvolvimento, que
se sentiam impedidos de atingir o mesmo grau de desenvolvimento dos países desenvolvidos, visto que
esses foram os que mais extraíram recursos naturais e degradaram a natureza. A proposta beneficiaria
apenas os países ricos.
Muitas das previsões do relatório não se concretizaram, e outras permanecem como um cenário possível,
para o qual a humanidade ainda não encontrou soluções. No entanto, o documento foi importante para
chamar a atenção sobre o impacto da exploração dos recursos e degradação do meio ambiente,
despertando a consciência ecológica mundial. A I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente,
organizada pela Organização das Nações Unidas – ONU em 1972 foi um reflexo disso (NASCIMENTO;
LEMOS; MELLO, 2008).
A década de 1970 ficou conhecida como a da regulamentação e do controle ambiental. Após a
conferência de Estocolmo as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e estabelecer suas
legislações. Poluir passou a ser considerado crime em diversos países.
A crise energética, causada pelo aumento do preço do petróleo levou a discussão sobre a racionalização
do seu uso e à busca por combustíveis mais limpos, oriundos de fontes renováveis. Surgiram as primeiras
tentativas de valorização energética dos resíduos, unindo meio ambiente e conservação da energia,
resultando em um esboço do conceito de desenvolvimento sustentável.
Em 1978, na Alemanha, surgiu o primeiro selo ecológico, o Anjo Azul, destinado a rotular produtos
considerados ambientalmente corretos.

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A década de 1980

No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Gro Harlem Brundtland,
primeira-ministra da Noruega, foi indicada pela ONU para chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento com o objetivo de estudar o assunto.
O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório
Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas
necessidades” (CMMAD, 1991).
Essa nova visão das relações do homem com o meio ambiente, deixa claro que não existe apenas um
limite mínimo para o bem estar da sociedade, mas que há também um limite máximo para a utilização
dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.
Também, na década de 1980, entraram em vigor legislações específicas que visavam controlar a
instalação de novas indústrias e estabelecer exigências para as existentes. O enfoque era para o controle
da poluição no final do tubo ou end of pipe, em que se tratava o efluente, resíduo ou emissão. Esse
enfoque levava a visão do controle ambiental como um custo adicional para a organização.
A proteção ambiental era vista por um ângulo defensivo, estimulando apenas soluções corretivas que
visavam atender a legislação. Mas, ainda na década de 1980, os gestores das empresas começaram a
entender que as propostas ambientalistas poderiam representar uma redução do desperdício de matéria-
prima, assim como assegurar uma boa imagem para a organização.
O fenômeno da globalização das preocupações ambientais veio no final da década de 1980 com o
Protocolo de Montreal, que bania os CFCs e a Convenção da Basiléia que estabeleceu regras para o
transporte transfronteiriço de resíduos.

A década de 1990
Na década de 1990, já havia uma consciência coletiva sobre a importância da preservação e o equilíbrio
ambiental. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida
também como Cúpula da Terra ou Rio 92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, resultou em importantes
documentos como a Carta da Terra (conhecida como Declaração do Rio) e a Agenda 21.
Em 1997, no Japão, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foi anunciado um
tratado internacional chamado Protocolo de Kyoto que estipulava metas para redução de emissões de
gases do efeito estufa.
A década de 1990 levou a uma mudança no enfoque em relação aos problemas ambientais. O foco passou
a ser a otimização do processo produtivo e a redução do impacto ambiental. O conceito de prevenção
ganhou destaque e aumentaram os esforços para difusão de tecnologias mais limpas e menos poluentes.
Surgiu o conceito de ciclo de vida dos produtos, que busca torná-los ecologicamente corretos desde a
fase de concepção até o descarte ou reaproveitamento.
A introdução da gestão ambiental e a adoção de códigos de conduta, como o programa de atuação
responsável, adotado pelas indústrias químicas, modificam as posturas reativas que marcavam o
relacionamento entre as organizações, órgãos de fiscalização e ONGs. Baseada na responsabilidade
solidária, a nova postura requer um cuidado maior com a imagem da organização em relação às questões
ambientais.
Na década de 1990 também entraram em vigor as normas britânicas BS 7750 – Specification for
Environment Management Systems, que serviram de base para a elaboração de um sistema de normas
ambientais em nível mundial, a série ISO 14000. A integração entre a série ISO 14000 e a série ISO
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9000, de gestão da qualidade, representaram um avanço em relação a conservação ambiental e o
desenvolvimento em bases sustentáveis.
Nesse contexto, a questão ambiental em termos empresariais torna-se um tema menos problemático e
transforma-se em uma possível solução para a imagem e credibilidade da organização em relação a
sociedade por meio da qualidade e competitividade dos produtos.

Século XXI
Em, 2002, dez anos após a Rio 92, foi realizada pela ONU, em Johanesburgo, na África do Sul, a Cúpula
Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio+10. As discussões
englobaram, além da preservação do meio ambiente, também aspectos sociais. Um dos pontos mais
importantes da conferência foi a busca por medidas para reduzir, em 50 %, o número de pessoas que
vivem abaixo da linha da pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 2015. Foram debatidas questões
sobre fornecimento de água, saneamento básico, energia, saúde, agricultura e biodiversidade, além de
cobrar atitudes com relação aos compromissos firmados durante a Eco-92 e principalmente colocar em
prática a Agenda 21.
No entanto, os resultados da Rio+10 não foram muito significativos. Os países desenvolvidos não
cancelaram as dívidas das nações mais pobres. Os países integrantes da OPEP (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), juntamente com os Estados Unidos não assinaram o acordo que previa o uso
de 10 % de fontes energéticas renováveis tais como eólica, solar, geotérmica, biomassa, entre outras.
Um dos resultados positivos da Rio+10 foi relacionado ao abastecimento de água. Os países
concordaram com a meta de reduzir pela metade, o número de pessoas que não têm acesso à água potável
e nem a saneamento básico até 2015. Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 2012. Participaram líderes
dos 193 países que fazem parte da ONU. O principal objetivo da Rio+20 foi renovar e reafirmar a
participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável no planeta Terra. Foi,
portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio de
Janeiro. A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentável e a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Houve um avanço na compreensão sobre o tema das escolhas sustentáveis por parte do senso comum.
Ações como escovar os dentes com a torneira fechada ou diminuir o tempo do banho ganharam um
sentido mais amplo relacionado a energias renováveis, ciclos de vida de produtos e urgência de
mudanças em padrões de consumo. Da mesma forma, as antigas práticas econômicas passam a ser vistas
como instrumentos que pressionam os recursos naturais a ponto de inviabilizar o futuro.
Ações práticas também aconteceram, tais como, reuniões entre empresas, organizações não
governamentais e a administração de grandes metrópoles. Um grupo de 40 megacidades fez um acordo
para reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa, numa quantidade comparável a toda a
emissão anual do México.
O setor empresarial, que há 20 anos esteve praticamente ausente da Rio-92, durante a Rio+20 liderou a
realização de compromissos voluntários, reconhecendo o valor do capital natural e comprometendo-se
a usar os recursos naturais de forma responsável.
Pessoas representando 1500 empresas de 60 países participaram de eventos do Global Compact, o braço
da ONU para relação com a iniciativa privada, e produziram 200 compromissos. Um deles, proposto e
difundido pela Rede Brasileira do Pacto Global, está sendo subscrito por centenas de empresas
brasileiras.
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Assim ficou evidente que a questão ambiental ultrapassou os limites das ações isoladas e localizadas.
Otimização do uso de matérias-primas escassas e não renováveis, racionalização do uso da energia,
combate ao desperdício e redução da pobreza convergem para uma abordagem mais ampla do tema
ambiental, que pode ser resumido em qualidade ambiental.

Uma das mais recentes resoluções oficiais da ONU, intitulada O Futuro que Queremos, de 2012,
invocando e ratificando um longo elenco de convenções similares anteriores, foi explícita ao dizer que
o caminho a ser tomado é o do desenvolvimento sustentável. Nesse documento os Chefes de Estado e
de Governo e representantes de alto nível, com a participação da sociedade civil, O Pacto Global advoga
10 princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da
Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra
a Corrupção.
renovam o compromisso com o desenvolvimento sustentável para assegurar a promoção de um futuro
econômico, social e ambientalmente sustentável para o planeta e para as gerações presentes e futuras.
Portanto, reconhecem a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável como parâmetro
principal em todos os níveis, integrando os aspectos econômicos, sociais e ambientais e reconhecendo
suas interligações, de modo a atingir um desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões
(UNITED NATIONS, 2012).

Fases da preocupação ambiental e estágios evolutivos


Pelos fatos anteriormente expostos, pode-se caracterizar a primeira fase da preocupação ambiental que
vai de início do século XX até 1972, em que prevalece um tratamento pontual das questões ambientais
desvinculado de qualquer preocupação com os processos de desenvolvimento. Esse é o estágio reativo.
A segunda fase começa com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano em
Estocolmo em 1972 e vai até 1992, caracterizando-se pela busca de uma nova relação entre meio
ambiente e desenvolvimento. Esse é o estágio preventivo.
A terceira fase é a fase atual que tem início com a realização da Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 no Rio de Janeiro, em que foram aprovados documentos
relativos aos problemas socioambientais globais. Caracteriza-se pelo aprofundamento e implementação
das disposições e recomendações dos estados nacionais, governos locais, empresas e outros agentes.
Esse é o estágio proativo.

Atividades de aprendizagem
1. Associe o fato histórico com o período em que ocorreu.
(A) Década de 1960.
(B) Década de 1970.
(C) Década de 1980.
(D) Década de 1990.
(E) Século XXI.
( ) Publicação do livro de Rachel Carson – Primavera Silenciosa, que mostrava que os pesticidas
espalhavam-se por toda a cadeia alimentar.
( ) Realização da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro.
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( ) Realização, pela ONU, da I Conferência Mundial do Meio Ambiente.
( ) Publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” que propõe o desenvolvimento sustentável.
( ) Realização da Conferência Rio+20.

2. Numere a segunda coluna associando o estágio evolutivo da preocupação ambiental com o


pensamento vigente e marque a alternativa que representa a sequência correta.

(A) Estágio reativo.


(B) Estágio preventivo.
(C) Estágio proativo.
( ) Busca de uma nova relação entre meio ambiente e desenvolvimento.
( ) Prevalece um tratamento pontual das questões ambientais desvinculado de qualquer preocupação
com os processos de desenvolvimento.
( ) Implementação das disposições e recomendações pelos estados nacionais, governos locais, empresas
e outros agentes.

3. De acordo com os paradigmas ambientais abaixo relacionados, enumere corretamente as lacunas a


seguir.
(A) Antropocentrismo.
(B) Ecocentrismo.
(C) Malthusianismo.
(D) Neomalthusianismo.
(E) Cornucopianismo.
( ) Considera o homem como o centro do cosmos.
( ) Relação direta entre o subdesenvolvimento e o crescimento populacional.
( ) Utilizado para indicar pessoas pessimistas quanto ao futuro.
( ) Apresenta um sistema de valores centrado na natureza.
( ) Otimismo exagerado em relação aos recursos necessários à vida humana.

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul. 2013.
ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas. Rio de
Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e
aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e
sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável.
São Paulo: Atlas, 2011.
31
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Desenvolvimento sustentável
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sociedade, consumo e meio ambiente
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Desenvolvimento sustentável
Sociedade, consumo e meio ambiente
Consumo e meio ambiente são indissociáveis. O ato de consumir é inerente à espécie humana e implica
em fazer parte da cadeia trófica. Significa, portanto, depender da natureza. Consumir é uma ação
individual. O consumo não é inato e invariável, e sim é dinâmico e modifica-se. As necessidades de
consumo são culturais e mutáveis. Logo, consumir é uma ação social. Toda a sociedade tem uma forma
própria de governar a produção e de controlar a natureza. São formas dinâmicas que originam novas
organizações sociais, econômicas e políticas.
A dinâmica das mudanças na sociedade leva a novos padrões de comportamento e a demanda crescente
por novos produtos que refletem no sistema produtivo. A produção só toma sentido se houver em
contrapartida e na mesma proporção, o consumo.
A demanda da sociedade requer, além de produtos em escala, a necessidade de obtê-los com custos
menores, qualidade melhor e características específicas e personalizadas, exigindo a melhoria das
técnicas de produção e de gestão, resultando em aumento da produtividade. Dessa forma, o crescimento
populacional exerce uma forte pressão na demanda por mais produtos, elevando o volume de produção
e forçando o desenvolvimento de novas tecnologias.

32
Nesse contexto, as organizações precisam evoluir para se adequar às constantes exigências da sociedade
e das instituições. Necessitam incorporar novas tecnologias e modelos organizacionais e lidar com o
novo paradigma da questão ambiental. Devem promover mudanças para adaptação a exigências de
órgãos reguladores ou novos mercados que implicam em incorporação e adaptação de novas tecnologias.
É necessário analisar as transformações e as mudanças para adequação ao paradigma ambiental

Relações do sistema econômico com o meio ambiente


As palavras, ecologia e economia, derivam do grego oikos no sentido de casa. A palavra logos significa
estudo e nomia significa manejo ou gerenciamento. Portanto, ecologia, pode ser entendida, de maneira
geral, como o estudo do “lugar onde se vive”, ou as relações dos organismos entre si e com seu ambiente.
E, economia, entende-se como o manejo da casa. Economia e ecologia são disciplinas complementares,
porém a integração entre elas só passa a ser percebida a partir da segunda metade do século XX.
A atuação do sistema econômico é baseada no sistema natural que lhe sustenta, visto que ele interage
com o meio ambiente, utilizando recursos naturais e devolvendo resíduos. Por sua vez, o meio ambiente
interage com a economia, sendo fornecedor de insumos e receptor de dejetos/resíduos resultantes dos
processos de produção e consumo.
Crescimento econômico × desenvolvimento econômico

33
Crescimento econômico é medido pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), entendendo-se que
há uma relação direta entre o nível de investimentos de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB.
Desenvolvimento econômico é mais amplo, envolvendo tanto o crescimento do PIB como mudanças
qualitativas, englobando melhorias das condições de vida da população e do meio ambiente.

Conservação × preservação ambiental


Visando uma melhor compreensão da questão ambiental, é necessário conhecer duas atitudes e posturas
que dividem, filosoficamente, os que se preocupam com meio ambiente: a conservação e a preservação
ambiental.
O preservacionismo aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou
utilitário, apontando o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental. Com caráter protetor,
propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências relativas aos avanços do
progresso e sua consequente degradação. Nesse caso, tocar, explorar, consumir e, muitas vezes, até
pesquisar, tornam-se atitudes que ferem tais princípios. De posição considerada mais radical, esse
movimento foi responsável pela criação de parques nacionais (LIMA, 2008).
A corrente conservacionista contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo criterioso,
com o homem executando um papel de gestor e parte integrante do processo. Pode ser identificado como
o meio termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo e caracteriza a maioria dos movimentos
ambientalistas. É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um
modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas que não destrua os recursos
necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução
do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social,
respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões
econômicas, são alguns de seus princípios. Inclusive, essa corrente propõe que se destinem áreas de
preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis, com um grande número de espécies endêmicas e/ou
em extinção (LIMA, 2008).

Desenvolvimento sustentável
O relatório “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como Relatório Brundtland, apresentado em
1987, é um marco no debate sobre a interligação entre as questões ambientais e o desenvolvimento. O
crescimento econômico sem melhoria de qualidade de vida das pessoas e das sociedades não pode ser
considerado desenvolvimento. É possível alcançar maior desenvolvimento sem destruir os recursos
naturais conciliando crescimento econômico com a conservação ambiental.

34
O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Isso significa possibilitar
que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico
e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e
preservando as espécies e os habitats naturais.
Os conceitos chave do desenvolvimento sustentável são:
• As necessidades essenciais dos pobres no mundo devem receber a máxima prioridade.
• A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio
ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.
O desenvolvimento sustentável requer o aperfeiçoamento dos sistemas:
• Sistema político com efetiva participação dos cidadãos no processo decisório estimulando a
atuação responsável.
• Sistema econômico capaz de gerar excedentes e conhecimentos técnicos em bases confiáveis
possibilitando o desenvolvimento sem degradação.
• Sistema social capaz de resolver as tensões causadas por um desenvolvimento desequilibrado e
que estabeleça critérios para o crescimento populacional.
• Sistema de produção que preserve a base da origem dos recursos naturais com aproveitamento
mais eficiente desses e dos resíduos gerados.
• Sistema tecnológico que busque continuamente novas soluções voltadas para a ecoeficiência dos
processos e dos produtos.
• Sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento, gerando
vantagens para a empresa.
• Sistema administrativo flexível e capaz de se autoavaliar em um processo de melhoria contínua.
A interligação dos sistemas cria um tripé que apoia o desenvolvimento sustentável, adotando medidas
que envolvam o poder público, a iniciativa privada e a sociedade.

35
As medidas que devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável, de
acordo com o Relatório Brundtland, são:
• Limitação do crescimento populacional.
• Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) em longo prazo.
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas.
• Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes
energéticas renováveis.
• Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
• Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias
ecologicamente adaptadas.
• Controle da urbanização desordenada e integração maior entre campo e cidades.
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma empresa como
uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo essa cultura a todos os níveis
da organização.
Deve-se formalizar um processo de identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente
resultando em um projeto que alia produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a
esse preceito. As medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de
desenvolvimento sustentável são:
• Uso de novos materiais na construção.
• Reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais.
• Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a
geotérmica.
• Reciclagem de materiais reaproveitáveis.
• Consumo racional de água e de alimentos.
• Redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.

Agenda 21
A Agenda 21 foi um dos principais resultados obtidos da conferência Rio-92. É um documento que
estabeleceu a importância de cada país com o compromisso de refletir, global e localmente, sobre a
forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade

36
poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Buscou reunir e articular
propostas para iniciar a transição de modelos de desenvolvimento convencionais para modelos de
sociedades sustentáveis.
Logo, é um programa de ação traduzido num documento consensual de mais de 500 páginas para o qual
contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países. Os temas fundamentais da Agenda
21 estão tratados em 41 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções:
I – Dimensões sociais e econômicas – aborda os problemas ambientais sobre o ponto de vista social,
isto é, relacionados ao modelo de produção e consumo, considerando o crescimento populacional, as
formas de uso e ocupação do solo e as consequências na saúde humana do modelo predatório adotado.II
– Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento – enfoca os recursos naturais (ar, florestas,
água, solo e biodiversidade) apontado a necessidade de definição de critérios para a sua utilização, de
forma a assegurar sua preservação para as gerações futuras.
III – Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais – conceito de grupos em desvantagem e
suas estratégias de sobrevivência, ressaltando o papel dos governos locais, universidades e institutos de
pesquisa como parceiros indispensáveis para o processo de empoderamento desses grupos.
IV – Meios de implementação – indicam recursos materiais, humanos e meca-nismos de
financiamento existentes a serem criados, com ênfase à cooperação entre nações, instituições e diferentes
segmentos sociais.

Agenda 21 local
A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para regiões específicas, estados e
municípios. Não há fórmula pré-determinada para a construção de agendas. Não há necessidade de
vinculação ou subordinação entre a Agenda 21 para o país e as iniciativas de Agendas 21 locais.
A Agenda 21 local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve
a implantação, ali, de um fórum da Agenda 21.
Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de
desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto,
médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--).
Os princípios da Agenda 21 local são:
• Participação e cidadania.
• Respeito às comunidades e diferenças culturais.
• Integração.
• Melhoria do padrão de vida das comunidades.
• Diminuição das desigualdades sociais.
• Mudanças de mentalidade.

Composto por governo e sociedade civil, o fórum é responsável pela construção de um plano local de
desenvolvimento sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto,
médio e longo prazos. No fórum, são, também, definidos os meios de implementação e as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações (MMA, 20--).
Os princípios da Agenda 21 local são:
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• Participação e cidadania.
• Respeito às comunidades e diferenças culturais.
• Integração.
• Melhoria do padrão de vida das comunidades.
• Diminuição das desigualdades sociais.
• Mudanças de mentalidade.

Atividades de aprendizagem
1. Associe as colunas:
(A) Crescimento econômico.
(B) Desenvolvimento econômico.
( ) Busca aumentar a produção nos setores primário e secundário.
( ) Orientação da produção para o mercado externo.
( ) Resultados em médio e longo prazos.
( ) Orientação da produção para o mercado interno.
( ) Busca aumentar a produção nos três setores da economia.
( ) Resultados em curto prazo.

2. Associe as colunas:
(A) Conservação ambiental.
(B) Preservação ambiental.
( ) Baseada nos princípios de redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução
do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social,
respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões
econômicas.
( ) Aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando
o homem como o causador da quebra do equilíbrio ambiental.
( ) Atitudes como tocar, explorar, consumir e, muitas vezes, até pesquisar, ferem seus princípios.
( ) Contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e manejo criterioso, com o homem
executando um papel de gestor e parte integrante do processo.
( ) É alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de
desenvolvimento que garanta a qualidade de vida atual, mas que não destrua os recursos necessários às
gerações futuras.
( ) Tem caráter protetor, propõe a criação de santuários intocáveis, que não podem sofrer interferências
relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação.

3. Complete corretamente a frase abaixo conforme as alternativas propostas.


O desenvolvimento sustentável, possibilita que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível
satisfatório de dimensionamento , e de realização humana
e cultural.
a) social – político
b) tecnológico – político
c) tecnológico – econômico
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d) social – econômico
e) político – econômico
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul. 2013.
ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas. Rio de
Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e
aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e
sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável.
São Paulo: Atlas, 2011.

39
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Gestão ambiental e responsabilidade social empresarial.
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sistemas de gestão ambiental
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Gestão ambiental e responsabilidade social empresarial.


Sistemas de gestão ambiental
O sistema de gestão ambiental é um conjunto de procedimentos que visa a ajudar a organização
empresarial a entender, controlar e diminuir os impactos ambientais de suas atividades, produtos ou
serviços. Está baseado no cumprimento da legislação ambiental vigente e na melhoria contínua do
desempenho ambiental da organização.
Possibilita às organizações uma melhor condição de gerenciamento para seus aspectos e impactos
ambientais, além de interagir na mudança de atitudes e de cultura da organização. Pode também,
alavancar seus resultados financeiros, uma vez que atua na melhoria contínua de seus processos e
serviços.
A série de normas ISO 14000, lançada internacionalmente em 1996, tem como objetivo a criação de um
sistema de gestão ambiental que auxilie as organizações a cumprir os compromissos assumidos com o
ambiente natural. Como o processo de certificação é reconhecido internacionalmente, também
possibilita as organizações distinguir-se daquelas que somente atendem à legislação ambiental, mas que
não possuem certificação.

40
A série ISO 14000 auxilia a organização no que é necessário para desenvolver um novo sistema de
gestão ambiental ou melhorar o que já existente. A melhoria contínua é o processo de aperfeiçoar o
sistemade gestão ambiental para alcançar melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento
com as políticas da organização.

A norma ISO 14001 é a única norma do conjunto ISO 14000 que certifica ambientalmente uma
organização, embora não exija que a mesma já tenha atingido o melhor desempenho ambiental possível,
nem esteja utilizando as melhores tecnologias disponíveis.
A norma ISO 14004 é destinada ao uso interno, servindo como um guia para o estabelecimento e
implementação de seu Sistema de Gestão Ambiental – SGA e não enseja certificação.
Aspectos e impactos ambientais
A busca da melhoria dos processos visa minimizar os impactos sobre o meio ambiente. A avaliação dos
impactos também é um item fundamental para as empresas que buscam a certificação da série ISO 14001
para seu sistema de gestão ambiental. O levantamento dos aspectos e impactos ambientais das atividades
da empresa é uma etapa necessária para a melhoria dos processos, assim como, para a certificação
ambiental.
Aspecto ambiental é definido, pela NBR ISO 14001, como elemento das atividades, produtos e serviços
de uma organização, que possam interagir com o meio ambiente. O aspecto pode estar relacionado a
41
uma máquina ou equipamento, assim como, a uma atividade executada por ela ou por alguém que
produza ou apresente a possibilidade de produzir algum efeito sobre o meio ambiente. A NBR ISO
14001, prioriza o levantamento dos aspectos ambientais significativos, já que os aspectos envolvidos em
um processo são muitos. Aspecto ambiental significativo é aquele que tem um impacto ambiental
significativo (ABNT NBR ISO 14001:2004).
Dessa forma, impacto ambiental é qualquer mudança no meio ambiente, tanto positiva quanto negativa,
total ou parcial, resultado das atividades, produto ou serviços da organização (ABNT NBR ISO
14001:2004).

Auditoria ambiental
A auditoria ambiental é uma ferramenta imprescindível para a verificação e fiscalização das empresas e
uma avaliação de seus sistemas de gestão. Permite também a avaliação sobre o desempenho dos
equipamentos instalados, visando a fiscalizar e limitar o impacto de suas atividades sobre o meio
ambiente. Deve ser independente, sistemática, periódica, documentada e objetiva. É realizada por uma
equipe multidisciplinar de auditores especializados nos campos contábil, financeiro, econômico e
ambiental.
As normas sobre auditoria ambiental fornecem os princípios comuns gerais e os procedimentos para a
condução de auditorias ambientais incluindo os critérios para qualificação de auditores ambientais. São
elas: NBR ISO 19011:2012 que trata das diretrizes para auditoria de sistemas de gestão e a NBR ISO
19015:2003 que trata da Avaliação Ambiental de Locais e Organizações – AALO.
Portanto, as auditorias ambientais podem ser definidas como procedimentos sistemáticos, através do
qual a organização irá avaliar sua adequação a critérios ambientais preestabelecidos que podem ser:
normas técnicas (ISO 14001, EMAS), requisitos legais, requisitos definidos por clientes ou pela própria
empresa.
42
As definições de auditorias ambientais podem variar dependendo do seu âmbito de aplicação. Nesse
contexto, classifica-se as auditorias ambientais como aquelas realizadas por órgãos fiscalizadores,
entidades de controle externo (Tribunal de Contas da União – TCU ou Auditorias Gerais) e empresas
privadas. Cada tipo de auditoria apresenta uma definição e objetivo específicos.
As auditorias de entidades fiscalizadoras obedecem a normas específicas que podem variar de acordo
com a legislação estadual ou do próprio órgão fiscalizador. Estas auditorias têm como objetivo a
fiscalização das atividades com relação ao atendimento da legislação ambiental aplicável, concessão de
licenças, verificação do cumprimento aos condicionantes do processo de licenciamento, quantificação e
qualificação de danos, atendimento a demandas e cronogramas de fiscalização estabelecidos por lei,
além de apuração de denúncias (CAMPOS; LERÍPIO, 2009).

Avaliação de desempenho ambiental


A consideração da questão ambiental nos negócios gerou a necessidade para a medição do desempenho
do sistema de gestão ambiental nas organizações. Dessa forma, deve-se elencar uma série de fatores que
interagem entre si permitindo uma rápida visualização do comportamento e impacto dos indicadores
ambientais em um índice que representa o desempenho ambiental.
De acordo com a ABNT NBR ISO 14001:2004, o desempenho ambiental traduz os resultados
mensuráveis da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais. No contexto de sistemas da
gestão ambiental, os resultados podem ser medidos com base na política ambiental, objetivos ambientais
e metas ambientais da organização e outros requisitos de desempenho ambiental.
A necessidade de parâmetros relevantes e confiáveis para a medida do desempenho ambiental pode ser
atendida com a norma NBR ISO 14031:2004, que traz exemplos de indicadores de desempenho
ambiental que podem ser utilizados para avaliar as organizações, permitindo confrontá-las com os
critérios previamente estabelecidos em seu SGA.
Rotulagem ambiental
A rotulagem ambiental, ou ecolabeling, é uma metodologia voluntária de certificação e rotulagem de
desempenho ambiental de produtos ou serviços, que vem sendo praticada ao redor do mundo. É um
importante mecanismo de implementação de políticas ambientais dirigido aos consumidores,
auxiliando-os na escolha de produtos menos agressivos ao meio ambiente (ABNT, 2013).
Tem a função de comunicar os benefícios ambientais do produto/embalagem, objetivando aumentar o
interesse do consumidor por produtos de menor impacto, levando a melhoria ambiental contínua
orientada pelo mercado. Nesse sentido, agrega um diferencial e deve ser usada com ética e transparência
para não confundir, iludir e, nem tampouco, distorcer conceitos sobre preservação ambiental aliada à
sustentabilidade socioeconômica.
Com a finalidade de harmonizar os programas de rotulagem, previamente existentes, a série ISO 14000
incluiu normas com validade internacional, que são terminologias, símbolos, testes e verificações
metodológicas. Os rótulos devem salientar as características ambientais dos produtos por meio de
expressões corretas e comprováveis para o usuário. Os tipos de rotulagem pelas normas são:
• Rotulagem tipo I – NBR ISO 14024 – procedimentos para o desenvolvimento
• Rotulagem tipo II – NBR ISO 14021 – requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo
textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos.
• Rotulagem tipo III – ISO 14025 – tem alto grau de complexidade devido à inclusão da ferramenta
avaliação do ciclo de vida.

43
Rotulagem ambiental do tipo I
Definida pela norma ABNT NBR ISO 14024:2004, a rotulagem tem como base alguns critérios de ciclo
de vida que devem ser claros e transparentes, sendo que as partes interessadas devem ser consultadas.
A seguir, são mostrados alguns exemplos de selos ambientais adotados em diferentes países, para
identificar produtos “com menor impacto ambiental”, se comparados com os similares em suas
categorias.

Rotulagem ambiental do tipo II


Definida pela norma ABNT NBR ISO 14021:2013. Trata das autodeclarações ou reivindicações
espontâneas realizadas pelos próprios fornecedores ou fabricantes, sem avaliações de terceiros e sem a
utilização de critérios pré-estabelecidos. Podem descrever apenas um aspecto ambiental do seu produto
não obrigando à realização de uma Análise do Ciclo de Vida – ACV, reduzindo assim, os custos para
atender de uma forma rápida às demandas do marketing.

As autodeclarações ambientais são os selos mais suscetíveis de polêmica. Muitas vezes, um produto é
indicado como ecológico ou sustentável por possuir uma característica “menos ruim” em relação aos
similares no mercado. Logo, todos passam a apresentar a mesma característica, e nesse caso, aparece a
dúvida, se o produto ainda continua sendo ecológico. Ou passaria a ser um produto padrão? É o caso das
bacias sanitárias que utilizam, alternadamente, três e seis litros para a descarga e já se tornaram um
padrão, quando até a pouco eram consideradas ecológicas.
A ABNT publicou recentemente em 14/06/2013 a NBR 16182:2013 – Embalagem e acondicionamento
– Simbologia de orientação de descarte seletivo e de identificação de materiais. Esta simbologia técnica
do descarte seletivo passa a caracterizar o descarte dos resíduos secos (embalagens e outros recicláveis),
em separado dos resíduos úmidos (resto de alimentos).
Esse processo atende aos parâmetros da regulamentação e deve ser padronizado em todo o Brasil. A
simbologia pode ser aplicada, com ou sem o texto: Descarte Seletivo, e deve ser acompanhada da
44
simbologia de identificação do material, devendo constar nas embalagens de produtos de bens de
consumo, exceto daqueles que, por força de lei, requeiram uma coleta específica.
Todas as embalagens devem conter esta identificação técnica, mesmo que na prática nem todas sejam
enviadas para reciclagem por, talvez, não haver processos técnicos ou economicamente viáveis na região
em que foram descartadas. A ausência de simbologia ou o uso incorreto podem prejudicar o processo de
reciclagem de outros materiais e o desperdício de materiais recicláveis.

Rotulagem ambiental do tipo III


É definida pela ISO 14025, encontra-se em fase de formatação pela ABNT. Ela trata de rótulos
voluntários, verificados por terceiros e que consideram a ACV completa do produto. São considerados
os mais sofisticados e complexos quanto à sua implantação, pois exigem extensos bancos de dados ou
inventários para avaliar o produto em todas as suas etapas, fornecendo a dimensão exata dos impactos
que provoca.
A rotulagem ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental que pode ser utilizada para a elaboração
de políticas públicas ambientais como as compras públicas sustentáveis.

Análise de Ciclo de Vida – ACV


ACV (Life Cycle Assessment – LCA) é um método utilizado para avaliar o impacto ambiental de bens
e serviços. A ACV do produto é a história do produto, desde a fase de extração das matérias-primas,
passando pela fase de produção, distribuição, consumo, uso e até a sua transformação em lixo ou resíduo.

A ACV de um produto, processo ou atividade é uma avaliação sistemática que quantifica os fluxos de
energia e de materiais no ciclo de vida do produto. Uma contribuição importante da ACV é identificar
onde estão os impactos mais relevantes no ciclo de vida de um produto, para buscar alternativas. Muitas

45
vezes o impacto está em etapas invisíveis aos olhos do consumidor e sociedade, como por exemplo, um
grande consumo de água ou emissões no transporte.
As normas sobre análise de ciclo de vida tratam dos princípios gerais, estrutura e metodologia requerida
para analisar o ciclo de vida de um produto, determinando metas e escopo do estudo, impactos causados
ao ambiente natural, identificando melhorias que devem ser introduzidas para reduzi-los. São elas:
• ABNT NBR ISO 14040:2009 Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Princípios e
estrutura.
• ABNT NBR ISO 14044:2009 Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Requisitos e
orientações.
Responsabilidade social empresarial
A responsabilidade social empresarial é um tema de grande relevância nos principais centros da
economia mundial. Nos Estados Unidos e na Europa, os fundos de investimento formados por ações de
empresas socialmente responsáveis tem apresentado considerável crescimento.
No Brasil, foi na década de 90 que o movimento de valorização da responsabilidade social empresarial
foi impulsionado, através da ação de entidades não governamentais, institutos de pesquisa e empresas
sensibilizadas para a questão. O trabalho do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas –
IBASE, na promoção do balanço social, é uma de suas expressões e tem logrado progressiva
repercussão.
Normas e certificações foram criadas com o objetivo de atestar que a organização, além de ter
procedimentos internos corretos, participa de ações não lucrativas em áreas como cultura, assistência
social, educação, saúde, proteção do meio ambiente e defesa dos direitos comunitários. Estão
relacionadas ao processo produtivo, as relações com a comunidade e as relações com os empregados.
No processo produtivo, são analisadas as relações trabalhistas, o respeito aos direitos humanos, a
contratação de mão de obra, inclusive fornecedores, a gestão ambiental e a natureza do produto/serviço.
Nas relações com a comunidade, são analisadas a natureza e o foco das ações desenvolvidas, os
problemas sociais solucionados e os beneficiários e parceiros.
Nas relações com os empregados, são analisados os benefícios concedidos, inclusive aos familiares, o
clima organizacional, a qualidade de vida no trabalho e as ações para aumento da empregabilidade.

Normas brasileiras
A ABNT NBR ISO 26000:2010 é uma norma de uso voluntário e estabelece diretrizes sobre
responsabilidade social. Não visa nem é apropriada para fins de certificação. Esta norma indica que a
responsabilidade social está integrada em toda a organização, que ela seja praticada em suas relações e
que leve em conta os interesses das partes interessadas.
Reflete o desejo e o propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em
seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na
sociedade e no meio ambiente.

Implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que
esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de
comportamento.
Os princípios são: responsabilização, transparência, comportamento ético, respeito pelos interesses das
partes interessadas, respeito pelo estado de direito, respeito pelas normas internacionais de
comportamento e direito aos seres humanos.
46
A ABNT NBR 16001:2012 trata dos requisitos de gestão de responsabilidade social. É uma iniciativa
inédita no mundo, uma vez que o INMETRO foi o primeiro órgão governamental a assumir a
coordenação de um programa de avaliação da conformidade, baseado em uma norma de gestão da
responsabilidade social.

Selos sociais no Brasil


Na década de 1940, surgiu na Europa o movimento Comércio Justo e Solidário, que representa a busca
por uma produção responsável com relação às condições de trabalho. Este movimento envolve também,
a comercialização de produtos através de sistemas mais justos de remuneração, permitindo o
desenvolvimento da comunidade local. A partir da década de 1990, os selos de responsabilidade
socioambiental proliferaram por diversas áreas e organizações. Atualmente, é possível encontrar selos
de certificação de boas práticas empresariais em qualquer área de atuação econômica. Isso porque os
selos tornaram-se um determinante competitivo que demonstra que os produtos e serviços daquela
empresa são social e/ou ambientalmente corretos.

Atividades de aprendizagem
1. Marque V para verdadeiro e F para falso.
( ) O sistema de gestão ambiental é um conjunto de procedimentos baseado no cumprimento da
legislação ambiental vigente e na melhoria contínua do desempenho ambiental da organização.
( ) O sistema de gestão ambiental possibilita às organizações uma melhor condição de gerenciamento
para seus aspectos e impactos ambientais, podendo alavancar seus resultados financeiros, uma vez que
atua na melhoria contínua de seus processos e serviços.
( ) A certificação ISO 14000 é reconhecida apenas no Brasil, possibilitando as organizações distinguir-se
daquelas que somente atendem à legislação ambiental, mas que não possuem certificação.
( ) A norma ISO 14001 é a única norma do conjunto ISO 14000 que certifica ambientalmente uma
organização, indicando que são utilizadas as melhores tecnologias disponíveis e que o melhor
desempenho ambiental foi atingido.
( ) A rotulagem ambiental tem a função de comunicar os benefícios ambientais do produto/embalagem,
objetivando aumentar o interesse do consumidor por produtos de menor impacto.
( ) A ACV contribui para identificar onde estão os impactos mais relevantes no ciclo de vida de um
produto, para buscar alternativas.
Assinale a alternativa correta.
a) V–V–F–F–V–V
47
b) F–F–V–V–F–F
c) V–F–F–V–V–V
d) F–V–V–F–F–F
e) V–F–V–F–V–F
2. Assinale V para verdadeiro e F para falso.
( ) As normas e certificações, relativas à responsabilidade social, foram criadas com o objetivo de atestar
que a organização participa de ações não lucrativas em áreas como cultura, assistência social, educação,
saúde, proteção do meio ambiente e defesa dos direitos comunitários, e não estão relacionadasao processo
produtivo.
( ) A ABNT NBR ISO 26000:2010 é uma norma de uso voluntário e estabelece diretrizes sobre
responsabilidade social, sendo apropriada para fins de certificação.
( ) A ABNT NBR 16001:2012 trata dos requisitos de gestão e de responsabilidade social. O atendimento
aos requisitos da norma significa que a organização é socialmente responsável.
Assinale a alternativa correta.
a) F–F–F
b) V–V–V
c) F–V–F
d) V–F–V
e) F–F–V
3. Assinale a alternativa que complementa corretamente a frase a seguir:
A auditoria ambiental é realizada por uma equipe multidisciplinar de auditores especializados nos
campos: , , e .
a) contábil, financeiro, econômico e ambiental
b) contábil, financeiro, político e social
c) contábil, financeiro, econômico e político
d) financeiro, econômico, social e político
e) financeiro, econômico, social e ambiental

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul. 2013.
ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas. Rio de
Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e
aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e
sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável.
São Paulo: Atlas, 2011.

48
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Avaliação de Impactos Ambientais – AIA
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Avaliação de Impactos Ambientais – AIA
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Avaliação de Impactos Ambientais – AIA


Conceitos básicos
A seguir, serão apresentados alguns conceitos básicos visando a uma melhor compreensão dos
mecanismos de avaliação de impactos ambientais.

Meio ambiente
Uma visão interdisciplinar define ambiente incluindo os objetos materiais e seu meio, assim como as
relações, condições e limites que devem ser conhecidos e interpretados pela sociedade. Nesse contexto,
o ambiente natural engloba fatores bióticos (meio biológico), fatores abióticos (meio físico) e o ambiente
antrópico (relações sociais, econômicas e culturais).

Aspectos e impactos ambientais


Aspecto ambiental (ABNT ISO 14001:2004) – elementos das atividades ou produtos ou serviços de uma
organização que podem interagir com o meio ambiente.
Impacto ambiental (ABNT ISO 14001:2004) – alterações induzidas pelas atividades humanas. O
impacto deve ser entendido como uma alteração no valor de um determinado parâmetro ambiental ao
longo do tempo, com relação ao seu valor, caso nenhuma atividade humana tivesse sido realizada.

49
Inclui, tanto alterações negativas ou adversas como positivas ou benéficas, em consequência das ações
de determinado projeto ou empreendimento.
Também, qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia, resultante das atividades humanas, que direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população nas atividades sociais e
econômicas. As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais,
que estão atreladas ao ponto de vista legal da Resolução 001/1986 em seu Artigo 1 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente – CONAMA.

Impactos ambientais × poluição


Impactos ambientais não estão vinculados somente a fluxos energéticos e de materiais. Podem estar
associados a fatores de ordem social ou cultural e assumir conotações benéficas.
Poluição refere-se a grandezas físicas, por meio de fluxos de matéria e energia, que podem promover
alterações das propriedades químicas, físicas e biológicas do meio ambiente (conotação negativa ou
adversa). Os tipos de poluição são oriundos do elemento natural atingido. O ar é poluído por emissões
de gases e poeiras. A água é poluída por despejo de efluentes. E o solo é poluído por deposição de
resíduos (sólidos ou líquidos).
Movimentos naturais como intempéries, transformações químicas ou ações biológicas fazem com que o
agente poluidor seja propagado, anulado ou potencializado.

50
Qualidade, degradação, recuperação e dano ambiental
Qualidade ambiental é medida com base em indicadores da condição de um determinado ambiente em
relação aos requisitos e necessidades humanas e de outras espécies.
A degradação é qualquer alteração adversa dos processos, funções ou componentes ambientais ou, ainda,
alteração da qualidade ambiental.
A recuperação ambiental é uma ação humana que restitui os níveis da qualidade de um componente
ambiental, quando o grau de degradação ultrapassou os limites de autor recuperação do sistema
ambiental.

Dano ambiental é um termo utilizado na área jurídica, assumindo a conotação de uma lesão aos recursos
ambientais com a consequente degradação da qualidade ambiental. Para caracterizar um dano, o recurso
ambiental deve estar protegido por uma regulamentação legal.

Legislação ambiental
O passo inicial para a legislação ambiental brasileira foi dado em 1934, com a criação do Código de
Águas e do Código Florestal. Porém, houve uma grande evolução das leis ambientais brasileiras a partir
51
da Lei 6.938 da Política Nacional de Meio Ambiente e, estão, atualmente, ela encontra-se entre as mais
completas e avançadas do mundo. Essas legislações criaram órgãos regulatórios, ferramentas punitivas,
figuras jurídicas diferenciadas, assim como, o licenciamento e zoneamento ambiental, além das áreas de
preservação permanente, entre outros mecanismos de preservação ambiental.

Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA


A Lei Federal 6.938 de 31 de agosto de 1981 criou a política nacional do meio ambiente, apresentando
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, além de contemplar outras providências. O Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, também foi instituído pela Lei 6.938 regulamentada pelo
Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído pelos órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, e tem a seguinte estrutura:

Constituição Federal de 1988


A Constituição Federal de 1988 inseriu o Brasil entre os países com legislação mais avançada na esfera
ambiental, dedicando um capítulo exclusivo às questões ambientais.
O Artigo 225 estabeleceu o direito fundamental de todos os cidadãos, das presentes e futuras gerações,
a um ambiente sadio e responsabilizou o Poder Público e a coletividade de protegê-lo adequadamente.

Licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental federal foi instrumentalizado pela PNMA (Lei 6.938/1981), Artigo 9. O
licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras foi instituído pelo Decreto
99274/1990, Capítulo IV, Artigo 17.
A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem com as capazes, sob
qualquer forma de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual
competente, integrante do SISNAMA, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
O licenciamento ambiental é de incumbência compartilhada entre a União e os Estados da Federação,
Distrito Federal e os Municípios, de acordo com as respectivas competências.
52
O objetivo do licenciamento ambiental é regulamentar as atividades e os empreendimentos que utilizam
os recursos naturais e que podem causar degradação ambiental. É realizado em 3 partes: licença prévia,
licença de instalação e licença de operação.
A licença prévia é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade. O
Estudo de Impactos Ambientais (EIA) pode ser exigido ou não.
O início da instalação do empreendimento ou atividade só deve ocorrer após a expedição da licença de
instalação.
A licença de operação é a que finalmente autoriza o início das operações do empreendimento ou
atividade objeto do projeto, após a verificação do atendimento das condicionantes.
O Decreto 99.274/1990: em seu Artigo 23 estabelece a vinculação do licenciamento ambiental à
aprovação de financiamentos e incentivos governamentais para projetos.
O licenciamento ambiental, como uma autorização conferida pelo Poder Público deve ter um caráter
temporário. E, também, o órgão que expediu uma licença poderá modificar suas condições e medidas de
controle, ou ainda suspender ou cancelar uma licença em vigor diante de algumas situações.
Nesse contexto, a temporalidade e a possibilidade de suspensão ou cancelamento da licença, atuam no
sentido de desestimular o relaxamento das condições estabelecidas na fase inicial de licenciamento, após
a expedição da licença.
Pelo Artigo 11 da Resolução CONAMA 237/1997, os estudos necessários ao processo de licenciamento
deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às custas do empreendedor.
O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos, para efeito de licenciamento, serão
responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.

Vinculação do Licenciamento Ambiental (LA) e Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


O Estudo de Impactos Ambientais (EIA) e respectivos relatórios (RIMA) são exigidos no processo de
licenciamento ambiental em função da dimensão e da significância dos impactos relacionados às
atividades do empreendimento. São de caráter obrigatório em:
• Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento.
• Ferrovias.
• Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.
• Aeroportos.
• Oleodutos, gasodutos, minero dutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários.

• Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kV.


• Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de
bacias, diques.
• Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão).
• Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração.
• Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos.
• Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10
MW.
• Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos,
destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos).
53
• Distritos industriais e Zonas Estritamente Industriais – ZEI.
• Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores,
quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental.
• Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares, ou em áreas consideradas de relevante interesse
ambiental a critério do IBAMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes.
• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.
Cabe ao Instituo Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, o licenciamento de empreendimentos de
significativo impacto ambiental, de âmbito nacional e regional CONAMA 237/97, tais como:
• Localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na
plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de
conservação do domínio da União.
• Localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados.
• Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais
Estados.
• Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e
aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
• Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica.
Os empreendimentos ou atividades de competência de Estados e Distrito Federal são definidos pela
Resolução CONAMA 237/1997, e são:
• Localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de
domínio estadual ou do Distrito Federal.
• Localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação
permanente relacionadas no Artigo 2º da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim
forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais.
• Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios.
• Delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio.

Licenciamento Ambiental (LA) municipal


Na outra ponta estão os Municípios que, por delegação do estado, podem licenciar empreendimentos e
atividades de menor porte e com potencial de impacto ambiental local, cujas alterações ambientais
restringem-se aos limites do município. A Resolução CONAMA 237/1997 regulamentou essa questão.

No Rio Grande do Sul, a aprovação do Código Estadual de Meio Ambiente pela Lei Estadual
11.520/2000, estabelece em seu Artigo 69 que caberá aos municípios o licenciamento ambiental dos
empreendimentos e atividades consideradas como de impacto local, bem como aquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.
As atividades cujo impacto é local, estão descritas no Anexo I da Resolução 102/2005 do Conselho
Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA). Os Anexos II e III referem-se ao manejo florestal e foram
adicionados pela Resolução 110/2005. Foram adicionadas atividades pela Resolução 111/2005, e
atividades de mineração pela Resolução 168/2007. E as atividades de criação de animais pela Resolução
232/2010.
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

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O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) é um instrumento de política urbana instituído pela
Lei 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade.
Pelo Artigo 36, uma lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em
área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter
as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público
municipal.
O Artigo 37 informa que o EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos
do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
• Adensamento populacional.
• Equipamentos urbanos e comunitários.
• Uso e ocupação do solo.
• Valorização imobiliária.
• Geração de tráfego e demanda por transporte público.
• Ventilação e iluminação.
• Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Em parágrafo único informa que dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.

Atividades de aprendizagem
1. Associe as colunas e assinale a alternativa correta.
(A) Aspecto ambiental.
(B) Impacto ambiental..
(C) Poluição.
(D) Qualidade ambiental.
(E) Recuperação ambiental.
(F) Dano ambiental.
( ) Refere-se a grandezas físicas, por meio de fluxos de matéria e energia que podem interagir com o
meio ambiente promover alterações das propriedades químicas, físicas e biológicas do meio ambiente
(conotação negativa ou adversa).
( ) Inclui, tanto alterações negativas ou adversas, como positivas ou benéficas, em consequência das
ações de determinado projeto ou empreendimento.
( ) É um termo utilizado na área jurídica assumindo a conotação de uma lesão aos recursos ambientais
com a consequente degradação da qualidade ambiental.
( ) É uma ação humana que restitui os níveis da qualidade de um componente ambiental, quando o grau
de degradação ultrapassou os limites de autorrecuperação do sistema ambiental
( ) Alterações no valor de um determinado parâmetro ambiental ao longo do tempo, com relação ao seu
valor, caso nenhuma atividade humana tivesse sido realizada.
( ) É uma medida realizada com base em indicadores da condição de um determinado ambiente com
relação aos requisitos e necessidades humanas e de outras espécies.

2. Assinale a alternativa correta em relação a seguinte questão:


É concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade.
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a) Licença prévia.
b) Licenciamento.
c) Licença de instalação.
d) Licença de operação.
e) Autorização implantação.

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso em: 31 jul. 2013.
ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F. A.; CARDOSO, R. S.Gestão ambiental de unidades produtivas. Rio de
Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos, ferramentas e
aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental: responsabilidade e
sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável.
São Paulo: Atlas, 2011.

56
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
EMPRESARIAL I
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

57
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Objetivos da administração
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Objetivos
identificar os conceitos introdutórios do campo da Administração; e reconhecer as características
básicas, antecedentes históricos e perspectivas da administração
Vivemos em uma sociedade composta por organizações. Todos os processos e tarefas ligados à
produção de bens (produtos) ou serviços (atividades especializadas) são planejados, coordenados,
dirigidos, executados e controlados por elas. Segundo Chiavenato (2006), na sociedade moderna, as
pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e até morrem nas
organizações. Daí a relevância dos conceitos que serão aqui abordados, pois estão diretamente
ligados à necessidade cada vez maior de bons profissionais da área de administração por parte do
mercado e das organizações
É evidente a ampla relação que há entre as pessoas e as organizações. A relevância do campo da
administração para a sobrevivência e desenvolvimento dessa relação é notória. E é mediante os
conhecimentos da administração que as organizações são conduzidas de forma planejada e
organizada, ou seja, sem esses conhecimentos as organizações não teriam condições de existir e
muito menos de alcançar seus objetivos.
O que é administração?
Você vai compreender melhor de que trata a administração a partir deste tópico. Leiao com atenção
e, quando necessário, releiao.
O que é, no seu entendimento, administração?
Pois bem, administração é o processo de planejamento, de organização, de direção e de controle dos
recursos organizacionais de maneira eficiente e eficaz, a fim de alcançar os objetivos traçados pela
organização.
Ou seja, o grande foco desse processo é uma gestão estratégica em busca do desenvolvimento da
organização, como também das pessoas que fazem parte desse processo.
A palavra Administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou
obediência) e significava, em sua origem, aquele que realiza uma função sob o comando de outro,
isto é aquele que presta um serviço a outro.

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Objetivos da administração
Peter Drucker afirma que não existem países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas países que
sabem administrar a tecnologia e os recursos disponíveis e potenciais e países que ainda não o sabem.
Em outros termos, existem países administrados e países subadministrados. O mesmo ocorre com
organizações. Existem organizações excelentes e existem organizações precariamente
administradas. Tudo é uma questão de talento administrativo. (CHIAVENATO, 2007, p.9)
Portanto, o sucesso de qualquer organização está diretamente ligado à forma como ela administra
seus recursos disponíveis, sejam eles humanos ou físicos. Na realidade, o grande objetivo da
administração é ter uma gestão eficiente e, ao mesmo tempo, eficaz dos diversos processos
organizacionais.
Qual a diferença entre eficiência e eficácia? Você saberia dizer?

A diferença é muito simples e clara como você poderá perceber na figura


Em outras palavras, a eficiência está diretamente ligada a como as coisas devem ser feitas (aos
meios); e a eficácia refere-se aos resultados a serem alcançados pelas empresas (aos fins).
Por exemplo: no campo das políticas, a eficácia fica evidenciada quando os resultados de
determinada política pública alcançar seu objetivo. A eficiência se relaciona com o gasto racional
dos recursos públicos para obtenção do bem público. Tanto eficácia quanto eficiência significam,
basicamente, produção do efeito desejado com o mínimo custo, esforço ou desgaste. Ficou claro
agora?

Teorias da administração
No campo da administração, como nos diferentes campos do conhecimento, há várias teorias.
Trataremos de algumas delas, as mais importantes, nas aulas seguintes. Mas, o que é uma teoria?
Você saberia dizer?
O termo “teoria” vem do grego e significa “visão”. É a ação de examinar, de observar. Chiavenato
(2006), para analisar propriamente a teoria destinada à administração, busca também explicar o
conceito de teoria. Vamos prestar atenção em suas pontuações.
Basicamente, teoria é uma explicação, interpretação ou proposição a respeito de algum aspecto da
realidade. Ela funciona como uma visão do mundo e serve de base para construir um modelo capaz
de guiar na tomada de decisões em relação a ele. Sem teoria não há como se chegar a algum resultado.

59
Fora disso, tudo é mero palpite. Administra- ção não se faz com palpites, mas com racionalidade.
(CHIAVENATO, 2006, p. 3)
Na realidade, temos que ter consciência de que a prática sem embasamento teórico é mero“achismo”.
Portanto, não faz sentido separar ou contrapor teoria de prática. Costumamos ouvir por aí: “Na
prática a teoria é outra coisa”, não é? A prática vem embasada numa teoria e uma teoria é construída
sobre uma prática
Portanto, temos que buscar conceitos nas teorias da administração que nos orientem no processo de
tomada de decisões. As teorias foram criadas em decorrência de experiências práticas com auxílio
de métodos científicos como as relações de causa e efeito. Nenhum conceito é desenvolvido sem
uma observação e uma análise de seu efeito prático para, posteriormente, ser indicado como ação
ideal para busca de determinados objetivos organizacionais

A administração e suas perspectivas


Para melhor compreender as teorias da administração é importante situálas no contexto em que foram
elaboradas e visualizar os conhecimentos produzidos desde sua origem e as perspectivas futuras.
Inicialmente, iremos identificar a administração e suas nuances, no momento atual, e, ao final da
aula, apresentaremos um panorama histórico, na tentativa de construir uma base sólida para seu novo
aprendizado.

O estágio atual das teorias da administração


Existem várias teorias à disposição dos profissionais que atuam no campo da administração. Teorias
com enfoques diferentes, ou seja, com contribuições conceituais que podem ser utilizadas para
análise e resolução de variados acontecimentos e questionamentos que emergem no dia a dia das
organizações. Pois,
Há um efeito cumulativo e abrangente das diversas teorias com suas diferentes contribuições e
enfoques. Todas elas são válidas e atuais, embora cada qual valorize diferentes variáveis. Cada teoria
administrativa surgiu como resposta aos problemas empresariais relevantes de sua época e todas
foram bemsucedidas nas soluções específicas para tais problemas. Assim, todas as teorias
administrativas são aplicáveis às situações atuais, e o administrador precisa conhecê-las para ter à
sua disposição um naipe de alternativas para situação. (CHIAVENATO, 2006, p.12)
A grande vantagem em conhecer e estudar bem as teorias da administração é que com o auxílio dos
seus conceitos o administrador responderá com maior agilidade na tomada de decisões.
Os diferentes problemas, conflitos e situações inesperadas ocorridos nas empresas, na maioria das
vezes, são idênticos aos enfrentados por outras organizações, e mediante o estudo dos teóricos que
contribuem com pesquisas e conceitos na área da administração, já temos procedimentos e ações
bem sucedidas em situações anteriores, que são sugeridas para solucionar os acontecimentos da
atualidade.

Perspectivas futuras da administração


Já estamos atuando em um mercado altamente complexo e mutável, no qual as situações e o contexto
em geral, em muitos nichos de mercado, modificam-se de maneira cada vez mais rápida. Mas, ainda,
existem focos estagnados, onde as organizações há muito tempo atuam com a mesma estratégia
administrativa e com a mesma estrutura organizacional. Portanto, são setores do mercado que ainda
não foram afetados pelas diferentes variáveis que trazem consigo grandes necessidades de mudanças,
60
adaptações e competitividade para empresas como requisitos básicos até de sobrevivência como em
alguns casos
Segundo Chiavenato (2006), vários são os fatores que provocam com maior intensidade impactos
sobre as organizações, como:
crescimento das organizações - as organizações bem sucedidas tendem ao crescimento e à ampliação
das atividades, seja em tamanho e recursos, seja na expansão de mercados ou volume de operações.
O crescimento é decorrência inevitável do êxito organizacional.
concorrência mais aguda - na medida em que aumentam mercados e negócios, crescem os riscos da
atividade empresarial. O produto ou serviço melhor será o mais procurado. Para criar novos produtos
ou serviços serão necessários investimentos em pesquisa, desenvolvimento, novas tecnologias,
dissolução de velhos departamentos, criação de novos departamentos, busca de novos mercados e
necessidade de competir para sobreviver e crescer.
sofisticação da tecnologia - o uso das telecomunicações, do computador e dos transportes impele à
internacionalização das operações das empresas. A tecnologia proporciona maior eficiência, precisão
e liberação das pessoas para tarefas mais complexas que exigem criatividade. A tecnologia introduz
processos e instrumentos que causam impactos sobre as organizações.

taxas elevadas de inflação - os custos da energia, das matérias-primas, do trabalho humano e do


dinheiro estão se elevando. Fazer mais com menos. A sobrevivência e o lucro dependerão de maior
produtividade e qualidade.
globalização da economia e internacionalização dos negócios - o esforço de exportar e criar
subsidiárias para deitar raízes em territórios estrangeiros é um fenômeno que influencia as
organizações e sua administração. A globalização e o intercâmbio planetário tornam a competição
um desafio mundial.

visibilidade maior das organizações - enquanto crescem, as organizações tornam-se competitivas,


sofisticadas, internacionalizam-se e aumentam sua influência ambiental. Elas chamam a atenção e
passam a ser mais percebidas pela opinião pública. A visibilidade pode ocorrer de maneira positiva
(imagem positiva da organização perante o público) ou negativa (imagem negativa). Mas a
organização jamais será ignorada pelos clientes, fornecedores, imprensa, sindicatos, governo etc., e
isso influenciará seu comportamento
Assim, verificamos que o trabalho do administrador será cada vez mais complexo e os novos
acontecimentos trarão novas exigências de comportamento por parte dos gestores organizacionais.
Os administradores deverão ter as mudanças como estímulos e desafios a serem enfrentados.
A atual conjuntura de mercado traz consigo a chamada administração de incertezas, segundo a qual
a tarefa crucial do gestor é de monitorar a todo instante os novos acontecimentos, adaptar-se às novas
exigências e buscar criar novas necessidades para seus clientes, ofertando diferenciados produtos ou
serviços visando maior competitividade e, consequentemente, gradual desenvolvimento da
organização.
Chiavenato (2006) menciona que a sociedade está passando por profundas mudanças que exigem
nova mentalidade dos administradores do futuro e apresenta as modificações do contexto
organizacional como forma de me- gatendências. São elas:

61
Atividades de aprendizagem

1 - O que é, no seu entendimento, administração?

2 - Qual a diferença entre eficiência e eficácia? Exemplifique.

Referências
CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional
e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.

62
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Antecedentes históricos da administração
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Antecedentes históricos da administração
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Antecedentes históricos da administração


Os conceitos que temos hoje como base para o desempenho da profissão de administrador tiveram suas
origens de diferentes acontecimentos e campos de atuação. Nesta aula, veremos quais foram as principais
contribuições e o que delas podemos utilizar quando nos deparamos com a tarefa de administrar
organizações.

Influência da organização militar


A organização militar influenciou muito as teorias da Administração. Há 2.500 anos, Sun Tzu, general
e filósofo chinês, escreveu o livro “A Arte da Guerra” no qual trata da preparação dos planos, da guerra,
manobras, táticas, do exército em marcha, do terreno, da espada, dos pontos fortes e fracos do inimigo
e da organização do exército. (CHIAVENATO, 2006, p. 23). É um livro muito utilizado por profissionais
que atuam com gestão de organizações ou mesmo com gestão de pessoas e trabalha de forma fantástica
temas como o desenvolvimento da liderança e o planejamento estratégico, questões cruciais para o
sucesso de todo administrador.
Segundo Chiavenato (2006, p. 23), a organização linear originou-se da organização militar dos exércitos
da época medieval. O princípio da unidade de comando (cada subordinado só pode ter um superior) é o
núcleo da organização militar. A escala hierárquica (os vários níveis hierárquicos de comando com
autoridade e responsabilidade) é típica da organização militar. Quando o volume de operações militares
aumentou, cresceu a necessidade de delegar autoridade para níveis mais baixos da organização militar
(descentralização). Com Napoleão Bonaparte (1769 - 1821), cada general cuidava da totalidade do
campo de batalha. Mas, com as guerras de âmbito continental, o comando das operações exigiu
centralização do comando e descentralização da execução.
Assim, a organização militar utiliza o princípio de direção: todo o soldado deve saber o que se espera
dele e aquilo que deve fazer. Napoleão nunca deu uma ordem sem explicar o objetivo e certificar-se de
que haviam compreendido corretamente, pois a obediência cega nunca leva à execução inteligente. A
disciplina é o requisito básico da organização militar.

63
Podemos verificar que nas poucas contribuições da área militar acima citadas várias foram as influências
que fazem parte das teorias atuais da Administração e que servem de embasamento para uma eficaz
gestão organizacional.

O impacto da revolução industrial


As duas revoluções industriais (1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro - 1780 a 1860;
2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade – 1860 a 1914) impactaram sobremaneira o mercado.

Para Chiavenato (2006), a Revolução Industrial provocou as seguintes mudanças consideráveis:


• aparecimento das fábricas e das empresas industriais;
• substituição do artesão pelo operário especializado;
• crescimento das cidades e a necessidade de administração pública;
• surgimento dos sindicatos;
• início do marxismo em função da exploração capitalista;
• primeiras experiências sobre administração de empresas;
• consolidação da administração como área de conhecimento.

Influência dos economistas liberais


Para analisarmos a influência dos economistas com pensamentos e práticas liberais, precisamos entender
que a partir do século XVII surgiram teorias econômicas focadas na explicação dos fenômenos
empresariais (microeconômicos) e baseadas em dados empíricos, na experiência cotidiana e tradições
do comércio da época.
A livre concorrência é o postulado central do liberalismo econômico. Adam Smith (1723 - 1790),
considerado o fundador da economia clássica, em seu livro “A Riqueza das Nações” (publicado em
1776), apresenta sua ideia principal (a competição) e os princípios da especialização e da divisão do
trabalho. (CHIAVENATO, 2006)

Influência dos pioneiros e empreendedores


Mas, no século XIX houve um magnífico desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O
mundo estava em plena mudança e as empresas também. Assim, as condições para o aparecimento da
teoria administrativa estavam finalmente se consolidando.
Antes de 1850, as empresas eram pequenas e poucas tinham estrutura administrativa que exigisse os
serviços de um administrador em tempo integral. Em geral eram negócios de família em que dois ou três
parentes cuidavam de todas as atividades principais. As empresas da época (como agropecuárias,
mineradoras, indústrias têxteis, estradas de ferro, construtoras, caça e comércio de peles e os nascentes
bancos) faziam parte de um contexto rural que não conhecia a administração de empresas. Os grandes
capitães de indústrias não tinham condições de sistematizar seus vastos negócios com eficiência, pois
eram empreendedores e não organizadores. A organização era um desafio mais difícil do que a criação
dessas empresas. (CHIAVENATO, 2006, p. 26)
Assim, no início do século XIX, grandes corporações sucumbiram financeiramente. Dirigir grandes
empresas deixou de ser uma habilidade pessoal. Intuição e palpite não bastavam mais. Era necessária
uma ciência que chegaria depois.
A era da competição e da concorrência chegou como decorrência de fatores como:
1. Desenvolvimento tecnológico.
64
2. Livre-comércio.
3. Mudança dos mercados vendedores para mercados compradores.
4. Aumento da capacidade de investimento.
5. Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que reduz custos de produção.
6. Crescimento dos negócios e das empresas.
Todos esses acontecimentos trouxeram consigo a necessidade de uma ad- ministração das organizações
embasada em conhecimentos teóricos. Conceitos esses que foram desenvolvidos também de forma
gradual, tentando solucionar questões complexas que afetavam a gestão das empresas. Tais conceitos
formam as chamadas “teorias da administração”.

Atividades de aprendizagem
Leia o texto abaixo, baseado na matéria publicada na revista Exame PME, 04/2006 e disponível em
(baseado em: http://www.administradores. com.br/artigos/tecnologia/ntime/29097/)
“nTime” - A Hora de chamar os administradores”
Observamos constantemente profissionais como engenheiros, economistas, contabilistas, advogados ou
médicos que conhecem suas respectivas habilidades, sendo promovidos em suas empresas a níveis de
supervisão, gerência ou direção tendo que se transformar em administradores. A história dos donos da
“nTime”, dedicada ao desenvolvimento de software e jogos para celular, é típica dos empreendedores
que constroem um negócio do zero e o veem crescer numa velocidade muito maior que imaginada
inicialmente. Seus donos (todos engenheiros) dominam tudo do produto e têm ideias inovadoras, mas
são maus gestores.
Nascida na PUC do Rio de Janeiro, a “nTime” em pouco tempo conquistou clientes importantes e hoje
está entre as empresas que mais crescem no seu setor, com o crescimento de 116% de faturamento em
relação ao último ano.
Conforme a “nTime” prosperava, ficava claro que algo estava muito errado. Prazos não eram cumpridos
e não havia controle de custos. Os clientes, como era de se esperar, demonstravam insatisfação. “Certa
vez recebemos um pedido de fora do Brasil e não conseguimos atendê-lo”, afirmou um dos sócios. Em
uma outra ocasião, a falha de processos gerou mensagens duplicadas para celulares, e 5.000 usuários de
uma grande operadora ficaram com os créditos zerados. Quase perderam o cliente.
O problema central era a forma de uma visão compartilhada entre os sócios. Foi preciso uma debandada
de bons profissionais, insatisfeitos com os rumos da empresa, para que os sócios entrassem em um
consenso de que colocar ordem na casa era urgente. Havia mais problemas na gestão de pessoas, pois
era comum funcionários em cargos semelhantes receberem salários muito diferentes, sem nenhuma
explicação. Funcionários contratados com promessa de aumento não tinham os salários reajustados por
puro esquecimento.
Foi, então, que seus donos entenderam que precisavam de ajuda, sendo contratados três executivos: um
diretor administrativo e financeiro, um responsável pela área de produção e pela tecnologia, e outro para
o cargo de diretor comercial. Os executivos encontraram muito o que fazer. Na área de recursos
humanos, a nTime equiparou os salários com o mercado e implantou um plano de carreira com regras
para promoções, remuneração e benefícios. O problema dos prazos foi atacado. Agora, cada projeto é
coordenado por equipes, que seguem um rígido cronograma.
Com a chegada dos executivos foi definida uma estratégia de médio prazo. O plano é multiplicar o
faturamento por 12 nos próximos 4 anos,
65
aumentar a presença no mercado interno e exportar para América La- tina e Europa. As mudanças já
começaram a surtir resultados: as metas do primeiro trimestre foram cumpridas, os clientes começaram
a notar o progresso e os próprios sócios começaram a sentir a diferença. Agora eles se concentram em
criar produtos e viajar pelo mundo em busca de novidades. A tarefa de gerir a empresa ficou a cargo de
quem é especializado nisso: os administradores”.

1. Responda as questões acerca do texto:


a) Quais foram os principais fatores que influenciaram na decisão dos sócios
de transformar o modelo de gestão?

b) Quais foram as principais decisões tomadas pelos sócios da empresa na efetivação das mudanças
organizacionais?

c) Liste os objetivos que foram traçados pelo nível estratégico da empresa.

2. Responda as seguintes questões relativas ao conteúdo abordado nesta aula.


a) Qual é o principal objetivo da administração?

b) O que são as Teorias da Administração? Qual a sua importância para os profissionais de


administração?

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

66
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Teorias da administração
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Abordagem clássica da administração
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Teorias da administração
Abordagem clássica da administração
No despontar do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos a respeito do campo
da administração, cada um deles propondo uma teoria própria.
O engenheiro mecânico de Filadélfia (USA) Frederick Winslow Taylor (1856- 1915) iniciou a escola da
administração científica, cujo objetivo é aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização
do trabalho do operário.
O engenheiro de minas francês Henri Fayol (1841-1925) é considerado o pai da teoria clássica que
propõe aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e aplicação de princípios gerais
da administração.
Embora não tenham se comunicado e partissem de pontos de vista diferentes, suas ideias constituem as
bases da chamada abordagem clássica da administração, cujos postulados dominaram o panorama
administrativo das organizações nas quatro primeiras décadas do século XX (CHIAVENATO,

67
2006, p.30) e que desenvolveremos a seguir, conforme a figura abaixo.

Administração científica
Como mencionamos, a administração científica foi iniciada no começo do século XX por F. W. Taylor,
considerado o fundador da moderna Teoria Geral da Administração e provocou uma revolução no
mundo industrial de sua época. Sua preocupação original foi eliminar o desperdício e as perdas sofridas
pelas indústrias e elevar a produtividade pela aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.
(CHIAVENATO, 2006, p.33)
Naquele tempo, a forma de pagamento era executada pelo sistema de paga- mento por peça ou por tarefa.
Dessa forma, os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os
operários reduziam o ritmo de produção para contrabalançar o pagamento por peça determinado pelos
patrões. Esse modo de funcionamento levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma
solução que atendesse tanto aos patrões como aos empregados (CHIAVENATO, 2006).

Taylor teve sua obra enfatizada nas tarefas organizacionais porque seu surgimento profissional foi
realmente no “chão de fábrica”, ou seja, no nível operacional da organização.
Vamos conhecer um pouco desta história em dois tempos, ou melhor, em dois períodos.

Primeiro período de Taylor


Após seus estudos, Taylor publica, em 1903, o livro Shop Management (Ad- ministração de Oficinas)
em que ele explica as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do estudo de tempos e
movimentos (motiontime study).
É interessante observar que Taylor iniciou na base, fazendo uma análise das tarefas de cada operário,
decompondo seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Assim, ele

68
conseguiu identificar por meio da observação e de estudo que o operário médio com o equipamento
disponível produzia menos do que era potencialmente capaz e chegou à conclusão que, se o operário
mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que seu colega menos produtivo acaba se
acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade (CHIAVENATO,
2006).
Chegou, assim, às seguintes conclusões:
1. O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir custos de produção.
2. Para tal objetivo, a administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa para formular
princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris.
3. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus cargos com
condições de trabalho adequadas.
4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar
uma tarefa para que a produção normal seja cumprida.
5. A administração precisa criar uma atmosfera de cooperação com os trabalhadores para garantir
a permanência desse ambiente psicológico.
Vamos correlacionar agora o chamado segundo período de Taylor e perceber as características mais
importantes dessa fase.

Segundo período de Taylor


O segundo período corresponde à publicação de outro importante livro de Taylor: The Principles of
Scientific Management (Princípios de Administração Científica), em 1911. Nessa obra ele chega à
conclusão de que para haver racionalização do trabalho operário racional era necessária uma estruturação
geral na empresa coerente com a aplicação de seus princípios.
Segundo Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
1. “Vadiagem” sistemática dos operários, que reduziam a produção para evitar a redução de salários
pela gerência, devido às seguintes causas:
• o engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior rendimento do homem e da máquina
provoca o desemprego;
• o sistema defeituoso de administração que força os operários à ociosidade no trabalho a fim de
proteger seus interesses pessoais;
• os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário desperdiça
grande parte de seu esforço e tempo.
2. Desconhecimento pela gerência das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização.
3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.
Como Taylor percebia, então, a administração?
Para Taylor, a administração deve ser tratada cientificamente. A improvisação devia ceder lugar ao
planejamento, e o empirismo à ciência: a ciência da administração.
O mérito de Taylor reside em encarar sistematicamente o estudo da organização. Foi o primeiro a
analisar os tempos e os movimentos do trabalho, a estabelecer padrões de execução, realizar treinamento
dos operários e especializar equipes como a da gerência. Em outras palavras, podemos dizer que foi o
primeiro em ter atitude metódica na análise e na organização do trabalho da base até o topo da
organização. (CHIAVENATO, 2006)

69
Seus estudos eram sistematizados e organizados. Essa forma de perceber o trabalho na fábrica colaborou
para que elaborasse os princípios da Administração Científica.
Quais são estes princípios?
Princípio de planejamento: substituir o critério individual do operário, a improvisação e a atuação
empírico-prática por métodos baseados em procedimentos científicos; isto é, substituir a improvisação
pela ciência por meio do planejamento do método de trabalho.

Princípio de preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores, de acordo com suas aptidões, e


prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar
máquinas e equipa- mentos em um arranjo físico e disposição racional.
Princípio do controle: controlar o trabalho para confirmar que está sendo executado de acordo com os
métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve garantir que a execução seja a melhor
possível.
Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para disciplinar a execução do trabalho.
O gerente planeja, e o operário executa.
Pois ele acreditava que a administração tinha o grande objetivo de assegurar a prosperidade tanto do
patrão como também do empregado, ou seja, deveria criar uma identidade de interesses entre
empregador e empregado.
Taylor tem grande importância no campo da Administração porque foi um dos pioneiros a pensar a
Administração de forma planejada e organizada. Teve o foco de baixo para cima da pirâmide
organizacional, ou seja, teve uma visão inicial mais focada no nível operacional das empresas. É
importante ressaltar que seus conceitos servem de base para administradores do mundo todo e apesar de
não serem amplamente abrangentes, pois deixou algumas questões à margem de sua discussão, merece
grande atenção por parte dos estudantes e profissionais de Administração.
Antes de concluirmos este tópico, queremos fazer menção a alguém, de um empreendedor estadunidense
que se apoiou nas ideias e propostas de Taylor. Certamente você ouviu falar muito em “fordismo”, na
linha de montagem em série de Henry Ford, não é?

Devido à grande expansão das indústrias, Ford (1863-1947) realizou a produção em massa de
automóveis, ou seja, produzindo-os em grande quantidade e sem nenhuma diferenciação. Baseou-se em
alguns princípios que nortearam e permitiram a produção em massa:
• Princípio da Intensificação - menor tempo de produção mediante o emprego total de
equipamentos e matéria-prima.

70
• Princípio da Economicidade - menor estoque de matéria-prima, velocidade de fabricação rápida.
• Princípio da Produtividade - especialização do trabalhador na linha de montagem aumentando a
capacidade de produção.
Em outras palavras, produzir em menos tempo e a um custo menor.
Tanto os princípios da administração científica como da linha de montagem receberam enorme aceitação
nas indústrias, pois permitiram uma notável expansão da atividade industrial.
E para finalizarmos este tópico sobre a abordagem da escola da Administração Científica, podemos dizer
que se baseou com ênfase nas tarefas organizacionais e que recebeu esse nome porque aplicou métodos
científicos, como a observação e a mensuração, com o objetivo de maximizar a eficiência industrial.

Teoria clássica da administração


Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração Científica nos Estados Unidos,
em 1916, surgia na França, espraiando-se pela Europa, a Teoria Clássica da Administração. Mas quem
foi seu fundador ou teórico?
Henri Fayol (1841-1925) foi considerado o fundador da Teoria Clássica da Administração.

Segundo Chiavenato (2006), se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa


executada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização
deveria possuir para ser eficiente. O objetivo das duas teorias era o mesmo: a busca da eficiência das
organizações. A Teoria Clássica partia da organização como um todo e da sua estrutura para garantir a
eficiência a todas as partes envolvidas.
É interessante salientar que Fayol, ao contrário de Taylor, conseguiu ter visão mais abrangente da
organização, focando mais para a parte estrutural das empresas, pois seu desenvolvimento profissional
ocorreu praticamente todo em funções de chefia.
Mas, em que se fundamenta sua teoria?

Para Fayol toda empresa apresenta seis funções (apud CHIAVENATO, 2006);
1. Funções técnicas - relacionadas à produção e à manufatura de bens e serviços.
2. Funções comerciais - relacionadas à compra, venda e troca.
3. Funções financeiras - relacionadas à procura e à gerência de capitais.
4. Funções de segurança - relacionadas à proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis - relacionadas a inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas - relacionadas à integração de cúpula das outras cinco funções. As
funções administrativas coordenam e sincronizam as de- mais funções da empresa, pairando sempre
acima delas.

71
Além de identificar estas funções na empresa, descreveu as funções da ad- ministração como sendo as
de prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Vejamos, em que consistem estas funções:
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação a médio e longo prazo.
2. Organizar: constituir a estrutura material e humana para realizar o empreendimento da empresa.
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal para mantê-lo ativo na empresa.
4. Coordenar: ligar e harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5. Controlar: cuidar para que tudo se realize de acordo com os planos da empresa
Ao estabelecer estas funções e centrar sua observação na estrutura mais ampla da empresa, Fayol
manifesta uma outra concepção de administração. Você conseguiu perceber?
Para Fayol a função administrativa não pode ser conceituada como aquela que se concentra apenas no
topo da empresa, muito menos a que privilegia somente os diretores. Ao contrário, consegue distribuir-
se igualmente entre todos os níveis hierárquicos.
À medida que se desce na escala de hierarquia, mais aumenta a proporção das outras funções
administrativas; e à medida que se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o volume das
funções administrativas. Ou seja, quanto mais elevado o nível hierárquico, maior a necessidade de
dominar a função administrativa.
Fayol, assim como Taylor, também entende que a Administração da mesma forma que as demais
ciências deve ter como base leis ou princípios. Assim, definiu os “princípios gerais” de Administração,
sistematizando-os sem muita originalidade, porquanto os coletou de diversos autores de sua época.
Fayol adota a denominação “princípio”, afastando dela qualquer ideia de rigidez, pois nada existe de
rígido ou absoluto em matéria administrativa. Tudo em Administração é questão de medida, ponderação
e bom senso. Os princípios são universais e maleáveis e adaptam-se a qualquer tempo, lugar ou
circunstância. (CHIAVENATO, 2006)

72
Os princípios citados por Fayol servem de orientação e reflexão para administradores desenvolverem
suas estratégias de gestão. São conceitos que agregam ideias nos diferentes aspectos que fazem parte da
área da administração das organizações como pode observar na figura abaixo.

Entre os princípios acima listados, iremos destacar o Princípio Escalar. Por quê?
No Princípio Escalar, Fayol demonstra que existe uma distribuição proporcional das funções
administrativas, do topo até a base, sendo que é máxima no topo e vai se distribuindo até a base.
Para Chiavenato (2006), precisamos considerar que Fayol colaborou muito na estrutura organizacional
e sua teoria enfatiza a forma de estrutura reconhecida até hoje como organização Linear, onde a

73
autoridade está delimitada em linhas, baseada na unidade de comando e seu desenho apresenta uma
forma piramidal, como na figura que segue.

A estrutura organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja, uma


linha de autoridade que interliga as posições da organização e define quem
se subordina a quem. A cadeia de comando (também denominada cadeia
escalar) baseia-se no princípio da unidade de comando, que significa que
cada empregado deve se reportar a um só superior. (CHIAVENATO, 2006)

Atividades de aprendizagem

Leia o texto abaixo relacionado ao Caso “KAKO COMÉRCIO LTDA” e retirado de:
http://pt.scribd.com/doc/75517896/Manual-Do-Professor--ITGA-7a.
Em seguida, realize as questões do estudo deste caso.

Cuidado com sua política de remuneração variável.

No início do século XX, Taylor o fundador da Administração Científica, desenvolveu planos de


incentivos salariais individuais, pelos quais a remuneração baseada no tempo deveria ser substituída pela
remuneração baseada na produção de cada operário.
No início da década de 1990, o Brasil atraiu multinacionais que já adotavam políticas generosas e
remuneração para funcionários e assim começou a ganhar espaço a remuneração variável. A necessidade
de fortalecer o compromisso entre empregado e empregador fez com que as empresas compartilhassem
os resultados obtidos.

Seguindo essa tendência, a empresa KAKO Ltda implementou uma ferramenta de gestão, com base no
desempenho individual. De forma geral, cada vendedor teria uma premiação mensal caso atingisse
determinados valores de venda, a partir de R$ 11.000,00 (onze mil reais), conforme tabela a seguir:

74
Adicionalmente, foi estipulado um processo de avaliação relativa, em que os vencedores seriam
comparados mensalmente entre si dentro de um mesmo departamento. Caso um vendedor fosse o pior
do seu departamento por três meses consecutivos ou estivesse entre os dois piores por seis meses
seguidos, ele seria indicado ao desligamento da empresa por desempenho insatisfatório. Os diretores da
empresa acreditavam que esse modelo pudesse, ao mesclar incentivos com punições, despertar nos
funcionários um sentimento de desafio e superação de limites.
Entretanto, os gestores da empresa se depararam com um fato inusitado e não planejado. Descobriu-se
que os funcionários do departamento comercial praticavam um acordo tácito pelo qual as vendas eram
“distribuídas” entre os vendedores para que a soma das premiações de todos eles fosse a maior possível
e para que nenhum dos vendedores fosse o pior colocado por mais de dois meses consecutivos.

1 - Esse acordo previa também a distribuição das premiações entre eles, de acordo com as vendas reais
de cada um.
a) O comportamento dos funcionários foi antiético ou eles agiram dentro da legalidade, buscando
brechas no sistema?

b) Quais atitudes devem ser tomadas com relação aos funcionários?


c) O sistema de remuneração variável deveria ser alterado? Quais melhorias poderiam ser propostas?

2 - Agora, responda as seguintes questões relativas ao conteúdo abordado nesta unidade:


a) Como é dividida a Abordagem Clássica da Administração e quais foram seus principais teóricos?

b) Quais as principais conclusões citadas por Taylor em seu primeiro período de trabalho em que utilizou
principalmente o estudo de tempos e movimentos na busca da racionalização do trabalho?

75
c) Em seu segundo período, Taylor evidenciou que as indústrias sofriam de três males. Quais eram esses
males?

d) Qual era o grande objetivo que a Administração deveria assegurar segundo os conceitos de Taylor?

e) Cite e explique quais eram as funções do administrador definidas por Fayol.

f) Escolha e caracterize 5 dos 14 Princípios da Administração desenvolvidos por Fayol.

g) Por que Taylor desenvolveu seus estudos com ênfase nas tarefas, enquanto Fayol deu ênfase na
estrutura organizacional?
Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Pau- lo: Pearson Prentice Hall, 2009.

76
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Outras abordagens da administração
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Abordagem humanística da administração
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Outras abordagens da administração


Abordagem humanística da administração
Vimos a abordagem clássica da Administração - desenvolvida principalmente por Taylor e Fayol -, a
ênfase era colocada nas tarefas (Administração Científica) ou na estrutura organizacional (Teoria
Clássica). Com o desenvolvimento da abordagem humanística, a administração passou a ter o seu foco
para o bem intangível mais valioso das organizações na atualidade, ou seja, as pessoas.
Em que esta abordagem se difere das anteriores? Em que ela consiste? Segundo Chiavenato (2006),
a abordagem humanística faz com que a preocupação com a máquina e com o método de trabalho e a
preocupação com a organização formal e os princípios de Administração cedam prioridade para a
preocupação com as pessoas e os grupos sociais. Há uma migração dos aspectos técnicos e formais para
os aspectos psicológicos e sociológicos.
Em palavras simples e como o próprio termo já aponta, a preocupação do administrador deve ser com a
dimensão “humana” no processo de produção, o trabalhador percebido em seu aspecto como pessoa
(com suas emoções e relações) e não simplesmente como executor de tarefas, como uma espécie de
máquina a serviço da produção.
A partir desta nova abordagem, teorias despontam. Vejamos de maneira resumida algumas delas.

Teoria das Relações Humanas


Segundo Geraldo Caravantes (2008), esta teoria surgiu como consequência de uma realizada pelo
cientista social George Elton Mayo (1880–1949) que, juntamente com seus colaboradores, nas décadas
de 1920 e 1930, desenvolveu uma pesquisa longa e complexa em uma fábrica da Western Eletric
Company no bairro de Hawtorne, em Chicago.
A pesquisa tinha por objetivo responder à seguinte questão: quais fatores, presentes no ambiente físico
e social de uma pessoa que trabalha em uma organização, são capazes de afetar seu desempenho no
trabalho e sua satisfação pessoal com a tarefa realizada?

77
O que Mayo estava testando era o efeito da iluminação na produção global, uma preocupação muito ao
estilo de Taylor e outros integrantes da Escola Clássica. O resultado inicial mostrou,
surpreendentemente, que não há relação entre as duas variáveis: produção e iluminação. Após a análise
do resultado, Mayo julgou que o planejamento da pesquisa devia ter algum erro na concepção inicial.
Num outro momento, o processo foi aprimorado, a partir da criação de um grupo de controle e um grupo
de teste, de modo a garantir resultados mais fidedignos. Além disso, trabalharam com temáticas
diferentes, além dos aspectos da iluminação, tais como pausas para descanso dos empregados e mudança
nas horas de trabalho.
Caravantes (2008) narra um dos momentos da pesquisa e que poderá auxiliar na sua compreensão sobre
a pesquisa de Mayo em Hawthorne. Acompanhe o relato.
Durante o processo de montagem de relés para telefone, a redução da iluminação teoricamente deveria
reduzir a produtividade dos trabalhadores envolvidos no processo; ou, então, com a diminuição dos
intervalos para descanso, e como consequência da fadiga, o trabalhador deveria reduzir sua produção. O
que a pesquisa mostrou é que essas hipóteses iniciais não se materializaram, pois a produção continuou
a crescer, independentemente dos fatores adversos introduzidos. Mas, por quê?
É que outros fatores, e não meramente uma relação de causa e efeito de caráter mecânico, estavam
presentes na realização do trabalho e no desempenho do colaborador. Que fatores foram estes? Fatores
ligados ao homem, à sua motivação, ao seu envolvimento maior ou menor com a tarefa. Os estudos
realizados por Mayo e sua descoberta recebeu o nome de efeito Hawthorne.
Para Caravantes (2008) o que Mayo e seu grupo efetivamente fizeram foi colocar em cheque os
pressupostos da Teoria Clássica, estabelecendo as seguintes proposições:
• o incentivo econômico não é a única força motivadora a que o trabalhador responde. Sua
produção é fortemente influenciada por suas relações com os outros companheiros de trabalho e por seus
problemas pessoais, dentro e fora da fábrica;
• o trabalhador não se comporta como um ser isolado, mas sim como membro de um grupo. Essas
interrelações criam aquilo que chamamos de “organização informal”.
• a especialização funcional não cria, necessariamente, a organização mais eficiente. Tanto que a
rotação de cargos, em que o indivíduo alterna tarefas a serem executadas, contribui para seu melhor
desempenho.
A teoria das relações humanas mostrou-se muito importante, pois, além de questionar as conclusões
desenvolvidas pela escola clássica da administração, elaborou conceitos relevantes na área das relações
humanas. Porém, deixou muitos questionamentos na parte comportamental dos trabalhadores nas
organizações.

78
O grande mérito da Escola de Relações Humanas foi desvendar ao mundo que o homem, o grupo e suas
interrelações eram vitais para os resultados buscados pelas organizações (CARAVANTES, 1998, p. 55).

Teoria da burocracia
Outra importante teoria da Administração é a Teoria da Burocracia. De que se trata e quando surgiu?
A partir da década de 1940, a Teoria Clássica começou a ser criticada pela sua visão mecanicista e a
Teoria das Relações Humanas também passou a ser questionada por seu romantismo ingênuo. Isso
revelava a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente que servisse de orientação para o
administrador.
Mecanicismo – do latim, máquina – é uma teoria filosófica (inicio do séc. XVII) segundo a qual todos
os fenômenos se explicam pela causalidade mecânica, o mundo funcionando como uma máquina.
Assim, alguns estudiosos foram buscar nas obras do economista e sociólogo Max Weber (1864- 1920)
a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Teoria da Burocracia na
Administração que tem força nas suas ideias e seus pressupostos.

Segundo Chiavenato (2006), a burocracia seria entendida como a maneira de organização humana que
tem base na racionalidade, ou seja, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de
garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
Ao mencionarmos o termo burocracia, imediatamente podemos lembrar de processos lentos e rígidos
que geram atrasos no andamento das tarefas e atividades organizacionais. Para Max Weber, a burocracia
é exatamente o contrário. A busca pela eficiência e pela eficácia é o objetivo principal desses conceitos.
Na realidade o que estamos acostumados a confundir com a burocracia, são as disfunções dessa teoria.
O sociólogo estadunidense Robert King Merton (1910-2003), ao estudar as consequências previstas (ou
desejadas) da burocracia que a conduzem à máxima eficiência, notou também consequências imprevistas
(ou não desejadas) e que levam à ineficiência e às imperfeições. Chamou de disfunções da burocracia
essas anomalias de funcionamento, responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu
junto aos leigos no assunto.
Pois, segundo Merton, os cientistas deram ênfase aos resultados positivos da organização burocrática e
descuidaram das tensões internas. O leigo, ao contrário, exagera as imperfeições da burocracia.
(CHIAVENATO, 2006)
De fato, o conceito popular de burocracia faz pensar que o grau de eficiência desse sistema social
racional é baixíssimo. A figura abaixo é um exemplo do que o “leigo” podem vivenciar no seu dia a dia
quando procura algum serviço.

79
Weber não previu essas disfunções da burocracia quando desenvolveu sua teoria. A maioria dos
problemas que a organização burocrática nos traz no andamento dos processos organizacionais, como
lentidão e ineficiência, são consequências do comportamento das pessoas que operam nessas atividades.
Todavia, a burocracia nos ajuda a padronizar e organizar os processos, mas ela não é inflexível e rígida
em sua aplicação, principalmente no processo de tomada de decisões. O problema está na falta de pró-
atividade e na busca pela rotina e pela “mesmice” no trabalho que são evidenciadas no comportamento
de grande parte das pessoas. Muitos colaboradores aproveitam as normas e regulamentos para
executarem suas atividades sem o esforço e a dedicação necessária.
Podemos utilizar a burocracia como uma ferramenta de estruturação, padronização e consequentemente
planejamento das diferentes atividades que são executadas nas organizações, buscando sempre agilidade
e organização dos processos. E é responsabilidade dos gestores a análise e reformulação dos processos
obsoletos e ineficientes que prejudicam as empresas.

Teoria comportamental
Outra teoria que compõe as teorias da Administração e que conquistou destaque foi a Teoria
Comportamental (ou Teoria Behaviorista) que trouxe nova concepção e novo enfoque dentro da teoria
administrativa.

O que propõe esta teoria?


Propõe a abordagem das ciências do comportamento e o abandono das posições normativas e prescritivas
das teorias anteriores (teoria Clássica, das Relações Humanas e da Burocracia), bem como a adoção de
posições explicativas e descritivas. A ênfase nessa abordagem baseia-se nas pessoas dentro de um
contexto organizacional mais amplo. (CHIAVENATO, 2006)
A Teoria Comportamental toma como princípio básico o comportamento individual das pessoas para
explicar em seguida o comportamento organizacional e um dos seus temas fundamentais é a motivação
humana. Pois, a motivação pode ser utilizada como meio para melhorar a qualidade de vida nas
organizações. Para isso, o administrador deve conhecer as necessidades humanas para compreender o
comportamento humano.
A contribuição da teoria comportamental foi um dos momentos mais importantes da área da
administração, pois essa teoria

80
• agregou fundamentos relevantes na parte de gestão de pessoas;
• evidenciou e explicou como as pessoas se comportam e porque agem de diferentes formas dentro
das empresas.
A partir do momento em que se introduz a importância de se considerar a motivação humana nas
questões relativas ao desempenho e funções do trabalhador na administração, é importante e de extrema
relevância entender outra teoria, a de Abraham Maslow que trata da hierarquia das Necessidades
Humanas. É o que você estudará a seguir.
Hierarquia das Necessidades Humanas
O psicólogo americano Abraham Maslow (1908-1970) apresentou uma teoria da motivação segundo a
qual as necessidades humanas estão organizadas em ordem de importância, como uma pirâmide. Na
base da pirâmide estão localizadas as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas), e no topo as
necessidades mais elevadas (as necessidades de autorrealização) que se relacionam ao sucesso
profissional, por exemplo.
Vamos analisar cada uma das necessidades expostas por Maslow e descritas
por Chiavenato (2006):

• Necessidades Fisiológicas - constituem o nível mais baixo da hierarquia como as necessidades


de alimentação (fome e sede), sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor), desejo sexual, etc. Estão
relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e com a conservação da espécie. São instintivas e já
nascem com o indivíduo. São as mais prementes de todas as necessidades humanas; quando não são
satisfeitas, elas dominam a direção do comportamento.
• Necessidades de segurança – como as de segurança, estabilidade, busca de proteção contra
ameaça ou privação e fuga do perigo. Surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas
estão relativamente satisfeitas.
• Necessidades sociais - surgem quando as necessidades mais baixas se encontram relativamente
satisfeitas. São as necessidades de associação, participação, amizade, afeto, amor e aceitação por parte
dos colegas. Quando não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e
hostil, com relação às pessoas que o cercam. A sua frustração conduz à falta de adaptação social,

81
isolamento e solidão. Dar e receber afeto são importantes forças motivadoras do comportamento
humano.
• Necessidades de estima - estão relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se
avalia. Envolve auto apreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social e de respeito, status,
prestígio e consideraçã0. Incluem, ainda, o desejo de independência e autonomia. Sua satisfação conduz
a sentimentos de autoconfiança, valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. Sua frustração
produz sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência, desamparo ou desânimo.
• Necessidades de autorrealização - são as mais elevadas e estão no topo da hierarquia. Estão
relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo da pessoa. É o
impulso para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Até aqui tivemos contato com algumas das teorias da Administração. Mas há outras ainda, e que são
importantes você conhecer para que sua formação seja mais completa.

Teoria de sistemas
Em meados de 1950 e 1968, surgem ideias provindas dos trabalhos do biólogo austríaco Ludwig Von
Bertalanffy (1901-72) que apresentava um olhar sistêmico sobre a empresa. Esse enfoque sistêmico
passou a ver a empresa como um sistema aberto, ou seja, que está sempre em integração, comunicação
com o ambiente interno e externo que a envolve. (MAXIMIANO, 2009, p.47)
O que é “sistema?
“Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo
unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função” (OLIVEIRA, 1993, p.23), isto é, um
conjunto de partes que interagem e funcionam como um todo.

Um administrador, então, se quiser “pensar sistematicamente”, necessita perceber que para tudo existe
uma relação de troca e que em todo o sistema há uma entrada de dados, um processamento e uma saída
de resultados, o que, certamente, é muito conhecido por você e que está representado na figura abaixo.
Se quiser conhecer um pouco mais sobre esta teoria, pesquise na Internet ou assista ao vídeo postado em
https://www.youtube.com/ watch?v=zUU_7LsNq14

Segundo Maximiano (2007), a teoria de sistema flexibiliza a visão da administração, ou seja, permite
que o administrador utilize sua criatividade e inove na tomada de decisão, pois
• os todos são formados de partes interdependentes;
• a natureza dos sistemas é definida pelo observador;
• para enfrentar a complexidade é preciso ter a capacidade de enxergá-la;

82
• quem utiliza o enfoque sistêmico aprende a “enxergar sistemas” e a sua complexidade.
É relevante que os administradores visualizem as organizações como sistemas em que a integração dos
diversos setores e com o trabalho individual dos colaboradores é que possibilitará a consecução dos
objetivos organizacionais. Pois, tudo que é realizado dentro das empresas terá consequências positivas
ou negativas em outras atividades organizacionais.
Por fim, a última teoria que abordaremos.

Teoria da contingência
A Teoria da Contingência nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para avaliar os modelos de
estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.
Segundo Chiavenato (2006), essas pesquisas pretendiam confirmar se as organizações eficazes seguiam
os pressupostos clássicos (como divisão do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade
etc.) e se os resultados levariam a uma nova concepção de organização.
No entendimento desta outra teoria, a estrutura e o funcionamento da organização dependem da interface
com o ambiente. Não há um único e melhor jeito ou um modelo de organizar para alcançar os objetivos
da organização. Tudo depende da situação onde a organização está inserida.
Segundo o mesmo autor, a Teoria da Contingência apresenta os seguintes aspectos básicos, a saber:
1. A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto.
2. As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente. Isso
explica a íntima relação entre as variáveis externas e as características da organização.
3. As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as
características organizacionais são variáveis dependentes.

Em outras palavras, a organização atua a todo instante influenciando e sendo influenciada pelo ambiente.
Por isso, o papel do administrador é monitorar constantemente o ambiente em que sua organização está
inserida e identificar qual a melhor estratégia de atuação neste mercado.
As empresas atuam em ambientes complexos e extremamente dinâmicos, então é questão de necessidade
e de sobrevivência, planejar e readequar seus planejamentos de acordo com variações que surgem a todo
o momento no ambiente organizacional.
Portanto, o fator ambiente é relevante no desempenho das funções administrativas. E é sobre ele que
agora iremos discorrer para finalizarmos esta terceira aula.

83
De acordo com Chiavenato (2006), ambiente é o contexto que envolve externamente a organização (ou
o sistema). É a situação dentro da qual uma organização está inserida. Como a organização é um sistema
aberto, ela mantém transações e intercâmbio com seu ambiente. Isso faz com o que ocorra externamente
no ambiente passe a influenciar internamente no que ocorre na organização. Assim, temos dois tipos de
ambiente:
• Ambiente Geral: é o macro ambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as
organizações. Tudo que acontece no ambiente geral afeta diretamente todas as organizações de maneira
genérica. O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições comuns para todas as
organizações como condições tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas e
culturais.
• Ambiente de Tarefa: é o ambiente mais próximo e imediato de cada organização. Constitui o
segmento do ambiente geral do qual a organização extrai suas entradas e deposita suas saídas. É o
ambiente de operações de cada organização e é constituído por fornecedores, clientes, concorrentes e
entidades reguladoras.
Agora, vamos retomar resumidamente todos os conteúdos aqui estudados. Preste atenção e faça
novamente a leitura da aula, caso sinta necessidade.

Atividades de aprendizagem
Leia o texto abaixo – publicado em HSM Management (09/2005) e disponível
em http://pt.scribd.com/doc/75517896/Manual-Do-Professor-ITGA-7a

Em seguida, realize as questões do Estudo de Caso.


“Cirque du Soleil - identificando atributos na busca da inovação”
Enquanto o negócio de circo encontra-se em declínio, ameaçado pela competição das diversões
eletrônicas e pelos elevados custos de logística, o Cirque Du Soleil dá uma aula de gestão. Com mais de
3.000 funcionários, produções itinerantes em todo o mundo e um público superior a 50 milhões de
pessoas, o Cirque Du Soleil em seus 22 anos de existência ultrapassa o faturamento de US$500 milhões.
Segundo a teoria de Chan Kim e Renée Maubogne, professores da es- cola de administração francesa
Insead e autores do livro A Estratégia do Oceano Azul, através de uma estratégia inovadora, distante das
convencionais praticadas no seu setor, O Cirque Du Soleil se destacou da concorrência e achou o seu
oceano azul, espaço reservado às em- presas que, através da diferenciação e movimentos estratégicos
denominados inovação de valor, cham um mercado (oceano) inexplorado e escapam do oceano vermelho
marcado pelas estratégias convencionais e um mercado aglomerado e concorrente.
A receita mágica do sucesso começou a dar certo quando seus fundado- res reconheceram que criar um
espetáculo era tão importante quanto gerar recursos para produzir outros e promovê-los. A empresa, ao
contrário das demais companhias artísticas, propôs-se desde o início ter uma empresa na qual a arte
pudesse conviver com os negócios. O fundamental é não perder o equilíbrio entre o comercial e o
artístico: “Se os aspectos comerciais ganhassem muita importância, perderíamos a nossa essência; se o
artístico crescesse além do comercial, perderíamos dinheiro. Definitivamente, trata-se de preservar o
equilíbrio”, afirmou Guy Liberte, titular do departamento de criação.
Ainda que os espetáculos conservem alguns elementos típicos (tenda, palhaços e acrobatas), deixou de
lado outros (notadamente números com animais), dando ênfase à música, ao figurino e à cenografia.

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O fato de não trabalhar com animais lhe permitiu reduzir os levados custos com cuidados, escapar das
críticas dos defensores de seus direitos e destinar os recursos que sobram para valorização do produto
perante os clientes. A companhia eliminou atributos que antes eram considerados indispensáveis em
apresentações circenses e que não agregavam o valor esperado.
Como resultado, atraiu um público que não era espectador de circo. Os espetáculos têm muito de ópera,
balé e música clássica, e levam a plateia a outros mundos com preços similares aos de uma apresentação
na Broadway.

Questões:
a) Qual a relevância para a empresa de encontrar o seu “oceano azul”, ou seja, desenvolver uma
estratégia inovadora em seu mercado de atuação?

b) Em quais pontos você ressaltaria que houve uma inovação de valor?

c) O que Maslow buscou apresentar com o desenvolvimento da Hierarquia


das Necessidades Humanas?

d) Vimos que as organizações são constantemente influenciadas pelas variáveis que contemplam o
ambiente em que estão inseridas. Nesta unidade apresentamos tipologias diferentes de ambiente.
Diferencie os tipos de ambientes que envolvem as organizações.

Referências

CARAVANTES, G. R.; CARAVANTES, C. B.; KLOECKNER, M. C. Comportamento organizacional


e comunicação. Porto Alegre: AGE, 2008 .
CARAVANTES, Geraldo R. Teoria Geral da Administração: pensando & fazendo. Porto Alegre: Age,
1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
Administração: teoria, processo e prática. 4. ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Pau- lo: Atlas, 2007.
Administração para Empreendedores. 1.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

85
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR:
INFORMATICA APLICADA
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade na vida
profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta de trabalho,
familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio de habilidades e
atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e Utilizar
aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas para
produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa.

Conceitos Básicos de Informática

Diariamente, executamos diversas operações, isto é, processamos informações para gerar novas
informações, para os mais diversos propósitos. Por exemplo ler um livro, fazer um bolo a partir de uma
receita, estudar para a prova de POC I, são exemplos de processamentos cotidianos, onde dados
existentes, após convenientemente tratadas, se transformam em outros. Assim os objetivos deste estudo
permitirão conhecer os fatos marcantes que contribuíram para o surgimento do computador e o
processo evolutivo dos computadores ao longo da história. Identificar os componentes principais de
um computador, onde se localizam e entender para que servem. Entender o que é hardware,
software e a relação entre eles. Reconhecer os dispositivos de entrada, saída e armazenamento de
dados utilizados em um computador e compreender de que forma as informações são guardadas
nos dispositivos de armazenamento de dados.
Ao longo da história, o homem tem precisado constantemente tratar e transmitir informação, por isso
nunca parou de criar máquinas e métodos para processá-la. A informática nasceu da ideia de auxiliar o
homem nos trabalhos rotineiros e repetitivos, geralmente ligados a área de cálculo e gerenciamento.
Informática é a ciência que estuda os métodos para o tratamento automático e racional da informação.
O termo foi criado em 1962 e provem da contração das palavras – Information Automatique (Informação
+ Automática). A palavra, Informática, designa o conjunto de disciplinas científicas e de técnicas
utilizadas no processamento lógico e rápido da informação, usando computadores.

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Processamento: é um conjunto de atividades que, atuando sobre entes iniciais, geram outros
entes como resultados, ou os mesmos, sob outra forma, chamados finais.

Então:
Processamento de dados: Conjunto de operações lógicas e aritméticas que são aplicadas, de
forma automática, sobre os conjuntos de dados, com auxilio de equipamento computacionais.
É um conjunto de operações que são aplicadas sobre determinadas informações para
transformá-las em outras, ou gerar novas informações.

Então? O que é Informação?


Informação: Conjunto de resultados que são obtidos após um processamento. É um conjunto
estruturado de dados, transmitindo conhecimento. E o que são dados?

Dados: Termo genérico empregado para denotar quaisquer ou todos os números, letras e
símbolos que se referem a, ou descrever um objeto, idéia, condição, situação ou outros fatores.
O termo indica de maneira indireta os elementos básicos de informação que podem ser
processados ou produzidos por um computador.

Ou seja:
Dados são elementos conhecidos de um problema.
Dados é um conjunto de “informação em bruto” que, através de determinados processos, se
transformam em informação.

Para o tratamento dos dados e consequentemente utilização das informações, existem, a nível
das tecnologias de informação, inúmeros componentes e equipamentos, dos quais o mais
comum e conhecido é o computador.

O que é um computador?

Computador: é um equipamento eletrônico, capaz de tomar decisões lógicas e fazer cálculos,


controlados por um conjunto de instruções, cujo principal objetivo é processar dados.

Qualquer processamento se realiza seguindo o esquema:

Entrada Processamento

É uma máquina constituída por componentes e circuitos eletrônicos, capaz de receber, armazenar,
processar e transmitir informações.
Os computadores de hoje são dispositivos eletrônicos que, sob direção e controle de um programa,
executam quatro operações básicas:
– Entrada,

88
– Processamento,
– Saída e
– Armazenamento.

O Computador não faz absolutamente nada sem que lhe seja ordenado fazer.

Atualmente existe uma grande diversidade de computadores, com diferentes tamanhos, custos,
propósitos e funcionalidades. Por essa razão, tornou-se necessário o seu agrupamento em categorias.

Podem ser classificados:


1. Quanto à característica de construção
– Primeira, segunda, terceira, quarta e quinta (????) geração
2. Quanto ao princípio de construção (quanto à natureza) (Quanto à característica de operação)
–Computador Analógico: Representa variáveis por meio de analogias físicas. Trata-se de classe de
computadores que resolve problemas referentes a condições físicas, por meio de quantidades mecânicas
ou elétricas, utilizando circuitos, equivalentes como analogia ao fenômeno físico que está sendo tratado.
(Laboratórios de pesquisa e para aplicações científicas e tecnológicas).
-Computador Digital: processa informações representadas por combinações de dados discretos ou
descontínuos. Mais especificamente: trata-se de um dispositivo projetado para executar sequências de
operações aritméticas e lógicas. (Bancos, comércio, indústria e empresas do modo geral).
O computador analógico mede. O computador digital conta.
3. Quanto à característica de utilização
- Computador Científico - dirigido ao emprego em áreas de cálculos e pesquisas científicas, nas quais
são requeridos resultados de maior precisão e pequeno volume de entrada e saída de dados.
- Computador Comercial - constitui a grande maioria dos equipamentos utilizados nas empresas,
caracteriza-se por permitir o trato rápido e seguro de problemas que comportam grande volume de
entrada e saída de dados. A maioria dos fabricantes hoje dispõe de produtos – ditos de uso geral – que
comportam emprego tanto na área científica quanto na área comercial.
4. Quanto ao seu porte:
1. Supercomputadores
2. Mainframes
3. Minicomputadores
4. Estações de trabalho
5. Computadores pessoais
6. Desktop
7. Notebook
8. Palmtop
5. Quanto ao seu âmbito:
Específico: Desenhados para desempenhar um conjunto muito reduzido de tarefas, por exemplo, no
controle de mecanismos industriais e em cálculos científicos.
Geral: Capazes de desempenhar uma grande variedade de tarefas, através da execução de um grande
número de programas. São bastante utilizados em escritórios, escolas e mesmo em casa.

Vantagens e Desvantagens do uso do computador


89
• Velocidade: Executa operações em pequenas frações de tempo.
• Aumento de produtividade: Economia de tempo.
• Confiabilidade: Executa as tarefas exatamente como lhe são ordenadas.
• Versatilidade: Possibilidade de realizar uma infinidade de trabalhos de diferentes tipos.
• Vantagens do seu uso: Capacidade de armazenamento; Melhoria na qualidade da informação
produzida; Eficiência no armazenamento e consulta da informação; Liberação das pessoas de tarefas
rotineiras.
• Desvantagens: Custo inicial; Depreciação; Custo manutenção e Necessidade de treinamento.

Informática: Aplicações e Benefícios

_ Advocacia - Controle de processos e manutenção de biblioteca.


_ Artes - Trabalhos de arte-final, financeiro.
_ Comércio - Controle de cardápios, Controle de estoque, Controle de Vendas.
_ Comunicações – Telefonia, Internet.
_ Engenharia (todas) - Projetos (PAC), fabricação, manutenção, design (CAD),
_ Entretenimento - Jogos, simuladores.
_ Esportes - Semi controle dos carros de F1.
_ Gráficas - Desenvolvimento de plantas, criação de slides, Logos prog. de TV.
_ Indústria - Automação da linha de montagem.
_ Lares familiares - Controle orçamentário, Editor de texto (Word).
_ Medicina - Tomografia computadorizada, Raios X, Exames ultra-sonográficos.
Vale salientar a visão mercadológica da real do computador. Para o mercado o computador só pode
resolver um problema ou realizar uma tarefa para o qual foi programado e no real detecta-se o problema,
propõe solução, uso de software, logo, insere se os dados no computador para a obtenção dos resultados,
ou seja, o homem decidi o que fazer e o computador executa as operações.

COMPONENTES DE UM COMPUTADOR

Cada dispositivo tem uma função específica. A seguir vamos conhecer alguns dos principais
componentes de um computador:
Gabinete – É onde estão instaladas as partes do computador responsáveis por armazenar e processar as
informações. São constituídos normalmente de estrutura metálica, mas já existe no mercado também os
gabinetes de estrutura acrílica, transparente ou em cores, porém com os preços de custo ainda bem mais
alto do que os tradicionais (metálicos).
Placa Mãe– É um item importante de um computador. Tem a função de permitir que o processador se
comunique com todos os periféricos instalados. É na placa mãe que encontramos o processador, a
memória principal e as conexões para os periféricos.
Processador – Também conhecido como CPU (Central Processing Unit), ou UCP (Unidade Central de
Processamento). É um pequeno CHIP de silício, que cabe na palma da mão. Podemos dizer que esse
chip é o "cérebro" do computador. É ele que executa os programas, faz os cálculos e toma as decisões,
de acordo com as instruções armazenadas na memória. Daí a importância da memória, da qual vamos
falar no próximo item. Existem vários fabricantes e modelos diferentes de processadores no mercado.

90
Memória – É um dispositivo encarregado de armazenar e guardar informações (dados + cálculos) usados
pelo processador. A memória mais importante do computador é a memória principal (RAM), no entanto,
veremos no próximo item que a memória do computador pode ser de três tipos RAM, ROM ou para
armazenagem de dados do usuário.
Periféricos – São equipamentos conectados à placa-mãe, gerenciados pela CPU e com a função de enviar
ou receber informações do computador. Os principais periféricos de um computador são o teclado e o
mouse. A maioria dos periféricos é conectada a uma porta chamada USB (Universal Serial Bus), que se
tornou padrão para quase todos os dispositivos periféricos. Se dividem em:
Periféricos de Entrada – São dispositivos responsáveis por enviar as informações para o processador.
Ex: Mouse, Teclado, Scanner, microfone, Web câmaras, filmadoras, sensores diversos, entre outros.
Periféricos de Saída – São dispositivos que podem mostrar o resultado do processamento e/ou
acompanhar as tarefas executadas pelo computador. Ex: Impressora, Monitor, Caixas de Som, etc.

Os computadores de hoje são dispositivos eletrônicos que, sob direção e controle de um programa,
executam quatro operações básicas:
 Entrada (input);
 Processamento (processing);
 Armazenamento (storage).
 Saída (output).

Um sistema computacional é um conjunto de componentes integrados para funcionar como se fossem


um único elemento e que têm por objetivo realizar manipulações com dados, ou seja, realizar algum tipo
de operação com os dados de modo a obter uma informação útil.

91
Em um sistema de processamento de dados existem três componentes principais:
HARDWARE, SOFTWARE e Usuários/Pessoas (PEOPLEWARE)
_ HARDWARE - É o computador fisicamente, são os componentes físicos.
_ SOFTWARE – É o componente lógico de um sistema de computação, são os programas que definem
as tarefas que o hardware pode executar.
_ PEOPLEWARE – É o Componente humana de um sistema de computação, Uma ou várias pessoas
realizando as tarefas necessárias para o funcionamento dos outros componentes do sistema (operadores,
programadores, analistas, ...).

Referencias.

MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica. – Recife:
IFPE, 2014. 220 p. il.
MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Érica,
2013.
MEIRELLES, F. Informática: Novas aplicações com microcomputadores. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 2004.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2011.

Atividades.

1 –Sobre Hardware, Software e Peopleware é correto afirmar que:


I Hardware é todo o equipamento do computador, ou seja, a impressora, o mouse, a placa Mãe e o
Sistema Operacional.
II. Software são os programas que utilizamos em um computador.
III. A planilha eletrônica é um exemplo de Software Aplicativo.
IV – Peopleware é a parte humana que se utiliza das diversas funcionalidades dos sistemas
computacionais, seja este usuário um Analista de sistema ou, até mesmo, um simples cliente que faz
uma consulta em um caixa eletrônico.
A sequência correta é:
a) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. b) Apenas as assertivas II, III, e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. d) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
92
2. Todos os arquivos públicos possuem equipamentos de informática, como impressoras e scaners, que
auxiliam muito no desenvolvimento das atividades cotidianas. De acordo com a gestão de documentos
eletrônicos, esses recursos tecnológicos são classificados como:

A) redes. B) mídias. C) periféricos. D) metadados. E) dispositivos.

3.O que são dados?


a) Peças utilizadas em um jogo de tabuleiro
b) Conjunto de instruções fornecidas a um computador
c) Instruções dadas a um computador
d) Conjunto de valores de variáveis

4. O que são programas?


a) Projeto de um algoritmo
b) Conteúdo exibido na televisão
c) Conjunto de valores de variáveis
d) Conjunto de instruções fornecidas a um computador

5.O que é um computador?


a) É um conjunto de dispositivos mecânicos interligados que conseguem executar um determinado
trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade;
b) São dispositivos eletrônicos que, sob direção e controle de um programa, executam cinco operações
básicas para o processamento de dados;
c) É um conjunto de dispositivos eletrônicos interligados que conseguem executar um determinado
trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade;
d) É um conjunto de dispositivos mecânicos e eletrônicos interligados que conseguem executar um
determinado trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade;
e) É o conjunto de todos os componentes físicos que fazem parte de um sistema computacional

93
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade na vida
profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta de trabalho,
familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio de habilidades e
atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e Utilizar
aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas para
produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa.

História e evolução do computador

Os instrumentos que auxiliavam os homens da antiguidade a contar são con- siderados os precursores
do computador. Vejamos como se deu esta evolução:

Ábaco – da época antes de Cristo, consistia-se num quadro de madeira com cordas. Cada corda
correspondia a uma posição digital (unidades, dezenas, centenas,...) e, nelas, havia bolinhas que
representavam cinco unidades de cada posição digital.

Fonte: timerime.com/es/linea_de_tiempo/1325651/invencion+de+la+computadora/

Máquina pascalina – o francês Blaise Pascal inventou, em 1622, uma máquina de calcular mecanizada,
consistindo-se basicamente de rodas dentadas, com capacidade de efetuar as quatro operações básicas.

Fonte: CTISM

94
Em torno de 1670, um matemático alemão chamado de Gottfried Wilhelm Von Leibnitz, aperfeiçoou a
máquina criada por Blaise Pascal, introduzindo as operações capazes de multiplicar e dividir. Outro
francês, Joseph Marie Jacquard criou em 1801, um tear automatizado controlado por cartões perfurados.

Fonte: www.computerhistory.org/babbage/history/

Herman Hollerith também inspirou-se nos cartões perfurados do tear de Jacquard para criar a tabuladora
de censo, uma máquina para acumular e classificar informações. Concebida entre 1884 e 1887, foi
utilizada no censo dos EUA de 1890 e, mais tarde, em outros países.

Fonte: http://www.inf.uri.com.br/neilor/intro/hollerith.htm

ENIAC (1946) – foi o primeiro computador a utilizar eletrônica digital. Era capaz de realizar cinco mil
somas por segundo. Pesava 32 toneladas e media 30 metros. A temperatura, no local onde funcionava,
chegava a 50 graus. Foi desenvolvido para computar trajetórias táticas e de balística para a II Guerra
Mundial, mas só começou a operar após a Guerra.

Fonte: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=692

• 1951 – os computadores (UNIVAC/IBM) começam a ser produzidos em série.

• 1956 – o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) anuncia um computador


construído com transistores substituindo as válvulas de vi- dro. Dois anos depois, o
americano Jack S. Clair Kilby cria um circuito integrado com cinco transistores
instalados numa placa de 1,2 cm de diâ- metro. Este é um marco na miniaturização
dos componentes. O circuito integrado começa seu ciclo na história da eletrônica e

95
da computação.

• Meados da década de 1960 – o computador IBM/360 é lançado (tor- nou-se um


modelo de grande sucesso na época). O computador passa a ser mais acessível,
sendo utilizado também em áreas comerciais.

Fontes:(a) http://fimapeti-atecnologiadoscomputadores.blogspot.com.br/2010/05/resumo-da-
evolucao-dos-computadores.html
(b) ahistoriadacomputacao.wordpress.com/
(c) www.sobrecancer.com/1514/diversos/microchip-que-monitora-tumores

Dessa forma, o quadro abaixo apresenta o seguinte resumo da evolução do computador:

A EVOLUÇÃO DO COMPUTADOR
a.C.: ábaco 1936: máquina de Turing
1614: logarítmos 1938: circuritos eletrônicos
1623: sistema binário 1943: Colossus
1642: máquina de somar 1946: ENIAC
1671: calculadora 1948: Trasistor
1802: cartões perfurados 1949: Mark1
1822: aparelho diferencial 1957: Fortran
1834: m áquina analítica 1957: IBM
1835: primeira programadora 1962: discos magnéticos
1847:álgebra booleana 1963: circuitos integrados
1890: processamento da informação 1964: BASIC
1900: memória magnética 1972: o chip
1931: analisador analítico 1990: 5ª geração

Uma nova geração de computadores é alcançada quando são obtidos aumentos significativos no
desempenho deles, devido a importantes avanços tecnológicos, sem elevação de preços ou em alguns
casos, até mesmo com redução.

96
Geração Dispositivos e Características Imagem
1ª (1945 - Válvulas
1959) Esquentavam e queimavam com facilidade;
Eram enormes e pesadas;
Uso militar;

2ª (1959 - Transistores
1964) Maior potência e
confiabilidade; Redução
de tamanho e consumo;
Uso em empresas de grande porte e militares;
3ª (1964 - Circuitos Integrados – LSI
1970) Chip;
Máquinas menores, mais poderosas e de baixo
custo;Uso em empresas de grande e médio
porte;
4ª (1970 - Circuitos Integrados
1985) – VLSI Chip Menor;
Microprocessador;
Uso de disquetes;
Computadores
domésticos;
5ª (1985 - Chip
1990) Processadores da família 86;
Circuitos integrados com um milhão de
transistorespor "chip";
Memórias semicondutoras tornam-se padrão;
6ª (1990 - ...) Miniaturização
Processadores com 2 e 4 núcleos;
Equipamentos menores, mais potentes e
baratos;
Futuro Biochip

CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE:

Dos tipos de computadores citados acima, todos possuem 2 componentes em comum: o Hardware e
o Software.
O Hardware é denominado como a parte “física” do computador, ou seja, os componentes/peças que
o compõe. Como exemplo, podemos utilizar o gabinete, placa-mãe, processador, memória, fonte de
alimentação, o monitor, teclado, mouse e demais componentes.
Já o Software é a parte “lógica” do computador, que gerencia o funcionamento do hardware. Em tudo
o que fazemos no computador, utilizamos um software (programa), sendo ele o sistema operacional
(Windows, Linux, entre outros), editores de textos, planilhas, slides, navegadores de
97
internet, reprodução de músicas e vídeos, entre outros.

CONCEITOS IMPORTANTES
Driver de dispositivo:Num sistema operacional um driver de dispositivos é programa que possibilita a
comunicação do sistema operacional com um dispositivo de entrada/saída. Um driver é como um manual
de instruções do periférico que informa ao sistema operacional como ele funciona. Todo periférico
precisa de um driver para funcionar, por isso que quando compramos uma impressora, por exemplo, ela
vem com um CD de instalação. Neste CD está o driver da impressora que é passado ao Sistema
Operacional. Alguns dispositivos não precisam deste driver e são chamados de “plug and play”
Plug and Play : Um dispositivo “plug and play” é um dispositivo que o sistema operacional o reconhece
e instala automaticamente o driver para seu funcionamento, sem necessitar de CDs ou programas de
instalação. São exemplos de dispositivo plug and play os pendrives, o mouse, o teclado, etc. Em uma
tradução livre, plug and play poderia ser traduzido como “ligar e usar” ou “plugar e usar”.
Dispositivos USB : USB é a sigla para Universal Serial Bus ou Barramento Serial Universal. Trata-se de
uma tecnologia que tornou mais simples, fácil e rápida a conexão de diversos tipos de aparelhos (câmeras
digitais, HDs externos, pendrives, mouses, teclados, MP3-players, impressoras, scanners, leitor de
cartões, etc) ao computador, evitando assim o uso de um tipo específico de conector para cada
dispositivo.

SISTEMAS OPERACIONAIS

São programas necessários à ativação e coordenação dos vários elementos do hardware. A maioria dos
sistemas operacionais é constituída de rotinas bastante complexas, pois deve-se levar em consideração
todos os detalhes relativos ao desempenho do hardware para o êxito do processamento.
O bom desempenho do computador está diretamente ligado aos recursos do hardware e à eficiência do
sistema operacional utilizado, portanto, deve haver um perfeito equilíbrio entre os dois. Vale ressaltar
que sem um sistema operacional um computador não funciona.
Os sistemas operacionais mais importantes são: DOS, Windows, Linux, Unix e MAC OS (ou Jaguar).

Nessa disciplina vamos trabalhar com o Sistema Operacional Windows da Microsoft que tem o seu
próprio pacote office onde alguns dos aplicativos que o compõe são o Excel, o PowerPoint e o Word.

Referencias.

98
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica. – Recife:
IFPE, 2014. 220 p. il.
MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Érica,
2013.
MEIRELLES, F. Informática: Novas aplicações com microcomputadores. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 2004.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2011.

Atividades.

1. De acordo com a tabela no texto da Evolução do computador, na ordem cronológica marque a


alternativa correta.
a) Ábaco, Eniac, Chip, Transistor e Microprocessador
b) Eniac, Ábaco, Chip, Transistor e Microprocessador
c) Ábaco, Eniac, Chip, Microprocessador e Transistor
d) Ábaco, Eniac, Transistor, Chip e Microprocessador

1. Quanto à geração dos computadores, relacione as colunas.


A –Primeira Geração ( ) Computadores com Circuitos Integrados.
B -Segunda Geração ( ) Computadores à válvula.
C –Terceira Geração ( ) Computadores que Utilizam VLSI –Chip.
D –Quarta Geração ( ) Computadores Transistorizados.

2. O que é um Sistema Operacional?


a) Hardware usado para conectar-se à internet.
b) Software que gerencia e comanda o funcionamento do computador.
c) Ponte entre o computador e o usuário.
d) Hardware que gerencia e comanda o funcionamento do computador.
e) Software usado para conectar-se à internet.

99
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

WINDOWS 10

O Windows 10 é o Sistema Operacional mais recente da Microsoft. É um Sistema Operacional


Proprietário, que possui mais de uma versão, algumas voltadas ao usuário doméstico, como o
Windows 10 Home, outras para uso profissional em empresas, como o Windows 10 Professional.
Cada versão do Windows 10 possui recursos e preço diferenciado para cada uma delas.
Quando ligamos o computador, a primeira tela que aparece ao iniciar o Windows é a tela de Logon
do Usuário. Nesta tela, realizamos o logon para cada usuário, ou seja, acessar a conta do usuário no
computador, com o nome de Login (Usuário) e Senha (caso esteja cadastrada). Quando o computador
possuisomente uma conta de usuário cadastrada e a mesma não possui senha para realizar o logon,
ele é feito automaticamente, sem passar por esta tela de Logon. Como o Windows 10, assim como a
maioria dos sistemas atuais, é um sistema Multiusuário, é possível criarmos mais de um usuário para
o mesmo computador, sendo que cada um terá acesso aos seus arquivos, programas e configurações.

Tela de Logon do Windows 10:

100
Feito isso, somos direcionados a Área de Trabalho. Nela, encontramos os ícones, que são figuras
relacionadas aos arquivos, pastas e programas existentes no computador, e é através destes ícones que
podemos acessá-los.

Área de Trabalho Windows 10:

Abaixo da área de trabalho, encontra-se a barra de tarefas, localizada na horizontal na parte inferior
da tela. Quando abrimos um programa, pasta ou arquivo, um ícone referente a ele aparece na
barra de tarefas. Quando abrimos mais de um programa ou arquivo, para cada um deles é exibido um
ícone na barra de tarefas, facilitando visualizar os programas ou arquivos que estamos acessando no
momento, bem como alternar entre eles. Quando fechamos esse arquivo ou programa, seu ícone
desaparece da barra de tarefas.
Na parte direita da barra de tarefas fica localizado a Área de Notificação. Neste local, é exibido
informações como a data e a hora do computador, informações referentes ao som e nível do volume,
programas que são iniciados com o Windows, como o antivírus e avisos sobre atividades que estão
em andamento, como impressão de arquivos, atualizações, instalação de pendrive ou outros
dispositivos, dentre outras atividades.
Outro ícone localizado na barra de tarefas é o Menu Iniciar. Nele é possível acessar configurações do
computador, desligar ou reiniciar o computador, pesquisar arquivos, localizar e abrir/executar os
programas instalados, entre outras funções.
Barra de Tarefas no Windows 10:

101
Para desligarmos o computador, não devemos desligá-lo diretamente da tomada, para evitar danificar
algum componente ou comprometer\corromper algum arquivo do Sistema Operacional, ou do
Usuário. Para isso, devemos acessar o recurso Desligar, disponível no Menu Iniciar do Windows,
conforme exemplo abaixo:

Janelas do Windows:

Quando abrimos uma pasta, arquivo ou programa no Windows, ele fica aberto em forma de “Janela”,
onde o conteúdo é mostrado dentro da mesma. Como o Windows é um sistema “Multitarefas”, é possível
abrir mais do que uma janela ao mesmo tempo. Cada janela possui características básicas, sendo elas:
-Barra de Títulos: exibe o nome do programa que se encontra aberto, e o nome do arquivo quando
disponível;
-Bordas da Janela: Determina que o conteúdo do programa é exibido dentro destas bordas, e o tamanho
delas determina o tamanho em que o programa é exibido, podendo ser exibido na tela inteira ou ajustado
conforme necessário.
-Botões da Janela: Ficam localizados na parte superior direita de cada janela aberta. Possui os botões de
Minimizar, Maximizar/Restaurar e Fechar.
O botão fechar, como o nome já diz, fecha o programa e a janela que estão sendo exibidos. É utilizado
quando não iremos mais utilizar o programa. Feito este procedimento, ele some da tela e da barrade
tarefas.
O botão minimizar oculta a janela da área de trabalho, sem fechar a mesma. A janela apenas fica oculta

102
da tela, mas continua aberta e acessível no ícone relativo ao programa localizado na barra de tarefas.
Para visualizar novamente após minimizar uma janela, é necessário somente clicar no ícone na barra de
tarefas, que a janela será novamente exibida na tela. É utilizado quando temos mais de uma janela aberta,
e queremos alternar entre as janelas, deixando somente uma ativa.
Já o botão maximizar, permite aumentar o tamanho da janela, fazendo que a mesma alcance o tamanho
total da área de trabalho, ficando mais fácil visualizar o que está sendo mostrado nela. Quando é
realizado este processo de maximizar a tela, o mesmo botão passa a ser o de restaurar, ou seja, clicando
novamente nele a janela retorna ao mesmo tamanho de antes de ser aumentada para a tela inteira.
Também é possível fazer o redimensionamento manual da janela, alterando seu tamanho. Isso é feito
posicionando o cursor do mouse nas suas bordas, e aumentando e diminuindo seu tamanho, conforme
necessário.
Janela aberta no Windows 10, com o programa Microsoft Office Word:

-Barras de Rolagem: É uma barra disponível na parte lateral ou inferior da janela, que aparece quando
um programa contêm mais conteúdo que é possível ser exibido por completo na tela. Posicionando o
cursor do mouse sobre a barra de rolagem, é possível ajustar/mover a janela para visualizar o conteúdo
necessário (Superior/Inferior, ou Direita/Esquerda).
Abaixo segue um exemplo relacionado a barra de rolagem localizado na lateral do documento:

103
Também é possível mover uma janela de lugar na tela. Para isso, é necessário posicionar o cursor do mouse
sobre a barra de título da janela, arrastar e soltar ela na posição desejada. Porém, quando a janela está
Maximizada (em tela cheia), não é possível mover ela de lugar na tela, pois ela já ocupa todo espaço possível
na tela.
Em várias situações, são utilizadas mais que uma janela ou programa ao mesmo tempo, como, por exemplo,
uma Janela para o editor de textos, outra para o navegador de internet, outra para o e-mail, entre outras.
Uma das maneiras de alternar entre estas Janelas que encontram-se abertas, é minimizar a que não
desejamos e a partir do ícone na barra de tarefas abrir a que utilizaremos no momento. Outra maneira é
pressionando as teclas de atalho no teclado: segurar pressionado a tecla ALT, e pressionar, uma vez, a tecla
TAB. Se for a janela desejada, soltar a tecla ALT. Ou, mantendo a tecla ALT pressionada, ir teclando, sempre
uma vez, a tecla TAB, até chegar na janela desejada, soltando a tecla ALT quando concluir, conforme
exemplo abaixo:

Para organizar as Janelas, também nas situações em que se encontram mais de uma aberta ao mesmo
tempo, é possível clicar com o botão direito do mouse sobre a barra de tarefas, e escolher as opções:
mostrar as janelas em cascata, mostrar as janelas empilhadas, ou mostrar as janelas lado a lado.
Com o modo mostrar janelas em cascatas, o Windows irá organizar as janelas abertas um sobre a
outra, onde a última ficará visível na tela, e nas demais janelas irá aparecer somente a barra de título
de cada janela, formando uma espécie de cascata. No modo mostrar janelas empilhadas, O Windows
irá organizar as janelas na horizontal, uma em cima da outra, de acordo com a quantidade de janelas
abertas. A largura de cada janela será a mesma da área de trabalho. E no modo mostrar janelas lado
a lado, o Windows irá organizar as janelas uma ao lado da outra, também de acordo com a quantidade
de janelas abertas. Neste caso, a altura de cada janela será a mesma da área de trabalho.

Janelas Organizadas em Modo Cascata:

104
Janelas Organizadas em Modo Lado a Lado:

Janelas Empilhadas:

Pastas do Windows – Bibliotecas:

Cada computador possui uma biblioteca de pastas (locais) que já vem criadas ao adicionar um novo
Usuário ao Windows. Dentro desta Biblioteca de pastas, as principais são a pasta Desktop (Área de
Trabalho), Documentos, Downloads, Imagens, Músicas e Vídeos.
Como mencionado, por padrão estas pastas já vem criadas para armazenar os tipos de arquivos que
serão criados pelo usuário. Não é obrigatório, por exemplo, selecionar a pasta Documentos, ao salvar
105
um documento de texto, ou relacionado, mas por padrão é nela que os arquivos serão armazenados
e organizados ao salvar o documento.
Para acessá-las, podemos abrir o ícone do usuário, na área de trabalho, ou acessar o Meu Computador,
como na imagem abaixo, e dentro dela estarão localizadas estas pastas:
Desktop: Estão localizados os arquivos da área de
trabalho; Documentos: Para o usuário organizar os
arquivos de documentos;Downloads: Arquivos baixados
da internet;
Imagens, Musicas e Vídeos: Para o usuário organizar os arquivos de imagens/fotos, músicas e
vídeos,respectivamente.
Bibliotecas de Arquivos do Usuário:

Criar pastas, Copiar, Colar ou Recortar:

Uma pasta é um local/diretório usado para armazenar arquivos, com a finalidade de organizar e
facilitar o acesso ao arquivo futuramente.
Para criar uma pasta, basta ir até o local desejado, clicar com o botão direito do mouse em um espaço
livre da tela, e na aba de propriedades que abrir, ir com o ponteiro do mouse até a opção novo, depois
clicar na opção pasta. Feito isso, ele irá criar uma nova pasta no local indicado, estando pronta para
inserir o nome da pasta, sendo conveniente inserir um nome relacionado ao conteúdo que será
inserido nela. Para acessar uma pasta, basta dar um clique duplo com o botão esquerdo do mouse,
mostrando os arquivos e pastas que estão dentro dela, ou salvar e copiar novos arquivos para dentro
dela. Dentro de uma pasta também é possível criar subpastas. Normalmente se utiliza esta opção para
organizar melhor o conteúdo dentro das pastas. Por exemplo, podemos criar uma pastaRelatórios, e
dentro dela outras pastas para cada tipo de relatório, ou para cada ano ou mês. Isso facilita a
organização e o acesso ao arquivo futuramente.
Abaixo, segue um exemplo de como criar uma nova pasta, na área de trabalho:

106
Criando uma nova pasta, dentro da pasta criada anteriormente: Como exemplo, na pasta criada
primeiramente, foi colocado o nome Documentos. Dentro dela, criado mais uma pasta com o nome
2019.

Para mover arquivos para dentro de uma pasta, podemos utilizar basicamente duas maneiras: copiar
oarquivo e colar em uma nova pasta, ou recortar o arquivo e colar em uma nova pasta. Copiar o
arquivo significa criar uma cópia do mesmo em outro local, mantendo o arquivo original na pasta
original. Recortaro arquivo, significa retirar este mesmo arquivo de um local e colocar em outro, sem
manter o arquivooriginal na pasta original. Depois de copiar ou recortar o arquivo, basta ir ao novo
local/pasta e colar o arquivo dentro dela.
Para copiar ou recortar o arquivo, podemos fazer utilizando duas alternativas: encontrar o arquivo
desejado e selecionar o mesmo. Após isso, pressionar simultaneamente as teclas Ctrl + C para copiar
ou Ctrl
+ X para recortar o arquivo. Ou clicar com o botão direito do mouse, e selecionar a opção Copiar, ou
Recortar, conforme necessário. Feito esse procedimento, devemos abrir a nova pasta onde queremos
armazenar o arquivo, e pressionar simultaneamente as teclas Ctrl + V para colar o arquivono novo
local. Outambém é possível clicar com o botão direito do mouse em um local vazio dentro da pasta,
clicar com o botão direito do mouse, e selecionar a opção colar.
Para copiar um arquivo do local original para um novo local:

107
Quando utilizamos a opção Recortar o arquivo, ele irá mover o arquivo para o novo local, eliminando
o mesmo do local anterior, conforme exemplo a seguir:

Outra maneira de mover um arquivo para determinada pasta, é clicar com o botão esquerdo do mouse

108
sobre ele, e sem soltar o botão, arrastar o arquivo para dentro da pasta ou para o local desejado.
Mover os arquivos arrastando com o Mouse:

Lixeira:

Quando não vamos mais utilizar um arquivo, podemos remover (excluir) o mesmo do computador.
Ao excluir o arquivo, ele vai por padrão para a Lixeira. Enquanto ele se encontrar nesta pasta, ainda
será possível recuperar ele caso necessário ou caso o arquivo seja excluído ou enviado a lixeira por
engano, pois ele ainda não foi permanentemente excluído do HD.
Podemos excluir o arquivo de duas maneiras básicas. A primeira é selecionando o arquivo desejado
eclicar no botão “Delete” ou “DEL” do teclado. Outra maneira é arrastando o arquivo para a lixeira,
ou clicando com o botão direito do mouse sobre ele, acessando as propriedades, e a partir daí
selecionar a opção“Excluir”:

109
A exclusão do arquivo deverá ser feita somente quando se tem certeza de que não será mais utilizado
o arquivo em questão. Caso ele seja excluído por engano, ainda é possível acessar a lixeira, e restaurar
o arquivo para o local original, podendo acessá-lo novamente.
Quando se tem certeza que os arquivos que se encontram na lixeira não serão mais utilizados, pode
ser feito os mesmos processos citados acima nos arquivos que se encontram dentro da lixeira para
removê- los, clicando com o botão direito do mouse e após em excluir, ou selecionando o arquivo e
pressionar a tecladelete do teclado. Caso seja desejado excluir todos os arquivos que se encontram na
lixeira, também é possível clicar sobre o ícone da lixeira com o botão direito do mouse, e escolhera
opção esvaziar lixeira. Feito isso todos os arquivos serão permanentemente excluídos também da
lixeira, liberando espaço no computador. Outra opção de excluir permanentemente o arquivo, sem
enviá-lo a lixeira, é utilizando as combinações das teclas SHIFT + DELETE.
Opções para Esvaziar a Lixeira ou Restaurar o tem ao seu local original, e Excluir o arquivo
permanentemente:

110
Meu Computador:

Acessando a pasta Computador, através da Área de Trabalho ou do Menu Iniciar, podemos ter acesso
as Unidades do Disco Rígido (HD) e também acessar os Dispositivos Removíveis do Computador,
como a Unidade de CD/DVD, Pendrive, entre outros. Outra maneira de acessar a pasta do Meu
Computador é pressionando ao mesmo tempo a tecla Logo do Windows + letra E do teclado.
Tela MEU COMPUTADOR no Windows 10:

Para copiar um arquivo do Computador para o Pendrive, devemos inicialmente localizar o arquivo
napasta em que ele se encontra no computador, clicar com o botão direito sobre ele, e escolher a
opção Copiar nas propriedades. Após, acessar o Meu Computador, abrir a Unidade referente ao
Pendrive, clicar com o botão direito do mouse dentro da pasta que abriu referente ao pendrive, e
escolher a opção Colar. Feito isso será adicionada uma cópia do arquivo desejado no pendrive.
Para copiar um arquivo ou uma pasta do pendrive para o computador, é necessário somente fazer o
processo inverso: primeiro copiar a pasta ou arquivo do pendrive, e depois selecionar a pasta em que
queremos adicionar o arquivo no computador, e colar dentro desta pasta ou local.
Como visto acima, para copiar, recortar e colar arquivos, também é possível utilizar os atalhos no
teclado: pressionando simultaneamente as teclas Ctrl + C para copiar, Ctrl + X para recortar e Ctrl +
V para colar o arquivo.
Outra opção disponível no MEU COMPUTADOR, é a de localizar pastas ou arquivos. O Windows
10 oferece opções para pesquisar por arquivos quando não lembramos exatamente o local onde os
mesmos estão armazenados. Uma das opções para realizar a pesquisa de arquivos ou programas é
abrindo o Menu Iniciar, e digitar a palavra que desejamos pesquisar. Outra maneira é Acessando o
Meu Computador, e no canto superior direito inserir a palavra desejada para pesquisar. Feito isso, é
realizada uma varredura nos diretórios do HD do computador, retornando os resultados da pesquisa
da palavra desejada. Se sabemos a pasta/diretório em que o arquivo se encontra, é possível acessar
primeiramente esta pasta para após realizar apesquisa, somente dentro desta pasta em questão, o que
retorna resultados mais precisos sem buscar os arquivos que não estão dentro desta pasta.
Pesquisa de arquivos no Meu Computador:

111
No próximo exemplo, pesquisa realizada em Local Específico:Unidade USB F: (Pendrive):

Referencias.

MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica. – Recife: IFPE,
2014. 220 p. il.
MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Érica,
2013.
MEIRELLES, F. Informática: Novas aplicações com microcomputadores. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 2004.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

SISTEMAS OPERACIONAIS: Projeto Inclusão Digital. Disponível em:


https://www.projetoinclusaodigital.com.br/apostilas/modulos/Projeto-InclusaoDigital-Sistemas-
Operacionais.pdf. Acessado em: 08 de Mar de 2021.

Atividades.
1. São programas acessórios do MS Windows 10, exceto:

112
a) Bloco de notas b) MS Word c) Paint d) Word Pad

2. A exclusão de um arquivo eletrônico do computador é permanente, dada a inexistência de


programas capazes de recuperar o conteúdo de arquivos apagados. Responda se a afirmativa está
correta ou errada e justifique.

3. Explique as diferenças entre utilizar a função: FAZER LOGOFF e TROCAR USUÁRIO e ainda
entre utilizar a função HIBERNAR e DORMIR (ou Modo de espera). Em qual dos modos, é possível
desligar o computador da tomada sem perder informações?

4. Nos sistemas operacionais Windows, entre os recursos que integram as ferramentas de


configuração do Windows, utilizadas para fazer alterações em quase todos os aspectos do sistema, um
componente do Windows possibilita a visualização e a alteração de diversas configurações do sistema
operacional, consistindo de um conjunto de opções que incluem - desde possibilitar a instalação e a
remoção de programas e de hardware a gerenciar as contas do usuário, alterar opções de acessibilidade
e de acesso às configurações de rede, inclusive dos parâmetros de áudio e vídeo. Esse recurso é
conhecido por:

A Windows Update. B Gerenciador de Dispositivos. C Caixa de Ferramentas.D

Configurações do Sistema. E Painel de Controle.

113
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

INTERNET

A Internet é uma grande rede capaz de interligar vários computadores. Esta rede permite que vários
computadores no mundo todo possam se comunicar.
Benefícios da Internet
 Troca de informações de maneira rápida;
 Notícias sobre o mundo constantemente;
 Contato com familiares e/ou amigos distantes;
 Ouvir músicas, ler receitas, e muito mais.

Acessando o Google
Para acessar a internet, é necessário ter um navegador (Browser), no programa que você utiliza par a
poder visitar os sites da Internet. Existem muitos navegadores diferentes disponíveis, como Internet Explorer,
Firefox, Opera, Chrome, etc. Veja a figura 1, abaixo:

Figura 1. Navegadores para acessar internet.

Para utilizar a internet, é necessário seguir alguns passos, primeiramente localize


o navegador (um dos apresentados na Figura 1) na área de trabalho do seu computador e clique
rapidamente duas vezes com o botão esquerdo, para que abra a página de internet. A Figura 2 traz uma
ilustração de uma página aberta.

114
Figura 2. Página do Google aberta.

Para realizar pesquisas pela internet, é necessário digitar o site que deseja visitar, ou a informação que
deseja pesquisar. A Figura 3 apresenta as duas maneiras de realizar uma pesquisa na internet.

Figura 3. Maneiras de pesquisar pelo Google.

Como exemplo, vamos pesquisar sobre a previsão do tempo em Frutal. Primeiramente, digite o endereço
do site www.google.com.br na barra de endereços e tecle ENTER, ou então se já estiver na página do
Google digite "Previsão do Tempo em Frutal". Posteriormente, digite o que deseja pesquisar no espaço
reservado a pesquisa/busca "Previsão do Tempo em Frutal" e tecle ENTER. Você será direcionado a
uma nova página com o resultado da busca, como na Figura 4.

115
Figura 4. Exemplo de pesquisa pelo Google

Para voltar na página anterior, basta clicar na seta ao lado da barra de endereços no sentido à esquerda.
Através da internet, é possível pesquisar infinitas informações, de notícias, entretenimento, saúde,
educação...

Barra de Endereço
Quando você entra em algum site, e deseja abrir outro sem fechar o anteriormente visto, é utilizado um
recurso de "Abrir nova página", a Figura 6 a seguir apresenta o passo a passo de como abrir uma nova
página sem fechar a anterior.

Figura 6. Abrindo novas páginas.

116
Principais tipos de conexão de internet
1. ADSL: Essa tecnologia utiliza a linha de telefone para a conexão com a internet. A sigla em inglês
quer dizer “Linha Digital Assimétrica para Assinante”. Esse “assimétrica” serve para indicar que existe
uma diferença entre as taxas de upload e download. Ou seja, a velocidade para baixar um arquivo de
internet é maior que a disponível para enviar esse mesmo arquivo.
2. Fibra óptica: A fibra óptica é uma modalidade de internet única. Em vez de usar a eletricidade para
enviar os dados, ela utiliza a luz, o que deixa sua conexão com a internet, literalmente, na velocidade da
luz. Além da ultravelocidade, a fibra óptica oferece taxas de download e upload simétricas. Isso quer
dizer que você vai gastar o mesmo tempo para baixar ou enviar um dado. Por isso, ela é uma excelente
alternativa para as pessoas que jogam online, usam os serviços de streaming e participam de chamadas
de vídeo.
3. Cabo: Esse tipo de conexão usa a mesma rede da TV a cabo para a transmissão dos dados. Costuma
ser utilizado por pessoas que contrataram um combo desses serviços. Aqui, as taxas de envio e
recebimento de dados são iguais. O cabo consegue atingir uma velocidade de internet maior que o
ADSL, mas ainda é bem distante da ultravelocidade da fibra óptica.
4. Satélite: Nesse tipo de conexão, uma antena instalada em sua casa fornece internet a partir do envio e
recepção de sinais emitidos por satélites que orbitam ao redor da Terra. Como ela não requer cabos ou
fios, costuma ser utilizada em áreas que não oferecem outros tipos de conexão, como as regiões rurais.
5. Dial modem: Esse tipo de serviço deu início à popularização da internet no Brasil na década de 1990.
A famosa conexão discada ainda é utilizada em regiões remotas, onde não há a presença de serviços
mais rápidos e com melhor custo-benefício. Faz uso da linha de internet. No entanto, essa conexão ocupa
a linha telefônica e pode ser interrompida sempre que alguém retira o telefone do gancho e aindaé de
baixa velocidade.
6. Wireless (Wi-Fi): Wireless quer dizer sem fio e inclui qualquer tipo de conexão de internet que não
necessita de cabos para transmissão dos dados. Para se conectar, você precisa de um aparelho chamado
ponto de acesso, que vai receber os dados transmitidos por ondas de rádio do seu provedor.
7. Via Rádio ou 1G:A internet via rádio tem o sinal transmitido através das antenas. Essa tecnologia
transmite voz e dados, o que permite que você acesse a internet e fale com qualquer pessoa em qualquer
lugar do mundo. A maior vantagem é que ela dispensa o uso de cabo, fios e, até mesmo, modem. Dessa
forma, o sinal é enviado e recebido através de uma torre de transmissão fixada em um ponto estratégico.
8. Internet 5G: é a atual geração da telefonia celular e já vem sendo desenvolvida para substituir o 4G,
que consequência substituiu o 3 G e 2G, continuando com o padrão de evolução das gerações anteriores.

Criando uma Conta de E-Mail

Agora que já sabemos como entrar na internet e pesquisar páginas, podemos aprender a criar um e-mail,
checar e enviar mensagens. O e-mail é um endereço eletrônico de um usuário da internet, ou seja, um
meio de comunicação utilizado com diversas finalidades, dentre elas destacamos:
 Comunicar com pessoas que moram longe;
 Receber anúncios de promoções;
 Avisos de vagas de emprego.
Alguns exemplos de e-mails são apresentados abaixo:

117
Figura 7. Exemplos de e-mails.

Se você já possui um email, vamos acessá-lo. Não esqueça de anotar em um lugar seguro, em uma
agenda ou em seu caderno de anotações, o seu endereço de e-mail e a sua senha.

Figura 8. Abrindo uma conta de e-mail.


Após criar uma conta de e-mail, para acessa-lo é necessário entrar primeiramente no site
"www.gmail.com" e posteriormente digitar o nome do seu e-mail e clicar em "PRÓXIMO"
posteriormente ele pedirá que digite sua senha. Então, digite-a e clique em "Fazer Login", a Figura 9 e
10 apresenta os passos para acessar sua conta de e-mail.

Figura 9. Primeiro passo para acessar seu e-mail. Figura 10. Próximo passo para acessar o e-mail.

Checando a Caixa de Entradad de seu E-Mail

118
A "caixa de entrada" é onde "entra" os e-mails que as pessoas te enviam. Sempre que quiser ver se existe
algum e-mail novo, é necessário acessar esta caixa "ENTRADA", será ali que ficarão as mensagens
recebidas. Para ver o conteúdo detalhado das mensagens, é só clicar com o botão esquerdo do mouse
sobre elas, que aparecerá o seu conteúdo detalhado. A Figura 11 ilustra uma caixa de entrada de uma
conta de e-mail, e a Figura 12 mostra um email detalhado e os passos para chegar nele.

Figura 11. Caixa de Entrada de uma conta de e-mail.

Figura 12. Abrindo um e-mail.

Enviando um Email
Para enviar um recado para alguma pessoa, é necessário primeiramente entrar no site da sua conta de e-
mail "www.gmail.com", posteriormente, acessar o seu e-mail e então clicar em "ESCREVER",
conforme mostra a Figura 13. Após clicar em "ESCREVER", aparecerá um quadrado onde haverá
informações que devem ser digitadas e o recado que se deseja enviar. A Figura 14 mostra de maneira
simples as
informações que devem ser digitadas.

119
Figura 13. Enviando um recado por e-mail. Figura 14. Enviando um recado por e-mail.

Para excluir um e-mail, é necessário realizar as etapas mostradas na Figura 15, a seguir:

Figura 15. Excluindo seus e-mails.


Toda vez que entrar em seu e-mail, principalmente em computadores de "estranhos", é importante que
você saia dele, para que não fique gravado no computador e outra pessoa tenha acesso. Para sair do e-
mail, apenas duas etapas são necessárias, ambas bem simples. A Figura 16 demonstra como é realizada
essa atividade.

Figura 16. Saindo do seu e-mail.

SPAM
Antes de entrarmos na explicação sobre o que é o spam, algumas perguntas básicas precisam ser feitas:
é comum no seu e-mail o aparecimento de mensagens estranhas, de destinatários que você não conhece?
Sua caixa de entrada foi “infestada” por propagandas?

120
Se todas ou apenas uma resposta for “sim”, você já possui o termo spam em sua vida online. Mas você
não está sozinho: praticamente todos os usuários dos serviços de e-mail sofrem com as mensagens
desagradáveis e pouco desejadas. Elas ainda aparecem em outros formatos — como mensagens de
celular — e podem ser mais perigosas do que muitos imaginam. Assim, spam é o termo usado para se
referir às mensagens eletrônicas que são enviadas para você sem o seu consentimento — e que,
geralmente, são despachadas para um grande número de pessoas.
Esse tipo de “e-mail indesejável” contém, em sua grande maioria, propagandas. No entanto, em outras
ocorrências, essas mensagens contêm conteúdo mais agressivos (como vírus) e ainda conseguem obter
suas informações pessoais — como dados bancários, por exemplo.

Figura 17 – Exemplo de e-mail com spam

Dicas de Segurança
Quem envia essas mensagens em massa recebe o nome de spammer. Você já deve ter se questionado
“Como eles conseguem meu e-mail?”, não? Na maioria dos casos, os spammers conseguem seu endereço
através de programas que rastreiam a web atrás de tudo o que vem depois do símbolo @ (arroba).
Mas alguns cuidados podem ser tomados para que os spams sejam uma menor dor de cabeça em seu dia
a dia — e, especialmente, não sejam um risco à sua privacidade e segurança na internet. Confira:
1. Nunca responda spams. Se você fizer isso, estará apenas confirmando a existência do seu e-mail.
Desta forma, será alvo certo de lixo eletrônico.
2. Se você costuma se cadastrar em serviços online, evite cadastrar seu e-mail pessoal: crie uma conta
alternativa só para esse tipo de acesso.
3. Não clique em nenhum link duvidoso. Tome cuidado principalmente com mensagens do tipo: “Seu
CPF está bloqueado, clique aqui para regularizar sua situação” ou ainda “Fulano enviou um cartão para
você, clique aqui para ler o seu cartão”. Eles usam essa tática para enviar vírus aos usuários ou mesmo
para roubarem seus dados financeiros e pessoais.
4. Preserve seu e-mail. Evite fornecê-lo em chats e sites suspeitos.
5. Use “Cópia Oculta” ao enviar e-mails a muitos contatos. Essa é uma maneira de evitar que seu
endereço eletrônico circule pela rede caso seu destinatário encaminhe a mensagem que você enviou.

121
6. Como os spammers rastreiam tudo o que é escrito depois do símbolo @, alguns truques podem ajudar
a tornar mais difícil a captura do seu endereço eletrônico. Você pode, por exemplo, escrever seu e-mail
por extenso (seu email arroba gmail ponto com) ou ainda colocar uma imagem com o endereço ao invés
de texto.

Referencias.

MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica. – Recife: IFPE,
2014. 220 p. il.
MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Érica,
2013.
MEIRELLES, F. Informática: Novas aplicações com microcomputadores. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 2004.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PET CTC ENGENHARIAS. Apostila da Oficina de informática básica e mercado de trabalho.
Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/petctc/files/2019/04/apostila-informatica-basica.pdf.
Acesso em: 21 mar. 2021.

Atividades.
1. Realizar uma pesquisa na internet, referenciar o navegador Utilizado e o link onde buscou o
conteúdo sobre a Conceito e História da Internet, importância e formas de conexão. Comente
brevemente sua compreensão sobre a pesquisa para envio. Serão discutidos na próxima aula.

122
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS
QUANTITATIVOS APLICADOS A
ADMINISTRAÇÃO
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

123
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Operações Fundamentais Com Números Naturais
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Operações Fundamentais Com Números Naturais
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Operações Fundamentais Com Números Naturais

Adição

É a operação que permite determinar o número de elementos da união de


dois ou mais conjuntos:

1.004 Parcela
577 Parcela
+ 4 Parcela

1.585 Soma

Subtração

É a operação que permite determinar a diferença entre dois números naturais:


837 Minuendo
- 158 Subtraendo
679 Resto ou diferença

Multiplicação

A multiplicação é muitas vezes definida como uma adição de parcelas iguais:


Exemplo: 2 + 2 + 2 = 3 x 2 (três parcelas iguais a 2)

124
381 Multiplicando
x 23 Multiplicador
1143
+ 762
8763 Produto

Atenção:
Qualquer número natural multiplicado por zero é zero. Exemplo: 4 x 0=0

Divisão

É a operação que permite determinar o quociente entre dois números. A


divisão é a operação inversa da multiplicação.
Exemplo: 18 x 4 = 72 72 : 4 = 18

Termos Da Divisão:
Dividendo 4051 | 8 Divisor
- 40 506 Quociente
051
- 48
03 Resto
Atenção:
Quando o dividendo é múltiplo do divisor, a divisão é exata.
Exemplo: 16 : 8 = 2
Quando o dividendo não é múltiplo do divisor, a divisão é aproximada ou inexata.
Exemplo: 16 : 5 = 3 (resto = 1)

Numa divisão, em números naturais, o divisor tem de ser sempre diferente


de zero,isto é, não existe divisão por zero no conjunto de números naturais (IN).

Números Naturais - Exercícios

1) Complete as sucessões numéricas seguintes:


Exemplo: 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35

125
a) 7, 14, 21, ......, ......, ......, ...... b) 9, 18, 27, ......, ......, ......, ......
c) 11, 22, 33, ......, ......, ......, ...... d) 12, 24, 36, ......, ......, ......, ......
e) 15, 30, 45, ......, ......, ......, ......

2) Resolva:

a) 4 + 577 + 12 + 1.004 =
b) 285 + 122 + 43 + 8 + 7.305 =
c) 7.815 + 427 + 2.368 + 864 =

3) Escreva as denominações dos termos e do resultado da


adição:

623 ...................................
+ 321 ...................................
944 ...................................

4) Complete as sucessões numéricas


seguintes:Exemplo: 50, 46, 42, 38, 34,
30, 26, 22...
a) 50, 45, ......, ......, ......, ......, ...... b) 50, 44, ......, ......, ......, ......, ......
c) 80, 72, ......, ......, ......, ......, ...... d)108, 96, ......, ......, ......, ......, ......

5) Efetue as subtrações:

a) 196 - 74 =
b) 937 - 89 =
c) 4.800 - 2.934 =
d) 100.302 - 97.574 =
e) 1.301.002 - 875.037 =

6) Em uma subtração, o subtraendo é 165 e o resto é 428. Qual é o minuendo?

7) Qual é o número que somado a 647 é igual a 1.206?

8) De 94.278 subtraia 62.574. Tire a prova.

9) Efetue mentalmente:

a) 7 x 1 = b) 810 x 1 =
c) 8 x 10 = d) 72 x 10 =
e) 1705 x 10 = f) 9 x 100 =
g) 81 x 100 = h) 365 x 100 =
126
i) 43 x 1000 = j)12 x 1000 =
k) 170 x 100 = l) 3.800 x 1000 =

10) Complete:

a) Um produto é sempre uma adição de ............................... iguais.

b) O produto de vários fatores é zero, quando pelo menos um de seus fatores for
...............................
11) Complete:
a) 4 x 5 x 0 = b) 6 x 0 x 9 =
c) 0 x5 x8 = d) 1 x x8=0
e) 2 x 9 x =0 f) X 4 X 61 = 0

12) Escreva os termos da divisão:

13) Efetue:

a) 810 : 4 = b) 408 : 4 = c) 560 : 8 = d)12.018 : 6 =

14) O número 9 está contido em 3.663 ................... vezes.

15) Arme, efetue e verifique a exatidão das operações através de uma prova.

a) 8.750 + 3 + 1.046 =
b) 37.600 - 28.935 =
c) 2.091 + 45 =
d) 9.327 - 814 =
e) 3.852 + 208 =
f) 68.704 - 74 =
g) 1.419 + 87 =
h) 4.056 - 68 =

127
16) Resolva os problemas:

a) Um reservatório contém 400 litros de água e efetuamos, sucessivamente, as seguintes


operações:
 retiramos 70 litros
 colocamos 38 litros
 retiramos 193 litros
 colocamos 101 litros
 colocamos 18 litros
Qual a quantidade de água que ficou no reservatório?

b) Em uma escola estudam 960 alunos distribuídos igualmente em 3


períodos:manhã, tarde e noite. Pergunta-se:
 Quantos alunos estudam em cada período?
 Quantos alunos estudam em cada sala, por período, se há 16 salas de aula?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, José Roberto, et al. Matemática: fazendo a diferença. 1. ed. São Paulo: FTD, v.1, v.2, v.3
e v.4, 2006.
GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 8. ed. São Paulo: Àtica, v.1, v.2, v.3 e v.4,
1999.
DI PIERRO NETTO, Scipione. Matemática: conceito e história. 6.ed. São Paulo: Scipione, v.4, 1998.
SOUZA, Maria Helena & SPINELLI, Walter. Matemática. São Paulo: Ativa, v.6, 1999.
GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática: Uma nova abordagem. São Paulo:
FTD, v.1, 2000

128
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Múltiplos e Divisores
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 1.1 Múltiplos de um Número
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

1 - Múltiplos e Divisores

1.1 Múltiplos de um Número

Múltiplo de um número natural é o produto desse número por um outro número


natural qualquer.

Exemplo

M (2) { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, ...}


M (5) { 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, ...}
Atenção :
 Zero é múltiplo de todos os números.
 Qualquer número natural é múltiplo de si mesmo.
 O conjunto de múltiplos de um número é infinito.

1.2 Divisores de um Número

Um número é divisor de outro quando está contido neste outro certo número de
vezes. Um número pode ter mais de um divisor.
Por Exemplo, os divisores do número 12 são: 1, 2, 3, 4, 6, e
12.O conjunto dos divisores de 12 representamos assim:
D (12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}

129
Se um número é múltiplo de outro, ele é "divisível" por este outro.
Atenção:

 Zero não é divisor de nenhum número.


 Um é divisor de todos os números.

1.2.1 Critérios de Divisibilidade

Sem efetuarmos a divisão podemos verificar se um número é divisível por outro.


Basta saber alguns critérios de divisibilidade:
a) Por 2:Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6, ou 8.
Ou seja, quando ele é par. Exemplo: 14, 356, ...

Por 3:Um número é


divisível por 3 quando a
soma dos valores absolutos
de seus alg arismos for
divisível por 3.
Exemplo: 252 é divisível por 3 porque 2 + 5 + 2 = 9 e 9 é múltiplo de 3.

b) Por 4:Um número é divisível por 4 quando os dois últimos algarismos forem 0 ou
formarem um número divisível por 4.
Exemplo: 500, 732, 812

c) Por 5:Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.


Exemplo: 780, 935

d) Por 6:Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.


Exemplo: 312, 732

e) Por 9:Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos for divisível por 9.
Exemplo: 2.538, 7.560

f) Por 10:Um número é divisível por 10 quando termina em zero.


Exemplo: 1.870, 540, 6.000

1.3 Mínimo Múltiplo Comum

Chama-se Mínimo Múltiplo Comum de dois ou mais números ao menor

130
d
osmúltiplos comuns a esses números e que seja diferente de zero.
Exemplo:

Teremos:
Consideremos os números 3 e 4 e escrevamos alguns dos seus múltiplos.

M (3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36, ...}
M (4) = {0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, ...}
Observamos que há elementos comuns entre esses dois conjuntos. Portanto
a interseção entre eles será:
M(3) M(4) = {0, 12, 24, 36, ...}
m.m.c. (3, 4) = 12

12 é o menor múltiplo comum de 3 e 4.


São processos práticos para o cálculo do m.m.c. de dois ou mais números:
 Decomposição em Fatores Primos e
 Decomposição Simultânea.
1.3.1 ÚMERO PRIMO.

Número Primo é todo número que possui somente dois divisores: a unidade
Ele mesmo.
exemplo

1 1

5 13 9 3

5 13

 O número 5 é primo, porque tem apenas dois divisores:


 a unidade (1) e ele mesmo (5)
 O número 13 é primo, porque tem apenas dois divisores:
 a unidade (1) e ele mesmo (13).

 O número 9 não é primo, porque tem mais de 2 divisores: 1, 3 e 9.


Observe agora, os Exemplos:

2 3
8 4 15 5
131
15
1 é o único divisor comum a 8 e 15, por isso dizemos que 8 e 15 são primos entre si.
Dois ou mais números são primos entre si, quando só admitem como divisor
comum a unidade.
1.3.2 Decomposição de um Número em Fatores Primos

A decomposição em fatores primos é feita através de divisões sucessivas por


divisores primos.

Exemplo:
30 2 o menor divisor primo de 30 é 2: 30 : 2 = 15
15 3 o menor divisor primo de 15 é 3: 15 : 3 =5
5 5 o menor divisor primo de 5 é 5: 5: 5 =1
1

Para decompor um número em seus fatores


primos:1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor
primo;
2º) Dividimos o quociente pelo seu menor divisor primo;
3º) E assim sucessivamente, até encontrarmos o quociente 1.

1.3.3 1º Processo: Decomposição em Fatores Primos

Para determinar o m.m.c. através da decomposição em fatores primos


oufatoração, procedemos da seguinte forma:
1. Decompomos em fatores primos os números apresentados.

Exemplo: 15 e 20
15 3 20 2
5 5 10 2
1 5 5
1

2. Multiplicamos os fatores primos comuns e não comuns com seus maiores expoentes.
15 = 3 x 5 - 20 = 22 x 5

3. O produto será o m.m.c. procurado:

m.m.c. = (15, 20) = 22 x 3 x 5 = 4 x 3 x 5 = 60

132
1.3.4 2º Processo: Decomposição Simultânea

Podemos também determinar o m.m.c. através da decomposição


simultânea (fatoração dos números ao
mesmo tempo).
Exemplo:
a) Calcular o m.m.c. (12, 18).

Solução: decompondo os números em fatores primos, teremos:


12 18 2
6 9 2
3 9 3
Portanto: m.m.c. = 22 x 32 ou
1 3 3
2 x 2 x 3 x 3 = 36
1

b) Determinar o m.m.c. (14, 45, 6)

14 45 6 2
7 45 3 3
7 15 1 3
7 5 5
7 1 7
1

Portanto o m.m.c. 2 x 32 x 5 x 7
ou2 x 3 x 3 x 5 x 7 = 630
Atenção:
O m.m.c. de números primos entre si é igual ao produto desses números.

1.4 Exercício - Mínimo Múltiplo Comum

1) Escreva até 6 múltiplos dos números:

a) M (3) = ..............................................................
b) M (4) = ..............................................................
c) M (5) = ..............................................................
d) M(10) = ..............................................................
e) M(12) = ..............................................................
133
2) Escreva os divisores dos números dados:

a) D (8) = ..............................................................
b) D (12) = ..............................................................
c) D (36) = ..............................................................
d) D(15) = ..............................................................
e) D(24) = ..............................................................

3) Escreva um algarismo para que o número fique divisível por 3:


A) 134
B) 73

4) Risque os números divisíveis:

134
5) Escreva, no ESPAÇO INDICADO, um algarismo conveniente para que o número
formado seja divisível por:

a) dois e três: 4 0

b) cinco: 5 7

c) cinco e dez: 8 4

d) dois e cinco: 1 5

6) Determine usando a fatoração:

a) m.m.c. (12, 15) =


b) m.m.c. (6, 12, 15) =
c) m.m.c. (36, 48, 60) =

7) Calcule:

a) m.m.c. (5, 15, 35) =


b) m.m.c. (54, 72) =
c) m.m.c. (8, 28, 36, 42) =
d) m.m.c. (4, 32, 64) =

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, José Roberto, et al. Matemática: fazendo a diferença. 1. ed. São Paulo: FTD, v.1, v.2, v.3
e v.4, 2006.
GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 8. ed. São Paulo: Àtica, v.1, v.2, v.3 e v.4,
1999.
DI PIERRO NETTO, Scipione. Matemática: conceito e história. 6.ed. São Paulo: Scipione, v.4, 1998.
SOUZA, Maria Helena & SPINELLI, Walter. Matemática. São Paulo: Ativa, v.6, 1999.
GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática: Uma nova abordagem. São Paulo:
FTD, v.1, 2000

133
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Porcentagem
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Porcentagem
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Porcentagem

exemplo Você já deve, muitas vezes, ter ouvido falar na expressão "por cento". Por

 O preço da gasolina aumentou trinta por cento.


 Esta roupa tem vinte por cento de desconto.
 Quinze por cento dos alunos não compareceram à escola hoje.
Para a expressão "por cento" usamos o símbolo %. "Por cento" quer dizer uma
determinada quantidade em cada cem. Se, por exemplo, numa avaliação de matemática de
100 questões, Paulo acertou 70, isto quer dizer que ele acertou 70% das questões dadas, isto é,
acertou 70 em 100.

Você percebeu que: O "cento" é uma maneira diferente de dizer "centésimos":

70 100
70 em 100 =

134
= 0,70 = 70 %

2) 800 x 30 = 24.000
24.000 : 100 = 240

4.1 Exercícios Porcentagem

1) Observe a forma fracionária dada e represente-a sob a forma de porcentagem:

2) Represente a porcentagem dada sob a forma de fração:

a) 99% b) 42% c) 50%

3) Calcule:

a) 20% de 800 =
b) 10% de 350 =
c) 18% de 1.400 =

135
4 Observe o quadro abaixo dividido em 100 partes iguais e marque 38%:

AGORA RESPONDA:
a) Quantos quadradinhos você marcou?.............................
b) Quantos sobraram?.........................................................
c) Qual a porcentagem que sobrou?...................................

5 - Num colégio, 40% dos alunos são meninos. Qual é a porcentagem de meninas?

6 Uma cidade tem 987.500 habitantes, 36% são crianças.

7 Quantas crianças tem a cidade?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, José Roberto, et al. Matemática: fazendo a diferença. 1. ed. São Paulo:
FTD, v.1, v.2, v.3 e v.4, 2006.
GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 8. ed. São Paulo: Àtica,
v.1, v.2, v.3 e v.4, 1999.
DI PIERRO NETTO, Scipione. Matemática: conceito e história. 6.ed. São Paulo:
Scipione, v.4, 1998.
SOUZA, Maria Helena & SPINELLI, Walter. Matemática. São Paulo: Ativa, v.6, 1999.
GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática: Uma nova
abordagem. São Paulo: FTD, v.1, 2000

136
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Relação e funções.
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Produto cartesiano.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Relação e funções.
Produto cartesiano.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por B esse indica A X B (A


cartesiano B) conjunto cujos elementos são todos os pares ordenados (x, y), onde o primeiro
elemento de cada par pertence a A e o segundo do B.

Exemplo.
Dados A={1,2,3} e B={2,4}
Então: A X B = {(1,2), (1,4), (2,2), (2,4), (3,2), (3,4)}

Podemos apresentar o produto cartesiano em:

Diagramas de setas

A B

1 2
2
4
3

137
Ou graficamente:
Sistemas de coordenadas cartesianas

1 2 3

Exercícios.

1 – Sendo.
A = {3,5} e {1,4}
a) A X B b) B X A

2 – Dados:
M = {0,5} e {N}
Determine
a) M X N

b) N X M

c) Em diagramas de setas.
MXN NXM

M N N M

-1 -1 0
0
0 0
5 5
5 5

138
3 – Sendo:

A={1,2}, B={0,1}, e C={0}

determine

a) AXA
b) AXB
c) AXC
d) BXB
e) BXC
f) CXC
g) CXA
h) CXB

4 – Represente graficamente, usando o sistema de coordenadas cartesianas, os produtos


cartesianos do exercício anterior.

5 – Dado o produto cartesiano A x B = {(1,-1), (1,2), (1,3), (2,-1, (2,2), (2,3)} determine os
conjuntos de A e B.

139
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, José Roberto, et al. Matemática: fazendo a diferença. 1. ed. São Paulo: FTD,
v.1, v.2, v.3 e v.4, 2006.
GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 8. ed. São Paulo: Àtica, v.1,
v.2, v.3 e v.4, 1999.
DI PIERRO NETTO, Scipione. Matemática: conceito e história. 6.ed. São Paulo: Scipione,
v.4, 1998.
SOUZA, Maria Helena & SPINELLI, Walter. Matemática. São Paulo: Ativa, v.6, 1999.
GIOVANNI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática: Uma nova abordagem.
São Paulo: FTD, v.1, 2000

140
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS
OPERACIONAIS CONTABEIS I
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

141
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da contabilidade como
ferramenta para as decisões administrativas e para o funcionamento da organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do plano de
contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de resultado chegando
ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade. Representação gráfica
do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas. Métodos de
escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa.

NOTA: antes de começar a estudar contabilidade e para maior entendimento você deve
imaginar que você e a empresa, tudo o que acontece com a empresa, esta acontecendo com
você. Exemplo se a empresas compra algo, quem compra e você. Quando a empresa vende,
quem vende e você. Sugerimos um video que narra a História da Contabiliade no youtube o
link esta disponível no final do material.
CONCEITO CONTABILIDADE

A Contabilidade é um instrumento fundamental para o perfeito funcionamento das


organizações.
“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativo
aos atos e fatos da administração econômicas” (1. Congresso Brasileiro de Contabilidade –
1924)

É um sistema de registro e apuração ou medição da riqueza (Marion 1989);

É conceituada como a ciência que estuda controla o patrimônio das entidades e suas
variações, pelos efeitos das atividades desenvolvidas pela empresa”. (Jacinto, 1990)

‘’É conceituada como a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades”. Franco,
1997)

“É uma ciência concebida para coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos

142
que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade.”
(Crepaldi, 1999)

Em suma é a metodologia especialmente concedida para captar, registrar, resumir e


interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de
qualquer entidade com fins lucrativos ou não.
Logo, Contabilidade é uma ciência (social) que tem por objeto o patrimônio das entidades e
por objetivo o controle desse patrimônio, com a finalidade de fornecer informações a seus
usuários. Em vários livros, a Contabilidade é apresenta: azienda como seu campo; o
patrimônio como seu objeto e as partidas dobradas como método por ela eleito.

É uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do
patrimônio da empresa.

TÉCNICA
Para alcançar seus objetivos a Contabilidade utiliza de técnicas contábeis, que são definidas
como o conjunto de procedimentos contábeis para registrar ou levantar os fatos contábeis.
As principais técnicas contábeis são:

1 - Escrituração Contábil: É a técnica por meio da qual se efetuam os registros das


ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade. Estas ocorrências recebem a
designação de fatos contábeis.
2 – Demonstrações Contábeis: As informações contábeis são organizadas utilizando-se
demonstrativos, os quais permitem, por meio de suas análises, avaliar a situação econômica
e financeira das entidades.
3 - Auditoria Contábil: É a técnica contábil que consiste no conjunto de procedimentos
técnicos que tem como objetivo avaliar se as demonstrações contábeis de uma entidade
econômico-administrativa retratam sua real situação patrimonial, assim como o de verificar
se estas demonstrações foram elaboradas conforme os Princípios Fundamentais da
Contabilidade e de acordo com determinações legais pertinentes.
4 - Análise das demonstrações: É uma função que tem como metodologia comparar receita,
lucro ou patrimônio liquido em um mesmo período para informar ao sistema sua evolução
contábil. Ou seja, é de fato analisar e extrair alguma informação das demonstrações
contábeis.

OBJETIVO
O objetivo da contabilidade é o PATRIMÔNIO, manifesta-se na correta apresentação do
patrimônio e na sua apreensão e analise das causas das suas mutações.
143
O objetivo de estudo da contabilidade é o PATRIMÔNIO e seu campo de aplicação são
entidades econômico-administrativo.

FINALIDADE
A finalidade da contabilidade e a de controlar o Patrimônio com objetivo de fornecer
informações sobre a sua composição e suas variações.
Para alcançar sua finalidade ela processa o registro de todos os fatos relacionados aformação,
movimentação e as variações do patrimônio administrativo vinculado a entidade,objetivando
assegurar seu controle e fornecer dados e informações aos sócios, clientes, fornecedores,
bancos, governo e acionistas etc; as quais facilitam o planejamento para as tomadas de
decisões.

CAMPO DE APLICAÇÃO
É uma azienda (palavra italiana que significa fazenda). Azienda é uma entidade, com ou sem
fim lucrativo, com objetivo social ou econômico, de ordem econômico-administrativa, isto
é, possui patrimônio a controlar.
Denota-se que o conceito de azienda é mais amplo do que o conceito de empresa, pois, a
azienda engloba todos os tipos de entidades, comerciais ou filantrópicas (sem fins
lucrativos), públicas ou privadas, de pessoas físicas ou jurídicas, legalmente constituídas ou
não, isto é, aziendas são as instituições e as empresas, enquanto que o conceito de empresa
envolve apenas a atividade lucrativa.

USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

Qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados (normalmente
fornecidos pela Contabilidade) de uma entidade (internos e externos).

De acordo com a Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) n. 29, a


contabilidade é e deve ser um instrumento gerencial de tomada de decisão. Na verdade, ela
coleta e registra todos os dados econômicos mensurados monetariamente que são
transformados em relatórios. A contabilidade tem duas funções:
Função Administrativa – controlar o patrimônio da entidade, tanto sob o aspecto estático
(controlar sua posição em dado momento–fazer o balanço), quanto dinâmico (controlar suas
mudanças quantitativas e qualitativas);
Função Econômica - apurar o resultado (lucro ou prejuízo) da entidade. Para executar tais
funções a contabilidade utiliza:
Coleta de dados – levantamentos que ocorrem dentro da empresa;
Registro dos dados – registro dos fatos contábeis. Esse registro é feito em ordem cronológica,
o que dá à contabilidade informações sobre a história do patrimônio;
144
Relatórios – com base nos registros realizados, expomos periodicamente, por meio de
demonstrativos, a situação econômica, financeira e patrimonial.

Nos falamos muito no termo PATRIMÔNIO, pois bem: na proxima semana vamos aprender
o que é o patrimônio?

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017.
232 p.: il.

Atividades.

1. Complete:
A principal finalidade da Contabilidade é fornecer sobre o ,
informações essas de ordem econômica e , que facilitam assim as
, tanto por parte dos administradores ou como também
por parte daqueles que pretendem na empresa.

2. São usuários da Contabilidade:


a. Fornecedores, Clientes e Estoques
b. Dinheiro, Bancos e Governo
c. Mercadorias, Patrimônio e Empresas
d. Fornecedores, Clientes, Bancos, Administradores

3. Responda:
a) O que é contabilidade?
b) De o conceito de Patrimônio?
c) O que são Bens; Direitos e Obrigações? Cite 3 exemplos de cada.

145
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da contabilidade
como ferramenta para as decisões administrativas e para o funcionamento das
organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do plano de
contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de resultado chegando
ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade. Representação
gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa.

Vimos a importância de estudar contabilidade, afinal ela envolve uma série de


conhecimentos úteis no dia a dia, como análise financeira de pessoas físicas e negócios. A
área é bastante ampla e inclui várias vertentes, cada uma com as suas especialidades e
peculiaridades.

PATRIMÔNIO

CONCEITO
É o conjunto de BENS, DIREITOS E OBRIGACOES, pertencente a uma pessoa física ou
jurídica.

BENS: São coisas que satisfazem necessidades humanas e que são suscentaveis de
avaliação econômica, ou seja, tem um preço, todas as coisas que pertencem a você ou a
uma firma.

O PATRIMÔNIO E COMPOSTO POR:


Bens materiais = veículos, mercadorias, imóveis, moveis, maquinas,
dinheiro, etc.
Bens imateriais = Marcas e patentes, pontos comerciais.

146
DIREITOS
Valores a receber, são bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros.
Ex. Duplicatas a receber, títulos a receber, imposto a recuperar, adiantamento a
empregados, nota promissória a receber, etc.

OBRIGACOES:
Valores a pagar, são bens de propriedade de terceiros que se encontram em nosso poder.
Ex, Duplicatas a pagar, títulos a pagar, nota promissória a pagar, fornecedores, salários a
pagar, impostos a pagar, contas a pagar e etc.

GRAFICO PATRIMONIAL

Contabilmente o Patrimônio e apresentado através de um Gráfico composto de duas


colunas.

Na coluna da esquerda figuram os Bens e direitos, representando a parte positiva do


Patrimônio que é o ATIVO.

Na coluna da esquerda figuram as Obrigações representando a parte negativa do


patrimônio, que é o PASSIVO. A diferença entre este dois e que resultar na situação líquida
(Patrimônio Líquido).

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS

PATRIMONIO
BENS OBRIGAÇOES

DIREITOS PATRIMONIO LIQUIDO

PATRIMONIO LIQUIDO

O patrimônio líquido e a parte positiva que pertence aos proprietários da entidade.


Representa a Grandeza Patrimonial. O patrimônio líquido e composto por:
Capital social
Reservas
Lucro ou Prejuízo acumulados

Numa primeira definição, podemos dizer que o Patrimônio Líquido e a diferença entre
o valor do ATIVO e do PASSIVO de uma entidade, em um determinado instante.
Apesar de figurar na coluna do passivo, o patrimônio líquido não pertence a este. Por
aparecer no lado do passivo sem, no entanto ser Passivo, o patrimônio líquido também
e conhecido como PASSIVO FICTICIO, enquanto as obrigações representa o
PASSIVO REAL.
147
Obs: o patrimônio líquido não representa divida da entidade com os sócios, pois eles
não emprestam recursos para a entidade, apenas entregam, para que com eles forme o
patrimônio liquido, haja vistos que sem dinheiro a empresa não tem como iniciar suas
atividades.

CAPITAL SOCIAL – Recursos que os sócios emprestam para a empresa para que ele
possa existir.

FORMAS DE CAPITAL
- Capital nominal – investimento inicial dos proprietários, só será alterado quando os
proprietários realizarem investimentos adicionais, ou seja, aumento de capital.
- Capital Próprio – ele abrange tanto o capital inicial, ou seja, o capital Nominal e suas
variações. E composto capital Nominal e o lucro ou prejuízo.
- Capital de Terceiros- Corresponde ao investimento feito na empresa com recursos
proveniente de terceiros e representado pelo Passivo.
- Capital a disposição da empresa - e a somatória dos capitais de terceiros e próprio.
- Capital a integralizar- e o valor que os sócios se propuseram a investir na empresa,
mas ainda não colocou na empresa.
- Capital Circulante- e o excesso do Ativo circulante sobre o passivo circulante. E
conhecido como capital de giro.

SITUAÇÃO LIQUIDA PATRIMONIAL – e representa as situações patrimoniais. E


que percebemos como esta situação financeira das empresas.

1- Situação liquida positiva – Bens + Direitos > OBRIGACOES = lucro

2- Situação liquida negativa – Bens + Direitos < Obrigações = Prejuízo 3-

Situação liquida Nula -Bens + Direito = Obrigações = Nulo ou 0

Exemplo:
1- se o ativo for maior que o passivo a situação liquida será positiva ou seja lucro.
2- se o ativo for menor que o passivo a situação liquida será negativa ou prejuízo
Se o ativo for igual ao passivo a situação será nula ou zero, ou seja não teve lucro mas
também não teve prejuízo.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.

148
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017.
232 p.: il.

Atividades.

1. Classifique os elementos patrimoniais do quadro a seguir em:


 Bens ou Direitos ou Obrigações
 Positivo ou Negativo
 Ativo ou Passivo

Nº ELEMENTOS A B C
1 Aluguéis a Pagar
2 Aluguéis a Receber
3 Armário de Aço
4 Carnês a Receber
5 Casa
6 Clientes
7 Cofre
8 Computadores
9 Dinheiro
10 Duplicatas a Pagar
11 Duplicatas a receber
12 Fornecedores
13 Imóveis
14 Impostos a Pagar
15 Instalações
16 Prateleiras
17 Promissórias a Pagar
18 Promissórias a Receber
19 Salários a Pagar
20 Veículos

149
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da contabilidade
como ferramenta para as decisões administrativas e para o funcionamento das
organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do plano
de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de resultado
chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da técnica
contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade. Representação
gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

OS ATOS E FATOS CONTABEIS E AS VARIACOES PATRIMONIAIS. CONCEITO

Os atos contábeis ou administrativos são aqueles que modificam qualquer elemento do


patrimônio, tais como: digitar uma carta, passar mail, atender telefone etc.

Os fatos contábeis ou administrativos são os que modificam a estrutura patrimonial, em


seus elementos e valores.

Classificação dos fatos contábeis:


Fatos permutativos-são fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigações sem,
entretanto, alterar a situação liquida do patrimônio. Estes refletem trocas entre os
elementos patrimoniais, tais como bens por bens, bens por obrigações, direito por bens,
etc. de forma não alterar o patrimônio.
Exemplo: Compra de veiculo ( a vista ou a prazo) Compra de terreno ( a vista ou a prazo)
Compra de mercadorias (avista ou a prazo)
Fatos Modificativos: são aqueles que modificam o patrimônio (bens, direito e obrigações)
modificando a sua situação liquida, como a receitas e a despesas. Podem ser:
Fatos modificativos aumentativos:- são aqueles que alteram o patrimônio aumentando
o seu patrimônio liquido. RECEITAS: Receita de aluguel., Receita de juros. Fatos
modificativos diminutivos: são aqueles que alteram o patrimônio diminuindo o seu
patrimônio líquido DESPESAS: pagamento de aluguel, despesas financeiras, pagamento
de juros, etc.
Fatos mistos: é aquele em que ocorre combinam os fatos permutativo e modificativo ao
mesmo tempo. Os fatos mistos podem ser:

150
Fato misto aumentativo; Venda de mercadorias a vista com lucro. Pagamento de
duplicatas com desconto. Recebimento de duplicatas com juros.
Fato misto diminutivo: Venda de mercadorias com prejuízo Pagamento de duplicatas
com juros.

Variações Patrimoniais
Representam alterações nos elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações), podendo
ou não acarretar alterações no Patrimônio Líquido fora do controle da empresa. São
classificadas em:
-Variações Patrimoniais Quantitativas: São oriundas de fatos administrativos que
promovem alteração no patrimônio líquido.
-Variações Patrimoniais Qualitativas: São oriundas de fatos administrativos que alteram a
composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. São provenientes
de fatos permutativos.
-Variações Patrimoniais mistas: São oriundas de fatos administrativos que alteram a
composição dos elementos patrimoniais e simultaneamente modificam o patrimônio
líquido. São provenientes de fatos mistos. De igual modo às variações patrimoniais
quantitativas, as variações patrimoniais mistas também são subdivididas em aumentativas
e diminutivas.

CONCEITO DE CREDITO E DEBITO

Primeiro de tudo, essa história de "debito é negativo" e "crédito é positivo" deve-se


puramente ao fato de que estamos acostumados com nossos extratos de banco, que na
verdade são os lançamentos contábeis DO BANCO e não os nossos. Assim, estamos
acostumados a ver a contabilidade AO CONTRÁRIO.

Na contabilidade, existem os seguintes grupos: ATIVO, PASSIVO, RECEITA E


DESPESAS. Cada um desses grupos tem uma natureza (uma característica) “DEVEDORA
OU CREDORA”, nunca vai mudar, sempre será da seguinte forma:

ATIVO > DEVEDORA > PASSIVO – CREDORA (Balanço Patrimonial, Balancete,


Razão).

RECEITA – CREDORA > DESPESA – DEVEDORA (DRE, Balancete, Razão).


151
OBS.: Dentro de todos esses grupos existem contas que são RETIFICADORAS (também
chamadas REDUTORAS), isto é, são contas que, embora apareçam num determinado grupo
patrimonial (ATIVO ou PASSIVO, etc.) têm saldo contrário em relação às demais contas
desse grupo. Desse modo, uma conta retificadora do ATIVO terá natureza CREDORA, bem
como uma conta retificadora do PASSIVO terá natureza DEVEDORA e assim por diante.
As contas RETIFICADORAS reduzem o saldo total do grupo em que aparecem, geralmente
aparecem com um sinal de menos ( - ) antes do nome da conta.

Mas por que o ativo é débito e o passivo é crédito?

Porque temos o ATIVO como a APLICAÇÃO DE RECURSOS (QUANDO DÉBITO =


APLICAÇÕES). É no ATIVO que estão os Bens e Direitos da empresa, é aonde está a
aplicação do dinheiro investido na empresa, logo o ATIVO tem natureza DEVEDORA.

Já no PASSIVO temos as ORIGENS DE RECURSOS (QUANDO CRÉDITO =


ORIGENS). É no PASSIVO que estão as Obrigações da empresa, seja ela com sócios
(Patrimônio Líquido), seja ela com terceiros (Passivo circulante e exigível a Longo Prazo).
São as dívidas geradas para que a empresa possa exercer as suas atividades (funcionar), logo
o PASSIVO tem natureza CREDORA.

*A mesma regra aplica-se para as Receita e as Despesas.

OS ATIVOS E PASSIVOS PODEM SER DIVIDIDOS EM CIRCULANTES E


NÃO CIRCULANTES
Ativos circulantes são todos os bens e direitos que podem ser consumidos ou convertidos em
dinheiro no curto prazo, ou seja, até o final do exercício social seguinte ao da elaboração do
Balanço Patrimonial, como dinheiro em caixa, estoques e contas a receber no curto prazo.
Passivo circulante é representado por todas as contas a pagar num curto prazo, como salários
e encargos, fornecedores, empréstimos e financiamentos.
Ativos e passivos circulantes podem ser entendidos como o dinheiro que entra e sai
diariamente da empresa. São direitos e obrigações a curto prazo.
Ativo não circulante são todos os bens e direitos que a empresa não conseguirá converter em
dinheiro no curto prazo, considerando normalmente um ano. Exemplos: imóveis, máquinas
e equipamentos, móveis, marcas e patentes.
Passivo não circulante representa todas as contas a pagar no longo prazo, por exemplo,
empréstimos, dividendos e impostos a serem pagos nos próximos exercícios.

*Ativo Circulante - Disponibilidades = Caixa e Equivalentes de Caixa


Ativo Não Circulante - Imobilizações
Contas a Receber - Ativo Circulante e Ativo Não Circulante Realizações de Curto e Longo
Prazos
Contas a Pagar – Passivo Circulante e Passivo Não Circulante - Exigíveis de Curto e Longo
Prazos

*Equação Básica da Contabilidade:


152
Patrimônio =Ativo Circulante + Ativo Não Circulante -Passivo Circulante +Passivo Não
Circulante

O Ativo Não Circulante abrange grupamentos outrora denominados como Realizável a


Longo Prazo e Ativo Permanente.
O Passivo Não Circulante abrange os grupamentos outrora denominados como Exigível a
Longo Prazo e Resultados de Exercícios Futuros.
Ativos são: Bens (Investimentos Permanentes, Imobilizado), Direitos (Intangível), Valores
(Caixa, Bancos, Investimentos Temporários = Equivalentes de Caixa)
Passivos são: Obrigações (Fornecedores, Obrigações Financeiras, Obrigações Trabalhistas
e Previdenciárias, Obrigações Fiscais e Tributarias, Ouras Contas a Pagar)

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade Geral Fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017.
232 p.: il.

Atividades.
1. Qual a distinção entre Ato Administrativo e Fato Administrativo:
a) O primeiro constitui-se em prática administrativa que não modifica materialmente o
patrimônio, enquanto que os fatos provocam alteração patrimonial.
b) Não há em verdade diferença.
c) O primeiro altera qualitativamente o patrimônio, enquanto que o segundo não provoca
alteração alguma.
d) O primeiro, quando ocorre, altera de imediato o patrimônio da empresa, enquanto que o
segundo somente provoca alteração no exercício seguinte.
e) O primeiro altera o patrimônio e o segundo não.

2. Na tabela a seguir, analise as contas contidas na Primeira coluna, classificando as


nas colunas conforme segue:
Segunda Coluna: (A) para Ativo; (P) para Passivo; (D) para Despesa; (R) Receita
Terceira Coluna: (D) se o saldo for devedor; (C) se o caldo for credor

153
3. Relacione a coluna da direita com a da esquerda, com referência aos grupamentos de
contas do balanço patrimonial.

1. Ativo circulante ( ) Impostos que serão recolhidos no ano seguinte.


2. Ativo realizável a longo ( ) Capital social.
prazo ( ) Marcas e patentes e direitos autorais
3. Investimentos ( ) Estoques de mercadorias destinadas a venda.
4. Ativo imobilizado ( ) Máquinas e equipamentos da fábrica.
5. Ativo intangível ( ) Empréstimo concedido a sócios.
6. Patrimônio líquido ( ) Participações no capital social de outras
7. Passivo circulante companhias.
8. Passivo Não Circulante ( ) Dívida com fornecedores a ser liquidada a curto
prazo.

154
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da contabilidade
como ferramenta para as decisões administrativas e para o funcionamento das
organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do plano de
contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de resultado chegando
ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade. Representação
gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa.

CONTAS

Conceito de contas:

Contas são denominações contábeis que identificam e controlam os elementos contábeis


de natureza semelhantes.
Conta e a representação de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um
titulo que qualifica um componente do patrimônio ou sua variação patriomonial (Hilário
Franco)
“Conta e a representação gráfica da relação debito-credito de um fato administrativo”
(Milton Augusto Walter)
Conta e a representação gráfica das mutações patrimoniais de uma mesma espécie e
agrupadas sob um titulo, referente a uma pessoa. ( Newton Jacques Stuart).

Em suma são denominações contábeis que identificam e controlam os elementos contábeis


de natureza semelhante. É o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bens,
direitos, obrigações e patrimônio líquido) e aos elementos do resultado (receitas e despesas).

•Contas sintéticas: Representam o agrupamento de contas identificadas pela sua


característica ou origem de forma consolidada ou resumidas, preocupando-se em demonstrar
os valores totais de um determinado grupo de contas. Ex. Caixa, Banco, Veículos.
•Contas analíticas: São aquelas que especificam o saldo individual de cada elemento
patrimonial. Ex. Caixa SP, Caixa RS, Gol, Monza, Banco Itaú. O elenco de contas é
denominado Plano de Contas, mas esse assunto será tratado adiante

A perfeita classificação das contas pressupõe o conhecimento ou a definição da natureza

155
que ela representa. São termos técnicos usados na contabilidade para as classificação de
contas usadas pelas empresas, e um guia que norteia os trabalhos contábeis de registro
de fatos e atos inerentes a empresa e serve de parâmetro para a elaboração das
demonstrações financeiras.
Tem por finalidade principal estabelecer normas de conduta para o registro das
operações da organização e atender as necessidades das empresa.

As contas podem ser classificadas de acordo com vários critérios, entretanto, aquele
que nos interessa é o que as classifica em dois grupos:

1. Contas Patrimoniais: As patrimoniais são as que representam os bens, direitos,


obrigações e o patrimônio líquido da empresa. Por exemplo, conta caixa, conta bancos
movimento, conta capital social, conta estoques de produtos acabados, conta reserva de
ágio na emissão de ações.
CONTAS DO ATIVO / CONTAS DO PASSIVO E CONTAS DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO – evidenciadas no Balanço Patrimonial.

2. Contas de Resultado: As contas de resultado são as receitas e despesas. Elas não


estão no balanço patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou
prejuízo. Aparecem na demonstração do resultado do exercício. Por exemplo, receita de
vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobre vendas, despesas operacionais.
CONTAS DE DESPESA E CONTAS DE RECEITAS

Receitas são entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou serviços
que sempre provocam um aumento na situação líquida (patrimônio líquido).
Despesas são gastos incorridos para direta ou indiretamente gerar receitas, sempre
provocando diminuição na situação líquida (patrimônio líquido).

GRAVE-SE:

Contas patrimoniais: Ativo, passivo e patrimônio líquido


Contas de resultado: Receitas e despesas

Dessa forma, a função das contas de resultado é analisar:


Receitas; Custos; Despesas.

As receitas são, via de regra, o dinheiro oriundo da venda dos serviços ou produtos ofertados
pela empresa, podendo ser classificadas em receitas operacionais (ex: A venda de armário
de cozinha, a montagem de um armário de cozinha) ou não operacionais (ex: A venda de um
veículo ou de uma máquina da sociedade) e receitas financeiras. Com isso, são analisados
tanto o recurso que já está em caixa quanto as quantias que deverão ser recebidas em curto
e médio prazo. Esses dados têm impacto direto nas contas patrimoniais. Isso porque as
receitas afetam o ativo do empreendimento.

156
Os custos, por sua vez, contabilizam os gastos decorrentes da atividade-fim da companhia,
preço pelo qual se obtém um bem, direito ou serviço. Toda empresa tem um custo para
manter-se aberta. E esse valor varia de acordo com uma série de fatores. Podem ser
classificados em Direto ou Indireto, Fixo ou Variável.

As despesas, em geral, cobrem gastos administrativos, como aluguel, água, luz e folha de
pagamento de funcionários de setores auxiliares. É o encargo necessário para comercializar
os bens ou serviços objetos das atividades, bem como para a manutenção da estrutura
empresarial independentemente de sua frequência. Despesas: Decorrem do consumo de bens
e da utilização de serviços, visando direta ou indiretamente a obtenção de Receitas. As
despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de
representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Podem ser: Operacionais
(comerciais, financeiras, administrativas e despesas gerais). Não Operacionais (antecipadas
e pré-operacionais
Os dados dos custos e despesas, por sua vez, alteram o valor do passivo.

A forma como estas contas são calculadas vai variar de acordo com os princípios contábeis
utilizados pela empresa. Se a companhia trabalha com regime de caixa, os dados serão
calculados a partir do fato contábil.
Por sua vez, no regime de competência o registro ocorre quando as receitas são registradas
no momento em que ocorrem, independentemente do recebimento. O mesmo ocorre com as
despesas e custos.
Sobre as contas:

Teoria das Contas

157
• Teoria Personalista à as contas representam pessoas que se relacionam com a
entidade em termos de débito e crédito;
• Teoria Materialista · as contas e a entidade mantêm uma relação material, e não
pessoal;
• Teoria Patrimonialista à o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades e
a sua finalidade é o controle do patrimônio, a apuração dos resultados e a prestação de
informações;

Destaque para a Apuração do Resultado do Exercício, onde há o confronto entre as


contas de despesa e receita. Para efeito de apuração do resultado do exercício, existe a
independência dos períodos.

As contas patrimoniais terão saldo apurado ao final de um ano para outro de cada
período.
As contas de resultado terão saldo encerrado ao final de cada período e o resultado seja
positivo ou negativo será transferido para o patrimônio líquido através da conta de
Lucro ou prejuízo acumulado. Quando as despesas forem maiores do que as receitas
a empresa terá um prejuízo.
Quando as receitas forem maiores do que as despesas a empresa terá lucro.
Quando as despesas forem iguais às receitas, o resultado será nulo, ou seja, não terá
nem lucro e nem prejuízo.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade Geral Fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017.
232 p.: il.

Atividades.
4. Defina contas, tipos e exemplifique.

5. Na evolução da contabilidade existiram escolas que desenvolveram estudos


especializados no campo da Teoria das Contas, com destaque para as escolas Personalista,
Materialista e Patrimonialista.
Nos termos da escola Patrimonialista, as contas são classificadas como:
a) Ativas e Passivas
b) Integrais e Diferenciais
c) Patrimoniais e de Resultado
158
d) Ativas, Passivas e de Resultado
e) Ativas, Passivas, de Patrimônio Líquido e Diferenciais

6. Relacione a primeira coluna com os itens da segunda:


1. Resultado ( ) Receita menos despesas de determinado período.
2. Passivo ( ) Aplicação de recursos da qual se espera a geração de
3. Receita benefícios.
4. Ativo ( ) Recursos financiados por terceiros.
5. Despesa ( ) Geração de recursos provenientes das atividades da entidade.
( ) Consumo de recursos em decorrência das atividades da
empresa.

159
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR:
PORTUGUES INSTRUMENTAL
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

160
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: O processo comunicativo e seus elementos
OBJETO DE CONHECIMENTO: Proporcionar conhecimentos teóricos e práticos
referentes à língua portuguesa, possibilitando, dessa forma, leitura e produção de textos
variados que motivem por excelência a boa atuação do educando na vida profissional.
HABILIDADE (S):Analisar, entender, discutir os textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Reconhecer marcas do relacionamento entre palavras
e frases no processo de comunicação e seus elementos.
INTERDISCIPLINARIDADE: Linguagens e suas tecnologias e ciências humanas e
sociais.
ATIVIDADES

O PROCESSO COMUNICATIVO E SEUS ELEMENTOS


Fonte: de onde parte a mensagem
Ex.: Pedro não tem computador. Por isso, ele pediu que João escrevesse um e-mail para
Maria, em seu nome, para dizer que a ama. Maria leu o e-mail. No caso acima, Pedro é a
fonte pois a mensagem partiu dele.
Emissor: é quem transmite a mensagem.
Ex.: Pedro não tem computador. Por isso, ele pediu que João escrevesse um e-mail para
Maria. Em seu nome, para dizer que a ama. No caso acima, João é o emissor, uma vez que
ele está passando a mensagem.
Mensagem: é a ideia que se quer transmitir.
Ex.: Pedro não tem computador. Por isso, ele pediu que João escrevesse um e-mail para a
Maria, em seu nome, para dizer que a ama. No caso acima, a mensagem é “eu te amo.”
Canal: é o meio pelo qual se passa a mensagem. Pode ser natural (meios sensoriais) ou
tecnológico (todo e qualquer recurso que não use o corpo).
Ex.: Pedro não tem computador. Por isso, ele pediu que João escrevesse um e-mail para
Maria, em seu nome, para dizer que a ama. No caso acima, o canal é tecnológico.
Ex.: Pedro fez um coração no ar para Maria. No caso acima, o canal é natural.
Código: é um conjunto de sinais estruturados usados por uma comunidade linguística. Pode
ser verbal (usa a palavra escrita ou falada) ou não-verbal (sinais, cores, desenhos, entre
outros recursos).

161
Ex.: Pedro não tem computador. Por isso, ele pediu que João escrevesse um e-mail para
Maria, em seu nome, para dizer que a ama, no caso acima, o código é verbal, tendo em
vista que a mensagem foi escrita.
Ex.: Pedro fez um coração no ar para Maria. No caso acima, o código é não-verbal, pois a
mensagem foi transmitida por meio de um sinal.
Receptor ou recebedor: é aquele que recebe a mensagem e tem o importante papel de
repassá-la, quando for o caso para o destinatário.
Ex.: Pedro pediu para Joana dizer a Maria que a ama. No caso acima, Joana é o receptor
porque repassará a mensagem de Pedro para Maria.
Destinatário: é a quem a mensagem se destina.
Ex.: Pedro pediu para Joana dizer a Maria que a ama. No caso acima, Maria é o destinatário,
pois a mensagem é para ela e não para Joana.

FATORES QUE PODEM ATRAPALHAR A COMUNICAÇÃO

Ruído: é qualquer intervenção que atrapalhe a transmissão de uma mensagem. Ex.: Som
alto, televisão ligada, roupas extravagantes.
Entropia: é uma mensagem desordenada, que não tem início nem fim. Muitas vezes não
tem sentido. Ex.: Pegar eu Maria.

Redundância: é a repetição da mesma mensagem com outras palavras. Ao mesmo tempo


que ela tenta assegurar a compreensão da mensagem, pode passar também que o emissor
não domina outro assunto ou não acredita na capacidade de compreensão de seu ouvinte.
Ex.: Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS.
“Adoro tomar CANJA DE GALINHA.”

QUALIDADES DE UM BOM TEXTO

Elegância: É preciso utilizar a norma culta para exprimir suas ideias e pensamentos.
Coesão

162
A mensagem somente expressará clareza caso as ideias estejam ordenadas e dispostas entre
si de maneira satisfatória. Para tanto, faz-se necessário que haja uma perfeita e harmoniosa
ligação entre os parágrafos, caracterizada por meio do encadeamento semântico (relativo
ao significado) e do encadeamento sintático (representado pelos mecanismos que unem
uma oração à outra).
Concisão: Ser conciso significa não abusar das palavras para expressar uma ideia. Dentro
do texto, é recomendável ir direto ao assunto e eliminar tudo o que for desnecessário e
inútil.
Clareza: Consiste na expressão de ideias de forma que estas possam ser compreendidas
com maior rapidez pelo leitor. Ser claro significa ser coerente, evitando desobedecer às
normas da língua portuguesa, construir parágrafos longos ou usar vocabulário impreciso.
Nunca use gírias, frases prontas ou ditos populares- isso pode prejudicar a sua pontuação.
Repetição de palavras: usar o mesmo termo no texto, sem substituí-lo, demonstra falta de
vocabulário. Ex.: Maria é uma boa aluna. Maria estuda todos os dias um pouco de cada
conteúdo. Maria é bem-conceituada com professores e Maria terá, certamente, um futuro
brilhante.
Excesso de que- orações muito longas apresentam vários que, deixando o texto arrastado.
Ex.: Eu disse que gostaria que ela pedisse seu presente logo e que isso iria facilitar a vida
dele.
Aliteração: repetição do mesmo som. Ex.: O suave som de sua voz soa muito bem emenda
vogais- na sequência frasal, se escolhermos palavras que terminam e começam com a
mesma vogal, damos um tom deselegante ao texto. Ex.: Ela avisou do perigo.
Cacofonia: repetição de sons desagradáveis ou formação de palavras chulas na sequência
frásica. Ex.: A boca dela é muito bonita.
Rima: é a combinação sonora geralmente no final da palavra. Ex.: O coração grandão do
Pedrão ganhou o amorzão de Maria.

163
ATIVIDADES

Elementos da comunicação
1-O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasada para o jantar.
Nessa situação, podemos dizer que o canal é:

a) O pai

b) a filha

c) fios de telefone

d) o código

e) a fala

2- Assinale a alternativa incorreta:


a) Só existe comunição quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado.
b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código.
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos formados de palavras, desenhos,
números, etc.
d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras.
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias
maneiras, criando novas mensagens.

3-Umas das pessoas é convidada para uma palestra em espanhol, a pessoa não aceita o
convite, pois não sabia falar fluente a língua espanhola.
Se essa pessoa tivesse aceitado fazer essa palestra seria um fracasso por que?
a) Não dominava os signos
b) Não dominava o código
c) Não conhecia o referente
d) Não conhecia o receptor

164
e) Não conhecia a mensagem

4-Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz
um gesto pedindo para ele parar. Nesse trecho o gesto que o guarda faz para o motorista
parar. Podemos dizer que é:
a) O código que ele utiliza
b) O canal que ele utiliza
c) Quem recebe a mensagem
d) Quem envia a mensagem
e) O assunto da mensagem

5-A mãe de Felipe o sacode levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”.
O que está destacado é:
a) O emissor
b) O código
c) A mensagem
d) O referente

6- Podemos afirmar que referente é:


a) Quem recebe a mensagem
b) O assunto da mensagem
c) O que transmite a mensagem
d) Quem envia a mensagem
e) O código usado para estabelecer comunicação
7- Quais são os elementos básicos do processo de comunicação?

8- Estabeleça a relação entre as colunas numerando a segunda de acordo com os elementos


do processo de comunicação expressos na primeira:
(1) emissor ( ) Língua Portuguesa formal.
(2) receptor ( ) Diário oficial, documentos e publicações.

165
(3) código ( ) Órgãos Públicos e público em geral.
(4) canal ( ) programa e projetos da Administração Pública.
(5) mensagem ( ) informações, comunicados e registros.
(6) contexto ( ) Órgãos públicos.

9-O padrão exigido pela linguagem formal é:


a) O regionalismo
b) a norma culta
c) a gíria
d) o coloquialismo

10-Que tipos de linguagem devemos adotar ao redigir uma mensagem de correio eletrônico
institucional.

REFERÊNCIAS: CETEC- CENTRO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E


CONSULTORIA; PROFESSORA ERIKA

166
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Linguagem, Comunicação e Interação.
OBJETO DE CONHECIMENTO: Compreender a língua como fenônemo histórico, cultural,
social, variável heterogênea e sensível aos contextos de uso.
HABILIDADE(S): Reconhecer e usar estratégias de enunciação na compreensão e na
produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Empregar a variedade e o estilo de linguagem
adequados à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero.
INTERDISCIPLINARIDADE: Linguagens e suas tecnologias e ciências humanas e
sociais.
ATIVIDADES

Leitura e Compreensão de Textos da área Profissional


A leitura é um hábito poderoso que nos proporciona conhecimento.
A leitura contínua não influencia apenas nas habilidades de leitura, compreensão e escrita,
mas também na interpretação de textos.
Aprimorar o hábito de leitura é muito benéfico para desenvolvimento pessoal, pois reflete
diretamente na vida profissional do indivíduo. A Leitura é um exercício que estimula a
criatividade, trabalha a imaginação, melhora a escrita, exercita a memória, aumenta a
criatividade, etc.
A interpretação textual permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se
amplia no entendimento da sua essência e ideia principal. Trata-se de uma competência
imprescindível no mercado de trabalho, compreender as relações semânticas.
Falar de forma clara e objetiva permite elaborar argumentos e expor opiniões. A leitura é
necessária para a maioria das atividades cotidianas. Boa parte das informações utilizadas no
dia-a-dia é transmitida por meio da escrita. Portanto saber formar as palavras se torna
imprescindível.
Qual a importância do conhecimento de mundo para a interpretação de um texto?
O conhecimento linguístico, o conhecimento textual, o conhecimento de mundo devem ser
ativados durante a leitura para poder chegar ao momento da compreensão, momento esse que
passa despercebido, em que as partes discretas se juntam para fazer um significado.
Qual a importância do conhecimento prévio?

167
Possibilita a relação do aluno com o que será ensinado e deve ser aproveitado pelo professor.
Essa prática didática de acionar os conhecimentos prévios muito discutidos em reuniões
pedagógicas e de pais, não é apenas uma escuta do professor, é muito mais que isso.
Os gêneros textuais são de muita ou suma importância para conexões entre as atividades
discursivas propostas pela escola, e a vida do aluno na sociedade, vê-se a utilização de
gêneros textuais diversificadas. Como uma forma de aproximar o discente (aluno) das
situações originais de ensino.
Temos exemplos de gêneros textuais:
Artigos, poemas, cardápios, cartas de apresentação de leitor, artigos de opinião, noticias
blogs, e-mail em textos que atendem as necessidades de quem os escreve, apresentando
finalidades distintas e definidas.
O que é compreensão de texto?
Compreender um texto significa ser capaz de fazer uma leitura objetiva e entender o que está
escrito de forma objetiva, decodificando e analisando as sentenças presentes no corpo textual.
A compreensão é o momento no qual você percebe quais são as principais palavras de cada
ideia e quais são os dados e as informações possíveis de serem coletadas.
Nas provas, a compreensão do texto costuma ser cobradas em exercícios que começam com:
“De acordo com o texto”; “Segundo a publicação”; “O texto informa que”; “No texto”;
“Tendo em vista o texto”, ou seja, a resposta aqui deverá levar em conta o que está escrito
literalmente no texto a ser avaliado.
O que é interpretação de texto?
A interpretação de texto vai um pouco além da compreensão através de uma analise mais
subjetiva do que o autor quis dizer com o que escreveu. Trata-se, portanto, do que o autor
deixou subtendido, ou seja, do que podemos concluir para além do que está escrito.
Uma boa interpretação de texto está diretamente ligada á sua bagagem de leitura, por isso é
importante ler frequentemente a respeito de diversos assuntos, principalmente História,
Geografia, Geopolítica, Atualidades, Meio Ambiente, Economia, Saúde.
Nos enunciados de exercícios de interpretação de texto temos expressões como: “Podemos
deduzir”; “Ao falar sobre X, o autor quis dizer que”; “Com o apoio do texto, infere-se que”;

168
“Diante do que foi exposto pode-se concluir que “; “O texto nos permite entender que”; “O
texto encaminha o leitor para”.
REFERÊNCIAS
MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: configuração dinamicidade e circulação. Inkwork,
A.M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K.S. (Orgs). Gêneros textuais: reflexões e ensinos. São
Paulo: Parábola editorial, 2011.
. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial
2008.
www.todoestudo.com.br// www.concursonobrasil.com.br.

ATIVIDADES
1. Qual a importância do hábito de leitura?

2. O que a leitura estimula?

3. Qual a importância da interpretação de texto para o mercado de trabalho?

4. Quais os benefícios que a leitura pode trazer?

5. Qual a importância do conhecimento do mundo para a interpretação de um texto?

6. Qual a importância de compreender e interpretar um texto de maneira clara e objetiva?

169
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Linguagem, comunicação e interação.
OBJETO DE CONHECIMENTO: Análise e reflexão da linguagem, língua e a interação.
HABILIDADE(S): Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na
compreensão e na produção textual, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Leitura e interpretação de textos.
INTERDISCIPLINARIDADE: Linguagens e suas tecnologias e ciências humanas e
sociais.
ATIVIDADES

LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO


As pessoas se comunicam entre si, ou seja, o que uma diz acaba provocando uma reação na
outra, e vice-versa. Isso provoca uma reação que responde com outra pergunta. Assim, surge:
A comunicação ocorre quando interagimos com pessoas utilizando linguagem.
Para se comunicar, as personagens da tira não utilizam apenas palavras. Elas sorriem,
gesticulam, fazem expressões corporais e faciais. Tudo isso- palavras, gestos, expressões
corporais e faciais- é linguagem.
Linguagem é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si.
LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO VERBAL
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (falada ou escrita), existem
também as linguagens não verbais, como a música, a dança, a mímica, a pintura, a fotografia,
a escultura, etc., que possuem outros tipos de unidade – o gesto, o movimento, a imagem, etc.
Há, ainda, as linguagens mistas, como as histórias em quadrinhos, o cinema, o teatro e os
programas de TV, que podem reunir diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o
figurino, a música, o cenário, etc.
Mais recentemente, com o aparecimento da informática, surgiu também a linguagemdigital,
que permite armazenar e transmitir informações em meios eletrônicos.
As pessoas se inter-relacionam e interagem por meio da linguagem por meio da linguagem.
Assim, pode-se dizer que a comunicação nascida da interação entre pessoas foi construída
solidariamente por elas, que são no processo comunicativo.
A LÍNGUA

170
Língua é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as
pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem.
A língua pertence a todos os membros de uma comunidade; por isso faz parte do patrimônio
social e cultural de cada coletividade. Como ela é um código aceito por convenção, um único
indivíduo, isoladamente, não é capaz de cria-la ou modifica-la. A fala e a escrita, entretanto,
são usos individuais da língua. Ainda assim, não deixem de ser sociais, pois, sempre que
falamos e escrevemos, levamos em conta quem é o interlocutor e qual é a situação em que
estamos nos comunicando.
CÓDIGOS
Código é uma convenção estabelecida por um grupo de pessoas ou por uma comunidade.
Por meio de códigos são construídas e transmitidas mensagens com rapidez. Por essa razão, é
comum encontrarmos códigos na rua, no trânsito, em rodoviárias, aeroportos, shopping
centers, etc. São códigos os sinais de trânsito, os símbolos, o código Morse, as buzinas dos
automóveis, as indicações de caixas em bancos ou de vagas em estacionamentos reservadas
para idoso, etc.
Código é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a construção e
transmissão de mensagens.

171
ATIVIDADES

Leia as tiras a seguir, de Laerte e responda às questões 1 a 3.

1- Que tipo de linguagem é utilizado nos quadradinhos?

2-O humor da primeira tira é construído a partir da relação entre dois tipos de linguagem.
Identifique as linguagens e explique essa relação.

3- Na segunda tira, o humor é construído a partir da sobreposição de duas áreas do


conhecimento: uma cientifica e outra técnica.
a) Quais são essas áreas?

b) Que relação existe entre os papéis que as personagens estão desempenhando na tira e as
palavras escritas na parte de trás de sua roupa?

172
4- Leia este cartum, de Quino:

O cartum satiriza o hábito de alguns caminhoneiros e de colocar mensagens na parte traseira


do caminhão.
a) Que tipo de ameaça o motorista do caminhão faz aos outros motoristas?

b) Em que línguas a mensagem é escrita?

c) Logo, deduza: Quem são os interlocutores que o motorista do caminhão tem em vista?

d) Onde reside o humor do cartum?

REFERÊNCIAS

CEREJA, WILLIAN ROBERTO E MAGALHÃES, THEREZA COCHAR Português


Linguagens; literatura produção de texto gramática. São Paulo: Saraiva, 2020

173
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Variação Linguísticas
OBJETO DE CONHECIMENTO: Relacionar as variedades linguísticas, em matérias de
jornal à diversidade de destinatários, gêneros e temas abordados.
HABILIDADE(S): Compreender a língua como fenômenos cultural, histórico, social,
variável, etc. e como instrumento de construção da identidade de seus usuários e da
comunidade q que pertencem.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Interpretar efeitos de sentido decorrentes de
variedades linguísticas e estilistas usadas em um texto.
INTERDISCIPLINARIDADE: Linguagens e suas tecnologias e ciência humanas e sociais.
ATIVIDADES

Variação linguística são os diferentes modos de uso da língua. Vamos relembrar quais são
os dois níveis de variação linguística que estudamos?

A variedade padrão da língua é aquela que segue as regras estabelecidas pela gramática
normativa. Ela é usada em situações formais, em documentos oficiais e nas escritas escolares
e acadêmicas, além de ter maior preocupação com a pronúncia das palavras e a ausência de
gírias.

A variedade coloquial é aquela utilizada no nosso dia a dia, de maneira corriqueira. Essa
variedade não tem tanto compromisso com a gramática normativa. Por isso, não segue com
tanto rigor as regras da língua. O objetivo do falante ao usar a linguagem coloquial é
transmitir a mensagem, não se preocupam do tanto em como a mensagem está estruturada.

De maneira simplificada, podemos considerar a existência de quatro tipos gerias de variação:

Variação sociocultural – Aspecto que se relaciona: Grau de escolaridade, sexo, idade,


profissão, condições econômicas do falante e grupo social do qual ele faz parte.

Variação situacional – Aspecto que se relaciona: Situação particular, específica em que o


falante utiliza a linguagem.

Variação histórica – Aspecto que se relaciona: Tempo (época) em que o falante vive.

Variação geográfica – Aspecto que se relaciona: Região em que o falante vive.

As Variações Linguísticas caracterizam:

174
Variação sociocultural – refere-se às diferenças linguísticas relacionadas aos inúmeros
aspectos sociais e culturais característicos de cada falante: idade, profissão, sexo, formação
escolar, grupo social, nível econômico etc.

Variação situacional – relaciona-se às diferentes formas que um falante pode escolher para
se comunicar, dependendo da situação de comunicação.

Variação histórica – relaciona-se à mudanças que ao longo do tempos, vão acontecendo na


língua, principalmente na grafia e em certas palavras e expressões.

Variação geográfica – refere-se às diferenças no vocabulário e no sotaque dos falantes,


dependendo do lugar ou região em que vivem.

Assistir o vídeo link: https://youtu.be/y19s9Sprglk

Agora que já relembramos, vamos às atividades?

ATIVIDADES

1- Indique qual é a variante linguística utilizada em cada uma das frases seguintes:

a) E aí, mano? De boa? Tá a fim de ir na festa hoje? A parada vai bombar!

b) Está aberta a solenidade de formatura dos concluintes do curso de Letras da


universidade. Com a palavra, vossa magnificência reitor João.

c) Oh, manhê... deixa eu ir na casa da minha amiga rapidinho. Juro que volto logo.

2 - Leia o texto seguinte:

175
Vício na fala

Oswald de Andrade

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados.

Vício na fala. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/7794/vicio-na-fala>. Acesso em: 18


jan. 2021.

O autor compara duas variantes linguísticas. Quais são elas? Transcreva pelo menos três
palavras que representem cada uma das variantes utilizadas no texto.

3 - A adequação linguística é uma noção importante, pois é fundamental sabermos qual


variedade usar, a depender da situação comunicativa em que estamos falando ou escrevendo.
Escreva, para cada situação comunicativa seguinte, a variação linguística mais adequada
para o contexto.

a) Roda de amigos da escola:

b) Escrita de texto na escola:

c) Conversa com um advogado:

176
d) Festa de família:

REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Plano de Estudo de Tutorado. Vol. VII/1º ano, 2020.


MINAS GERAIS. Plano de Estudo de Tutorado. Vol. VIII/1º ano, 2020.

177
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS
ECONOMICOS
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 4
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de seleção
responsáveis, das ideias e de maior aprendizado,
Para ajudá-lo(a) nesse por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um esforço
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação de síntese. Como resultado, duas
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, coisas acontecem.
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas Em primeiro lugar, quem anota
Entretanto, como incentivo atividades para que você entende mais, pois está sempre
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao fazendo um esforço de captar o
de estudo, preparamos para seu aprendizado. âmago da questão.
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas Repetindo, as notas são nossa
de estudo dividido em dicas para te ajudar: tradução do que entendemos do
semanas /meses e aulas que conteúdo.
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina;
Os conceitos principais de  Defina um local de Caro(a) estudante, busque anotar
cada aula serão apresentados estudos; Tenha sempre o que compreendeu de cada
e em seguida o estudante será equilíbrio; assunto estudado.
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus Não fique limitado aos textos
atividades. colegas; Peça ajuda a sua contidos nas aulas.
Para respondê-las, ele família; Pesquise em outras fontes como:
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu livros, internet, revista,
fontes variadas disponíveis favor. documentos, vídeos etc.
em sua residência.
É de suma importância que Contamos com seu esforço
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades. .

Contamos com sua valiosa


colaboração!!

178
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Economia
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Economia
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Economia
Ouvimos diariamente nos noticiários, muitas informações sobre a situação econômica do
país e do mundo, informações essas que nem sempre são bem compreendidas. Então convido
você para estudarmos um pouco sobre o assunto
Conceito
“Economia é um estudo da humanidade nas atividades correntes da vida; examina a ação
individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das
condições materiais do bem-estar” (MARSHALL apud ROSSETTI, 2003, p. 45).
Para entender economia é necessário saber que as pessoas têm necessidades, como: de
alimentar-se e de respirar; que são de natureza biológica. Como sabemos, o ser humano vive
em sociedade e se relaciona com outras pessoas, por causa disso surgem outras necessidades
que são relativas à vida em grupo, como: educação, transporte coletivo; caracterizando as
necessidades sociais.
Agora você já sabe que temos necessidades individuais (Alimentar, respirar, etc.) e coletivas
(educação, transporte coletivo, etc.), e que para satisfazê-las é necessário o consumo de
produtos e serviços. Vamos agora pensar um pouco sobre os fatores de produção necessários
para a composição dos produtos e serviços que consumimos diariamente

179
Trabalho: este item está relacionado com o ser humano. Dentro do processo de produção o
homem contribui de forma significativa de duas maneiras: através da atividade física ou
intelectual, também conhecida como Mão de Obra;
Capital: para facilitar o trabalho humano foi necessária a produção de ferramentas,
equipamentos de segurança, máquinas, tecnologia de informação, que aumentam a eficiência
do trabalho e atendem maior demanda de produtos e serviços;
Recursos naturais: é o conjunto de recursos extraídos da natureza, que servem para a
produção de bens e serviços, também conhecida como matéria-prima. Exemplo, a terra
(utilizada na agricultura), a água (utilizada na irrigação e geração de energia).
Bens – é o resultado da produção econômica, mercadorias que atendem as necessidades
humanas de forma direta ou indireta, por exemplo, alimentos, eletrodomésticos, roupas etc.

Serviços – são atividades realizadas por indivíduos e empresa, para satisfazer as


necessidades humanas, mas não é tangível, por exemplo, consulta médica, serviço de
manutenção, limpeza, telefonia etc.

Riqueza
“A riqueza, portanto, é um conceito bastante geral, que agrega as disponibilidades de
recursos naturais de um país, sua população e tudo o que a economia produziu ao longo de
sua existência, e que foi preservado” (SILVA 1992, p.13).
180
A riqueza de um país é composta de alguns elementos:
recursos naturais - a terra agricultável, as reservas minerais, de petróleo e os mananciais de
água;
tecnologia - instalações das indústrias;
logística - estradas, pontes e portos;
patrimônio histórico - monumentos históricos, museus, obras de arte, bibliotecas e outros;
população - força de trabalho
Atividade econômica
É composta pelos agentes econômicos que são os elementos que participam do processo,
representados por comerciantes, que através da sua atividade organiza os fatores de
produção, o trabalhador vendendo sua força de trabalho e o consumidor com a função de
adquirir os produtos e serviços, alimentando o sistema produtivo.

Os problemas de ordem econômica


Agora chegou a hora de identificar os problemas econômicos. Reconhecemos que a
economia envolve a produção de bens e serviços e o seu consumo, satisfazendo as
necessidades individuais e coletivas. Sabe- -se que as exigências de consumo das pessoas
têm aumentado cada vez mais. Vamos pensar que até as necessidades biológicas se
transformam em desejos. Uma pessoa que está com sede, por exemplo, pode não querer
simplesmente beber água, e desejar tomar algum refrigerante ou outra bebida mais
sofisticada. Atualmente as pessoas necessitam de carros, geladeiras, televisão, rádios,
educação, cinemas, livros, relógios, computadores, casas, rede de esgoto etc.
Outro fator importante é o aumento da procura de bens e serviços. Para atender a essa
demanda é necessária a combinação dos fatores de produção, que são limitados e escassos,
não existindo na quantidade desejável. Alguns países não têm terra agricultável o suficiente
para produção de alimentos que atenda sua população, água potável, petróleo, minério etc.
A escassez justifica a existência da teoria econômica. de um lado estão os fatores disponíveis
para a produção que é limitada, do outro lado as necessidades humanas a serem satisfeitas,
o que os economistas chamam de lei da escassez. Essa lei nos leva a refletir sobre a
necessidade de se reduzir os desperdícios, e consequentemente, produzir o máximo de bens
e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade
O problema fundamental é a impossibilidade de atender plenamente as necessidades
humanas. A seguir, questões importantes nos ajudam a refletir sobre o problema da escassez
Prezado(a) estudante, estas imagens ilustrativas de uso restrito da água fez você refletir? Este
seria um problema para produção de alimentos na região agrícola, ou de abastecimento de
sua cidade?
Caso não, podemos exemplificar os problemas econômicos e de subsistência que a falta de
água e de terra não arável tem ocasionado aos moradores da região árida do nordeste
brasileiro. Se pensarmos de maneira global, diversos países no continente africano também
181
enfrentam este grande problema, ocasionado pela escassez de água e de produção de
alimentos.
O sistema econômico
Você sabe o que é sistema econômico?
O sistema econômico é a reunião de todos os elementos que estão envolvidos no processo
de produção de bens e serviços para atender as necessidades da sociedade. Sua organização
deve considerar diferentes pontos de vista, tais como: o social, jurídico, institucional e, claro,
o econômico.
Em outras palavras, podemos dizer que o sistema econômico é a interação e a interligação
de todos os itens integrantes da cadeia produtiva, tendo como resultado a produção bens ou
serviços. E para isso é necessário que seja feita a seguinte reflexão:

Se você trabalha, peço que reflita sobre o produto e o serviço que a sua empresa oferece ao
mercado. Com certeza as atividades da sua empresa e os seus produtos finais foram
orientados por esses questionamentos, não foram?
É possível estender essa reflexão para os produtos ou serviços desenvolvidos por sua
empresa. Antes dos produtos acabados chegarem aos estabelecimentos comerciais para
serem vendidos aos consumidores finais, foi necessária a disponibilização das chamadas
matérias-primas, as quais precisaram ser trabalhadas ou modificadas (o que geralmente é
feito pela indústria) no intuito de darem origem aos produtos finalizados e prontos para o
consumo.
Agora se você ainda não está trabalhando e não conseguiu contextualizar o processo
produtivo, não se preocupe
Peço que você pegue a embalagem de um produto de sua preferência. Vamos supor que você
escolheu um pacote de bolachas. Na embalagem, procure identificar os ingredientes
utilizados em sua composição. Esses ingredientes, também conhecidos como matérias-
primas, precisaram passar por um processo de transformação, até ser tornarem as tão
deliciosas bolachas, que por final tiveram que ser disponibilizadas e vendidas pelo comércio.

182
Antes que este produto chegasse até a suas mãos e suprisse o seu desejo ou necessidade de
consumo, ele foi pensado levando em consideração os questionamentos citados
anteriormente. O que produzir? Como produzir? E para quem produzir?
Até chegar ao produto final a ser consumido, todo produto em seu processo produtivo
interage ou interliga diversos setores, que compõem o sistema econômico, nossa matéria
seguinte.
Com certeza você conseguirá contextualizar, seja na empresa em que trabalha ou diante de
um produto que você consome, em qual setor da economia as suas atividades estão
concentradas.

A composição do sistema econômico


O sistema econômico é composto por três setores básicos:
• setor primário – são as unidades voltadas para a agricultura, pecuária, extrativismo vegetal
e de extração de minérios, ligadas à utilização dos recursos naturais sem modificá-los, por
exemplo, criação de gado, plantio, pesca, extração de minério de ferro, etc. Os produtos desse
setor são conhecidos também como matérias-primas;
• setor secundário – são as unidades ligadas à atividade industrial, transformação de recursos
naturais em produtos e serviços, por exemplo, as indústrias de automóvel, de refrigerantes e
de roupas;
• setor terciário – são as unidades prestadoras de serviços, o seu produto é intangível e muito
importante no sistema econômico, por exemplo, os bancos, as escolas, empresas de
transporte, o comércio, etc
Para que tenhamos uma ideia do desenvolvimento de um país temos que observar os três
setores que fazem parte do sistema. A concentração em um dos setores indica o nível de
desenvolvimento do país; um sistema que concentra maior atenção no setor primário tem
baixo desenvolvimento. Se no secundário tem alto desenvolvimento, o importante é buscar
o equilíbrio. Os três setores interagem entre si, conforme podemos ver na figura 9

183
Microeconomia
A microeconomia trata do comportamento individual dos agentes econômicos. Para ela esses
agentes são as famílias, as empresas e o governo, sendo que cada um desses agentes é
abordado individualmente.
A microeconomia que se preocupa de estudar os elementos mais simples do sistema
econômico, como o consumidor individual, ou seja, a pessoa que se dirige ao mercado com
uma determinada renda para adquirir bens e serviços. Outro exemplo do objeto de estudo da
microeconomia é a unidade produtora tomada isoladamente (SILVA, 1993, p.42).
Por exemplo, a microeconomia volta a sua atenção ao mercado, onde ocorre a formação de
preços de diversos produtos e serviços. Preços ditados pela ação simultânea da ação da oferta
e demanda. Outros exemplos de estudos da microeconomia são os estudos das preferências
do consumidor, os lucros das organizações, e os estudos das transformações e
disponibilização dos produtos no mercado.
Com relação a esse último exemplo, você se lembra da relação entre os setores da economia?
A microeconomia ainda estuda as práticas de mercado, como monopólio, oligopólio e tipos
de concorrência. Sobre esses tipos de mercado,

Macroeconomia
A macroeconomia, por sua vez, trata de aspectos globais que envolvem e afetam a todos os
agentes econômicos, geralmente de uma nação. Analisa vários indicadores tais como
poupança, desemprego, produção total.
De acordo com Silva (1992, p. 43), “macroeconomia preocupa-se em estudar o conjunto dos
consumidores de uma sociedade”.
Seu interesse é determinar os fatores que influenciam o nível total de renda e do produto do
sistema econômico. Os seus principais objetivos são: o desenvolvimento da economia, o
pleno emprego e o controle da inflação.
Quando ouvimos nos noticiários informações referentes a produto interno bruto – PIB,
desemprego e inflação, trata-se dos índices relacionados à macroeconomia.
Como você pode observar essa divisão da economia em microeconomia e macroeconomia
uma completa a outra. Que tal realizarmos uma atividade para um melhor entendimento
dessa questão?
O tema desta aula é muito importante para o desenvolvimento desta disciplina. Para fazer
uma pesquisa de mercado é preciso entender a dinâmica da economia, portanto, compreender
esses conceitos ajudará nas aulas seguintes.

Atividades de aprendizagem
1. Explique com suas palavras o que você entendeu sobre economia e cite os fatores de
produção.

184
2. Liste cinco exemplos de produtos e serviços consumidos imediatamente pelas pessoas e
outros cinco itens de produtos e serviços incorporados pela sociedade. Use exemplos
diferentes dos citados pelo professor.

3. A partir dos seus novos conhecimentos sobre os setores primário, secundário e terciário
da economia, utilize o exemplo da produção da bolacha para apontar quais foram os setores
da economia que estiveram implícitos desde a produção ate a comercialização desse produto.
4. De acordo com que aprendemos sobre Micro (os fatores que compõe a microeconomia e
macroeconomia) marque a opção que corresponde aos seus devidos fatores:
a) Quando ouvimos uma notícia relacionada à falta de mão de obra qualificada para a
construção civil. Esta notícia esta relacionada à:
( ) Microeconomia
( ) Macroeconomia
b) Recentemente, alguns países da União Europeia estão enfrentando uma grave crise
econômica. Esta notícia esta relacionada à:
( ) Microeconomia
( ) Macroeconomia
c) O início do ano letivo é período de aumento nas vendas de produtos escolares. Os pais
devem estar atentos aos preços das mercadorias e devem sempre fazer uma boa pesquisa,
pois os preços podem variar muito entre um e outro estabelecimento comercial. Esta notícia
está relacionada à:
( ) Microeconomia
( ) Macroeconomia
d) Brasil reduz juros para estimular o crescimento da economia. O Banco Central do Brasil
cortou em 0,25 pontos porcentuais a taxa básica de juros do mercado nesta quinta-feira, numa
decisão surpresa para estimular o brando crescimento econômico do país. Foi a primeira
redução da taxa desde o período mais duro da crise financeira de 2008/09. Esta notícia
relacionada à:
( ) Microeconomia
( ) Macroeconomia
e) O desemprego brasileiro caiu para 6% em abril, ante 6,2% em março, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta- -feira. O resultado do mês passado
é o melhor para abril desde 2002, quando iniciou-se a série histórica. Esta notícia esta
relacionada à:
( ) Microeconomia
( ) Macroeconomia
185
5. De acordo com conceitos estudados identifique a principal atividade econômica da sua
região e seus principais problemas?

Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à economia.
23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

186
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Estrutura de mercado
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Mercado
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Estrutura de mercado
Mercado
O que é mercado? Você saberia responder essa pergunta?

Conhecer o conceito de mercado é muito importante, pois o mercado dentro do sistema


econômico é formado pelas pessoas que compram e pelas pessoas que vendem. O resultado
dessa relação é o encontro da oferta com a de- manda. As pessoas que compram são os
clientes, e as que vendem podemos classificar como empresas. Esse é o processo que segue
o mercado, como aponta a figura ao lado.

187
Para que você compreenda bem o conceito de mercado vamos no decorrer desta aula utilizar
ilustrações demonstrando o quanto todos nós estamos imersos nele.
As pessoas possuem necessidades e desejos infinitos. Na medida em que suprimos uma
dessas necessidades, com certeza uma nova estará para surgir. Para supri-las sempre
recorremos ao mercado para comprar aquilo que que- remos. Quando fazemos isso, estamos
demandando produtos ou serviços, enquanto aqueles que nos atendem vendendo os seus
produtos ou serviços, são os que ofertam.

A figura seis nos dá um exemplo claro de uma das nossas contínuas necessidades, adquirir
os alimentos. Seguindo o mesmo raciocínio, poderíamos exemplificar a nossa necessidade
por comprar roupas, eletrodomésticos, veículos e muitos mais. Você pode compreender?
A relação entre a demanda e oferta determina o preço dos produtos e serviços a serem
negociados. Dessa forma, temos as seguintes situações:
• oferta de produtos maior que a demanda, a tendência é que os preços diminuam;
• demanda maior que oferta de produtos, a tendência é que os preços aumentem.
Vamos usar o tomate como exemplo, quando está no período da safra o preço abaixa. Isto
ocorre porque há uma grande oferta, ou seja, disponibilidade de tomates no mercado.
A oferta de tomate diminui no mercado, quando está no período da entressafra. O preço
aumenta nessa época, pois, normalmente, o consumo é contínuo durante todo o ano e, por
haver menos produto no mercado, a tendência é dos preços do produto aumentarem. Para
que se tenham preços favoráveis aos consumidores e para empresários realizarem seus
negócios é necessário que se tenha um equilíbrio.
Classificação dos Mercados
Agora você já sabe que o mercado é constituído pela oferta de produtos pelos empresários e
de clientes dispostos a comprá-los. Para se conhecer um pouco mais sobre o que é mercado,
é importante que você saiba que os mercados estão classificados em monopólio, oligopólio
ou concorrência monopolista. Ao longo deste tópico estudaremos:
Monopólio – Configura-se pela unicidade do produtor ou fornecedor, por tratar de produtos
insubstituíveis no mercado. Caso o produtor ou fornece- dor de serviços encerre suas
atividades o mercado deixaria de existir, e como nesse caso não possui concorrente, ele não
188
seria mais fornecido. Hoje essa situação dificilmente ocorreria, são raros os produtos que
não tem mais de um fabricante, ou tenha produtos similares. Uma possibilidade de acontecer
essa falta de um produto está ligada, por exemplo, a serviços como forneci- mento de água
ou energia em uma cidade.
No Brasil, podemos citar alguns exemplos de monopólios. Os serviços de entregas de cartas
e encomendas pelos Correios, a exploração dos serviços de jogos pela Loteria Federal e ainda
a extração de petróleo pela Petrobras.
Nos exemplos citados, podemos dizer que existem outras empresas que exploram os mesmos
serviços. Mas tente imaginar se a partir de hoje, estas empresas fossem extintas, o que
aconteceria com os serviços? As outras empresas conseguiriam atender toda a demanda do
mercado?
Existem duas empresas multinacionais que atuam no mercado de tecnologia, que com
certeza você utiliza os seus produtos e serviços. Elas desenvolveram excelentes produtos e
durante um tempo formaram um monopólio. Em diversas regiões, entidades que regulam o
funcionamento do mercado questionaram muito a prática dessas empresas. Você ficou
curioso para saber quem são estas 2 empresas? Sugiro que você pesquise, e descobrindo
quais são, compartilhe com seus colegas no fórum o que você aprendeu.
Saiba mais sobre algumas formas de monopólio acessando o mídias integra- das.
Oligopólio – “É o pequeno número de empresas, geralmente de grande porte, que domina
parcelas substantivas do mercado” (ROSSETTI, 2003, p. 517). Caracteriza-se pela pequena
quantidade de empresas que detêm a maior fatia do mercado. Nesse caso ficam evidentes as
grandes marcas de eletrodomésticos, carros e até produtos de consumo não duráveis. Em
geral as empresas dominam os mercados que atuam obtendo uma expressiva par- cela das
vendas totais.
Veja no quadro a seguir um exemplo de oligopólio no segmento de vendas de veículos no
Brasil.

189
Observe no quadro anterior que, juntas, as montadoras FIAT, GM (Chevro- let), VW
(Volkswagen) e FORD, acumularam 74,7% do total de veículos em-placados, de acordo
com o fechamento do mês de maio de 2012.

Concorrência monopolística – “Cada empresa vende, em princípio, um produto


diferenciado, mas que tem fortes candidatos no mercado para substituí-lo” (ROSSETTI,
2003, p. 511). O mercado possui um grande número de empresas que produzem produtos
similares, em meio a tantos produtos o consumidor por alguma razão pode romper sua
fidelidade a determinado produto, seja por alguma frustração ou simplesmente por
curiosidade.
Cada empresa produz e vende um produto diferenciado, embora haja um substituto próximo.
Exemplificando: não existe um tipo homogêneo de per- fumes, de aparelhos de televisão, de
restaurantes, de automóveis ou DVDs. Na realidade, cada produtor procura diferenciar seu
produto a fim de torná-lo único.
Você já havia pensado sobre estrutura de mercado? Você sabia da importância desse
conhecimento?

190
Segmentação de mercado consumidor
Vamos agora falar de outro fator importante relacionado ao mercado, a chamada
segmentação de mercado. Como vimos anteriormente os mercados consistem em
compradores que têm várias maneiras de comprar. O objetivo da segmentação é descobrir
necessidades de grupos específicos de consumidores, visando o desenvolvimento de
produtos e serviços que atendam as demandas desses grupos, gerando excelentes
oportunidades de negócios.
Diante disso é necessário analisar algumas das características dos consumi- dores e, nesse
estudo, faremos uma abordagem das características geográficas, demográficas, psicográficas
e comportamentais,
Segmentação Geográfica – “A segmentação propõe dividir o mercado em unidades
geográficas diferentes como países, estados, regiões, cidades ou bairros” (KOTLER, 1998,
p. 232). Nesse caso a empresa tem a opção de escolher em qual região ela pretende atuar,
lembrando que cada região tem necessidades e preferências específicas

Sendo definidos os critérios dentro da segmentação geográfica, os produtos a serem


oferecidos deverão atender a necessidades específicas da população da região escolhida.
Outros fatores como forma de venda e de distribuição deverão ser orientados por essas
escolhas.
Por exemplo, um consumidor que reside no meio rural possui hábitos totalmente distintos
dos consumidores que residem nas cidades, portanto, há uma diferenciação no
desenvolvimento dos produtos ou serviços que visem atender a esses públicos.
Segmentação Demográfica – “o mercado é dividido em grupos baseados em variáveis
demográficas como idade, tamanho da família, sexo, renda, ocupação, formaçãoeducacional,
religião, raça, geração, processo de identificação dos grupos consumidores, mais fáceis de
serem mensurados, além de serem ferramentas importantes para se conhecer o potencial
mercado.
Podemos citar como exemplo de segmentação demográfica a definição de lojas de roupas ou
acessórios para bebês (variável idade), lojas de roupas femininas (variável sexo), lojas de
grifes e roupas de luxo (variável renda) dentre outras.
Vejamos no quadro a seguir alguns critérios a serem definidos dentro da segmentação
demográfica:

191
Segmentação Psicográfica – Psicografia é a ciência que utiliza a psicologia e a demografia
para entender melhor os consumidores. Portanto, “[...] na segmentação psicográfica os
compradores são divididos em grupos diferentes, baseado no estilo de vida e/ ou
personalidade” (KOTLER, 1998, p. 234). Os compradores fazendo parte do mesmo grupo
demográfico podem ter perfil psicográfico diferente.
Por exemplo, a segmentação demográfica traz informações sobre, idade, sexo, renda, dentre
outros. Mas se você precisar refinar ainda mais a sua busca e identificação do seu público
alvo, a segmentação psicográfica busca dentro destes grupos pessoas com tipos específicos
de estilo de vida, personalidade e valores.

Vejamos agora neste outro quadro alguns critérios a serem definidos dentro da segmentação
psicográfica:

Segmentação Comportamental – “[...] os compradores são divididos em grupos, tomando-se


como base seu conhecimento, atitude, uso ou resposta para um produto” (KOTLER, 1998,
192
p. 235). Existem algumas variáveis comportamentais em cada ocasião, o consumidor que
compra uma passagem aérea pode viajar a negócios ou a passeio. Outra variável são os
benefícios, que é aquilo que ele recebe do produto. A última variável é o status que classifica
os consumidores como não-usuários, ex-usuários ou usuários.
A segmentação comportamental ainda pode assumir outras formas, veja alguns exemplos no
quadro a seguir:

Mercado financeiro
Agora que estudamos um pouco sobre a estrutura do mercado, vamos falar sobre o mercado
financeiro que tem um papel importante na economia e está subdividido em mercado
monetário, de crédito, de capitais e cambiais.

Discorreremos brevemente sobre cada tipo de mercado financeiro a fim de diferenciarmos


os tipos de mercado.
Mercado monetário – é o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta
de moeda e das taxas de juros de curto prazo (até 24 me es) com vistas a garantir a liquidez
da economia. O Banco Central do Brasil atua no mercado praticando a chamada Política
Monetária.
[...] encontra-se estruturado visando ao controle da liquidez monetária da economia através
da emissão de papéis pelo Banco Central do Brasil voltado à execução da política monetária

193
do governo Federal e pelo tesouro Nacional que tem como propósito o financiamento do
orçamento público. Os papéis são negociados e utiliza como referência a taxa de juros, e é
caracterizado pelos reduzidos prazos de resgate e alta liquidez (NETO, 2003, p. 107).
Por exemplo: um grande fluxo de recursos pode trazer um custo menor para o dinheiro (taxas
de juros baixas), porém um consumo muito forte (o que gera forte inflação no curto e médio
prazo, desequilibrando nossa economia).
Mercado de crédito – Estabelecendo uma relação contratual entre si (formal ou informal),
pelo menos duas partes estarão envolvidas nesse processo. Uma que empresta os recursos,
que é chamada de credora, e a que toma os recursos emprestados, que será a devedora.
Atuam neste mercado diversas instituições financeiras e não financeiras prestando serviços
de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes que necessitam de recursos
para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável
pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado.
No mercado de credito são financiados bens de consumo duráveis, em que os bens de
consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados várias vezes durante longos
períodos, por exemplo: um automóvel, máquinas e equipamentos para empresas, dentre
outros.
Mercado de capitais – tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo (acima
de 24 meses) para capitalizar as organizações, através das operações de compra e de venda
de títulos e valores mobiliários, (também conhecidos como ações ou papeis) efetuadas entre
empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários é o principal
órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização do mercado de capitais.
Seu intuito é obter recursos financeiros da sociedade para o comércio, a indústria e outras
atividades econômicas. Embora tenha muitas instituições em comum, ele se diferencia do
mercado monetário que movimenta recursos a curto prazo.
Mercado Cambial – é o seguimento financeiro em que ocorrem operações de compra e venda
de moedas internacionais, como o dólar e o euro. Ele reúne todos os agentes econômicos que
estão envolvidos em transações internacionais.
Por exemplo, é bom que o Brasil possua uma moeda forte como o Real, isto possibilita que
a o nosso país tenha recursos suficientes para comprar melhor no exterior (fazer importação)
e frente à comparação a outras moedas. No entanto, quando o Real está muito valorizado, o
Brasil perde competitividade na venda de seus produtos no exterior (exportação), caso o
produto brasileiro seja comparado aos produtos de países com a moeda menos valo- rizada.
É como se lá o produto fosse mais barato em comparação ao nosso.
O Banco Central sendo o responsável pelo controle das operações e da taxa de câmbio, atua
de forma direta através de sua Política Cambial, no intuito de manter o valor da moeda
nacional em relação a outras moedas internacionais.

194
Mercado de trabalho
A estrutura do mercado é bastante ampla e complexa e não podemos deixar de falar sobre
mercado de trabalho que exerce um importante papel econômico.
Como já vimos nos estudos sobre o mercado de consumo e no mercado financeiro, com
relação aos aspectos que caracterizam o mercado, você se identificará e perceberá a
influência deste mercado no seu dia a dia.
Para que haja uma melhor compreensão, dentro da complexidade do tema, vamos aprender
um pouco sobre dois tópicos que representam o que é o mercado de trabalho.
Mercado de trabalho formal – é a relação de trabalho, compra e venda de serviços de mão
de obra, estabelecida por contrato de trabalho, regulamentada por legislação específica,
como a CLT.
A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) são as normas que regulam a relação entre
empregado e empregador, também conhecida com trabalhador e empresa.

Os contratos de trabalhos formais são os famosos trabalhos de carteira assinada. O registro


do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é um importante
por diversos motivos, dentre eles:

• quem é formalizado consegue comprovar renda e tem mais acesso a crédito. E isto é
muito importante para a economia, pois fomenta o consumo a bens e serviços;
• o trabalhador formalizado tem a segurança da garantia e acesso a serviços sociais
oferecidos pelo empregador (vale alimentação, cesta básica, vale transporte, seguro saúde e
outros);
• o trabalhador formalizado e registrado conta com uma proteção social que reduz a
sua vulnerabilidade: o fundo de garantia de tempo de serviço (FGTS) e o seguro desemprego
permitem a esse trabalhador enfrentar melhor as situações de desemprego e de crise
econômica;
• o trabalhador formalizado e registrado conta ainda com a cobertura da Previdência
Social que é o seguro social para a pessoa que contribui via contrato de trabalho.

195
Mercado de trabalho informal – é a relação de trabalho, compra e venda de serviços de mão
de obra. Nesta relação não há interferência legal. Dessa forma é desvantajoso tanto para o
trabalhador quanto para o Estado.
No caso do mercado de trabalho informal, a informalidade desestimula o crescimento da
economia. E no caso do trabalhador, de certa forma, ele deixa ter assegurado os benefícios
citados anteriormente.
Um grande conjunto de autores define Estado como sendo aquele onde prevalece o mínimo
de intervenção do governo, não cumpre as leis ou regras, especialmente as legislações fiscais
e trabalhistas, sem contratos registrados junto à seguridade social, sem tempo de duração e
sem que sejam defini- dos de forma clara itens básicos como função, horas trabalhadas,
descanso semanal remunerado, entre outros (CORREA apud CACCIAMALLI, 2000;
CHAHAD, 1988; GREMAUD, VASCONCELLOS, TONETO JR, 2004).
Atividades de aprendizagem
1. Explique com suas palavras a relação entre demanda, oferta, empresa e clientes.

2. De acordo com que aprendemos com relação à segmentação de mercados


consumidores, vamos exercitar um pouco sobre os nossos novos conhecimentos adquiridos.
Para isso, peço que você analise as expressões e as classifique de acordo com as bases de
segmentação de mercado indicando:
( 1 ) geográfico ( 2 ) demográfico ( 3 ) psicográfico ( 4 ) comportamental
( ) Mulheres de espírito jovial que acompanham a moda e as tendências.
( ) Consumidores do Nordeste do Brasil que procuram tecidos leves e moda praia.
( ) Homens de negócios que demandam roupas formais para o trabalho.
( ) Construir apartamentos de dois quartos, para famílias de até três pessoas.
( ) Criar um local para locação e realização de eventos e festas de casa- mentos, aniversários
e outros.
( ) Abrir uma loja para venda exclusiva de roupas íntimas femininas tipo lingerie.
( ) Abrir um supermercado na região norte da cidade que está em grande
( ) Montar uma livraria para venda de livros escolares e universitários.
( ) Definir se investiremos na abertura de uma empresa voltada para venda de artigos
esportivos ou pesca e camping.

3. De acordo com o que aprendemos sobre o mercado financeiro, marque o mercado


correspondente de acordo com as seguintes afirmações:
3.1 Você está abrindo uma empresa, precisa de dinheiro a curto prazo para a aquisição
das máquinas e equipamentos.
a)( ) Mercado monetário
b)( ) Mercado de crédito
196
c)( ) Mercado de capitais
d)( ) Mercado Cambial
3.2 O Banco Central atua de forma a controlar a taxa de juros, através da prática da
chamada política monetária.
a)( ) Mercado monetário
b)( ) Mercado de crédito
c)( ) Mercado de capitais
d)( ) Mercado Cambial
3.3 Tem intuito de manter o valor da moeda nacional em relação a outras moedas
internacionais.
a)( ) Mercado monetário
b)( ) Mercado de crédito
c)( ) Mercado de capitais
d)( ) Mercado Cambial

3.4 Seu intuito é obter recursos financeiros da sociedade para o comércio, a indústria e
outras atividades econômicas, com recursos de médio e longo prazo através das operações
de compra e de venda de títulos e valores mobiliários:
a)( ) Mercado monetário
b)( ) Mercado de crédito
c)( ) Mercado de capitais
d)( ) Mercado Cambial

4. Durante esta aula, você aprendeu sobre os diferentes tipos de mercado. Informe, com
suas palavras, o significado de pelo menos um deles, e se possível, relate qual a sua influência
no seu dia a dia.
a) Tipos de Concorrência no Mercado (monopólio – Oligopólio e Monopolistica):

b) Segmentação de Mercado (geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental):

c) Mercado Financeiro (monetário, de crédito, de capitais e cambial):

d) Mercado de Trabalho (Formal e Informal):

197
Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à economia.
23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

198
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Processos de coleta de dados econômicos e de mercado
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Processos de coleta de dados econômicos e de
mercado
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Processos de coleta de dados econômicos e de mercado

História - Vamos conhecer o Sr. Marcos (Marcos é um nome fictício desta história
ilustrativa) que trabalha como cozinheiro em um grande restaurante da cidade, tem muita
experiência na área, mas pretende fazer um acordo com seu patrão para abrir o seu próprio
restaurante. O Sr. Marcos sabe que abrir o próprio negócio não é uma tarefa tão simples. Ele
não sabe ainda por onde começar e a única certeza que tem, é que pretende ter seu próprio
restaurante.

Introdução à pesquisa econômica


A pesquisa é uma ferramenta muito importante para a implementação de qualquer
empreendimento. O Sr. Marcos deve fazer uma pesquisa para verificar os aspectos
econômicos e mercadológicos que envolvem o seu negócio. Em uma empresa, as decisões
importantes, normalmente são tomadas após a realização de uma pesquisa.
Você sabe o que é uma pesquisa?

199
“É a investigação sistemática, controlada, empírica e crítica de dados com objetivo de
descobrir e (ou) de verificar a existência de relações presumidas entre fatos” (MATTAR,
2001, p. 15). Uma pesquisa envolve quatro etapas:
• Definição do problema – é necessária, nesta etapa, a identificação do objeto da
pesquisa, ou o problema a ser investigado;
• Planejamento da pesquisa – é a formulação dos objetivos, métodos, os instrumentos
de coleta, definição da extensão da pesquisa e o período que será realizada;
• Execução – esta etapa compreende a análise dos dados coletados, e o processo de
transformação desses dados brutos em informações;
• Apresentação dos resultados – compreende na apresentação dos resultados obtidos
na pesquisa, por meio de gráficos, relatórios, etc.

Tipos de Pesquisa
• Pesquisa exploratória – visa prover o pesquisador de maior conheci- mento sobre o
tema ou problema de pesquisa em perspectiva. É uma ferramenta útil quando se tem apenas
uma ideia vaga do objetivo da pesquisa, ajudando a estabelecer as prioridades a pesquisar.
A pesquisa exploratória pode ser realizada através de bibliografias, documentos, da- dos
estatísticos, pesquisas já realizadas, experiências e estudos de caso.
• Pesquisa Bibliográfica – abrange a leitura e interpretação de livros, textos, revistas,
demais materiais impressos e ainda na internet. O resultado da investigação será a
fundamentação teórica do tema objeto de estudo.
• Pesquisa de Documentos – é semelhante à pesquisa bibliográfica, mas enquanto a
pesquisa bibliográfica tem seu foco em publicações; a pesquisa de documentos tem seu foco
na pesquisa e manuseio de documentos que possam descrever determinadas ações, como por
exemplo pesquisa de documentos históricos. O relato de Pedro Álvares Cabral ao governo
português, após ter chegado ao Brasil na época de seu descobrimento, foi via a carta de Pero
Vaz de Caminha. Essa carta e tantas outras comunicações se tornaram importantes
documentos de pesquisa. Pesquisa de documentos como atas, ofícios, leis e outros são
comumente utilizados nas pesquisas documentais. Ela é um forma importante para o registro
de fatos históricos.
• Pesquisa Exploratória – pode se valer de investigação de outras pesquisas já
realizadas e que já foram finalizadas e que trouxeram consigo algumas conclusões. Muitas
vezes a conclusão de uma pesquisa, é justa- mente a indicação de uma nova pesquisa, que
será realizada a partir das descobertas identificadas até o momento.
• Pesquisa Experimental – de modo geral, o experimento, é o mais tradicional meio de
se realizar uma pesquisa. Consiste em determinar um objeto de estudo e selecionar as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definindo as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto em condições determinadas.

200
Normalmente há na pesquisa experimental a utilização de dois grupos: um grupo de
experimento e um grupo de controle. A inclusão dos indivíduos nos grupos deve ocorrer de
modo aleatório. Após a definição dos grupos submete-se o grupo de experimento a certos
aspectos ou condições (ambientais ou químicas, por exemplo), enquanto o grupo de controle
permanece em condições normais. Você já ouviu falar sobre os experimentos com animais
em laboratórios. Normalmente utilizam-se os ratos como cobaias. Eles selecionam dois
grupos de ratos o grupo “A” e “B”, por exemplo. Os ratos do grupo “A” ficaram sendo
tratados da maneira normal, enquanto os ratos do grupo “B” foram submetidos a situações
de estresse ou a aplicação de medicamentos. O comportamento destes dois grupos será
analisado após determinado período. Os resultados desse experimento deverão ser relatados,
e justificadas as constatações individuais de cada grupo.
• Estudo de Caso – é um estudo aprofundado de um único ou poucos objetos de
maneira a permitir um conhecimento amplo e detalhado e sua utilização e indicada para
explorar situação da vida real. Seu intuito é buscar identificar e compreender os fatores
originários de determinados problemas em situações complexas. Por estudar situações muito
particulares de seus objetos de estudo, tem a tendência de suas conclusões não poderem ser
generalizadas. O estudo de caso tem sido muito utilizado no campo da administração.
• Pesquisa conclusiva descritiva – são caracterizadas por possuírem objetivos bem
definidos, procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de
problemas ou avaliação de alternativas de cursos de ação. Os métodos mais utilizados neste
tipo de pesquisa são: entrevista pessoal por telefone, aplicação de questionários pessoais,
enviado pelo correio, e observação.
• Entrevista pessoal – de posse do formulário de entrevista, testado e avaliado, o
entrevistador devidamente treinado e preparado, terá um roteiro estruturado para realizar a
entrevista pessoal com toda a população, ou uma amostra, que poderá representar parte do
pensamento e intenção do grupo. As pessoas a serem entrevistadas podem ser previamente
selecionadas de acordo com o seu perfil, ou ainda poderão ser escolhidas de forma aleatória
de acordo com a sua disposição em participar da pesquisa.
• Entrevista por telefone – assim como na entrevista pessoal, o entrevistador deverá
seguir um roteiro estruturado para realizar a entrevista via contato telefônico. Nesse caso, o
ideal é que as pessoas a serem entrevistadas sejam previamente selecionadas de acordo com
o perfil do público alvo da pesquisa, para que os resultados sejam confiáveis. Tanto na
entrevista pessoal, como por telefone, o entrevistador faz as perguntas e depois as devidas
anotações nos questionários.
• Aplicação de questionário pessoal – no caso de aplicação de questionário cujo próprio
entrevistado será o responsável pelo preenchimento do formulário, alguns cuidados devem
ser tomados, pois o entrevistado deve ser estimulado a preencher o formulário. Afinal de
contas, o que motivará esta pessoa a preencher o formulário e ter que devolver, ou enviarao
entrevistador? Muitas vezes brindes e outros atrativos são uti- lizados para que o
201
entrevistado nos forneça as informações esperadas. Outro aspecto importante, é que a lógica
das perguntas deve ser de fácil entendimento para o entrevistado, uma vez que não haverá a
figura do entrevistador para responder a possíveis dúvidas que possam surgir no momento.
• Envio pelo correio – a aplicação do questionário pessoal é muito utilizada pelas
empresas nos processos de pós-vendas. Elas geralmente soli- citam informações da
satisfação do cliente com a aquisição e utilização de seus produtos, geralmente de bens
duráveis, e pode ser enviada pelos correios ou ainda de forma eletrônica. A utilização dos
formulários de forma eletrônica garante agilidade na troca de informações, tempo de resposta
e tabulação dos dados, pois não haverá trânsito e manuseio de documentos.

Observação: na estratégia de observação, o intuito é utilizar pessoas como observadores que


registram os fenômenos ou comportamentos em análise tal como eles ocorrem. Por exemplo,
dentro de um supermercado, uma pessoa pode estar observando o comportamento dos
consumidores quando eles se deparam com os anúncios de ofertas, ou produtos expostos.
Um observador pode ainda analisar o comportamento dos próprios vendedores de uma loja,
em que são avaliadas tanto a abordagem do vendedor, quanto a receptividade do cliente.
Para finalizar, gostaria de citar outro processo de coleta de dados: a utilização do método do
cliente espião. Baseada nas técnicas de pesquisa participante, a técnica de cliente espião
sugere a imersão e a convivência com o fenômeno em estudo, além do registro dos dados
verificados e vivenciados durante a ocorrência do fato observado. O cliente espião embasa-
se na arte da simulação. Ele é representado por um pesquisador espião que se infiltra junto
do objeto de estudo, geralmente visitando um estabelecimento do concorrente e como em
um teatro, simula situações reais de forma a reconhecer como se dá o desenvolvimento
daquele processo em estudo.
Este último é muito interessante, não é? De acordo com a necessidade você se deparará com
a oportunidade de utilizar diversas técnicas de pesquisa. No entanto, nunca deixe de se
atender a importante necessidade de se utilizar critérios éticos e morais durante o
desenvolvimento de seus trabalhos.
Existem inúmeras técnicas de pesquisas e abordagens. A ideia de descrever algumas delas
para exemplificar a importância e a viabilidade de se estruturar uma pesquisa dará o suporte
necessário ao gestor ou empreendedor no delicado processo de tomadas de decisões.
Agora podemos ajudar o Sr. Marcos a começar a pensar o seu futuro negócio? O primeiro
passo é a elaboração de uma pesquisa para levantar dados sobre o mercado de restaurantes e
onde ele poderá buscar capital necessário para investir no seu negócio.

Administrador x finanças
Para o que Sr. Marcos seja bem sucedido nessa empreitada é necessário que tenha
conhecimento de uma área muito importante para as empresas, a administração financeira.
Você sabe o que é administração financeira?
202
Vamos agora conhecer um pouco sobre administração financeira e as funções do
administrador financeiro.

Finanças como área de estudo


A área de finanças é muito importante, está diretamente ligada a todas as ações tanto de
pessoas como de empresas. Devido à sua amplitude e dinâmica existem muitas áreas de
estudo e oportunidades de carreiras na área financeira.
O que é finanças?
“A ciência e a profissão do manejo do dinheiro, especialmente do dinheiro público”
(LAROUSSE, 2001, p. 443). Para a realização de seus objetivos, indivíduos e organizações
necessitam de capital, que é obtido por meio das receitas (entradas), ou levantam fundos. As
Finanças se ocupam do processo de transferência de fundos entre pessoas, empresas e
governos.
Em nossa vida pessoal podemos exemplificar a necessidade de gestão dos nossos recursos
rumo ao equilíbrio de entradas (recebimentos, geralmente salários), saídas (despesas) e os
investimentos que fazemos (imóveis, estudos, saúde, alimentação, transporte, lazer e muito
mais).
Nas organizações, o administrador financeiro desempenha um papel muito importante, que
também trata das entradas, que são as receitas, e das saí- das que podem ser custos, e despesas
da empresa. O administrador tem o papel de efetuar os devidos registros e monitorar a saúde
financeira da empresa.

Administração financeira
“A administração financeira diz respeito às responsabilidades a gestão do administrador
financeiro, estando ligada às finanças de empresas de todos os tipos, privadas ou públicas,
grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos" (GITMAN, 2002, p.4).
O administrador financeiro se encarrega de várias atividades dentro de uma empresa, por
exemplo: quando a empresa pretende adquirir algo, ele é o responsável por fazer os
orçamentos, nos períodos de sazonalidade em que a empresa obtém maiores receitas e
períodos de menor receita. É de sua responsabilidade fazer todas as previsões financeiras e
a administração do caixa. O administrador financeiro deve ser prudente ao analisar os
investimentos a serem realizados e na captação de fundos, devido às constantes mudanças
no ambiente econômico.

Planejamento financeiro
Para que o Sr. Marcos tenha sucesso em seu novo empreendimento ele precisa fazer do
planejamento financeiro, uma importante ferramenta no pro- cesso de implementação dos
objetivos e direcionamento de suas ações. O Sr. Marcos tem a sua disposição os planos
financeiros de longo prazo (estratégicos) e de curto prazo (operacionais).
203
Planos financeiros a longo prazo – é o planejamento futuro, realizando previsões e análise
dos reflexos financeiros. O plano de longo prazo compreende um período de dois a dez anos,
fazendo parte de um plano estratégico integrado, com a produção, marketing e recursos
humanos. São realizadas revisões periódicas, analisando despesas com as diversas ações, por
exemplo, pesquisa, desenvolvimento de produtos, marketing, estrutura, etc.
As decisões de se investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos são
consideradas estratégicas, pois representam uma visão de longo prazo, de como a empresa
atuará no futuro, e ainda requerem um grande investi- mento financeiro.

Por exemplo, empresas que investem em inovação sempre estarão à frente no mercado.
Podemos citar o exemplo da Apple, empresa norte-americana que revolucionou seus
produtos e o mercado mundial lançando produtos inovadores como o i-pod, i-phone, i-pad,
macbook, dentre outros.
Um outro exemplo de planos financeiros de longo prazo é o investimento em estruturas
industriais. Neste caso, quando uma indústria está se instalando ou ampliando o parque
fabril, há a necessidade de se fazer grandes investimentos que, para não gerar um impacto
financeiro no negócio, são efetuados de forma a se pagar em longos prazos pelas máquinas,
tecnologias, terrenos e construções que podem ser necessárias nesta fase.
Planos financeiros de curto prazo – são ações voltadas para um período de um a dois anos e
compreendem as atividades relacionadas à mão-de--obra direta, despesas e operacionais,
previsão de vendas, manutenção de equipamentos, etc.
Com relação às despesas de mão de obra direta, podemos exemplificar a necessidade de
planejamento dos salários, 13º salários, férias, premiações dentre outros, que são ligados
diretamente à atividade produtiva da empresa.
Os custos com mão de obra e manutenção da parte administrativa das em- presas, aqueles
não ligados diretamente à atividade produtiva, são chama- dos de despesas operacionais.
Estão inclusas as áreas: financeira, de recursos humanos, administrativas, dentre outras.
A empresa precisa gerir suas entradas e saídas, ou seja, suas receitas e suas despesas. O fluxo
de caixa é uma importante ferramenta de gestão que possibilita este controle. Nele há a
projeção de receitas que são as previsões de vendas, e dos custos e das despesas citadas
anteriormente, juntas com a necessidade de manutenção de equipamentos e outros mais.
No caso do planejamento de curto prazo, o controle financeiro é maior, pois tratará com
vencimentos muito próximos de suas execuções. Tanto os planos financeiros de longo prazo,
quanto os planos financeiros de curto prazo devem ser muito bem planejados e monitorados.

Planejamento e orçamento de caixa


Uma atividade importante que o Sr. Marcos terá que dar muita atenção é o controle do caixa
de seu futuro restaurante, ou seja, ele terá que registrar todas as entradas e saídas, no
demonstrativo contábil chamado de fluxo de caixa.
204
É necessário que toda empresa faça um planejamento dos pagamentos e recebimentos.
Existem períodos no ano em que o volume de compras aumenta e períodos que diminuem
em função de datas comemorativas e sazonalidade.
Devido à sazonalidade é necessário fazer o orçamento de caixa, que poderá ser anual,
trimestral ou mensal. O orçamento de caixa possibilita ao administrador saber a situação das
finanças da empresa e planejar os pagamentos.

Conceito de risco
“Conceito de risco pode ser entendido de diversas maneiras, dependendo do contexto da
pessoa que está avaliando” (NETO, 2003, p.287). Exemplos: as companhias aéreas
convivem com o risco de queda de aviões, uma pessoa convive com a possibilidade de
contrair uma doença, as empresas convivem com as incertezas do mercado e dos clientes.
No caso do Sr. Marcos, que pretende abrir um restaurante o risco envolvido é o econômico
e financeiro.

Análise de Risco
Vamos agora falar de outro aspecto importante chamado risco.
O desejo do Sr. Marcos é abrir o seu próprio restaurante e, para que ele tenha sucesso nesta
empreitada, deve começar fazendo a pesquisa, além de desenvolver um bom planejamento
financeiro e também analisar os riscos que envolvem o seu projeto.
Quando se trata de investimentos financeiros as decisões são tomadas em um ambiente de
incertezas. O fato de haver planejamento, pesquisa e análise das informações não significa
que não tenha risco, e no caso do Sr. Marcos e de tantas outras pessoas, que veem o
investimento como previsão, é necessário que se tenha muito cuidado para não cometer
erros.
Riscos econômicos – podem ser ocasionados por fatores ligados às novas tecnologias, crise
econômica, quanto ao mercado, ao aumento da concorrência e ao próprio planejamento da
empresa. Risco econômico é ligado à incerteza correspondente ao rendimento esperado e a
garantia de recebi- mento de um determinado investimento.
Por exemplo, você faz um investimento de R$ 10.000,00 esperando que ao final de um ano,
ele tenha rendido R$ 3.000,00, o que totalizaria para você R$ 13.000,00. Quando o seu
investimento corre o risco de não render os R$ 3.000,00, você estará correndo um risco
econômico, ou seja, ele poderá render apenas R$ 1.000,00 ou R$ 2.000,00. Neste caso você
corre o risco econômico de mercado. Agora, se as previsões forem pessimistas, ou você
investiu em um mercado de alto risco, você corre o risco econômico de cré- dito, ou seja,
está relacionado com a probabilidade de seu rendimento nem ser pago.
Riscos financeiros – estão relacionados à gestão financeira da empresa, e, se não previstos e
evitados de forma correta, podem gerar o endividamento comprometendo o pagamento de
fornecedores, obrigações sociais, colaboradores, etc.
205
Nesse caso, os riscos não estão relacionados aos investimentos, mas às projeções internas da
empresa. Uma das projeções que sempre precisam ser revistas e devem ser muito bem
planejadas são as projeções de vendas.
Pense comigo. Fazemos um fluxo de caixa prevendo um bom rendimento de vendas. Caso
ocorra o contrário, o meu fluxo suportará um déficit de entradas, à nossa organização estará
preparada para arcar com esta dificuldade ou ficaremos no vermelho?

O mesmo risco poderá ocorrer com as previsões inadequadas de saídas e com as contas a
pagar. Estes riscos poderão comprometer a saúde financeira da empresa.

Relação risco e retorno


O Sr. Marcos ao investir na sua ideia de montar seu próprio restaurante está assumindo riscos
econômicos e financeiros, contudo espera obter retorno financeiro satisfatório,
reconhecimento, autonomia profissional e bem estar com essa atividade.
Sendo assim, podemos entender que correr riscos devidamente calculados faz parte do
planejamento financeiro para montar um negócio. Nesse sentido, é necessária uma visão
global de um determinado risco, bem como a mensuração da possibilidade dele vir a se
transformar num problema real dentro da empresa.
Vamos levar em consideração que a projeção de vendas do Sr Marcos é que ele tem recursos
suficientes para se manter no mercado, por 12 meses, sem que a sua empresa lhe dê lucro.
Assim, todos os meses ele deverá fazer novos aportes financeiros no negócio. Se o risco é
calculado e previsto, ele saberá quanto tempo o seu desempenho de vendas poderá se manter
em nível maturação. Durante este período, ainda que ele não alcance as metas de vendas
desejadas, ele já preverá um tempo de aprendizado e amadurecimento do seu negócio.
Tempo no qual a clientela e o ponto comercial também estejam se alinhando enquanto
expectativa de melhoria.

Atividades de aprendizagem
1. Recentemente foi aprovado pelo governo brasileiro uma lei que garante aos cidadãos
acesso a informações da gestão do governo. Faça uma pesquisa e nos informe qual é o nome
da sua lei? Qual o seu objetivo? E na sua opinião, além de auxiliar os pesquisadores que se
interessem pelos assuntos administrativos do governo, que benefício este tipo de informação
pode trazer à população?

2. Considere a situação problema do Sr Marcos, nosso personagem. Lembre-se de que


ele trabalha como cozinheiro em um grande restaurante da cidade, tem muita experiência na
área, e pretende fazer um acordo com seu patrão, pois quer abrir o seu próprio restaurante.
Qual seria o primeiro passo que o Sr. Marcos precisa dar? Justifique sua resposta.
206
3. Vamos auxiliar o Sr Marcos, nosso amigo cozinheiro e empreendedor? Para isso,
peço que você elabore um projeto de pesquisa informando de maneira prática o detalhamento
das quatro etapas que envolvem a pesquisa que ele deverá realizar, conforme conteúdo que
aprendemos.
1º passo - Definição do problema:
2º passo - Planejamento da pesquisa
2.1 - Formulação dos objetivos:
2.2 - Métodos:
2.3 - Instrumentos de coleta:
2.4 - Definição da extensão da pesquisa e o período que será realizada.
3º passo - Execução:
4º passo - Apresentação dos resultados:

4. Pergunta: Escreva com suas palavras como o administrador financeiro atua nas
empresas? Quais são suas atividades, responsabilidades, e âmbitos de trabalho?

5. Relacione todas as suas despesas, o quanto ganha por mês, depois faça um
planejamento para os próximos três meses. Lembre-se de juntar as in- formações em grupos
de receitas e depois diminua pelo total do grupo de despesas.

6. Faça uma análise dos riscos que podem afetar o seu planejamento financeiro pessoal
feito na atividade anterior. Leve em consideração na elaboração dos riscos, a possibilidade
de atraso em algum recebimento (dinheiro emprestado ou aluguel), considerando também o
surgimento de alguma despesa. Por exemplo: despesas com medicamentos e médicos não
são tão esperadas por nós. Mas avalie a sua situação, e identifique quais são os ris- cos que
envolvem as suas finanças. Podem ser riscos de investimentos, ou riscos de gerenciamento
do seu próprio orçamento.
Referências

207
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à economia.
23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

208
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Política de regulamentação de capitais, bolsas de valores, CVM
e Banco Central
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estrutura do sistema financeiro nacional
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Política de regulamentação de capitais, bolsas de valores, CVM e Banco Central


Estrutura do sistema financeiro nacional
De acordo com Neto (2003, p. 74) “O sistema financeiro é composto por um conjunto de
instituições financeiras, públicas e privadas e o seu órgão normativo máximo é o Conselho
Monetário Nacional (CMN).”
Para que haja desenvolvimento econômico é necessária uma participação crescente de
capitais. Esse processo funciona da seguinte forma: os agentes econômicos fazem uso da
poupança disponível em seu poder, distribuindo os aos setores produtivos carentes de
recursos. Para que aconteça a distribuição é necessária a atividade intermediária (realizada
por instituições financeiras não bancárias), cumprindo a função econômica e social do
sistema financeiro.
O quadro a seguir demonstra como está estruturado o sistema financeiro
no Brasil:

209
O Sistema Financeiro Nacional pode ser dividido em dois grandes subsiste- mas:
Subsistema normativo
É responsável por fiscalizar e regulamentar as atividades do mercado financeiro e suas
instituições, por meio do:
• Conselho Monetário Nacional (CMN);
• Banco Central do Brasil (BACEN); e
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Completando o subsistema, existem mais três instituições que interagem com outros
seguimentos do mercado financeiro, que são:
• Banco do Brasil (BB);
• Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES); e
• Caixa Econômica Federal (CEF).
O subsistema de intermediação é composto pelas instituições bancárias, não
bancárias e sistema de poupança e empréstimos (SBPE), representado conforme a figura a
seguir.
é necessário que você tenha conhecimento do sistema financeiro! Ele exercer um papel
importante no comportamento empresarial e na economia do país, estabelecendo normas e
controlando as transações financeiras.

210
Para você ter um bom entendimento do sistema Nacional Financeiro, vamos detalhar sobre
a função de cada componente.
Subsistema Normativo é composto por instituições que de alguma forma estabelecem
normas de procedimento das demais instituições financeiras operativas e do mercado, são
elas:
• Conselho Monetário Nacional (CMN) – é composto pelo Ministro da Fazenda, seu
presidente, Ministro do Planejamento, e o Presidente do Banco Central do Brasil. Criado
pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, não tem como objetivo funções executivas e
sim legislativas. Suas atribuições são: autorizar as emissões de papel moeda, aprovar o
orçamento monetário preparado pelo BACEN, orientar e estabelecer diretrizes às instituições
financeiras sobre a aplicação dos seus recursos e normas de contabilização, disciplinar o
crédito em suas modalidades, regular operações de redesconto, normatizar a política
cambial, etc.
• Banco Central do Brasil (BACEN) – foi criado pela lei nº 4.595, é administrado por
uma diretoria colegiada, nomeada pelo Presidente da República, com aprovação do Senado.
O Banco Central atua como um órgão executivo central do sistema financeiro. Tem a função
de fiscalizar, disciplinar o mercado financeiro, definir regras, limites e condutas das
instituições. Compete ao Banco Central a emissão do papel-moeda, exercer o controle do
crédito (taxa de juros) e controlar a liquidez do mercado.

211
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – foi criado pela lei nº 6.385, de 7 de
dezembro de 1976 e é uma autarquia vinculada ao Ministério da fazenda. Suas atividades
são orientadas pelo CMN. É composta por um presidente e quatro diretores que são
nomeados pelo Presidente da República. Tem por finalidade básica fiscalizar
permanentemente as atividades do mercado de valores mobiliários (ações e debêntures), na
emissão e distribuição, negociação e intermediação, organização, funcionamento e as
operações das bolsas de valores.
Debêntures são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por empresas, que
conferem ao detentor do título, o debenturista, um direito de crédito contra a emissora.
Assim, ao comprar uma debênture, você passa a ser credor da empresa.
Ações são unidades de títulos emitidos por sociedades anônimas, quando uma empresa tem
seu capital social dividido em pequenas parcelas, colocadas a venda na bolsa de valores,
qualquer pessoa poderá adquiri-la.
• Banco do Brasil (BB) – é uma instituição importante no desenvolvimento econômico.
A composição do seu capital é mista, (sociedade anônima) e o controle acionário é realizado
pela união. O Banco do Brasil exerce as seguintes funções:
• Agente financeiro do Governo Federal – “Receber os tributos e as rendas federais,
realizar os pagamentos necessários e constantes do orçamento da união, efetuar redescontos
bancários, executar a política dos preços mínimos de produtos agropecuários” (NETO, 2003,
p. 81).
• Banco comercial – mantém contas correntes de pessoas físicas e jurídicas, caderneta
de poupança, concede créditos de curto prazo, operações de descontos e outros.
• Banco de Investimento e Desenvolvimento – oferece crédito de médio e longo prazo,
a diversas modalidades: rurais, comerciais, industriais e de serviços (Banco de
Investimento). Fomenta a economia de diversas regiões, no atendimento de necessidades
crédito (Banco de Desenvolvi- mento), fortalecendo o setor empresarial do país, servindo de
apoio aos setores estratégicos e à pequena e média empresa.
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – “é a
instituição responsável pela política de investimento de longo prazo do Governo Federal”
(FORTUNA, 2002, p. 23). Tem como objetivo principal disponibilizar recursos através de
várias linhas de créditos para o setor industrial e social. Importante ao desenvolvimento do
país, a concessão de crédito pode ser feita através de agentes financeiros, como Bancos
Comerciais, Bancos de Investimentos Sociedades Financeiras. O BNDES está vinculado ao
Ministério do Planejamento.
• Caixa Econômica Federal – “é a instituição financeira responsável pela
operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento
básico” (FORTUNA, 2002, p.24). A partir de 1964 foi constituído o sistema financeiro de
habitação com o objetivo de melhorar as condições para as pessoas de baixa renda
adquirirem a casa própria e também desenvolver a construção civil no país. Realiza também
212
atividades de bancos comerciais, recebimento de depósitos à vista e a prazo, poupança,
empréstimos sob consignação a funcionários de empresas com descontos em folha de
pagamento. Libera crédito ao consumidor, por meio do financiamento de bens duráveis.
4.3 Subsistema intermediação
“Esse subsistema, também denominado de operativo, é composto por instituições (bancárias
e não bancárias) que atuam em operações de intermediaçã0 financeira” (NETO, 2003, p.84).
• Instituições Financeiras Bancárias – nesta categoria encontram-se os bancos
comerciais, instituições de capital aberto (Sociedade Anônima – S.A.). Sua atividade é de
prestação de serviços, através de pagamentos de cheques, transferências de fundos e ordens
de pagamentos, cobranças diversas, recebimentos de impostos e tarifas públicas, aluguel de
cofres e custódia de valores, serviço de câmbio, concessão de crédito por meio de descontos
de títulos, crédito pessoal, crédito rural, cheques especiais, etc.
• Instituições Financeiras não Bancárias – “as instituições classificadas como não
bancárias são as que não apresentam capacidade de emitir moeda ou meios de pagamento,
como os bancos comerciais” (NETO, 2003, p.86). Nesta categoria temos as seguintes
instituições:
- banco de investimento - oferece crédito de médio e logo prazo;
- banco de desenvolvimento - promove o desenvolvimento econômico e social da
região onde atua;
- sociedade de crédito, financiamento e investimento - oferece crédito
direto ao consumidor (CDC);
- sociedade de arrendamento mercantil - realiza operações de arrenda- mento mercantil
(leasing);
- cooperativa de crédito - disponibiliza crédito aos associados e
- sociedade de crédito imobiliário - financia operações imobiliárias.
• Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – é constituído pelas
instituições: Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de
poupança e empréstimos, e bancos múltiplos. A captação de recursos destas instituições
origina-se principalmente da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia por tempo de
Serviço).
• Bolsa de valores – são associações civis sem finalidades lucrativas. As bolsas
dispõem de um local para a realização dos negócios, compra e venda dos títulos e valores
mobiliários. Têm por finalidade dar liquidez aos títulos negociados. Esses locais são
chamados de “Pregões”. As negociações podem ser realizadas em viva voz. As ofertas de
compra e vendas são lançadas no pregão pelas corretoras e a venda acontece para quem
oferece melhor lance, ou através do sistema eletrônico de negociação que é feito por meio
de terminais de computadores. As operações da bolsa de valores podem ser realizadas no
mercado à vista. A liquidação dos títulos vendidos ocorre no segundo dia útil após a
realização do negócio na bolsa, e no mercado as operações são formalizadas por meio de um
213
contrato firmado entre o vendedor e comprador, no qual a liquidação pode ocorrer no período
de 30,60,90,120, 150 e 180 dias. No Brasil a bolsa de valores que é referência é a Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo).

Atividades de aprendizagem
1. Explique a diferença entre o subsistema normativo e intermediário.

2. Em relação às atribuições, peço que você identifique em qual subsistema


cada uma delas estarão vinculadas:
a) subsistema cuja finalidade é estabelecer as diretrizes gerais das políticas:

monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e


fiscalização das instituições financeiras; disciplinar os instrumentos de política monetária e
cambial:
( ) subsistema intermediário ( ) subsistema normativo
b) subsistema que é formado por instituições financeiras bancárias e não bancárias, onde
podemos citar algumas operações como, por exemplo: captação de depósitos à vista,
concessão de crédito via descontos de títulos, crédito pessoal, cheques especiais, operação
recursos provenientes de depósitos à vista e a prazo, cooperativas de crédito:
( ) subsistema intermediário ( ) subsistema normativo

Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à economia.
23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

214

Você também pode gostar