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ÍNDICE

COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO............................... 3

COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL ................................ 32

COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL I ......................... 65

COMPONENTE CURRICULAR: INFORMATICA APLICADA ....................... 98

COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS


A ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................ 156

COMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUES INSTRUMENTAL................ 188

COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS OPERACIONAIS CONTABEIS


I ................................................................................................................................ 212

COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONOMICOS ........................ 238


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO

COMPONENTECURRICULAR:
EMPREENDEDORISMO
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO

ALUNO:

TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO


ADMINISTRAÇÃO

MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6

NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12

ORIENTAÇÕES AOS PAIS E DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO


RESPONSÁVEIS

Prezados pais e responsáveis, Caro estudante, Anotar é um exercício de


seleção das ideias e de maior
Diante da situação atual Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
mundial causado pela COVID- período conturbado, em
19, coronavírus, as aulas que as aulas foram Ao anotar, fazemos um
presenciais foram suspensas em suspensas a fim de evitar esforço de síntese. Como
todo Brasil. a propagação da COVID- resultado, duas coisas
Entretanto, como incentivo à 19, coronavírus, acontecem.
continuidade das práticas de preparamos algumas Em primeiro lugar, quem
estudo, preparamos para nossos atividades para que você anota entende mais, pois está
estudantes um plano de estudo possa dar continuidade ao sempre fazendo um esforço de
dividido em semanas /meses e seu aprendizado. captar o âmago da questão.
aulas que deverá ser realizado Assim, seguem algumas Repetindo, as notas são nossa
em casa dicas para te ajudar: tradução do que entendemos do
Os conceitos principais de conteúdo.
cada aula serão apresentados e  Siga uma rotina;
em seguida o estudante será  Defina um local de Caro(a) estudante, busque
desafiado a resolver algumas estudos; Tenha anotar sempre o que
atividades. equilíbrio; compreendeu de cada assunto
Para respondê-las, ele poderá  Conecte com seus estudado.
fazer pesquisas em fontes colegas; Peça ajuda a Não fique limitado aos textos
variadas disponíveis em sua sua família; contidos nas aulas.
residência.  Use a tecnologia a seu Pesquise em outras fontes
É de suma importância que favor. como: livros, internet, revista,
você auxilie seu(s) filho(s) na documentos, vídeos etc.
organização do tempo e no Contamos com seu
cumprimento das atividades. esforço e dedicação para
continuar aprendendo
Contamos com sua valiosa cada dia mais!
colaboração!!
.

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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Tipos de empreendedores
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Tipos de empreendedores
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

Tipos de empreendedores
Segundo Dornelas (2007), existem oito tipos de empreendedores a destacar:
• O empreendedor nato: Alguns muitas vezes começaram do zero e suas histórias são
fascinantes. Por começar a trabalhar muito cedo, na adolescência adquirem várias
habilidades, porém são muito otimistas e enxergam longe, dedicam 100% do seu tempo
para realizar o seu sonho. Têm como referência valores familiares e religiosos.
O empreendedor que aprende: É alguém que nunca pensou em ser empreendedor.
Normalmente quando menos acreditava apareceu uma oportunidade que iria mudar sua
vida, dedicando-se a um negócio próprio. Esse tipo de acontecimento ocorre quando ele
é convidado para ser sócio de outro ou ainda tem uma ideia de abrir um novo negócio. É
um pouco lento em relação a tomar decisões e não acredita que pode assumir riscos.
Contudo, lidar com situações inesperadas faz parte de um empreendedor.
• O empreendedor serial: Esse tipo de empreendedor é bastante agitado, adora novos
desafios, assumir uma atitude de executivo não é muito o seu forte. Presta atenção em
tudo o que ocorre ao seu redor, é muito comunicativo e participativo. A maior habilidade
desse tipo de empreendedor é o trabalho em equipe, mas também acredita nas
oportunidades e não ficar sossegado enquanto não as ver concluídas.

• O empreendedor corporativo: É o típico executivo, muito competente no que faz, sua


visão é voltada para os resultados. São ambiciosos, estrategistas, têm o poder de
convencimento. Sabe reconhecer os esforços de cada membro da sua equipe em um
trabalho de grupo. Se sair da empresa em que atua para montar seu próprio negócio, pode
não se sair bem.
• O empreendedor social: Sua missão de vida envolve questões humanitárias, ou seja,
ajudar a construir um mundo melhor para as pessoas. Suas características são parecidas
com as dos outros empreendedores, mas com um diferencial: sente-se realizado quando

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seu projeto traz resultados para os outros. É o único que não liga para o valor financeiro,
mas em contribuir para o desenvolvimento das pessoas.
• O empreendedor por necessidade: Por não ter outra alternativa, acaba tendo que abrir
seu próprio negócio. Muitos não têm acesso ao mercado de trabalho, seu negócio é
simples e informal, tendo pouco retorno financeiro. Além disso, não contribuem com
impostos e taxas.
• O empreendedor herdeiro: Geralmente é a pessoa que está encarregada de passar
adiante o nome da família. É encontrado em empresas que passam de geração para
geração e tem o desafio de multiplicar o respectivo patrimônio. Muitos seguem o exemplo
de seus familiares, outros preferem fazer alguma especialização, e alguns têm a
responsabilidade de estar à frente dos negócios, muito cedo.

O empreendedor normal: O empreendedor normal, ou planejado, é aquele que tem visão


de futuro, busca a minimização dos riscos e trabalha com o objetivo de atingir suas metas.

Principais características dos empreendedores de sucesso


Pesquisas feitas para o estudo das principais características dos empreendedores são
bastante voltadas para comportamento humano, e o indivíduo que apresenta essas
características saberá observar e absorver todas as ferramentas necessárias para a
concretização de tudo aquilo que ele tem em vista.

Dolabela (2007, p. 71) descreve algumas características encontradas nos empreendedores


que são:
• Perseverança: significa você não desistir diante dos obstáculos, ou seja, persistir diante
das dificuldades. Ser perseverante é uma característica essencial para indivíduos
empreendedores;
• Iniciativa: o indivíduo que se caracteriza como um empreendedor não espera que as
coisas aconteçam, muito menos que outros as façam, mas tem iniciativa, atitude. É uma
pessoa proativa, que está sempre dando o primeiro passo em qualquer atividade.

• Criatividade: Muito embora seja comum imaginarmos que as pessoas somente são
criativas se assim nascerem, isso pode não ser verdade, pois se podemos nos tornar
empreendedores, podemos também desenvolver a nossa criatividade. Portanto, ser
criativo não significa somente ser um gênio das invenções, mas criar formas diferentes
de desenvolver as tarefas mais simples do nosso cotidiano.
• Protagonismo: significa também não ficar esperando que alguém faça a nossa tarefa,
ou que resolva os nossos problemas, mas ter atitude e ser o “protagonista da história”, a
pessoa que faz o que deve ser feito.

• Energia: esta característica está diretamente relacionada a estarmos sempre


empenhados, motivados, com pensamentos positivos, ou seja, sempre dispostos a
desenvolver as nossas tarefas.

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• Rebeldia a padrões impostos: o empreendedor não aceita as coisas sem entender o
porquê, o que não significa ser um revoltado, mas sim um questionador das coisas. Se
perceber que algo não está certo, não irá fazê-lo como “sempre foi feito”, vai tentar
mostrar que “se feito de outra forma”, o resultado pode ser melhor.

• Capacidade de diferenciar-se: relaciona-se ao indivíduo que faz sua tarefa da melhor


forma, buscando sempre atingir um melhor resultado.
• Comprometimento: tal característica significa “vestir a camisa” da empresa, ou do
projeto, ou da nossa tarefa, ou seja, daquilo que nos dispomos a fazer.
• Orientação para o futuro: qualquer tarefa a ser feita deve ser desenvolvida com vistas
ao que pode gerar na sequência. Sendo assim, o indivíduo que tem a característica de
visão, pensa sempre em como um passo dado hoje pode impactar no dia de amanhã.

• Imaginação e proatividade: define o que deve aprender a partir do que deseja fazer,
ter uma visão além do que está imediatamente sendo feito e, ter iniciativa para fazer algo
que venha a trazer mudança e melhoria no que está sendo feito.
• Tolerância a riscos moderados: significa não desistir porque algo não deu certo ou
então, saber que pode perder, que existe o risco na sua atividade, tarefa ou projeto, mas
mesmo assim desenvolver o proposto com confiança, sempre buscando o melhor
resultado.

Mas não é impossível que uma pessoa possa desenvolver um comportamento


empreendedor para melhorar seu desempenho profissional. Existem treinamentos,
principalmente por meio de seminários como os aplicados pelo Sebrae, por universidades
e outras instituições, que têm como objetivo principal, moldar ou treinar tais
comportamentos.
Filion (2000, p. 3) também enumerou as características de empreendedores bem
sucedidos, com certa semelhança em relação aos apontados pelos outros, que são esses
descritos abaixo:
• Valores e cultura de empreendedorismo adquiridos por meio de contato com pelo menos
um modelo empreendedor no período de juventude;

• Experiência em negócio;

• Diferenciação;
• Intuição;

• Envolvimento;
• Trabalhadores incansáveis;

• Sonhadores realistas (visionários);


• Líderes;
• Têm o próprio sistema de relações com os empregados;
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• Controladores do comportamento das pessoas ao seu redor;

• Aprendizagem com os próprios erros.


Muitos empreendedores começam um negócio porque passam por uma necessidade, seja
por falta de dinheiro ou por estar passando por um momento de crise e, acabam agindo
impulsivamente, sem fazer um planejamento adequado. É por um desses motivos que a
taxa de ‘mortalidade’ das empresas aumenta. Também, às vezes aparecem oportunidades
valiosas que, dependendo do modo que ela for vista, pode ser um sucesso se bem
administrada e conduzida ou, pelo contrário, vai se tornar um fracasso.
Referencias.
ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.
Curitiba: IBPEX, 2011.

BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para


seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.

CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho


em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.
DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

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Atividades de aprendizagem
1. Agora que você já conheceu algumas características de um empreendedor, volte ao
texto e tente identificar três características que você possui. Relacione-as e descreva por
que você acredita ser possuidor de cada uma delas. Tente colocar uma ação que você
tenha desenvolvido que evidencie tal característica, depois comente com seus colegas
sobre sua pesquisa.

a) :

b) :

c) :

2. Considere que você, sendo uma pessoa extremamente dedicada em seus estudos ou nas
atividades na empresa, ao ser submetido a uma prova na escola ou teste na empresa,
constatou que errou uma questão. Qual é a sua reação?

a) Simplesmente ignora a questão, afinal você conseguiu mesmo assim o ter a média?

b) Busca descobrir a resposta certa, pois não se conforma de ter estudado e não ter
acertado a questão?

c) Se revolta por ter caído justamente a matéria que você não tinha dado muita atenção
ao estudar?

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SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : A importância do empreendedorismo para a geração de negócios
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. A importância do empreendedorismo para a geração de negócios
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

A importância do empreendedorismo para a geração de negócios

Introdução
Em um mundo de economia globalizada, de abertura das fronteiras e de constantes e
intensas transformações e inovações tecnológicas, o aumento da concorrência no mercado
de trabalho tem aumentado consideravelmente. Desta forma aumentou também o
interesse dos mais diversos profissionais para o fenômeno do empreendedorismo, com
destaque para a criatividade e o empenho no desenvolvimento de novas situações e
projetos, além do impulso ao surgimento de novos negócios. Porém, é inevitável que a
velocidade das mudanças, a concorrência e a falta de planejamento têm deixado muitos
dos pequenos empresários com sérias dificuldades, resultando até mesmo no fracasso de
seus empreendimentos.
A partir disso, compreende-se que o empreendedorismo é hoje um fenômeno global,
relacionado ao crescimento e desenvolvimento econômico de todas as regiões. Os
resultados desse processo manifestam-se pela inovação nos mais diversos setores
socioeconômicos, pelo desenvolvimento tecnológico e na geração de empregos, riquezas
e valor.

Empreendedorismo e geração de negócios

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As transformações provocadas pelos avanços tecnológicos e a globalização das atividades
socioeconômicas, bem como a terceirização, o crescimento no setor de serviços e o alto
índice de desemprego, impulsionam o surgimento de novos negócios.

Assim, pode-se dizer que a força empreendedora desperta o nascimento de inúmeras


novas empresas e, com elas, novos empregos. Nesse ciclo, o desenvolvimento econômico
é marcado pela renovação tecnológica, pelos novos investimentos na economia e pela
inovação no mercado.
Diante desse cenário, o principal agente desse processo de transformação é a figura do
empreendedor, que com sua personalidade, seus valores e capacidade de utilizar os
recursos disponíveis para atuar em meio a ambientes diversos, visualizam a geração de
oportunidades em todas as esferas socioeconômicas. Trata-se, de um círculo de trabalho,
na medida em que a ação positiva dos empreendedores impulsiona a oferta de novos
produtos e serviços, estimulando a concorrência e os hábitos do mercado consumidor.

O profissional empreendedor é o responsável pela identificação das oportunidades,


ameaças, riscos e possibilidades, bem como pela introdução inovadora de tecnologias de
ponta, realizando o papel de agente de transformação. De forma simples, o empreendedor
interfere no desenvolvimento do espaço em que está inserido, com qualidade, ética,
responsabilidade e conhecimento.
Pode-se considerar que o contexto no qual as organizações encontram-se inseridas exige
destas uma atitude flexível para responder às demandas do mercado, principalmente em
relação ao traçar estratégias inovadoras e inteligentes, capazes de elevar a organização à
frente da concorrência. Assim, o empreendedor tem um papel crucial no sentido de
despertar o nascimento de um negócio. É inegável que as características e o perfil
empreendedor exercem impacto positivo na geração de estratégias de negócios e na
condução adequada das mesmas, trazendo vantagem competitiva para a organização, que
mantém em sua estrutura esse inovador potencial de mercado profissional.

O ambiente de negócios vem sofrendo modificações nos últimos anos o mercado


globalizado exige das empresas um ajuste e investimento sério e consciente em inovação,
desde os processos, produtos ou serviços e estratégias econômicas.

A identificação de novas oportunidades também é fator preponderante para alavancar o


posicionamento de novos negócios na economia.
Chagas e Freitas (2001, p.2) alertam que “a empresa que não se adaptar ao novo modelo
empresarial, em que a competição tende a ser cada vez maior, está com sua sobrevivência
ameaçada”. Destacam ainda que “o empreendedorismo é uma estratégia chave para o
sucesso de uma empresa, e envolve a capacidade de mudar e inovar rapidamente”.

A estratégia constitui-se, para uma organização, como um direcionador de suas ações no


mercado de atuação, englobando os objetivos, metas e políticas socioeconômicas e
sustentáveis.

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Resumo
A geração de novas empresas e, consequentemente, a maximização do número de
empregos, é fator decisivo para representar a relevância do empreendedorismo e do
profissional que possui características dessa natureza.
A viabilização de estratégias, projetos e ideias inovadoras, a motivação do grupo de
trabalho e a eficiência das ações empenhadas no alcance das metas propostas é, sem
sombra de dúvida, o aporte essencial para favorecer o desenvolvimento dos negócios no
cenário de mercado, alavancados pela roupagem do empreendedorismo.

Nessa aula você pôde perceber que o papel do empreendedor é de grande importância
para a manutenção das empresas no mercado, bem como para a geração de novos
empregos.

Referencias.
ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.
Curitiba: IBPEX, 2011.

BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para


seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento


Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.
CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho
em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:

11
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.
DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

Atividades de aprendizagem
1. A estratégia constitui-se, para uma organização, como um direcionador de suas ações
no mercado de atuação, englobando os objetivos, metas e políticas socioeconômicas e
sustentáveis. Aproveite para aprofundar o seu conhecimento: pesquise uma definição para
estratégia.

2. O profissional empreendedor é o responsável pela identificação das oportunidades,


ameaças, riscos e possibilidades, bem como pela introdução inovadora de tecnologias de
ponta, realizando o papel de agente de transformação. De forma simples, o empreendedor
interfere no desenvolvimento do espaço em que está inserido, com qualidade, ética,
responsabilidade, coerência e conhecimento. Explique com suas palavras o entendimento
do texto em negrito.

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SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Ideia e oportunidade
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Ideia e oportunidade
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

Ideia e oportunidade: o estudo das oportunidades e a essência do trabalho do


empreendedor
É importante salientar que no dia a dia e a cada instante podemos nos deparar com
verdadeiros empreendedores, pessoas que nas suas mais diversas profissões
desempenham suas funções de forma a caracterizarem-se como empreendedores de
sucesso.

Nos tópicos desta aula estudaremos as inúmeras características dos empreendedores, os


diversos tipos de empreendedores, bem como algumas maneiras de se identificar
oportunidades conhecendo as diferenças entre ter uma ideia e aproveitar uma
oportunidade.

Também poderão ser comparadas as diversas abordagens feitas por autores, nas últimas
décadas, para caracterizar um empreendedor.

Introdução
Embora nós já tenhamos enfatizado em tópicos anteriores as características de um
empreendedor, você irá novamente, aqui nessa aula, se deparar com mais algumas
especificações acerca do tema, pois quando nos referimos à identificação de
oportunidades, precisamos sempre ressaltar as qualidades de um indivíduo que são
definidas como características do empreendedor.
É muito comum ouvirmos histórias contadas no nosso dia a dia, sobre pessoas que
venceram na vida como, por exemplo: Fulano teve muita sorte, na época em que ele abriu
a empresa as coisas eram mais fáceis; Beltrano teve sorte, pois depois que ele começou
no negócio o ramo “estourou”, e assim por diante. Acredito que você se lembrou de vários
comentários nesse sentido.

Mas será que realmente o Fulano e o Beltrano tiveram sorte ou eles souberam identificar
uma oportunidade? Talvez possamos até ter sorte, mas se ficarmos esperando as coisas

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acontecerem, nada irá acontecer. Então, a oportunidade “pode bater à sua porta” como
dizem, mas se você não estiver preparado, não irá aproveitá-la.
Leia com atenção os tópicos a seguir para compreender melhor o empreendedorismo e
sua relação com a identificação das oportunidades.

Empreendedorismo:
como identificar oportunidades
Muito se ouve falar que a oportunidade não bate à porta, que devemos correr atrás dela.
Portanto, como viemos colocando nos tópicos anteriores, um empreendedor é aquele
indivíduo que tem visão, que cria ideias, porém vale aqui destacar que uma ideia por si
só não basta, é preciso procurar as oportunidades. Neste sentido, o empreendedor é aquele
que tem a ideia e consegue colocá-la em prática.
Um dos obstáculos comuns que enfrentamos para identificar empreendedores diz respeito
à ideia de que suas características são inatas, mas, como verificamos anteriormente,
existem várias formas de se distinguir um empreendedor, haja vista qualquer indivíduo
estar apto a tornar-se um empreendedor.

Outro fator de relevância a ser enfocado é a questão errônea de que uma ideia deve ser
única, porém isto não importa (ser ou não ser única), mas sim de que forma o
empreendedor a utilizará. Oportunidades podem ser únicas e, portanto, não devem ser
desperdiçadas. Dornelas (2008, p. 37) é enfático ao colocar que “uma ideia sozinha não
vale nada; em empreendedorismo, elas surgem diariamente. O que importa é saber
desenvolvê-las, implementá-las e construir um negócio de sucesso”.

Desta forma, destaca-se a importância de se estar atento às oportunidades e não ficar à


espera de uma ideia revolucionária, pois como se sabe pela história, estas são raras.
Muitas vezes a ideia pode já existir, o que um empreendedor faz é enxergar uma
necessidade e adaptar o produto (da ideia) a ela. Sendo assim, Dornelas (2008, p. 38)
esclarece que, para ser considerado um empreendedor, “o que conta não é ser o primeiro
a pensar e ter uma ideia revolucionária, mas sim o primeiro a identificar uma necessidade
de mercado e saber como atendê-la, antes que outros o façam”.
Atente para o fato de não ser unicamente necessária a ideia brilhante para se caracterizar
um empreendedor, isso não significa que um indivíduo que a tenha não venha a se tornar
um empreendedor de sucesso. Para tal, é necessário que este possua algumas
características anteriormente já enfocadas, como ter visão do negócio, ser organizado,
identificar suas deficiências etc.

Pimentel (2008, p. 34) destaca que diariamente temos inúmeros pensamentos e que estes
podem ou não gerar ideias. Explica o autor que “uma ideia representa apenas 5% do
potencial de sucesso, os outros 95% estão localizados na identificação de oportunidades
com relação à ideia, sua aplicação prática, se existe mercado para ela e se há condições
de implantá-la”.

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Então, qual a diferença entre uma ideia e uma oportunidade, no contexto de
empreendedorismo?
A partir da colocação de Dornelas (2008, p. 39) fica clara a possibilidade de entendermos
o que é ideia e o que é oportunidade. O autor alerta para atentarmos para algumas
perguntas básicas que, se respondidas com exatidão, o negócio pode se transformar em
sucesso:

• Quais são os clientes que comprarão o produto ou o serviço de sua empresa?


• Qual o tamanho atual do mercado em reais e em número de clientes?
• O mercado está em crescimento, estável ou estagnando?

• Quem atende esses clientes atualmente, ou seja, quem são os seus concorrentes?

Portanto, se todas essas questões não forem respondidas com dados concretos, tem-se
apenas uma ideia e não uma oportunidade de merca- do. Na tabela 10.1 estão descritas
algumas formas de se identificar uma oportunidade, bem como destacadas algumas
tendências que se tornam oportunidades.

Pimentel (2008, p. 34) destaca que antes de se tentar colocar uma ideia em prática é
preciso atentar para os seguintes fatores:
1. Estratégia: é o chamado planejamento estratégico.
2. Técnica: é sobre como, quando, onde e o que fazer.

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3. Ferramenta: use sempre os utensílios que facilitem a realização de tarefas diversas.
A maior ferramenta que possuímos é o nosso cérebro.

O autor chama atenção para o fato de que uma ideia pode estar sendo desenvolvida por
várias pessoas, ou seja, assim como você, outras pessoas em outros lugares podem
também estar imaginando algo como você e, neste caso, “será vitorioso quem
implementar mais rapidamente e de forma que atenda às necessidades do mercado”.
(PIMENTEL, 2008, p. 34).

Referencias.
ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.
Curitiba: IBPEX, 2011.

BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para


seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento


Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.
CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho
em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.
DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

Atividades
1 - Pimentel (2008) destaca que antes de se tentar colocar uma ideia em prática é preciso
atentar para alguns fatores. Cite e explique quais são eles:

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SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Mitos e verdades sobre o empreendedor
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Mitos e verdades sobre o empreendedor
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

Mitos e verdades sobre o empreendedor


Normalmente ouvimos dizer que as pessoas já nascem empreendedoras, ou então, “têm
dom para o negócio”, porém hoje sabemos que podemos desenvolver o espírito
empreendedor. Assim como essa fala não é uma verdade absoluta, muitas outras acerca
do empreendedor também são consideradas mitos. Nesta aula vamos fazer uma
abordagem enfatizando outros mitos e sua relação com a realidade.

Introdução
Ser empreendedor não significa ser um empresário, nem tampouco uma pessoa
autossuficiente, mas simplesmente não se contentar com a inalterabilidade, tentar fazer o
melhor, buscar superar as expectativas, enfim, vislumbrar sempre o horizonte.

Mitos e verdades
Importante aqui você observar que mitos são as crenças das pessoas, sem um fundamento
científico, é aquilo que se acredita ser uma verdade, porém, sem nenhuma comprovação.

Baseando-se em concepções errôneas comumente deparadas em nosso cotidiano,


Dornelas (2008) buscou desenvolver algumas ideias colhidas em suas pesquisas, que
pudessem distinguir o que é mito e o que é verdade, constatadas junto aos
empreendedores. Um dos critérios utilizados pelo autor foi identificar se o “empreendedor
à frente do negócio aparentava ter características de um líder empreendedor ou apenas
estava administrando sua empresa sem se preocupar em fazê-la crescer”. Ou seja, se
existia nele a vontade, o interesse de expandir seu negócio ou se conformava somente
com a sobrevivência. O autor usou também o mesmo critério para avaliar os
empreendedores corporativos.

A pesquisa focou igualmente nos empreendedores que eram sócios ou responsáveis pela
gestão do negócio há pelo menos cinco anos. Tal período foi observado devido ao fato de
que as pesquisas demonstram que a grande maioria dos pequenos empreendimentos não
sobrevive a este período (cinco anos).

17
Vários aspectos foram analisados, como escolaridade, conhecimento, setor de atuação,
networking, planejamento, risco, fatores de influência para motivação, dedicação, fontes
de recursos, modelos de referência, necessidade de sócios, visão, liderança e equipe, entre
outros. As conclusões demonstraram que muitos mitos eram feitos acerca do
empreendedor e que nem sempre estes existiam.

Um dos fatores de importância a ser ressaltado refere-se ao nível de escolaridade, por ser
uma característica apontada também por outras pesquisas, como o relatório do Global
Entrepreuneurship Monitor (GEM), que é realizado em vários países do mundo, como
aspecto relevante para o sucesso do negócio. Na pesquisa desenvolvida por Dornelas, o
percentual de universitários foi de 69%, um índice bastante representativo.

Outro fator bastante destacado pelo autor diz respeito à importância do planejamento e,
sendo assim, cai o mito de que a intuição nos negócios é mais importante que o
planejamento. Mesmo tendo grande parte dos empreendedores ainda desconhecendo os
modelos formais de planejamento, principalmente os referentes à elaboração do plano de
negócios, a constatação é de que o plano, muitas vezes, é realizado informalmente, mas
não nos formatos padrões, que também não deixaram de contribuir para o sucesso dos
empreendimentos.
Outra questão bastante comum refere-se “[à] sorte que algumas pessoas têm na vida”.
Este mito é confundido com o “saber aproveitar as oportunidades”, pois, como o autor
destacou, “a percepção e o aproveitamento de oportunidades são características marcantes
do empreendedor de sucesso” (DORNELAS, 2007, p. 26).

Um fator que já destacamos como característica do empreendedor diz respeito ao fato de


este “correr riscos”, porém devemos lembrar que os riscos devem ser sempre calculados
e não sendo assumidos deliberadamente. Também como já enfocado anteriormente, a
principal motivação para o empreendedor nem sempre é o dinheiro, mas a realização de
seus sonhos, a vontade de ter um próprio negócio, de ser o dono, enfim, de tornar sua
ideia um negócio de sucesso.
Conhecer a respeito da atividade que se pretende implantar também é um fator importante
para o sucesso de um empreendimento, pois aventurar-se em um setor que não se tem
experiência torna ainda mais arriscado o negócio.

No quadro abaixo estão destacados alguns mitos que se consolidaram e que não refletem
“as questões reais vividas pelo empreendedor”.

18
MITO REALIDADE
A capacidade criativa de identificar e aproveitar oportunidades vem depois de 10 anos de expe-
Empreendedores não são riência, que conduz a um reconhecimento de padrões. O empreendedor é feito pela acumulaçãodas
feitos, nascem. habilidades, know-how, experiência e contatos em um período de tempo. Logo, empreende- dores
acumulam experiência e se preparam para o salto empreendedor.
Os empreendedores reconhecem a diferença entre ideias e oportunidade e pensam grandeo
Qualquer um pode começar suficiente para ter maiores chances de sucesso. A parte mais fácil é começar. Difícil é
um negócio. sobreviver. Talvez somente uma entre 10 a 20 novas empresas que sobrevivem cinco anos ou
mais consiga obter ganho de capital.
Empreendedores são Empreendedores de sucesso assumem riscos calculados, minimizam riscos e tentam influen-ciar
jogadores. a sorte.
O empreendedor individual geralmente ganha a vida. É difícil ter um negócio de alto potencial
Empreendedores querem o
sozinho. Os empreendedores de sucesso constroem uma equipe. Acham que 100% de nada é
espetáculo só para si.
nada. Eles trabalham para aumentar o bolo, em vez de tirar a maior parte dele.
Empreendedores são os seus
Está longe de ser independente e serve a muitos senhores (sócios, investidores, clientes,
próprios chefes e completa-
fornecedores, empregados, credores, família etc.).
mente independentes.
Empreendedores trabalham
mais tempo e mais duro doque
Não há evidências nas pesquisas: os resultados às vezes dizem que sim, às vezes que não.
gerentes em grandes
empresas.
Empreendedores
É verdade, mas não mais que em outras profissões, entretanto eles acham o seu trabalhomais
experimentam grande estresse
gratificante. São mais ricos e não querem se aposentar.
e pagam alto preço.
Os empreendedores talentosos e experientes (que sabem identificar e agarrar oportunidadese
Começar um negócio é
atrair os recursos financeiros e outros) frequentemente alcançam o sucesso. Além disso, a
arriscado e frequentemente
empresa entra em falência, mas o empreendedor não. A falência é, muitas vezes, o fogo que
acaba em falência.
tempera o aço da experiência de aprendizado do empreendedor.
Se as outras partes e talentos existirem, o dinheiro virá. Não quer dizer que, se o empreen- dedor
Dinheiro é o mais importante tem dinheiro, terá sucesso. O dinheiro é um dos ingredientes menos importantes. É, para o
ingrediente para se começar o empreendedor, o que o pincel e a tinta são para o pintor: ferramenta inerte que, nas mãos certas,
negócio. pode criar maravilhas. Mesmo depois de ter feito alguns milhões de dólares, um empreendedor
irá trabalhar incessantemente numa nova visão para construir outra empresa.
Idade não é barreira. A idade média de empreendedores de sucesso (Higher potential busi- ness)
Empreendedores devem ser
é próxima aos 35 anos, mas há inúmeros exemplos de empreendedores de 60 anos deidade. O
novos e com energia.
que é importante: know-how, experiência de rede de relacionamentos.
Empreendedores de sucesso buscam construir empresas nas quais possam realizar ganhos de
Empreendedores são moti-
capital em longo prazo. Não procuram satisfação imediata de grandes salários e aparên-cia.
vados pela busca do todo
Buscam realização pessoal, controle dos seus próprios destinos e realização dos seus sonhos.
poderoso dólar.
O dinheiro é visto como uma ferramenta.
Empreendedores buscam po- O poder é antes um subproduto do que uma força motivadora. O empreendedor busca
der e controle sobre terceiros. responsabilidade, realização e resultados.

19
Se o empreendedor é talen- Raramente um negócio tem solidez em menos de três ou quatro anos. Máxima entre os
toso, o sucesso vai aconte-cer capitalistas de risco: “O limão amadurece em dois anos e meio, mas as pérolas levam seteou
em um ou dois anos. oito.”
Qualquer empreendedor
com uma boa ideia pode Nos Estados Unidos, somente um a três em cada 100 conseguem capital.
levantar capital.
Se um empreendedor tem
O oposto é frequentemente verdade, isto é, muito dinheiro no princípio cria euforia e a“síndrome
capital inicial suficiente, não
de criança estragada”.
pode perder a chance.
Fonte: Adaptado de Salim et al. (2004, p. 7-8).

Na tabela 11.1, ficam claras as principais falas encontradas no cotidiano das pessoas e
organizações acerca das características de um empreendedor. Leia com atenção, e se for
preciso releia-as, pois são importantes para o seu aprendizado.
Vamos tomar um dos tópicos, o de que “Qualquer empreendedor com uma boa ideia pode
levantar capital”. Perceba que essa realidade é totalmente distorcida pelos fatos, pois
como no próprio quadro podemos observar, nos Estados Unidos, somente um a três em
cada 100 conseguem capital. Desta forma, podemos perceber que não adianta somente
termos a ideia, como inicialmente se acreditava, se não soubermos aproveitar a
oportunidade, ou então não termos o conhecimento necessário para conseguirmos os
recursos para colocarmos a ideia em prática.

Referencias.

ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.


Curitiba: IBPEX, 2011.
BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para
seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

20
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.

CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho


em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.
DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

Atividades de aprendizagem

1. Identifique um proprietário de uma empresa de pequeno porte, de preferência


acima dos 50 anos, e questione-o sobre suas características para constatar se o mito aqui
descrito se verifica na prática: “O empreendedor precisa ser novo e com energia”.
Observe a energia, a motivação com que o mesmo irá descrever a sua atividade. Anote
suas observações e comente.

2. Se na empresa onde você identificou o empreendedor acima dos 50 anos tiver um


funcionário jovem, converse com o mesmo e constate as diferenças no entusiasmo sobre
um assunto, por exemplo, a situação econômica do país ou o valor do salário mínimo
atual. Registre aqui a sua percepção.

21
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA : A importância das micro e pequenas empresas
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. A importância das micro e pequenas empresas
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O contexto econômico e mercadológico antes de 1990
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

A importância das micro e pequenas empresas


As micro e pequenas empresas são, na maioria das vezes, resultados de ações de
empreendedores que decidiram colocar suas ideias em prática.
Nesta aula vamos abordar um pouco acerca de empresas em geral e, principalmente
enfatizar a importância das micro e pequenas empresas para a economia de um país.

Introdução
A maioria das pessoas tem a ideia de que são as grandes empresas que mais oferecem
empregos, que mais geram renda para o país, enfim, que elas é que realmente contribuem
para o crescimento de um país. Evidentemente que estas têm grande representatividade,
pelo volume de capital que geram e, sendo assim recolhem mais imposto, etc. Porém, as
micro e pequenas empresas têm uma participação muito maior em âmbitos gerais, pois
geram mais empregos por serem em quantidades muito maiores, portanto representam
economicamente mais para um país. Desta forma é que se percebe a grande preocupação
em fomentar o empreendedorismo para o surgimento de novos empreendimentos de
pequeno e médio porte para o desenvolvi- mento econômico do país.

Você pode estar se perguntando por que vamos estudar a respeito das pequenas e médias
empresas, já que o nosso assunto é sobre empreendedorismo. Pois bem, a grande maioria
dos empreendedores está ligada às micro, pequenas e médias empresas, exceto aqueles
que abordamos anteriormente, que são os empreendedores corporativos, e normalmente
se destacam nas grandes corporações. As pequenas empresas têm grande importância para
cenário econômico brasileiro, pelo fato de serem responsáveis por grande parte dos
empregos gerados, além de terem enorme representatividade no Produto Interno Bruto –
PIB (riqueza do país).

22
Em relação às micro e pequenas empresas, é oportuno estudarmos o tema, principalmente
porque para elas é de suma importância que sejam desenvolvidos os Planos de Negócios
– assunto que abordaremos nos capítulos seguintes.
O ambiente dos negócios apresenta-se competitivo e, portanto, é necessário estar atento
às mudanças a fim de que a empresa se mantenha nesse mercado. Para tal, torna-se
essencial analisar e discutir as possibilidades e tendências para as pequenas e médias
empresas tornarem-se competitivas e manterem-se neste mercado ora apresentado.

Empresas: uma breve caracterização


Empresa é uma atividade particular, pública ou de economia mista, que tem a finalidade
de produzir e oferecer bens ou serviços, com o objetivo de atender às necessidades
humanas. Para Sandroni (2002, p. 203), “empresa é uma organização destinada à
produção e/ou comercialização de bens e ser- viços, tendo como objetivo o lucro”.
Podemos dizer que empresas são instituições que existem a fim de satisfazer as
necessidades humanas, pois todos nós necessitamos, de moradia, alimentação, educação,
etc. e, para tal, é que elas foram criadas.

23
Neste sentido, Stadler (2004, p. 10) descreve que: “uma empresa pode ser definida como
sendo uma organização intencionalmente constituída de pessoas e recursos tecnológicos,
com o intuito de produzir e vender bens e serviços, a fim de satisfazer as necessidades e
expectativas do seu público alvo”.

As empresas podem ser individuais e coletivas e, quanto ao ramo de atividades, são


classificadas em:
• Empresas Industriais;

• Empresas Comerciais;

• Empresas de Prestação de Serviços.


No que se refere às categorias de empresas, podem ser classificadas pelo setor econômico
(primário, secundário e terciário), pelo número de proprietários (se é individual, de
responsabilidade limitada ou sociedade anônima), pelo tamanho (micro, pequena, média
ou grande empresa) e também pelo fim (fins lucrativos ou não lucrativos).
Na maioria dos casos, a sobrevivência das micro e pequenas empresas depende de uma
única pessoa, o proprietário. Desta forma, podemos deduzir que a empresa funciona como
uma extensão da personalidade da pessoa que a coloca em funcionamento.

Em relação ao aspecto legal de constituição da empresa, o enquadramento é feito de


acordo com o faturamento.
A Lei nº 9.841/1999 instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,
dispondo sobre o tratamento diferenciado previsto nos artigos 170 e 179 da Constituição
Federal do Brasil.
No Brasil, há diversas definições de micro e pequena empresa (MPE). O Estatuto da
Micro e Pequena Empresa (Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999) considera
microempresa aquela com faturamento bruto anual de até R$433.755,14 e pequena com
faturamento bruto anual de até R$2.133.222,00. Para o regime tributário especial (Lei nº
9.317, de 5 de dezembro de 1996 – Simples), a microempresa tem faturamento até R$120
mil e a pequena até R$1,2 milhão. Esses valores foram revistos pela
Lei n° 11.196/2005 para, respectivamente, R$240 mil e R$2,4 milhões. Para efeitos
tributários, existem diferentes definições empregadas por cada um dos Estados em seus
programas de apoio à micro e pequena empresa – Simples Estaduais. Assim, uma pequena
empresa para o governo federal pode não ser uma pequena empresa para o governo
estadual e vice-versa. (SEBRAE, 2006, p. 23).

Representatividade no contexto econômico mundial


Segundo informações disponibilizadas pelo Sebrae (2006, p. 23), as MPEs:

24
respondem por mais de 90% das empresas industriais brasileiras e por menos de 15% da
produção industrial, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Elas se encontram, sobretudo, nos setores de Vestuário, Alimentos, Minerais não
metálicos, Produtos de Metal, Madeira, Móveis e Edição e Impressão.

É importante destacar que as MPEs dedicam-se quase que exclusivamente ao mercado


doméstico (dentro do país). Apenas 8,6% das microempresas e 27,4% das pequenas
exportam.
Já no que diz respeito aos fatores que contribuem para as altas taxas de mortalidade das
MPEs, estudos apontam que se referem ao despreparo administrativo dos gestores, bem
como também por questões estruturais, como a política, a economia etc.

Bensadon (2001, p. 19) descreve alguns fatores tidos como responsáveis pelo fracasso
dos empreendimentos de pequeno porte, como:
• Má administração, com destaque para a falta de planejamento e a falta de
competência gerencial e de conhecimento prático no ramo escolhido;
• Planos econômicos/economia mutante;
• Concorrência;

• Desinformação, falta de conhecimento ou de atualização;

• Acesso restrito às fontes de informações;


• Falta de dedicação total ao negócio;
• Industrialização tardia;

• Dificuldade de acesso ao crédito e baixos investimentos;


• Elevadas obrigações tributárias e jurídicas;

• Falta de qualificação de mão de obra;


Podemos perceber que existe a necessidade de desenvolver iniciativas no sentido de
capacitar o pequeno empresário, porém enfatizando principalmente as questões que
dizem respeito ao tratamento tributário, para assim estimular este segmento da economia
(as micro e pequenas empresas) a fomentar o desenvolvimento econômico do país.

Referencias.
ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.
Curitiba: IBPEX, 2011.
BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para
seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.
25
CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento
Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.

CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho


em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.
DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

Atividades de aprendizagem
1. Aproveite para aprofundar um pouco o que sabe sobre os tipos de empresas citados
nessa aula. Coloque a definição e um exemplo de cada um deles:

a) Empresas Industriais:

b) Empresas Comerciais:

c) Empresas de Prestação de Serviços:

26
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA : Plano de negócios
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. A importância das micro e pequenas empresas
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Plano de negócios
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso técnico
de administração de empresa

Plano de negócios: conceitos e importância para a sobrevivência do empreendimento


O Plano de Negócios pode ser considerado como um agente transformador das causas de
morte das empresas, pois possibilita um aumento de sucesso nos negócios, em virtude da
falta de planejamento levar ao fechamento da empresa por deixar de mostrar ao
empreendedor as falhas do negócio.

Um plano de negócios ajuda a entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio;


gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas; monitorar o dia a
dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário; conseguir financiamentos e
recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitais de risco etc.
Percebemos a importância de se montar um Plano de Negócios, mesmo que muitos
empreendedores achem desnecessário, pois trata-se de uma ferramenta útil para o sucesso
do negócio. É bastante comum ouvirmos dos empreendedores, ou até mesmo dos
empresários, que não necessitam de um PN (Planos de Negócios) ou então que as ideias
estão todas alinhadas em sua mente ou, pior ainda, que não têm tempo para desenvolver
um PN.

Nesta aula você irá entender a importância e a quem se destina o Plano de Negócios.

27
Introdução
Afinal, o que vem a ser um Plano de Negócios, ou então como alguns autores colocam, o
Business Plan?
Dornelas (2008, p. 84) descreve o Plano de Negócios como “um documento usado para
descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa”. Desta
forma, podemos entender que nada mais é do que uma forma de organizar e situar o
negócio para que o empreendedor possa obter uma visão íntegra do seu empreendimento.

Para Salim et al. (2001, p. 16), “plano de negócios é um documento que contém a
caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para
conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados”.

Se começarmos a pensar acerca do tema, dificilmente nos recordaremos de termos visto


um Plano de Negócios em uma empresa em que tenhamos atuado. Pois bem, será que as
empresas sempre tiveram um Plano de Negócios?
Sabemos que muitas empresas nunca sequer colocaram seus planos em um papel, mas
apenas como comumente ouvimos dizer “tenho tudo na cabeça”. Essa frase muitas vezes
é usada por empresários, principalmente nas empresas de pequeno porte. O gestor, que
sempre é o proprietário, costuma ter tudo organizado, mas geralmente em sua mente. A
prática de se colocar no papel essas ideias não é tão antiga.

No Brasil, podemos dizer que a elaboração do Plano de Negócios começou a ser mais
comumente utilizada com o processo de globalização da economia, que ocorreu a partir
da década de 1990. Desta forma, as empresas ficaram mais expostas à competitividade
promovida pela internacionalização dos mercados e foram tendo que se adaptar e se
atualizar para se manterem no mercado.

O Plano de Negócios, que até então era uma prática mais popular entre as grandes
corporações, começou a fazer parte do cotidiano das pequenas empresas que,
necessitavam de ferramentas para mostrar seus empreendimentos e expandi-los, ou então
de ferramentas para criarem novas empresas.

As agências de fomento e as instituições financeiras começaram a exigir que as ideias, os


cálculos e as previsões do negócio estivessem detalhados para sentirem a firmeza e a
seriedade do negócio. Desta forma, iniciou-se o pro- cesso de desenvolver os Planos de
Negócios.

Por que fazer um Plano de Negócios – PN?

28
Por meio das informações disponibilizadas pelo Sebrae podemos constatar o elevado
índice de mortalidade das empresas no Brasil, o que em parte pode ser devido à falta de
planejamento para implantação do negócio.

• Empresas com até 2 anos de existência = 49,4% de mortalidade;

• Empresas com até 3 anos de existência = 56,4% de mortalidade;


• Empresas com até 5 anos de existência = 59,9% de mortalidade.
Evidentemente que somente um Plano de Negócios não representa o sucesso do negócio,
porém evita muitos problemas e, principalmente que, caso seja inviável, a atividade não
seja colocada em prática.
Dornelas (2008, p.85) descreve alguns objetivos básicos pelos quais um PN pode ser
escrito:

1. Testar a viabilidade de um conceito de negócio;

2. Orientar o desenvolvimento das operações e estratégias;


3. Atrair recursos financeiros;

4. Transmitir credibilidade;
5. Desenvolver a equipe de gestão.
Um plano de qualidade deve responder a algumas questões básicas, como:

• Existe uma real oportunidade para o meu negócio?


• Eu ou a equipe que está desenvolvendo a ideia entendemos do negócio?
• O negócio demonstra retorno desejado para o investimento realizado?

• O mercado aceitará as ideias que estão contidas no PN?


• Existe diferenciação no meu negócio?

• O meu negócio tem chances de existir por alguns anos?


A partir dessas questões, observe as razões apontadas por Bangs Júnior (2002, p. 19) para
se criar um Plano de Negócios:

29
1. O processo de organizar um plano de negócios, incluindo as reflexões que você
faz antes de começar a registrá-lo por escrito, obriga-o a assumir um posicionamento não
emocional, crítico e objetivo em relação ao seu projeto como um todo.

2. O produto acabado – o seu plano de negócios – é um instrumento operacional que,


se usado de forma apropriada, irá auxiliá-lo a gerenciar o seu negócio e a trabalhar
efetivamente para seu sucesso.
3. O plano de negócios concluído transmite suas ideias para outros e fornece a base
para sua proposta de financiamento.
Portanto, no momento em que se desenvolve o PN já se pode estar fazendo uma análise
do negócio, realmente refletindo sobre as reais possibilidades de sucesso da atividade.
Desta forma, não se caracteriza o PN, pela importância do documento em si, mas pelo
processo de construção dele, que possibilita a quem o estiver desenvolvendo, amadurecer
e refletir mais profundamente sobre o negócio ao qual se está estudando.

Outra possibilidade poder ser, depois de concluído o PN, uma forma de consulta e
direcionamento para o empreendedor no que se refere à sua atividade, pelo fato de ali
estarem registradas informações relevantes sobre vários pontos que devem estar sempre
presentes na atividade que se pretende implantar. Também, este servirá de referencial
para todos os interessados e ou envolvidos no negócio, desde os funcionários até os
possíveis investidores.

Para quem interessa o Plano de Negócios?


Engana-se quem acredita que um PN destina-se somente aqueles que buscam
financiamentos ou às instituições de fomento, pois, além destes, existem vários públicos
a quem interessa o PN de um empreendimento a ser implantado ou de uma empresa já
existente e que deseja expandir-se.

Observe alguns públicos descritos por Dornelas (2008) para os quais um PN pode
interessar:

• Sebrae, universidades e órgãos governamentais – para conceder financiamentos;


• Bancos – para liberar financiamentos para aquisição de equipamentos ou para
capital de giro ou expansão da empresa;

• Investidores;
• Fornecedores;

• Público interno – funcionários efetivos e em fase de contratação;


• Clientes;
• Sócios.

O PN de uma empresa, em caso de ela já estar funcionando, é para o gestor um documento


que pode servir de estímulo para o bom desempenho das atividades, bem como para que

30
no momento da contratação de novos funcionários se possa demonstrar as intenções da
empresa. Tal atitude possibilita uma forma de demonstração, por parte do gestor, da
importância de cada um no processo de expansão e, desta forma, os colaboradores se
sentirão valorizados e dispostos a contribuir com a empresa.

Referencias.

ARANTES, E. C. & HALICKI, Z. Empreendedorismo e Responsabilidade Social.


Curitiba: IBPEX, 2011.
BANGS JÚNIOR, D. H. Guia prático: planejamento de negócios – criando um plano para
seu negócio ser bem-sucedido. São Paulo: Nobel, 2002.
BENSADON, A. D. C. Pequenas empresas: procedimentos para o planejamento
organizacional do empreendedor contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

CHAGAS, J.; FREITAS, H. A Tomada de Decisão Segundo o Comportamento


Empreendedor: um survey na região das Missões. Campinas: Enanpad, 2001. Disponível
em: http://www.ea.ufrgs.br/professores/hfreitas/files/artigos/2001/2001_101_
Enanpad.pdf>. Acesso em: 5. jan. 2012.
CORDEIRO, J. V. B. M. A Logística como Ferramenta para a Melhoria do Desempenho
em Pequenas Empresas: Administração Integrada das Atividades de Logística Beneficia
Cliente e Empresa. Revista FAE BUSINESS, n. 8, mai./2004. Disponível em:
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_
v8_n1_08_vicente.pdf. Acesso em: 6. jan. 2012.

DE MASI, D. A Emoção e a Regra: grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. 7ª ed.


Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. 6. ed.
São Paulo: Cultura, 1999.

Atividades de aprendizagem

1. Defina o que é um Plano de Negócios.

2. Cite os objetivos básicos pelos quais um PN pode ser escrito, de acordo com
Dornelas (2008):

1.
2.
3.

4.
5.

31
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
AMBIENTAL
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa


colaboração!!

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SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Gestão da qualidade da água
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Distribuição e fluxo da água no planeta
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Gestão da qualidade da água

Distribuição e fluxo da água no planeta


Aproximadamente 70 % da superfície do Planeta Terra é coberta por água e, por isso, o
planeta poderia ser chamado de Planeta Água. No entanto, apenas uma pequena parte está
disponível para consumo. Dessa grande quantidade de água, apenas 0,3 % está disponível,
o restante dos 2,5 % de água doce está nos lençóis freáticos e aquíferos, nas calotas
polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como pântanos.

A água está em movimento contínuo no planeta e os fluxos estão concentrados nas regiões
intertropicais, que possuem 50 % do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão
48 %, e nas zonas áridas e semiáridas, apenas 2 %.

O fluxo da água é denominado ciclo da água ou ciclo hidrológico. Este fluxo é alimentado
pela força da gravidade e pela energia do sol, responsável pela evaporação das águas dos
oceanos e dos continentes. Na atmosfera, formam-se as nuvens que, quando carregadas,
provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve.
A água precipitada no solo segue diferentes caminhos: Escoamento superficial, infiltração
e fluxo pelos espaços vazios do solo e rochas, congelamento nos cumes das montanhas e
geleiras e evaporação retornando à atmosfera. Parte da água é absorvida pelas plantas e
retorna à atmosfera pelo processo de evapotranspiração.

Excesso e escassez de água


O Brasil é o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, concentrando
em torno de 13 % da água doce disponível em rios. Abriga o maior rio em extensão e
volume do planeta, o Amazonas. As chuvas são abundantes durante o ano em

33
aproximadamente 90 % do território brasileiro. A formação de uma extensa e densa rede
de rios é favorecida pelas condições climáticas e geológicas, com exceção da região do
semiárido, onde os rios tem pouco volume e são intermitentes.

Porém, toda essa abundância de água é irregularmente distribuída, sendo concentrada na


região de mais baixa concentração populacional que é a região norte, com
aproximadamente 75 % da água superficial. A relação é invertida na região que concentra
a maior taxa da população, a sudeste, que apresenta apenas 6 % do total da água
disponível.

Classificação e usos da água


A água é utilizada em todas as atividades humanas, podendo servir para consumo ou como
insumo em algum processo produtivo. A classificação da qualidade da água varia
conforme o seu uso. Na água são encontradas outras substâncias, que não somente
moléculas de H e O, que muitas vezes são necessárias para a manutenção da vida de
determinados organismos, não significando, portanto, que estejam poluídas. Já, em outras,
há substâncias estranhas em sua composição que prejudicam o seu uso, significando que
estão poluídas.

Usos da água
Os principais usos da água são:
Abastecimento doméstico – preparação de alimentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza
na habitação, irrigação de jardins e hortas particulares, criação de animais domésticos,
entre outros.
Abastecimento público – moradias, escolas, hospitais, irrigação de parques e jardins,
limpeza de ruas e logradouros, paisagismo, combate a incêndios, entre outros.
Abastecimento industrial – como matéria-prima, na produção de ali- mentos e produtos
farmacêuticos, em sistemas de refrigeração, metalurgia, lavagem nas áreas de produção
de papel, tecido, abatedouros, para produção de vapor, entre outros.

Abastecimento comercial – em escritórios, oficinas, nos centros comer- ciais e lojas, em


bares, restaurantes, entre outros.

Abastecimento agrícola e pecuário – na irrigação para produção de alimentos, para


tratamento de animais, lavagem de instalações, máquinas e utensílios.

Recreacional – lazer, turismo, piscinas, lagos, parques, rios, entre outros.


Geração de energia elétrica – produção de energia pela derivação das águas de seu curso
natural.

Saneamento – diluição e tratamento de efluentes.


Classificação

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A resolução CONAMA 357/2005 classifica os corpos d´água, segundo a qualidade
requerida para os seus usos preponderantes, em treze classes subdivididas em águas
doces, águas salinas e águas salobras.

Águas doces são águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰. As águas salobras
apresentam salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰. Águas salinas possuem
salinidade igual ou superior a 30 ‰.

Poluição da água
A poluição hídrica diz respeito às alterações que ocorrem nas características físicas,
químicas e/ou biológicas das águas, constituindo prejuízo à saúde, à segurança e ao bem
estar da população. Isso implica no comprometimento da fauna e da utilização das águas
para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia.

Esta poluição pode ser causada pelo crescimento populacional e pela urbanização
desordenada, pela instalação de indústrias, pelo aumento da produção agrícola e sua
pesada carga e descarga de pesticidas e fertilizantes no ambiente.

Poluição das águas superficiais


A poluição das águas superficiais pode ser classificada quanto às fontes, em pontuais ou
difusas, em função das formas nas quais os poluentes podem alcançar os mananciais. As
fontes pontuais são aquelas que possuem um local determinado de lançamento na água,
como as tubulações de esgotos domésticos e industriais ou de galerias de águas pluviais.
As fontes difusas caracterizam-se por não apresentarem um ponto específico de descarga
dos poluentes na água, como exemplo, águas de escoamento superficial, drenagem de
sistemas de irrigação e infiltração, a partir do lançamento de resíduos sólidos e líquidos
no solo e lançamentos aleatórios de detritos na água.

Poluição das águas subterrâneas


A infiltração de água contaminada pode causar a poluição de mananciais subterrâneos.
Estas águas podem originar-se de fossas sépticas, líquidos percolados em depósitos de
lixo (chorume), esgotos lançados no solo, sistemas de irrigação com águas servidas,
drenagem de áreas irrigadas com pesticidas e fertilizantes, injeção de resíduos líquidos,
domésticos ou industrias no subsolo, vazamento de tubulações e depósitos subterrâneos,
infiltração de águas superficiais poluídas.

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Referencias

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.

ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades


produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.

ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,


ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:
responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São


Paulo: Saraiva, 2011.
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro
comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.

CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

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SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Gestão da qualidade da água (continuação)
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Classificação da poluição hídrica
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Gestão da qualidade da água (continuação)

Classificação da poluição hídrica


A poluição hídrica é classificada em sedimentar, química, térmica e biológica.

Poluição sedimentar
A poluição sedimentar é resultante da acumulação de partículas em suspensão, tais como
partículas de solo e de produtos químicos orgânicos ou inorgânicos insolúveis. Como, por
exemplo, sedimentos contaminados com agrotóxicos transportados pelas chuvas para os
rios. Estes sedimentos bloqueiam a entrada dos raios solares interferindo na fotossíntese
das plantas aquáticas e, também, carregam poluentes químicos e biológicos adsorvidos.
Os sedimentos constituem a maior massa de poluentes e geram a maior quantidade de
poluição nas águas.

Poluição química

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Esta poluição é causada por produtos químicos que afetam a fauna e a flora aquática ao
longo do tempo. Os poluentes químicos são divididos em:
Biodegradáveis – quando são decompostos pela ação de bactérias ao longo do tempo,
como, por exemplo, detergentes, inseticidas, fertilizantes, petróleo, entre outros.
Persistentes – quando se mantém por longo tempo no meio ambiente e nos organismos
vivos, podendo causar problemas como a contaminação de alimentos, peixes e crustáceos.
São exemplos de poluentes persistentes o DDT, o mercúrio, entre outros.

Poluição térmica
A poluição térmica é devida a despejos, nos rios, de grandes volumes de água aquecida
usada no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. O
aumento da temperatura da água causa a aceleração do metabolismo dos seres vivos
levando ao aumento da necessidade de oxigênio e aceleração do ritmo respiratório.

Também ocorre a diminuição da solubilidade dos gases em água, causando um


decréscimo na quantidade de oxigênio dissolvido. Esta diminuição acarreta prejuízo para
a respiração da fauna e flora aquáticos, afetando, inclusive os ciclos de reprodução. A
ação dos poluentes, já presentes na água, é potencializada pelo aumento na velocidade
das reações e solubilidade de alguns poluentes.

Poluição biológica
A poluição biológica ocorre por meio da infecção por organismos patogênicos, existentes
nos esgotos. Pode conter bactérias que provocam infecções intestinais epidêmicas e
endêmicas, vírus que provocam hepatites, infecções nos olhos, protozoários, que são
responsáveis pelas amebíases e giardíases, vermes da esquistossomose e outras
infestações.

Embora a água de nascentes ou de poços artesianos, com aparência cristalina, possa


parecer limpa, muitas vezes está contaminada pela proximidade com fossas e lançamento
de esgotos. Essa contaminação é devido a infiltração através do solo, quando as bactérias
e vírus por serem muito menores, chegam à água de poços e nascentes transmitindo
doenças.

Autodepuração
Autodepuração é a recuperação do equilíbrio no meio aquático por meio da associação de
vários processos naturais após as alterações ocorridas pelo lançamento de efluentes.
O processo de autodepuração se desenvolve ao longo do tempo e da direção longitudinal
do curso d’água por meio de estágios de sucessão ecológica dividindo-se em zona de
degradação, zona de decomposição ativa, zona de recuperação, zona de águas limpas.

Zona de águas limpas – localizada em região à montante do lançamento do efluentes (caso


não exista poluição anterior) e também após a zona de recuperação. Esta região é
caracterizada pela elevada concentração de oxigênio dissolvido e vida aquática superior.

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Zona de degradação – localizada à jusante do ponto de lançamento, sendo caracterizada
por uma diminuição inicial na concentração de oxigênio dissolvido e presença de
organismos mais resistentes.

Zona de decomposição ativa – região onde a concentração de oxigênio dissolvido atinge


o valor mínimo e a vida aquática é predominada por bactérias e fungos (anaeróbicos).
Zona de recuperação – região onde se inicia a etapa de restabelecimento do equilíbrio
anterior à poluição, com presença de vida aquática superior à montante do lançamento do
efluente (caso não exista poluição anterior) e também após a zona de recuperação.

Eutrofização
A eutrofização é o fenômeno da proliferação e crescimento excessivo das plantas
aquáticas que causam interferências no corpo d’água. Este crescimento é estimulado por
um nível excessivo de nutrientes, principalmente N e P, resultante da poluição das águas
por adubos, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio. Há um
aumento da carga desses minerais levando a proliferação das algas microscópicas
localizadas na superfície.

Essa espessa camada de algas dificulta a entrada da luz solar na água, impedindo a
realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas,
levando-os a morte. Por sua vez, este fato faz aumentar a proliferação de bactérias
decompositoras e o consumo de O, que leva a morte da fauna aquática e outros
organismos aeróbicos. Com ausência do O, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica
cujo resultado são os gases, como o sulfúrico de cheiro forte característico do fenômeno.
A eutrofização pode ser natural, visto que os lagos tendem para esse estado, ou antrópica
provocada pela intervenção do homem. A eutrofização causa a destruição da fauna e da
flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto. Esse
cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e
vermes.
O processo de eutrofização, normalmente, ocorre com a repetição da entrada de nutrientes
no lago ao longo do tempo. Geralmente, com uma única ocorrência e uma pequena
quantidade de nutrientes, o lago volta ao seu estado normal através do processo de
autodepuração.

Processos de tratamento de efluentes


O tratamento de efluentes consiste na remoção de poluentes e o método a ser utilizado
depende das características físicas, químicas e biológicas.

Motivos para tratar os efluentes


Os efluentes devem ser tratados para a disposição final, de tal forma, que o sistema deve
ser projetado para atender as condições de lançamento da classe do corpo hídrico receptor.
Essas condições são definidas na legislação e avaliadas em termos de padrões físico-
químicos que são: temperatura, cor, turbidez, condutividade, DBO e DQO, pH,
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compostos tóxicos e metais pesados, oxigênio dissolvido, H2S, CH4, N, e quantidade de
sólidos (suspensos, sedimentáveis, totais e dissolvidos).
Também pode ser tratado para o reuso, ou seja, uma parte de determinado efluente pode
ser tratado de uma certa forma (grosseira) para usos menos exigentes em termos de
qualidade de água e o restante de forma mais completa, para usos mais nobres.
A reutilização de um subproduto permite que o meio ambiente seja poupado tanto pela
captação dos recursos como pela disposição final.

Tipos de tratamento de efluentes


Os processos de tratamento são classificados em físicos, químicos e biológicos, conforme
a natureza dos poluentes a serem removidos e/ou das operações unitárias utilizadas para
o tratamento. Também, podem ser classificados em função da eficiência, sendo
denominados como primário, secundário e terciário.

Tratamento físico-químico ou primário


O tratamento primário consiste em operações físicas e adição de produtos químicos para
facilitar os processos seguintes:
Gradeamento ou peneiramento para a separação de sólidos grosseiros, visando evitar
desgaste de bombas ou obstruções em tubulações.
Caixa de areia para a remoção de sólidos sedimentáveis de alta.
Caixa retentora visando a remoção de óleos e graxas.

Tanque de homogeneização ou equalização para misturar e adicionar pro- dutos químicos


para o ajuste de pH, coagulação, floculação e clarificação.

Tratamento biológico ou secundário


O tratamento biológico ou secundário visa a remoção da matéria orgânica dissolvida e
em suspensão ao transformá-la em sólidos sedimentáveis ou flocos biológicos e gases. O
processo biológico reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, porém de forma
acelerada. Os principais processos são: processos aeróbios, facultativos e anaeróbios.

Os processos aeróbios são representados por sistemas de lodo ativado e suas variações,
denominadas: sistema de aeração prolongada, lagoas aeradas facultativas e lagoas aeradas
Os processos facultativos são realizados pela utilização de filtros biológicos e por lagoas
fotossintéticas e lagoas aeradas facultativas.
Os processos anaeróbios ocorrem em lagoas anaeróbias e biodigestores.

40
Tratamento terciário
O tratamento terciário visa a remoção de poluentes específicos, ou ainda, remoção
adicional de poluentes antes da descarga no corpo hídrico receptor ou para recirculação
em sistema fechado. Essa operação é, também, chamada de polimento.

Os processos são específicos para as necessidades de cada tipo de indústria, resultando


em processos diversificados. As principais etapas são: filtração, cloração ou ozonização
para a remoção de bactérias, absorção por carvão ativado, e outros processos de absorção
química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos inorgânicos, tais como
eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.

Qualidade da água e legislação


Lei 9433/1997 – instituiu e estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).
Lei 9984/2000 – criação da Agência Nacional das Águas – ANA, entidade federal de
implementação da PNRH e de coordenação do SINGREH.
Tem o propósito de regular o uso das águas dos rios e lagos de domínio da União e
implementar o SINGREH, garantindo o seu uso sustentável, evitando a poluição e o
desperdício, e assegurando água de boa qualidade e em quantidade suficiente para a atual
e as futuras gerações.
Resolução CONAMA 357/2005 – dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Resolução CONAMA 430/2011 – dispõe sobre condições e padrões de lançamento de


efluentes, complementa e altera a Resolução no 357 de 2005 do CONAMA.

Referencias
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.
ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades
produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.

ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,


ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:
responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.

41
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São
Paulo: Saraiva, 2011.
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro
comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.
CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

Atividades

1. Associe as colunas e assinale a alternativa correta.

(A) Poluição sedimentar.


(B) Poluição térmica.

(C) Poluição química.


(D) Poluição biológica

( ) Produtos biodegradáveis ou produtos persistentes que afetam a fauna e flora aquática


ao longo do tempo.
( ) Resultante da acumulação de partículas em suspensão, tais como partículas de solo e
de produtos químicos orgânicos ou inorgânicos insolúveis.
( ) Despejos, nos rios, de grandes volumes de água usada no processo de refrigeração de
refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas.

( ) Infecção por organismos patogênicos, existentes nos esgotos.


a) C–A–B–D

b) D–B–C–A
c) B–D–A–C
d) A–C–D–B

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e) B–A–C–D

2. Associe as colunas e assinale a alternativa correta:

(A) Tratamento primário.


(B) Tratamento secundário.

(C) Tratamento terciário


( ) Remoção, por meio de processo biológico da matéria orgânica dissolvida e em
suspensão, transformando-a em sólidos sedimentáveis ou flocos biológicos e gases.
( ) Polimento ou remoção de poluentes específicos, ou ainda, remoção adicional de
poluentes antes da descarga no corpo hídrico receptor ou para recirculação em sistema
fechado.

( ) Operações físicas e adição de produtos químicos para facilitar os processos seguintes,


consiste em gradeamento, peneiramento, retenção, homogeneização, sedimentação.
a) B–C–A
b) A–B–C
c) C–B–A

d) B–A–C

e) C–A–B

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SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Resíduos sólidos e logística reversa
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Resíduos sólidos
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Resíduos sólidos e logística reversa

Resíduos sólidos
O aumento populacional e o crescimento urbano acelerado, associados ao
desenvolvimento da industrialização, que proporcionou mudanças de hábitos e melhoria
do nível de vida com crescente acesso aos produtos, leva ao aumento da geração de
resíduos sólidos.

Os resíduos sólidos são externalidades negativas resultantes da atividade humana, nos


estados sólido ou semissólido, assim também, como gases contidos em recipientes e
líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d´agua, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Essa é a definição pela Lei
12.305/2010.

Logística reversa dos resíduos sólidos


A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento,
em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final, ambientalmente,
adequada. Concentra-se nos fluxos em que existe valor a ser recuperado, possibilitando a
reentrada dos resíduos em uma cadeia de abastecimento.

44
Para saber mais sobre logística reversa da embalagem tetrapak, acesse:
http://www.tetrapak.com/br/reciclagem/rota-da-reciclagem

Os resíduos sólidos demandam gestão adequada para minorar seu impacto ao ambiente e
à saúde pública, numa inter-relação entre aspectos administrativos, financeiros e legais
com soluções interdisciplinares.

Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)


Com a publicação da Lei 12.305/2010, o Brasil passou a ter um marco regulatório para a
questão dos resíduos sólidos. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos integra a Política
Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Federal do Saneamento Básico
e com a Política Nacional da Educação Ambiental. Harmoniza-se, também, com a Lei de
Consórcios e com as Políticas Nacionais de Recursos Hídricos, de Saúde, Urbana,
Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior e as que promovam a inclusão social.

A ordem de prioridade apresentada na PNRS é a não geração, a redução, a reutilização e


o tratamento de resíduos sólidos, assim como a disposição final, ambientalmente
adequada, dos rejeitos. Nesse contexto, as metas apresentadas são: redução do uso de
recursos naturais nos processos produtivos, intensificação de ações de educação
ambiental, aumento da reciclagem e promoção da inclusão social. Enfim, o
reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de
valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

Entre os principais instrumentos instituídos pela PNRS estão os planos de resíduos


sólidos, o inventário e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos, a coleta seletiva,
o incentivo a cooperativas de catadores. Também o monitoramento e a fiscalização
ambiental, sanitária e agropecuária, a cooperação técnica e financeira entre os setores
público e privado, para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos,
processos e tecnologias de gestão.

Inventário dos resíduos industriais


O inventário de resíduos industriais é um instrumento de política de gestão de resíduos,
no qual as indústrias devem fornecer informações aos órgãos ambientais estaduais sobre
a geração, características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização,
recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados.

45
Estratégias de recuperação de valor dos resíduos sólidos
Os processos de logística reversa, normalmente, iniciam com a coleta em pontos de
consumo por catadores, ou são levados pelos próprios consumidores finais a pontos de
recolha em postos de entrega voluntária. Em seguida, são encaminhados a centros de
triagem, onde ocorrem as fases de separação, embalagem e expedição para o
estabelecimento que realizará o processamento e recuperação de valor dos resíduos
sólidos. De forma que eles poderão entrar em uma nova cadeia de abastecimento. As
estratégias

46
de recuperação de valor dos resíduos estão divididas em recuperação direta e recuperação
indireta ou por processo.

A recuperação direta envolve revenda, reutilização e redistribuição. A venda é a opção


mais comum, podendo ocorrer no canal original ou em canais específicos.

A recuperação por processos ou reprocessamento envolve limpeza, desmontagem e


remontagem em diferentes níveis: reparação, reforma, refabricação, reciclagem mecânica
e reciclagem química, sem falar na recuperação energética.

Classificação dos resíduos sólidos


Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo,
composição química e periculosidade.

Classificação quanto à origem


Classificação do lixo quanto à origem:

Domiciliar.
Limpeza urbana.
Industrial.

Comercial.
Serviço de saúde.

Transporte (portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários).


Agro silvopastoril.

Mineração.

Construção civil.

Referencias
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.

47
. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.

ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades


produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,
ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:
responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São


Paulo: Saraiva, 2011.
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.

CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro


comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.
CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

48
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Resíduos sólidos e logística reversa (continuação)
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Classificação quanto à periculosidade
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Resíduos sólidos e logística reversa (continuação)

Classificação quanto à periculosidade


Os resíduos sólidos são classificados pela ABNT NBR 10.004 em:
Classe I – Perigosos.

– Riscos à saúde pública.


– Riscos ao meio ambiente.

Classe II – Não perigosos.


– Classe IIA – Não inertes – biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade
em água.
– Classe IIB – Inertes – seus constituintes não se solubilizam a concen- trações
superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção do aspecto, cor, turbidez,
dureza e sabor.

Tratamento dos resíduos sólidos


Os principais tratamentos destinados à resíduos sólidos são: aterros sanitários, aterros
controlados, compostagem, incineração, pirólise, biodigestão, entre outros.

49
Aterros sanitários
Trata-se de uma técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. Esse método
utiliza princípios de engenharia para confinar resíduos sólidos à menor área possível e
reduzi-los ao menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão
da jornada de trabalho ou a intervalos menores, se necessário.

Assista a um vídeo sobre aterros sanitários em: http://www.youtube.com/


watch?v=iyCQKAmf0cU
Assista a um vídeo sobre aterros sanitários com recuperação energética em: http://www.
respostassustentaveis.com. br/blog/aterros-transformam- metano-vindo-do-lixo-em-
energia

Assista a um vídeo sobre incineração em: http://www.youtube.com/


watch?v=TxZJUhAHQk8http://www.youtube.com/ watch?v=mVDowHJfA3Y

Em um aterro de resíduos sólidos, gases são gerados na saída do processo de


decomposição, principalmente metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3),
hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). O metano e o
dióxido de carbono são os principais gases provenientes da decomposição anaeróbia dos
compostos biodegradáveis dos resíduos orgânicos.

A geração de biogás inicia-se após a disposição dos resíduos sólidos podendo continuar
por um período de 20 a 30 anos. O gás proveniente dos aterros contribui
consideravelmente para o aumento das emissões globais de metano. Mas esses gases,
também, podem ser aproveitados para gerar energia.

No Brasil, desde 2004, está em operação uma das maiores usinas termelétricas do mundo
movida a gás bioquímico, a partir do lixo disposto em aterro sanitário.

Compostagem
É uma técnica de reciclagem dos resíduos orgânicos que permite a transformação de
restos orgânicos em adubo, por meio de um processo biológico que acelera a
decomposição do material orgânico, tendo como produto final o composto orgânico.

50
Incineração
Trata-se da combustão de resíduos, com aproveitamento do calor gerado no processo. Os
gases remanescentes são: CO2, SO2, N2, O2, H2O, gases inertes, cinzas e escórias. O
rendimento da combustão depende da mistura de ar mais combustível e da transferência
de calor gerado na combustão para o material a ser incinerado.

Incineração de resíduos industriais


Processo de destruição térmica realizado sob alta temperatura, 900ºC a 1200ºC, com
tempo de residência controlada, utilizado para o tratamento de resíduos de alta
periculosidade, ou que necessitam de destruição total e segura. O resultado é uma fase
gasosa e outra sólida, reduzindo o volume, o peso e características de periculosidade.

As escórias e cinzas são dispostas em aterro, os efluentes líquidos são encaminhados para
estação de tratamento, e os gases oriundos da queima são tratados e monitorados sob
parâmetros pré-estabelecidos.

Os resíduos passíveis de incineração são resíduos sólidos, pastosos, líquidos e gasosos,


resíduos orgânicos clorados e não clorados (borra de tinta, agrodefensivos, borras oleosas,
farmacêuticos, resíduos de laboratório, resinas, entre outros), resíduos inorgânicos
contaminados com óleo, água contaminada com solventes, resíduos ambulatoriais e
hospitalares, solo contaminado e radioativo.

Pirólise
Reação de decomposição por meio do calor. Na indústria, esse método é chamado de
calcinação. É possível produzir produtos como o bio-óleo ou alcatrão político e o carvão
vegetal, que servem como alternativas de combustíveis.

Assista a um vídeo sobre pirólise em:http://www.youtube.com/ watch?v=_ss0e6fMAt8

Biodigestão anaeróbia
Resíduos tratados produzem o biogás, composto basicamente por 2 GEEs, o CH4 e o CO2
que podem ser utilizados na produção de energia elétrica, térmica ou mecânica, além de,
ao final do processo, ainda resultar o adubo.

Todo processo ocorre de forma anaeróbica e fechada, na ausência de oxigênio e sem


liberação de gases produzidos pela ação das bactérias. É possível canalizar os gases da

51
decomposição e queimá-los com a finalidade de substituir o gás natural em algum setor
da economia.

Referencias
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.
. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.

. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.


php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.

ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades


produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,
ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:
responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.

AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São


Paulo: Saraiva, 2011.
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro
comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.
CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

52
Atividades

1. Associe as colunas e assinale a alternativa correta.

(A) Aterros sanitários.


(B) Compostagem.

(C) Incineração.
(D) Pirólise.
(E) Biodigestão.

( ) Reação de decomposição por meio do calor, também chamado de calcinação.


( ) Disposição de resíduos sólidos no solo com a utilização de princípios de engenharia
para confinar os resíduos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume possível,
cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão da jornada de trabalho ou a intervalos
menores.

( ) Transformação de restos orgânicos em adubo por meio de um processo biológico que


acelera a decomposição do material orgânico, tendo como produto final o composto
orgânico.

( ) Produção de forma anaeróbica e fechada, na ausência de oxigênio e sem liberação de


gases produzidos pela ação das bactérias.

( ) Combustão de resíduos com aproveitamento do calor gerado no processo.

a) D–A–B–E–C
b) E–B–A–C–D
c) A–C–D–E–B
d) B–E–C–A–D

e) C–D–E–B–A

53
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA : Ecoeficiência
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Considerações iniciais
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Ecoeficiência

Considerações iniciais
A Ecoeficiência é alcançada através da disponibilização de bens e serviços a preços
competitivos, que satisfaçam as necessidades humanas e promovam a qualidade de vida.
Ao mesmo tempo, reduz os impactos ao meio ambiente e a intensidade do uso de recursos
ao longo da vida útil do bem ou serviço, em níveis equivalentes aos da capacidade de
suporte da Terra.
O termo ecoeficiência surgiu na Conferência Rio-92 como resposta do empresariado às
pressões sociais. Tem o objetivo de promover a economia de recursos, o incremento da
produtividade e a busca de competitividade.
Nesse contexto, a ecoeficiência é implementada para otimizar processos, transformando
os subprodutos ou os resíduos de uma indústria ou empresa em recursos para outra, pela
inovação que leva a produtos com uma nova funcionalidade, e por aumento de
conhecimento e conteúdo de serviço.

A ecoeficiência baseia-se nos três pilares da sustentabilidade: econômico, ambiental e


social. Uma empresa ou processo ecoeficiente precisa ser economicamente rentável,
ambientalmente compatível e socialmente justo.
Produção Mais Limpa – PML ou P+L é a aplicação continuada de uma estratégia
ambiental preventiva e integrada aos processos, produtos e serviços, a fim de aumentar a
ecoeficiência e reduzir os riscos para o homem e para o meio ambiente. Aplica-se a
processos produtivos, a produtos e a serviços.

54
Assista a um vídeo sobre ecoeficiência e produção mais limpa em:
http://www.youtube.com/ watch?v=Bnp1pXNlQrA

Essa técnica é baseada na prevenção da poluição. Ou seja, refere-se a qualquer prática,


processo, técnica ou tecnologia que vise a redução ou eliminação em volume,
concentração e/ou toxicidade dos resíduos na fonte geradora.

São utilizadas tecnologias mais limpas que constituem um conjunto de soluções


estabelecidas e disseminadas a fim de prevenir e resolver problemas ambientais. Possuem
o princípio de proteger e conservar o meio ambiente evitando o desperdício de recursos e
a degradação ambiental. Dependem de novas maneiras de pensar e agir sobre os
processos, produtos, serviços e formas gerenciais em uma abordagem holística.

Neutralização de carbono
Visa diminuir o lançamento e retirar o excesso de CO2 da atmosfera. A retirada pode
ocorrer por meio do plantio de árvores que fixam carbono durante seu crescimento.

55
Uma empresa ou produto é neutro em carbono quando todas as emissões de gases de
efeito estufa provenientes de sua atividade são devidamente quantificadas (inventário de
emissões) e uma ação de compensação ambiental (neutralização) é realizada na mesma
proporção.

A neutralização de carbono é realizada em duas etapas:

Redução e cálculo das emissões – procede-se a identificação das fontes poluentes,


implementação de ações para mitigar o impacto ambiental e cálculo das emissões de gases
estufa associadas ao evento.
Assista a um vídeo sobre o projeto de carbono neutro da natura em:
http://www.youtube.com/ watch?v=uIsHAvVJiQE

Compensação – realizada por atividades que geram benefícios ambientais de mesma


proporção. Essas atividades, reconhecidas por órgãos certificadores internacionais,
devem atender requisitos pré-estabelecidos, aumentar a remoção de gás carbônico da
atmosfera ou reduzir e, ainda, evitar emissões de gases estufa em relação a outra atividade
padrão. Não gerar impactos negativos ao meio-ambiente em nível local e promover o
desenvolvimento da comunidade local e dos trabalhadores.

Referencias

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.

. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.


. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.

ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades


produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.

ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,


ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.
ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:
responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São
Paulo: Saraiva, 2011.
56
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro
comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.
CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

57
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA : Ecoeficiência (continuação)
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e
Protocolo de Kyoto

INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso


técnico de administração de empresa

Ecoeficiência (continuação)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e Protocolo de Kyoto
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é uma ferramenta de flexibilização
incluída no Protocolo de Kyoto, em que os países ricos que necessitam reduzir suas
emissões de GEE investem em projetos nos países em desenvolvimento, visando
transferir suas obrigações. Trata-se de subsídio na busca do desenvolvimento sustentável
ao promover a ecoeficiência, energias renováveis e projetos de reflorestamento, entre
outras ações.

Protocolo de Kyoto
A preocupação com o meio ambiente levou os países da ONU a assinarem um acordo que
estipulasse compromissos para a redução da emissão dos GEE, considerados, de acordo
com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênica do aquecimento
global.

O Protocolo de Kyoto determina que países desenvolvidos signatários, reduzam suas


emissões de GEE em 5,2 %, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Esse
período é também conhecido como primeiro período de compromisso.

58
Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu que parte
dessa redução pode ser feita através de negociação com nações através dos mecanismos
de flexibilização chamados de mecanismos de desenvolvimento limpo.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas,


estimulando os países signatários a cooperarem entre si. Os objetivos são:

Reformar os setores de energia e transportes


Promover o uso de fontes energéticas renováveis.

Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos.


Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

Os países reunidos durante a 17ª Conferência do Clima da ONU, a COP-17 (2011),


aprovaram um documento que prevê a prorrogação do Protocolo de Kyoto, a viabilização
do Fundo Verde Climático e um novo tratado sobre o clima, que deve vigorar a partir de
2020. Essa segunda fase do Protocolo de Kyoto não conta com a participação do Japão,
do Canadá e da Rússia, esvaziando o acordo internacional.

O nascimento do Ato 2 do Protocolo de Kyoto, a partir de 1º de janeiro de 2013, foi uma


ferramenta vinculativa que envolve apenas os países industrializados (com a exceção dos
Estados Unidos) para reduzir suas emissões de GEE.

Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – MDL


Definido pelo Protocolo de Kyoto, ele deve auxiliar os países em desenvolvimento, que
não têm metas para cumprir na redução dos GEE a atingirem o desenvolvimento
sustentável, bem como auxiliar os países que possuem metas de redução a cumprirem
suas limitações de emissão.
Cada tonelada de CO2 equivalente, deixada de ser emitida ou retirada da atmosfera, se
transforma em uma unidade de crédito de carbono, chamada Redução Certificada de
Emissão (RCE), que poderá ser negociada no mercado mundial.
A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também
pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de carbono
equivalente.

59
O mercado de carbono
Os principais compradores são países, empresas ou indivíduos que desejam reduzir as
emissões de GEE de uma maneira mais barata, ao invés de investir em ações no próprio
território.

O MDL estimula o desenvolvimento sustentável e redução de emissões, permitindo aos


países industrializados alguma flexibilidade na forma como eles atingem os seus objetivos
de limitação de emissões.
Assista a um vídeo sobre mercado de carbono em: http://www.youtube.com/
watch?v=E7ZIeVnrFj4

Categorias de projetos MDL

Setor 1 – Geração de energia renovável e não renovável.


Setor 2 – Distribuição de energia.

Setor 3 – Demanda de energia.


Setor 4 – Indústrias de produção.
Setor 5 – Indústrias químicas.

Setor 6 – Construção. Setor 7 – Transporte.


Setor 8 – Mineração e produção de minerais.

Setor 9 – Produção de metais.

Setor 10 – Emissões de gases fugitivos de combustíveis.


Setor 11 – Emissão de gases fugitivos na produção e consumo de compostos de enxofre.
Setor 12 – Uso de solventes.
Setor 13 – Gestão e tratamento de resíduos.

Setor 14 – Reflorestamento e florestamento. Setor 15 – Agricultura.

Tipos de projetos de MDL


Captura de gás em aterro sanitário.

Tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás.


Troca de combustível.
Geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica, peque- nas e médias
hidroelétricas, energia solar).

60
Compostagem de resíduos sólidos urbanos.

Geração de metano a partir de resíduos orgânicos (biogasificação). Pirólise de resíduos.


Florestamento e reflorestamento em áreas degradadas.

Assista a um vídeo sobre o mecanismo de desenvolvimento limpo em:


http://www.youtube.com/ watch?v=2jn7UPkVg2E

Etapas dos projetos de MDL


Concepção do projeto.

Preparo do Documento de Concepção do Projeto (DCP).


Validação.
Obtenção da aprovação do país anfitrião.
Registro.

Implementação do projeto.
Monitoramento.
Verificação e certificação.

Emissão dos RCEs (créditos de carbono).


O órgão responsável pela supervisão do MDL é o Comitê Executivo (CE) da Convenção
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que aprova os projetos e as
metodologias. No Brasil, a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima –
CIMGC é a Autoridade Nacional Designada (AND), que aprova os projetos no Brasil.

O mercado voluntário de carbono


Grupos e setores que não precisam diminuir suas emissões de acordo com o Protocolo de
Kyoto ou empresas localizadas em países não signatários do Protocolo de Kyoto, têm a
alternativa de comercializar reduções de emissões nos mercados voluntários.

O mercado voluntário é importante para a inovação, visto que não há muitas regras
preestabelecidas como no Protocolo de Kyoto, e também pode promover projetos de
menor escala que seriam inviáveis sob Kyoto. As negociações são guiadas pelas regras
comuns de mercado, podendo ser efetuadas em bolsas, por meio de intermediários ou
diretamente entre as partes interessadas. A convenção para a transação dos créditos é o
CO2 equivalente.

61
Esse mercado é financiado por organizações e indivíduos interessados em neutralizar o
impacto das emissões produzidas pelas suas atividades e que investem em projetos que
têm como objetivo reduzir as emissões de GEEs, por meio de compra de créditos de
compensação.

Os créditos de carbono são instrumentos financeiros negociáveis, chamados Reduções


Verificadas de Emissão (VERs – Verified Emission Reductions), os quais representam
uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) reduzida ou deixada de ser emitida. O Brasil
domina o mercado, entre as nações latino-americanas, com o maior volume de geração
de créditos.

Referencias
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001. Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004a.

. NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004b.


. O que é rotulo ecológico. Disponível em: <http://rotulo.abnt.org.br/index.
php/component/content/article/9-uncategorised/72-o-que-e-rotulo-ecologico>. Acesso
em: 31 jul. 2013.

ADISSI, P. J.; PINHEIRO, F.A.; CARDOSO, R. S. Gestão ambiental de unidades


produtivas. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
ALBUQUERQUE, J. de L. Gestão ambiental e responsabilidade social: conceitos,
ferramentas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L. A.; KRUGLIANSKAS, I. Gestão socioambiental:


responsabilidade e sustentabilidade do negócio. São Paulo: Atlas, 2009.

AMATO NETO, J. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão
sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São
Paulo: Saraiva, 2011.
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. Á. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
São Paulo: Atlas, 2009.
CAMPOS, L. M. S.; SHIGUNOV NETO, A.; SHIGUNOV, T. Fundamentos da gestão
ambiental. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro
comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Disponível em:

62
<http://pt.scribd. com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-
Portugues>.
CNI. Indústria sustentável no Brasil. Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/09/05/
243/20121126162501925570a.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013.

Atividades.
1. Associe as colunas e assinale a alternativa correta:

(A) Produção mais limpa.

(B) Neutralização de carbono.


(C) MDL.

( ) Visa diminuir o lançamento e retirar o excesso de CO2 da atmosfera. A retirada pode


ocorrer por meio do plantio de árvores que fixam carbono durante seu crescimento.
( ) Integrada aos processos, produtos e serviços, a fim de aumentar a ecoeficiência e
reduzir os riscos para o homem e para meio ambiente.
( ) Definido pelo Protocolo de Kyoto, deve auxiliar os países em desenvolvimento, que
não têm metas para cumprir na redução dos GEE para atingirem o desenvolvimento
sustentável, bem como auxiliar os países que possuem metas de redução a cumprirem
suas limitações de emissão.
( ) Técnica baseada na prevenção da poluição e refere-se a qualquer prática, wprocesso,
técnica ou tecnologia que vise a redução ou eliminação em volume, concentração e/ou
toxicidade dos resíduos na fonte geradora.

( ) Técnica realizada em duas etapas: redução e cálculo das emissões e compensação.


( ) Cada tonelada de CO2 equivalente deixada de ser emitida ou retirada da atmosfera se
transforma em uma unidade de crédito de carbono, chamada Redução Certificada de
Emissão (RCE), que poderá ser negociada no mercado mundial.
a) B–A–C–A–B–C

b) A–B–A–B–C–C
c) C–A–C–A–B–B

d) B–C–B–C–A–A
e) A–B–B–C–C–A

2. Assinale a alternativa correta que complementa a frase.

63
A ecoeficiência baseia-se em 3 pilares de sustentabilidade. São eles:

a) Econômico, ambiental, político.

b) Econômico, ambiental, social.


c) Econômico, ambiental, tecnológico.

d) Ambiental, social, político.


e) Ambiental, social, tecnológico.

64
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO
EMPRESARIAL I
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS:
12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas de possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa


colaboração!!

65
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Gestão da Qualidade Total.
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O surgimento da Gestão da Qualidade
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Gestão da Qualidade Total.

O surgimento da Gestão da Qualidade


A qualidade é um tema há muito tempo presente na história da humanidade, e para melhor
compreendê-la é necessário um itinerante passeio pela história. Ao se comparar os
conceitos de qualidade de artesãos de séculos passados com os de metalúrgicos da
indústria moderna, por exemplo, certamente teremos respostas muito distintas.

Os artesãos eram trabalhadores especialistas que participavam ativa- mente e tinham total
controle de todos os processos da linha de produção, atendiam seus clientes, tentavam
compreender e atender suas necessidades e produziam sob medida, ou seja, participavam
desde a concepção até o pós-venda.
Os critérios de qualidade adotados pelos artesãos variavam de cliente para cliente, e eram
especificados pelos próprios artesãos ou pela peque- na equipe de colaboradores, quando
existia. Dessa forma, o procedimento de controle e inspeção de qualidade do produto
eram feitos de forma natural, ao mesmo tempo em que o artesão se utilizava de conceitos
bastante modernos de gestão, como atender as necessidades do cliente, o mesmo utilizava
conceitos ainda mais importantes para a área de qualidade, como conformidade,
especificação e confiabilidade. Nesse período, o foco do controle da qualidade estava no
produto e não no processo, e o próprio artesão era responsável pela inspeção e controle
de todos os produtos.

A ordem produtiva com foco na customização e não na padronização perdurou até o final
do século XIX, época em que a montadora de automóveis Panhard e Levassor (P&L)
ainda montava seus veículos, atendendo as necessidades de cada um de seus abastados
clientes. (CARVALHO; PALADINI, 2005, p.3)

66
Com a Revolução Industrial veio também uma nova ordem produtiva, onde o foco era a
padronização e produção em larga escala, e não mais a customização; resumindo, era
melhor vender muito do que para poucos.

Essa época foi marcada pelo modelo de administração desenvolvido por Frederick W.
Taylor, a administração científica, onde o trabalho era dividido em frações menores,
repetidas diversas vezes ao longo de uma jornada de trabalho. Nessa época, os operadores
não mais planejavam ou criavam, somente produziam e eram inspecionados em seus
trabalhos. Esse processo atribuiu maior legitimidade à atividade de inspeção, separando-
a do processo de fabricação e atribuindo-a a profissionais especializados. (TAYLOR,
1919)

No ano de 1931, o artigo “Economic control of quality of manufactured product”, escrito


por Walter Shewhart, considerado um dos grandes nomes dessa época para a qualidade,
agregou às discussões sobre o tema qualidade um certo ar de caráter científico, pois
apresentou os primeiros métodos de controle de qualidade, utilizando-se procedimentos
estatísticos. Surge então a disciplina do controle estatístico da qualidade, baseada no
controle de processos, uma vez que ao estruturar organizadamente as atividades
envolvidas naquele processo, torna-se mais fácil e eficaz seu controle, monitoramento e
aperfeiçoamento.

Logo após o período da II Guerra Mundial, as conquistas do controle estatístico de


qualidade se difundiram e novos elementos de gestão começaram a surgir. Nessa mesma
época, Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas começaram a questionar a alienação
no trabalho e a importância da participação do trabalhador de forma mais ativa nos
processos.
O pós-guerra vivido na década de 1950, entretanto, foi devastador em alguns países, entre
eles e com maiores proporções, no Japão. A reconstrução do país, após a II Guerra
Mundial, foi baseada em empregabilidade e produção. Os japoneses reconstruíram em
apenas 50 anos aquela que viria a se tornar a segunda maior potência do mundo. A
reputação das empresas japonesas, que no início não era muito boa produtos baratos e de
baixa qualidade fez com que as empresas japonesas se aperfeiçoassem, com base em
modelos de grandes nomes que estiveram no Japão nesse período, como W. Edwards
Deming e Joseph Juran, e aprendessem a administrar a qualidade.

Na segunda metade da década de 1950, Armand Feigenbaun formulou o sistema de


Controle da Qualidade Total (TQC – Total Quality Control), que consistia em abordar a
qualidade desde o desenvolvimento do produto, envolvimento de todos os funcionários e
todos os níveis hierárquicos, assim como fornecedores e clientes, nos processos de
melhoria de qualidade, além de manter e aperfeiçoar técnicas já desenvolvidas.
Feigenbaum defendia que se o controle de qualidade estivesse fora do departamento de

67
fabricação, a probabilidade dos produtos atenderem a exigências e especificações, cada
vez mais complexas, seria cada vez menor.

O Controle da Qualidade Total, e posteriormente o Gerenciamento da Qualidade Total


(TQM – Total Quality Management), fizeram com que empresas japonesas se
transformassem, já na década de 1970, na grande referência mundial em qualidade,
ultrapassando até mesmo os EUA em setores e produtos, como automóveis e televisores.

Preocupados com o desenvolvimento sustentável das empresas japonesas, onde a


preocupação com a qualidade passou a ser global e holística, as empresas do ocidente
começaram, somente a partir da década de 1980, a implementar os sistemas de gestão de
qualidade, que se difundiram rapidamente dentre as organizações.

Com base nesse modelo de gestão da qualidade, que surge em 1987, a International
Organization for Standardization (ISO) criou uma normativa de caráter voluntário e que
tinha por objetivo se tornar um modelo de Sistema de Garantia da Qualidade. O sistema
se difundiu rapidamente, através da série ISO 9000, e se tornou a maior referência em
padronização e garantia de qualidade do mundo corporativo atual.

Os gurus da Qualidade
Ao longo da história, alguns pensadores se destacaram com ideias inovadoras e teorias
sobre a qualidade e a importância da gestão da qualidade nas organizações, na luta
constante pela sobrevivência em meio a um ambiente cada vez mais competitivo. Dentre
esses nomes, alguns deixaram marcas que resumem a história da qualidade com grandes
contribuições:

68
Walter A. Shewhart Edward Deming
Criador do controle estatístico da Consciência da importância da gerência
qualidade,em 1926; noprocesso da qualidade;
inspeção por amostragem; ciclo PDCA.
utilização das chamadas cartas de controle.
Philip B. Crosby Joseph Juran
Qualidade = conformidade como Trilogia da qualidade: planejamento da
requerimen- to (conformance to quali- dade, controle da qualidade e melhoria
requirements); da qua-lidade.
Efeito Zero (Zero Efects) = fazer certo da
primei-ra vez;
Qualidade é GRÁTIS.
Genichi Tanaguchi Armand W. Feigenbaum
Qualidade pertence ao estágio de projeto Originou o conceito de Controle de
doproduto; QualidadeTotal;
desenvolvimento do processo industrial; envolvimento de todas as funções da
aplicação de métodos estatísticos para empresa;
melho-ria do produto e do processo. custo da qualidade = custo de avaliação +
pre-venção + falhas.
Shigeo Shingo Kaoru Ishikawa
Criador do sistema Poka-Yoke (a prova de Diagrama de causa-efeito ou “espinha de
erro):defeitos são examinados, o sistema de peixe”(fishbone);
produ- ção é parado e um feedback círculos de controle pela qualidade;
imediato é dado,de forma que a causa raiz
envolvimento de toda a empresa com a
do problema seja identificada e prevenida.
quali-dade, durante todo o ciclo de vida do
produto.

Referencias
Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em
http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

69
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Gestão da Qualidade Total.(CONTINUAÇÃO)
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: As eras da Qualidade
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Gestão da Qualidade Total.(CONTINUAÇÃO)


As eras da Qualidade
Apesar da complexidade do tema e das marcações temporais entre as principais
tendências, a evolução do assunto converge a um cenário de ampla complementaridade,
entre os modelos predominantes de cada época.

Uma abordagem interessante para a inter-relação entre as épocas é proposta por Garvin
(2002), que classifica a evolução da qualidade em quatro eras:
■ Inspeção;
■ Controle Estatístico da Qualidade;
■ Garantia da Qualidade;
■ Gestão da Qualidade.

Veja as principais características de cada uma das eras:


Quadro 2 – As eras da qualidade

70
Papel dos Quem é o res-
Característi- Interesse Visão da
Ênfase Métodos profissionais ponsável pela
cas básicas principal Qualidade
da qualidade qualidade
Um proble- Uniformi- dade Instrumentos Inspeção, O departamen-
ma a ser do produto. de medição. classificação, to de inspeção.
Inspeção Verificação. resolvido. contagem,
avaliação e
reparo.
Um proble- Uniformi- dade Ferramentas Solução de Os departa-
Controle ma a ser do produto, com técnicas e problemas ea mentos de
Estatístico do Controle. resolvido. menosinspeção. estatísticas. aplicação de fabricação e
Processo métodos engenharia
estatísticos. (o controle de
qualidade).
Um proble- Toda cadeia de Programas e Planejamento, Todos os
ma a ser fabrica- ção, desde sistemas. medição da departamen-
resolvido, o projeto até o qualidade tos, com a alta
mas que é mercado, e a e desenvol- administração
Garantia da Coordena- enfrentado contribuição de vimento de se envolvendo
Qualidade ção. proativa- todos programas. superficial-
mente. os grupos mente no
funcionais, para planejamento e
impedirfalhas de na execução
qualidade. das diretrizes
da qualidade.
Uma opor- As neces- Planejamen- Estabelecimen- Todos na
tunidade de sidades de to estratégi- to de metas, empresa,
diferenciação mercado e do co, estabele- educação e com a alta
Gestão Total Impacto da concor- cliente. cimento de treinamentos, administração
da Qualidade estratégico. rência. objetivos e a consultoria a exercendo for-
mobilização outros depar- te liderança.
da organiza- tamentos e de-
ção. senvolvimento
de programas.

As definições e abordagens da Qualidade


Um consenso sobre a definição do termo qualidade é difícil em virtude de sua
complexidade e subjetividade. Se perguntássemos a diversos profissionais de áreas
distintas suas opiniões sobre o tema, certamente observaríamos diferentes
comportamentos.

71
De acordo com Garvin (2002, p. 48), é possível classificar cinco abordagens distintas para
a qualidade:
■ Transcendental – a qualidade é sinônimo de excelência inata, e é absoluta e
universalmente reconhecível. Dificuldade: pouca orientação prática.
■ Baseada no produto – a qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda
dos atributos do produto. Corolários: melhor qualidade só com maior custo. Dificuldade:
nem sempre existe uma correspondência nítida entre os atributos do produto e a
qualidade.
■ Baseada no usuário – a qualidade é uma variável subjetiva. Produtos de melhor
qualidade atendem melhor os desejos dos consumidores. Dificuldade: agregar
preferências e distinguir atributos que maximizem a satisfação.

■ Baseada na produção – a qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda


do grau de conformidade do planejado com o executa- do. Essa abordagem dá ênfase a
ferramentas estatísticas (controle do processo). Ponto fraco: foco na eficiência e não na
eficácia.
■ Baseada no valor – abordagem de difícil aplicação, pois mistura dois conceitos
distintos: excelência e valor, destacando os trade-off qualidade X preço. Essa abordagem
dá ênfase à Engenharia/Análise de Valor – EAV.

Ainda de acordo com Garvin (2002, p. 59-60), o conceito de qualidade pode ser
desdobrado em alguns elementos básicos que fazem parte da rotina do dia a dia das
organizações, tais como:

■ Desempenho: refere-se às características operacionais básicas do pro- duto.


■ Características: são as funções secundárias do produto, que suplementam seu
funcionamento básico.

■ Confiabilidade: reflete a probabilidade de mau funcionamento de um produto.


■ Conformidade: refere-se ao grau em que o projeto e as características operacionais
de um produto estão de acordo com padrões preestabelecidos.
■ Durabilidade: refere-se à vida útil de um produto, considerando suas dimensões
econômicas e técnicas.

■ Atendimento: refere-se à rapidez, cortesia, facilidade de reparo ou substituição.


■ Estética: refere-se ao julgamento pessoal e ao reflexo das preferências individuais.

■ Qualidade percebida: refere-se à opinião subjetiva do usuário acerca do produto.


Os requisitos da Qualidade

Atender as exigências e requisitos é a principal característica da qualidade, e para isso é


necessário a compreensão do ambiente que envolve a organização. Significa dizer que

72
compreender as relações entre organização, clientes, fornecedores e sociedade é de
fundamental importância para o estabelecimento dos requisitos da qualidade.
Dessa maneira, muitos autores apontam a qualidade como uma atividade inserida dentro
do marketing da organização, uma vez que a qualidade depende essencialmente de
informações e pesquisas sobre as necessidades e exigências de clientes, e para com
fornecedores.

A comunicação clara e direta entre cliente e fornecedor é fundamental para que as


organizações possam identificar as não conformidades dos produtos vendidos ou serviços
prestados. Uma falha na comunicação dos requisitos pelo setor de marketing da
organização, com o cliente e/ou fornecedor, pode comprometer a qualidade do produto e
consequentemente prejudicar a companhia.

As políticas de Qualidade
A qualidade deve ser encarada com seriedade na organização, principal- mente pelos altos
executivos, diretores e gerentes seniores. Esses profissionais possuem poder de decisão
estratégica e são os responsáveis por definir as intenções e diretrizes globais de uma
organização, relativas à qualidade, formalmente expressas pela alta administração,
originando-se nas políticas de qualidade.

A política de qualidade é um ativo da organização, um bem de direito que deve ser


comunicado a todos os funcionários. Para se desenvolver uma política de qualidade é
necessário identificar as necessidades do cliente e percebê-las, mesmo que não tenham
sido explicitadas. Além disso, é importante avaliar a capacidade da empresa em atender
essas necessidades quanto a aspectos como recursos pessoais, tecnológicos e financeiros.

Outra regra importante para o desenvolvimento de políticas de qualidade é a concentração


na filosofia de que “é melhor prevenir do que remediar”. Além disso, é fundamental que
a organização esteja sempre provendo novos treinamentos e aperfeiçoamentos nos
processos e políticas de qualidade.

Referencias

Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em


http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

73
Atividades.

1. Quais são as eras da qualidade e o principal interesse de cada uma das eras?

2. O que é Total Quality Control (TQC)? E faça uma pesquisa na internet ou em


livros para identificar algumas empresas que adotam esse modelo.

3. Descreva com suas palavras o que é um processo e qual a importância dele no


controle da qualidade.

74
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : A evolução dos conceitos da Gestão da Qualidade
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A evolução dos conceitos da Gestão da Qualidade
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

A evolução dos conceitos da Gestão da Qualidade


Os conceitos de qualidade permitiram e ainda permitem diversos enfoques. A evolução
desses conceitos foi acelerada a partir de 1987, quando Garvin (2002) classificou cinco
abordagens que são: transcendentais, baseadas no produto, baseadas no usuário, baseadas
na produção e baseadas no valor para o tema, após pesquisar várias definições coletadas
no ambiente corporativo.

O conceito de Gestão da Qualidade refere-se ao conjunto de atividades correlacionadas e


imprescindíveis para assegurar que um produto ou serviço tenha a qualidade desejada.
O fato da qualidade ser conceitualmente baseada nos gostos, preferências e expectativas
de cada consumidor, e por isso, ser subjetiva conceitualmente, promovem a necessidade
de um processo evolutivo constante do conceito. É importante ressaltar que esse processo
evolutivo é também reflexo da necessidade cada vez maior de uma “visão estratégica” da
qualidade, determinante para que a organização se coloque sempre à frente do mercado,
criando produtos inovadores e não apenas fidelizando aqueles que já são clientes, mas
também conquistando novos clientes e novos mercados.

Outro aspecto importante quando avaliamos a evolução dos conceitos de Qualidade,


Gestão da Qualidade e Qualidade Total é a eminência de processos de melhoria contínua,
por parte das organizações que querem se manter vivas em ambientes de alta
competitividade, onde a busca incessante por níveis crescentes de eficiência e eficácia
são fundamentais e determinantes para a sobrevivência da organização.
A partir de 1994, quando foi desenvolvida a norma NBR ISO 8402: 19941, a gestão da
qualidade passou a consistir no conjunto de atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma organização, com relação à qualidade, englobando o planejamento, o
controle, a garantia e a melhoria da qualidade. (CARVALHO; PALADINI, 2005)

Uma das normas do conjunto da série ISO 9000, na versão de 1994.

75
Os conceitos apresentados na figura 1 transcendem os anos de forma evolutiva e
consistente, e levam a Gestão da Qualidade à Qualidade Total.

A abordagem da Qualidade Total enfatiza não apenas o pleno atendi- mento das
necessidades e expectativas dos clientes, mas também outros aspectos, tais como preço,
características de operação, padrões de eficiência, processos de fabricação, logística de
distribuição, expectativa de marca, serviços agregados, enfim, todos os procedimentos e
processos envolvidos com um determinado produto.
“Qualidade Total é o modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado
na participação de todos seus membros, visando sucesso a longo prazo, por meio da
satisfação do cliente e dos benefícios para todos os membros da organização e sociedade”
(NBR ISO 8402: 1994).

A origem da Qualidade Total, entretanto, é remota à década de 1950, quando as empresas


japonesas, destruídas pelo pós-guerra começaram a buscar alternativas para reconstrução
do país. Nesse período surgem os conceitos do Controle da Qualidade Total (TQC – Total
Quality Control), que possuem duas visões similares, porém distintas: a visão japonesa,
conhecida como CWQC (Company-wide Quality Control – Controle da Qualidade por
Toda a Empresa ou Controle da Qualidade Amplo Empresarial), e a visão norte-
americana, conhecida como TQC (Total Quality Control – Controle da Qualidade Total),
proposta por Armand Feigenbaum.

Na visão japonesa, o comprometimento e envolvimento dos funcionários com a


Qualidade Total são mais notórios do que na visão norte-americana, que trata a Gestão da
Qualidade como um tema que deve ser liderado por “especialistas”, devido à ênfase na
aplicação de métodos e técnicas da qualidade. Ambas as visões, entretanto, têm a mesma
essência, que pode ser resumida em uma mudança de comportamento e visão dos

76
envolvidos no processo, de forma que todos trabalhem com foco no controle efetivo da
qualidade, evitando erros, falhas e desperdícios.
A partir da metade da década de 1980, a evolução do TQC levou o TQM (Total Quality
Management – Gerenciamento da Qualidade Total ou Gestão da Qualidade Total), a se
diferenciar do TQC pelo fato de ser mais abrangente quanto aos envolvidos no processo
de obtenção de qualidade, além de ter um foco maior no gerenciamento organizacional e
não apenas nas atividades relacionadas ao controle da qualidade.
A evolução dos conceitos da Qualidade Total e a necessidade de incorporar os interesses
de outros envolvidos levaram as organizações à busca cada vez maior pela excelência em
desempenho, visando assim atender as necessidades desses diversos agentes envolvidos.

Fundamentos de excelência
Em um passado não muito distante, as empresas eram totalmente foca- das em resultados
financeiros, o desempenho financeiro da organização era o grande responsável por
assegurar a continuidade de existência da organização. Quando as empresas começaram
a perceber que as suas atividades estavam influenciando e sendo influenciadas por agentes
internos (funcionários) e externos (clientes) e que a sua existência não apenas dependia
do desempenho financeiro, mas também de pessoas e processos, o foco dos negócios
passou a ser o atendimento das necessidades do cliente.
Durante os anos 1980, em meio ao processo de busca constante por melhorias na
qualidade e no aumento de produtividade, empresas de todo o mundo, e mais
especificamente dos EUA, reuniram um grupo de especialistas que avaliou as práticas e
o processo de uma série de empresas bem sucedidas, consideradas modelos de excelência,
e as características comuns que representavam seus diferenciais competitivos.

Os modelos de excelência estabelecem um conjunto de critérios e itens que uma


organização deve cumprir por meio de suas práticas, que visam atender as necessidades
dos stakeholders e conduzem a resultados de excelência. Assim, diversas organizações de
setores econômicos variados, públicos ou privados, documentam as práticas
organizacionais que são empregadas, de modo a atender os critérios dos modelos de
excelência, através de relatórios de gestão.

Os relatórios de gestão são avaliados e a eles são atribuídos pontos dos critérios e itens
considerados, o que permite identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria
para a organização. As organizações terão um retorno em forma de relatório de avaliação,
e poderão ou não ser premiadas. As empresas que atingirem determinada pontuação nos
critérios são premia- das e reconhecidas como destaques, pela excelência e alto
desempenho.

77
A evolução dos modelos de excelência
O aumento da competitividade entre as empresas fomentou um grande processo evolutivo
nos modelos de excelência em qualidade e gestão, nas organizações de todo o mundo. O
movimento teve início no Japão, na década de 1950, e anos mais tarde com empresas
europeias, norte-americanas e latino-americanas.
Dentre os diversos modelos de excelência existentes, abordaremos neste capítulo somente
três deles, que são:
■ Prêmio Deming;

■ Prêmio Malcolm Baldrige;


■ Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), bastante influenciado tanto pelo modelo
japonês (Deming) quanto pelo modelo americano (Malcolm Baldrige).
É importante mencionarmos também outros prêmios de destaque, como o Prêmio
Australiano (Australian Business Excellence Award) e o Prêmio Canadense (Canadian
Quality Award), lançados na mesma época do prêmio Malcolm Baldrige. Atualmente
estima-se existirem cerca de 80 Prêmios de Qualidade em diversas nações do mundo.

A Trilogia Juran
A Trilogia Juran, nome dado ao conceito de Gerenciamento da Qualidade, criado por
Joseph M. Juran, engenheiro e advogado romeno nascido no início do século XX, tem
papel fundamental na evolução dos conceitos referentes à qualidade, devido à utilização
do modelo, baseado em três processos gerenciais conhecidos:

■ Planejamento – é um conjunto de atividades que visam desenvolver produtos e


processos necessários, para atender as necessidades dos clientes, ou seja, é o processo de
preparação para obtenção dos objetivos.

■ Controle – é o processo para assegurar o cumprimento dos objetivos definidos no


planejamento e durante as operações.
■ Melhoria – é o processo para produzir com níveis superiores e inéditos de
execução. Visa elevar os resultados a novos níveis de desempenho, seja este incremental
ou inovador.
Cada um dos lados da trilogia procura envolver algumas etapas essenciais para assegurar
a garantia, conforme tabela:

78
O diagramadaTrilogiade Jurané representando em forma gráfica com asvariáveis em função do
tempo e do custo da não qualidade (deficiências daqualidade). Com os padrões estabelecidos as
organizações fazem de formaalternativa a execução do controle da qualidade, com o intuito de
prevenir que as coisas piorem. Outra forma de entender o conceito é através da aplicação do
ciclo PDCA.

O ciclo PDCA
O ciclo PDCA, do inglês Plan (Planejar); Do (Fazer), Check (Controlar) e Act (Agir), é
comumente aplicado no processo de gerenciamento da qualidade nas organizações.
Nesse processo, o entendimento das necessidades e expectativas do cliente é refletido
pela satisfação do mesmo, enquanto o sucesso da organização depende e exige da
participação de todos, o que pode ser traduzido na responsabilidade gerencial. Além disso,
a prevenção é menos onerosa do que a correção e a dinâmica do mercado exigem um
acompanhamento efetivo nos processo de melhoria contínua, não permitindo assim, a
ausência de qualidade de um produto ou serviço.

79
Um problema é um efeito indesejável de um processo, ou seja, um resultado insatisfatório,
que não atendeu a uma expectativa. A meta é o resultado desejado de um processo, o que
significa dizer que o problema é uma meta não alcançada.

Referencias

Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em


http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

Atividades
1. Qual a principal diferença em relação aos critérios de avaliação e os itens
analisados entre o prêmio Malcolm Baldrige National Quality Award e o Prêmio Nacional
da Qualidade (PNQ)?

2. Faça uma análise entre o modelo de Gestão da Qualidade das em- presas
japonesas, baseados no Prêmio Deming, em comparação às empresas norte-americanas,
baseadas no Prêmio Malcolm Baldrige, e indique a principal diferença entre os dois.

3. Quais os três processos gerenciais que compõem a Trilogia Juran e as principais


etapas de cada um desses processos?

80
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Estudo de caso - Modelo de excelência em gestão: antídoto
contra o voo cego
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Modelo de excelência em gestão: antídoto contra o
voo cego
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Modelo de excelência em gestão: antídoto contra o voo cego


(PAGLIUSO, 2005)

A liderança empresarial de excelência é essencial nos dias que correm para a garantia de
uma vida saudável para as organizações. Quando ela atende de forma harmônica aos
diversos públicos envolvidos na vida da organização – acionistas, funcionários,
fornecedores, a própria comunidade, a sociedade, os poderes públicos, entre outros – é
muito difícil que uma empresa chegue ao ponto de ter sua existência ameaçada. O modelo
de excelência em gestão pode ser um valioso instrumento para a garantia de que a
governança vá ser de fato exercida.

Tomemos, como exemplo, o caso da Varig. Às vésperas de completar 80 anos, a empresa,


que já foi considerada o orgulho da aviação brasileira, encontra-se em uma crise que se
arrasta já há alguns anos. Após a venda de forma angustiante para a VarigLog, quase 70%
dos funcionários foram demitidos nos últimos dias, e para seus milhares de clientes, com
transtornos e desgastes em função de voos cancelados, mais incertezas. O nome da crise?
Gestão equivocada.
Como a situação chegou a esse ponto, perguntam-se funcionários, fornecedores, a própria
sociedade, enfim, os diversos públicos direta ou indiretamente envolvidos com a
existência da empresa. A falta de um sistema de governança efetivo e de uma liderança
aberta, inspiradora e motivadora que vise o desenvolvimento da cultura da excelência, a
promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses das partes interessadas,
foram os principais problemas da Varig e de centenas de empresas brasileiras.
Quando a crise se anunciou, era preciso tomar medidas efetivas, como a redução do
desperdício pela melhoria dos processos e seus resultados – mesmo que essas ações

81
acarretassem corte de privilégios, redução de gastos etc. O gestor, quando exercita a
liderança, deve representar todas as partes interessadas, balancear o atendimento a esses
interesses, a essas demandas.

Desta forma, quando se privilegia apenas um processo da organização, quando se têm


olhos apenas para uma das partes, a possibilidade de incorrer em erro é ampliada. De certa
forma, o que ocorreu com a Varig foi a reprodução de um antiquado modelo de gestão
pública, com todas as suas consequências. Gastou-se muito em prioridades erradas, não
houve estratégias, metas, monitoramento, foi uma espécie de voo cego, com ausência de
visão sistêmica, um dos fundamentos mais importantes do modelo de excelência em
gestão. Uma investigação mais profunda vai mostrar ainda falta de inovação e de visão
de futuro, por exemplo, com ausência de preocupação aparente com a concorrência. Nas
últimas décadas, o modelo da aviação brasileira, que era quase monopolista, foi superado
com o surgimento de concorrentes fortes.
A TAM trouxe o tapete vermelho, o tratamento diferenciado, um novo padrão de
atendimento, em que o passageiro é o foco. Já a Gol, depois de mapear o mercado,
centralizou suas ações em oferecer pontualidade e preço baixo a seus clientes – mantendo
seus aviões no ar o máximo possível, conseguiu atingir o público formado por pessoas
que privilegiam esses aspectos.

Mesmo organizações geridas segundo um modelo tradicional mostraram que é possível,


com a adesão ao modelo de excelência em gestão, superar dificuldades imensas. A Santa
Casa de Misericórdia de Porto Alegre é um caso eloquente. Anos atrás, imersa nas
dificuldades típicas de uma instituição de saúde pública brasileira, adotou um modelo
voltado para a gestão eficiente, conseguindo em dez anos reverter esse quadro e tornar-se
um centro médico de referência internacional, com desempenho de causar inveja a
hospitais de renome.

Isso se deveu entre outras coisas à aplicação coerente de um modelo de excelência. Houve
uma liderança forte, capaz de apostar na mudança, houve visão sistêmica, que permitiu
compreender melhor o alcance da missão e, principalmente, visão de futuro – na verdade,
os fundamentos da excelência se entrelaçam na gestão de uma organização.

Enfim, existe um sem-número de casos que mostram que a aplicação equilibrada dos
fundamentos – ou seja, a essência do Modelo de Excelência da Gestão® – acaba por
blindar uma empresa contra os dissabores da crise. Afinal, aderir a esse modelo implica
a adesão a processos e procedimentos que são avaliados e aperfeiçoados constante e
incessantemente. A busca pela qualidade não é um fim em si mesmo, é o próprio percurso.

Referencias
Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em
http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

82
Atividades

1) A gestão da qualidade estabelece que os recursos humanos devem ser valorizados e


entendidos como integrantes do sucesso da organização.

Certo
Errado
2) Na política da qualidade, desde que o produto final atenda às especificações técnicas
estabelecidas no processo produtivo, considera-se que o cliente está satisfeito.

Certo
Errado

3) A gestão da qualidade estabelece que os processos devem ser continuamente estudados


e planejados para que melhorias sejam implementadas e controladas.

Certo
Errado
4) Assinale a alternativa que corresponde à definição de Gestão da Qualidade Total:

a) Ferramenta usada para estratificar os problemas

b) Método utilizado para a promoção da melhoria contínua

c) Ferramenta utilizada para elaborar um Plano de Ação


d) Gerenciamento dos recursos da empresa para atender todos os requisitos das partes
interessadas
e) Utilizado para estabelecer a prioridade de atuação

5) Durante uma das várias palestras de sensibilização para a geração do processo de


qualidade na empresa o Gestor - enfatiza em seu discurso a importância de:
"...alinhamento interno dos processos de produção com as constantes modificações dos
ambientes externos de mercado para obtenção de resultados tangíveis para a empresa...".
Essa frase evidencia o conceito de GESTÃO da QUALIDADE TOTAL?

a) necessita de revisão conceitual.


b) totalmente incorreta.
c) totalmente alinhada.

d) parcialmente incorreta.
e) parcialmente alinhada.

83
6) A Confeitaria Sabor Divino Ltda., fabricante de doces e produtos alimentícios baseados
em farinha de trigo, executa a inspeção no recebimento das matérias-primas e só procede
a sua entrada no estoque após a aprovação pelo laboratório de controle de qualidade. Essa
prática é adotada também na produção, onde realiza o controle de qualidade durante todo
o processo de produção. O estágio, em termos de prática de controle de qualidade, que a
Confeita Sabor Divino Ltda. é de:

a) Inspeção por amostragem.


b) Inspeção.
c) inspeção por atributo.

d) Controle estatístico de processos.

e) Gestão da qualidade total.

7) Marque a alternativa verdadeira no tocante às Eras da Qualidade:

a) O controle da qualidade moderno teve seu inicio na década de 1930, nos Estados
Unidos, com a aplicação industrial do consagrado gráfico de controle criado por Walter
A. Shewhart na empresa de telefonia ¿Bell Telephone Laboratories?

b) A 4ª Era da Gestão da Qualidade Total, teve início a partir da invasão no mercado


americano dos produtos chineses de alta qualidade no final da década de 1970.

c) Na chamada Era Contratual mais uma ferramenta foi criada, a prevenção e as técnicas
foram além das ferramentas estatísticas, incluiu conceitos, habilidades e técnicas
gerenciais.

d) Na década de 30, surge a Era chamada de Era do Controle Estatístico, que pregava o
uso e ações preventivas para reduzir gastos.

e) Na Era da Inspeção, o controle de qualidade se baseava na amostragem.

8) Com relação às ferramentas da qualidade, leia a afirmação a seguir: "é um processo de


grupo em que os indivíduos lançam idéias de forma livre, sem críticas, no menor espaço
de tempo possível. Seu propósito é lançar e detalhar idéias com certo enfoque, originais,
em uma atmosfera sem inibições. Busca-se diversidade de opiniões a partir de um
processo de criatividade grupal". A ferramenta da qualidade definida no texto é:

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a) Diagrama de Ishikawa.

b) Fluxograma.

c) Plano de ação 5W2H.


d) Brainstorming.

e) Diagrama de Pareto.

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SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA : A abordagem da Gestão da Qualidade Total – GQT
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A abordagem da Gestão da Qualidade Total – GQT
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

A abordagem da Gestão da Qualidade Total – GQT


O aumento da competitividade em mercados cada vez mais globais exigem das
organizações um significativo aumento da preocupação com a Qualidade Total. As
empresas não concorrem mais em mercados regionais apenas, são os clientes que ditam
as regras do jogo e estes são globais, logo, para sobreviver nesse território, é necessário
buscar ser uma organização de classe mundial.

As organizações de classe mundial podem ser definidas como empresas líderes de seus
segmentos e referências para outras organizações do mesmo setor, ou até mesmo de
outros setores da Economia. Essas empresas buscam não somente serem melhores em
seus mercados, mas também buscam condições de igualdade para competir em mercados
globais, onde a qualidade total e excelência em desempenho são apenas requisitos, e não
mais diferenciais, como muitos ainda acreditam.
Atingir a excelência, entretanto, não é uma tarefa tão simples quanto parece, pois todos
os envolvidos com a organização têm que desejar a mesma coisa: garantir um lugar no
mercado. A GQT requer uma abordagem abrangente, que envolva não só especialistas
em qualidade, mas todos que trabalham na organização.

“A qualidade é importante demais para ser deixada somente aos ‘profissionais da


qualidade’; não pode ser alcançada na empresa toda, se é deixada para os especialistas”
(OAKLAND, 1994, p. 31).
O modelo da GQT é uma abordagem que permite melhorar diversos aspectos
fundamentais na organização, tais como produtividade, competitividade e eficácia, além
de aumentar a flexibilidade da empresa junto a clientes,

parceiros e fornecedores e, principalmente, atuar como fator motivacional aos


colaboradores. Esse último aspecto acontece justamente porque o modelo visa
desenvolver uma habilidade indagativa dos colaboradores, o que faz com que estes

86
poupem esforços com trabalhos inúteis e permitam ao colaborador a percepção de estar
contribuindo para o crescimento da organização.
Todo e qualquer trabalho realizado em prol da qualidade contribui para maior eficiência
e aumento de lucros da empresa, e por isso é importante que a organização esteja segura
de que utiliza práticas e procedimentos adequados para gerenciamento da qualidade.
Muitas empresas acreditam que suas linhas de produção são insignificantes e que não há
necessidade nem justificativas para implementação de um modelo GQT, ou ainda que
para o seu negócio a metodologia de GQT não funciona. De acordo com Oakland (1994),
antes de se chegar a tal conclusão, faz-se necessário verificar algumas questões:
■ Está sendo feita alguma tentativa de avaliação dos custos originados de erros,
defeitos, desperdícios, reclamações de clientes, vendas perdidas etc? Se assim for, eles
são mínimos ou insignificantes?

■ O padrão de gerenciamento da qualidade é adequado? São feitos esforços para


assegurar que a correta consideração seja dada à qualidade, na fase de projeto?
■ Estão em boa ordem os sistemas de qualidade da organização – a documentação,
os procedimentos, as operações etc?
■ O pessoal tem sido treinado na prevenção de erros e de problemas da qualidade?
Eles descobrem antecipadamente e corrigem causas potenciais de problemas ou
inspecionam e rejeitam?
■ As instruções de trabalho contêm as necessárias informações sobre qualidade?
Elas são mantidas atualizadas? Os empregados trabalham de acordo com as instruções?
■ O que está sendo feito para motivar e treinar os funcionários para que façam o
trabalho correto na primeira vez?
■ No ano passado, quantos erros e defeitos foram cometidos? E a quantidade de
desperdício? Esses números são maiores ou menores do que os do ano anterior?

Definição da GQT

Segundo Vieira (2007), a GQT é composta por cinco itens básicos, em torno dos quais
são montadas as estratégias das organizações.
■ Qualidade intrínseca – significa planejar e executar o trabalho, de forma a garantir
que a qualidade do bem ou do produto que se produz esteja de acordo com o proposto.
■ Preço baixo – significa ter planejamentos detalhados dos bens e insumos, custos
de mão de obra, investimentos e utilizar bons fornecedores parceiros, além de ter uma
execução dos processos, minimizando as perdas e o tempo.
■ Pontualidade – significa manter baixos estoques e garantir, através da boa relação
fornecedor-cliente, que haverá sempre um estoque mínimo controlado pelo fornecedor
para reposição automaticamente.

87
■ Segurança na utilização – significa ter garantia naquilo que se está produzindo,
através de instrumentos adequados para aferir no processo a qualidade dos produtos ou
serviços.

■ Moral da equipe – significa ter grande preocupação e dedicação aos aspectos de


capacitação e motivação dos funcionários, por ser esta a base do GQT. O modelo faz com
que ocorra uma grande mudança cultural na organização e é necessário que todos estejam
envolvidos, a ponto de transformar a rotina em desafios.

Os mandamentos da GQT
A utilização do modelo de Gestão da Qualidade Total é uma importante ferramenta para
que uma organização tenha uma liderança eficaz. Para que a implantação do modelo GQT
seja desafiadora, é necessário simplificar os processos e promover a interação a partir da
relação fornecedor-cliente, seja esse cliente interno ou externo.

Alguns pontos, definidos como mandamentos da GQT, podem ser utilizados para auxiliar
no estabelecimento de uma política baseada na qualidade. Esses pontos nascem de
palavras de sabedoria, daqueles que são considera- dos os “gurus” da qualidade.

1. º Mandamento – Comprometimento
O comprometimento de todos os envolvidos com a organização, sejam estes clientes
internos ou externos, fornecedores ou parceiros, com a melhoria contínua dos processos
e a busca constante pela excelência, é fundamental para a implantação do GQT.

O planejamento da qualidade deve começar pela alta diretoria, que deve liderar o processo
para que progressivamente atinja toda a organização.

2. º Mandamento – Mudança Cultural

A mudança cultural é um dos primeiros passos para a implementação do modelo GQT. É


fundamental que a organização adote a filosofia do “fazer certo da primeira vez” e
principalmente do “zero defeito”, ou seja, não tolerar erros. Para que isso ocorra, é
necessário conhecer perfeitamente as necessidades e expectativas dos clientes internos e
externos, além de utilizar de forma rigorosa o modelo EPDCA (Evaluate – Avaliar; Plan
– Planejar; Do – Fazer; Check – Controlar; Amend – Aperfeiçoar).

3. º Mandamento – Satisfação Cliente-Fornecedor

A total satisfação de clientes e fornecedores, através do compromisso com as


necessidades e expectativas de ambos, deve ser uma premissa primordial para o sucesso
da implantação do modelo GQT. A organização deve compreender que o cliente é a razão
de existir da organização, e para que isso seja explicitado é necessário constante processo
de interação e troca de aprendizados entre organização, clientes e fornecedores.

88
4. º Mandamento – Comunicação e Disseminação de Informações
Um dos requisitos da Gestão da Qualidade Total é a transparência e o acompanhamento
do fluxo das informações, garantindo que as mesmas cheguem ao destino de forma
satisfatória e complementar ao processo.

5. º Mandamento – Desenvolvimento de Recursos

O desenvolvimento de recursos humanos remete à ideia do “formador de especialistas”,


ou seja, aquela organização que desenvolve, nos seus próprios recursos, habilidades que
contribuam tanto para sua vida pessoal quanto profissional. É fundamental estar presente
o espírito de colaboração e iniciativa nos trabalhadores e de suma importância o
conhecimento da missão, valores e metas da organização, para que os mesmos tenham
uma efetiva mudança de postura profissional e se sintam partes integrantes do processo
de mudança.

6. º Mandamento – Gestão Participativa e Trabalho em Grupos

Através da disseminação das informações e da cultura de desenvolvimento de recursos


humanos, torna-se mais fácil a criação de uma gestão participativa na organização. A
participação fortalece as decisões, gera compromisso e mobiliza os envolvidos com os
resultados.

7. º Mandamento – Sistemas e Ferramentas


Os sistemas, as ferramentas de controle de desempenho e a garantia da qualidade são os
elementos que fazem com que recursos desenvolvidos, comprometidos com a mudança
cultural da organização e utilizando-se de uma comunicação adequada, contribuam para
que os clientes tenham suas necessidades 100% atendidas

Referencias
Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em
http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

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Atividades

1 – Assinale verdadeiro ou falso.


( ) Mandamento – Sistemas e Ferramentas - Os sistemas, as ferramentas de controle de
desempenho e a garantia da qualidade são os elementos que fazem com que recursos
desenvolvidos, comprometidos com a mudança cultural da organização e utilizando-se de
uma comunicação adequada, contribuam para que os clientes tenham suas necessidades
100% atendidas
( ) Mandamento – Gestão Participativa e Trabalho em Grupos - Um dos requisitos da
Gestão da Qualidade Total é a transparência e o acompanhamento do fluxo das
informações, garantindo que as mesmas cheguem ao destino de forma satisfatória e
complementar ao processo.

( ) Mandamento – Comprometimento - O comprometimento de todos os envolvidos com


a organização, sejam estes clientes internos ou externos, fornecedores ou parceiros, com
a melhoria contínua dos processos e a busca constante pela excelência, é fundamental
para a implantação do GQT.

2 - Todo e qualquer trabalho realizado em prol da qualidade contribui para maior


eficiência e aumento de lucros da empresa, e por isso é importante que a organização
esteja segura de que utiliza práticas e procedimentos adequados, para gerenciamento da
qualidade. Agora você é um consultor que está avaliando os processos de uma
organização, faça um checklist com perguntas que devem ser feitas ao seu cliente, para
que você possa compreender os processos atuais da organização.

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SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA : O modelo 5S
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: O modelo 5S, liderança
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

O modelo 5S
O movimento 5S surgiu no Japão em um momento da história onde as empresas japonesas
se encontravam em estados lastimáveis, sujas, desorganizadas, com diversos problemas
operacionais, mão de obra desqualificada, dentre outros aspectos.
Com isso, no final da década de 1960, o movimento 5S começou a tomar parte das
organizações japonesas, no intuito de contribuir para o processo de reconstrução do país.
Os japoneses perceberam que precisavam resgatar a imagem do país derrotado e
transformá-la em um significado de força e de reconquista, buscando valorizar a
autoestima inclusive da população. O impacto da implementação do processo foi o
fortalecimento da poderosa marca made in Japan.

O método 5S é uma prática voltada para o espírito de mobilização e pro- atividade dos
colaboradores, em função da situação caótica das empresas japonesas naquele momento,
e que visava à implementação de mudanças culturais no ambiente de trabalho, incluindo
desde aspectos motivacionais até a eliminação de desperdícios de materiais de escritório,
arrumação de salas, limpeza, organização e principalmente disciplina.

O nome 5S provém do japonês;

■ Seiri – organização/utilização/descarte;

■ Seiton – arrumação/ordenação;
■ Seisou – limpeza/higiene;
■ Seiketsu – padronização;

■ Shitsuke – disciplina.

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O objetivo principal do modelo 5S é mudar a cultura organizacional, a disciplina e a
maneira de pensar dos colaboradores, em prol de uma maior qualidade de vida, tanto no
âmbito profissional quanto no âmbito pessoal e familiar.

O modelo foi o responsável por quebrar paradigmas presentes na maioria das


organizações, como “vamos guardar isso, pois um dia podemos precisar” e outros
comportamentos automáticos e não sensibilizados dos colaboradores.
Para isso, as empresas japonesas passaram a incentivar os colaboradores a criar e terem
ideias, bem como motivaram o aproveitamento do potencial e capacidade pessoal de cada
um, além de educar os colaboradores a manter salas e áreas de trânsito de clientes internos
e externos limpas, desobstruídas e organizadas, dentre outras ações.

A metodologia de implementação do modelo 5S é simples e objetiva e as atividades são


divididas em dois grupos: o da sensibilização, que inclui a educação e treinamento dos
colaboradores, e o da perpetuação, que está diretamente relacionado à disciplina e a
padronização dos procedimentos.
A implantação do modelo 5S pode ser descrita em cinco passos, orientados pelas cinco
palavras-chave do programa – Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke – e que
possibilitam à organização atingir os objetivos do programa.

O primeiro passo: Seiri


O processo de implantação se inicia com a fixação de cartazes pelos departamentos e
dependências da empresa, com o objetivo de sensibilizar os colaboradores. A maioria das
empresas que implementam a filosofia 5S criam, neste momento, símbolos ou mascotes
para representar a campanha de sensibilização das pessoas dentro da organização, que
serão aquelas diretamente envolvidas no processo.

O segundo passo: Seiton

O segundo passo é a estruturação de um plano de ação que envolve apresentação a todos


os colaboradores, com entrega de brindes como bonés, camisetas, chaveiros, canetas,
entre outros, com o símbolo da campanha, no intuito de mostrar de forma simples e com
efetividade a implantação do que se pretende.

O terceiro passo: Seisou


O terceiro passo é marcar um dia ou uma semana para fazer o “mutirão da limpeza” ou o
“dia da limpeza”, onde os colaboradores se reúnem para jogar fora tudo que não está em
uso, desde móveis e equipamentos a papéis sem utilidade e canetas quebradas. Tiram-se
fotos antes e depois para que os colaboradores sintam e percebam a importância do
processo.

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O quarto passo: Seiketsu

Após a etapa da limpeza, os colaboradores iniciam a etapa da perpetuação, a segunda fase


do processo de implementação da filosofia. Essa fase é o momento onde são aplicados os
últimos 2S, que significam padronização e disciplina. O intuito desta fase é fazer com que
os colaboradores transformem as “novas práticas” em práticas automáticas do dia a dia,
e não apenas no ambiente profissional, mas também no ambiente familiar etc.

O quinto passo: Shitsuke

O quinto passo refere-se ao processo de criação de comissões, para discutir e desenvolver


modelos de auditoria do que foi planejado e realizado no quarto passo.
Com a implementação da filosofia 5S a organização espera ter resultados eficazes quanto
à estrutura administrativa, através da eliminação de focos de dispêndios financeiros
desnecessários, como em estoques intermediários, falhas de comunicação interna,
melhorias no controle e organização de documentos e arquivos, maior conforto e
comodidade para os colaborado- res, padronização de procedimentos, o que permite
verificar onde ocorrem falhas de comunicação, através do monitoramento das
informações, dentre outros benefícios que a organização poderá ter com a filosofia 5S.

Liderança
A liderança pode ser definida como o processo de condução, direção e influência sobre
um grupo de pessoas em busca de um objetivo comum, estimulando os liderados e
aproveitando seu máximo potencial de maneira efetiva, e que possibilite resultados
mensuráveis além do esperado.

Os líderes são os principais responsáveis pelo sucesso ou fracasso de uma organização. É


através dos líderes que a organização é dirigida rumo ao seu objetivo, as estratégias são
implementadas, os colaboradores são motivados e orientados. Por isso, alguns aspectos
como: ética, respeito, disciplina e humildade são de fundamental importância para todo e
qualquer líder.

Atualmente, as organizações não utilizam mais apenas os aspectos de liderança para


obterem diferenciais competitivos, elas acreditam que mais do que liderar, é fundamental
a esses profissionais proporcionar o desenvolvi- mento de novos talentos, ou seja, novos
líderes. Esse trabalho é conhecido como coaching do inglês coach, que significa técnico,
tutor.

De acordo com Chiavenato (2000), existem três principais teorias, com base nas Teorias
das Relações Humanas, que constatam a influência da lide- rança sobre o comportamento
humano, são elas:

93
■ Traços da personalidade – esta teoria já está desacreditada, ela pregava que havia
algumas características marcantes de personalidade que qualificariam ou não um líder.
■ Estilos de liderança – esta teoria aponta três tipos de liderança:
■ autocrática – o líder é focado apenas nas tarefas e toma as decisões
individualmente, não importando a opinião do grupo;
■ democrática – o foco da liderança são as pessoas e há plena participação dos
liderados no processo de tomada de decisão;
■ liberal ou laissez-faire – derivada do francês, a expressão representa a ideia do
deixai fazer, deixai ir e deixai passar.

■ Situações de liderança – esta teoria assume que existam diferentes padrões e


maneiras de se liderar, de acordo com a situação e para cada um dos membros liderados.

A liderança é estritamente relacionada a aspectos de gerenciamento, entre- tanto, é


importante destacar que liderança e a gerência são aspectos distintos. Gerência é o que
fazemos, e liderança é o que somos. A pessoa pode possuir excelentes habilidades
gerenciais, de planejamento, controle, gestão e organização e, no entanto, não possuir as
características motivacionais de um líder, ou o contrário, o que confirma que gerência e
liderança são coisas diferentes.
Dentre as principais razões pela qual um líder pode falhar, destacam-se seis aspectos
(Liderança, 2009):

■ faltas ou falhas graves nos processos;


■ não observar o que é importante;

■ falta de iniciativa;
■ falta de treinamento;

■ promover e recrutar de maneira errada;


■ tarefas administrativas demais.

Construindo uma liderança eficaz

Qualquer organização que tenha como base a qualidade necessita também de liderança,
um aspecto fundamental e responsável por garantir o sucesso da organização.
A liderança começa pelos altos executivos da organização, são eles os responsáveis por
identificar oportunidades, prevenir a organização de ameaças e desenhar estratégias que
permitam à organização obter vantagens competitivas. De acordo com Oakland (1994),
existem cinco requisitos para a liderança eficaz:

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■ Desenvolver e publicar o credo e os objetivos da organização – sua missão – a
missão da organização é a responsável por traduzir a filosofia de orientação da
organização, seus valores, crenças e principalmente o propósito de existir, em estratégias
e objetivos factíveis.

■ Desenvolver estratégias claras e eficazes e planos de apoio, para realizar a missão


e atingir os objetivos – as estratégias de negócios da organização são o conjunto de ações
que conduzirão a organização aos objetivos desejados e que definem a posição estratégica
da organização no mercado. O estabelecimento das estratégias deve ser iniciado pelos
líderes, que apontarão as diretrizes para que as estratégias sejam formuladas; a partir deste
ponto, todos os envolvidos devem participar da formulação dos planos de ação, assim, a
probabilidade de comprometimento e entendimento do plano, por parte dos funcionários,
torna-se muito maior.

■ Identificação dos fatores de sucesso e dos processos críticos – uma vez que as
estratégias foram estabelecidas, faz-se necessário estabelecer um conjunto de submetas
para controlar e monitorar se a organização está indo na direção correta, rumo àquelas
estratégias e objetivos definidos. Esse processo é conhecido como definição dos fatores
críticos de sucesso (CSFs – Critical Success Factors). Esses fatores são seguidos pelos
processos críticos ou processos-chave, que são aqueles processos que descrevem
realmente o que precisa ser feito para que as submetas ou CSFs sejam alcançados. Todo
processo crítico deve ser mensurável, para que então possa ser controlado e verificado.

■ Revisão da estrutura organizacional – a estrutura organizacional


refere-se à melhor maneira para que os recursos disponíveis na organização possam ser
aproveitados, de forma a contribuir com o sucesso do negócio. Os processos envolvidos
na revisão da estrutura organizacional vão desde a atribuição de tarefas, definição de
cargos e funções, desenvolvimento das relações hierárquicas, definição de
responsabilidades e procedimentos operacionais. A revisão da estrutura organizacional
deve incluir o estabelecimento de grupos de melhoria da qualidade e do processo, em toda
a organização.

■ Delegação de autoridade – estímulo à participação efetiva dos empregados – o


modelo GQT está baseado na mudança de postura e atitudes dos envolvidos com a
organização, onde todos devem fazer da maneira correta na primeira vez, evitando erros
e falhas e permitindo, assim, redução de custos e desperdícios. Assim, o fator
comprometimento humano é fundamental para o sucesso do GQT, o que significa que o
trabalho de estímulo à participação efetiva dos envolvidos deve ser feito de maneira
natural, e realmente participativa. Para que isso

ocorra, a comunicação adequada entre os envolvidos, clientes internos e externos,


fornecedores, parceiros, entre outros, é primordial para assegurar que o processo está
ocorrendo da forma correta.

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Ainda existem outros três fatores que devem ter atenção especial:

■ Atitudes – atitudes e palavras são coisas diferentes. Simples palavras não têm
valor e, para que elas sejam compreendidas e aceitas pelos funcionários, é muito
importante que o exemplo venha de cima, ou seja, da direção e das gerências. A atitude a
que nos referimos quanto ao processo de implantação de um modelo GQT, é a atitude de
buscar informações sobre quem são os clientes, quais suas necessidades e expectativas,
demonstrar aos fornecedores claramente quais são as necessidades da empresa e
informar-lhes sobre mudanças. Esse conjunto de atitudes, quando vindas do topo da
pirâmide, surtem maior efeito nos demais funcionários. Somente quando os funcionários
têm a percepção da importância dessas atitudes é que eles começam a realizá-las, e este é
um dos fatores decisivos para o sucesso do modelo GQT em uma organização.

■ Capacidades – desenvolver habilidades e aumentar a capacidade dos recursos, de


forma a contribuir para o melhor desempenho da organização, é uma das tarefas mais
difíceis. Porém, é fundamental que cada funcionário seja capaz de fazer o que é necessário
e esperado dele. Para que esse fator seja um diferencial de peso para a empresa, é in-
dispensável que a alta administração, diretorias e gerências, decidam e transpareçam, de
forma clara e objetiva, o que exatamente deve ser feito para atingir um determinado
objetivo. Quem não sabe para onde ir, vai a qualquer lugar, logo, se um funcionário não
sabe o que deve fazer, provavelmente ele fará da maneira como julgar mais adequada e
nem sempre essa maneira é a melhor ou a mais adequada, para atingir tais objetivos. O
treinamento é a ferramenta são indispensáveis para desenvolver talentos, capacidades e
habilidades, porém, treinamentos são onerosos e, se os recursos não forem direcionados
de forma sábia, de nada adianta; além disso, os treinamentos devem possuir um propósito
que está relacionado às necessidades, expectativas e principal- mente à melhoria dos
processos, em busca da excelência.
■ Participação – a participação dos funcionários é essencial para que a organização
atinja o sucesso almejado, e o treinamento desses funcionários é a melhor maneira de
envolvê-los de forma a participar ativa- mente dos processos.

Um modelo bastante eficaz de treinamento é o modelo EPDCA:


■ Evaluate (Avaliar) – a situação e definir seus objetivos;

■ Plan (Planejar) – para realizar inteiramente esses objetivos;


■ Do (Fazer) – isto é, implementar os planos;
■ Check (Verificar) – se os objetivos estão sendo atingidos;

■ Amend (Aperfeiçoar) – isto é, executar ações corretivas, se eles não es- tiverem.
A diferença do EPDCA para o tradicional PDCA está no fato de começar o processo por
avaliar e não por fazer, assim, a ocorrência de erros tende a diminuir, além de que no ato
de avaliar torna-se possível melhorar aquilo que não está de acordo com os objetivos do

96
grupo. Essa abordagem deve ser implementada tanto em níveis de diretoria quanto em
níveis de gerência e operações, e o fator chave para o sucesso do ciclo EPDCA é a
disciplina com que todos irão atuar, ou seja, o comprometimento em realmente fazer
exatamente aquilo que foi dito.

Referencias
Martinelli, Fernando. Gestão da Qualidade Total, 2009. Disponível em
http://www.qualittert.com.br/biblioteca/gestao_da_qualidade_total.pdf/ . Acesso em
14/06/2021.

Atividades

1. Quais são os cinco itens básicos com os quais são montadas as estratégias de uma
organização, voltada para a Gestão da Qualidade Total? Explique cada um deles.

2. Explique, com suas palavras, quais são os aspectos mais importantes para se
construir uma liderança eficaz dentro de uma organização?

97
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTECURRICULAR:
INFORMATICA APLICADA
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

98
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática.
Ferramentas para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação
de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS PARA PRODUÇÃO E EDIÇÃO DE TEXTOS

1. CARACTERÍSTICAS DO WORD

É um software que une vantagens de um processador de textos com os recursos


oferecidos pela interface gráfica do Windows. O Word dispõe das seguintes
características:

 Copia e move fragmento de texto, parágrafos e desenhos com o recurso de mouse


como Arrastar e Soltar (Drag and Drop).
 lnserção simplificada de gráficos, planilhas e desenhos.
 Variedades de tipos e tamanhos de fontes, incluindo símbolos gráficos.
 Criação de estilos e modelos de documentos com formatações predefinidas.
 Visualização WYSIWYG (What You See Is What You Get - O que você vê é o
que você obtém) o usuário tem a imagem real de impressão do documento.
 Destaques de texto como bordas, sombreamento e destaque de caracteres.
 Pré-visualização de arquivos sem precisar abri-los.
 Revisor ortográfico incorporado.
 Recursos como cabeçalhos, rodapés, texto multicolunado, gerador de índices
analíticos e remissivos, editor de macros, ferramentas para produção de
desenhos e logomarcas e editor de fórmulas matemáticas e científicas.
 Auto formatação de textos e documentos.
 Mala-Direta simplificada, com opção para criação de etiquetas, cartas modelos,
envelopes e catálogos.

2. INICIANDO O WORD
99
Para inicializar o Microsoft Word, basta expandi-lo clicando duplamente sobre o seu
ícone no grupo de programas em que este esteja inserido normalmente Microsoft Office,
ou Microsoft Word).

A Tela do Word

3. BARRA DE FERRAMENTAS

Usando o mouse, você poderá usar as barras de ferramentas para obter acesso rápido aos
comandos usados com maior freqüência. Quando você inicia o Word pela primeira vez
e abre um documento, as barras de ferramentas Padrão e Formatação estão exibidas logo
abaixo da barra de menus.

A barra de ferramentas Padrão contém os recursos usados com mais freqüência durante
a criação de documentos, a manipulação de arquivos e a impressão.

A barra de ferramentas Formatação contém os recursos utilizados para a formatação


de fontes, a definição do alinhamento, a aplicação de numeração ou bullets, a aplicação
de estilos de formato e a formatação de bordas ou molduras.

100
3.1. Opções da Caixa de Diálogo

Barras de ferramentas

Selecione a caixa de verificação ao lado da barra de ferramentas que você deseja alterar.
Para obter maiores informações sobre barras de ferramentas específicas, consulte Barras
de ferramentas.

Botões coloridos

Adiciona cor aos botões de barra de ferramentas.

Magnificar botões

Aumenta os botões da barra de ferramentas para facilitar sua leitura

Exibir Descrições

Exibe descrições (na tela) de um botão da barra de ferramentas quando o ponteiro do


mouse estiver o mesmo.

Nova

Cria urna nova barra de ferramentas. Para obter maiores informações; consulte Caixa de
diálogo Nova Barra de Ferramentas.

Redefinir / Excluir

Redefine a barra de ferramentas selecionada com as configurações originais do Word


ou exclui uma barra de ferramentas personalizada.

101
Para obter maiores informações sobre a redefinição das barras de ferramentas, consulte
Caixa de diálogo Redefinir a Barra de Ferramentas.

Personalizar

Adiciona botões ou remove botões das barras de ferramentas predefinidas. Consulte


Guia "Barra de ferramentas".

3.2. Tipos de Barras de Ferramentas

102
4. A RÉGUA

Use a régua para definir paradas de tabulação e recuos para parágrafos selecionados e
ajustar a largura de colunas do tipo jornalístico. No modo layout de página ou
visualização de impressão, use as réguas horizontal e vertical para mudar as margens e
posicionar itens na página.

Os marcadores de recuo e a paradas de tabulação na régua horizontal refletem as


configurações para o parágrafo, que contém o ponto de inserção.

5. ESCOLHENDO COMANDOS
103
Um comando constitui uma instrução que diz ao Word para executar uma ação. Você
pode escolher comandos:

 Clicando um botão numa barra de ferramentas com o mouse.

O Word inclui barras de ferramentas para ajuda-lo a executar rapidamente as tarefas


mais usuais. Os botões do Word 6.0 são identificados sempre que você posicionar o
mouse sobre qualquer um deles .

 Escolhendo um comando e um menu.

Os comandos são agrupados em menus. Alguns deles executam uma ação


imediatamente; outros exibem uma caixa de diálogo que permite selecionar opções.

 Usando um menu de atalhos

Ao apontar ou selecionar itens no Word, você pode exibir um menu de atalhos. Os


menus de atalho contém comandos relacionados ao item utilizado. Eles aparecem na
janela do documento exatamente na posição em que você esta trabalhando.

5.1. Recortando Copiando e Colando

Os comandos RECORTAR, COPIAR e COLAR do menu EDITAR permitem que você


mova textos e gráficos ao longo do documento ativo para outros documentos do Word
e até mesmo para outros aplicativos. Esta função lhe possibilita trabalhar com a Área de
Transferência do Windows.

Levar Conteúdo para Área de Transferencia

 Marque o conteúdo a ser trabalhado (pode ser uma palavra, uma linha, um
parágrafo ou o documento inteiro);
 Selecione no menu EDITAR a opção COPIAR (para que haja uma cópia do
documento) ou RECORTAR (para mover um conteúdo de uma área para outra
do documento).

104
Trazer Conteúdo da Área de Transferencia

 Posicione o cursor no local que deseja o conteúdo (de preferência numa linha
em branco).
 Selecione no menu EDITAR a opção COLAR ou COLAR ESPECIAL.

BIBLIOGRAFIA:

FIUZZA, João. NET School Informática. Midiograf. 1995


MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Érica,
2013.
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica.
– Recife: IFPE, 2014. 220 p. il.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2011
SANTOS, Alex. COUTINHO, Demétrios. BONFIM, Tiago. Apostila PRONATEC.
Apostila Informática Básica. IFRN, 2012.

Atividades:
1. Monte o seguinte organograma (Você pode também aumentar os níveis):
Josue- Presidente
Roberto – Assessor ; Mariana - Diretor de artes; José – Diretor Adm.;
Sandra - Diretora de MKT; Antonio – Gerente Financeiro; Pedro- Gerente RH
Maria – Assistente de MKT

2. Monte uma tabela abaixo, com as seguintes descrições: Clientes (título, Fonte
Arial, 14 pt, negrito; centralizado), Nome, Sobrenome, Endereço, Cidade/UF, CEP,
Telefone, etc. (Menu Inserir, Tabela, indique colunas e linhas)

3. Digite a frase:

“Não se mede o valor de um homem por suas roupas ou por aquilo que ele possui, o
verdadeiro valor de um homem é seu caráter, suas ideias e a nobreza de seus ideais”.
(Charles Chaplin)

Formate a frase da seguinte forma:

105
Cor da fonte: Azul
Tamanho da Fonte: 20
Fonte: Times New Roman
Alinhamento: Centralizado
Parágrafo: Espaçamento entre linhas – 1,5 (Menu Formatar,
Parágrafo)

Configure a página (Menu Arquivo – Configurar página)

Guia Margens:
Direita: 2 cm
Esquerda: 2 cm
Superior 2 cm
Inferior: 2 cm

Guia Papel:
Largura do papel: 15 cm
Altura do papel: 10 cm

Adicione Cabeçalho e Rodapé (Menu exibir – Cabeçalho e Rodapé)


Cabeçalho: Curso Técnico em Administração
Rodapé: Seu nome completo

Formatação do Cabeçalho e do Rodapé:

Cor da fonte: Vermelho


Tamanho da fonte: 8
Fonte: Tahoma
Alinhamento: Alinhar à direita

Insira Borda da página – Design (Menu formatar – Bordas e sombreamento)


No guia Bordas da página escolha a ARTE e defina a largura para 6 PT.

Adicione Marca d’água impressa (Menu formatar – Plano de fundo – Marca d’água
impressa - Design)
Texto: Charlie Chaplin – Fonte: Comic Sans Ms – Tamanho: 36 – Cor: Turquesa –
Diagonal

Coloque senha de proteção no arquivo (Menu Ferramentas – Opções – Guia Segurança)


- Informações
Adicione Senha de proteção, e confirme-a.

106
Visualize seu arquivo antes de salvar (Menu Arquivo – Visualizar Impressão). Você
poderá utiliza também a ferramenta Visualizar Impressão

Salve o Arquivo em meus documentos com o nome de Frase


(Menu Arquivo – Salvar Como – Salvar em: Meus documentos – Nome do Arquivo:
Frase)

107
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS PARA PRODUÇÃO E EDIÇÃO DE TEXTOS

1. FORMATANDO DOCUMENTOS

Formatando Caracteres

Para mudar rapidamente os formatos comuns, utilize a barra de ferramentas Formatação.


Na barra de ferramentas Padrão, use o botão "Ferramenta Pincel" para copiar a
formatação do texto selecionado para outro trecho de texto selecionado.

108
A maioria dos formatos pode ser aplicada com teclas de atalho, facilitando a formatação
do texto durante a digitação. As teclas de atalho que aplicam determinados formatos
também os removem. Para fazer ajustes complexos ou mudar vários formatos ao mesmo
tempo, use o comando FONTE do menu FORMATAR:

Para aplicar ou remover formatos de caracteres:

Selecione o texto que você deseja alterar ou posicione o ponto de inserção onde deseja
iniciar a digitação de texto com novos formatos.

Na barra de ferramentas Formatação, siga um destes procedimentos:

 Para alterar fonte ou tamanho em pontos, selecione um nome de fonte ou


tamanho nas suas respectivas caixas. Pode-se também digitar um nome de fonte
ou tamanho e pressionar ENTER.
 Para adicionar ou remover a formatação de negrito, itálico ou sublinhado, dique
sobre o seu respectivo botão.
 Para aplicar ou remover formatos de forma mais complexa e completa, selecione
a caixa de diálogo "Fontes" através do menu FORMATAR - FONTES.

Para remover formatação de caracteres:

Selecione os caracteres cuja formata9áo você deseja remover.

 Pressione CTRL + BARRA DE ESPAÇOS

O Word removerá quaisquer formatos de caracteres que tenham sido aplicados com a
barra de ferramentas Formatação, teclas de atalho ou da caixa de diálogo "Fontes".

Para copiar a formatação de caracteres:

1. Selecione o texto que possui os formatos a serem copiados.


2. Na barra de ferramentas Padrão, dique sobre o botão "Ferramenta Pincel".
3. Quando o ponteiro do mouse for alterado para um pincel, selecione o texto a ser
formatado.
109
Formatando Parágrafos

A aparência de um documento depende da formatação aplicada aos seus vários


parágrafos. Os principais pontos para uma boa formatação são:

 "Parágrafo", tem um significado especial, está relacionado ao espaço do seu


documento compreendido entre os marcadores (Exibir/Ocultar) na barra de
ferramentas Padrão.
 O Word aplica formatos somente aos parágrafos selecionados. Para mudar,
então, sua formatação, selecione-o primeiro.
 Os formatos afetam o parágrafo. Mesmo que você selecione somente algumas
palavras do parágrafo, tudo será modificado.
 Para economizar tempo, use estilos para formatar parágrafos.
 Um novo parágrafo sempre mantém a formatação anterior; sempre que você
teclar ENTER (para iniciar um novo parágrafo) a formatação será mantida. Uma
vez formatado um parágrafo, todo o documento poderá seguir com o mesmo
formato.

As marcas de parágrafo armazenam o formato de cada parágrafo.

Para alterar a formatação do seu documento, selecione no menu FORMATAR a opção


PARÁGRAFO:

110
Formatando Tabulações

As paradas de tabulação são posições definidas ao longo do documento que ajudam a


alinhar o texto. Você pode definir recuos de parágrafos e criar paradas de tabulação
personalizada.

As paradas de tabulação já estão definidas em intervalos de 1,25 cm a partir da margem


esquerda. Simplesmente pressione a tecla TAB para mover o ponto de inserção até a
próxima tabulação do parágrafo atual. A primeira linha do texto digitado é alinhada na
parada de tabulação.

Use a régua para definir uma parada de tabulação em determinada posição ou para
mudar a maneira pelo qual o texto se alinha na parada de tabulação. As paradas de
tabulação podem ser alinhadas conforme a figura abaixo:

111
Você pode, também, preencher os espaços vazios com linhas pontilhadas, tracejadas ou
sólidas. Antes de uma parada de tabulação, selecione no menu FORMATAR a opção
TABULAÇÃO:

Definindo Tabulações:

 Utilizando a régua, simplesmente selecione o alinhamento desejado e após dique


sobre a posição onde deseja definir a tabulação.
 Utilizando a caixa de diálogo "Tabulação":

1. Digite na caixa "Marca de Tabulação" a posição desejada;


2. Em "Alinhamento", selecione o alinhamento para o texto que será digitado;
3. Em "Preenchimento", selecione o estilo desejado;

4."Configurar" para cada marca de tabulação. Repita estes passos para definir todas
Clicar sobre o botão as tabulações antes de teclar O.k.

QUEBRA DE PÁGINA OU SEÇÃO

112
Quebra de Página: Para forçar uma quebra de página, coloque o cursor no local onde
deseja quebrar a página, e então use a opção de menu: Inserir / Quebra / Quebra de
página, ou as teclas de atalho: CTRL+ENTER.

No local da quebra, no modo de visualização Normal, aparecerá uma linha do tipo: Para
tirar esta quebra, basta colocar c cursor nesta linha, e teclar DELETE

Quebra de Seção: Cada seção no documento corresponde a uma parte que pode ter
diferentes características de configuração de páginas em relação a outras partes do texto
(seções), como: margens, orientação da página (vertical ou horizontal), numeração,
cabeçalho e rodapé, etc. Para forçar uma quebra de seção, coloque o cursor no local
onde desejar quebrar a seção, selecione a opção de menu: Inserir / Quebra, e então
selecione a forma desejada da quebra de seção. No local da quebra, no modo de
visualização Normal, aparecerá uma linha do tipo, no caso da quebra de seção
selecionada for “Próxima página”

Colunas

É possível dividir um texto no Word em várias colunas como em uma revista. Ao clicar
em mais Colunas, é possível personalizar as suas colunas, o Word disponibiliza algumas
opções pré-definidas, mas você pode colocar em um número maior de colunas, adicionar
linha entre as colunas, definir a largura e o espaçamento entre as colunas. Observe que
se você pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso desmarcar a opção

“Colunas de mesma largura”. Atente também que se preciso adicionar colunas a


somente uma parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

2. Inserindo Elementos Gráficos

113
O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem,
Clip-art, Formas, WordArt, Cabeçalho e Rodapé, etc., as opções de inserção estão
disponíveis na Aba Inserir.

O SmartArt permite ao você adicionar organogramas ao seu documento. Em hierarquia,


escolha o primeiro da segunda linha e clique em OK.

Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar no topo em Ferramentas


SmartArt, serão mostradas as opções de alteração do objeto.

As tabelas são com certeza um dos elementos mais importantes para colocar dados em
seu documento. Use tabelas para organizar informações e criar formas de páginas
interessantes e disponibilizar seus dados. Para inserir uma tabela, na Aba Inserir clique
no botão Tabela.
Ao clicar no botão de Tabela, você pode definir a quantidade de linhas e colunas, pode
clicar no item Inserir Tabela ou Desenhar a Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou
usar uma Tabela Rápida que nada mais são do que tabelas prontas onde será somente
necessário alterar o conteúdo. Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa,
por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número variável de
colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma
tabela. Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo
Ferramentas de Tabela.

114
Fazendo um Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no inicio de
documentos. A principal regra é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa
estar atrelado a um estilo.
O sumário fica na Aba “Referências”, clique no local onde você precisa que fique seu
índice e clique no botão Sumário. Serão mostrados alguns modelos de sumário, clique
em Inserir Sumário.
Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções. Será
aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então
é nela que você define quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o
nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após
definir quais serão suas entradas de índice clique em OK.

Retorna-se a janela anterior, onde você pode definir qual será o preenchimento entre as
chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais abaixo, você
pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar
em Ok, seu índice será criado.
Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do
115
mouse em qualquer parte do índice e escolher Atualizar Campo. Na janela que se abre,
escolha Atualizar o índice inteiro.

Com isto finalizamos nosso estudo do Microsoft Word 2010. Agora exercite para ter um
melhor aprendizado

BIBLIOGRAFIA:

FIUZZA, João. NET School Informática. Midiograf. 1995


MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Érica,
2013.
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica.
– Recife: IFPE, 2014. 220 p. il.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2011
SANTOS, Alex. COUTINHO, Demétrios. BONFIM, Tiago. Apostila PRONATEC.
Apostila Informática Básica. IFRN, 2012.

Atividades:
o Sumario - Instruções.

i.Incluir um índice na primeira página do texto – Proposta.doc


ii.Incluir no capítulo 2 uma figura da Internet.
iii.Fazer no capítulo 3 uma figura utilizando os recursos de desenho do Word.
iv. Formatar o capítulo de Bibliografia de forma que a segunda linha fique abaixo da
terceira letra. (selecione o texto onde você deseja adicionar o recuo deslocado.
Vá para página inicial iniciador de caixa de diálogo parágrafo recuos e
espaçamento. Em especial, selecione um dos seguintes estilos de recuo: Desligar
; Primeira linha; Nenhum . Nos recuos de deslocamento e primeira linha, você
pode ajustar a profundidade do recuo com o campo por) .
v. Dividir o capítulo 4 em duas colunas.
vi. Na seção 4.1:
a. Criar uma tabela contendo 5 linhas e 2 colunas (Nome e Idade).
b. Inserir outra coluna antes de "Idade" cujo título será "Profissão".
c. Criar uma outra linha no início da Tabela, onde conste o título da mesma
"Entrevistados".
d. Mesclar as colunas da primeira linha.
e. Centralizar o texto e inserir um sombreamento para o campo de título.
f. Modificar as bordas da tabela.
g. Mudar a fonte dos dados da tabela.

116
h. Ordenar alfabeticamente os nomes armazenados.

2. Insira os símbolos como a seguir:

Na “vida” nós temos  tempo para nós. As vezes temos que  nosso tempo que com
certeza será sempre  do que planejamentos e do que pensamos.

3. Insira três figuras sendo:


 como marca d’água.
 Do clip art
 Da internet

117
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DAS PLANILHAS


ELETRÔNICAS

Uma planilha eletrônica é um software aplicativo especializado para calcular e avaliar


números (NORTON, 1996).
Planilhas eletrônicas são programas projetados para a elaboração de tabelas. Os recursos
e ferramentas fornecidos pelas planilhas eletrônicas possibilitam efetuar de maneira
rápida, produtiva e eficiente, uma ótima organização e análise detalhada dos dados,
envolvendo cálculos diversos e gráficos. Todo conjunto de informações que pode ser
organizado na forma de uma matriz de colunas e linhas (tabelas), pode ser feito numa
planilha eletrônica.
Embora a especialidade de uma planilha eletrônica seja o tratamento de dados numéricos
(estatísticos, financeiros, contábeis, etc.), também há possibilidade de se trabalhar com
informações de outros tipos: datas, horas, expressões textuais e expressões lógicas. Este
tipo de software contribuiu enormemente com a popularização dos computadores
pessoais, uma vez que suas funcionalidades se aplicam a diferentes atividades
(comércio, indústria, finanças, educação, etc.).
Entre as diversas plataformas e fornecedores de planilhas eletrônicas, optamos por
trabalhar com o Excel (do pacote Office, da Microsoft) por ser bastante conhecido,
temos também e o Calc, software livre (pacote LibreOffice). Iremos agora identificar os
comandos e guias disponíveis na área de trabalho e navegar pelas janelas, objetivando
memorizar a estrutura dos recursos oferecidos pelo Software.

CONHECENDO O SOFTWARE

118
Barra de Título – Exibe o título do programa e o nome da pasta de trabalho que está
aberta.
Opção de Ajuda – Este recurso acessa a ajuda do Office On-line ou o Local (salva no
computador) eatravésdeleépossívelobtersuportedasdúvidasmaiscomuns. Um atalho
rápido é a tecla de função F1.
Controles da janela – Os botões de controle das janelas podem facilmente serem acionados
através dos seguintes a talhos:
CTRL F5 - Restaurar a janela
F9 - Maximizar
CTRL + F4 - Fechar
Tecla com o logo do Windows e seta para baixo duas vezes – Minimizar

Faixa de Opções – Local onde estão os principais comandos do Excel, separados por guias:
Arquivo, Página Inicial, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibir,tecle
ALTenaveguecomasetaparadireitaentreasguiaseparaencontraras opções dentro de cada
guia.
Caixa de Nomes – Este recurso exibe o nome da célula ativa, formado
pela letra da coluna e o número da linha.
Célula – É a área de dados limitada por linhas e colunas (cruzamento de
uma linha com uma coluna).

119
Célula Ativa – É a célula atualmente selecionada, que receberá o
conteúdo a ser digitado.
Linha – É o conjunto de células horizontais (representada pelos números).

Coluna – É o conjunto de células verticais (representada pelas letras).

Intervalo de Célula – É composto por duas ou


mais células selecionadas.
Barra de Fórmulas – É o local ondeosvaloresdigitados (números, fórmulasetextos) serão
exibidos e possivelmente editados.

Trabalhando com a Guia Arquivo

Utilizaremos esta guia para realizarmos opções padrões, tais como: Abrir, Salvar,
Imprimir, Exportarentreoutras.Abaixodescrevoasprincipaisopçõesdesta guia.

Novo – Opção que possibilita escolher um modelo (Layout) para o novo documento. O
modelo padrão é “Pasta de trabalho em branco”.
Salvar – Recurso utilizado para gravar uma pasta de trabalho, armazenando toda e

O arquivo terá a extensão .xlsx, que é inserida automaticamente pelo Excel


qualquer informação que houver. Para isto faça o seguinte:

Salvar como – Havendo necessidade de salvar o arquivo com outro nome ou em outro
local, utilizaremos a opção “Salvar como”. Ao clicarmos na opção citada ou
pressionando CTRL + B a janela abaixo será exibida.

120
Imprimir – Opção utilizada para imprimir uma planilha, lembrando que é necessário ter
umaimpressoraconectada, instalada ao computadorouaumaredelocal.

Resumindo as demais guias

Página Inicial – Área de transferência, Fonte, Alinhamento, Número, Estilo, Células e


Edição.
Inserir – Tabelas, Ilustrações, Suplementos, Gráficos, Tours, Minigráficos, Filtros,
Links e Símbolos.
Layout da Página – Temas, Configurar Página, Dimensionar para Ajustar, Opções de
Planilha e Organizar.
Fórmulas – Biblioteca de Funções, Nomes Definidos, Auditoria de Fórmulas e Cálculo.
Dados – Obter e Transformar Conexões, Classificar e Filtrar, Ferramentas de Dados,
Previsão e Estrutura de Tópicos.
Revisão – Revisão de Texto, Ideias, Idioma, Comentários e Alterações.
Exibir – Modo de Exibição de Pasta de Trabalho, Mostrar/Ocultar, Zoom, Janela e
Macros.
Navegando na Planilha
Ao iniciarmos a elaboração de uma planilha no Excel 2016, podemos utilizar alguns
recursos que poderão facilitar a navegação entre as células, na tabela abaixo descrevo
algumas teclas:

DESCRIÇÃO TECLA A SER PRESSIONADA


Última coluna CTRL + SETA PARA DIREITA
Última linha CTRL + SETA PARA BAIXO
Avançar umacoluna TAB
Início da linha HOME
Avançar 1 Linha ENTER
Retroceder 1 Linha SHIFT + ENTER

Selecionando dados em uma Planilha

NoExcel,vocêpodeselecionarconteúdodeumaoumaiscélulas,linhasecolunas.
Opção A: Clique em umacélulaparaselecioná-la.
Opção B: Clique na célula inicial e arrasta para as
demais.
Opção C: Cliquenacélulainicial, segure a Tecla CTRL
e selecione as adjacentes.

121
Inserindo Linhas e Colunas

Ao concluirmos uma digitação dos dados em uma determinada planilha do Excel, e


observarmos que “esquecemos” uma informação, não necessariamente precisamos
apagar tudo e digitar novamente, pois é possível inserir uma célula e digitar apenas o
dado que faltou.

Para inserir linhas ou colunas será necessário apenas, clicar com


direito no local desejado (linha ou coluna), clicar na opção que
deseja inserir e confirmar no botão OK.

Quando adicionar uma linha inteira ela ficará acima da linha


atual e quando adicionar uma Coluna inteira ela ficará à
esquerda da coluna atual.

Inserindo Planilhas
Se a planilha que é criada automaticamente pelo Excel 2016 não for suficiente para os
registros dos dados, teremos a possibilidade de inserirmos quantas forem necessárias. Para
isto faça o seguinte:

Clica com Direito na Planilha existente, escolhendo a


opção INSERIR e em seguida clica em Planilha,
confirmando no botão OK.
Podemos também simplesmente clicar no botão nova
planilha localizado ao lado opção existente.

Excluindo Linhas, Colunas e Planilhas

Paraexcluirumacélula,linhaoucolunaésimples.Utilizeosprocedimentosaseguir:
1. Posicioneasetadomousenolocal queestá comconteúdoqueseráexcluído.
2. Acione o botão direito do mouse.
3. Clique na opção excluir.

Alterando Altura, Largura de linhas e Colunas

Com o ponteiro do mouse posicionado entre linhas ou colunas, clicando e


122
mantendo pressionado o botão, deslocando-o para cima ou para baixo no caso de linha,
e para a esquerda ou direita no caso de coluna, você aumenta ou diminui a área de linha
ou coluna (altura ou largura) na planilha.

Copiando Planilhas

Para copiar uma planilha utilizaremos o mesmo


procedimento de clicar com o botão direito do
mouse no nome da planilha. Escolha a opção Mover
ou Copiar. AbriráumaCaixadeDiálogocomtodasas
planilhas da pasta. Escolha onde será criada a
planilha e marque a opção Criar uma cópia e clique
Ok. Será criada uma nova planilha com todo o
conteúdo e formatação da planilha escolhida.

Entrada de Textos, Números e Caracteres Especiais

Agora iremos introduzir a inserção de dados em uma planilha do Excel 2016, utilizaremos
alguns exemplos para facilitar a aprendizagem e manipulação das informações. Digite
a planilha abaixo a partir da célula A1 em seguida salve-a com nome PLANILHA BASE.

Formatando e Organizando Células

As planilhas do Excel são dispostas no formato de Tabelas, consequentemente


precisamos organizá-las para uma melhor apresentação, o software oferece diversos
recursos para formatar fontes, números e datas, alinhartextos,mesclareaplicarbordas
esombreamentosemcélulasalémde outras ações.

123
Alterando o Alinhamento de uma célula

Ao inserirmos um número numa célula do Excel, de forma automática


ele é alinhado
à direita e ao inserirmos um texto ele é alinhado à esquerda da célula.
Para alteramos os alinhamentos devemos primeiramente selecionar a
célulaouregião.Abaixodescrevemosa finalidade de cadaalinhamento
Alinhar em cima Alinhar embaixo
Alinhar ao meio

Alinhar à esquerda Alinhar à Direita

Centralizar

Alinhar em Cima – O conteúdo fica alinhado na parte superior da célula.


Alinhar no Meio – O conteúdo fica alinhado entre a parte superior e a inferior da
célula.
Alinhar embaixo – O conteúdo fica alinhado na parte inferior da célula.
Alinhar texto à esquerda (padrão) – O conteúdo em formato de texto fica alinhado
ao lado esquerdo da célula.
Centralizar – O conteúdo fica centralizado na célula.
Alinhar texto à direita – O conteúdo fica alinhado do lado direito da célula

Mesclando Células

Este comando unifica mais de uma célula. Quando desejamos transformar várias
célulasemumaúnica,utilizamosorecursodeMesclagem. Ao aplicarmos o comando, o
excel retira as linhas vertificais que as dividem. Veja o exemplo na figura abaixo:

124
Alterando Fonte, Cores, Tamanhos

Na Faixa de opções do Excel 2016 iremos utilizar o grupo Fontes para trabalhar com
caracteres e números. Após selecionar a célula, basta clicar na opção que deseja definir para
seu texto.

TIPO de Letra (Fonte) TAMANHO da Fonte

COR da Fonte

Estilos (Negrito, Itálico e Sublinhado) COR de Preenchimento

O usuário também poderá utilizar os seguintes atalhos:


CTRL + N  Negrito CTRL + 1 Formatar/Fonte
CTRL + I Italico ALT Acionar as guias
CTRL + S  Sublinhado

Alterando Formatação dos Valores Numéricos

O Excel apresenta opções características para formatação de valores numéricos em


planilhas. Utilizando a opção NÚMERO da faixa de opções poderemosobterformatações
paracomposiçãotextualdasinformações,veja a figuraabaixo:
Estilo de Moeda Aumentar e diminuir casas
decimais

Através da opção encontrada na faixa de opções da guia


página inicial poderemos obter outros recursos que estarão detalhados abaixo:
Geral – Apresenta um menu com estilos de formatação para
valores numéricos, excluindoos formatos existentes. Ex.: 11% = 0,11.
Número – Faz a inserção de duas casas decimais ao número.Ex.:6=6,00
Moeda – Faz a inserção do símbolo monetário selecionado e adiciona casas decimais
correspondentes ao número.
Contábil – Opção semelhante ao estilo moeda (R$), porém faz alinhamento dos símbolos
monetários.
Data abreviada – Converte um número em data no formato dd/mm/aaaa. Ex.: 15879 =
22/06/1943.
Data completa–Converte um número ou uma data abreviada no formato por extenso:
dia da semana, dia do mês e ano.
Hora – Formata a hora de acordo com o estilo selecionado. Ex.: 22:11 = 10:11 PM

125
Porcentagem (%) – Multiplica o valor por 100 e exibe o resultado com o
símbolo de porcentagem.
Fração (1/2) – Converte um número decimal em fracionário.
Científico – Converteum número em sua correspondente notação científica.
Texto – Converte um número em texto da forma como ele foi digitado

Vamos Praticar: Utilizando os recursos até aqui apresentados, abra o arquivo


PLANILHA BASE e deixe-a conforme o modelo a seguir.

Observação Importante: Após concluir a formatação pressione as teclas de atalho


CTRL + B para salvar as alterações realizadas.

Inserindo Bordas

Utilizaremos as bordas para destacarmos as Células,Linhas ou Colunas.


Na aplicabilidade deste recurso utilizaremos principalmente aopção Todas as Bordas,
esta opção trás o contorno das células (linhas e colunas) tanto internamente quanto
externamente.
Para aplicar o recurso utilize o botão Bordas.

Atalhos para Aplicação de Bordas


CTRL + SHIFT + &  Aplicar bordas externas
CTRL + SHIFT _  Remover bordas externas e
internas
ALT + CBT I Aplicar bordas internas e externas

Copiando, movendocélulas

O Excel nos permite COPIAR e MOVER qualquer área selecionada de uma planilha,
utilizando os recursos normais de CTRL + C para copiar, CTRL + V para Colar e
CTRL + X para mover determinadas células.

Aplicando Estilos Rápidos

O Excel 2016 nos oferece um conjunto de formatos idealizados para aplicar,


ao mesmo tempo, estilos predefinidos em uma determinada célula ou região
selecionada.
O estilo Normal é o padrão praticado a qualquer planilha nova, todavia podemos criar
um novo estilo, efetuando ajustes de fontes (cor, tamanho, efeitos, etc.), alinhamentos,
126
bordas, motivos, etc.
Utilize o botão ao lado para definir um estilo ou personalizar, utilizando
seus próprios critérios de formatação.

Quebra de Texto automática

Em umadeterminadaplanilhado Excel, casosejanecessárioqueotexto seja exibido em


váriaslinhasdamesmacélula, comonoexemploabaixo:

Se prestarmos atenção, os subtítulos da planilha localizados a partir da célula A3, estão


descritos em 2 linhas. Para realizar essa operação você precisará apenas iniciar a
digitação na linha inicial e em seguida pressionar as teclas de atalhos ALT + ENTER.

Localizando Dados em um Planilha do Excel

Às vezes estamos diante de uma planilha muito grande e temos a necessidade


de localizar um determinado Cliente, Aluno, Item, Produto etc. No Excel há um
recurso que nos auxilia na realização desta operação, é o comando para Localizar e
Substituir. Para isso, utilize as teclas de atalhos CTRL
+ L e faça a busca pela palavra desejada.

Definindo Fórmulas e Funções

Conhecemos como Fórmulas equações que realizam cálculos sobre valores em uma
determinada planilha do Excel.

As fórmulas são inseridas em uma célula e sempre devem iniciar com osinaldeigualdade ( =)

Para complementar as fórmulas, o Excel 2016 oferece alguns elementos.


 Funções – Fórmulas pré-desenvolvidas que representam um valor ou vários valores,
atuam na execução de uma operação e retornam um valor ou vários valores. Use as
funções para simplificar e reduzir fórmulas, especialmente as que executam
cálculos longos e complexos.
 Operadores – Sinais ou símbolos que especificam o tipo de cálculo a ser executado
dentro de uma expressão. Existem operadores matemáticos, de comparação, de
127
concatenação e de referência. Exemplo: sinais de mais, menos, maior, menor,
dois pontos, ponto e vírgula, asterisco, etc.
 Referências de célula – Conjunto de coordenadas que a célula abrange em uma
planilha. Por exemplo, a referência da célula que aparece na interseção da coluna
C e linha 3 é C3.

Quando selecionamos mais de uma célula chamamos de Intervalo, porém, algumas


funções referenciam em seus argumentos como Intervalo..., outras como Faixa...,
outras como Matriz..., etc. Então, intervalo, faixa ou matriz entenda como sendo a
mesma coisa. No exemplo abaixo, selecionamos o intervalo entre as células B3 e F7,
portanto,areferênciadointervaloéB3:F7.

O símbolo “dois pontos” substitui o até. B3 é a primeira célula selecionada e F7 a


última.

Para selecionar uma linha completa clique no número da linha e para selecionar uma
coluna completa clique na letra da coluna. Podemos selecionar várias linhas e/ou várias
colunas.

BIBLIOGRAFIA:

FIUZZA, João. NET School Informática. Midiograf. 1995


MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Érica,
2013.
128
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica.
– Recife: IFPE, 2014. 220 p. il.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2011
SANTOS, Alex. COUTINHO, Demétrios. BONFIM, Tiago. Apostila PRONATEC.
Apostila Informática Básica. IFRN, 2012.

Atividades:

01). Elaborar a planilha abaixo:


A. Formate a planilha da seguinte forma:
Intervalo de A1:N1 = negrito, mesclar e centralizar, tamanho 16;
Intervalo A2:N2 = negrito, centralizar.
Intervalo de A1:N14 = todas as bordas.
Intervalo de B3:N14 = estilo de moeda.
B. Preencher com valores da sua escolha os valores de TODAS células que representam
os valores das contas de acordo com o respectivo mês:
Intervalo de B3:M13
C. Renomeie a Plan1 para “Controle Financeiro”.
D. A cada modificação significativa, é fortemente recomendado salvar o arquivo. O
arquivo será utilizado posteriormente para a implementação de outras funcionalidades.
Você deve salvar o seu arquivo em algum dispositivo de armazenamento ou na
nuvem.

129
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DAS PLANILHAS


ELETRÔNICAS

Iniciando a Construção de uma Fórmula

 Operadores Matemáticos
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou
multiplicação, combinar números eproduzirresultados numéricos, devemos utilizar os
seguintes operadores aritméticos:

 Operadores deComparação
Você pode comparar dois valores usando os operadores de comparação.
Quando dois valores são comparados, o resultado é um valor lógico,
VERDADEIRO ouFALSO.

130
Operadores de Referências
Osoperadoresdereferênciacombinamintervalosdecélulasparacálculos.

Copiando Fórmulas

Imagine que inseriu uma determinada fórmula em uma célula, porém haverá a
necessidade de repetir a mesma fórmula em outras células. Terá que digitar tudo
novamente? Não, pois poderá copiar e colar a fórmula que automaticamente são
atualizadas nas linhas e colunas. Siga a imagem abaixo:

Posicione o cursor conforme a


imagem acima, ao transformar-
se em uma pequena cruz, basta
arrastar até a célula que deseja
fazera cópia.

Praticando Funções

Abraoarquivoquecontémsuaplanilhamodeloedeixa-aconformeomodelo abaixo:

Função SOMA

Sintaxe =SOMA (CÉLULA INICIAL: CÉLULA FINAL)


A função Soma tem por finalidade somar valores dentro de um critério especifico (região
pré-determinada).

131
Para resolver o Total de vendas e o Subtotal da planilha modelo,
faça o seguinte:
- Posicione o cursor na célula em que deverá sair o resultado.
- Em seguida de um clique nobotão SOMA localizadonaguiaPágina
Inicial.

Outra opção é digitar manualmente a sintaxe da fórmula:


O usuário poderá chamar o Comando AUTOSOMA através das teclasdeatalho ALT+=

Função MÉDIA

Sintaxe: =MÉDIA (INTERVALO DE VALORES)


A função Média é utilizada para obter a média aritmética de uma região de células
selecionadas. Para utilizar esta função faça o seguinte:
Para resolver a Média dos Preços da planilha modelo, faça o seguinte:
- Posicione o cursor na célula em que deverá sair o resultado.
- Digite =MÉDIA (
- Seleciona a região da planilha a qual deseja o resultado.
- A fórmula ficará assim: =MÉDIA (G4:G7).

Função MULT

Sintaxe: =MULT (núm1, [núm2], ...))


A função MULT é utilizada para multiplicar todos os números especificados
como argumentos e retornar o produto final. Exemplo, se as células A10 e A20
contiverem números, você poderá usar a fórmula =MULT(A10, A20) para
multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode ser realizada
usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1 * A2. A função
MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo.
Exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3, C1:C3) equivale a =A1 * A2 * A3 * C1 * C2 *
C3.

Função SOMAR PRODUTO

Sintaxe: =SOMAR PRODUTO (matriz1;matrIZ2;matriz3; …)


Esta função multiplica os componentes de uma matriz de dados e depois retorna a soma
deste dados. É bastante utilizada para consolidar diversos dados já previamente
calculados.

132
Função MÁXIMO

Sintaxe: =MÁXIMO(número1, [númerO2], ...)


A função MÁXIMO no Excel tem como principal objetivo retornar o maior valor
dentro de um intervalo de dados. Importante salientar que se os argumentosnãocontiver
números, afunçãoretornaráazero. Vejaoexemplo a seguir:

Diante dos valores descriminados ao lado, ao digitarmos a


fórmula =máximo(seleção do intervalo) o excel retornará o
resultado desejado.

Função MÍNIMO

Sintaxe: = MÍNIMO(número1, [númerO2], ...)


A função MÍNIMO no Excel tem como principal objetivo retornar o menorvalordentro
de um intervalo de dados. Importante salientar que se os argumentos não contiver
números, afunçãoretornaráa zero. Vejamos:

Funções MAIOR e MENOR

Sintaxe: = MAIOR (matriz,k)


Sintaxe: = MENOR (matriz,k)

Matriz Obrigatório. A matriz ou intervalo de dados cujo maior valor k-ésimo você deseja
determinar.
K Obrigatório. A posição (do maior) na matriz ou intervalo de célula de dados a ser
fornecida.
Já sentiu necessidade de encontrar o quarto maior número de uma lista? Ou que tal o
sexto menor número e um intervalo no Excel? É justamente isso que iremos mostrar
como é possível usar as funções MAIOR e MENOR.

No exemplo ao lado, monstramos uma planilha de Notas,


onde o usuário deverá fazer uma fórmula para indicar a
2ª maior nota da turma.
Ao digitar a fórmula =maior(selecionar o intervalor e
indicar a posição 2, o Excel retornará 8,9.

133
Se o usuário desejar retornar a 3ª menor nota por exemplo,
repete a fórmula, alterando apenas a função para MENOR.

Funções HORA, MINUTO E SEGUNDO

Sintaxe: =HORA (núm_série)


Sintaxe:=MINUTO (núm_série)
Sintaxe: =SEGUNDO (núm_série)
Observação: O horário que contém a hora que você deseja encontrar. Os horários podem
ser inseridos como cadeias de texto entre aspas (por exemplo, "6:45 PM"), como números
decimais (por exemplo, 0,78125, que representa 6:45 PM) ou como resultados de outras
fórmulas ou funções (por exemplo, VALOR.TEMPO("6:45 PM")).
Vejamos:

Funções DIA, MÊS e ANO

Sintaxe: =DIA(núm_série)
Sintaxe: =DIA(núm_série)
Sintaxe: =DIA(núm_série)
Retornamodia, mêseanodeumadatarepresentadaporumnúmerode série. O dia é dado
como um inteiro que varia de 1 a 31.
O mês é dado como um inteiro que varia de 1 a 12.
O ano Retorna o ano correspondente a uma data. Ele é retornado como um inteiro no
intervalo de 1900-9999. Vejamos:

Função SE

Sintaxe: = SE(teste_lógico, valor_se_verdadeiro, [valor_se_falso])

134
Afunção SEémuitoprocuradapelaspessoasquedesejamaprofundar seus conhecimentos
na ferramenta. Nela, por meio de testes lógicos, podemospedirparaqueo Excelnosexiba
umamensagem, porexemplosob uma condição, e outra sob outra condição.

Fonte: https://support.office.com/pt-br/article/fun%C3%A7%C3%A3o-se-
69aed7c9-4e8a-4755-a9bc-aa8bbff73be2

Naplanilha Boletim Escolar disposta em seguida, veremosumexemplo de fórmula que


surgia diante da seguinte situação:
SE A MÉDIA FOR MAIOR OU IGUAL A 7 ENTÃO
APROVADO,SENÃO REPROVADO

Lembrando que a função SE é umadas funções mais populares do Excel e permite que
você faça comparações lógicas entre um valor e aquilo que você espera. Os principais
operadores/sinais utilizados nesta funçãoestão descritos abaixo:

Observação Importante: Todas as vezes que na situação aparecer um SE o usuário


deverá abrir um parêntese e não esquecer de fechá-lo no final da fórmula.

Função E e OU

Sintaxe: E (lógico1; [lógicO2]; ...)


135
Sintaxe: OU (lógico1; [lógicO2]; ...)

As funções E e OU são utilizadas basicamente para dar maior flexibilidade a outras


funções que realizam testes lógicos, por exemplo, em conjunto com a função SE.

Retorna VERDADEIROsetodososseusargumentosforemverdadeiros. Argumentos:


lógico1 e lógicO2: Condições que serão avaliadas trazendo Verdadeiro ou Falso como
resultado.

Sintaxe: OU(lógico1; [lógicO2]; ...)

Retorna VERDADEIRO se pelo menos um dos seus argumentos for verdadeiro. Vejamos o
exemploabaixo:

Função CONT.VALORES

Sintaxe: = CONT.VALORES(valor1, [valOR2], ...)


A funçãoCONT.VALORESrealiza a contagem das células que contém qualquer tipo de
informações, incluindo valores de erros e texto vazio (""). Exemplo, se o intervalo
contiverumafórmulaqueretornaumacadeiavazia,a funçãoCONT.VALOREScontará esse
valor. A função CONT.VALORES não contacélulasvazias.Naplanilhaabaixoutilizamosa
funçãodescritaparafazer a contagem da quantidade de funcionários de uma determinada
empresa

136
Função CONTAR.VAZIO

Sintaxe: = CONTAR.VAZIO(valor1, [valOR2], ...)


Usea função Contar.Vazio paracontaronúmero decélulasvazias em um intervalo de
células. Utilizando a mesma planilha acima, iremos contar as células vazias na coluna
com os nomes dos funcionários

Gráficos no Excel

Uma imagem vale mais do que mil palavras (ou números). Por muitas vezes, apresentar
os resultados de uma análise através de um gráfico é uma excelente opção, menos
cansativa e mais atraente, pois um gráfico nos mostra sazonalidades, aponta tendências
e até nos permite estabelecer uma previsão, mesmo que de forma visual. Além disso,
gráficos são ótimos para estabelecermos comparações e participações quando
possuímos vários atores dentro de um mesmo contexto. A criação de um gráfico no
Excel começa com a criação e organização dos dados que o alimentarão.
Na Guia Inserir, grupo de comandos Gráficos, existe a opção Gráficos Recomendados,
que, dado um intervalo selecionado com informações, ir· sugerir formatos de gráfico
para melhor representar as informações selecionadas.

137
ATALHOS ÚTEIS ([P] = pressionado)

TAB: passa para a célula ao lado da atual;


Enter: passa para a célula abaixo da atual; confirma uma ação;
F2: seleciona a célula;
F4: Na edição de fórmulas, fixa a célula. Pode, também, repetir a última ação feita.
Além disso, se pressionado junto ao CTRL fecha a planilha, e ao ALT fecha o programa;
Ctrl: [P] permite a seleção de células que não estejam em sequência;
DEL: apaga o conteúdo da célula;
ESC: cancela a ação vigente;
ALT: [P] mostra os atalhos existentes na barra de menu do software;
Ctrl + T: seleciona a tabela em questão. Se a célula atualmente selecionada não estiver
em nenhuma tabela, a seleção acontece na planilha inteira.

Vamos agora exercitar para ter um melhor aprendizado sobre a elaboração de planilhas.

BIBLIOGRAFIA:

FIUZZA, João. NET School Informática. Midiograf. 1995


MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Érica,
2013.
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica.
– Recife: IFPE, 2014. 220 p. il.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2011
SANTOS, Alex. COUTINHO, Demétrios. BONFIM, Tiago. Apostila PRONATEC.
Apostila Informática Básica. IFRN, 2012.

Atividades:

4. Retomando a planilha de “Orçamento Doméstico” da aula anterior, vamos


adicionar as novas fórmulas aprendidas nesta aula. Vale lembrar que o arquivo deverá
atualizado sempre que os dados forem modificados.

138
139
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS PARA APRESENTAÇÃO DE SLIDES

O software de apresentação é um programa computacional que possibilita elaborar


apresentações de trabalhos, palestras, seminários, relatórios, etc. Como exemplos
podem ser citados os programas PowerPoint (Microsoft Office), Keynote (Mac e Ios) e
o IMPRESS (BrOffice.org).

É comum fazer apresentações em slides para escola, faculdade ou trabalho. Um dos


programas mais conhecidos e utilizados é o Microsoft PowerPoint. Mas, há diversas
alternativas, pagas e gratuitas, que podem ter funcionalidades mais adequadas ao tipo
de apresentação que deseja fazer.

O PowerPoint é um programa destinado à criação e exibição de apresentações. Através


de ferramentas, você poderá criar apresentações de forma simples e rápida. Estas
apresentações poderão usar recursos de multimídia, como: som, imagem, movimento,
animação, todos combinados para que você consiga uma apresentação interativa e
eficaz. Existem também outros recursos, como o Assistente para Viagem (que auxiliará
na compactação das apresentações, tornado-as facilmente portáteis e permitirá que
apresente essa apresentação em uma máquina que não possua o PowerPoint instalado)
e possibilidade de criar páginas para a Internet e transmitir apresentações pela Web.

O programa faz parte do pacote Office, está disponível totalmente em português e é o


mais conhecido para apresentações de slides. Bem prático de usar (depois de fuçar e

140
pegar os macetes), tem o menu em uma barra superior. Nele é possível configurar várias
funcionalidades, como tema da apresentação, plano de fundo, transição entre os slides
etc. Vele lembrar que, ao contrário de outros programas de slides, o PPT é totalmente
em português.

Como vimos, o MS PowerPoint é um aplicativo de apresentação de slides, porém, ele


não apenas trabalha com slides, mas também realiza as seguintes tarefas:
–– edita imagens de forma bem simples;
–– insere e edita áudios mp3, mp4, midi, wav e wma no próprio slide;
–– insere vídeos online ou do próprio computador;
–– trabalha com gráficos do MS Excel;
–– grava Macros.

Conhecendo o software

A Tela do PowerPoint
O PowerPoint é um programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Ao
iniciarmos o programa nos deparamos com uma tela semelhante a essa:

141
No lado direito da tela podemos escolher entre criarmos uma apresentação em branco
ou uma baseada nos diversos modelos disponíveis. No lado esquerdo da tela são listadas
as últimas apresentações utilizadas (se existirem). Assim como no Word e Excel,
podemos fixar apresentações que utilizamos com frequência ou mesmo retirá-las da lista
(que foi a ação que realizei para deixar a lista vazia). Se desejarmos abrir uma
apresentação existente, basta clicarmos no link que se apresenta logo abaixo. Vamos
escolher Apresentação em Branco para verificarmos a tela de trabalho do PowerPoint.

Assim como nos demais produtos do Microsoft Office, na parte superior da tela temos
as diversas abas, responsáveis pelas ações e operações que poderemos aplicar à nossa
apresentação.

Veremos essas abas e suas funcionalidades ao longo do curso .

Logo abaixo temos a tela dividida em 2 áreas básicas. À esquerda temos as miniaturas
dos slides e à direita o slide selecionado.Na parte inferior direita da tela temos alguns

142
comandos e botões que nos permitem alterar o layout da tela apresentada, incluindo ou
alterando suas funcionalidades.

Anotações nos permite visualizar a área de anotações (muito útil quando desejamos
complementar as informações de um slide) sem que essa informação fique visível
durante a apresentação. Digamos que é uma “cola amiga”. Clicando em Comentários é
apresentada a área de comentários, bastante utilizada quando uma apresentação é
criada/editada por mais de um usuário.

Repare o balão indicando um comentário, que é apresentado na coluna correspondente


e, logo abaixo do slide, a área de Anotações. Nem os balões indicativos de comentários
como as anotações são apresentadas quando iniciamos a apresentação de slides.

Seguindo na nossa barra de comandos, temos os três tipos possíveis de apresentação das
informações:
•Normal: é o padrão do PowerPoint. Miniatura de slides à esquerda, slides à direita, com
a possibilidade de Anotações e Comentários.
•Classificação de slides: somente as miniaturas dos slides aparecem na tela. Tem por
objetivo dar uma visão global da apresentação, possibilitando a realocação dos slides
(clica e arrasta para a nova posição). •Modo de exibição de leitura: semelhante à
apresentação dos slides.

Após isso, temos o comando para iniciar a apresentação dos slides (a partir do slide que
estiver selecionado), o controle de zoom e, por fim, um botão que ajusta o zoom do slide
para a janela atual. Quando iniciamos um novo arquivo do PowerPoint escolhendo
Apresentação em Branco, a tela se apresenta com um slide já criado, em branco,
aguardando a inserção de um título e subtítulo. Isso acontece por conta do tipo de slide
143
que o PowerPoint cria automaticamente para ser o primeiro slide de uma apresentação.
Você pode alterar esse tipo de slide (chamamos Layout) se desejar. Você poderá
escolher qualquer um desses estilos para o slide atual ou para qualquer outro slide de
sua apresentação. Por hora vamos deixar o layout como está, adicionando um Título e
Subtítulo.

Aplicando layout ao slide

Na aba Página Inicial temos, no grupo Slides a


opção Layout, que nos possibilita alterar a
forma como as informações são apresentadas
no slide, utilizando padrões pré-definidos. São
9 tipos de layouts que poderão ser aplicados a
um slide, possibilitando maior conforto e
produtividade, haja vista que os padrões foram
pensados em layouts mais comumente
utilizados como um slide de título, título e
conteúdo, dentre outros. Existe um layout
chamado Em branco que é utilizado para que
você possa formatar e colocar as informações
da forma que desejar. É importante dizer que,
ao escolher determinado layout, podemos
modificá-lo, mas essa modificação após a
aplicação, refletir-se-á somente naquele slide
onde ele foi inserido. Se, em outro slide,
escolhermos o mesmo tipo de layout, ele será
aplicado em sua forma padrão.

Inserindo um Slide

Para inserirmos um novo slide à nossa apresentação temos algumas opções que podemos
utilizar:
•Usar o atalho CTRL + M
•Clicar com o botão direito sobre o slide criado (ou sobre o slide que será o anterior ao
que queremos inserir) e escolher Novo slide...
•Na Aba Inserir, utilizar a opção Novo Slide (essa opção está presente também na Aba
Página Inicial).

Nas duas primeiras opções, o PowerPoint irá escolher um Layout para o novo slide. Na
última opção, a tela com os tipos de Layouts será apresentada para que você escolha o
layout que deseja. A escolha feita pelo PowerPoint vai se basear no slide atual. Se for
um slide de título e subtítulo, ele irá inserir um slide de Título e Conteúdo. Fora isso ele
sempre duplicará o layout do slide atual. Para excluir um slide, basta selecioná-lo na
área de miniaturas e pressionar a tecla delete, ou clicar com o botão direito sobre a
miniatura do slide e escolher Excluir Slide.

Design e Padrões para a Apresentação

144
É importante que você tenha em mente o tipo de apresentação de deseja criar e quais os
tipos de slides que deseja criar. Isso facilitará o trabalho de criação. Além disso, o
PowerPoint dispõe de uma série de modelos de design para as apresentações. Caso
queira optar por um padrão gráfico, é importante que o faça no início da apresentação,
para que a criação da mesma aconteça dentro de um padrão já estabelecido. Na guia
Design são apresentados os temas disponíveis e suas variantes.

Em Temas temos vários modelos para serem aplicados


à apresentação. Note que é informado qual o tema está
sendo utilizado, permitindo a você que troque por um
dos temas sugeridos logo abaixo. Você ainda pode
procurar por temas que estiverem armazenados em seu
computador, pois o PowerPoint disponibiliza a você a
capacidade de criar seus próprios temas.

nossa apresentação. A maioria dos


projetores funcionam no formato 4:3.
Se você for utilizar uma TV para
mostrar sua apresentação, verifique se
ela não possui o formato widescreen.
Se sim, você poderá alterar o formato
Em Variantes podemos escolher entre de seus slides para esse tamanho. Se
variações de cores, Fontes, Efeitos e você alterar irá perceber que ganhará
estilos para o Plano de Fundo. Cada mais largura quando no formato
opção dessas disponibilizará uma série Widescreen. Isso afetará o texto
de sugestões para que você aplique à inserido, assim como imagens de
apresentação que está criando. Com fundo (caso existam), que deverão ser
isso você consegue dar forma e cor à criadas obedecendo essa
sua apresentação rapidamente, proporcionalidade entre largura e
mantendo o padrão por todos os slides altura, para evitar “sobras” na tela.
criados. Além disso, podemos escolher Portanto, o planejamento antes de
o tamanho de nosso slide entre Padrão iniciar a criação de uma apresentação
(com a proporção 4:3) ou Widescreen é fundamental para evitarmos
(Proporção 16:9). Essa escolha está retrabalhos durante o processo.
relacionada ao tipo de equipamento
que utilizaremos para a reprodução de
145
Salvando sua apresentação

É importante não esquecer e salvar nosso trabalho para que o mesmo


não se perca numa inesperada falta de energia ou instabilidade do computador. Na área
de acesso rápido (canto superior esquerdo da tela) temos o comando para salvar nosso
arquivo, assim como desfazer e refazer comandos, bem como iniciar a apresentação a
partir do primeiro slide.

Quando realizamos o salvamento pela primeira vez


somos direcionados para a tela de Salvar como, onde
podemos escolher onde realizaremos o salvamento,
que pode ser em um drive de armazenamento na
nuvem como o OneDrive, em nosso computador ou
em um local de rede (se foi devidamente configurado
e está disponível), dentre outros. Podemos usar o
comando Procurar para localizar em nosso
computador ou ambiente de rede um local para o
salvamento do arquivo. Esse local escolhido será
apresentado na próxima vez que formos Salvar Como
um arquivo.

Após realizarmos o salvamento, clicando no ícone do disquete (salvar) ou utilizarmos o


atalho CTRL + B não seremos mais redirecionados para nenhuma tela, haja vista que já
escolhemos o local e o nome do arquivo. O PowerPoint realizará o salvamento e só nos
informará caso ocorra um erro. Auto salvamento. Você pode configurar o auto
salvamento, afim de minimizar prejuízos se algo inesperado acontecer. Para isso, vá no
menu Arquivo e escolha Opções. Na tela que se apresenta, escolha Salvar e execute as
alterações que julgar necessárias.

Se algo inesperado acontecer e você precisar recuperar um arquivo que não foi salvo,
abra o PowerPoint e vá em Arquivo, item Abrir. Na parte inferior da tela será
apresentado um botão Recuperar Apresentações Não Salvas que poderá ajudá-lo na
recuperação de um arquivo não salvo.

Protegendo seu arquivo

146
Você pode querer proteger seu documento e o
PowerPoint oferece a você dois tipos de
proteção. Inicie o processo de salvamento de seu
arquivo normalmente, escolha o local, o formato
e o nome do arquivo. Antes de clicar em Salvar,
clique em Ferramentas e escolha Opções
Gerais...

Será apresentada uma tela com as possibilidades de proteção ao arquivo.


•Configurações de Criptografia de arquivo
para este documento irá impedir que o
documento seja aberto sem informar a senha
especificada no campo.

•Configurações de compartilhamento de
arquivo para este documento irá impedir que
as alterações feitas no documento sejam
salvas sem informar a senha especificada no
campo.

Essas possibilidades são independentes e não exclusivas, ou seja, você pode usar uma,
outra ou ambas. As senhas, da mesma forma, não precisam ser iguais. Você pode
estabelecer uma senha para abertura da apresentação e outra para a edição da mesma.
Você também pode retirar as informações pessoais criadas no documento.

Por fim, existe a possibilidade de alterar as configurações com relação a Macros, mas
esse assunto não faz parte do escopo do curso básico.

Formatando Aqui você poderá definir o tipo de fonte a ser utilizada, bem como o tamanho (em pixels). Se
desejar, existem os botões para incrementar e decrementar o tamanho da fonte. Por fim, há um
Textos comando que limpa toda e qualquer formatação existente no texto selecionado
Nesse grupo de opções temos a
possibilidade de criarmos listas
ordenadas ou não. Clicando na
pequena seta ao lado de cada
comando, veremos formatações
possíveis para cada tipo de lista.
A seguir, apresenta-se a
possibilidade de aumentarmos ou
diminuirmos ao nível do item na
lista. Você pode realizar essas
operações pressionando TAB ou
Este grupo de botões permite-nos ajustar propriedades decorativas do SHIFT + TAB para aumentar ou
texto. São eles, respectivamente: negrito, itálico, sublinhado, diminuir o nível na lista,
sombreado, tachado, espaçamento entre caracteres, maiúsculas e respectivamente. O último
minúsculas e, por fim, cor da fonte. ícone refere-se ao ajuste do
espaçamento entre linhas.

147
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA: Informática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir ao aluno do Curso Técnico em
Administração conhecimentos básicos em informática, bem como sua aplicabilidade
na vida profissional, conscientizar o aluno, do uso da informática como ferramenta
de trabalho, familiarizando-o com o seu cotidiano e aplicações informáticas por meio
de habilidades e atitudes compatíveis com a área de administração.
HABILIDADE(S):Desenvolver textos, planilhas e apresentações eletrônicas e
Utilizar aplicativos de informática gerais e específicos para desenvolvimento das
atividades na área.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceitos básicos de informática. Ferramentas
para produção e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentação de slides.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

FERRAMENTAS PARA APRESENTAÇÃO DE SLIDES

Inserindo Formas

O próximo grupo é Desenho, onde temos a possibilidade de inserir formas, organizadas


em diversos grupos. Perceba que na relação de formas existe caixas de texto. Essas
formas, assim como imagens e outros elementos, são colocados na página utilizando-se
camadas (layers).

Imagine uma camada como uma folha de papel transparente onde você “cola” um
objeto (por exemplo um círculo vermelho). Após isso, sobreponha a essa folha outra
folha transparente com um círculo amarelo colado nela. Ambos os círculos poderão estar
visíveis (se não estiverem exatamente um sobre o outro), porém, o círculo vermelho
poderá ter parte dele oculta pelo círculo amarelo, haja vista que este está “por cima”.

Em Ordenar Objetos podemos alterar essa ordem, trocando a ordem das camadas onde
os objetos estão inseridos. Vale lembrar que, por padrão, novos objetos ocupam uma
nova camada acima das camadas existentes. Além disso ainda podemos agrupar vários
objetos, tornando-os como se fossem um único objeto. Com mais de um objeto
selecionados, podemos alinhá-los tomando uma referência (esquerda, direita, centro)
tanto no sentido horizontal como vertical. Os objetos poderão ainda ser rotacionados e
invertidos vertical ou horizontalmente, se desejado. Após inserirmos uma forma,
podemos definir a cor do preenchimento dela, assim como a cor do contorno que ela
assumirá e estilos para essa forma.

148
Para Preenchimento da Forma, podemos escolher uma cor “chapada” ou até mesmo uma
cor gradiente. Poderemos ainda escolher uma imagem ou uma textura a ser usada para
preencher o fundo de uma forma. Em Contorno da Forma, escolhemos a cor e a
espessura do traço. Além disso, podemos escolher a forma que esse traço assumirá
(pontilhado, contínuo etc.). Por fim, em Efeitos de Forma, podemos escolher entre um
sombreamento, efeitos de brilho e até mesmo efeitos 3D.

Inserindo uma Tabela

Na aba Inserir temos o comando Tabela que nos oferece as


possibilidades de apresentarmos informações de forma tabular
em nossa apresentação. Há várias maneiras de definirmos uma
tabela para inserir. Uma delas é selecionarmos com o mouse a
quantidade de linhas a colunas que nossa tabela vai ter (note as
células marcadas em laranja na imagem ao lado). Com isso,
definimos a forma de nossa tabela e ela será automaticamente
inserida em nossa apresentação. Outra maneira é clicarmos em
Inserir tabela...onde uma pequena janela será apresentada para
que possamos informar a quantidade de linhas e colunas que
nossa tabela possuirá. Após informar o número de linhas e
colunas, sua tabela será inserida e duas novas abas surgirão para
auxiliar a formatação de sua tabela. Essas abas estarão agrupadas
em Ferramentas de Tabela.

A aba Design:

No grupo Opções de Estilo de Tabela temos as opções para adicionarmos ou não, em


nossa tabela, partes estruturais como linha de cabeçalho, de totais etc.O grupo Estilos
de Tabela apresenta várias opções de formatação para nossa tabela. Se alguma
interessar, basta selecioná-la. Além disso podemos interagir com configurações de
sombreamento, bordas e efeitos de bidel, 3D e sombras em nossa tabela. Vale lembrar
que algumas dessas opções serão aplicadas somente nas células selecionadas, enquanto
outras (como o sombreamento, por exemplo) é aplicado a toda a tabela, independente
da seleção.Nesse grupo temos estilos para aplicação aos textos de nossa tabela. Podemos
verificar tanto estilos rápidos como trabalhar nas configurações de cada parte de um
estilo. É importante lembrar que essas alterações serão aplicadas ao texto selecionado.
Nesse grupo de opções podemos definir estilos para as bordas de nossa tabela, bem
como desenhar novas bordas (o que significa dividir uma célula em duas) ou apagar
bordas desenhadas (o que significa mesclar um ou mais células).

A aba Layout:
149
Em Selecionar podemos, tendo por base a célula onde está o cursor, selecionar a linha,
a coluna ou a tabela inteira. Além disso podemos mostrar ou não as linhas de grade.
Muito útil quando não temos bordas em nossa tabela e desejamos visualizar os limites
das células.No grupo Linhas e Colunas temos as opções tanto de exclusão como de
inclusão, tanto de linhas como de colunas em nossa tabela. Lembre-se que sempre a
linha/coluna base é onde está o cursor.Em Mesclar podemos tanto unir duas ou mais
células, tornando-as uma só, como dividir uma célula em duas ou mais.Em Tamanho da
Célula podemos estabelecer alturas e larguras para nossas células, bem como distribuir
horizontalmente ou verticalmente essas larguras/alturas ao logo de uma seleção de
linhas ou colunas.Em Alinhamento estabelecemos padrões para o alinhamento dos
textos que preenchem a célula ou grupo de células selecionado. Além disso, podemos
definir a direção do texto, conforme nossa necessidade.Tamanho da Tabela ajusta
largura e altura para a tabela como um todo. Note que podemos estabelecer esse ajuste
tomando por base apenas uma das medidas (largura ou altura) e marcando Fixar Taxa
de Proporção. A partir daí a criatividade fica por sua conta para formatar sua
tabela.Podemos ainda inserir uma planilha do Excel em nossa apresentação. Na verdade,
o que o PowerPoint faz nesse caso é utilizar os comandos de formatação e criação de
planilhas do Excel dentro da apresentação. Um pequeno retângulo é inserido e você
poderá perceber que os menus são trocados para a interface do Excel. Você pode
aumentar esse retângulo para dar maior tamanho e possibilidades à sua tabela. Clicando
fora desse retângulo você retornará para a interface do PowerPoint. Toda a formatação
visual de sua tabela deverá ser feita utilizando a interface do Excel.O lado bom disso é
que sua tabela, por ser uma tabela do Excel, terá as possibilidades de cálculos apuradas,
com a possibilidade de utilização de fórmulas, condicionantes e demais funcionalidades.

Inserindo e trabalhando com imagens

Na aba Inserir temos o grupo Imagens, que nos permite trabalhar com a inserção de
imagens. O primeiro comando, Imagens, permite-nos inserir uma imagem presente em
nosso computador ou em um dispositivo de armazenamento ao nosso alcance. Podemos
também inserir Imagens Online, quando o SharePoint nos redirecionará para uma tela
de pesquisa de imagens utilizando o Bing como base para a pesquisa. Se possuirmos
uma conta da Microsoft inserida, nos será permitido também realizar a busca em nosso
OneDrive ou outros dispositivos de armazenamento na nuvem. Em Instantâneo temos a
apresentação de todas as janelas abertas por nosso computador, permitindo-nos inserir
150
uma delas em nossa apresentação. Essa função é útil quando estamos realizando uma
apresentação relatando ações realizadas em um software.

Aplicando uma Estrutura

Para aplicar uma estrutura de design no seu slide, basta clicar no campo Design > e
escolher o melhor papel de parede para sua apresentação.

São muitas as possibilidades de design, mas você também pode utilizar imagem livres
ou fotografias. Veja como incluir uma fotografia no seu slide.
Clicar em iniciar > álbum de fotografias.

Efeitos, sons e hiperlink


Para criar efeitos dentro do aplicativo PowerPoint, basta você clicar em transições e
verificar as possibilidades. Atenção no tipo de animação que você irá utilizar. Em
apresentações profissionais devemos utilizar efeitos simples e discretos, onde o efeito
não seja mais bonito que sua apresentação.

151
Figura – Inserindo Efeito de Transição.

Uma segunda possibilidade e realizar a animação das caixas de texto e figuras. Veja
abaixo:
Figura – Inserindo Efeito de Animação.

Hiperlink
A opção hiperlink pode ser utilizada quando você deseja trabalhar na sua apresentação,
sempre com um slide principal. Utilizando esta opção você pode apresentar uma
explicação no slide e sempre retornar para ele, como se o mesmo fosse a sua tela de
apoio principal. Para fazer isto basta clicar na caixa de que deseja explicar, depois com
o botão direito do mouse, clicar em Hiperlink.

152
Inserindo Mídia

Uma coisa muito legal da aba Inserir é o grupo Mídia, que nos permite inserir áudio,
vídeo e até mesmo a gravação de tela, dando-nos muitas possibilidades de deixar nossa
apresentação bem completa! Vamos ver cada uma dessas possibilidades.

Inserindo Vídeo

Você pode escolher entre inserir um vídeo online ou um que esteja armazenado em seu
computador. Na inserção de um vídeo online, você pode pesquisar no Youtube pelo
vídeo desejado ou fornecer o código de inserção do vídeo.

Inserindo Áudio Para a inserção de áudio, você pode utilizar um arquivo presente em
seu computador ou gravar um áudio para então inseri-lo. Escolhendo a última opção,
perceba que uma janela se abre para que você possa dar um nome ao seu vídeo. Clique
sobre o botão de gravação e ela se iniciará automaticamente. Após terminar a gravação,
pressione o botão de parar e então pressione OK para inserir o áudio em sua
apresentação. Vale lembrar que esse processo não permite que você dê pausa na
gravação.

Apresentações de Slides

Após terminar seu slide você pode optar por alguns tipos de apresentações. Para isso
basta clicar em – Do Slide Atual ou Do Começo, testar intervalos, gravar apresentações
de slides, entre outros aplicativos.

153
BIBLIOGRAFIA:

FIUZZA, João. NET School Informática. Midiograf. 1995.


MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Érica,
2013.
MIRANDA, Luiz Fernando Fernandes. MATTAR, Mirtes Miranda. Informática Básica.
– Recife: IFPE, 2014. 220 p. il.
PEOPLE EDUCATION. Apostila de Word, Power Point e Excel. User Specialist 2003.
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informática. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2011
SANTOS, Alex. COUTINHO, Demétrios. BONFIM, Tiago. Apostila PRONATEC.
Apostila Informática Básica. IFRN, 2012.

Atividades:

1) A apresentação deve possuir no mínimo de 5 slides, tema sobre Educação em tempos


pandemia.
3) Crie um primeiro slide com esquema apenas de Título. No título escreva o assunto
de sua apresentação com o tipo de letra Arial Black, tamanho 40, sublinhado, itálico.
4) A apresentação deve possuir pelo menos 2 objetos especiais (Imagem, Clip-art,
Formas, Gráfico ou SmartArt).
5) Possuir no mínimo um Clipe de mídia (Som ou Vídeo).
a) Se inserir Som esse deve ser automaticamente reproduzido no início da apresentação
e deve durar a apresentação inteira, como um fundo musical.
b) Caso escolha por um vídeo, este deve ser reproduzido automaticamente e em tela
cheia.
6) A apresentação deve possuir efeito de transição em todos os slides.
154
7) Animações com efeitos diferentes devem fazer parte de sua apresentação.
8) Utilize pelo menos dois layouts diferentes de slides.
9) Coloque o logotipo da escola (imagem) no canto superior esquerdo da sua
apresentação, essa imagem deve estar presente na configuração do Slide Mestre.
10) A apresentação deve ser salva como Apresentação de slides do Power Point, ou seja,
não é possível editar a apresentação.

155
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS
GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS
QUANTITATIVOS APLICADOS A
ADMINISTRAÇÃO
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR
MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS PAIS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
ERESPONSÁVEIS

Prezados pais e responsáveis, Caro estudante, Anotar é um exercício de


seleção das ideias e de
Diante da situação atual Para ajudá-lo(a) nesse maior aprendizado, por
mundialcausado pela COVID-19, período conturbado, em que isso…
coronavírus, as aulas presenciais as aulas foram suspensas a
foram suspensas em todo Brasil. fim de evitar a propagação Ao anotar, fazemos
Entretanto, como incentivo à da COVID-19, coronavírus, umesforço de síntese.
continuidade das práticas de preparamos algumas Comoresultado, duas
estudo, preparamos para nossos atividades para que você coisas acontecem.
estudantes um plano de estudo possa dar continuidade ao Em primeiro lugar, quem
dividido em semanas /meses e seu aprendizado. anota entende mais, pois está
aulas que deverá ser realizado Assim, seguem algumas sempre fazendo um esforço
emcasa dicas para te ajudar: decaptar o âmago da questão.
Os conceitos principais de cada Repetindo, as notas são
aula serão apresentados e em  Siga uma rotina; nossa tradução do que
seguida o estudante será desafiado  Defina um local de entendemos doconteúdo.
a resolver algumas atividades. estudos; Tenha
Para respondê-las, ele poderá equilíbrio; Caro(a) estudante, busque
fazer pesquisas em fontes variadas  Conecte com seus anotar sempre o que
disponíveis em sua residência. colegas; Peça ajuda a sua compreendeu de cada
É de suma importância que família; assuntoestudado.
vocêauxilie seu(s) filho(s) na  Use a tecnologia a seu Não fique limitado aos
organização do tempo e no favor. textoscontidos nas aulas.
cumprimento das atividades. Pesquise em outras fontes
Contamos com seu esforço como: livros, internet, revista,
Contamos com sua valiosa e dedicação para continuar documentos, vídeos etc.
colaboração!! aprendendo cada dia mais!

.
156
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Tabelas e Gráficos
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tabelas e Gráficos
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Tabelas e Gráficos
As tabelas e gráficos estatísticos fazem parte de uma linguagem universal, uma forma de
apresentação de dados para descrever informações, com o objetivo de produzir no aluno
uma impressão mais rápida e viva do assunto em estudo, os quais nos dias de hoje podem
ser vistos frequentemente ocupando lugar de destaque nos meios de comunicação escrita
e falada. Sendo assim, o recurso da linguagem gráfica torna possível a organização de
dados coletados, utilizando números ao descrever fatos, promovendo na prática escolar a
interdisciplinaridade e a conexão entre diversos assuntos, facilitando a comparação entre
eles, especialmente ao apresentar a síntese do levantamento de dados de forma simples e
dinâmica.

O objetivo desse trabalho é contribuir para o desenvolvimento de estratégias e ações, que


possibilitem aos alunos uma adequada análise e interpretação de gráficos e tabelas,
auxiliando-os na compreensão de questões atuais. Além de fazer com que os mesmos
saibam ler e interpretar diferentes textos nas diferentes linguagens, saibam analisar e
interpretar informações, fatos e opiniões, tenham também a capacidade de coletar e
organizar tais informações, estabelecer relações e formular perguntas.

Desta forma, serão desenvolvidos e realizados procedimentos que possibilitarão ao aluno


coletar, organizar e sintetizar levantamentos, comparar e analisar dados para defender
ideias, bem como pesquisar dados estatísticos nas pesquisas através de tabelas e gráficos,
interpretando as representações gráficas que aparecem frequentemente no dia-a-dia.

Entendemos que o tema Tratamento da Informação é uma das áreas do conhecimento


matemático que mais tem sido valorizado nas propostas curriculares. Por isso, os gráficos
relacionando diferentes disciplinas escolares auxiliam na obtenção de conhecimentos

157
para uma nova formação de conceitos, contribui para o estímulo à leitura crítica e
reflexiva das informações sociais, políticas e econômicas divulgadas em linguagem
gráfica e fazem com que os alunos relacionem a Estatística com leitura da realidade do
mundo em que vivemos, reconhecendo assim, a importância deles.

Atividade I: Leia o texto a seguir depois responda as perguntas relacionadas a ele.

Você se acha feliz? Como podemos medir a felicidade? O que te faz feliz: ter um grande
amor, dinheiro, viagens? Pesquisadores brasileiros querem instituir o FIB, o índice que vai
medir a Felicidade interna Bruta. Uma pesquisa realizada pela FIESP/CIESP em 2011
entrevistou várias pessoas com o objetivo conhecer o grau de felicidade e satisfação da
população, bem como identificar quais os fatores que trariam a felicidade. Na pesquisa
levou-se em consideração informações como faixa etária, sexo, grau de instrução, classe
social, regiões do país e faixas de renda mensal familiar, o que permitiu uma melhor
compreensão da satisfação da população nacional. Assim, é possível dizer se os mais
jovens são mais felizes que os mais velhos ou ainda se as mulheres são mais felizes que os
homens, ou ainda, comparar o grau de felicidade entre os casados e os solteiros. Um
ditado popular diz que “dinheiro não traz felicidade”. Maso que, então, traz
felicidade?

1. Leia a tabela e responda:

Fatores da Felicidade

Fatores que trazem felicidade Frequênci


a
Ter dinheiro 600

Estar empregado 490

Ser religioso 310

Ter filhos 280

Ser casado 250

Ter bens materiais 170

Ter plano de saúde 170

Ter curso superior 170

Ser jovem 111

158
Fonte: Pesquisa Pulso Brasil FIESP/CIESP - Felicidade Disponível
em -

http://www.fiesp.com.br/economia/pdf/pulso%20-felicidade%20-
%20dezembro%2011.pdf

(a) Os dados da tabela referem-se a que tipo de investigação? Ou seja, qual a variável
investigada?

(b) Quantas pessoas foram entrevistadas?

(c) O que você pode dizer sobre o que o brasileiro precisa para ser feliz?

2. De forma resumida, os gráficos a seguir representam o sentimento dos brasileiros


atualmente.

Fonte: Gráfico elaborado com informações da Pesquisa Pulso Brasil FIESP/CIESP -


Felicidade Disponível em - http://www.fiesp.com.br/economia/pdf/pulso%20-
felicidade%20-%20dezembro%2011.pdf

159
Fonte: Gráfico elaborado com informações da Pesquisa Pulso Brasil FIESP/CIESP -
Felicidade Disponível em - http://www.fiesp.com.br/economia/pdf/pulso%20-
felicidade%20-%20dezembro%2011.pdf

De acordo com os gráficos apresentados, responda:

(a) Como se considera a maioria dos brasileiros?

(b) O grupo dos que se dizem “felizes” é maior ou menor do que aqueles que dizem
que “estão felizes”?

(c) Qual dos dois gráficos (de barra ou de setores) você considera mais
fácil de fazer a leitura dasinformações. Por quê?

3. Outra etapa da pesquisa investigou se as pessoas se consideram mais felizes


hoje em relação ao anopassado ou a 5 anos atrás. O gráfico mostra os resultados.

160
Fonte: Gráfico elaborado com informações da Pesquisa Pulso Brasil FIESP/CIESP -
Felicidade Disponível em -
http://www.fiesp.com.br/economia/pdf/pulso%20-felicidade%20-
%20dezembro%2011.pdf

(a) Em relação a 5 anos atrás, como a maioria dos brasileiros se sente em relação à
felicidade?

(b) Qual o percentual daqueles que se consideram menos felizes hoje do que no ano
passado?

161
REFERÊNCIAS.

Marçola, Alice Luduvice Wandrowelzti. Estatística e Tratamento da Informação.


Guaratinguetá, 2006. Disponível em <
www.feg.unesp.br/extensao/teia/trab_finais/trabalhoAlice.pdf >. Acesso em 16 out.
2014.

Peça, Célia Maria Karpinski. Análise e Interpretação de tabelas e gráficos estatísticos


utilizando dados interdisciplinares. Paraná, 2008.
Disponível em < www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portal/pde/arquivos/1983-8.pdf >.
Acesso em 16 out. 2014.

Gomes, Gleidston. Reforçar: Estatística e Leitura de Gráficos (ENEM).


Disponível em < cedt-matematica.blogspot.com/lista-de-exercicios/leitura-de-
graficos.html >. Acesso em 14 out. 2014.

Escola, Nova. Leitura e Interpretação de Gráficos: Gente que Educa. São Paulo, 2011.
Disponível em < gentequeeduca.blogspot.com >. Acesso em 14 out. 2014.

Tratamento da Informação. São Paulo, 2006.


Disponível em < www.nre.seed.pr.gv.br/fozdoigucu/tratamento-da-informacao.pdf >.
Acesso em 14 out. 2014.

Busin, Adriano Schütz. Oro, Neuza Terezinha. Tratamento da Informação. Lagoa


Vermelha, RS, 2012. Disponível em <www.upf.br/anaisjem/download/de-265-busin.pdf
>. Acesso em 18 out. 2014.

162
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Tabelas e Gráficos Atividade II:
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tabelas e Gráficos
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Atividade II:
PARTE I: Leia o texto abaixo:
A Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016 se aproximam e os
preparativos não se restringem apenas à construção e reforma de estádios onde ocorrerão
os jogos. Na área turística, o empresariado se movimenta para poder atender aos turistas
nacionais e estrangeiros que visitarão as cidades-sede do evento. Uma preocupação é
sobre como acomodar todos os turistas para o evento, além disso, é necessário que haja
profissionais especializados para recepcionar as delegações dos diferentes países
participantes.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1326077

PARTE II: Leia a reportagem abaixo publicada no site Portal 2014 em 28/02/2012.
De acordo com um estudo encomendado pelo Ministério do Turismo, que dimensiona a
capacidade de hospedagem das capitais brasileiras, a cidade do Rio de Janeiro tem
hoje 67 mil leitos. O número é quase três vezes menor do que a quantidade esperada de
atletas e profissionais de imprensa que deverão aportar na cidade para a Olimpíada de
2016, isso sem contar os turistas estrangeiros.
Divulgada nesta terça-feira (28), a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) expõe estas e outras deficiências da rede hoteleira brasileira, que precisa
melhorar não só para a Olimpíada como também para a Copa de 2014.
"O objetivo do estudo foi quantificar e mensurar a capacidade de hospedagem nas
capitais, tendo em vista que teremos eventos importantes nos próximos anos. Daí a
necessidade de ter um quadro dos serviços de hospedagem", explicou Roberto da Cruz
Saldanha, gerente da pesquisa, pioneira neste sentido no país.
De acordo com o estudo, o Brasil terá que construir muitos leitos se quiser amortizar a

163
quantidade de turistas para Copa e Olimpíada. Atualmente, as 12 cidades-sedes da
Copa só podem, juntas, hospedar pouco mais de 416 mil turistas, levando em
consideração todos os leitos duplos e individuais existentes em empreendimentos de
hotelaria.
Mas a expectativa do Ministério do Turismo é que o número de torcedores estrangeiros
para os eventos esportivos chegue a 500 mil, o que torna o quadro atual de hotelaria
bastante deficitário. O cenário piora se forem considerados os turistas brasileiros, que se
deslocarão entre as sedes do Mundial. A pesquisa do IBGE ainda aponta deficiências no
número existente de hotéis de padrão internacional. Apenas 14% dos empreendimentos
no país são considerados de luxo ou muito confortáveis.
Além disso, a oferta de estabelecimentos com capacidade para hospedar portadores de
necessidades especiais também é baixa – só 1,3% dos hotéis contam com adaptações para
cadeirantes, por exemplo.

Fonte:http://www.portal2014.org.br/noticias/9181/RIO+PRECISA+TRIPLICAR+NUM
ERO+DE+LEITOS+PARA+A+ OLIMPIADA+DE+2016.html

1. O número de profissionais de turismo cadastrados no Ministério do


Turismo nos anos de 2008 e2009 está na tabela a seguir.

(a) Para o ano de 2008, some a quantidade de guias das 5 regiões do Brasil
e registre a seguir. Depoisfaça o mesmo para o ano de 2009.
Quantidade total de guias
turísticos nas 5 regiões do
Brasil:2008:

2009:

164
(b) Agora pegue cada uma dessas somas e divida pela quantidade de regiões
(cinco). Junto com seuscolegas avalie o que ocorreu de 2008 para 2009.
Sabe qual o nome que se dá a essa quantidade?
Essas quantidades se chamam número médio de guias de turismo no ano
de 2008 e no ano de 2009, respectivamente, considerando as 5 regiões do
Brasil.
Acabamos de calcular a média aritmética desses valores. Esta medida é
muito usada e fornece uma ideia geral dos valores dos dados pesquisados.
Para o cálculo da média é necessário somar todos os valores de um
conjunto de dados e dividir essa soma pelo número total de elementos.

É o mesmo cálculo usado para calcular sua média final na escola!

(c) Faça um gráfico comparativo com barras duplas com o quantitativo


de guias de turismocadastrados no Ministério do Turismo nos anos de 2008 e
2009.

(d) Faça uma tabela com a porcentagem de guias por região do Brasil nos anos
de 2008 e 2009.
2. Observe os dados relativos aos estabelecimentos de hospedagem, por
categoria de leitos nosMunicípios das Capitais.

165
(a) Qual o tipo de estabelecimento é o mais comum dentre os municípios das
capitais brasileiras?

Saiba que o nome que se dá para o valor ou categoria que ocorre com maior frequência é
moda.

(b) Discuta com seus colegas sobre qual você considera ser uma proporção
adequada dos tipos de estabelecimentos segundo as categorias de leitos. Ou seja,
vocês acham que a distribuição constatada no ano de 2011 e mostrada no gráfico
acima é ideal para a realidade do nosso país?

166
3. Veja agora dados relacionados ao número de estabelecimentos e
quartos disponíveis nas maiorescapitais do Brasil.

(a) A partir dos dados da tabela 2, calcule a média de unidades


habitacionais (quartos) porestabelecimento nas principais capitais brasileiras.

(b) Faça um gráfico de barras com os valores encontrados anteriormente


para as médias de unidadeshabitacionais (quartos) por estabelecimento nas
principais capitais do Brasil.

167
REFERÊNCIAS.

Marçola, Alice Luduvice Wandrowelzti. Estatística e Tratamento da Informação.


Guaratinguetá, 2006. Disponível em <
www.feg.unesp.br/extensao/teia/trab_finais/trabalhoAlice.pdf >. Acesso em 16 out.
2014.

Peça, Célia Maria Karpinski. Análise e Interpretação de tabelas e gráficos estatísticos


utilizando dados interdisciplinares. Paraná, 2008.
Disponível em < www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portal/pde/arquivos/1983-8.pdf >.
Acesso em 16 out. 2014.

Gomes, Gleidston. Reforçar: Estatística e Leitura de Gráficos (ENEM).


Disponível em < cedt-matematica.blogspot.com/lista-de-exercicios/leitura-de-
graficos.html >. Acesso em 14 out. 2014.

Escola, Nova. Leitura e Interpretação de Gráficos: Gente que Educa. São Paulo, 2011.
Disponível em < gentequeeduca.blogspot.com >. Acesso em 14 out. 2014.

Tratamento da Informação. São Paulo, 2006.


Disponível em < www.nre.seed.pr.gv.br/fozdoigucu/tratamento-da-informacao.pdf >.
Acesso em 14 out. 2014.

Busin, Adriano Schütz. Oro, Neuza Terezinha. Tratamento da Informação. Lagoa


Vermelha, RS, 2012. Disponível em <www.upf.br/anaisjem/download/de-265-busin.pdf
>. Acesso em 18 out. 2014.

168
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Tabelas e Gráficos Atividade III:
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.

HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e


nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tabelas e Gráficos

INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso


técnico de administração de empresa

Atividade III:
1. Pediu-se a 24 alunos de uma turma que indicassem o seu desporto favorito. Os
resultados encontram-seilustrados no gráfico circular seguinte.

Sabe-se que a amplitude do ângulo correspondente ao setor da natação é de 60º.


(a) Quantos alunos responderam futebol?

169
(b) Quantos alunos responderam basquetebol?

(c) Quantos alunos responderam natação?

(d) Qual é a amplitude do ângulo correspondente ao sector do voleibol?

2 - Observe o gráfico de linhas, em que os pontos são unidos por segmentos de reta.
Nesse exemplo, você pode notar que há duas informações relacionadas entre si: os
meses do ano e o consumo de energia de uma residência.

Responda às questões:

(a) Em que mês o consumo de energia foi de 70 kWh?

(b) Em outubro, o consumo foi maior que o de setembro?

170
(c) Em sua opinião, por que nos meses de junho, julho e agosto há maior consumo
de energia nessa residênciapaulistana?

3. O gráfico abaixo mostra a evolução da preferência dos eleitores pelos candidatos A


e B.

3. Analise o gráfico de setores ao lado, apresentado na Prova Brasil, que mostra o


resultado de uma pesquisa que verificou a relação entre longevidade e os hábitos
de 200 pessoas de uma comunidade. Que gráfico de barras melhor representa a
pesquisa?

171
REFERÊNCIAS.

Marçola, Alice Luduvice Wandrowelzti. Estatística e Tratamento da Informação.


Guaratinguetá, 2006. Disponível em <
www.feg.unesp.br/extensao/teia/trab_finais/trabalhoAlice.pdf >. Acesso em 16 out.
2014.

Peça, Célia Maria Karpinski. Análise e Interpretação de tabelas e gráficos estatísticos


utilizando dados interdisciplinares. Paraná, 2008.
Disponível em < www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portal/pde/arquivos/1983-8.pdf >.
Acesso em 16 out. 2014.

Gomes, Gleidston. Reforçar: Estatística e Leitura de Gráficos (ENEM).


Disponível em < cedt-matematica.blogspot.com/lista-de-exercicios/leitura-de-
graficos.html >. Acesso em 14 out. 2014.

Escola, Nova. Leitura e Interpretação de Gráficos: Gente que Educa. São Paulo, 2011.
Disponível em < gentequeeduca.blogspot.com >. Acesso em 14 out. 2014.

Tratamento da Informação. São Paulo, 2006.


Disponível em < www.nre.seed.pr.gv.br/fozdoigucu/tratamento-da-informacao.pdf >.
Acesso em 14 out. 2014.

172
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Tabelas e Gráficos Atividade IV
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.

HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e


nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tabelas e Gráficos
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

3. Os resultados de uma pesquisa feita com pessoas jovens e adultos brasileiros


sobre algumas habilidadesmatemáticas em situações cotidianas foram apresentados no
5º Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional
– INAF. As respostas para a pergunta: “Quando o(a) sr.(a.) precisa fazer pequenas
contas, o(a)sr.(a.) toma qual destas atitudes?” são apresentadas no quadro abaixo:

Na elaboração do gráfico de colunas a seguir, foi cometido um erro. Localize-o:

173
4. Observe o gráfico a seguir e responda:

Quantidade de pessoas que visitaram o Parque do Ibirapuera

(a) Em qual dia da semana houve a maior quantidade de visitantes?

(b) Em qual dia da semana houve menos visitantes?

(c) Quantas pessoas, ao todo, visitaram o Parque do Ibirapuera nos cinco dias?

4. O estado das florestas do planeta e o que foi devastado pela ocupação humana,

174
são os dados que estãorepresentados no gráfico a seguir. Observe estes dados que
foram publicados na revista Época de 08/02/1999 e
depois responda:

(a) Em quais continentes mais da metade das florestas foi devastada pela ocupação
humana?

(b) Qual a área atual de florestas no mundo todo?

(c) Qual a área desmatada no mundo todo?

8. O gráfico de linhas abaixo mostra a produção de leite na Fazenda do Senhor


B.Zerra no primeiro semestre do ano de 2006. Analise-o e responda:

175
(a) Quantos litros de leite foram produzidos nesse semestre?

(b) Quantos litros de leite foram produzidos, em média, por mês?

(c) Quantos litros de leite, em média, foram produzidos diariamente no mês de


janeiro?

9. O gráfico a seguir indica a altura máxima aproximada que algumas árvores


brasileiras atingem:

De acordo com as informações apresentadas no gráfico e com os dados abaixo identifique


a árvore correspondente a cada coluna do gráfico e a altura máxima de cada árvore.
(a) O jequitibá atinge 45 metros de altura.
(b) O cedro atinge até 10 metros a menos que o jequitibá e 5 metros a mais que o pau-
brasil.
(c) O pau-brasil atinge 10 metros a mais que o abacateiro-do-mato e 14 metros a mais
que a peroba.

(d) A castanha-do-pará é cinco vezes maior que o cajueiro.

176
10. O número de erros na primeira página de um jornal diário de grande circulação,
em 200 dias pesquisados, está no gráfico a seguir:

Represente os dados (número de dias) em porcentagem.


REFERÊNCIAS.

Marçola, Alice Luduvice Wandrowelzti. Estatística e Tratamento da Informação.


Guaratinguetá, 2006. Disponível em <
www.feg.unesp.br/extensao/teia/trab_finais/trabalhoAlice.pdf >. Acesso em 16 out.
2014.

Peça, Célia Maria Karpinski. Análise e Interpretação de tabelas e gráficos estatísticos


utilizando dados interdisciplinares. Paraná, 2008.
Disponível em < www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portal/pde/arquivos/1983-8.pdf >.
Acesso em 16 out. 2014.

Gomes, Gleidston. Reforçar: Estatística e Leitura de Gráficos (ENEM).


Disponível em < cedt-matematica.blogspot.com/lista-de-exercicios/leitura-de-
graficos.html >. Acesso em 14 out. 2014.

Escola, Nova. Leitura e Interpretação de Gráficos: Gente que Educa. São Paulo, 2011.
Disponível em < gentequeeduca.blogspot.com >. Acesso em 14 out. 2014.

Tratamento da Informação. São Paulo, 2006.


Disponível em < www.nre.seed.pr.gv.br/fozdoigucu/tratamento-da-informacao.pdf >.
Acesso em 14 out. 2014.

Busin, Adriano Schütz. Oro, Neuza Terezinha. Tratamento da Informação. Lagoa


Vermelha, RS, 2012. Disponível em <www.upf.br/anaisjem/download/de-265-busin.pdf
>. Acesso em 18 out. 2014.

177
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA : Tabelas e Gráficos Atividade V
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tabelas e Gráficos
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

1. Na revista Isto É de 23/02/2005 foi publicado a quantidade (em toneladas), dos


países que mais emitiram CO2 na atmosfera no ano de 2000.

Determine a diferença, em toneladas, de emissão de CO2 entre:


(a) EUA e Japão =

(b) China e Rússia =


(c) Brasil e Japão =
(d) EUA e Rússia =

178
SIMULADO:

2 O gráfico abaixo representa as vendas de aparelhos celulares em uma loja no


primeiro semestre do ano. Essa loja
tinha uma meta de vender, no primeiro semestre, 250 aparelhos celulares. Pode-se afirmar
que:

(a) a meta foi atingida.

(b) a meta foi superada.


(c) faltaram menos de 50 unidades para se alcançar a meta.

(d) as vendas ficaram 75 unidades abaixo da meta.


(e) as vendas aumentaram mês a mês.
3. Ao fazer uma pesquisa a respeito do mês do nascimento dos 25 alunos da 3a série
de uma escola estadual, a professora obteve os resultados

mostrados na tabela abaixo.

179
A porcentagem desses alunos da 3ª série que nasceram no mês de abril é:

(a) 44%

(b) 25%
(c) 24%

(d) 19%
(e) 6%

4. (ENEM - 2005) Em uma área observa-se o seguinte regime pluviométrico:

Os anfíbios são seres que podem ocupar tanto ambientes aquáticos quanto terrestres.
Entretanto, há espécies de anfíbios que passam todo o tempo na terra ou então na água.
Apesar disso, a maioria das espécies terrestres depende de água para se reproduzir e o faz
quando essa existe em abundância.

Os meses do ano em que, nessa área, esses anfíbios terrestres poderiam se reproduzir mais
eficientemente são de:

(a) setembro a dezembro


(b) novembro a fevereiro

(c) janeiro a abril


(d) março a julho

(e) maio a agosto

180
5. O hemograma é um exame laboratorial que informa o número de hemácias,
glóbulos brancos e plaquetas presentes no sangue. A tabela apresenta os valores
considerados normais para adultos. Os gráficos mostram os resultados do hemograma de
estudantes adultos. Todos os resultados são expressos em número de elementos por mm3
de sangue.

Podem estar ocorrendo deficiência no sistema de defesa do organismo, prejuízos no


transporte de gases respiratórios e alterações no processo de coagulação sanguínea,
respectivamente, com os estudantes:
(a) Maria, José e Roberto.

(b) Roberto, José e Abel.

(c) Maria, Luísa e Roberto.


(d) Roberto, Maria e Luísa.

(e) Luísa, Roberto e Abel.

6 - Uma rede de supermercados resolveu fazer uma pesquisa para saber qual horário
as pessoas mais gostavam de ir ao supermercado. Foram entrevistadas 2000
pessoas e o resultado está no gráfico abaixo

181
Durante qual horário a maioria das pessoas entrevistadas preferem ir ao
supermercado?
(a) 8h às 12h.

(b) 12h às 16h.


(c) 16h às 20h.

(d) 20h às 23h.

(e) 23h às 24h.

7 - O gráfico abaixo mostra o número de desempregados no mundo, em


milhões de pessoas, no período de 2000 a2005.

Com base nesse gráfico, observa-se que a quantidade de pessoas sem trabalho no
mundo:
(a) permaneceu a mesma entre 2000 e 2001.
(b) permanece a mesma desde o ano de 2002.
(c) aumentou de 8,5 milhões entre 2001 e 2002.
(d) aumentou de 19 milhões entre 2001 e 2003.
(e) diminuiu entre 2000 e 2002.

182
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA : Probabilidade
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Probabilidade
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Probabilidade
Probabilidade é o estudo das chances de ocorrência de um resultado, que são obtidas pela
razão entre casos favoráveis e casos possíveis.

Probabilidade é um ramo da Matemática em que as chances de ocorrência de


experimentos são calculadas. É por meio de uma probabilidade, por exemplo, que
podemos saber desde a chance de obter cara ou coroa no lançamento de uma moeda até a
chance de erro em pesquisas.

Para compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais
básicas, como a fórmula para o cálculo de probabilidades em espaços amostrais
equiprováveis, probabilidade da união de dois eventos, probabilidade do evento
complementar etc.

183
Experimento aleatório
É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma
moeda e observar a face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará
voltada para cima, exceto no caso em que a moeda seja viciada (modificada para ter um
resultado mais frequentemente).

Suponha que uma sacola de supermercado contenha maçãs verdes e vermelhas. Retirar
uma maçã de dentro da sacola sem olhar também é um experimento aleatório.

Ponto amostral
Um ponto amostral é qualquer resultado possível em um experimento aleatório. Por
exemplo: no lançamento de um dado, o resultado (o número que aparece na face superior)
pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Então, cada um desses números é um ponto amostral desse
experimento.

Espaço amostral
O espaço amostral é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um
experimento aleatório, ou seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira, o
resultado de um experimento aleatório, mesmo que não seja previsível, sempre pode ser
encontrado dentro do espaço amostral referente a ele.

Como os espaços amostrais são conjuntos de resultados possíveis, utilizamos as


representações de conjuntos para esses espaços. Por exemplo: O espaço amostral
referente ao experimento “lançamento de um dado” é o conjunto Ω, tal que:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo do
experimento, por alguma lei de formação.

O número de elementos dos espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do


exemplo anterior, n(Ω) = 6. Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são
pontos amostrais, ou seja, resultados possíveis de um experimento aleatório.

184
Evento
Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral. Um evento pode conter desde zero
a todos os resultados possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser
um conjunto vazio ou o próprio espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de
evento impossível. No segundo, é chamado de evento certo.

Ainda no experimento aleatório do lançamento de um dado, observe os seguintes eventos:


A = Obter um número par:
A = {2, 4, 6} e n(A) = 3

B = Sair um número primo:

B = {2, 3, 5} e n(B) = 3

C = Sair um número maior ou igual a 5:

C = {5, 6} e n(C)= 2

D = Sair um número natural:


D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(D) = 6

Espaços equiprováveis
Um espaço amostral é chamado equiprovável quando todos os pontos amostrais dentro
dele têm a mesma chance de ocorrer. É o caso de lançamentos de dados ou de moedas
não viciados, escolha de bolas numeradas de tamanho e peso idênticos etc.

Um exemplo de espaço amostral que pode ser considerado não equiprovável é o formado
pelo seguinte experimento: escolher entre tomar sorvete ou fazer caminhada.

Cálculo de probabilidades
As probabilidades são calculadas dividindo-se o número de resultados favoráveis pelo
número de resultados possíveis, ou seja:

P = n(E)
n(Ω)
185
Nesse caso, E é um evento que se quer conhecer a probabilidade, e Ω é o espaço amostral
que o contém.
Por exemplo, no lançamento de um dado, qual a probabilidade de sair o número um?
Nesse exemplo, sair o número um é o evento E. Assim, n(E) = 1. O espaço amostral desse
experimento contém seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Logo, n(Ω) = 6. Desse modo:

P = n(E)

n(Ω)

P=1
6

P = 0,1666…

;P = 16,6%

Outro exemplo: qual a probabilidade de obtermos um número par no lançamento de um


dado?

Os números pares possíveis em um dado são 2, 4 e 6. Logo, n(E) = 3.

P = n(E)

n(Ω)

P=3

P = 0,5

P = 50%

186
Referencias.
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/probabilidade.htm. Acessado em 10/06/2021

exercícios.
1) Uma moeda é lançada 3 vezes. Qual a probabilidade de:

a) sair exatamente 1 cara

b) sair pelo menos 1 cara

2) Dois dados foram lançados. Qual a probabilidade de a soma dos pontos obtidos ser:
a) S=8 b) S>8

3) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 brancas e 10 amarelas. Uma bola é escolhida ao
acaso na urna. Qual a probabilidade de:

a) A bola não ser amarela


b) A bola ser branca ou preta
c) A bola não ser branca, nem amarela

4) Uma urna contém 5 bolas vermelhas e 3 brancas. Duas bolas são extraídas ao acaso,
com reposição. Qual a probabilidade de:

a) ambas serem vermelhas


b) ambas serem brancas

187
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO VOLUME 2
COMPONENTE CURRICULAR:
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em
mundial causado pela que as aulas foram Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, suspensas a fim de evitar esforço de síntese. Como
as aulas presenciais foram a propagação da COVID- resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. 19, coronavírus, acontecem.
Entretanto, como preparamos algumas Em primeiro lugar, quem
incentivo à continuidade atividades para que você anota entende mais, pois está
das práticas de estudo, possa dar continuidade ao sempre fazendo um esforço
preparamos para nossos seu aprendizado. de captar o âmago da
estudantes um plano de Assim, seguem algumas questão.
estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são
semanas /meses e aulas nossa tradução do que
que deverá ser realizado  Siga uma rotina; entendemos do conteúdo.
em casa  Defina um local de
Os conceitos principais estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
de cada aula serão equilíbrio; anotar sempre o que
apresentados e em seguida  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
o estudante será desafiado colegas; Peça ajuda a estudado.
a resolver algumas sua família; Não fique limitado aos
atividades.  Use a tecnologia a seu textos contidos nas aulas.
Para respondê-las, ele favor. Pesquise em outras fontes
poderá fazer pesquisas em como: livros, internet,
fontes variadas disponíveis Contamos com seu revista, documentos, vídeos
em sua residência. esforço e dedicação para etc.
É de suma importância continuar aprendendo
que você auxilie seu(s) cada dia mais!
filho(s) na organização do
tempo e no cumprimento
das atividades. .

Contamos com sua


valiosa colaboração!!

188
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: Níveis de linguagem e adequação linguística
OBJETO DE CONHECIMENTO: Proporcionar conhecimentos teóricos e práticos
referentes à língua portuguesa, possibilitando, dessa forma, leitura e produção de textos
variados que motivem por excelência a boa atuação do educando na vida profissional.
HABILIDADE (S):Analisar, entender, discutir os textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Reconhecer marcas do relacionamento entre palavras
e frases no processo de comunicação e seus elementos.
ATIVIDADES

NÍVEIS DE LINGUAGEM

Podemos interagir e nos comunicar com outras pessoas por meio de diversos níveis de
linguagem:
 Padrão
 Coloquial
 Regionalismo
 Gírias
 E Linguagem vulgar

A interação verbal entre os sujeitos é possível por meio das palavras e pode ser realizada por
meio da fala e/ou da escrita. Dependendo da situação comunicativa, os usuários das línguas
podem eleger qualquer um dos diferentes níveis de linguagem para interagir verbalmente
com os outros. Isso significa que existem linguagens diferentes para ocasiões distintas, ou
seja, em toda situação comunicativa, os falantes elegem o nível de linguagem mais adequado
para que tanto o emissor quanto o receptor das mensagens possam compreender e ser
compreendidos.
Nível 1: Norma Culta/Padrão
Como sabemos, cada língua possui sua estrutura e muitas delas possuem um conjunto de
regras responsável pelo funcionamento dos elementos linguísticos. Esse conjunto de regras
é conhecido como gramática normativa. Nela, os usuários da língua encontram a norma-
padrão de funcionamento de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser de
conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.
Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa comunicar-se de
maneira difícil e rebuscada. Embora a língua padrão seja atribuído certo prestigio cultural e
status social, o uso da linguagem culta está menos relacionado a questão estética e muito

189
mais associado a sua democratização, já que esse é o nível de linguagem ensinado nas
escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários das línguas etc...
Nível 2: Linguagem Coloquial/Informal/Popular
A linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira mais espontânea e corriqueira pelos
falantes. Esse nível de linguagem não segue a rigor todas as regras da gramática normativa,
pois está mais preocupado com a função da linguagem do que com a forma. Ao utilizar a
linguagem coloquial, o falante está mais preocupado em transmitir o conteúdo da mensagem
do que como esse conteúdo vai ser estruturado.
De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem coloquial nas mas situação comunicativas
mais formais, isto é, nos diálogos entre amigos, familiares, etc.
Nível 3: Linguagem regional/regionalismo
A linguagem regional está relacionada com as variações ocorridas, principalmente na fala
nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas informações também são chamadas de
dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade de regionalismo na fala dos
usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões.
Nível 4: Gírias
A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão
cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser
incorporadas ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos
falantes, mas, de maneira geral, as palavras e expressões proveniente das gírias são utilizados
durante um tempo por um certo uso de usuários de outras gerações e depois são substituídas
por outros usuários de outras gerações. É o caso, por exemplo, de uma gíria bastante utilizada
pelos falantes nas décadas 80 e 90:’ chuchu, beleza”, mas que, atualmente, está quase
obsoleta.
Nível 5: linguagem vulgar
A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/padrão. As estruturas gramaticas
não seguem regras ou normas de funcionamento. O mais interessante é que mesmo de
maneira bem rudimentar, os falantes conseguem compreender a mensagem e seus efeitos de
sentido nas trocas de mensagens. Podemos considerar a linguagem vulgar como sendo um
vício de linguagem. Veja alguns exemplos bastantes recorrentes em nossa língua:
 “Nóis vai”
 “Pra min ir”
 “Vamo ir”

190
Adequação linguística

O interlocutor:
Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comunicação, por isso, esse é um dos
fatores determinantes para a adequação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca
pelo sentido, ou seja, precisa haver entendimento entre os interlocutores, caso contrário, não
é possível dizer que houve comunicação. Por isso, considerar o interlocutor é fundamental.
Por exemplo, um professor não pode usar a mesma linguagem com um aluno na faculdade e
na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando em quem será o seu parceiro é um
fator de adequação linguística.
Ambiente:
A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, é importante prestar atenção
para não cometer inadequações. É impossível usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos
e em um ambiente corporativo (de trabalho); em um velório e em um campo de futebol; ou,
ainda, na igreja e em uma festa.
Assunto:
Semelhante á escolha de linguagem, está a escolha do assunto. É preciso adequar a linguagem
ao que será dito, logo, não se convida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida
para uma missa de 7° dia. Da mesma forma que não haverá igualdade entre um comentário
de um falecimento e de um time de futebol que foi rebaixado. É preciso ter bom senso no
momento da escolha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto.
Relação falante-ouvinte:
A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é outro fator utilizado para
adequação linguística. Portanto, ao pedir uma informação a um estranho, é adequado que se
utilize uma linguagem mais formal, enquanto parabenizar a um amigo, a informalidade é o
ideal.
Intencionalidade (efeito pretendido):
Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem pretensão, sem objetivo, todos
são carregados de intenções. E para cada intenção existe uma forma de linguagem que será
compatível, por isso, as declarações de amor são feitas diferentes de uma solicitação de
emprego. Há maneiras distintas para criticar, elogiar e ironizar. É importante fazer essas
considerações.

191
REFERÊNCIAS: https://mundoeducacao.uol.com.br
Publicado por Luciana kuchenbecker Araújo

ATIVIDADES
1) Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos e J.S., 20 anos, moradores de Bom Jesus,
cidade paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão.
“Não ganhamos salário, é ‘de meia’. Metade da produção fica para o dono da terra e metade
pra gente”. (Folha de São Paulo, 1° jun. 2002)
Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação sua relação de trabalho. Utilizam a
expressão “é de meia” e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação
eles...
a) alteram o sentido da expressão.
b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
c) Dificultam a comunicação com o repórter.
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.

2) I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano
direto.

II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão
culto, dela resultando um texto mais bem elaborado.

III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice
de cultura a que todos pretendem chegar.

IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas


gramaticais.

Sobre as informações acima:

a) apenas I e II estão corretas

b) apenas II e III estão corretas

c) apenas II, III e IV estão corretas

192
d) apenas III e IV estão corretas

e) todas estão corretas

Aí, galera

Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar
um jogador de futebol dizendo ‘estereotipação’? E, no entanto, por que não?

- Ai, campeão. Uma palavrinha pra galera.

- Minha saudação aos aficionados do clube aos demais esportistas, aqui presentes ou no
recesso dos seus lares.

- Como é?

- Ai, galera.

- Quais são as instruções do técnico?

- Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico,
concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade,
valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão
inesperada do fluxo da ação.

- Ahn?

- É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.

- Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?

- Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e
piegas, a uma pessoa a qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?

- Pode.

193
- Uma saudação para a minha genitora.

- Como é?

- Alô, mamãe!

- Estou vendo que você é um, um...

- Um jogador que confunde o entrevistador pois não corresponde á expectativa de que o atleta
seja um ser primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?

- Estereoquê?

- Um chato?

- Isso.

(VERISSIMO, Luiz Fernando. In: Correio Bresiliense, 12/maio/1998.)

3) O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto.


Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa
também uma inadequação de linguagem usada no contexto:

a) “O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito”. (Um pedestre que assistiu ao
acidente comenta com o outro que vai passando.)

b) “E ai, ô meu! Como vai essa força?” (Um jovem fala para um amigo)

c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.” (Alguém comenta em
uma reunião de trabalho.)

d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de secretaria executiva desta


conceituada empresa.” (Alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.)

194
e) “Porque a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos,
num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” (Um professor universitário
em um congresso internacional.)

195
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Gramática e Gramática Aplicada
OBJETO DE CONHECIMENTO: Reconhecer e usar, produtiva e autonomamente, a frase
padrão em contextos que a exijam.
HABILIDADE(S): Manipular marcas do relacionamento entre as palavras de uma frase de
forma a produzir diferentes efeitos de sentido.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estudo dos porquês, /onde/aonde/há/a/mau/mal.

ATIVIDADES

GRAMÁTICA

Tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de


escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como:
- Exemplo de bons escritores;
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
Em se tratando de gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qual
dá norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática.
Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta
num distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que se fixam as normas. Isso não
justifica, porém, o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta,
a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.
Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado as obras literárias, artigos
de jornal, discursos políticos, obras teóricas e cientificas, enfim, a todo um patrimônio
cultural acumulado durante séculos pela humanidade.

Tipos de Gramática
 Gramática Normativa: É aquela que busca padronização da língua, estabelecendo
as normas didáticas.
 Gramática internalizada: Conjunto de regras que o falante domina.
 Gramática Descritiva: Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo
de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso da
língua e suas variações. Há três tipos: implícita, explicita, reflexiva.
 Gramática Histórica: Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.

196
 Gramática Comparativa: dedica-se ao estudo comparado de uma família de
línguas. O português por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das
línguas românticas.

Divisão da Gramática

Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas(mórfico),


um sistema de frases(sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão a Gramática
tradicionalmente divide-se em:
 Morfologia: abrange o sistema mórfico.
 Sintaxe: enfoca o sistema sintático.
 Fonologia/Fonética: focaliza o sistema fônico.
 Semântica: ocupa dos significados dos componentes de uma língua.
 Estilística: estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a
quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das
palavras.

ATIVIDADES
1- Complete as frases abaixo empregando porque, por que, porquê ou por quê:
A) Ele não casa não quer.
B) você está tão alegre hoje?
C) Ele não deixou a encomenda ?
D) Não sei o de tanta afobação.
E) corria muito, acabou num poste.
F) Você está triste hoje _ ?

2- Complete as frases abaixo empregando: onde ou aonde.


A) Não sei queres chegar com isso.
B) encontraram as chaves do carro?
C) Gostaria que você me dissesse estão as provas.
D) Você pode me dizer vamos com tanta pressa?
E) comem dois, comem três.
F) foram todos os alunos?

3- Complete as frases abaixo empregando mal ou mau.


A) Consta que ele não é um profissional.
B) Este aparelho está colocado.
C) Foi a primeira vez ouvi falar dele.
D) Não creio que ele seja tão assim.
E) Levantei-me, o dia clareou.

197
F) No cinema, o homem geralmente perde para o homem bom.

4- Complete as frases empregando, há ou a.


A) Daqui três dias o navio atracará.
B) vários meses que não chove no Nordeste.
C) Chegaremos ao aeroporto daqui pouco.
D) Saiu daqui pouco. Voltará em minutos.
E) Moramos nesta rua dez anos.
F) A casa fica cem metros da praia.

REFERÊNCIA
https://www.paseidireto.com .Gramática Aplicada. Acesso em maio de 2021.
https://youtu.be/7-0cuzSYHn8 .Acesso em maio de 2021-

198
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Coerência e Coesão
OBJETO DE CONHECIMENTO: Reconhecer e usar mecanismos de coesão nominal em
um texto ou sequência argumentativa.
HABILIDADE(S): Reconhecer e usar, produtiva e autonomamente, a frase padrão em
contextos que a exijam.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Reconhecer e usar mecanismos de coesão e coerência
em um texto ou sequência argumentativa.

ATIVIDADES
Coesão e Coerência

Coesão

É a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto, ou seja, é a estrutura do


texto, usar os conectivos adequados dentro do texto como: adjetivo, adverbio, pronomes etc.
Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os
parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do
país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária
pretende assentar milhares de sem-terra.”

Coerência

Coerência é a propriedade do texto que permite que se construa sentido a partir dele,
estabelecendo relação entre suas partes e entre o próprio texto e a situação de sua ocorrência.
Um mesmo texto pode parecer coerente (interpretável) para um leitor/ouvinte e não para outro.
Portanto, coerência é a lógica da escrita e a harmonia entre as ideias dentro do texto, ou seja,
as informações na ordem lógica, as ideias sejam claras e objetivas.

Exemplo:

Aquele garoto não gosta de futebol e, portanto, fica chamando seus amigos para
jogar (incoerência, porque quem não gosta de um esporte evita praticá-lo).

199
Fanático por futebol, o pai de João obriga o filho a jogar. Mas aquele garoto não gosta de
futebol e, portanto, fica chamando seus amigos para jogar. Assim, ele pode ficar a um canto
enquanto os amigos jogam, e a algazarra que fazem dá ao pai a falsa impressão de que o filho
está se divertindo (coerência restabelecida por acréscimo de informações

ATIVIDADES

1- Complete o texto abaixo, com as palavras destacadas, de forma a torná-lo coeso e coerente:

A ansiedade costuma surgir se enfrenta uma situação desconhecida. Ela


é benéfica prepara amente para desafios, falar em público.
, provoca preocupação exagerada, tensão
muscular, tremores, insônia, suor demasiado, taquicardia, medo de falar com estranhos ou de
ser criticado em situações sociais, pode indicar uma ansiedade generalizada,
requer acompanhamento médico, ou até transtornos mais
graves, fobia, pânico ou obsessão compulsiva.
apenas 20% das vítimas de ansiedade busquem ajuda
médica, o problema pode e deve ser tratado. se procure um clínico-geral
num primeiro momento, é importante a orientação de um psiquiatra,
prescreverá a medicação adequada. A terapia, em geral, é à base de
antidepressivos. "Hoje existe uma geração mais moderna desses remédios", explica o
psiquiatra Márcio Bernik, de São Paulo, coordenador do Ambulatório de Ansiedade, da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. " mais eficazes, não
provocam ganho de peso nem oscilação no desejo sexua." Outra vantagem: não apresentam
riscos ao paciente caso ele venha a ingerir uma dosagem muito alta.
além de - quando - embora - mas - se - que - que - como - mesmo que - se – como

2- Nestas questões, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final.
Retire o ponto final e estabeleça entre eles o tipo de relação que lhe parecer compatível, usando
para isso os elementos de coesão adequados
a) O solo do Nordeste é muito seco e aparentemente árido. Quando caem as chuvas,
imediatamente brota a vegetação. ( )

200
b) Uma seca desoladora assolou a região Sul, principal celeiro do país. Vai faltar alimento e
os preços vão disparar. ( )

c) Vai faltar alimento e os preços vão disparar. Uma seca desoladora assolou a região sul,
principal celeiro do país. ( )

3- Indique as relações semânticas estabelecidas pelos conectivos em destaque:

I. Como a chuva estava muito forte, não foi possível continuar o show.
II. Eu não consegui apresentar o trabalho porque estava muito nervosa!
III. Os manifestantes terão suas reivindicações atendidas, exceto se usarem de violência.
IV. Estava doente, mas foi trabalhar.
V. Os brasileiros são tão trabalhadores quanto os norte-americanos.

a) causa, causa, condição, oposição, comparação.


b) comparação, condição, finalidade, oposição, tempo.
c) causa, causa, conformidade, oposição, condição.
d) finalidade, comparação, tempo, condição, causa.
e) causa, causa, condição, condição, causa.

REFERÊNCIAS
http://popportugues.blogspot.com/2016/09/atividades-coesao-e-coerencia-8-ano.html?m=1
Acesso em: 10/06/2021

201
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Redação Técnica
OBJETO DE CONHECIMENTO: Ler todos de diferentes gÊneros considerando o pacto
de diferentes gêneros ( memorando, ata, relatórios etc)
HABILIDADE(S): Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos na
compreensão e na produção textual, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS :. Reconhecer o gênero de um texto a partir de seu
contexto de produção, circulação e recepção.
ATIVIDADE

Redação Técnica
A redação técnica é um texto redigido de maneira mais elaborada e formal. Ela difere
das redações literárias, pois são objetivas e imparciais, além do que utilizam a linguagem
denotativa.
Já nas redações literárias, predominam a subjetividade e a linguagem conotativa.
Características
Esse tipo de redação apresenta algumas peculiares em sua estrutura e estilo. Isso porque
geralmente tratam-se de documentos oficiais de correspondência que possuem uma
finalidade, seja informar, solicitar, registrar, esclarecer, dentre outros. Por isso, nas
redações técnicas é utilizado a linguagem formal, objetiva e segue as regras da norma
culta padrão.
Ela abriga modalidades de texto que cotidianamente nos deparamos, por exemplo, a ata
de uma reunião, o currículo, o relatório, o atestado, entre outros.
As redações técnicas são muito utilizadas no meio acadêmico, profissional, comercial e
empresarial.
Tipos
De acordo com a finalidade proposta, existem diversos tipos de Redação Técnica, a saber:
 Ata
 Memorando
 Atestado
 Circular
 Carta comercial
 Relatório
 Requerimento
 Declaração

202
 Oficio
 Procuração
 Contrato
 Currículo

Estrutura: Como Fazer uma Redação Técnica?


Cada tipo de redação técnica apresenta uma estrutura especifica, no entanto, algumas
características são comuns a todos, a saber:
 Timbre: As redações técnicas geralmente são produzidas em papel timbrado da
empresa, da universidade, da escola, etc. Além do timbre, elas podem conter
carimbos com indicação da instituição que a emitiu.
 Destinatário: Alguns textos técnicos exigem a indicação do receptor da
mensagem. Além do nome, podem ser acrescidos o departamento e o cargo
ocupado pelo destinatário.
 Título: Algumas delas usam título, enquanto outras preenchem um campo
denominado de “assunto”.
 Tema: Antes de escrever é importante estar atento ao tema(assunto) que será
explorado no corpo do texto.
 Corpo do texto: Os textos das redações técnicas geralmente seguem a estrutura
padrão de introdução, desenvolvimento e conclusão.
 Saudações finais: Alguns documentos admitem as saudações finais e sempre
devem aparecer na linguagem formal: atenciosamente, saudações cordiais,
cumprimentos, etc.
 Assinatura: Ao final do documento muitas redações técnicas apresentam a
assinatura do emissor, bem como o cargo que ocupa.

Exemplos:
 Gênero textual memorando
 Gênero textual relatório
 Gênero textual requerimento
 Gênero textual declaração
 Gênero textual ata
 Gênero textual procuração
 Gênero textual atestado

203
 Gênero textual circular
 Gênero textual contrato
 Carta comercial

Texto Técnico cientifico

O texto técnico também conhecido como texto técnico cientifico é gênero textual no qual
geralmente é escrito por especialistas, assumindo termos específicos é linguagem formal.

Redação Oficial

É todo ato normativo e toda comunicação do poder público. Deve caracterizar-se pela
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e
uniformidade.

MODELO DE ATA

204
MODELO DE MEMORANDO

ATIVIDADES

1- Preencher o memorando:

205
REFERÊNCIAS
toda.materia.com.br. Prof: Daniela Dlama
https://www.al.sp.gov.br
www.modelosimples.com.br
206
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA: Entrevista
OBJETO DE CONHECIMENTO: Apreciação e réplica- Efeitos de sentido.
HABILIDADE(S): Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e
on-line, sites noticiosos, destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas etc.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Análise de textos de gêneros próprios desse campo- dos
mais informativos aos mais argumentativos.
ATIVIDADE

ENTREVISTA

Entrevista é um diálogo entre duas ou mais pessoas: entrevistador (es) e entrevistado (s).
O principal objetivo: retirar informações e declarações sobre determinado assunto. A
Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente informativa veiculado,
sobretudo, pelos meios de comunicação: jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre
outros.

Tipos de Entrevista

 Entrevista de emprego
 Entrevista de psicológica
 Entrevista jornalística
 Entrevista Social
Elas podem fazer partes de outros textos jornalísticos, por exemplo a notícia, a notícia e
a reportagem.
Características da Entrevista
• Textos informativos e/ou opinativos;
• Presença do entrevistador e do entrevistado;
• Linguagem dialógica e oral;
• Marca do discurso direto e da subjetividade;
• Mescla da linguagem formal e informal.
Estrutura da Entrevista
• Definição do tema: só após a escolha do tema é possível escolher quem será a pessoa
entrevistada. Alguém que tem domínio sobre determinado sobre o assunto e que
abrilhantará o texto.

207
• Roteiro: é o orientador do entrevistador no ato da entrevista. Para produzi-lo é
necessário pesquisar sobre o tema da entrevista. Depois podem ser enumeradas algumas
perguntas que guiarão o trabalho. Com certeza outras perguntas poderão surgir no
momento da entrevista.
• Título: após a entrevista, ela é transcrita para uma revista, jornal ou internet. O título
deve ser criativo, precisa resumir o assunto de forma a prender a atenção do leitor.
• Revisão: É imprescindível que todo o texto seja revisado antes da publicação para evitar
erros de escrita.
Utiliza-se um gravador ou uma câmera para ajudar que a transcrição seja feita de maneira
real, tudo que foi dito.
Importante: Nas transcrições, transfere-se para a escrita a maneira como um texto foi dito
oralmente, por isso mantêm-se as pausas, as hesitações, os marcadores de conversa etc.
A entrevista pode ser de forma dirigida e não-dirigida
• Entrevista dirigida: aquela que tem como objetivo obter detalhes de algum
acontecimento vivido pelo entrevistador, como um fato real, crimes, tragédias, entre
outros. A partir do desenrolar da conversa as perguntas vão surgindo, assim muitas vezes
neste tipo de entrevista não é elaborado um roteiro.
• Entrevista não-dirigida: É aquela que está bem planejada, que tem um roteiro preparado
com antecedência.
Referências
Como é uma entrevista? Como redigir as perguntas? Entrevista - Brasil Escola.
Disponível em https:// www.youtube.com/watch?v=rvZPMj9Iwyc.
Acesso em: 29 mar. 2021.

208
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA: Entrevista
OBJETO DE CONHECIMENTO: Apreciação e réplica- Efeitos de sentido.
HABILIDADE(S): Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e
on-line, sites noticiosos, destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas etc.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Análise de textos de gêneros próprios desse campo- dos
mais informativos aos mais argumentativos.
ATIVIDADE
Atividades Referente a Semana 5.

1. Leia uma parte da entrevista transcrita feita em um programa de televisão. Atente-se


para os detalhes.
Serginho entrevista vítima de bullying
Serginho Groisman: Eu vou falar agora com essa garota queeee... sofreu, na escola, um
problema muito grave. Ela tá aqui; por favor, venha. (Aplausos)
SG: [...] A Manoela, a gente descobriu numa outra conversa. Ela estava sentada aqui
(apontando um lugar na plateia)... ali, e foi tão forte o que ela disse que eu falei “pô, vou
convidar de novo para ela contar melhor essa história”, que é uma história de associação
de bullying com racismo, com preconceito racial.[...]
SG: Bom, você estudava numa escola, em Ribeirão Preto, numa escola particular, foi
isso?
Manoela Sales: Isso.
SG: E o que aconteceu lá?
MS: Então, eu entrei lá, nessa escola particular, e ela tem um grande nome. Foi até um
pouco difícil pros meus pais poderem tá pagando, né? E quando eu entrei eu não fui bem
recebida, só que eu achei que ia passar, mas não passou. Começaram as ofensas, eu não
podia fazer pergunta em sala de aula porque os professores me ridicularizavam, os alunos
me ridicularizavam. Aí começaram as piadinhas com o meu nome, com tudo que eu
falava, começaram a jogar lixo em mim, começaram a bater na minha carteira,
começaram a cuspir em mim, gritar palavrão no co... enquanto eu andava no corredor,
essas coisas assim. E aí eu... e os professores presenciavam isso, os professores viam isso
e falavam “senta lá que daqui a pouco eles param”, “não relaxa, daqui a pouco eles param.
E aí eu fui entrando numa tristeza e numa paranoia que eu não queria mais ir para a escola,
eu só chorava, eu não conseguia fazer prova, eu não conseguia estudar, minhas notas
foram caindo, caindo, caindo, caindo. E aí um dia...ééé... um dia não né?, uma semana,
eu não falei com ninguém, ninguém falou comigo a semana. Eu fiquei uma semana indo

209
pra escola quieta e sendo quieta, porque ninguém dirigia a palavra a mim. E aí eu liguei
pro meu pai no recreio e falei: “pai, conversa comigo, porque faz uma semana que
ninguém fala comigo e eu tô ficando muito triste”. E aí acho que foi quando meu pai falou
“chega”. Sabe, porque a gente tentou minha adaptação, a gente tentou tá ali, mas não deu.
Aí meu pai falou “vamo procurar outra escola”, e foi a escola pública.
SG: Vamos ainda continuar aqui nessa primeira escola. Você atribui a que ... hã...essa
perseguição? O fato de você ser negra e ter poucos negros na escola, o fato de você sei
lá, não se relacionar bem, não ser uma boa aluna? O que é que levou as pessoas aaaa...
fazerem essa perseguição e perseguições racistas?
MS: Eu acredito que é a diferença, como eu era a única Negra, Negra mesmo, assumida
da sala, eu acho que a diferença pode ter é ...Dado para ele uma oportunidade de tirar
sarro daquilo, entendeu ? Então, eles começaram aaaa...tra… a fazer com que a minha
diferença fosse algo ruim dentro da sala de aula. E fizeram eu acreditar que a minha
diferença era algo ruim. Então, por eu ser negra, por eu ter uma diferença socioeconômica
deles ponto. Eles chegaram a falar assim para mim “se seu pai não tem Fazenda, você não
sabe conversar com a gente.” Então era. era tudo assim. Então, como eu era “a” diferente
do... do restante da turma, e um sofria essa perseguição.
SG: Isso mesmo.
Serginho entrevista vítima de bulliyng.
Altas horas. Rede Globo. Disponível em:. Acesso em 09/04/2021.
2- Qual o tipo de entrevista que você acabou de ler? Justifique sua resposta.

3- Como e porque Manuela Salles foi convidada para participar dessa entrevista?
Explique.

4-A entrevista relata um acontecimento que uma pessoa viveu na escola, o “bullying“.
a) Você sabe o que significa bullying? Quais os fatos aconteceram com a entrevistada que
caracterizam o “bullying“?

b) Imagine que você sofreu ou testemunhou um episódio de bullying. Qual seria sua
reação? Qual estratégia você usaria para evitar este tipo de acontecimento novamente?

210
5- Qual a posição da entrevistada sobre o bullying? Justifique.

6- Segundo a entrevistada, os professores foram coniventes com o que estava


acontecendo. Retire expressões que comprovem isso.

7-A entrevista da Manoela possui caráter pessoal? O que justifica isso?

211
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS
OPERACIONAIS CONTABEIS I
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 12
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e Caro estudante, Anotar é um exercício de
responsáveis, seleção das ideias e de maior
Para ajudá-lo(a) nesse aprendizado, por isso…
Diante da situação atual período conturbado, em que
mundial causado pela as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um
COVID-19, coronavírus, as fim de evitar a propagação esforço de síntese. Como
aulas presenciais foram da COVID-19, coronavírus, resultado, duas coisas
suspensas em todo Brasil. preparamos algumas acontecem.
Entretanto, como incentivo atividades para que você Em primeiro lugar, quem
à continuidade das práticas possa dar continuidade ao anota entende mais, pois está
de estudo, preparamos para seu aprendizado. sempre fazendo um esforço de
nossos estudantes um plano Assim, seguem algumas captar o âmago da questão.
de estudo dividido em dicas para te ajudar: Repetindo, as notas são nossa
semanas /meses e aulas que tradução do que entendemos do
deverá ser realizado em casa  Siga uma rotina; conteúdo.
Os conceitos principais de  Defina um local de
cada aula serão apresentados estudos; Tenha Caro(a) estudante, busque
e em seguida o estudante será equilíbrio; anotar sempre o que
desafiado a resolver algumas  Conecte com seus compreendeu de cada assunto
atividades. colegas; Peça ajuda a sua estudado.
Para respondê-las, ele família; Não fique limitado aos textos
poderá fazer pesquisas em  Use a tecnologia a seu contidos nas aulas.
fontes variadas disponíveis favor. Pesquise em outras fontes
em sua residência. como: livros, internet, revista,
É de suma importância que Contamos com seu esforço documentos, vídeos etc.
você auxilie seu(s) filho(s) na e dedicação para continuar
organização do tempo e no aprendendo cada dia mais!
cumprimento das atividades.

Contamos com sua valiosa .


colaboração!!

212
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

CICLO CONTABIL

Recordando as Razonetes são a representacao grafica e resumida do livro Razão,


utilizada basicamente para fins didático. E o resumo do livro Razão. Deve se somar os
lados em Debito e Credito tirar o o menor do maior e o resultado debaixo do menor.

D NOME DA CONTA C

BALANCETE DE VERIFICACAO

Este demonstrativo tem por finalidade agrupar os saldos das contas do Razão. O saldo
das contas Devedoras e igual ao saldo das contas Credoras. Se houver diferenças
podemos afirmar que houve erros no lançamento ou 0na transferência do razonete.

213
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS DEVEDORAS CREDORAS

TOTAIS

Logo a Apuração do resultado Exercício – ARE tem a finalidade se separar as contas


de Receita e Despesas e o resultado será transferido para o patrimônio líquido no Balanço
Patrimonial.

RECEITA > DESPESAS =


LUCRO RECEITA <
DESPESAS= PREJUIZO
RECEITA = DESPESAS = NULO
OU 0

Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a


Contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros
demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado
do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP).

Os regimes de apuração de resultado existentes:


Regime de Caixa
Quando a contabilização é feita somente no momento em que há o ingresso ou saída de
dinheiro no caixa.
–Receitas – É contabilizada no momento do recebimento do dinheiro;
–Despesas – É contabilizada no momento do pagamento

Regime de Competencia
a) Regime universalmente adotado;
b) Critério aceito e recomendado pelo Imposto de Renda.
–Receitas – São contabilizadas no período em que foram geradas (à vista ou a prazo);
–Despesas – são contabilizadas no período em que foram consumi-das,
independentemente do pagamento ter sido realizado ou não.
Toda despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido paga) será subtraída
do total da receita, também gerada no mesmo período (mesmo que ainda não tenha sido
recebida).

Referencias.
214
Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas
Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

Atividades.
Vamos praticar e praticar os conceitos aprendidos nas aulas anteriores. Faça os
lançamentos abaixo:
a) Abertura de uma empresa com capital social em dinheiro: R$ 50.000,00
b) Compra de um automóvel no valor de R$ 30.000,00, com entrada de R$ 5.000,00 e
saldo financiado
c) Compra de material de expediente, à vista no valor de R$ 800,00
d) Depósito no Banco do Brasil em conta corrente: R$ 20.000,00
e) Compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 2.000,00, por pagar à vista recebeu
um desconto de R$ 100,00.
f) Venda de Mercadoria no valor de R$ 3.000,00, recebendo: R$ 1.000,00 à vista, e juros
de R$ 200,00.
g) Pagamento de aluguel do mês no valor de R$ 500,00, mais juros de R$ 50,00
h) Venda de mercadoria no valor de R$ 2.000,00, como o cliente pagou à vista, recebeu
um desconto de R$ 200,00.
Pede-se:
√Contabilização dos fatos em razonetes
√Balancete de Verificação
√Apuração do resultado do exercício
√Balanço Patrimonial

215
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

PROCESSO CONTÁBIL

O processo contábil é oriundo das técnicas contábeis já tratadas em aula, das quais são
oriundos da escrituração contábil. Desta forma, o processo contábil completo é assim
definido:

Escrituração e uma técnica contábil responsável pelo registro dos fatos relacionados
com o patrimônio. E feita obedecendo a técnica contábil bem com a legislação vigente.
Lei n. 6404-76.
Os lançamentos contábeis: Roteiro; Escrituração contábil Método e Escrituração
Lançamento
Formula de Lançamento.

Método de Escrituração é a forma de registro dos Fatos Administrativos, bem como


dos Atos Administrativos relevantes. São dois os Métodos de Escrituração
conhecidos: Método das Partidas Simples e Método das Partidas Dobradas.

MÉTODO DAS PARTIDAS SIMPLES

216
Esse método consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de
um só elemento. No livro Caixa, por exemplo, os eventos são registrados visando
apenas ao controle do dinheiro (entradas e saídas), sem a preocupação de controlar
outros elementos patrimoniais ou até mesmo de se evidenciar o lucro ou prejuízo
decorrente das respectivas transações.
Esse método é deficiente e incompleto, pois não permite o controle global do
Patrimônio. As entidades que utilizam apenas esse método de registro normalmente
são aquelas que não visam ao lucro.

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS


Esse método, que é de uso universal e foi divulgado no século XV (1494) na cidade
de Veneza, na Itália, pelo frade franciscano Luca Pacioli, consiste no seguinte.
Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo
que a cada débito corresponde um crédito de igual valor.

Daí, em dado momento, ser a soma dos débitos igual à soma dos créditos. É esse
princípio que determina a equação entre o ativo e o passivo do patrimônio. Os valores
ativos representam sempre saldo devedor. e, os passivos, saldo credor, sendo a soma
do ativo sempre igual à do passivo.

Por esse método, registramos todos os acontecimentos que se verificam no patrimônio,


conhecendo-se, a qualquer momento, o valor da cada componente do patrimônio, suas
variações e os resultados, positivos ou negativos da atividade econômica.

LANÇAMENTOS
Vimos que lançamentos é o registro de um fato contábil, e esse registro, pelo método
das partidas dobradas, é feito em ordem cronológica e obedecendo a determinada
disposição técnica. O método das partidas dobradas exige o aparecimento do devedor
e do credor, aos quais se seguem o histórico do fato ocorrido e a importância em
dinheiro. Daí os seguintes elementos essenciais do lançamento.

As contas de ATIVO, por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por DÉBITO
e diminuídas por CRÉDITO. As contas de PASSIVO EXIGÍVEL e de
PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor
por CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO. As contas relativas às RECEITAS e
DESPESAS, por afetarem diretamente o PL, são, respectivamente, CREDITADAS
(porque aumentam o PL) e DEBITADAS (porque diminuem o PL).

O lançamento é feito nas contas Patrimoniais, pertencentes ao grupo do ATIVO,


PASSIVO EXIGÍVEL e PATRIMÔNIO LÍQUIDO, e nas contas de Resultado,
representadas pelas RECEITAS, e DESPESAS.

Natureza Para o Saldo


Das Contas Do Saldo Aumentar Diminuir
217
Ativo = Bens e Direitos D D V
Passivo = Obrigações C C D
Patrimônio Líquido C C D
Receitas C C D
Despesas e Custos D D C
Contas Retificadoras do Ativo C C D
Contas Retificadoras do Passivo D D C

O Lançamento deve conter:


• Conta DEVEDORA
• Conta CREDORA
• HISTORICO (que é a descrição do fato registrado)
• Valor
• Data

Obs: As contas do Ativo ( bens e direito) são contas DEVEDORAS com exceções das
contas Duplicatas descontadas, Provisão Para Devedores Duvidosos, Amortização
cumuladas. As contas do PASSIVO (obrigações e Patrimonio Liquido) são contas
CREDORAS. Com exceções ...

O lançamento e escriturado no LIVRO DIARIO (Livro obrigatório onde está


registrado todos os fatos contábeis ocorridos na empresa).

Livro-razão (Livro obrigatório pela legislação do Imposto de Renda onde estão


transcritos todos os lançamentos do livro diário com suas contas e seus respectivos
valores. Deve obedecer uma ordem cronológica das operações. Fornece a totalização
das contas individualmente, mostrando os lançamentos de débito e crédito e o saldo
das contas)

FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS
Vimos que o lançamento deve sempre indicar o devedor e o credor, representados pelas
contas. O mesmo lançamento pode, entretanto, apresentar mais de uma conta debitada
e mais de uma conta creditada. Podemos usar, nestes casos, a expressão diversos, que
não é conta, mas apenas a indicação existência de mais de uma conta debitada ou
creditada.
Daí a existência de quatro fórmulas de lançamentos no Diário, de acordo com o
número de contas debitadas ou creditadas.

1ª FÓRMULA: quando aparece apenas uma conta debitada e uma creditada.

Exemplo: Compra de mercadorias a prazo

D MERCADORIAS
C FORNECEDORES
218
Alberto Azevedo
M/compra de mercadorias conforme s/nota 1.897 18.000

2ª FÓRMULA: quando aparece uma conta debitada e várias creditadas.

Exemplo: Compra de mercadorias, parte a vista e parte a prazo

D MERCADORIAS
Compra de mercadorias a J. Sampaio, nota nº 978 30.000

C CAIXA
M/pagamento a vista 12.000

C DUPLICATAS A PAGAR
M/ aceite para 3-4-20.. 18.000

3ª FÓRMULA: quando aparecem várias contas debitadas e apenas uma creditada.

Exemplo: Compra de mercadorias a vista e pagamento de duplicata

D MERCADORIAS
Compras a vista a J. Leite, nota nº 1.987 22.500

D DUPLICATAS A PAGAR
Pagamento da duplicata de J. Sampaio, vencida hoje 18.000

C CAIXA 40.500

4ª FÓRMULA: quando aparecem várias contas debitadas e creditadas.

Exemplo: Compra de diversos bens, parte a vista e parte a prazo

D MERCADORIAS
Compra do saldo de mercadorias pertencentes
à extinta firma Leão & Sousa Ltda. 80.000

D MÓVEIS E UTENSÍLIOS
Compra de móveis:
Máquinas de escrever e calcular 11.500
Prateleiras e balcões 12.000
Mesas e cadeiras 2.500 26.000 106.000

219
C CAIXA
Pago a vista 50.000

C DUPLICATAS A PAGAR
M/aceite de dupl. Para 31-8-20.. 56.000 106.000

Observação: A 4ª fórmula é pouco usada atualmente, e apenas utilizada em casos


especiais, como o do exemplo anterior, que representa operação bastante incomum.
Todos esses lançamentos são feitos no livro Diário.
Mesmo sem termos ainda estudado a mecânica dos lançamentos, o que faremos a
seguir, já se deve ter compreendido que a conta é debitada pela entrada, e creditada
pela saída, de valor positivo (ativo) do patrimônio.
Os livros usados na escrituração podem variar de acordo com a necessidade de cada
empresa. Todas elas entretanto, usualmente utilizam os seguintes livros: Diário,
Razão, Caixa, Contas a Receber, Conta a pagar, além de outro livros auxiliares que
variam em espécie e número, de acordo com as necessidades da empresa.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

Atividades.

1. Em relação à escrituração contábil, é correto afirmar que as contas:


a) do ativo são debitadas quando aumenta o valor;
b) do patrimônio líquido são creditadas quando diminuem de valor;
c) do passivo exigível são estornadas quando aumento de valor;
d) de resultados são sempre credoras;
e) patrimoniais são sempre debitadas quando seu valor diminui.

2. Observando o seguinte fato contábil:


Pagamento, mediante a emissão de cheque, de uma duplicata antes do vencimento,
obtendo-se um desconto financeiro, por essa razão. Para que o registro contábil desse fato
seja feito em um único lançamento, deve-se utilizar a:
220
a) primeira fórmula, com 1 conta devedora e 1 conta credora;
b) segunda fórmula, com 1 conta devedora e 2 contas credoras;
c) terceira fórmula, com 2 contas devedoras e 1 conta credora;
d) quarta fórmula, com 2 contas devedoras e 2 contas credoras;
e) terceira fórmula com 3 contas devedoras e 1 conta credora.

221
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

Demonstrações Financeiras

Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei. Entre eles, estão documentos
como:
 Balanço Patrimonial (BP);
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
 Demonstração das Origens e Aplicações de Recurso (DOAR) — somente para
Sociedades Anônimas.
Dependendo da situação, é preciso publicar esses relatórios por meio de mídia escrita.

Os relatórios não obrigatórios são aqueles que não são exigidos pela legislação. No
entanto, eles são extremamente importantes para as tomadas de decisão dos
empresários e gestores de empresas, pois seus dados podem definir investimentos
importantes, entre outras funções.
 Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC): exceto para as sociedades de capital
aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00, quando se torna
obrigatório;
 Demonstrativo do Valor Adicionado (DVA): exceto para as companhias abertas.

Livros de escrituração

São muitos os livros utilizados; a quantidade e a espécie variam em função do porte,


da forma jurídica e do ramo de atividade da empresa.

222
Livro diário - Destina-se ao registro de todos os eventos que ocorrem no dia a dia das
entidades; é o livro mais importante do ponto de vista legal. É exigido pela legislação
fiscal (Código Civil/2002), pela legislação comercial (Decreto - Lei nº 486/1069), pela
legislação tributária (RIR/99), pela legislação societária (Lei nº 6.404/1976) e pela
Norma Brasileira de Contabilidade (NBC-T-2.1). É possível documentar a
escrituração contábil de crédito e débito em ordem cronológica, por isso, tenha atenção
ao registrar informações como a data e local, histórico e valor.

Livro razão - Permite um controle em separado de cada conta; é o livro mais


importante do ponto de vista contábil (Lei nº 8.218/1991).Todos os lançamentos
também deverão conter a data e histórico para os lançamentos a débito e, igualmente,
data e histórico para os lançamentos a crédito.

Livro caixa - É destinado ao registro de todos os fatos administrativos que envolvem


entradas e saídas de dinheiro da empresa. Os registros devem ser feitos de forma
cronológica e devem constar data, histórico, entradas, saídas e saldo.
É obrigatório somente para microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples. (artigo 26 da lei complementar nº 123/2006).

Livro contas correntes - Controla a movimentação das contas que representam os


direitos e as obrigações da empresa. É um livro auxiliar do razão.

Livro registro de duplicatas - É destinado ao registro de todas as duplicatas emitidas


pela empresa. É exigido especificamente pela legislação comercial. A Escrituração é
cronológica de todas as duplicatas emitidas, com número de ordem, data e valor das
faturas originais, data da expedição, nome e domicílio do comprador, anotações de
reforma, prorrogação e outras circunstâncias.

- Lei nº 5.476/1968.
Livro Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real) – é um livro fiscal que se destina à
apuração do lucro real. É obrigatório para empresas tributadas pelo imposto de renda.
É livro de âmbito federal, conforme Decreto-lei 1.598/1977. Destinado à apuração
extracontábil do lucro real sujeito à tributação para o imposto de renda em cada período
de apuração, contendo, ainda, elementos que poderão afetar o resultado de períodos de
apuração futuros (RIR/1999, art. 262).

E em relação à sua utilidade, natureza e finalidade, considera-se:


• Quanto à utilidade podem ser catalogados em:
–– principais (utilizados para o registro de todos os eventos do dia a dia da empresa);
e
–– auxiliares (utilizados para registro de eventos específicos). Quanto à natureza,
temos os:

223
–– cronológicos (registros efetuados obedecendo à rigorosa ordem cronológica de dia,
mês e ano); e
–– sistemáticos (livros utilizados para registros de eventos da mesma natureza).
• Quanto à finalidade, são nomeados de:
–– obrigatórios (exigidos pela legislação civil - código/2002, pela legislação comercial
-Decreto-lei nº 486/1969, pela legislação societária
-RIR/99 e pela Norma Brasileira de Contabilidade - NBC- T-2.1; e
–– facultativos (livros que as entidades usam para seu controle, sem que haja exigência
legal).

Observe o quadro abaixo que pode esclarecer melhor tudo isto.

As empresas são constituídas com uma finalidade específica, geralmente com a


finalidade de lucro. Para que a finalidade se cumpra, a empresa trabalha no ramo do
seu objeto social (descrição da atividade operacional que está registrada no contrato
social). É um relatório importantíssimo, e o seu estudo fornece informações úteis para
a tomada de decisões. É a DRE que mostra sinteticamente como a empresa se
comportou no último exercício.
Para fins de análise operacional é o documento que permite a análise do sucesso ou
não, e possibilita o estabelecimento de indicadores deste resultado.

Assim, para saber o que a empresa tem, consultamos o Balanço Patrimonial; mas para
saber como a empresa trabalha (sua eficiência), analisamos a DRE, a ser detalhado nas
próximas aulas.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

224
Atividades.

Com relação aos livros contábeis abaixo, faça a correlação:

( ) Principal sistemático e obrigatório. 1. Livro Diário


( ) Auxiliar, sistemático e facultativo. 2. Livro Razão
( ) Principal cronológico e obrigatório 3. Livro Caixa
( ) Auxiliar, sistemático e obrigatório 4. LALUR

A correlação correta, respectivamente é:


A3–2–4–1.
B 3 – 1 – 4 – 2.
C 2 – 3 – 1 – 4.
D4–2–3–1.

225
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

Demonstrações Contábeis
A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e
despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma
dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se às despesas e, em seguida, indica-
se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDÍCIBUS, 1998).

Apuração de Resultado: Esquema para Contabilização

O lucro por ação se obtém dividindo o Lucro líquido do Exercício pelo número de ações
da empresa.

ARE (Apuração do Res. Exercício)


Patrimônio Líquido

226
ROB (+)
Custos (–) PLE (–)

Prejuízo Lucro

Quando as receitas são maiores que as despesas, temos lucro que irá aumentar o valor do
patrimônio líquido ou será distribuído aos sócios, como dividendos.
RECEITAS > DESPESAS = LUCRO
Quando as despesas são maiores que as receitas, temos o prejuízo que irá diminuir o
patrimônio líquido.
DESPESAS > RECEITAS = PREJUÍZO

Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício


Empresa: Estou aprendendo Contabilidade Ltda - CNPJ
11.111.111/0001-11
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) de 01/01/2009 A
31/12/2009
Receita Operacional Bruta (ROB) R$
100.000,00
Com Vendas R$ 80.000,00
Com Serviços R$ 20.000,00
( - ) Deduções da Receita R$
(30.000,00)Devolução de Vendas R$
(5.000,00)Descontos Incondicionais e Abatimentos R$
(2.000,00)
Impostos Sobre Vendas

COFINS R$
(3.000,00)
PIS s/Faturamento R$
(1.000,00)ICMS R$
(18.000,00)ISS R$
(8.000,00)
( = ) Receita Operacional Líquida (ROL) R$ 70.000,00
( - ) Custo da Mercadoria Vendida (CMV) R$

227
(40.000,00)
( = ) Lucro Operacional Bruto (LOB) R$ 30.000,00
( - ) Despesas Operacionais R$ 22.000,00
Com Vendas R$ (5.000,00)
Administrativas R$ (15.000,00)
Financeiras R$ (2.000,00)
( = ) Lucro Operacional Líquido (LOL) R$ 8.000,00
( + / - ) Outras Receitas/Despesas R$ 2.000,00
(+) Outras Receitas R$ 5.000,00

(–) Outras Despesas R$


(3.000,00)
( = ) Lucro/Prejuízo antes do Imposto de Renda (LAIR) R$ 10000,00
( - ) Provisão do IRPJ (imposto de Renda Pessoa Jurídica) R$ (1500,00)
( - ) Adicional do IRPJ R$ (1000,00)
( - ) Provisão da CSLL (Contribuição sobre o lucro líquido) R$ (500,00)
( = ) Lucro Antes das Participações (LAPART) R$ 7000,00
( - ) Participações R$ (2407,30)
Debêntures 10% R$ (700,00)
Partes Beneficiárias 10% R$ (630,00)
Administração 10% R$ (567,00)
Empregados 10% R$ (510,30)
( = ) Lucro/Prejuízo líquido do Exercício(LLE ou PLE) R$ 4592,70
Lucro por Ação* R$ 4,59
* Considerando que a empresa tem 1.000 ações.

O objetivo da contabilidade é apresentar relatórios para que os usuários da


contabilidade possam compreender e tomar decisões com base nas informações
apresentadas nesses documentos. A Lei 6.404/76, art. 176, a Lei 11.638 art. 1º
juntamente com a Lei 10.406/02 C.C. e RIR/99, dentre outras normas obrigam a
apresentação de uma ou mais demonstrações contábeis de acordo com seus objetivos.
A Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/02 retratam que ao final de cada exercício social, ou
seja, de acordo com o ciclo operacional da Entidade, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício:
I - Balanço Patrimonial; (BP)
II - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; (DLPA)
III - Demonstração do Resultado do Exercício;(DRE) e
228
IV - Demonstração dos Fluxos de Caixa; (DFC)
V - se companhia aberta, elaborar Demonstração do Valor Adicionado. (DVA).
VI – Notas Explicativas.
A CVM (Comissão de valores Mobiliários) por força de norma expedida, obrigam as
Companhias abertas (aquelas que têm ações negociadas em bolsa) de apresentar a
DMPL (Demonstração das Mutações do patrimônio Líquido). Vale ressaltar que se
qualquer Entidade fizer a DMPL está desobrigada de elaborar a DLPA.
Para compreender as demonstrações contábeis é necessário distinguir os atos e fatos
contábeis estudados anteriormente, apenas os fatos são classificados na contabilidade
e integram às demonstrações. Os fatos são elementos patrimoniais (exemplo caixa,
banco, fornecedores) bem como elementos de resultado (receitas, despesas e custos).
Os elementos são denominados CONTAS.
Pode se afirmar que as demonstrações Contábeis ou Financeiras são relatórios emitidos
pela Contabilidade e são documentos baseados na escrituração mantida pela empresa.
É pertinente dizer que o objetivo desses relatórios é oferecer ao púbico interessado as
informações financeiras e econômicas concernentes à gestão do patrimônio da empresa
durante o exercício social. A seguir, serão apresentadas as demonstrações a começar
pelo Balanço Patrimonial.
Relembrando segundo (NBC-T-3.2), o “Balanço Patrimonial é a demonstração
contábil destinada a evidenciar, qualitativamente e quantitativamente, em uma
determinada data o Patrimônio e o Patrimônio Líquido da empresa”. E para Ludicibus
e Marion (2007, p.162), “o Balanço Patrimonial reflete a posição financeira em
determinado momento”. Esses dois conceitos se complementam.
O Balanço Patrimonial deve constar todos os bens, direitos, obrigações e o Patrimônio
Líquido da empresa apurados a partir do Livro Razão. A elaboração do Balanço
Patrimonial será após a apuração do resultado do exercício em que somente as contas
patrimoniais permanecerão com saldo no Livro Razão.
A Demonstração do Resultado Do Exercício-DRE é uma demonstração Contábil e nela
pode-se verificar o resultado obtido pela empresa (lucro ou prejuízo) no decorrer de
um determinado período que geralmente corresponde ao período de um ano.
É composta por contas de resultado (as que representam despesas, custos e receitas) e
patrimonial (as que representam bens, direito, obrigações e o patrimônio líquido).
Para elaborar a DRE, o contabilista deverá coletar os dados contidos no Livro Razão
e, no momento da sua elaboração, todas as contas de resultado já deverão estar com
seus saldos zerados ou encerrados.
Conforme o artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, as empresas
deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os
impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos
e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

229
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o
imposto;
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos
de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em
obediência ao Princípio da Competência.
Competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua
realização em moeda;
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e
rendimentos.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

Atividades.

1. A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório construído com base


nos saldos de encerramento de todas as contas de resultado. Assinale alternativa correta
sobre a DRE.
a) A DRE de forma completa poderá apresentar informações que apresentam somente
dados que são relevantes aos recebimentos das empresas.
b) Na DRE, a receita bruta vem em decorrência da dedução das receitas adquiridas com
as vendas menos as despesas incidentes simplesmente nas operações de vendas.
c) Na DRE, as contas de resultados são receitas, deduções de receitas, custos, despesas,
impostos e participações sobre lucros.
d) Na DRE, os impostos sobre as vendas figuram as obrigações que serão compensadas
no final do mês para favorecimento da empresa com geração de créditos.

230
e) Na DRE, o lucro bruto demonstra a compensação das vendas e despesas incidentes
com produtos vendidos considerando os impostos incidentes sobre essa operação.
2. Segundo as normas da Lei das Sociedades por Ações marque a alternativa que indica
a demonstração contábil onde será discriminado o lucro ou prejuízo líquido do exercício
e o seu montante por ação do capital social.
a) Demonstração do Resultado do Exercício
b) Demonstração do Fluxo de Caixa
c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
d) Demonstração do Valor Adicionado

Demonstração das Mutações do P

231
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE(S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

Para as empresas brasileiras, a demonstração do resultado do exercício é obrigatória,


de acordo com a lei n° 11.638/07, publicada em 27 de dezembro de
2007. Resumidamente, a DRE de uma empresa se estrutura da seguinte maneira:
 Receita Bruta
 (-) Deduções e abatimentos
 (=) Receita Líquida
 (-) CPV (Custo de produtos vendidos) ou CMV (Custos de mercadorias vendidas)
 (=) Lucro Bruto
 (-) Despesas com Vendas
 (-) Despesas Administrativas
 (-) Despesas Financeiras
 (=) Resultado Antes IRPJ CSLL
 (-) Provisões IRPJ E CSLL
 (=) Resultado Líquido.

Essa é uma estrutura resumida de uma DRE, que será explicada ponto a ponto. Mas
lembre-se de que há outras possibilidades. Quanto mais detalhes sobre a operação,
mais próximo do dia a dia. Quando mais amplo seu escopo, mais estratégica a visão.

Essa demonstração, observando o princípio da competência, evidenciará a formação


dos vários níveis de resultados, mediante confronto entre as receitas e os
correspondentes custos e despesa, conforme as Normas Brasileira de Contabilidade
(NBC- T- 3.3).

232
A DRE, portanto, é uma demonstração contábil que evidencia o resultado econômico,
isto é, o lucro ou o prejuízo apurado pela empresa no desenvolvimento das suas
atividades durante um determinado período, que, geralmente, é igual a um ano.
A DRE deve ser estruturada observando-se as disciplinas contidas no artigo 187 da Lei
nº 6.404/1976.
O citado dispositivo legal não fixa um modelo a ser observado por todas as empresas;
porém estabelece as informações mínimas que devem conter na DRE, ficando,
portanto, cada empresa livre para elaborar, observando essas informações mínimas, o
modelo que melhor espelhe o resultado de suas atividades (RIBEIRO, 2010, p. 406-
407).

Você pode reduzir a 9 ou 10 pontos ou discriminar grupos de despesas no período.

1. Receita de vendas: Entrada de dinheiro no caixa ou no patrimônio da empresa em


dinheiro ou direitos (crédito documentado que assegure propriedade de mercadorias
ou bens). Inclui receita de vendas de produtos, prestação de serviço, recebimento de
juros, royalties e dividendos.

2. Deduções de impostos : Inclui devoluções de vendas, descontos oferecidos e


abatimentos de impostos que incidem diretamente sobre a venda, como ICMS, ISS etc.

3. Receita líquida: Os resultados das receitas de vendas menos as deduções


representam a receita líquida.

4. Custos de venda: CPV (Custo de produtos vendidos), CMV (Custos de mercadorias


vendidas) e CSP (Custo dos Serviços Prestados) apresentam gastos relativos à
fabricação de um produto ou preparação de um serviço. Valores despendidos com
matéria-prima, distribuição, logística etc.

5. Lucro bruto ou resultado bruto: Lucro bruto é a diferença entre a receita líquida e o
gasto na produção.

6. Despesas Administrativas ou fixas: Despesas fixas correspondem aos gastos para


manter a empresa em funcionamento independentemente de haver vendas. Contas de
aluguel, água, energia e telefone em escritórios, são exemplos.

7. Despesas com vendas: Gastos com comissões e custos de pós-venda

8. Despesas financeiras: Gastos com juros e multas podem ser apresentados como
despesas financeiras. No caso de quem mexe com importação e exportação, variações
cambiais também estão neste tópico.

9. Resultados antes do IRPJ e CSLL: Resultado da conta até aqui, desconsiderando o


impacto dos impostos sobre o faturamento.

233
10. IRPJ e CSLL: IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido) são tributos cobrados sobre o faturamento.

11. Resultado líquido: Por fim, temos o resultado líquido, obtido a partir da subtração
dos impostos e taxas pagas do lucro bruto. Esse valor corresponde ao resultado de uma
empresa, considerando os ganhos e descontos em determinado período. O resultado
líquido é, portanto, bastante importante para realizar financiamentos próprios,
investimentos ou ser dividido entre sócios, acionistas e funcionários.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

Atividades.

Ilustre a DRE Da empresa “X”:


a) Empresa “X” teve Receita com Vendas no valor de R$ 100 000,00 sendo recebidas à
vista pela venda de mercadorias do estoque.
b) Nessa mesma empresa o Custo dessa mercadoria vendida é de R$ 35 000,00;
c) E por fim a despesa com funcionários da empresa foi de R$ 20 000,00.

234
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA: Processos Operacionais Contábeis I
OBJETO DE CONHECIMENTO: Oportunizar ao aluno uma visão da
contabilidade como ferramenta para as decisões administrativas e para o
funcionamento das organizações.
HABILIDADE (S): Correlacionar os conceitos e princípios da contabilidade e suas
aplicações nos processos administrativos. Identificar os elementos de formação do
Patrimônio, os atos e fatos contábeis nas mutações patrimoniais e a estrutura do
plano de contas. Classificar atos e fatos contábeis e as contas patrimoniais e de
resultado chegando ao fechamento de balancetes, através de exercícios didáticos da
técnica contábil.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito, objetivo e finalidade.
Representação gráfica do patrimônio. Contas patrimoniais e de resultados: custos,
despesas e receitas. Métodos de escrituração. Demonstrações contábeis.
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do
curso técnico de administração de empresa.

Nas aulas aprendemos que, as demonstrações Contábeis são relatórios emitidos pela
Contabilidade baseados na escrituração mantida pela empresa e tem como objetivo
oferecer ao público interessado informações financeiras e econômicas pertinentes à
Gestão do Patrimônio da empresa durante o exercício social.
Praticamos algumas como: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, ainda temos a Demonstração de Lucro ou Prejuízo Acumulado,
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de
Caixa.

Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)

Na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados-DLPA, todo o lucro líquido


apurado deve ser destinado à compensação de prejuízos, à constituição de reservas, ao
aumento de capital e à distribuição de dividendos.
Sendo assim, a elaboração da DLPA deve mostrar o saldo inicial da conta, Prejuízos
Acumulados, os ajustes dos exercícios anteriores, as reservas, o lucro líquido e seu
destino.
A DLPA deve ser elaborada de acordo com o artigo 186 da Lei 6404/76 que diz:
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção
monetária do saldo inicial;
II - As reversões de reservas e o Lucro Líquido do Exercício;
III - As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada
ao capital e o saldo ao fim do período.

Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)

235
Com relação à Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL, é
pertinente dizer que ela tem como objetivo evidenciar as variações ocorridas em todas
as contas que compõem o Patrimônio Líquido em um determinado período, bem como
a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro.
A Lei não fixa um modelo para a DMPL, no entanto, as mesmas informações que a
Lei determina para a DLPA devem constar na DMPL, pois ela demonstrará as
informações relativas à movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido.

Demonstração do fluxo de caixa (DFC)

A Demonstração do Fluxo de Caixa-DFC evidencia as transações ocorridas em um


determinado período e que provocam modificações no saldo da conta Caixa. O Fluxo
de caixa representa as entradas (registradas a débito na conta caixa) e saídas
(registradas a crédito na conta Caixa) de dinheiro na empresa durante determinado
período que provocam variações no saldo da conta Caixa.
Em suma, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa
em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro.
A demonstração do fluxo de caixa que vigora desde 01.01.2008, por força da Lei
11.638/2007, em que passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para
todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Além das demonstrações já apresentadas, temos ainda a demonstração do valor
adicionado compreendido como informe contábil que evidencia de forma sintética, os
valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado
período e sua respectiva distribuição.

Referencias.

Almeida, Marcelo Cavalcanti -Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas


Brasileiras de Contabilidade –São Paulo, Atlas, 2000.
Ribeiro, Osni Moura Contabilidade geral fácil / Osni Moura Ribeiro. − 9. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2013. (Fácil)
Silva, Franklin Carlos Cruz da. Contabilidade intermediária I / Franklin Carlos Cruz da
Silva. - Salvador:
UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância,
2017. 232 p.: il.

Atividades.
Abaixo segue o DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) segue o enunciado e
aprenda como montar no hora da prova.
A empresa de contabilidade apurou os seguintes resultados, os numerais que estão
associados a cada coluna representa a ordem com deve ser montado o DRE.
236
Vendas R$309.191 1
Vendas Líquidas R$246.096 3
Resultado não operacional R$95 12
Resultado equivalência patrimonialR$13.124 10
Receitas Financeiras R$1.700 8
Lucro operacional R$7.930 11
Lucro liquido R$7.158 14
Lucro Bruto R$44.976 5
Imposto de renda (R$867) 13
Despesas Financeiras (R$2.185) 9
Despesas administrativas (R$33.750) 7
Despesa de vendas (R$15.935) 6
Deduções e Impostos faturados (R$63.095) 2
Custo dos produtos vendidos (R$201120)4

237
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS
ECONOMICOS
ESCOLA: ESTADUAL VICENTE MACEDO
ALUNO:
TURMA:CURSO TÉCNICO EM TURNO: NOTURNO
ADMINISTRAÇÃO
MÊS: OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8
ORIENTAÇÕES AOS DICA PARA O ALUNO DICA PARA O ALUNO
PAIS E RESPONSÁVEIS
Prezados pais e responsáveis, Caro estudante, Anotar é um exercício de seleção
das ideias e de maior aprendizado,
Diante da situação atual Para ajudá-lo(a) nesse por isso…
mundial causado pela COVID- período conturbado, em que
19, coronavírus, as aulas as aulas foram suspensas a Ao anotar, fazemos um esforço de
presenciais foram suspensas fim de evitar a propagação da síntese. Como resultado, duas coisas
em todo Brasil. COVID-19, coronavírus, acontecem.
Entretanto, como incentivo à preparamos algumas Em primeiro lugar, quem anota
continuidade das práticas de atividades para que você entende mais, pois está sempre
estudo, preparamos para possa dar continuidade ao seu fazendo um esforço de captar o
nossos estudantes um plano de aprendizado. âmago da questão.
estudo dividido em semanas Assim, seguem algumas Repetindo, as notas são nossa
/meses e aulas que deverá ser dicas para te ajudar: tradução do que entendemos do
realizado em casa conteúdo.
Os conceitos principais de  Siga uma rotina;
cada aula serão apresentados e  Defina um local de Caro(a) estudante, busque anotar
em seguida o estudante será estudos; Tenha sempre o que compreendeu de cada
desafiado a resolver algumas equilíbrio; assunto estudado.
atividades.  Conecte com seus Não fique limitado aos textos
Para respondê-las, ele poderá colegas; Peça ajuda a sua contidos nas aulas.
fazer pesquisas em fontes família; Pesquise em outras fontes como:
variadas disponíveis em sua  Use a tecnologia a seu livros, internet, revista, documentos,
residência. favor. vídeos etc.
É de suma importância que
você auxilie seu(s) filho(s) na Contamos com seu esforço
organização do tempo e no e dedicação para continuar
cumprimento das atividades. aprendendo cada dia mais!

Contamos com sua valiosa


colaboração!!
.

238
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA : Bolsa de Valores
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Bolsa de Valores
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Bolsa de Valores
As bolsas de valores são instituições importantes de acesso de empresas tomadoras ao
capital de pessoas e empresas investidoras através da comercialização de ações e outros
ativos mobiliários do mercado financeiro.
As Bolsas de Valores são espaços onde são negociadas as ações de empresas de capital
aberto através do encontro dos dois tipos típicos de usuários do mercado financeiro: os
poupadores e os tomadores. A negociação se dá por meio da intervenção de corretores
financeiros que se encarregam de ofertar e procurar as ações de interesse dos usuários do
mercado financeiro e em troca deste ser- viço cobram uma comissão em função do valor
da transação de compra e venda de ativos financeiros.

239
Em geral, as bolsas de valores não são empresas. São sociedades civis de utilidade púbica
e sem fins lucrativos, montadas e administradas por empresas corretoras que a compõe.
Estas empresas corretoras instalam as bolsas de valores com edificações, infraestrutura
física e tecnológica para que se possa efetuar a negociação e transação de ações de forma
segura, organizada e rápida com vantagens para os compradores e os vendedores.

As companhias que têm ações negociadas nas bolsas de valores são chama- das de
companhias "listadas".
Para que uma companhia tenha ações negociadas em bolsas, ela deve ser aberta ou
pública. O termo “pública” não significa que a companhia pertence ao governo, mas sim
que o público investidor é dono ou pode vir a ser dono de ações daquela empresa.
Também, para comercializar ações nas bolsas de valores, a companhia deve atender aos
requisitos estabelecidos pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a chamada Lei das
S.A., e as instruções da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, além de obedecer as
normas estabelecidas pelas próprias bolsas.

Bolsa de valores de São Paulo


A Bolsa de Valores de São Paulo, a BM&FBOVESPA, é a entidade onde são negociadas
as ações das companhias de capital aberto no Brasil. A BM&FBOVESPA é uma
companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das operações
da Bolsa de Valores de São Paulo, BOVES- PA, e da Bolsa de Mercadorias & Futuros,
BM&F.

Após a criação da BM&FBOVESPA em maio de 2008 com a integração entre Bolsa de


Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), ela se
tornou a maior bolsa da América Latina, a segunda das Américas e a terceira maior do
mundo.

Antes desta integração, ambas as bolsas de valores operavam separadamente com


importante participação no mercado financeiro nacional. A BOVES- PA foi fundada em
1891 e participou da formação do mercado financeiro brasileiro ao longo do século XX,
como uma importante bolsa de valores no mundo. Já a BM&F, foi criada em 1986 como
uma instituição para comercialização de ativos financeiros relacionados a mercadorias,
marcantemente da atividade agropecuária brasileira. A BM&FBOVESPA é sediada na
cidade de São Paulo.

240
Uma das vantagens de investimentos em bolsa de valores é que o investi- mento em ações
é aberto para qualquer indivíduo, seja ele um grande ou um pequeno investidor. Os
pequenos investidores têm a oportunidade de comprar uma pequena quantidade de ações,
conforme suas posses, e tornar-se um sócio minoritário de uma empresa Assim, a bolsa
de é uma opção de geração de renda adicional para pequenos poupadores.

Um ponto fundamental a ser mencionado sobre a BM&FBOVESPA é que nela, como


em todas as demais bolsas de valores, os preços das ações oscilam, acompanhando o ritmo
da economia. Assim, uma perspectiva de recessão ou crise financeira pode levar a uma
queda no preço das ações. Por outro lado, quando a perspectiva é de otimismo quanto ao
crescimento da economia, os preços das ações tender a subir, na expectativa de lucros
futuros.
Referências
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo:
Harbra, 2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação
e controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

241
Atividades de aprendizagem

1. Imagine que você possui uma poupança depositada no banco no valor de


R$500,00. Se você quisesse investir este dinheiro na bolsa de valores BM&FBOVESPA,
quais seriam os passos que você deveria tomar? Acesse o site www.bmfbovespa.com.br
e pesquise quais são as facilidades e dificuldades em se investir em ações de empresas.

2. Considerando que você pode investir seus R$500,00 na bolsa de valores


BM&FBOVESPA, quais seriam as empresas que você compraria ações com perspectiva
de ganhos futuros. Que critérios você usaria para escolher estas empresas. Acesse o site
www.bmfbovespa.com.br e pesquise sobre este assunto.

242
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA : Sistema financeiro Nacional
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sistema financeiro Nacional
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Sistema financeiro Nacional


Aqui falarei um pouco sobre os principais agentes. Algumas destas empresas com certeza
que vocês conhecem. Estas empresas controlam nossas vidas, nossas rendas e tributos
que pagamos todos os dias. Para saber mais sobre todas essas empresas acesse o site do
ministério da fazenda na área educacional.

Autoridades monetárias:
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Órgão normativo que não possui funções executivas. É responsável pelas fixações de
diretrizes da política monetária, creditícia e cambial.
Equipe: Presidente do Banco Central Presidente da CVM Secretários do tesouro
Diretores: política monetária, assuntos internacionais, normas e organizações e todos do
BC.
Principais funções:

1. Autorizar a emissão de papel moeda


2. Disciplinar o crédito e suas formas operacionais.
3. Estabelecer limites para operações bancárias.
4. Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições
financeiras.

243
Banco Central do Brasil (BACEN ou BC)
É considerado o banco dos bancos. Órgão normativo e regulador do merca- do financeiro
nacional.
Suas competências
1. Emitir papel-moeda e metálica com autorização da CMN.

2. Executar serviços do meio circulante.

3. Receber o recolhimento compulsório.


4. Realizar operações de redesconto.

5. Regular a execução de compensação de cheques


6. Comprar e vender títulos públicos federais.

7. Exercer o controle do crédito(total).


8. Fiscalizar as instituições financeiras.

9. Controlar o fluxo de capital estrangeiro no país.

10. Autorizar o funcionamento bem como as competências para qualquer cargo de


direção de empresas financeiras.

Autoridades de apoio:

CVM
É o órgão responsável pela fiscalização, fixação de normas e disciplina do mercado de
valores mobiliários.

Banco do Brasil
Até pouco tempo era o banco do governo, mas agora é um banco múltiplo tradicional.
Ainda é responsável pelo crédito rural e possui uma câmara de compensação de cheques.

Banco Nacional de Desenvolvimento


Responsável pela política de desenvolvimento de longo prazo do governo federal.
Atribuições:

1. Impulsiona o desenvolvimento nacional.


2. Fortalece o setor empresarial.

244
3. Promove o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de
serviços.
4. Promove o crescimento e diversificação das exportações.

Caixa Econômica Federal


É o agente responsável pela operacionalização dos programas habitacionais e de
saneamento básico. Também é conhecida como Banco do Trabalhador, porque repassa o
seguro desemprego, o FGTS e o PIS.

Outras instituições importantes


1. Instituições de crédito de curto prazo:
Bancos Comerciais Caixas Econômicas Bancos Cooperativos

2. Instituições de médio e longo prazo:


Bancos de desenvolvimento Bancos de investimentos

3. Instituições de crédito para financiamentos de bens de consumo duráveis.

4. Sociedades de crédito, financiamentos e investimentos:

Caixas Econômicas

5. Sistema financeiro de habitação:


Caixa Econômica
Associações de poupança e empréstimos Sociedades de créditos imobiliários

6. Instituições de intermediação de mercado de capitais:

Sociedades corretoras Sociedades distribuidoras Investidores institucionais

7. Instituições de seguros e de capitalização:

Seguradoras Corretoras de seguros


Entidades abertas de previdência privada Entidades fechadas de previdência privada
Sociedades de capitalização

245
8. Instituições de arrendamento mercantil:

Sociedades de arrendamento mercantil (leasing)

Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.
Atividades

1 - O Sistema Financeiro Nacional (SFN), conhecido também como Sistema Financeiro


Brasileiro, compreende um vasto sistema que abrange grupos de instituições, entidades e
empresas. Nesse sentido, o Sistema Financeiro Nacional é compreendido por

a) uma rede de instituições bancárias, ONG, entidades e fundações que visam


principalmente à transferência de recursos financeiros para empresas com deficit de caixa.
b) um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em
última análise, a transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo)
superavitários para os deficitários.
c) dois subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que este
último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições
financeiras operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários.
d) instituições financeiras e filantrópicas, situadas no território nacional, que têm como
objetivo principal o financiamento de obras públicas e a participação ativa em programas
sociais.

246
e) agentes econômicos e não econômicos que objetivam a transferência de recursos
financeiros, desde que previamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários,
para os demais agentes participantes do sistema.

2 - Identifique as Instituições, de acordo com a estrutura do Sistema Financeiro Nacional,


colocando o identificador I, II ou III de acordo com as funções de cada.

Marque a opção CORRETA, na ordem de cima para baixo:

a) II, II, III, I, I, III, I.

b) II, III, II, I, III, I, II.


c) I, I, II, III, I, II, III.

d) III, III, I, I, II, II, I.

247
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA : Política fiscal
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Tipos de política fiscal
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Política fiscal

Tipos de política fiscal


O governo deve agir de acordo com as necessidades do mercado. Para isso dispõe de
políticas macroeconômicas que envolvem a atuação do governo sobre a capacidade
produtiva e as despesas planejadas, ou seja, a oferta e a demanda.

Os principais tipos de política fiscal são: a contracionista e a expansionista. O governo


optará por uma delas para atender seus objetivos, em um dado momento econômico.
Se o objetivo da política econômica for reduzir a taxa de inflação, o governo optará por
uma política fiscal contracionista. Nesta política o governo diminuirá gastos públicos e/ou
aumentará a carga tributária a fim de diminuir o consumo. Com essas medidas os gastos
da coletividade diminuirão, uma vez que com o aumento da carga tributária o preço final
dos produtos e serviços será maior, consequentemente, isso faz com que o consumo
diminua. Também com a diminuição do consumo, as empresas produzirão em menor
quantidade, podendo inclusive, acarretar em redução do quadro de funcionários, gerando
desemprego e diminuição da renda.

248
Se o objetivo da política econômica for promover um maior crescimento da economia e
maiores taxas de emprego, o governo optará por uma política fiscal expansionista.

Neste tipo o que ocorre é o inverso, o governo aumentará gastos públicos e/ou diminuirá
a carga tributária a fim de estimular a produção, o emprego, a renda e o consumo. Essas
medidas visam aumentar os gastos da coletividade, uma vez que com a diminuição da
carga tributária o preço final dos produtos e serviços será menor, isso faz com que o
consumo aumente e, aumentando o consumo, as empresas produzirão em maior
quantidade, o que inclusive, poderá impulsionar um aumento do quadro de funcionários,
gerando emprego e aumento da renda.

Você conseguiu identificar os efeitos que as alterações nos gastos públicos e na carga
tributária provocam no nível de renda da economia?

249
Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

Atividades de aprendizagem

1 - No atual momento econômico brasileiro, qual política fiscal o governo está


praticando?

2 – Quais são os principais tipos de política fiscal?

3 - Quais são os quesitos afetados pela política fiscal?

250
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA : Balança Comercial
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Balança Comercial
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Balança Comercial
Indica a diferença entre exportações e importações. É uma ferramenta de captação de
recursos estrangeiros para o caixa interno.

A política comercial, por sua vez, diz respeito às políticas de incentivo à exportação e
desestímulo à importação. O objetivo do governo é que sempre as exportações sejam
maiores que as importações do país, fazendo assim com que o saldo da balança comercial
seja positivo (superávit). Quando as exportações são menores que as importações, o saldo
da balança comercial fica negativo (déficit).

O que se espera é atrair capital estrangeiro e não enviar capital nacional para outros países.
Portanto, o governo procura estimular às exportações através de incentivos fiscais, por
exemplo, com redução de impostos como ICMS, IPI etc. Em se tratando de importações,
o governo deverá impor barreiras, tarifando e limitando a quantidade do produto.

251
Globalização

O que é Globalização?
Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre
os países e as pessoas do mundo todo. Através deste pro- cesso, as pessoas, os governos
e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham
aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a
criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas,
facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.

Origens da Globalização e suas Características


Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com
as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem
europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações
comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após
a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que
ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.

252
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram
conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do
socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos
tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e
financeiras de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das
redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do


processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários
países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão de obra, a
matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado
nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado
em diversos países do mundo.

Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que
souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e
educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de
produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e
apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.

Blocos Econômicos e Globalização


Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos
econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros.
Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto
Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si.
Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas
relações comerciais internacionais.

Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,

253
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

Atividades
1 - Aumente seu conhecimento sobre globalização verificando os efeitos causados sobre
as pessoas de baixa renda. Procure no www.youtube. com vídeos que falam sobre os
efeitos da globalização. Anote suas percepções!

254
SEMANA 5
UNIDADE TEMÁTICA : Lei da procura
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A Curva da Procura
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

Lei da procura

A Curva da Procura
Para explicar esta regra, vamos partir da seguinte ilustração:

Pense em uma TV, não importa a marca, mas que só exista uma única peça em uma única
loja na cidade em que mora. Não existe previsão de chegada de novas unidades desta TV.
Nesta cidade várias pessoas estão dispostas a comprar esta TV, por quanto à loja irá
vender? Pelo preço que quiser não acha? Agora a situação inversa existe mais TV’s em
estoque que o número de pessoas

interessadas, a loja determinará o preço como quiser novamente? Não, pois existem
muitas unidades a disposição dos consumidores.

255
Uma regra da procura é que quanto maior for o preço praticado menor será a quantidade
vendida ou comercializada.

Existem algumas razões dos consumidores para explicar o consumo, por exemplo:
a) Os preços são barreiras

b) Efeito substituição

c) Utilidade marginal

Os preços constituem uma espécie de barreira para os consumidores, quanto maior for o
preço menor será a quantidade de pessoas dispostas a pagar por este produto. Quando o
preço de um determinado produto aumenta, o consumidor procura alternativas de
consumo a isso chamamos de efeito de substituição. E a última razão é que quanto maior
for o número de produtos no mercado sua utilidade tende a ser menor e vice-versa.

Elasticidade da procura
Elasticidade preço-procura
Elasticidade é um conceito muito importante na economia, pois trata da me- dição dos
níveis de interesse por parte dos consumidores em aceitar ou não o aumento de preços.
Por exemplo, se uma empresa aumenta seus preços, a quantidade vendida tenderá a cair.
Porém, cairá quanto? Uma regra da procura é que quanto maior for o preço praticado
menor será a quantidade vendida ou comercializada.

256
O quadro acima mostra que para um nível de preço de R$2,50 a empresa irá comercializar

16.000 unidades. Ao passo que se o preço subir para R$3,00 a quantidade vendida cairá
para 14.000 unidades. Esta é a elasticidade preço procura.
Fatores importantes para a elasticidade preço da procura
A essencialidade do produto que indica o grau de necessidade de um determinado bem.
Os vícios de consumo ou os hábitos, também interferem na elasticidade independente da
variação de preço. A substitutibilidade influencia porque quanto maior o número de
concorrentes maior será a sensibilidade dos preços. A periodicidade de aquisição de
produtos (grandes períodos de intervalos de tempos entre as aquisições) pode interferir
no conhecimento dos preços, logo não afeta a quantidade vendida. Quando se faz um
orçamento pode-se perceber quanto um produto é importante ou não.

Quando falamos destas observações que influenciam o preço ou a quantidade podemos


citar:
O sal de cozinha é, por exemplo, anelástica porque os preços podem variar, mas as
pessoas continuam comprando sal. Enquanto os financiamentos de carros podem sofrer
muita variação com o aumento ou a queda de juros para este fim, portanto são muito
sensíveis logo são elásticos.

As quantidades podem sofrer alterações em função do preço praticado pelo mercado.


Portanto existem alguns fatores que podem mexer com esta quantidade. Vejamos estas
possibilidades:

A renda: o fator renda pode e interfere nas quantidades comercializadas. A distribuição


da renda, o próprio nível de renda e a estrutura de distribuição a diferentes classes sociais
fazem com que os produtos tenham uma elasticidade muito variada. Existe também um
estudo que mede o quanto a procura varia em função da variação da renda dos
consumidores. Acredito que vocês já viram a mídia noticiar que o comércio espera o
décimo terceiro salário para aquecer as vendas de final de ano.

Atitudes e preferências: a aquisição de produtos se dá muito facilmente verificada a


fatores de moda, como novelas, filmes ou propagandas, motivos religiosos ou crenças e
valores, no sentido moral e ético. Por exemplo, uma novela com tema country, em poucos
meses as roupas, os alimentos até mesmo o jeito de falar são absorvidos por algumas
pessoas no seu dia a dia.

257
Preços de bens substitutos: um concorrente pode vender mais se uma empresa rival subir
seus preços, e o contrário também existe. Por exemplo, se o pneu Pirelli subir de preço as
pessoas passam a consumir Goodyear e vice-versa.

Bens complementares: seu filho pede a você um vídeo game novo, você acha muito caro
os jogos que terão que ser adquiridos mais tarde. Se estes jogos caírem de preços você
resolve comprar o aparelho para seu filho. Este é o exemplo de uma situação corriqueira,
relacionada ao consumo de bens.

Satisfação e expectativa: um determinado produto pode sofrer variações nas quantidades


procuradas quando este tiver uma expectativa muito boa e satisfizer o consumidor.

E por último, a quantidade de pessoas ou consumidores: este número varia em função do


nicho de mercado que cada empresa pertence. Os nichos são determinados pela renda,
região, religião ou costumes individuais. Temos hoje em dia um aumento na expectativa
de vida dos brasileiros, logo produtos para a terceira idade tendem a vender mais.

Mas as pessoas continuam comprando sal. Enquanto os financiamentos de carros podem


sofrer muita variação com o aumento ou a queda de juros para este fim, portanto são muito
sensíveis logo são elásticos.

As quantidades podem sofrer alterações em função do preço praticado pelo mercado.


Portanto existem alguns fatores que podem mexer com esta quantidade. Vejamos estas
possibilidades:

A renda: o fator renda pode e interfere nas quantidades comercializadas. A distribuição


da renda, o próprio nível de renda e a estrutura de distribuição a diferentes classes sociais
fazem com que os produtos tenham uma elasticidade muito variada. Existe também um
estudo que mede o quanto a procura varia em função da variação da renda dos
consumidores. Acredito que vocês já viram a mídia, noticiar que o comércio espera o
décimo terceiro salário para aquecer as vendas de final de ano.

E por último, a quantidade de pessoas ou consumidores: este número varia em função do


nicho de mercado que cada empresa pertence. Os nichos são determinados pela renda,
região, religião ou costumes individuais. Temos hoje em dia um aumento na expectativa
de vida dos brasileiros, logo produtos para a terceira idade tendem a vender mais.

258
Referências

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

Atividades

1. Verifique em uma loja de carros ou motos, o que acontece com o consumo quando
existe um aumento dos preços, seja das taxas de financiamentos ou dos carros e motos. E
pergunte se existe divulgação deste aumento.

2. O que as pessoas buscam na hora em que encaram preços mais altos?

3. E o que acontece com o contrário, se os preços despencarem? (Redução


momentânea do IPI – Imposto sobre Produto Industrializado.

259
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA : A elasticidade e os fatores determinantes da oferta
OBJETO DE CONHECIMENTO: O Curso Técnico em Administração tem como
objetivo geral formar profissionais-cidadãos empreendedores, competentes, com
conhecimentos técnicos, eticamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da
coletividade e que saibam associar a teoria à prática, fazendo uso das habilidades e atitudes
compatíveis com a área de gestão e negócios.
HABILIDADE(S):. Analisar entender discutir o papel do gestor na contemporaneidade e
nos reflexos das transformações e os desafios nas organizações
CONTEÚDOS RELACIONADOS: A curva de elasticidade da oferta
INTERDISCIPLINARIDADE: Todas as disciplinas técnicas elencadas na grade do curso
técnico de administração de empresa

A elasticidade e os fatores determinantes da oferta


A curva de elasticidade da oferta
Sendo análogo, a curva da elasticidade da procura onde indica que para cada unidade de
preço alterada pode ou não ocorrer uma variação significativa na quantidade ofertada.

Não é possível comparar produtos de mercados diferentes, pois eles podem não responder
da mesma forma nas variações de níveis de preço.

Podemos perceber que no mercado de automóveis, se há uma queda na procura ou um


aumento na procura de carros, isto não implica em que o consumo de gasolina ou álcool
também acompanhe esta variação, apesar de serem bens de uma mesma cadeia produtiva.

Fatores determinantes da elasticidade da oferta


Disponibilidade dos fatores de produção
Fatores resultantes do processo produtivo

Imagine a seguinte situação: uma empresa verifica no mercado que poderia lançar 20.000
unidades a mais de seu produto. Mas existem alguns fatores que impedem esta produção
adicional, por mais que os preços sejam atraentes, por exemplo:

260
1. Seus equipamentos já estão trabalhando 24 horas por dia, 7 dias na se- mana, fator
tempo de produção.

2. Sua empresa já trabalha em 3 turnos, logo não tem como abrir mais um turno
operacional.

3. Seus fornecedores não conseguem atender suas exigências de insumos nas


quantidades que desejam.

Perceba que não depende só da empresa oferecer mais produtos ao merca- do. Os fatores
que agregados colaboram no processo produtivo são escassos, portanto seus níveis de
produção são escassos também.

O mercado de energia elétrica proveniente de usinas hidroelétricas possui um fator muito


importante que limita sua produção, os rios. Não são em todos os rios que há possibilidade
de construir usinas.

O fator tempo, no processo produtivo, é uma questão interessante a ser analisada. Existem
muitos produtos que necessitam de muito tempo para serem produzidos. O vinho é um
bom por exemplo. A exploração de metais preciosos também demanda muito tempo por
não ser fácil encontrá-los.

É lógico que existem produtos que respondem de forma imediata as necessidades ou


oportunidades do mercado. Por exemplo, a Coca-Cola é a empresa líder de mercado no
Brasil há mais de uma década.
9.1 Fatores que podem deslocar a curva de oferta
A capacidade instalada significa a capacidade de produção de uma empresa. Quando uma
empresa nova abre suas portas, ou uma empresa amplia seu chão de fábrica, com certeza
novos produtos irão para o mercado. As ampliações da oferta de produtos dependem da
forma direta de investimentos no setor de produção.

A disponibilidade de fatores de produção influencia na oferta. Assim se um fornecedor


não consegue mais ampliar sua produção, a empresa não terá mais com o que produzir.

261
É por isso que aqui no estado do Paraná, na região do sudoeste, a empresa Sadia, situada
no município de Dois Vizinhos, compra e mantém, através de contratos comerciais, vários
produtores de frango para abastecer seus estoques. Imagine se a Sadia só dependesse de
um único fornecedor, quantos frangos este deveria produzir?

O preço dos insumos cria um impacto no processo produtivo, pois amplia ou reduz os
custos operacionais. Logo, a empresa deverá estar preparada ou ser ágil nas decisões
quando houver um repentino aumento de preços de seus fornecedores, para que não
prejudiquem seu desempenho no mercado.

A tecnologia ajuda a manter preços, e até mesmo a reduzi-los. A revolução industrial, que
apresentou a primeira mecanização da história da humanidade, não trouxe prejuízos aos
trabalhadores da época. Muito pelo contrário, fez com que as pessoas buscassem trabalhos
alternativos.

As expectativas dos produtores em novos níveis de preços podem alterar as quantidades


ofertadas no sentido de aumentar seus ganhos. Neste caso estamos falando de ganhos
futuros.

Para finalizar, fica muito claro que não depende só da empresa querer vender mais ou
fabricar mais. Existem inúmeros fatores que impedem seu aumento de produção. Um
desses fatores é o que chamamos de forças de mercado ou a mão invisível da teoria de
Adam Smith. De um lado, tem-se a força dos consumidores em querer preços mais baixos
e comprar o necessário; e do outro, a força surge dos empresários em fabricar mais e em
níveis de preços maiores.

Referências
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 15. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra,
2002.
HONORATO, Gilson. Conhecendo o Marketing. Barueri - SP: Manole, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, planejamento, implementação e
controle. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.
LAROUSSE, Ática. Dicionário da língua portuguesa 1. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia Brasileira. São Paulo: Ed. Contexto,
1998.

262
SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e Mercados: Um curso de introdução à
economia. 23. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
SILVA, Cesar Roberto Leite da, LUIZ, Sinclair. Economia e Mercados: Introdução à
economia. 10. ed. reformulada e atualizada. Ed. Saraiva, 1992.

Atividade

1 - Pesquise na internet www.youtube.com reportagens sobre a queda de produção ou


aumento de produção de produtos agrícolas. Responda: porque produtores de leite, por
exemplo, em alguns momentos jogam fora seus produtos em vez de vendê-los ou doá-los
a alguém que passe fome?

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